gestÃo do risco em crises ambientais · desastres naturais gestÃo do risco em crises ambientais...

75
DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS

Upload: hoangdung

Post on 10-Nov-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO

em

CRISES AMBIENTAIS

Page 2: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Autores:

António Tavares

Fernanda Santos

Hélder Mendes

Helena Luís

Manuel Cardoso

Mário Durval

Setembro 2011

Departamento de Saúde Publica – ARSLVT,IP

Page 3: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

“Nos últimos anos, o mundo presenciou uma

interminável sucessão de desastres – cheias,

tempestades, terramotos, desabamentos, erupções

vulcânicas e incêndios florestais que custaram

muitos milhares de vidas, causaram prejuízos de

biliões de dólares e cobraram um preço gigantesco

aos países em desenvolvimento, onde os desastres

consomem atenções e recursos desesperadamente

necessários para fugir da pobreza.”

Kofi Annan – Julho 2002

Page 4: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Catástrofes naturais:

são acontecimentos súbitos, quase

sempre imprevisíveis, de origem natural,

que afectam directa ou indirectamente a

estrutura social de forma significativa.

Eventos naturais:

quando os acontecimentos anteriores

não provocam danos.

Page 5: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Os perigos naturais (natural hazards) sãoprocessos ou fenómenos naturais queocorrem na biosfera, podendo constituir umevento danoso e serem modificados pelaactividade humana (por ex.: degradação doambiente e a urbanização).

O risco (risk) é a probabilidade de uma perdaesperada para uma área habitada numdeterminado tempo, devida à presençaiminente de um perigo.

Page 6: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

RISCO é a probabilidade de ocorrência de

consequências prejudiciais ou perdas

esperadas, resultado de interações entre

ameaças naturais ou antropogénicas e as

condições de vulnerabilidade, cujos factores

intervêm em graus diversos e que se pode

estimar caso se conheçam as características

do perigo e da vulnerabilidade.

Page 7: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Portanto, o risco é a combinação da

frequência e consequência de eventos

indesejáveis envolvendo perda.

A variável frequência significa o número de

ocorrências por unidade de tempo.

Os riscos podem ser classificados como

situações potenciais de perdas e danos ao

ser humano, sendo os Riscos Ambientais a

classe de maior contributo para os riscos.

Page 8: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

As classes de risco existentes são:

. Os riscos naturais:

- Físicos – atmosféricos, geológicos e hidrológicos;

- Biológicos – associados à fauna e à flora.

. Os riscos sociais:

- Roubos a transeuntes, residências e veículos;

- Guerras;

- Terrorismo.

. Os riscos tecnológicos:

- Derrames de produtos tóxicos;

- Acidentes rodoviários e ferroviários;

- Quedas de aviões.

Page 9: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Risco = Probabilidade da ocorrência x Vulnerabilidade

Perigo = Risco x Exposição x Vulnerabilidade x Resposta

Page 10: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

A avaliação da vulnerabilidade de uma população

deve centrar-se nos seguintes factores:

1. Cenário: Ambiente físico (clima, vegetação,

geologia, uso do solo, topografia, etc.), protecção

civil, população e sua distribuição geográfica.

2. Edificações: Edifícios de habitação, locais de

trabalho e áreas de lazer.

3. Subsistência: Infra-estruturas de serviços,

abastecimento de água e luz, sistema de esgotos,

telecomunicações.

Page 11: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

4. Segurança: Disponibilidade de instalações, como

hospitais, centros de saúde, centros de dia ou lares

de idosos, indústrias, estabelecimentos comerciais,

explorações agrícolas, quartéis de bombeiros,

esquadras de polícia, sistemas de protecção

(bacias de retenção de inundações e diques).

5. Sociedade: Linguagem, etnia, religião,

nacionalidade, educação, actividades culturais,

comunidade e grupos de apoio, etc.

Page 12: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Estes dados permitem uma descrição

quantitativa dos aspectos específicos das

regiões, permitindo identificar áreas

geográficas com comunidades sujeitas a

maior risco.

