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Região sul do país, este foi o destino dos estagiários vinculados ao PDPL- -RV que partiram com objetivo de aprender e conhecer uma nova rea- lidade no tocante à atividade leiteira em âmbitos nacionais. A equipe de estagiários da 3º fase do Programa saiu no dia 24 de julho em missão técnica ao Paraná, pas- sando por Ribeirão Preto, Sertãozi- nhos e Descalvado, no estado de São Paulo, e no caminho de volta, na ci- dade de Poços de Caldas, Minas Ge- rais, até finalmente retornar à Viçosa no dia 30 de julho. Com início pelo estado de São Paulo, a maratona de visitas passou pela fábrica Ouro Fino, em Ribeirão Preto-SP, onde se teve acesso às suas instalações, fato que possibilitou a observação dos processos de fabrica- ção e toda tecnologia envolvida nos produtos da empresa. Na mesma ci- dade, as dependências da fábrica da Marangatú Sementes foram abertas à equipe do PDPL-RV, possibilitando compreender como é a produção de sementes de qualidade e conhecer al- gumas das forrageiras mais utilizadas no país. Seguindo viagem, a próxima para- da foi em Sertãozinho, na empresa CRV Lagoa. Guiados pelo médico veterinário e consultor Ernesto, ex- -estagiário do PDPL-RV, o grupo presenciou etapas do procedimento de coleta de sêmen e entendeu me- lhor o funcionamento de uma cen- tral que comercializa mais de 2 mi- lhões de doses de sêmen por ano. Novamente na estrada, o desti- no agora era a fazenda Santa Rita- -Agrindus S/A em Descalvado-SP. Esta propriedade é a segunda do Bra- sil em termos de produção leiteira, sendo seu leite processado na pró- pria fazenda. É importante frisar que apesar da alta escala de produção a fazenda se preocupa com o meio am- biente fazendo o tratamento de todo o dejeto produzido. Agora sim, rumo ao Paraná! Como primeira parada neste produtivo e rico estado brasileiro, o grupo de- sembarcou na Fundação ABC de pesquisa e desenvolvimento agrope- cuário, que foi criada pelas coopera- tivas Capal, Castrolanda e Batavo e é mantida por mais de 1.300 produto- res cooperados. A fundação se empe- nha em desenvolver soluções para o setor agropecuário da região promo- vendo eventos e pesquisas, além de difundir tecnologias. Munida de muita curiosidade a equipe foi apresentada às duas maiores Cooperativas do estado paranaense: Castrolanda, situada em Castro, e Batavo, localizada em Carambeí. A primeira atende indi- retamente cerca de 470 produtores e sobre ela o discurso baseou-se no seu funcionamento e nos programas desenvolvidos junto aos produtores cooperados. Já na Batavo, mais antiga coopera- tiva do país, abordou-se um pouco da história da cooperativa, da evo- lução ocorrida nos últimos dez anos em termos produtivos tanto de leite, quanto de soja, trigo e milho, e da força comercial da empresa ao atuar em nome de seus associados na ven- da de seus produtos. Como aprendizado, foi de grande valia entender que os segredos das cooperativas Castrolanda e Batavo estão no espírito associativo de seus produtores e colaboradores, e tam- bém na responsabilidade, na perse- verança, e na vontade de trabalhar do povo paranaense. A última etapa da estadia em solos sulistas era a cereja do bolo: as pro- priedades com suas altas produtivi- dades e animais extremamente espe- cializados. Ver o envolvimento e o profissio- nalismo de produtores como os Sr. Ronald Rabbers, detentor da maior média por vaca do país, e do Sr. Hans Groenwold, presidente e destaque como criador da Associação Parana- ense de Criadores da Raça Holande- sa, serviu de grande estímulo para a equipe. O nível de investimento dos pro- dutores em instalações visando pro- porcionar o máximo de conforto aos animais pode ser elucidado na fazen- da Francana, do Sr. Frank