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Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE

Caderno Pedagógico

Cruzmaltina

2010-2011

2

MARIA ORDÁLIA MARTINS GOMES

PROFESSORA PDE -2010-2011.

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR: UMA REFLEXÃO COLETIVA,

ENVOLVENDO EDUCADORES E PROFISSIONAIS DO COLÉGIO ESTADUAL

PADRE GUALTER FARIAS NEGRÃO.

CRUZMALTINA/NRE-APUCARANA

2010/2011.

3

MARIA ORDÁLIA MARTINS GOMES

CADERNO PEDAGÓGICO

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR: UMA REFLEXÃO COLETIVA,

ENVOLVENDO EDUCADORES E PROFISSIONAIS DO COLÉGIO ESTADUAL

PADRE GUALTER FARIAS NEGRÃO.

Este Caderno faz parte do Projeto de

Intervenção Pedagógica, requisito parcial

para o PDE-2010. Trabalho a ser

desenvolvido no Colégio Estadual Padre

Gualter Farias Negrão com orientação da

Professora Drª Jaqueline Delgado Paschoal

(UEL/Pr.).

PDE

2010

4

“Não é o desafio com que nos deparamos que determina quem somos e o que estamos nos tornamos, mas a maneira com que respondemos ao desfio. Somos combatentes, idealistas, mas plenamente conscientes, porque ter consciência não nos obriga a sermos conscientes. Problemas para vencer, liberdade para provar. E, enquanto acreditamos no nosso sonho, nada é por acaso.” (Autor desconhecido).

5

Professores!

O objetivo deste Caderno Pedagógico, desta Proposta de Intervenção, é

estudar e debater com vocês, textos, vídeos-clip, filmes, e todas as atividades

previamente formuladas e organizadas com intuito de provocar uma reflexão

sobre a ação pedagógica do professor no cotidiano de sala de aula ao interagir

com seus alunos e ao mesmo tempo repensar seu fazer pedagógico.

A intenção dos estudos é melhorar cada vez mais, o processo de ensino

e aprendizagem, entre outras ações, e seguramente afirmar que a AVALIAÇÃO

deve ser bem planejada seguindo as orientações dos especialistas sobre o

assunto, bem como, conhecer a clientela a qual vamos avaliar, tornando a

relação alunos e professor, professor e alunos mais agradável onde a

transmissão do conhecimento transcorrerá de forma eficiente e justa em

benefício de todos no contexto escolar.

6

SUMÁRIO

Apresentação........................................................................................................

..........07

Justificativa...........................................................................................................

...........08

Oficinas de Estudos – Organização de Conteúdos e atividades da

implementação...09

Texto: Função Social da

Escola.....................................................................................10

LDB – Lei de Diretrizes e Bases: Art.

24........................................................................19

Regimento Escolar do Col. Est. Pe. Gualter F. Negrão – Da Avaliação da

Aprendizagem Escolar

..................................................................................................20

Projeto Político Pedagógico do Col. Est. Pe. Gualter Farias Negrão :

Marco Situacional

...........................................................................................................24

Marco Conceitual

............................................................................................................25

Marco Operacional

.........................................................................................................29

Texto: Avaliação Escolar: Limites e

Possibilidades.........................................................33

Sete Saberes Necessários para Educação do

Futuro....................................................39

Referências

....................................................................................................................42

7

APRESENTAÇÃO

Este caderno pedagógico tem como objetivo analisar o processo de

Avaliação da Aprendizagem Escolar na organização do trabalho pedagógico

dos professores do Colégio Est. Pe. Gualter Farias Negrão e propõe uma

reflexão coletiva entre professores e demais profissionais da educação básica,

embasados em textos, vídeo chips, filmes, letras de músicas e palestra.

Pretende demonstrar a importância do trabalho e estudo coletivo, auxiliando e

conscientizando os profissionais a repensarem sua ação pedagógica. Do ponto

de vista prático, tem a intenção de apontar o processo de avaliação como uma

prática mais humanizadora e menos excludente, já que educar vai além de

ensinar, é trocar saberes, aprender juntos, é discutir e experiências, é

vivenciar e estabelecer convívio com o outro, sobretudo no que diz respeito à

construção de novos conhecimentos.

Esta proposta foi elaborada com muito estudo e cuidado, tendo intuito

de envolver o corpo docente na busca contínua de estudos e reflexões sobre o

processo de avaliação da aprendizagem x sistema de avaliação institucional

vivenciados nas escolas públicas paranaenses.