Page 13: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Uma forma de medir os Desastres poderá serefectuada através do Índice Local de Desastre (LDI)que será o somatório de outros três índices:

. LDIM– índice de pessoas mortas

. LDIA– índice de pessoas afectadas

. LDID– índice de danos materiais

LDI = LDIM + LDIA + LDID

Page 14: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

GESTÃO DO RISCO é o conjunto de

decisões administrativas, de organização e

de conhecimentos operacionais

desenvolvidos pelos órgãos de governo em

conjunto com a sociedade organizada para

implementar políticas e estratégias e

fortalecer as suas capacidades a fim de

reduzir o impacto dos desastres naturais,

tecnológicos secundários e de desastres

ambientais.

Page 15: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

A gestão do risco é actualmente utilizada por

organizações públicas e privadas em vários

sectores, como a saúde, o ambiente, a segurança,

entre outros.

A sua aplicação permite estabelecer prioridades

com vista a tomadas de decisão sobre os objectivos

a atingir, baseando-se em estimativas científicas e

estatisticamente fundamentadas da probabilidade

da ocorrência, da natureza e da magnitude de

impactes futuros.

Page 16: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

O Processo da Gestão do Risco

Identificar os perigos para os equipamentos,

Infraestruturas, pessoal e para a organização

Avaliação da gravidade das consequências

da ocorrênciado Risco

Quais as probabilidades de o Risco

acontecer?

Os Riscos são aceitáveis levando-se em

consideração os critérios de segurança da

organização?

Aceita-se

o Risco

Desenvolvem-se acções

para reduzir o Risco para

um nível aceitável

IDENTIFICAÇÃO DO

RISCO

AVALIAÇÃO DO RISCOSeveridade/Criticalidade

AVALIAÇÃO DO RISCO

Probabilidade de ocorrência

AVALIAÇÃO DO RISCOAceitabilidade

MITIGAÇÃO DO RISCO

Sim Não

Page 17: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

O ciclo de gestão de desastres corresponde ao

esforço de:

- prevenir a ocorrência de uma catástrofe,

- de mitigar as perdas,

- de preparar para lidar com as consequências,

- de alertar sobre a presença do risco,

- de responder à emergência e

- de recuperar dos efeitos do desastre.

Page 18: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

O ciclo de gestão de desastres envolve assim três

fases:

A) Antes do desastre (redução do risco);

B) Durante o desastre (resposta/monitorização);

C) Depois do desastre (recuperação).

Page 19: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

GESTÃO DO DESASTRE

GESTÃO DO DESASTRE

REDUÇÃO

DO

RISCO

MONITORIZAÇÃO

DO

DESASTRE

RECUPERAÇÃO

PREVENÇÃO MITIGAÇÃO PREPARAÇÃO ALERTA RESPOSTA RECONSTRUÇÃOREABILITAÇÃO

Page 20: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

A) REDUÇÃO DO RISCO

1. A prevenção é o conjunto de medidas

multisectoriais, de curto e longo prazos, que

visam proteger vidas humanas e

propriedades e reduzir ou mitigar os danos

provocados por um desastre.

Trata-se do estabelecimento de políticas,

estratégias e programas para minimizar os

riscos.

Page 21: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

A) REDUÇÃO DO RISCO

2. A mitigação é o conjunto de medidas que

têm por objectivo diminuir o risco e eliminar a

vulnerabilidade física, social e económica.

O objectivo é reduzir significativamente as

consequências esperadas do desastre.

Page 22: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

A) REDUÇÃO DO RISCO

3. A Preparação é o conjunto de medidas e

acções com vista a reduzir ao mínimo as

perdas humanas e materiais, através da

organização oportuna e eficaz de acções de

resposta e reabilitação.

Tem como objectivo reduzir o sofrimento

individual e colectivo e faz-se através de

planos de contingência onde se incluem os

planos de resposta operativa.

Page 23: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

A) REDUÇÃO DO RISCO

4. O alerta é o estado anterior ao desastre e

é emitido com o objectivo de se tomarem

precauções perante a eminência da sua

provável ocorrência.

Os sistemas de alerta e aviso prévio servem

para que as comunidades tomem medidas

específicas e os organismos de socorro

activem os procedimentos necessários pré-

estabelecidos.

