programa de desenvolvimento educacional paranÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente...

21

Upload: trandat

Post on 10-Dec-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de
Page 2: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

PARANÁ

GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

1-

Título: Poesia em sala de aula: proposta de um encontro entre texto e leitor

Autora Marly Terezinha Rodrigues Bressanin

Escola de Atuação Colégio Estadual Júlia Wanderley E.F.M

Município da escola Jaboti - PR

Núcleo Regional de Educação Ibaiti - PR

Orientadora Ms. Rafaela Stopa.

Instituição de Ensino Superior UENP

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar Arte

Público Alvo Alunos do 6° ano do ensino fundamental

Localização Rua: Manoel Ribas n° 35 - Bairro: Centro – CEP: 84.930-000

Apresentação:

O trabalho consiste na elaboração de uma unidade didática ou conjunto de aulas destinadas ao 6° ano do ensino fundamental, explorando o seguinte tema: “Leitura e produção de poemas na escola: abordagem das singularidades do texto poético”, com o título “Poesia em sala de aula: proposta de um encontro entre texto e leitor”. Mediante todo o contexto, a presente unidade tem como objetivo fazer com que os alunos despertem seu lado crítico perante os textos literários, a fim de que os estudantes possam encontrar sentido no processo de ensino aprendizagem da literatura, garantindo assim o domínio da linguagem e consequentemente da escrita. Serão desenvolvidas atividades e procedimentos individuais e coletivos visando o desenvolvimento do aluno com ênfase no seu aprendizado de literatura para a formação de um leitor consciente e crítico. Para elaboração da proposta, utilizou-se o Método Recepcional que apresenta cinco etapas, e prioriza o leitor como elemento primordial.

Page 3: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

Palavras-chave Literatura. Poemas. Método Recepcional. Leitura e Produção.

Page 4: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

Introdução

Nada melhor do que darmos início a nossas atividades sobre leitura e produção de

poemas saboreando um texto que traz a importância do ato de ler. Que nós professores

nos inspiremos para também nos tornarmos inspiradores de nossos alunos!

A leitura como festa*

A leitura nunca deveria ser uma tarefa obrigatória. Pelo contrário. Deveria ser sempre uma

tarefa encantatória! Ler para ficar encantado! Esse poderia ser um lema para a vida

inteira!

Um leitor encantado é cheio de imaginação, pulsante de ideias, feliz com as descobertas

que fez, com as vivências que "provou" através da leitura de um determinado texto. Um

leitor encantado é vibrante, com vontade de dividir com os outros as maravilhas que

conquistou e viveu por meio da leitura. Um leitor encantando consegue responder

criativamente aos apelos que o mundo lhe faz e aos apelos que as próximas leituras lhe

farão! Um leitor encantado, enfim, é um leitor que sentiu na pele as marcas que a boa

leitura proporciona. Um leitor encantado é aberto e sedento de novas leituras! Um leitor

com potencial para encantar outros leitores.

Ler é, sim, exercer uma das grandes habilidades do ser humano. É preciso lembrar que

nem todo conhecimento é empírico, "concreto", fruto da experiência, da prática. Há uma

gama de conhecimentos que a gente adquire pensando, imaginando, criando

mentalmente. Essa faculdade precisa ser usada, treinada, exercitada. E nada melhor do

que o exercício do ler.

Mas acontece que a leitura é um dilema na vida de muita gente! Aproximar-se do texto

com medo, suando frio, achando que ler é atravessar uma pedreira, é a pior coisa! Ler, às

vezes, pode ser "saltar sobre abismos sem rede de proteção". Mas esse tipo de leitura

também pode ser desafiante e estimulante. Saltar abismos pode ser apenas não saber,

por exemplo, aonde o texto vai nos levar; é confiar, de algum modo, que aquele texto tem

algo a nos dizer, que nos impele a continuar. Saltar abismos pode ser uma experiência

inesquecível!

De fato, um leitor precisa se sentir desafiado pelo texto que vai ler. É esse desafio que o

faz prosseguir, o texto se instaurar, conduzir-nos até o final. Por isso, há leituras que

quando terminam deixam saudade! Há livros que dão vontade de morar dentro deles, pra

sempre! Ou até a gente ter experimentado todas aquelas emoções da maneira mais

intensa possível! As emoções livrescas não se repetem (assim como algumas emoções

Page 5: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

na vida). E mesmo que a gente leia um livro diversas vezes, esse livro nunca vai ser o

mesmo. A cada vez estaremos diante de uma obra diferente! Nós estaremos diferentes, o

momento será outro.