O objetivo primordial é dar subsídios às discussões e buscar a melhoria

do aprimoramento individual e o desempenho da sua função, sobretudo unidos

por um mesmo objetivo, pois devemos ter a consciência que a velocidade com

o que as coisas acontecem, jamais poderemos ficar estáticos ou apáticos, ao

contrário precisamos nos atualizar, desafiar nossa própria capacidade

intelectual e fazer a diferença no desempenho e qualidade profissional, porque

o sucesso do aluno com relação a aprendizagem acadêmica dependerá

grandiosamente do nosso esforço e dedicação.

8

JUSTIFICATIVA

No cotidiano da escola verifica-se que nem sempre é possível,

sobretudo, no que diz respeito aos conteúdos sistematizados, cumprir na

íntegra a essência de Legislação.

A avaliação é um problema detectado na ação dos professores, pois a

prática demonstra que é o desempenho quantitativo do aluno sobre os

aspectos quantitativos que prevalece nas provas finais. Desta maneira

justifica-se a relevância desse estudo, uma vez que discutir e analisar

criticamente o processo avaliativo no contexto da sala de aula, considerando

as inúmeras dificuldades que os professores têm sobre esta questão.

Um outro fator que justifica tal pesquisa, dia respeito à dificuldade de

abordar sobre o tema “Avaliação”, porque nos exige muita reflexão,

principalmente no que tange a organização do trabalho pedagógico do

professor na sala de aula.

Diante deste oportunidade decidi elaborar meu Projeto de Pesquisa,

focado na temática Avaliação, por perceber ao longo de minha carreira no

magistério, a angústia dos professores ao retratar o assunto e mais, ao ter que

executar tal ação. Nesta perspectiva acredito na organização de um grupo de

estudos com professores interessados e comprometidos por este tema para

que possamos juntos ler e estudar textos leis e documentos que nos levam

analisar, refletir, trocar idéias e chegar a conclusões sobre as várias formas de

avaliação, bem como: em quais tempos e momentos, porquê, o quê, quem e

para quê avaliar.

Este tema é fundamental, uma vez que, qualquer que seja o modelo ou

o processo de avaliação adotado, ele concentra uma série de decisões que se

expressam na AÇÃO PRÁTICA DO PROFESSOR quando avalia seus alunos, toma

novas decisões a partir dos resultados da avaliação e consegue reformular os

seus planos.

9

Oficinas de Estudos

Organização de conteúdos e atividades para a realização da reflexão

coletiva, envolvendo educadores e profissionais do Colégio

Apresentação da justificativa e objetivos da implementação da proposta

aos participantes do grupo sobre o tema: Avaliação da Aprendizagem Escolar

(conteúdo do Projeto de Pesquisa Científica PDE – 2010).

O objetivo desse trabalho de pesquisa é analisar criticamente o

processo de Avaliação na organização do trabalho pedagógico dos

Professores do Colégio Estadual Padre Gualter Farias Negrão, pois no cotidiano

da sala de aula, nem sempre a avaliação é utilizada como um elemento que

acolhe o aluno no processo ensino e aprendizagem e, sim para mensurar e

qualificar o rendimento do mesmo.

Pretende auxiliar e conscientizar os profissionais que atuam na

Educação Básica a repensarem sua ação pedagógica de modo a enriquecer o

processo de avaliação como uma prática mais humanizadora e menos

excludente. Desta forma faz-se necessário um olhar mais reflexivo frente às

questões que envolvem o cotidiano dos professores e profissionais, bem como

o aluno no âmbito educacional.

Para refletir...

Vídeo Clip: “A Força da Equipe”.

Youtube – enviado por lucasoou em 03/05/2009.

Produção: Luis Carlos de Souza.

Música: Golfplay.

Texto Redação do momento Espírita no Livro Momento Espírita, v.1, ed.

Fep., nos proporcionará uma reflexão sobre a importância do trabalho em

equipe, a força da equipe que faz a diferença no resultado do trabalho.

Questões para debater com o grupo:

10

(Com base no vídeo).

a) O que é preciso para que haja um bom resultado no trabalho em

equipe?

b) Você acha essencial o burilamento em sua prática profissional?

Justifique:

c) Promover um momento para as evidências das respostas dos

grupos.

De acordo com as respostas emitidas pelos educadores através do

questionário de pesquisa já realizado, fazer uma reflexão e análise crítica com

os mesmos, sobre a valorização da profissão do Educador, assistindo aos

vídeos:

a) Ser Professor..., Youtube, 3:38 min.

Vídeo feito por Hélio Canavessi Filho (hcanav)

Música: Robin Willians – Angel em 16/06/2008.

Texto: Santuza Abras.

Artista: Roblie Willians.

b) Anjos da Guarda, youtube, 4:47 min, enviado por purrum 3 em

15/10/2008.

Música: Leci Brandão.