Dikistra, o qual é pioneiro no plantio direto no Brasil. Nesta mesma propriedade o produtor ainda lança mão de um biodigestor visando a diminuição dos custos com a energia elétrica. O grupo ainda passou por mais duas propriedades, a fazenda do Sr. Jacob Voorsluys, que por ser muito próxima à cidade sofre assédio cons- tante do setor imobiliário. E a fazenda AMW, parceria de três profissionais de gabarito e apaixo- nados com a atividade leiteira, Ari, Márcio e Winston, este, aliás, foi o “mestre de cerimônias” da equipe durante todas as visitas. Nesta propriedade, o estagiário da 3ª fase do PDPL-RV, Marcelo Bian- co, que se encontrava estagiando na região, apresentou a fazenda à equipe com total desprendimento e conhe- cimento de causa. Para encerrar a missão, e de volta ao estado mineiro, a última parada foi em Poços de Caldas, na fábrica da Danone, empresa multinacional de origem francesa. Sob o comando do agrônomo e ex- -estagiário do PDPL-RV, Flávio Fa- zenaro, técnicos e estagiários tiveram acesso a informações sobre como é o processo de recebimento do leite nas plataformas da fábrica, e também foram instruídos sobre a política de trabalho da empresa. Assim, enriquecidos com os exem- plos paranaenses de intensificação da atividade leiteira, municiados com mais esta estimulante experiência profissional, e com um novo olhar para a produção leiteira nacional, o grupo retornou à Viçosa depois da cansativa, porém, gratificante missão técnica. O PDPL-RV reafirmando sua res- ponsabilidade frente ao desenvolvi- mento da pecuária leiteira da região de Viçosa promoveu no dia 15 de julho, durante a 82ª Semana do Fazendeiro, o curso “Produção de leite a baixo custo”. A primeira estação do curso ocorreu em sala de aula no campus da UFV, ministrado pelo zootecnista e super- visor técnico do PDPL-RV, Christiano Nascif, quando foi exposto aos parti- cipantes noções a respeito da cadeia produtiva do leite, as interações entre a economia e a produção, índices eco- nômicos/zootécnicos, e suas interpre- tações, dentre outros assuntos, que devem ser compreendidos por quem visa produzir leite de forma mais com- petitiva e ao menor custo de produção possível. Durante a tarde os participantes se deslocaram à fazenda Oásis, proprie- dade do Sr. Sérgio H. V. Maciel, onde ocorreu um dia de campo dividido em três estações de apresentação. Cada es- tação abordava um tema em especial, sendo eles: • Manejo de cria e recria: ministrada pelo Med. veterinário André Navarro Lobato; • Manejo sanitário e qualidade do leite: ministrado pelo Med. veterinário Marcus Vinícius C. Moreira; • Produção de volumosos: ministrada pelo Eng. agrônomo iago Camacho Rodrigues. Cada estação contou também com a presença dos monitores das respectivas áreas auxiliando na apresentação dos técnicos. A pecuária leiteira na Zona da Mata Mineira entra para a história da região como fonte de renda de mui- tas famílias. O PDPL-RV sabendo da sua responsabilidade como dissemina- dor de tecnologia veste a camisa e, mais uma vez, traz ao homem do campo a oportunidade de se informar melhor na busca da tecnificação na produção rural. PDPL-RV presente na 82ª Semana do Fazendeiro Hugo Sickert Rocha Estudante de Agronomia Dicas do zootecnista: Armazenamento de grãos com qualidade e livre de pragas p.2 Especial: Graus de sangue na raça Girolando p.2 Nível de vácuo de ordenhadeira: Importante para uma ordenha eficiente e saúde do rebanho p.4 Missão técnica ao Paraná: cumprida com louvor! iago Francisco Rodrigues Estudante de Zootecnia Grupo do PDPL-RV Sala de ordenha Pista de alimentação da recria Jornal da Produção de Leite / Ano XX - Número 268 - Viçosa, MG - Julho de 2011 PDPL-RV Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa www.ufv.br/pdpl