No fim das contas, a gente lê para ser cada vez mais dono da nossa própria história!

Artigo de Celso Cisto, disponível em <http://wp.clicrbs.com.br/opiniaozh/2012/11/01/artigo-

a-leitura-como-festa/?topo=13,1,1,,,13>. Acesso em 20 de set. 2012.

Conversa com o professor

A situação da poesia na escola

José Helder Pinheiro (2007) afirma que, de todos os gêneros literários,

provavelmente, é a poesia o menos prestigiado no cotidiano da sala de aula. Conforme o

autor, mesmo com a massificação da literatura infantil e juvenil, não se teve nem

produção, nem trabalho efetivo com a poesia. Os problemas relativos à aplicação da

poesia são inúmeros e diversos. Desde a primeira fase do ensino fundamental, como

constata, normalmente as professoras priorizam o trabalho com textos em prosa,

deixando sempre a poesia em segundo ou terceiro plano. Comenta ainda que, mesmo no

segundo segmento do ensino fundamental, também quase não se fala em poesia em

nossas escolas.

Embora quantitativamente não haja termo de comparação entre o volume de

publicações em prosa e poesia, encontramos, vendo catálogos de editoras e lendo os

livros a que tivemos acesso, cerca de cinquenta bons livros de poemas dedicados ao

público infantil. Há também bons poemas espalhados por livros de qualidade global

duvidosa. Vale lembrar também de grandes poetas como Cecília Meireles e José Paulo

Paes que deram sua contribuição inestimável à produção destinada ao público infantil.

Mesmo que o acesso a essas obras não seja tão difícil, esbarra-se no problema

da opção e da metodologia. Como coloca Pinheiro (2007), os modelos que se têm são os

livros didáticos que, em sua maioria, ficam na tradicional e questionável “interpretação de

texto”, sem falar na qualidade discutível de inúmeros “poemas” compilados nessas obras.

Page 6: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

Como demonstra nossa experiência no meio escolar, quando se chega ao ensino

fundamental de 6º a 9º ano, os problemas ficam mais dramáticos. Nessa fase, a poesia

praticamente desaparece da sala de aula ou se restringe a longos e cansativos exercícios

de interpretação. O agravante é que quase não há obras poéticas adequadas a esse

público, como há para o público infantil, mesmo que se procure nos melhores poetas,

talvez pelo fato de não se ter professores/leitores de poesia.

Podemos afirmar que a situação se torna ainda mais dramática quando

lembramos que os professores têm formação específica em Letras, ou seja, supõe-se que

tenham ao menos um conhecimento mínimo de nossa tradição poética, mera suposição,

reitera-se. Com efeito, a maioria dos professores de Português e Literatura não procura

despertar o senso poético no aluno, não se interessa por uma educação da sensibilidade

de seus alunos, questão que, para muitos, sequer é cotada.

A situação colocada mais evidencia a necessidade de pesquisas metodológicas

com poesia em sala de aula. Assumimos, a partir da experiência mencionada no início

desta intenção de pesquisa, que é possível a realização de um trabalho consistente com o

gênero poético em sala de aula, especialmente quando o professor compreende a

relevância dessa expressão artística de vivências humanas para a formação do aluno. Tal

projeto requer intenção e disposição do professor, muitas vezes levado a fazer o trabalho

mais fácil de aplicar e corrigir as questões interpretativas dos textos em sua maioria em

prosa dos livros didáticos, por contingências diversas. Busca-se, desse modo, o

desenvolvimento de meios didáticos para a abordagem do gênero poético, para um

trabalho significativo de formação de leitores.

Mais um dedinho de prosa

Sobre a escolha do método

Esta unidade didática será aplicada com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental

no Colégio Estadual Júlia Wanderley E.F.M., do município de Jaboti, seguindo os passos

do Método Recepcional, de Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar.

Page 7: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

Ressaltamos que não explicitamos as cinco etapas que compõem a estratégia neste item,

uma vez que isso se dará concomitante ao desenvolvimento da proposta.

O que gostaríamos de apresentar brevemente é o porquê da escolha desse

método. Naturalmente, poderíamos justificá-la por ser uma indicação disponível nas

próprias Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica do Estado

do Paraná. Ademais, trata-se de uma proposta fundamentada na Estética da Recepção,

de Hans Robert Jauss, que surge nos anos 60, trazendo para a esfera dos estudos

literários uma figura, até então, pouca lembrada: o leitor. Seria ele o responsável pela

atualização dos textos, de tal maneira que, entende-se a leitura como uma interação entre

autor-texto-leitor, cujos horizontes de expectativas, muitas vezes distintos, precisam

interagir para que a comunicação ocorra.