Page 24: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

A) REDUÇÃO DO RISCO

Esta fase compreende:

- análise de risco,

- obras (diques, pontes, reforço de edifícios, ...),

- políticas públicas (PDM, legislação, ...),

- educação ambiental (comunidade, escola, …),

- previsão (meteorológica e hidrológica),

- sistemas de alerta e resposta.

Page 25: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

B) MONITORIZAÇÃO DO DESASTREEsta fase refere-se às acções desenvolvidas

durante a ocorrência do desastre com o objectivo

de salvar vidas, reduzir o sofrimento e diminuir a

perda de bens.

Executam-se as acções previstas na fase de

redução do risco (etapa de preparação).

Compreende as acções de salvamento, socorro e

assistência às vítimas e de auxílio (evacuação,

abrigo, alimentação, atendimento médico, etc.)

Page 26: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

C) RECUPERAÇÃO

1. A reabilitação é a primeira etapa do

processo de reparação dos danos físicos,

sociais e económicos e de reactivação dos

serviços básicos (energia, água, vias de

acesso, comunicações e outros serviços,

como a saúde e o fornecimento de bens

alimentares).

Page 27: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

C) RECUPERAÇÃO

2. A reconstrução é o processo de recuperação a

médio e longo prazos dos danos físico, social e

económico, a um nível de desenvolvimento igual ou

superior ao existente antes do desastre.

São reactivadas as fontes de trabalho, a actividade

económica da zona afectada, reparados os danos

materiais, infraestruturas e incorporadas as

medidas de prevenção e mitigação do risco no

processo de desenvolvimento.

Page 28: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Os fenómenos que causam os desastres

naturais são imprevisíveis.

Assim, na sua prevenção é necessário que

haja:

1 – A compreensão dos factores

condicionantes que geram os fenómenos

naturais e,

2 – O fortalecimento e resistência da

sociedade contra esses fenómenos naturais.

Page 29: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

A minimização do impacto dos desastres é efectuada pormedidas preventivas:

1 – Estruturais – têm um cunho correctivo, como as obras deengenharia. Mas, apesar de minimizarem o problema a curtoprazo, são caras, paliativas, geralmente originam outrosimpactos ambientais e geram uma falsa sensação desegurança.

2 – Não estruturais – são de carácter educativo. Apesar deos resultados serem a médio e longo prazo, são de baixocusto, de fácil implementação e permitem uma correctapercepção do risco (mapeamentos, análises devulnerabilidade, identificação de áreas de risco e aeducação ambiental).

Page 30: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

A Educação Ambiental é o processoatravés do qual o indivíduo e a colectividadeconstroem valores sociais, conhecimentos,habilidades, atitudes e competênciasvoltadas para a conservação do ambiente(bem de uso comum da população, essenciala uma saudável qualidade de vida e à suasustentabilidade).

É uma educação para a resolução deproblemas e parte, de modo geral, de basesfilosóficas do holismo, da sustentabilidade edo aprimoramento.

Page 31: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Um dos objectivos da Educação Ambiental é fazer

com que os indivíduos e a colectividade:

1 – compreendam a natureza complexa do ambiente natural

e do ambiente criado pelo homem, resultante da integração

dos seus aspectos biológicos, físicos, sociais, económicos e

culturais, e

2 – adquiram as competências, os conhecimentos, os

valores, os comportamentos e as habilidades práticas para

participar responsável e eficazmente na prevenção e

solução dos problemas ambientais, e na gestão da

qualidade do ambiente.

Page 32: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Deve capacitar ao pleno exercício da

cidadania, através da formação de uma base

conceptual abrangente, técnica e

culturalmente capaz de permitir a superação

dos obstáculos à utilização sustentada do

ambiente.

O desafio da educação é o de criar as bases

para a compreensão da realidade.

Page 33: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM REDE

Interdependência entre os

factores tecnológicos,

ambientais, económicos,

políticos e sociais.