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Região sul do país, este foi o destino dos estagiários vinculados ao PDPL--RV que partiram com objetivo de aprender e conhecer uma nova rea-lidade no tocante à atividade leiteira em âmbitos nacionais.

A equipe de estagiários da 3º fase do Programa saiu no dia 24 de julho em missão técnica ao Paraná, pas-sando por Ribeirão Preto, Sertãozi-nhos e Descalvado, no estado de São Paulo, e no caminho de volta, na ci-dade de Poços de Caldas, Minas Ge-rais, até finalmente retornar à Viçosa no dia 30 de julho.

Com início pelo estado de São Paulo, a maratona de visitas passou pela fábrica Ouro Fino, em Ribeirão Preto-SP, onde se teve acesso às suas instalações, fato que possibilitou a observação dos processos de fabrica-ção e toda tecnologia envolvida nos produtos da empresa. Na mesma ci-dade, as dependências da fábrica da Marangatú Sementes foram abertas à equipe do PDPL-RV, possibilitando compreender como é a produção de sementes de qualidade e conhecer al-gumas das forrageiras mais utilizadas no país.

Seguindo viagem, a próxima para-da foi em Sertãozinho, na empresa CRV Lagoa. Guiados pelo médico veterinário e consultor Ernesto, ex--estagiário do PDPL-RV, o grupo presenciou etapas do procedimento de coleta de sêmen e entendeu me-lhor o funcionamento de uma cen-tral que comercializa mais de 2 mi-lhões de doses de sêmen por ano.

Novamente na estrada, o desti-no agora era a fazenda Santa Rita--Agrindus S/A em Descalvado-SP. Esta propriedade é a segunda do Bra-sil em termos de produção leiteira, sendo seu leite processado na pró-

pria fazenda. É importante frisar que apesar da alta escala de produção a fazenda se preocupa com o meio am-biente fazendo o tratamento de todo o dejeto produzido.

Agora sim, rumo ao Paraná! Como primeira parada neste produtivo e rico estado brasileiro, o grupo de-sembarcou na Fundação ABC de pesquisa e desenvolvimento agrope-cuário, que foi criada pelas coopera-tivas Capal, Castrolanda e Batavo e é mantida por mais de 1.300 produto-res cooperados. A fundação se empe-nha em desenvolver soluções para o setor agropecuário da região promo-vendo eventos e pesquisas, além de difundir tecnologias.

Munida de muita curiosidade a equipe foi apresentada às duas maiores Cooperativas do estado paranaense: Castrolanda, situada em Castro, e Batavo, localizada em Carambeí. A primeira atende indi-retamente cerca de 470 produtores e sobre ela o discurso baseou-se no seu funcionamento e nos programas desenvolvidos junto aos produtores cooperados.

Já na Batavo, mais antiga coopera-tiva do país, abordou-se um pouco da história da cooperativa, da evo-lução ocorrida nos últimos dez anos em termos produtivos tanto de leite, quanto de soja, trigo e milho, e da força comercial da empresa ao atuar em nome de seus associados na ven-da de seus produtos.

Como aprendizado, foi de grande valia entender que os segredos das cooperativas Castrolanda e Batavo estão no espírito associativo de seus produtores e colaboradores, e tam-bém na responsabilidade, na perse-verança, e na vontade de trabalhar do povo paranaense.

A última etapa da estadia em solos sulistas era a cereja do bolo: as pro-priedades com suas altas produtivi-

dades e animais extremamente espe-cializados.

Ver o envolvimento e o profissio-nalismo de produtores como os Sr. Ronald Rabbers, detentor da maior média por vaca do país, e do Sr. Hans Groenwold, presidente e destaque como criador da Associação Parana-ense de Criadores da Raça Holande-sa, serviu de grande estímulo para a equipe.

O nível de investimento dos pro-dutores em instalações visando pro-porcionar o máximo de conforto aos animais pode ser elucidado na fazen-da Francana, do Sr. Frank Dikistra, o qual é pioneiro no plantio direto no Brasil. Nesta mesma propriedade o produtor ainda lança mão de um biodigestor visando a diminuição dos custos com a energia elétrica.

O grupo ainda passou por mais duas propriedades, a fazenda do Sr. Jacob Voorsluys, que por ser muito próxima à cidade sofre assédio cons-tante do setor imobiliário.

E a fazenda AMW, parceria de três profissionais de gabarito e apaixo-nados com a atividade leiteira, Ari, Márcio e Winston, este, aliás, foi o

“mestre de cerimônias” da equipe durante todas as visitas.

Nesta propriedade, o estagiário da 3ª fase do PDPL-RV, Marcelo Bian-co, que se encontrava estagiando na região, apresentou a fazenda à equipe com total desprendimento e conhe-cimento de causa.

Para encerrar a missão, e de volta ao estado mineiro, a última parada foi em Poços de Caldas, na fábrica da Danone, empresa multinacional de origem francesa.

Sob o comando do agrônomo e ex--estagiário do PDPL-RV, Flávio Fa-zenaro, técnicos e estagiários tiveram acesso a informações sobre como é o processo de recebimento do leite nas plataformas da fábrica, e também foram instruídos sobre a política de trabalho da empresa.