Ao trazer a teoria para a esfera escolar, as autoras Aguiar e Bordini dão ênfase ao

entendimento de que a obra literária não é um objeto de existência autônoma, no sentido

de que depende da relação com o leitor. Dessa forma, a participação ativa e criativa do

leitor deve preencher os vazios propostos pela obra, de acordo com o conhecimento e a

bagagem de cada um. Propõe-se, de modo gradual, levar os alunos a apreciar diferentes

leituras, com vistas a aprofundar sua criticidade na leitura de textos.

Vale lembrar também, como mencionam as autoras, que nenhum método deve

ser entendido como uma camisa de força, porque é um encaminhamento que deve

atender as necessidades de diferentes contextos. Sendo assim, quando possível e

necessário, faremos algumas mudanças para adequar a nossa realidade e a proposta do

trabalho em si.

Momento da prática:

Mãos à obra professor!

Atividades para leitura e produção de poesia, de acordo com as cinco etapas do Método

Recepcional. Vale lembrar que a avaliação se dará a partir do envolvimento dos alunos

com as propostas e atividades.

Page 8: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

Primeira etapa: na determinação do horizonte de expectativas da classe, será realizado

um levantamento dos interesses dos alunos para conhecer quais são as suas

preferências em relação à leitura de poesia.

Neste momento será feita uma roda de conversa acerca do gênero poema e

trabalharemos com várias frases que definem o que é poesia, por exemplo, segundo os

poetas a seguir, poesia é: “uma viagem ao desconhecido” (Vladimir Maiakosviski); “é a

estrela que leva a Deus” (Victor Hugo); “música que se faz com as ideias” (Fernando

Pessoa); “a descoberta das coisas que eu nunca vi” (Oswald de Andrade); “a liberdade da

minha linguagem” (Paulo Leminsk); “é tudo aquilo que cintila e reinventa o cotidiano”

(Jonas Ribeiro); “poesia é a essência da própria vida, poema é a forma pela qual a poesia

se revela” (Adélia Maria Woellner).

Realizada a leitura de todas as proposições, o professor pode fazer as seguintes

questões:

1- Se fosse responder o que é poesia, o que diria? Responda e ouça as resposta dos

colegas.

2- Você já se sentiu tocado por algum poema? Qual? Por quê?

3- Onde você acha que está a poesia?

Pode-se encaminhar a conversa de maneira que todos opinem e relatem para

descobrir o que cada um sabe a respeito do gênero, este será, sem dúvida, um momento

divertido e de muita troca de conhecimentos. O professor ficará atento às reações e

comentários dos alunos e será possível conhecer seus gostos, e principalmente, seu

envolvimento ou não com o gênero em questão.

Dando continuidade às atividades, o professor levará à sala de aula os livros Duas

dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à

toa que deixam a gente feliz, ambos de Otávio Roth. O professor realizará a leitura e

mostrará as ilustrações dos livros, dando início a uma discussão sobre o que deixa os

alunos felizes e tristes, se concordam com o que deixa o eu-lírico dos poemas feliz, se

gostaram das rimas dos textos, dentre outros assuntos que forem levantados. Trata-se de

um exercício bem subjetivo, pois aborda a questão do gosto e das emoções.

Para gerar ainda mais envolvimento dos alunos, eles serão convidados a produzir

um poema com o seguinte título: “Felicidade é...”, com o auxílio do professor, que dará

ênfase à composição das rimas. Será realizada uma leitura compartilhada com a sala.

Para um maior conhecimento do horizonte de expectativas dos discentes, será proposto

que façam uma ilustração do poema com livre escolha do material, podendo ser colagens

de figuras, ou outro de sua escolha. Com esse procedimento, o professor perceberá que

Page 9: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

em virtude da faixa etária, os alunos ainda se interessam por textos lúdicos, ilustrados e

com temática variada.

Segunda etapa: no atendimento do horizonte de expectativas, partindo do que foi

percebido na etapa anterior, o professor abordará obras que agradem os alunos, isto é, de

autores que trabalhem o lúdico, como: Elias José, Sérgio Capparelli e Roseana Murray.

Esses poetas, cada qual com seu estilo, têm muito a oferecer, pois seus poemas são

cheios de invenções com as palavras, a forma, o jogo de sons, o tema tratado.