Gestão participativa

- Construção da

realidade

Consciência dos

problemas a nível

local, regional,

nacional e global

Conhecimento

interdisciplinar

Compreensão e

discernimento da

realidade

Visão do processo

- Actuação contínua

e não pontual

Valores éticos e

cooperativos

EDUCAÇÃO

AMBIENTAL

Desenvolvimento da

cidadania

Page 34: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

O envolvimento do cidadão e a percepção dos

problemas ambientais locais é o primeiro passo

para o sucesso de uma política eficiente que

contemple os objectivos da Educação Ambiental e

que coloca a necessidade de:

a) Consciência – para que se possam ajudar os

indivíduos e grupos sociais na busca da

sensibilidade e consequente assimilação da

consciência necessária dos problemas do ambiente

global e das suas questões;

Page 35: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

b) Conhecimento – para adquirirem uma

diversidade de experiências e compreensão

fundamental do ambiente e dos problemas

que o afectam;

c) Comportamento – que resulte em

comprometimento com uma série de valores

éticos, de modo que os indivíduos se sintam

interessados pelo ambiente, participando da

protecção e da melhoria ambiental;

Page 36: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

d) Competências – para adquirirem as

competências necessárias a uma correcta

identificação e resolução de problemas

ambientais;

e) Participação – visando proporcionar a

possibilidade da participação activa nas

tarefas que visem resolver os problemas

ambientais.

Page 37: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Inter-relação da Educação Ambiental (EA)

OBJECTIVOS

DA EA

CONHECIMENTO

COMPREENSÃO

PERCEPÇÃO

ENVOLVIMENTO

EM ACÇÕES

MANUTENÇÃO E

MELHORIA DA

QUALIDADE DE VIDA

VISÃO

HOLÍSTICA

HÁBITOS

POSTURAS

COMPORTAMENTOS

REALIDADES

SOCIAL

ECONÓMICA

POLÍTICA

CULTURAL

ECOLÓGICA

COMPLEXIDADE

INTERACÇÃO

EVOLUÇÃO

ADAPTAÇÃO

devem estar em sintonia

dos vários factores

do ambiente

que procurem

que sejam capazes de promover

para prover

para mudar

Page 38: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

A elaboração de cartas de risco permite que

todos os cidadãos participem, conheçam e

identifiquem os perigos e ameaças com que

convivem e a sua localização.

Estas cartas devem ser desenvolvidas por

especialistas que orientem os elementos da

comunidade na sua elaboração.

Page 39: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

LEVANTAMENTOS CIENTÍFICOS PARA UM DESASTRE NATURAL

Processo Levantamento

Causas ambientais

Chuva intensa, vento forte,

terramoto

Tipo das forças, intensidade,

distribuição

Condições ambientais

Topografia, fundação na terra,

Nível da maré

Condições sociais I

Ser humano, património,

Infra-estruturas

Condições sociais II

Sistemas sócio-económicos

Forças externas

(da natureza)

Ocorrência de fenómenos

naturais violentos,

inundações,deslizamento,

tsunami

Ocorrência de danos primários

destruição, desabrigados,

mortes

Ocorrência de danos secun-

dários, pânico, traumas

Características geomorfológicas,

áreas de susceptibilidade, distri-

buição do solo, rocha e vegetação

Tipo, intensidade, magnitude, pro-

cesso temporal, condição de

ocorrência

Características sociais, economia,

cultura regional

Sistema de alerta, evacuação, tipo,

intensidade, magnitude dos danos

Acção de resgate, estrutura sócio-

económica regional

Processo de recuperação, altera-

ção sócio-económica regional

Page 40: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Pode ser usada a análise SWOT (Forças,

Fraquezas, Oportunidades e Ameaças)

usando:

- símbolos ou desenhos para identificar pontos de referência

(hospital, centro de saúde, bombeiros, polícia, escola, etc.) e

- cores para melhor sinalizar as zonas de risco específico

que têm determinados locais (vermelho para zonas de alto

risco, amarelo para zonas de médio risco e verde para

zonas de baixo risco).

Page 41: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Após o tratamento dos dados, os

organizadores preparam o Mapa de Risco

Integrado (resultado do levantamento de

todos os grupos participantes do processo de

prevenção e fortalecimento da protecção

contra desastres naturais), consolidando toda

a informação, sendo depois apresentados os

resultados à população e distribuído um

mapa de riscos e ameaças à comunidade.