Assim, enriquecidos com os exem-plos paranaenses de intensificação da atividade leiteira, municiados com mais esta estimulante experiência profissional, e com um novo olhar para a produção leiteira nacional, o grupo retornou à Viçosa depois da cansativa, porém, gratificante missão técnica.

O PDPL-RV reafirmando sua res-ponsabilidade frente ao desenvolvi-mento da pecuária leiteira da região de Viçosa promoveu no dia 15 de julho, durante a 82ª Semana do Fazendeiro, o curso “Produção de leite a baixo custo”.

A primeira estação do curso ocorreu em sala de aula no campus da UFV, ministrado pelo zootecnista e super-visor técnico do PDPL-RV, Christiano Nascif, quando foi exposto aos parti-cipantes noções a respeito da cadeia produtiva do leite, as interações entre a economia e a produção, índices eco-nômicos/zootécnicos, e suas interpre-tações, dentre outros assuntos, que devem ser compreendidos por quem visa produzir leite de forma mais com-petitiva e ao menor custo de produção possível.

Durante a tarde os participantes se deslocaram à fazenda Oásis, proprie-dade do Sr. Sérgio H. V. Maciel, onde ocorreu um dia de campo dividido em três estações de apresentação. Cada es-tação abordava um tema em especial, sendo eles:

• Manejo de cria e recria: ministrada pelo Med. veterinário André Navarro Lobato;

• Manejo sanitário e qualidade do leite: ministrado pelo Med. veterinário Marcus Vinícius C. Moreira;

• Produção de volumosos: ministrada pelo Eng. agrônomo Thiago Camacho Rodrigues.

Cada estação contou também com a presença dos monitores das respectivas áreas auxiliando na apresentação dos técnicos. A pecuária leiteira na Zona da Mata Mineira entra para a história da região como fonte de renda de mui-tas famílias. O PDPL-RV sabendo da sua responsabilidade como dissemina-dor de tecnologia veste a camisa e, mais uma vez, traz ao homem do campo a oportunidade de se informar melhor na busca da tecnificação na produção rural.

PDPL-RV presente na 82ª Semana do

FazendeiroHugo Sickert Rocha Estudante de Agronomia

Dicas do zootecnista: Armazenamento de grãos com qualidade e livre de pragas

p.2

Especial:Graus de sangue na raça Girolando

p.2

Nível de vácuo de ordenhadeira: Importante para uma ordenha eficiente e saúde do rebanho

p.4

Missão técnica ao Paraná: cumprida com louvor!Thiago Francisco Rodrigues Estudante de Zootecnia

Grupo do PDPL-RV

Sala de ordenha Pista de alimentação da recria

Jornal da Produção de Leite / Ano XX - Número 268 - Viçosa, MG - Julho de 2011

PDPL-RV Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa www.ufv.br/pdpl

Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa

Publicação editada sob a responsabilidade do

Coordenador do PDPL-RV:Prof. Sebastião Teixeira

Gomes

Jornalista Responsável:José Paulo Martins

(MG-02333-JP)

Redação:Christiano Nascif

Zootecnista

Marcus Vinícius C. MoreiraMédico Veterinário

André NavarroMédico Veterinário

Thiago Camacho RodriguesEngenheiro Agrônomo

Diagramação e coordenação gráfica:

Camila Caetano

Impressão:Suprema Gráfica e Editora

(32) 3551 2546

Endereço do PDPL-RV: Ed. Arthur Bernardes

Subsolo/ Campus da UFVCep: 36570-000

Viçosa - MG

Telefax: (31) 3899 5250E-mail: [email protected]

www.pdpl.ufv.br

Twitter: @PDPLRV

Jornal da Produção de Leite

2

Dicas do zootecnista:

Atualmente, o produtor de leite além de ser um bom pecuarista tam-bém deve ser um bom agricultor, uma vez que a produção de volu-mosos e grãos exige produtividade e qualidade para o sucesso na ativida-de leiteira.

Muita atenção deve ser dada ao plantio e manejo correto da lavoura, mas todo o trabalho será em vão se a mesma atenção não for oferecida a armazenagem da produção.

Em média, as perdas por armaze-namento inadequado no Brasil, che-gam a 20% da produção, e são cau-sadas principalmente por carunchos, traças e pequenas mariposas, respon-

sáveis por cerca de 50% dos ataques, principalmente na cultura do milho.