Buscando o desenvolvimento da prática da escrita de poemas, o professor pedirá,

por meio da abordagem do poema de Elias José, “Jogo do É”, presente no livro O jogo da

fantasia, que os alunos escolham nomes de pessoas da família, de amigos, profissões,

frutas etc. para criar outros poemas, abrindo a oportunidade de que eles ilustrem seus

textos a partir de colagens de figuras, etc. O poema em questão é uma espécie de

brincadeira que o autor faz, principalmente com as rimas no final dos versos. Há

sonoridade, ritmo, e, sobretudo, alegria.

Em seguida o professor pode fazer o jogo “brinque com as rimas”, sugerindo que

os alunos, em duplas, escrevam palavras de som iguais com as vogais a, e, i, o, u. Ou

para as terminações am, em, im, om e um. Por exemplo, com a letra a: vatapá, Dadá,

sabiá, Cacá etc. Com a letra e: Benê, pavê, purê. Com a letra i: aqui, Didi, ali, Jaboti, etc.

Com a letra o: Dodô, robô, Nonô, etc. E finalmente, com a letra u: baú, Jaú, angu, sagu,

etc. Com as terminações em, im, ao, poderia ser: amém, Belém, quem, além, fim, mim,

Joaquim, jardim, João, salão etc. e outras letras a escolha da dupla. A partir desta

brincadeira o professor solicitará que as duplas criem seus poemas e depois façam a

leitura dialogada, em seguida pode pedir a eles que coloquem uma melodia nos poemas

com músicas folclóricas ou outra de preferência deles, assim também, além da leitura,

eles podem cantar o poema, já que gostam tanto de músicas. Exemplo de algumas

releituras realizadas a partir do poema “Jogo do é”:

Jogo do é Jogo do ó

O seu Peté O seu Totó

Veio de Avaré veio do cafundó

Pra visitar o Josué.

Logo que chegou ao cabaré Logo que chegou ao forró

Do seu Josué de seu Arigó

O seu Peté o seu Totó

Page 10: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

Pediu filé. Pediu mocotó.

E aí disse o seu Josué E aí disse o seu Arigó

_ Filé, Peté - mocotó, seu Totó

Não dá, não né tem dó

Só se for acarajé. Só tem pão de ló.

Ah! Seu Josué ah! Seu Arigó

Se fosse pro Dedé.. se fosse pro Jacó

Mas sendo pra quem é, mas sendo pra Loló

Seu Josué, ridico com é seu Arigó, ruim que só

Ofereceu um aguado dolé ofereceu um pó

Ou uma xícara de café. E fez um xodó

E o seu Peté E seu Totó

Malandro como é fez um forrobodó

Furioso até E disse o seu Totó

Fez um trupé pro amigo Arigó

E disse o seu Peté o seu bocó

Pro amigo Josué no seu forró

-- no seu cabaré fique só

Não boto fé.

(Professora Marly) (Professora Marly)

Esperamos que com essas propostas cheias de ludicidade, o aluno perceba um

pouco do encanto da vida vista pelos olhos dos poetas. Neste momento, é importante que

se atenda seus anseios de forma lúdica, ou seja, prazerosa. E para continuar no clima

lúdico, pode-se trabalhar com alguns poemas do livro Classificados poéticos, no qual o

gênero é abordado de forma original. O professor pode pedir que cada aluno crie seu

classificado.

Dando continuidade à etapa, o professor lerá para sala o livro 111 poemas para

crianças, de Sérgio Capparelli, pois ele reúne em um só volume poesias de todos os tipos

e os mais variados assuntos. Será possível ao docente compartilhar sua experiência de

leitor, explicando o porquê de sua escolha. Além disso, trata-se de uma oportunidade de

se fazer a leitura de poemas de forma expressiva, dando ênfase à entonação, ao ritmo e

aos sentidos do poema, proporcionando sempre a participação dos alunos, com

comentários sobre os títulos, as ilustrações e os temas, dentre outros, focando,

Page 11: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

principalmente, nas singularidades que constituem um texto poético. Assim todos terão a

oportunidade de expressar suas opiniões, descobertas e sentimentos.

Após esse compartilhamento das experiências de leitura do professor, serão

levados à sala livros dos autores já mencionados e também de Pedro Bandeira,

Bartolomeu Campos de Queirós, Reynaldo Valinho Alvarez, Fernando Paixão, Almir

Correia etc. Os alunos terão liberdade para escolher os livros e farão a leitura seguida da

troca de ideias sobre os livros, procurando expor seus questionamentos, desejos, medos,

alegrias, enfim, suas experiências de vida. É um processo importante, na medida em que

auxiliará o amadurecimento da leitura do aluno, uma vez que ao ouvir os colegas, ele terá

a oportunidade de perceber ideias e interpretações que não havia se dado conta

anteriormente. Cada aluno terá um volume para ler, analisar e comentar. A leitura poderá

ser feita de forma silenciosa, dialogada ou jogralizada.