Page 42: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

No levantamento dos dados para a realização do

mapa de risco da região, em relação à saúde, deve

estar previsto:

1 - A estrutura para a assistência à saúde (Centros

de Saúde, Hospitais públicos e privados, outros

locais);

2 - O pessoal qualificado existente;

3 – Os equipamentos existentes;

4 – A sistematização das acções de prevenção

envolvendo os níveis municipal e regional de Saúde

Pública.

Page 43: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

RISCOS AMBIENTAIS EMERGENTES

DESASTRES NATURAIS e PROTECÇÃO CIVIL

A abordagem da Saúde Pública na gestão dorisco de desastres deve focar-se naredução da vulnerabilidade dacomunidade através de:

- medidas de prevenção e de mitigação e

- no envolvimento e participação activa dapopulação.

Page 44: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

RISCOS AMBIENTAIS EMERGENTES

DESASTRES NATURAIS e PROTECÇÃO CIVIL

A intervenção das Autoridades de Saúde nos

Estudos de impacto ambiental, nos Planos

directores municipais e Planos de pormenor,

em articulação com os municípios, podem

evitar construções de edifícios em zonas de

risco, prevenindo os desastres.

Page 45: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

RISCOS AMBIENTAIS EMERGENTES

DESASTRES NATURAIS e PROTECÇÃO CIVIL

A Autoridade de Saúde tem, também, um papel

muito importante na informação/formação da

população, contribuindo para desenvolver a

percepção de risco das comunidades, ajustada

ao risco real, tornando-as mais participativas e

preparadas para um efectivo exercício da

cidadania.

Page 46: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

De um modo geral, os Serviços de Saúde,

nomeadamente os de Saúde Pública, deverão:

a) ARTICULAR o atendimento aos problemas de

saúde da população em abrigos e nas

comunidades directamente afectadas;

b) PREVENIR a ocorrência de doenças e surtos

provocados pelo consumo de água e alimentos

contaminados, quer nos abrigos, quer nos

estabelecimentos de venda de alimentos;

Page 47: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

De um modo geral, os Serviços de Saúde,

nomeadamente os de Saúde Pública, deverão:

c) AVALIAR a possível deterioração de

medicamentos, quer nos serviços de saúde,

quer nos locais de venda;

d) CONSOLIDAR o controlo epidemiológico das

doenças que tiveram aumento nas taxas de

morbilidade e mortalidade durante o período do

desastre;

Page 48: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

De um modo geral, os Serviços de Saúde,

nomeadamente os de Saúde Pública, deverão:

e) VIGIAR a proliferação de insectos e roedores no

decurso do desastre;

f) ELABORAR e DIVULGAR notas técnicas

específicas para a prevenção em Saúde

Pública.

Page 49: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Quando ocorre uma catástrofe ou uma situação similar, queconstitui uma grave emergência em saúde, o médicode saúde pública, dispondo do poder de autoridade desaúde como um instrumento legal, torna-se membro deuma equipa, cujos objectivos fundamentais dizemrespeito:

- aos problemas criados por essa situação,

- aos tipos de serviços de emergência necessários àprotecção das pessoas.

Nessa situação é necessário perceber as necessidades emserviços:

- dos sem abrigo,

- dos afectados, feridos ou não,

- da própria área global afectada.

Page 50: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

As considerações de âmbito genérico que devemser efectuadas no âmbito das repercussõesdas catástrofes na Saúde Ambiental referem-sepredominantemente aos seguintes aspectos:

1) Alojamento

2) Alimentação

3) Água

4) Controlo de Insectos e Roedores

5) Esgotos

6) Resíduos Sólidos

7) Radiações

Page 51: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

1) ALOJAMENTO

Em qualquer situação de emergência é necessário:

- providenciar alojamento temporário para os indivíduosque não podem permanecer nas suas próprias casas,

- providenciar alojamento temporário para os semabrigo,

- avaliar os alojamentos que foram afectados pelasituação.

O alojamento temporário pode consistir em tendas deabrigo, escolas, igrejas, quartéis, armazéns, ou outrasáreas de dimensão adequada ao número de pessoas aalojar.