O grão de milho pode perder mais de 15% de seu peso quando armaze-nado de forma inadequada.

Primeiro passo:

• A colheita do milho deve ser reali-zada quando os grãos estiverem bem secos, ou seja, com umidade em tor-no de 14%, se o objetivo for armaze-nar o produto debulhado e ensacado ou debulhado e a granel.

É possível colher com grau de umi-dade mais elevado, até 28%, desde que se faça a secagem artificial ime-diatamente.

Entretanto, para o armazenamen-to do milho na forma de espigas, em paióis arejados, pode-se tolerar

umidade de até 18%, considerando--se que o grão poderá completar seu processo de secagem no próprio paiol ou armazém.

Segundo passo:

• Limpeza e desinfecção do local de armazenamento, sendo fundamental não deixar resíduos da última safra. O local de armazenamento deve ser totalmente protegido da umidade das chuvas e do solo.

Terceiro passo:

• Na maioria das vezes o milho já vem do campo contaminado, por isso é importante fazer o controle e a separação das espigas despalhadas (que perderam a palha no campo),

Guilherme Chaves VazEstudante de Zootecnia

Armazenamento de grãos com qualidade e livre de pragaspois normalmente são nestas que se inicia o ataque de insetos, propagan-do-se para o restante dos grãos.

Recomenda-se adotar o uso do ex-purgo com fosfina, que é um método barato e muito eficiente, além de não deixar resíduo ou odor desagradável nos grãos.

A fosfina é comercializada na for-ma de pastilhas, as quais liberam ga-ses tóxicos sob exposição ao ar.

Por isso, para que sua ação seja efe-tiva, é necessário cobrir o milho, em grãos ou espiga, com uma lona plás-tica, cuidando-se para que os bordos da lona sejam totalmente vedados.

Também é preciso introduzir por baixo da lona um comprimido ou pastilha grande ou cinco pastilhas pequenas por metro cúbico de milho em grão ou espiga.

Como medida prática de vedação da lona plástica, recomenda-se co-brir os bordos da lona com terra ou areia.

Vale ressaltar que como o insetici-da exala gases tóxicos, é necessário o manuseio com os equipamentos de proteção individual, EPI’s.

Quarto passo:

• Espalhar iscas de rato próximo ao local de armazenagem, já que esses animais também são responsáveis por grandes prejuízos aos grãos.

A produção leiteira no Brasil é fun-damentada principalmente por vacas mestiças, dos 91% totais de vacas do país, 50% são de cruzamentos entre a raça Gir e a Holandesa em várias composições genéticas.

A raça Girolando se adaptou muito bem ao principal sistema de produ-ção de leite no Brasil, o pasto, so-mado com a rusticidade e o leite da raça Gir leiteiro, com o potencial de produção e a persistência de lactação da raça holandesa, além da vantagem do aproveitamento dos machos e das fêmeas deste cruzamento.

O reconhecimento dos variados graus de sangue na raça Girolando, torna-se uma ferramenta importante no dia-a-dia de técnicos e produto-res de leite, que a partir da expressão morfológica exterior dos animais, define-se as características íntimas e únicas de cada grau de sangue da raça.

Estas são:

1) Vaca ½ sangue Holandês

Para a avaliação completa do ani-mal, é necessário começar pela cabe-ça, que em vista lateral possui perfil sub-convexo, olhos típicos dos ani-mais zebuínos, ou seja, elípticos ou “rasgados”. Em vista frontal, a dire-ção das orelhas está abaixo da linha dos olhos, são orelhas um pouco pendulosas e com uma reentrância no bordo inferior, chamada de “ga-vião”.

A nível do pescoço, observa-se uma barbela solta e proeminente. E na região da espádua há uma cruz “cupim” evidente. A inclinação da garupa é um pouco mais inclinada ou escorrida, a vulva é bem volumo-sa e estriada, o comprimento da cau-da se dá abaixo da linha do jarrete, e o umbigo solto e proeminente.

Uma pelagem característica do ½ sangue holandês é a mamona, tanto preto quanto branco, também cha-mada de “chumbada, xitada ou ca-rijó”

2) Vaca ¾ Holandês

A cabeça em vista lateral possui um perfil sub-côncavo, com um nítido afundamento na fronte, e olhos ar-redondados. Em vista frontal o dire-cionamento das orelhas se dá acima da linha dos olhos, sendo curtas e arredondadas, bem característico da raça holandesa.