Terceira etapa: na ruptura do horizonte de expectativas serão introduzidos textos para

leitura que “quebrem” as certezas e os costumes dos alunos (literatura/ vivência cultural).

É quando serão apresentados diversos textos poéticos que abalarão os conhecimentos

estudados e percebidos por eles, em termos de poesia. Diante das atividades realizadas

anteriormente, o professor pedirá a leitura de outros poetas, de textos poéticos mais

distantes no tempo e com temática diferenciada, propondo a leitura de cinco autores, a

saber: Mário Quintana, Manuel Bandeira, Ferreira Gullar, Cecília Meirelles e Helena

Kollody. A escolha recai sobre esses poetas e poetisas porque são autores que trabalham

de forma singular os mais variados temas.

Sugerimos o início das atividades com Mário Quintana, porque há em seus poemas

uma simplicidade apenas aparente. O professor apresentará o “Poeminha do Contra”.

Conversando com o poema

Após a leitura individual e apresentação do autor, o professor poderá propor as

seguintes questões:

1- Diga com suas palavras de que se trata o poema de Mário Quintana?

2- Por que o poema tem esse título?

3- Como devemos entender eles passarão e eu passarinho?

4- Sabemos que atravancar significa: estorvar, embaraçar, atrapalhar. Que sentido tem

esta palavra no poema?

Page 12: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

Podemos falar neste momento da linguagem poética, como as palavras são

exploradas e diferenciar quais são os tipos de linguagem usados em outros textos. A

seguir, o professor pode continuar o trabalho com Mário Quintana a partir do poema “O

autorretrato”, cujo teor é bastante subjetivo.

Conversando com o poema

1- Na confecção do autorretrato, para o que o eu lírico tem o seu olhar voltado?

2- Explique com suas palavras o que você entende dos versos “às vezes me pinto de

nuvem/ às vezes me pinto árvore”.

3- Há nestes versos uma palavra que marca a passagem do tempo, qual é?

4- Que versos do poema indicam o ser o eu lírico dotado de muita paciência?

5- Como você explicaria a última estrofe?

6- Que palavra resume a imagem que o eu lírico faz de si próprio?

7- Se você fosse fazer o seu autorretrato como o descreveria?

O segundo autor a ser introduzido, pode ser Manuel Bandeira e seu poema

“Porquinho-da-Índia”, cuja temática ao mesmo tempo afetiva e cômica certamente

cativará os alunos.

Conversando com o poema

1-Você iria gostar de ganhar um presente igual ao do menino?

2- Por que ele diz que o porquinho-da-índia foi a sua primeira namorada?

3- O assunto do poema era o que você imaginava a respeito de um porquinho-da-índia?

4- O porquinho da índia não retribuía os agrados do poeta, você conseguiu perceber isto?

5- O poeta fazia algumas coisas para agradar ao porquinho da índia. Cite-as e comente o

que achou delas.

6- Como podemos concluir que o porquinho-da-índia foi realmente importante para o

menino?

Em seguida, pode-se trabalhar o poema “Madrigal engraçadinho”, que retoma o

porquinho.

Page 13: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

Conversando com o poema

1- Quem seria Teresa?

2- O porquinho-da-índia é comparado a Teresa, por que o eu lírico fez isso?

3- O que você achou da forma do poema?

4- O que há em comum entre os poemas?

5- Nós temos muitos animais como verdadeiros amigos e fiéis companheiros. Comentem

com os colegas algum caso que você conheça desta amizade, pode ser um livro que você

leu um filme, um programa da TV, ou uma história que alguém te contou.

Um terceiro poeta seria Ferreira Gullar. Seria interessante começar com o poema

“Traduzir-se”.

Conversando com o poema

1- Como podemos perceber o tema da duplicidade do ser do poema. Como o eu lírico se

define?

2- Sabemos que antítese é o recurso estilístico em empregar palavra de sentido contrário

ou idéias oposta. Copie do poema exemplos de antítese.

3- Identifique rimas nos versos, copie dois exemplos e ilustre-os da forma que achar

melhor.

4- O poema fala de várias contradições. Descreva uma situação em que essas

contradições têm a ver com você.

