PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

Solo e Resíduos Sólidos. Uma Problemática Urbana

Educação Ambiental, Articulação Teoria e Prática

Maria Lúcia Frazão Campanha

10/08/2011

A Educação Ambiental não deve ser apenas uma disciplina, mas um aprender

constante, em todas as áreas da Educação, ser algo dinâmico, ativo, aplicável;

que não se prenda a lições extraídas dos livros didáticos, mas que se faça de

maneira prazerosa, utilizando a própria natureza como fonte de estudo,

observação, investigação e descobertas.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PDE – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Maria Lúcia Frazão Campanha

Orientadora: Profª Drª Simone Fiori

MARINGÁ

2011

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 04

1. RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS 05

2. MATERIAIS DIDÁTICOS 06

2.1 QUADRADO ECOLÓGICO 06

2.2 DOMINÓ ECOLÓGICO 09

2.3 JOGO DA MEMÓRIA ECOLÓGICO 11

2.4 TEXTO: O PEIXINHO 11

3. AULAS DE CAMPO 13

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14

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APRESENTAÇÃO

A Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná-

Superintendência da Educação através do Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE proporciona aos professores da rede a oportunidade de

retornarem à Universidade a fim de adquirirem novos subsídios

teóricos/metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais

sistematizadas que resultem em redimensionamento de sua prática.

Pretende-se com este caderno, realizar um estudo mais aprofundado

acerca do tema: Solo e Resíduos Sólidos: uma problemática urbana, realizar

uma Educação Ambiental Transformadora, uma articulação entre a Teoria e a

prática

Este trabalho visa contribuir para a superação das dificuldades e

problemas encontrados na escola, visando a melhoria qualitativa do processo

ensino aprendizagem nas escolas públicas do Estado do Paraná.

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1. RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS

A Educação Ambiental não deve ser apenas uma disciplina, mas um

aprender constante, em todas as áreas da Educação, ser algo dinâmico, ativo,

aplicável; que não se prenda a lições extraídas dos livros didáticos, mas que se

faça de maneira prazerosa, utilizando a própria natureza como fonte de estudo,

observação, investigação e descobertas.

Em sala de aula a educação ambiental, não deve ser aplicada aos

alunos como expectadores que diante da televisão embarcam nas aventuras,

dramas e emoções do outro, diante do qual rimos, choramos e emocionamo-

nos. Terminando o filme, voltamos ao nosso cotidiano como se nada, ou quase

nada, tivesse acontecido. Temos que embarcar de verdade e construir juntos

nossa própria história.

Buscando uma perspectiva mais dinâmica para a Educação Ambiental

propomos a elaboração de algumas atividades as quais se encontram descritas

a seguir, como materiais didáticos.

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2. MATERIAIS DIDÁTICOS

2.1 QUADRADO ECOLÓGICO

O objetivo deste jogo é aprender as diferentes niveis de uma cadeia

alimentar e ciclo de transferencia de energia entre os seres vivos de diferentes

espécies e o equilíbio que existe entre as populações.

Como você joga?

O jogo começa seguindo uma sequência lógica: fonte de energia

luminosa, produtores, consumidores (carnivoros e herbivoros) e

decompositores.

O jogador deve dobrar o papel de maneira que forme um quadrado onde

aparecem 4 (quatro) figuras diferentes mas que tenham o mesmo significado.

Não é um jogo competitivo, porém, de grande habilidade, raciocinio, atenção e

conhecimento.

Cada membro do grupo partilha a sua experiência analisando as figuras

para tentar compreender a sua importância no ciclo de vida e fatores

ecológicos. Neste jogo deve ser trabalhado os conceitos de ciclo de vida,

tranferência de energia e fatores ambientais que influenciam esses ciclos.

Material necessário:

1- FOLHA DE SULFITE

2- GRAVURAS DE:

a) Sol: fonte primaria de energia;

b) Plantas: produtores (autótrofos);

c) Consumidores primários;

d) Consumidores secundários;

e) Consumidores terciários;

f) Decompositores.

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Modo de Fazer:

• Imprimir frente e verso as duas gravuras

• Dobrar a folha em quatro partes iguais

• Abrir a folha e recortar a parte central (branca)

Atendendo as sugestões do Educador (a), os alunos deverão dobrar a folha

sem rasgar de modo que forme um quadrado com cada elemento da cadeia

alimentar. Na sugestão sol a principal fonte de energia deverá formar o

quadrado as quatro imagens que aparecem o sol.

Ex: sol, vegetais, herbívoros, carnívoros, decompositores.