A nível de pescoço, a barbela é pou-co pronunciável e a cruz quase ine-xistente.

A inclinação da garupa é mais nive-lada, a vulva menor e menos estria-da. O comprimento da cauda é acima da linha do jarrete e o umbigo pouco evidente, características bem próxi-mas da raça holandesa.

3) Vaca 5/8 sangue Holandês

A cabeça em vista lateral possui um perfil retilínio, e olhos médios. Em vista frontal as orelhas ficam no mes-mo nível dos olhos e há uma simetria entre a borda superior e inferior das orelhas, sendo típicas deste grau de sangue.

A nível de pescoço a barbela se inicia na mandíbula, desaparece um pouco no pescoço e reaparece a nível do peito, e a cruz é mais pronunciá-vel do que a ¾ de sangue holandês. A inclinação da garupa é intermediá-ria, a vulva tem volume médio e com poucas estriações, o comprimento da cauda é acima da linha do jarrete e o umbigo intermediário.

É de suma importância, que técnicos e produtores de leite tenham o co-nhecimento dessas características, que as raças Gir e Holandesa impri-mem nos variados graus de sangue da raça Girolando, norteando a partir disso os acasalamentos para os diferentes sistemas de produção de leite no Brasil.

1) 2) 3)

Graus de sangue na raça Girolando

Especial: Matéria de aluno de outra instituição

Vaca ½ sangue Holandês Vaca ¾ Holandês Vaca 5/8 sangue Holandês

Vasco Guimarães Júnior - Universidade Federal de UberlândiaEstudante de Medicina Veterinária

Se seguidos os passos de forma correta, o milho poderá ficar arma-zenado por vários anos sem causar prejuízos ao produtor.

Momento do Produtor: Roque Maciel

3

Rafael Brimana Coelho da SilvaEstudante de AgronomiaCamila StancioleEstudante de Zootecnia

A Fazenda Cedro situada na cidade de Piranga-MG, há mais de 150 anos é uma propriedade com grande his-tória na região, sendo administrada pela família Maciel, onde os filhos do senhor José Peixoto Maciel aprende-ram com ele os princípios de que a boa convivência colhe frutos doces.

Hoje o responsável pela fazenda é o produtor, Roque Maciel, que nasceu na propriedade e vivenciou todo o desenvolvimento da mesma.

Antigamente, existiam na proprie-dade várias atividades, como produ-ção de cachaça, gado de corte, gado de leite, porém estas visavam apenas a comercialização na região.

O produtor Roque Maciel assumiu a propriedade há dois anos visando a melhoria da produção de leite, que se apresentava ineficiente, pois pos-suía baixo nível tecnológico, animais mestiços e sem aptidão leiteira, pas-tagens com baixa produtividade, alto nível de degradação, e canavial com variedade antiga e pouco produtiva.

Assim, para alcançar seu objeti-vo, Roque Maciel começou a fazer a renovação de seu rebanho, antes formado por vacas com bezerras e bezerros ao pé, tendo uma média de menos de 3 litros de leite por animal. Hoje a maioria são vacas jovens com grau de sangue 1/4 HZ a ½ HZ pro-veniente de compras.

Além disso, o produtor foi à procu-ra de uma assistência técnica e geren-

cial na região, surgindo assim a opor-tunidade de ingressar no PDPL-RV, em agosto de 2009. Dessa forma, as decisões começaram a ser tomadas juntamente com os estagiários e téc-nicos do Programa.

Ao entrar no PDPL-RV, Roque Ma-ciel começou a fazer o descarte dos animais sem aptidão, adquirindo novilhas e bezerras com boa carac-terização e genética, na tentativa de continuar renovando o seu rebanho.

Outra iniciativa foi a compra de 15 novilhas jersoholanda, visando a me-lhoria genética, precocidade repro-dutiva, maior teor de sólidos no leite, e consequentemente o aumento na produtividade de leite da proprieda-de. Outra tecnologia implantada foi a inseminação artificial, que vem ob-tendo muito sucesso, sendo utilizado sêmen sexado nas novilhas.