Page 52: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

O alojamento de emergência deve estar limpo, serde construção sólida, acessível aos sem abrigoe aos vários trabalhadores de emergência efornecedores.

Há necessidade de camas, eventualmente beliches,cobertores limpos, lençóis limpos, fornecimentode água potável, lavabos e instalaçõessanitárias, aquecimento, ventilação, luz,comida e serviços médicos.

Page 53: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Cada unidade de emergência deve ter profissionais deenfermagem e outros com capacidade para:

- supervisionar o funcionamento da unidade,

- providenciar cuidados imediatos,

- ajudar a manter a moral elevada,

- providenciar quaisquer serviços, equipamentos oufornecimentos necessários.

É essencial que as unidades de alojamento de emergênciadisponham de um sistema de comunicação apropriado,até porque os sistemas de comunicações móveispodem ter sido afectados.

Page 54: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAISGESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

É também importante dispor de pessoal de higiene quesupervisione o fornecimento e o uso adequados deágua, alimentos e outros materiais.

Quando for utilizado o alojamento de emergência, deveexistir espaço suficiente por cama e entre camas.

Deve também haver uma cubicagem de ar disponível paracada pessoa.

Se forem utilizadas tendas, a sua dimensão máxima nãodeve alojar mais do que 6 pessoas cada uma.

Page 55: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAISGESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Assim que a situação de emergência tiverpassado, devem ser tidas em atenção assituações dos indivíduos cujas casastenham sido destruídas ou inundadas enecessitem de reparações avultadas atéque estejam em condições dehabitabilidade.

Nestas situações há que providenciar umoutro tipo de alojamento.

Page 56: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Os trabalhos de recuperação de alojamentos afectados pelasituação de emergência devem ser levados a cabo soba supervisão de especialistas em saúde pública,inspecção dos bombeiros, de especialistas emconstrução civil, os quais devem decidir se as casasafectadas mantêm as condições de segurança ehabitabilidade necessárias à habitação humana.

As que não tiverem essas condições devem ser demolidas.

Todos os compartimentos das habitações que tenham sidoafectados por inundações, devem ser cuidadosamentelimpos e desinfectados.

Os materiais que não puderem ser desinfectados devem serdestruídos e colocados em aterros sanitários.

Page 57: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

2) ALIMENTAÇÃO

Numa situação de catástrofe os alimentos podem ser difíceisde obter.

Além disso, a segurança alimentar pode ser afectada,resultando num risco maior de epidemias de doençasoriginadas nos alimentos.

Comida congelada que tenha entrado em processo dedescongelação deve ser eliminada.

Se os alimentos perecíveis tiverem sido mantidos fora de umprocesso de refrigeração devem ser destruídos.

A comida que não tenha sido contaminada por água de riosou outros materiais potencialmente perigosos pode serutilizada.

Page 58: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Os alimentos contidos em caixas, sacos de plástico, ouquaisquer outros contentores que não sejam de vidroou lata, e que tenham sido contaminados com águafumo ou químicos, devem ser destruídos.

A educação do público é vital.

Em situações de catástrofe, a possível contaminação degéneros alimentícios, a poluição do ambiente e aruptura dos serviços de saúde básicos aumentam orisco de epidemias de doenças de origem alimentar e agravidade das suas consequências sanitárias.

Page 59: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES AMBIENTAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

3) ÁGUA

É uma das preocupações principais durante uma situaçãode emergência.

Quando houver suspeita de a água ter sido contaminadacom microrganismos, deve ser fervida pelo menos 10minutos antes de ser usada.

Pode depois ser arrefecida e vazada de um contentor paraoutro para re-arejar e dar-lhe um melhor sabor.

Outras técnicas de emergência de desinfecção da águaincluem a adição de 2 gotas de cloro – tratamento comlixívia.

Page 60: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAISGESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Onde a água tiver sido contaminada com químicos,a fervura e a cloragem não resultarão numsuprimento de água pura.

O mesmo problema ocorre se a água foicontaminada com petróleo (óleo) ou gasolina.

Assim, se ocorrer poluição com químicos ougasolina o fornecimento dessa água não deveser efectuado sob quaisquer condições.

Outras fontes de água devem ser obtidas.