5- Que significado tem a palavra arte no final do poema?

6- Como você explicaria esses versos finais?

7- E você, como se traduz? Cole num papel figuras que mostram como você é em

seguida escreva frases relacionadas à imagem, sempre pensando em você. Neste

momento é possível eles ouvirem a música por: Fagner, Adriana Calcanhoto, Fagner e

Nara Leão ou Cristina Motta.

Como o objetivo é que o aluno perceba as diferentes formas de se fazer poesia e

os diferentes temas que ela comporta, o próximo poema seria “O açúcar”.

Conversando com o poema

Page 14: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

1 - Procure no dicionário os significados das palavras: afável, paladar, tampouco,

extensos, regaço.

2- Tente explicar alguns destes versos: “Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. /

Homens de vida amarga [...]”.

3- Qual é a comparação que o autor faz com o açúcar? Por que ele a faz?

4- Sabemos que a palavra usada no sentido figurado é quando atribuímos um significado

novo. Copie dos textos exemplos de palavras neste sentido.

5 - Reconte a 1ª e a 5ª estrofes.

6- Há na última estrofe uma oposição, copie e tente explicar porque ela demonstra a

desigualdade social.

7- Conte com suas palavras como é o processo de produção de algum produto que você

mais goste, se for preciso faça uma pesquisa, não se esqueça de citar as pessoas

envolvidas. Você pode fazer de maneira poética como fez ferreira Gullar.

8- Qual dos poemas de Gullar você mais gostou? Por quê?

Sugerimos que o professor trabalhe também a crônica “O Padeiro” de Rubem

Braga.

Vamos agora à poetisa Cecília Meireles. Apesar de trazer uma temática talvez

pouco comum para os alunos, o poema “Retrato” propicia uma leitura interessante.

Conversando com o poema

1- Você sabe de quem é o retrato que o eu poético está olhando? Como descobriu isso?

2- A imagem que ele descreve é atual ou antiga?

3- Sobre a passagem do tempo, que informação nos passa o poema?

4- Escreva uma estrofe mostrando uma imagem que recrie o seu retrato.

5- De qual retrato você gostou mais: o de Quintana ou o de Meireles?

O próximo poema é “O nadador”, escolhido porque os alunos teriam contato com

um texto bastante diferenciado que prima pela descrição.

Conversando com o poema

Page 15: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

1- O que entendeu sobre o poema? Faça um desenho representando a imagem que o

poema te passou.

2- Há alguma palavra no poema cujo significado é desconhecido?

3- Explique o que quer dizer a primeira estrofe.

4- Em que estrofe o eu lírico fala de maneira mais suave sobre o nadador?

5- Por que a despedida a encanta?

6- O que quer dizer cemitérios de espuma?

7- Você pratica algum esporte? Qual é o seu favorito?

8- Escolha uma estrofe e transforme a em um parágrafo narrativo.

Parte inferior do formulário

Partindo para a última artista a ser apresentada nesta etapa, temos Helena Kolody.

A abordagem pode ter início com “Poesia mínima”.

Conversando com o poema

1- O que o eu lírico pintou no muro?

2- Por que ela teve o céu ao alcance das mãos?

3- O que mais é possível pintar no muro?

4- No poema há um passe de mágica, qual é?

5- Que imagem você vê ao ler o poema?

6- Se você fosse representar este poema em um quadro como seria?

7- Agora escolha uma imagem que você mais goste e escreva um poema.

A seguir propõe-se o trabalho com o poema “No mundo da lua”. Conversando com o poema

1- Por que o haicai se chama no mundo da lua?

2- Você sabe o que é um haicai?

3- Por que o eu poético não anda na rua?

4- Quem fala com as estrelas?

5- Tendo em vista os dois poemas abordados, o que você acha que o céu representa para

o eu lírico?

6- Gostou do haicai? Por quê?

7- Você e seu colega vão fazer um mural. Ilustrem com recortes de revistas, jornais o que

querem mostrar usando um haicai, exemplos, amizade, trabalho, escola, sonho,

cooperação etc. depois colocarão em exposição na sala de aula, bom trabalho.

Page 16: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

Para entrelaçar as leituras

Como forma de entrelaçar os diferentes autores, temas e composições poéticas

trabalhados, seria interessante que o professor sugerisse que em duplas, os alunos

recriassem o poema que mais gostou, fazendo uso dos recursos estudados e com seu

apoio. Esses poemas serão utilizados em uma antologia de temática variada, que deverá

ser prefaciada por algum profissional da escola, de acordo com a escolha dos alunos.