Em relação à alimentação, a pro-priedade possuía um canavial mais antigo com uma área de 4 ha que an-tes eram destinados para a produção de cachaça, pastagens degradadas, e algumas áreas de descanso para os animais. Após o ingresso no Progra-ma, o produtor realizou alguns plan-tios, tais como:

- No ano passado implantou um pasto de mombaça, onde será rea-lizado o pastejo rotacionado, junta-mente com o plantio de uma nova área de cana-de-açúcar, melhorada geneticamente, com um melhor ní-vel tecnológico, boa produtividade, e resistente ao tombamento.

- Este ano foi feito o plantio de uma área com tifton, que será implantado o pré-parto e áreas para recria (tran-

sição) e novilhas em fase de reprodu-ção, a fim de auxiliar na observação de cios. Além desses pontos a pro-priedade tem um grande potencial para irrigação visto que a mesma é rica em água.

É válido ressaltar que todo o ma-nejo realizado na propriedade é fei-to pelo funcionário José Geraldo de Paula (Iaiá), que segundo o produtor é seu braço direito. O funcionário que se encontra na propriedade há mais de 30 anos, começou ainda me-nino como candieiro, passando por todas as mudanças da propriedade, desde a época onde segundo ele: “as cabritas davam mais leite que as va-cas”.

O produtor tem como meta para 2013 chegar numa produção de 500 litros de leite/dia, com um rebanho estabilizado de 45 vacas em lactação. Para que isso seja alcançado já está sendo construído um novo curral com sala de ordenha, e pista contí-nua de alimentação com quatro divi-sões para separação em lotes.

Além disso, Roque Maciel planeja comprar uma ordenhadeira mecâ-nica e animais com aptidão leiteira, juntamente com a continuidade da inseminação artificial com sêmen se-xado de boa qualidade.

Roque Maciel sabe das dificuldades da atividade, mas acredita tanto em seu trabalho, quanto na parceria fir-mada com o PDPL-RV, e consequen-temente no sucesso de sua proprie-dade. Segundo o produtor o início das atividades na fazenda começou por lazer, mas agora ele vê a sua via-bilidade econômica.

Indicadores técnicos Unidade Ago/09 Jun/11 2013

Produção média de leite L/dia 52,5 120 500

Vacas em lactação/total de vacas % 61,5 80 >80

Vacas em lactação/total do rebanho % 20 36 >40

Produção/vacas em lactação L/dia <3,0 7,2 >15

Resultados alcançados após ingresso no PDPL-RV

Vista parcial da fazenda Área de produção de volumosos

Lote de animais

Antigo curral e alambique

Produtor Roque Maciel e sua esposa

4

1 Antônio Maria da Silva Araújo Cajuri 136.964

2 José Afonso Frederico Coimbra 47.749

3 Hermann Muller Visconde do Rio Branco 44.823 4 Marco Túlio Kfouri Oratórios 42.621 5 Paulo Frederico Araponga 27.100 6 Danilo de Castro Ervália 27.077

7 Paulo Martiniano Cupertino Coimbra 25.021 8 José Renato Araújo Piranga 24.279

9 Renato A. Júnior Pedra do Anta 24.008 10 Sérgio H. V. Maciel Coimbra 21.881

Produtor Município Produção

As 10 Maiores produções do mês de junho de 2011

1 Antônio Maria da Silva Araújo Cajuri 31,27 25,08 2 Ozanan Luiz Moreira Ubá 23,36 20,24 3 Alvimar Sérgio T. Carvalho Teixeiras 18,38 15,04

4 Sérgio H. V. Maciel Coimbra 18,23 13,76

5 Paulo Martiniano Cupertino Coimbra 16,35 13,24

6 Antônio Carlos Reis Piranga 17,00 12,75 7 José Afonso Frederico Coimbra 16,75 12,53 8 Danilo de Castro Ervália 15,04 12,36 9 Célio de Oliveira Coelho Porto Firme 14,92 11,60

Produtor Município Produtividade Produtividade por vacas em por vaca total lactação

As 10 Maiores produtividades do mês de junho de 2011

Na ordenha mecânica o leite é re-tirado por uma diferença de pressão entre a parede interna do úbere e o insuflador (borracha). Essa diferen-ça de pressão é importante, pois se o teto for submetido a uma sucção constante haverá um acúmulo de sangue na sua extremidade.