Texto: Função Social da Escola (Vera Lúcia Pereira Costa)

FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

RESUMO: A escola centrada no pleno desenvolvimento do educando

precisa estar buscando maneiras de fazer deste processo educativo algo

prazeroso, desafiador. Neste sentido, o objetivo desse trabalho é refletir sobre

como esse processo tem acontecido e quais os resultados alcançados até aqui,

e ainda, o que é possível ser feito para obter melhores resultados, referindo-se

aos atores deste palco: professores, gestores, alunos e comunidade (família),

11

procurando, assim, resgatar a função social da escola. Onde o aluno encontre

motivos para estar ali e participar de maneira ativa, dinâmica, construindo seu

aprendizado, pois, uma sociedade só é de fato democrática quando os

cidadãos que dela fazem parte são em primeiro lugar alfabetizados, reflexivos,

com condições reais de exercerem sua participação e cidadania, conhecedores

de seus direitos e deveres; e o caminho a ser seguido para chegar a esse

patamar é um processo educativo verdadeiramente funcional. O presente

artigo alude sobre os atores do palco educação e suas atuações.

Palavras-chave: Função Social da Escola, atuação do gestor equipe

pedagógica.

INTRODUÇÃO

A sociedade tem avançado em vários aspectos, e mais do que nunca

é imprescindível que a escola acompanhe essas evoluções, que ela esteja

conectada a essas transformações, falando a mesma língua, favorecendo o

acesso ao conhecimento que é o assunto crucial a ser tratado neste trabalho.

É importante refletirmos sobre que tipo de trabalho temos

desenvolvido em nossas escolas e qual o efeito, que resultados temos

alcançado. Qual é na verdade a função social da escola? A escola está

realmente cumprindo ou procurando cumprir sua função, como agente de

intervenção na sociedade? A escola está realmente cumprindo ou procurando

cumprir sua função, como agente de intervenção na sociedade? Eis alguns

pressupostos a serem explicitados nesse trabalho.Para se conquistar o sucesso

se faz necessário que se entenda ou que tenha clareza do que se quer

alcançar, a escola precisa ter objetivos bem definidos, para que possa

desempenhar bem o seu papel social, onde a maior preocupação – o alvo deve

ser o crescimento intelectual, emocional, espiritual do aluno, e para que esse

avanço venha fluir é necessário que o canal (escola) esteja desobstruído.

12

Inicialmente utilizamos à pesquisa bibliográfica, um embasamento

teórico em autores renomados na área da Gestão Educacional, onde fizemos

uma seleção de citações que alicerçam toda a produção do trabalho. Passamos

então para a pesquisa de campo, realizada em uma escola da rede pública

estadual na 2ª série do Ensino Médio, através de um questionário aplicado à

turma, e ainda de entrevistas orais na mesma turma.

O trabalho divide-se em títulos e subtítulos que fazem um

levantamento de reflexões e constatações de como vem acontecendo o

processo de ensino e aprendizagem e ainda a grande importância de gestor

escolar e equipe coordenadora para o êxito na aprendizagem significativa do

aluno.

Há também sugestões de alcance de bons resultados no desempenho

da genuína função social que a escola precisa desempenhar, afinal despertar o

gosto pelo saber, pela intelectualidade e proporcionar um ambiente escolar

agradável, onde o educando possa se desenvolver como pessoa, é uma

significativa função social da escola.

A ESCOLA DO PASSADO

A escola é um lugar que oportuniza, ou deveria possibilitaras pessoas à

convivência com seus semelhantes (socialização). De acordo com o texto do

PROGESTÃO – Módulo 1 (2001, p. 23):

As melhores e amais conceituadas escolas pertenciam à rede particular, atendendo um grupo elitizado, enquanto a grande maioria teria que lutar para conseguir uma vaga em escolas públicas com estrutura física e pedagógica deficientes.

O país tem passado por mudanças significativas no que se refere ao

funcionamento e acesso da população brasileira ao ensino público, quando em

um passado recente era privilégio das camadas sociais abastadas (elite) e de

preferência para os homens, as mulheres mal apareciam na cena social,

quando muito as únicas que tinham acesso à instrução formal recebiam

alguma iniciação em desenho e música.

13

Atuação da equipe pedagógica – coordenação

A política de atuação da equipe pedagógica é de suma importância

para a elevação da qualidade de ensino na escola, existe a necessidade

urgente de que os coordenadores pedagógicos não restrinjam suas atribuições

somente à parte técnica, burocrática, elaborar horários de aulas e ainda

ficarem nos corredores da escola procurando conter a indisciplina dos alunos

que saem das salas durante as aulas, enquanto os professores ficam

necessitados de acompanhamento. A equipe de suporte pedagógico tem papel

determinante no desempenho dos professores, pois dependendo de como for a

política de trabalho do coordenador: incentivar,reconhecer, e elogiar os

avanços e conquistas, em fim o sucesso alcançado no dia-a-dia da escola e

conseqüentemente o desenvolvimento do aluno em todos os âmbitos.