FRENTE

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VERSO

A proposta desta atividade é associar coordenação motora, raciocínio

lógico e conhecimento sobre a dinâmica da natureza.

Cada aluno deve ter o seu material, no entanto poderá compartilhar com

o grupo.

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2.2 DOMINÓ ECOLÓGICO

No Dominó Ecológico são utilizadas as mesmas regras básicas de um

dominó comum, a principal diferença neste caso, é a troca de números por

figuras que nos remetem à questões ambientais, peças que indique a poluição

e peças que proponham uma solução para a não poluição. Utilizando-se de

uma forma bastante divertida, lúdica e didática, os participantes serão

orientados sobre a decomposição e degradação no Meio Ambiente. Tudo isso

será trabalhado apenas jogando uma partida de dominó, ressaltando a

importância de cada elemento no equilíbrio do Meio Ambiente.

(www.espacociencia.pr.gov.br)

Abaixo ilustramos como deve ser feita a montagem do dominó

ecológico.

Material necessário:

• Caixas de camisa ou sapato

• Figuras

• Cola

• Tesoura

Modo de fazer:

• Recorte de figuras seguindo uma seqüência de fenômenos ambientais;

• Recortar retângulos de papel caixa de sapato ou camisa no tamanho

20x15 cm;

• Colar as figuras nos retângulos;

• Separar os jogos em caixas, envelopes ou saquinhos individuais;

• Pode ser jogado em dupla ou individual ou em grupos

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Dando inicio ao jogo o professor devera conduzir o trabalho oralmente ou

através de tirinhas para que as figuras sejam posicionadas na seqüência

lógica.

Exemplo:

1) O fogo provoca queimadas, aumenta a emissão de CO2 o que contribui

para o aquecimento global e efeito estufa, alem disso, deixa o solo

desprotegido causando erosão, assoreamento dos rios, empobrecimento

do solo, e comprometimento do sistema respiratório.

02) Sol (Fonte natural de energia) + solo fértil + rotação de cultura + plantio

direto + germinação + decompositores + cobertura vegetal= colheita farta +

umidade do ar = melhor distribuição das chuvas.

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2.3 JOGO DA MEMÓRIA

Para brincar com este jogo da memória diferente, o aluno precisa formar

pares, encontrando o tipo de ser vivo da mesma espécie. Quando o jogo

começa fique de olho nas cartas até elas virarem.

O objetivo do jogo é desenvolver a curiosidade, e o uso de regras,

estimularem o raciocínio, a iniciativa e a autoconfiança, e auxiliar no processo

de integração dos alunos.

MATERIAIS NECESSÁRIOS:

- Caixas de camisa ou sapato

- figuras de seres vivos ( ou espécies em extinção)

- cola

- tesoura

MODO DE FAZER:

Recortar as figuras em pares iguais;

Recortar o papel (caixas) em tamanho 20x15 cm;

Colar as figuras, uma em cada retângulo

Total de peças: 20

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2.4 TEXTO: O PEIXINHO

Esta será uma atividade para reflexão, com o objetivo de motivá-los a

cuidar melhor e respeitar a vida em todos os seus aspectos.

O peixinho

Terezinha de Fátima Alves Meira

Tropeçando daqui chutando dali, ainda um pouco sonolento. Tinha que

ir. Era obrigado. Não podia chegar atrasado. A rua rotineira estava mais suja do

que nos outros dias. Uma lata de cerveja virou bola. Fui chutando, chutando.

Ora do lado esquerdo, ora do lado direito da rua. Cansei. Dei um chutão: tibum.

Caiu no Igarapé. O pontilhão estava torto e quebrado. Fiquei olhando lá

embaixo. Um fiozinho de água corria entre um montão de lixo. Não vi nenhum

peixinho. Só vi a luta da pequena água querendo romper passagem. Batia em

saco plástico, em latas grandes e pequenas e outras coisas, sei lá o que era só

sei que era muita coisa. A água estava doente, amarela sem força e muito

triste. Um homem que passava por ali de bicicleta perguntou: - Menino está

querendo tomar banho no rio “Bostinha”? Não liguei. Olhei mais uma vez para

a água e vi um peixinho. Estava paradinho: às vezes queria nadar, tentava

subir, tentava descer. Tive dó. Queria salvá-lo. Uma mulher que vinha em

minha direção empurrando um carrinho de mão cheio de lixo subiu no pontilhão

com cuidado e despejou tudo aquilo dentro do rio. O pior, em cima do peixinho.