Por isso, a ordenhadeira mecânica é construída de tal forma que a suc-ção é interrompida por movimentos rítmicos (abertura e fechamento) do insuflador. A conseqüência disso é que a teta recebe massagem e evita lesão da abertura do canal do teto (esfíncter). Nesse sentido, é essencial sempre analisar o nível de vácuo do sistema de ordenha, pois caso esteja desregulado poderá acarretar diver-sos problemas, como por exemplo:

- Sub-ordenha: quando o nível de vácuo está abaixo do recomendado, a ordenha se torna lenta, e há aumento de leite residual no úbere, o que não é desejado, pois além de diminuir a produção, também propicia a pro-liferação de microorganismos, que podem causar mastite.

- Sobre-ordenha: ocorre também quando o nível de vácuo está acima do recomendado. Apesar de aumen-tar a velocidade de ordenha, pode

Nível de vácuo da ordenhadeira: Importante para uma ordenha eficiente e

saúde do rebanho

Qualidade do leite

Isabela Guimarães Arantes Estudante de Zootecnia

10 Melhores análises totais de bactérias CBT do mês de junho de 2011

Pudim cremoso de mandioca com abacaxi

Ingredientes

. 2 kg de mandioca crua ralada

. 1 1/2 kg de açúcar

. 1 abacaxi cortado em cubinhos

. 2 colheres (sopa) de manteiga sem sal

. 6 ovos

. 1 xícara (chá) de mel

Modo de preparo

1. Aqueça o forno a 180°C. 2. Ponha a mandioca em um pano e esprema para escorrer todo o líquido. Deve render seis xícaras (chá) de bagaço. 3. Misture o bagaço de mandioca, o açúcar, o abacaxi, a manteiga e os ovos. Mexa bem. 4. Espalhe a massa em uma assadeira untada e forrada com papel-manteiga untado. 5. Faça na superfície uma camada com o mel e asse até começar a dourar.6. Abaixe o forno e asse até ficar firme. 7. Desenforme morno e sirva imediatamente

Preparo: Acima de 45 minutosRendimento: 8 porçõesDificuldade: FácilCalorias: 380 por porção

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/culinaria

RECEITA

aumentar a ocorrência de averme-lhamento e formação de anel na base dos tetos. Quando esta fica mais espessa, além de resultar, em longo prazo, maior ocorrência de hiperqueratose, que é uma lesão na “ponta” dos tetos (a ponta do teto fica virada para fora), também pode acarretar mastite.

Além disso, flutuações no nível de vácuo tem como resultado o fluxo reverso de leite contaminado com agentes causadores de mastite para dentro do úbere.

Segue abaixo uma tabela com os ní-veis de vácuo recomendados de acor-do com cada sistema de ordenha:

É importante que seja realizada periodicamente a manutenção e re-gulação do nível de vácuo do sistema de ordenha, a fim de garantir que a mesma seja bem executada, sem pre-judicar a saúde animal e sem perdas econômicas.

10 Edmar Lopes Canaã 12,39 11,51

1 Agenor Américo da Silva Teixeiras 47 2 Roque Maciel Piranga 61

3 Felipe Neri Teixeiras 140 3 Davi Carvalho Senador Firmino 140

4 Edmar Lopes Canaã 169

5 José Vicente de Barros Porto Firme 170

6 Wilma Lúcia de Paiva Pedra do Anta 179

7 Antônio Saraiva da Silva Porto Firme 214

8 Áureo de Alcântara Guaraciaba 227

9 Célio de Oliveira Coelho Porto Firme 228

Produtor Município CCS (mil/ml)

10 Melhores leites em CCS do mês de junho de 2011

10 Renato Santana Saraiva Porto Firme 229

Tipo de ordenha Nível de vácuo Linha alta 48 -50 Kpa Linha com garrafão 48-50 Kpa central Linha baixa 42-46 Kpa Balde ao pé 42-46 Kpa

Fonte: Qualidade do Leite e Controle da Mastite (Veiga e Laranja)

1 Célio de Oliveira Coelho Porto Firme 47 2 Wilma Lúcia de Paiva Pedra do Anta 50

3 Cristiano José da Silva Lana Piranga 54 3 João Bosco Diogo Porto Firme 54

4 Roque Maciel Piranga 59

5 José Francisco Gomide Cajuri 60

6 Áureo de Alcântara Guaraciaba 61

7 Antônio Saraiva da Silva Porto Firme 67

8 Felipe Neiri Teixeiras 69

9 Danilo de Castro Ervália 71

Produtor Município UFC (mil/ml)

10 Cláudio Cacilhas Sabioni Visconde do Rio Branco 80