Havendo interesse e disponibilidade, alguns poemas recriados poderão ser apresentados

para outras turmas por meio de leitura dramatizada. Com isso, busca-se levar o jovem

leitor a perceber que com as leituras feitas conseguiu aprimorar seus critérios de leitura,

fomentar seu repertório literário, e principalmente, desenvolver sua sensibilidade estética.

Para uma maior percepção dos ganhos por parte dos alunos, eles serão convidados a

compartilhar sua antologia, lendo primeiramente o prefácio e depois escolhendo dela o

poema que mais gostou, buscando sempre trabalhar a sonoridade, o ritmo e os sentidos

de cada verso. Para isso, o aluno terá o apoio do professor, que o ajudará se existirem

dúvidas e questionamentos, de modo que todos aprenderão juntos.

Quarta etapa: o questionamento do horizonte de expectativas é a fase em que são

comparados os dois momentos anteriores, com a verificação, por parte dos alunos, de

quais textos exigiram mais reflexão e envolvimento. É provável que os alunos indiquem os

poemas da terceira etapa. O docente solicitará que os alunos partilhem oralmente as

experiências poéticas que estão vivenciando, pedindo, ainda, que contrastem o processo

de recriação dos poemas de cunho mais lúdico com o processo de recriação dos poemas

mais complexos temática e estruturalmente.

Como atividade desta etapa, para uma auto-análise dos ganhos em relação à

leitura e para que o professor também possa acompanhar eficazmente esse processo,

seria produtivo pedir um texto individual, em que fossem registrados os obstáculos, a

necessidade ou não de uso de dicionários ou ferramentas de pesquisa para entendimento

de determinados textos, as preferências textuais e temáticas em relação ao gênero

trabalhado, se houve momentos em que os alunos sentiram suas próprias vivências no

poema, etc. Essa produção será produzida sem maiores problemas, uma vez que tudo

terá sido debatido de forma oral primeiro, com o auxílio do professor.

Page 17: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

Quinta etapa: na ampliação do horizonte de expectativas, depois de todo o trabalho posto

em prática, é o momento de ampliarmos os interesses dos alunos, no sentido de motivá-

los a buscar na literatura outros autores, outros poemas, novas leituras. Será realizada a

conclusão das etapas e também será a hora de rever todo o processo, assim os alunos

perceberão suas conquistas e transformações como leitores, que provavelmente os

acompanharão pelo resto da vida.

Será organizado um sarau, uma verdadeira festa literária, com a exposição e

apresentação da antologia da sala, será realizada a declamação de poemas, canto de

poemas, dramatização de poemas e entrega de marcadores de páginas poéticos

produzidos pelos alunos. Além das outras turmas, serão convidados escritores locais,

família e toda a comunidade. Assim, o trabalho desenvolvido durante o projeto ficará

documentado, além de ser um meio de valorizar o trabalho dos alunos e promover a

inserção da família e da comunidade no cotidiano escolar. Tendo em vista que as

atividades desta última etapa valorizaram a oralidade, o docente poderá retomar o método

com a proposição da leitura de cordéis.

Passos para a organização do sarau:

Primeiro - reler os poemas dentre os estudados nas etapas anteriores e escolher quais

farão parte das apresentações. Escolhidos os poemas é o momento de os alunos, com

orientação do professor, fazerem anotações como, por exemplo, produzirem pequenos

textos com informações sobre os poemas e sobre os autores.

Segundo - é bom praticar a leitura do seu poema observando quais gestos e movimentos

farão para acompanhá-los. Prestar atenção na entonação dada às palavras, nas pausas

necessárias, porque o público precisa ouvir o que sendo declamado ou cantado, pois

poderão musicar os poemas com ajuda de instrumentos, podendo também servir de fundo

para a leitura dos poemas. Um dos alunos poderá fazer uma introdução às leituras e às

declamações.

Terceiro - discutir entre eles a ordem das apresentações, criando um roteiro para ser

seguido é importante para a organização do sarau.

Quarto - escolha do lugar de maneira que seja agradável e acolhedor para os convidados,

marcar uma data para o evento, confeccionar também os convites a escolha do grupo.

Determinar também onde ficará a plateia e onde serão lidos, declamados ou cantados os

poemas.

Último - a hora da festa, o diretor ou o professor fará uma fala inicial, dando boas-vindas

aos convidados e explicando o porquê de tudo, enfim do sarau. Depois de tudo isso é só

Page 18: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

fazer a avaliação de como ocorreu, qual foi a impressão e se valeu a pena o esforço de

todos.