Eu quis gritar, mas a voz não saiu. A mulher se afastou cantarolando feliz da

vida. Cheguei atrasado à escola. A professora foi logo dizendo:- Atrasado,

heim, garotinho! Sentei-me e ela continuou a aula: Nosso assunto de hoje é a

preservação do meio ambiente. E ela falava, falava sobre os rios, sobre o solo,

as queimadas, o desmatamento etc. Arrisquei uma pergunta, quer dizer, quase:

- Professora, a senhora conhece o rio “Bos...”?- O que menino?- Nada não,

professora. - Então não atrapalha a aula. Alguns alunos riram. - Silêncio,

crianças! Prestem atenção na aula! Era impossível. O peixinho estava lá,

agora, sufocado no lixo, talvez morto. Eu queria estar lá, descer o barranco,

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retirar o lixo e salvar o bichinho. Era nisso que eu pensava. - Ei garoto, além de

chegar atrasado à aula, parece estar “no mundo da lua”, será que podemos

morar lá? Foi à aula mais chata e comprida daquele ano. Eu queria mesmo era

salvar o peixinho e tirar a latinha que eu tinha chutado lá. Fui andando devagar

para que os outros alunos se distanciassem. Eles iam na maior algazarra,

jogavam papel de bala, chiclete, sacolinhas de gelinho, iogurte etc. As ruas iam

ficando imundas. Desci o barranco. Atolei até os joelhos na lama. Fui retirando

lixo para um lado, bem devagar para na machucar o peixinho. Foi inútil. Ele não

estava lá, nem vivo, nem morto. Fui até a latinha, e que surpresa, lá ao lado da

lata, estava ele, cansado. Abria e fechava a guelra sem parar. Fiquei olhando

para o peixinho. Dobrei o corpo para fazer sombra nele. Parece que ele gostou.

De repente, fui atingido por um jato de uma coisa esquisita e fedorenta, quase

insuportável. Olhei para cima e vi que era um cano de descarga de banheiro.

Eu vi outros e outros, dos dois lados do rio. O peixinho sumiu no susto. A

latinha eu não pude pegar. Estava melada de bons. As aulas continuam as

mesmas. O rio, depósito de lixo. Ele é uma fossa. O peixinho deve estar no

céu. Gotas de contribuição sábado, 30 de maio de 2009 12h33min.

Após fazer a leitura, quantas vezes forem necessárias, poderá ser feito

uma peça teatral e/ou trabalhar o texto com grupos diferentes, fazer um debate

sobre o mesmo em sala de aula e registrar em relatório a opinião dos grupos.

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3. AULA DE CAMPO

Para enriquecer ainda mais as aulas de ciências será marcada uma

visita ao córrego água das Oliveiras. Esta visita será acompanhada por um

técnico do meio ambiente da secretaria da agricultura de Quinta do Sol André

da Silva, que fará uma abordagem sobre a necessidade de preservação do

meio ambiente global, com ações local, utilizando como fonte de observação o

rio Água das Oliveiras do Município de Quinta do Sol.

Após a visita, formar grupos de cinco alunos cada, para debater sobre a

realidade encontrada, listar o que é natural e o que é artificial encontrado no

Rio e quais os efeitos para o local, procurando propor soluções, caso haja

alguma situação problema.

Comunicar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e junto agir para

proteção do Rio Água das Oliveiras

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Http://Presenteparaohomem.com.br

Http://oplanetaquetemos.blogspot.com/2009/08/jogo-do-meio-ambiente.html

Http://Saudeanimal.com.br

Http://vagnercamacho.blogspot.com/2011/04/

Http://espacociencia. pr.gov.br

Http://diaadiaeducacao.pr.gov.br

CAPRA, Fritjof. As conexões ocultas: ciências para uma vida sustentável.

São Paulo: Cultrix, 2005, p. 296.

FALCO, J. R. P. Energia e Ambiente. In: FALCO. J. R. P. RODRIGUES. M. A.

(org.)

HANZEN. Robert. M. , TREFIL, James. Saber Ciência. 2,ed. São Paulo:

Editora de

Cultura, 2005.

ODUM, P. Eugene. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A, 1988. p.

434.

PARANÁ/SEED. Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE.

(Síntese). Faxinal do Céu. 2008

SOARES. José Luis. Biologia. Volume 1. 2.ed. São Paulo:Scipione. 1992

PROJETO ARARIBÁ. Ciências / Obra coletiva em 4 volumes para alunos de 5ª

a 8ª séries. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2008.