Page 61: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Fontes de água de emergência aceitáveisincluem água engarrafada.

Os auto-tanques permitidos são os camiõescisterna. Outros tipos de auto-tanquespodem criar riscos potenciais sérios.

Se um reservatório foi contaminado a águadeve ser retirada, desinfectada com cloroe depois vazada no reservatório.

Page 62: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

4) CONTROLO DE INSECTOS E ROEDORES

Durante as situações de emergência, assim comono período imediatamente a seguir, os insectose os roedores podem proliferar a umavelocidade alarmante, aumentando assimbruscamente as hipóteses de disseminação dedoença.

Como os sistemas de esgotos sofrem roturas e háperturbação do leito dos rios os roedoresdeixam estas áreas e procuram outras fontesde alimentos e refúgio.

Page 63: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Após um desastre – catástrofe – há umconsiderável aumento de resíduos sólidos,incluindo substâncias que podem constituirfontes de alimentos para os roedores.

É assim necessário identificar as fontes dealimentos e de refúgio dos roedores.

Os resíduos sólidos devem ser removidosrapidamente, mas também é necessário levar acabo um extenso programa de busca na áreaafectada pela situação de emergência.

Page 64: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

As chuvas intensas e as cheias dão origem asituações em que a água fica parada, o queconduz à reprodução de uma vasta quantidadede mosquitos, os quais, por sua vez, podemcausar surtos consideráveis de doença.

É importante que estas situações sejam corrigidastão rapidamente quanto possível.

Contudo, é comum que nestas situações a tarefade eliminar a água parada seja impossível,sendo então necessário levar a cabo umextenso programa de pulverização.

Page 65: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Pode ser necessário usar avionetas para pulverizar áreasnão acessíveis ou tão extensas que não possam sercobertas por equipas no terreno.

As moscas multiplicam-se rapidamente assim que osresultados da emergência se fazem sentir.

Assim, os resíduos sólidos, a comida desperdiçada e outrosmateriais orgânicos devem ser removidos edepositados rápida e eficientemente.

Pode também ser necessário conduzir programas depulverização, para eliminar os perigos e doençaspotenciais veiculadas pelas moscas.

Page 66: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

5) ESGOTOS

Em muitas situações de emergência os sistemas de

esgotos podem ser destruídos ou inundados

por água.

Dado que a remoção normal de esgotos das casas

não pode ser efectuada, pode ocorrer uma

contaminação de várias áreas, ficando assim

criado um forte potencial para um surto de

doença.

Page 67: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

São necessários 2 tipos de técnicas nas emergências:

1 – repor em funcionamento, tão depressa quanto possível,o sistema de tratamento de esgotos e desinfectar todasas áreas com cloro onde os esgotos possam ter estadoem contacto com materiais e estruturas associadascom o ser humano;

2 – providenciar latrinas temporárias, sanitários portáteis ereservatórios individuais, durante e após aconsequência do desastre.

A situação pode ser tão má que os esgotos terão de fluir emcursos de água receptores enquanto as instalações detratamento de esgotos são repostas em funcionamento.

Page 68: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

6) RESÍDUOS SÓLIDOS

Durante uma catástrofe, os locais de deposiçãofinal de resíduos sólidos (os aterros sanitários)podem ficar inundados e, portanto, inutilizadospara a deposição de mais resíduos sólidos.

É então necessário transportá-los para outrasáreas, onde aterros temporários sejam abertos,ou onde estejam disponíveis incineradoras.

Em qualquer caso, a deposição de resíduos sólidosdeve seguir todos os procedimentos habituais.

Page 69: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES AMBIENTAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

Quando estiverem envolvidas substânciasperigosas, estas devem ser manuseadas comos cuidados inerentes ao tipo de perigosidadeenvolvido.

É essencial prevenir a lixiviação dos aterrossanitários para cursos de água, assim como aproblemática relacionada com insectos eroedores.

Devem ser accionados os procedimentosapropriados ao controlo de pragas e doençasdelas resultantes, no sentido de eliminar ouminimizar os efeitos deste perigo potencial.