Page 19: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

Considerações Finais

Esta Unidade Didática teve como objetivo proporcionar material de apoio para as

aulas de Língua Portuguesa, sugerindo o Método Recepcional com um caminho válido,

que poderá tornar as aulas de literatura mais coerentes, práticas e agradáveis.

Optamos por este encaminhamento em virtude do papel que a referida estratégia

atribui ao leitor, pois este é visto como sujeito ativo no processo de leitura, tendo voz em

seu contexto.

Além disso, esse método proporciona momentos de debates, reflexões sobre os

textos lidos, possibilitando ao aluno a ampliação dos seus horizontes de expectativas.

Desse modo, valendo-nos dessas vivências positivas com a literatura em sala de

aula, nesta oportunidade ensejada pelo PDE, fizemos uma proposta de intervenção na

escola que focaliza o texto poético aliado a diferentes estratégias lúdicas, com o objetivo

de contribuir para formar leitores proficientes do gênero poema.

Page 20: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

Referências

Artigo de Celso Cisto, disponível em <http://wp.clicrbs.com.br/opiniaozh/2012/11/01/artigo-

a-leitura-como-festa/?topo=13,1,1,,,13>. Acesso em 20 de set. 2012.

PINHEIRO, Hélder. Poesia na Sala de Aula. 3ª ed. Campina Grande: Bagagem, 2007.

BORDINI, M. da G.; AGUIAR, V. T. Literatura e a formação do leitor. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.

Martos,Clover Rivas, 1942- Viver e aprender português- 3ª série/ Cloder Ivas Martos, Joana D’Arque Gonçalves de Aguiar- 8. Ed. Reform.- São Paulo: Saraiva 2004—(Viver e aprender. Capparelli, Sérgio, 1047- 111 Poemas para crianças/Sérgio Capaaprelli- 5 ed. Porto Alegre: L&PM, 2006. Sites consultados Poeminha do Contra pois as atividades relacionadas aos poemas são inúmeras como: www.youtube.com/watch?v=WpqA2WLI6lg http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/poeminho-do-contra-mario-quintana/ acesso 29-10-2012 as 12:30

2. Manuel Bandeira, Porquinho-da-Índia

www.youtube.com/watch?v=BvxkYIqXJfM acessado dia 29-10-2012 as 12:50

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-poesia-na-infancia/74857/#ixzz2C1dyJUbf

Traduzir-se

http://www.youtube.com/watch?v=lPZsNQZMC9c&feature=related acessado dia 29-10-

2012 às 12h25min tem o poema em forma de música e declamado

2. Ferreira Gullar: veja como o poeta traduziu seu “eu” em palavras.

O açúcar

1. http://www.youtube.com/watch?v=5RiRQk8jxS0&feature=related vídeo o açúcar

acessado dia 12/11/2012

Page 21: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PARANÁ · dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz e Outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz, ambos de

2. Cecília Meirelles www.youtube.com/watch?v=zjbuTPUfAEU acessado dia 29-10-

2012 as 14:00

3. Helena Kollody

4. http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteu

do=220#videos acessado dia 29-10-2012 as 15:00 aqui há um vasto material para

auxiliar o professor para trabalhar a autora e o haicai.

Sugestões de livros para o professor usar como consulta Cinco Estrelas, vários autores Volume 1 Editora Obejtiva LTDA Rio de Janeiro, 2001. JOSÉ, E. Cantigas do Adolescer. Atual Editora 12ª Edição São Paulo 1998 MORAIS, V. A Arca de Noé. Volume 1, Companhia das Letrinhas São Paulo 2ª edição 2002. MORAIS, V. Literatura Em Minha Casa: Receita de Poesia de Vinicius de Morais Volume I. Companhia das Letras 1 ª edição São Paulo, 2003. PAIXÃO, F. Poesia a Gente Inventa - Editora Ática São Paulo 3ª Edição 1997 Poesia Fora da Estante vários autores Volume 1 LPM 1ª edição, Porto Alegre, 2003. QUEIROS, B. C. Diário de Classe. Editora Moderna 2ª edição, São Paulo 2003. Tempo de Poesia - Volume 18ª série Global Editora e Distribuidora Ltda 1ª edição São Paulo 2003. Varal de Poesia, vários autores volume 1 Editora Atica 1ª edição São Paulo, 2002. VIEIRA, T. F. Folhas Mortas. Rio de Janeiro Taba Cultural, 2008. Conversa de Poeta vários autores Salamandra 1ª edição São Paulo 2003