Page 70: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

RISCOS AMBIENTAIS EMERGENTES

DESASTRES NATURAIS e PROTECÇÃO CIVIL

7) RADIAÇÕES

No caso de um desastre com radiações, osprofissionais da radiologia e do laboratório dohospital devem cooperar com os profissionaisde Saúde Pública para determinar a extensãoda exposição ou a lesão dos indivíduos pelasradiações e a existência de perigos potenciais.

Sinistrados de áreas radioactivas devem sermantidos numa área especial e devem servigiados de perto antes de serem admitidos emunidades especiais do hospital.

Page 71: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

RISCOS AMBIENTAIS EMERGENTES

DESASTRES NATURAIS e PROTECÇÃO CIVIL

Após deixarem o quarto contaminado, os indivíduos devem:

- ser regados minuciosamente com água (mangueira);

- despir-se e deixar todas as suas roupas, incluindoroupas íntimas e sapatos, na área radioactiva;

- vestir-se com roupa limpa;

- voltar a ser monitorizados, antes de serem removidos.

Se possível devem ser colocados chuveiros no sítio daexposição à radiação.

Page 72: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

RISCOS AMBIENTAIS EMERGENTES

DESASTRES NATURAIS e PROTECÇÃO CIVIL

O indivíduo pode então ser removido porambulância especial para o hospital erespectivos quartos especiais para tratamento.

A ambulância deve ser minuciosamentedescontaminada por técnicas apropriadas delavagem e monitorizada antes de retornar aoserviço.

Seja onde for que o indivíduo vá, a área deve sercompletamente monitorizada para se ter acerteza que não está a disseminar materialradiológico.

Page 73: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

RISCOS AMBIENTAIS EMERGENTES

DESASTRES NATURAIS e PROTECÇÃO CIVIL

5-10 % dos indivíduos expostos a 100roentgens, experimentarão náuseas evómitos nas 24 horas seguintes, podendotambém ocorrer alterações nas célulassanguíneas.

Em 24 % dos indivíduos foram expostos a150 roentgens, ocorrerão náuseas evómitos nas 24 horas seguintes.

Em 50 % dos indivíduos expostos a 200roentgens, ocorrerão náuseas e vómitosnas 24 horas seguintes.

Page 74: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

RISCOS AMBIENTAIS EMERGENTES

DESASTRES NATURAIS e PROTECÇÃO CIVIL

Numa exposição de 300 roentgens, náuseas e vómitosocorrerão para todos os expostos no primeiro dia epode esperar-se que morram 20 % dos indivíduos numperíodo de 2 a 6 semanas após a exposição.

A uma exposição de 450 roentgens, náuseas e vómitosocorrerão em todos os expostos e, na ausência detratamento, a taxa de mortalidade espera-se que sejade 50 %.

Numa exposição de 600 roentgens, náuseas e vómitosocorrerão em todos os expostos nas 4 horas imediatas.A taxa de letalidade pode atingir os 100 %.

Todos os doentes admitidos no hospital deverão receber onecessário tratamento médico.

Page 75: GESTÃO DO RISCO em CRISES AMBIENTAIS · DESASTRES NATURAIS GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS “Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres

DESASTRES NATURAIS

GESTÃO DO RISCO EM CRISES AMBIENTAIS

INTERFACE ENTRE OS FACTORES

DE RISCO

Educação

Habitação

Saneamento

Rede viáriaSAÚDE

Ambiente

Natural

Actividades Produção

Transporte

Armazenamento

Remoção

REDE ASSISTENCIAL SITUAÇÃO DE SAÚDE

INTERSECTORIALIDADE

CAPACITAÇÕESINFORMAÇÃO

AVALIAÇÃO E

MAPEAMENTO DE

RISCOS

PREVENÇÃO

Etapas para a gestão

de Riscos

MITIGAÇÃO Prevenção do Impacto

de Desastres Induzidos

no nível local

PREPARAÇÃO

RESPOSTA

REABILITAÇÃO

FASE DE

IMPACTO

Etapas para a gestão

de desastres e

Acidentes

Complexidade

e

Directrizes da

Vigilância

nos

Eventos

Ambientais

Adversos

à Saúde

ETAPAS

da

Vigilância

Ambiental

em Saúde

nos

Eventos

Ambientais

Adversos