Função do Professor

Ao professor compete a promoção de condições que favoreçam o

aprendizado do aluno, no sentido do mesmo compreender o que está sendo

ministrado, quando o professor adota o método dialético; isso se torna mais

fácil, e essa precisa ser a preocupação do mesmo: facilitar a aprendizagem do

aluno, aguçar seu poder de argumentação, conduzir ás aulas de modo

questionador, onde o aluno-sujeito ativo, estará também exercendo seu papel

de sujeito pensante; que dá ótica construtiva, constrói seu aprendizado,

através de hipóteses que vão sendo testadas, interagindo com o professor,

argumentando, questionando em fim trocando idéias que produzem

inferências.

O planejamento é imprescindível para o sucesso cognitivo do aluno e

êxito no desenvolvimento do trabalho do professor, é como uma bússola que

orienta a direção a ser seguida, pois quando o professor não planeja o aluno é

o primeiro a perceber que algo ficou a desejar, por mais experiente que seja o

14

docente, e esse é um dos fatores que contribuem para a indisciplina e o

desinteresse na sala de aula. É importante que o planejar aconteça de forma

sistematizada e contextualizado com o cotidiano do aluno – fator que desperta

seu interesse e participação ativa.

Um planejamento contextualizado com as especificidades e vivências

do educando, o resultado será aulas dinâmicas e prazerosas, ao contrário de

uma prática em que o professor cita somente o número da página e alunos

abrem seus livros é feito uma explicação superficial e dá-se por cumprido a

tarefa da aula do dia, não houve conversa, dialética, interação.

AÇÃO DO GESTOR ESCOLAR

A cultura organizacional do gestor é decisiva para o sucesso ou

fracasso da qualidade de ensino da escola, a maneira como ele conduz o

gestionamento das ações é o foco que determinará o sucesso ou fracasso da

escola. De acordo com Libâneo (2005, p.302):

Características organizacionais positivas eficazes para o bom funcionamento de uma escola: professores preparados, com clareza de seus objetivos e conteúdos, que planejam as aulas, cativem os alunos.O bom clima de trabalho, em que a direção contribua para conseguir o empenho de todos, em que os professores aceitem aprender com a experiência dos colegas.

Clareza no plano de trabalho do Projeto Pedagógico – Curricular que vá

de encontra às reais necessidades da escola, primando por sanar problemas

como: falta de professores, cumprimento de horário e atitudes que assegurem

a serenidade, o compromisso com o trabalho de ensino e aprendizagem, com

relação a alunos e funcionários.

Quando o gestor, com o seu profissionalismo conquista o respeito e

admiração da maioria de seus funcionários e alunos, á um clima de harmonia

que predispõe a realização de um trabalho, onde, apesar das dificuldades, os

professores terão prazer em ensinar e alunos prazer em aprender.

15

FUNÇÃO SOCIAL – FAVORECER ACESSO AO CONHECIMENTO DE

FORMA PROFÍCUA

A escola é uma instituição social com objetivo explícito: o

desenvolvimento das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos,

por meio da aprendizagem dos conteúdos (conhecimentos, habilidades,

procedimentos, atitudes, e valores) que, aliás, deve acontecer de maneira

contextualizada desenvolvendo nos discentes a capacidade de tornarem-se

cidadãos participativos na sociedade em que vivem.

Eis o grande desafio da escola, fazer do ambiente escolar um meio que

favoreça o aprendizado, onde a escola deixe de ser apenas um ponto de

encontro e passa a ser, além disso, encontro com o saber com descobertas de

forma prazerosa e funcional, conforme Libâneo (2005, p. 117):

Devemos inferir, portanto, que a educação de qualidade é aquela mediante a qual a escola promove, para todos, o domínio dos conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e afetivas indispensáveis ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos.

A escola deve oferecer situações que favoreçam o aprendizado, onde

haja sede em aprender e também razão, entendimento da importância desse

aprendizado no futuro do aluno. Se ele compreender que, muito mais

importante do que possuir bens materiais, é ter uma fonte de segurança que

garanta seu espaço no mercado competitivo, ele buscará conhecer e aprender

sempre mais.

Analisando os resultados da pesquisa de campo (questionário)

observamos que os jovens da turma analisada não possuem perspectivas

definidas quanto à seriedade e importância dos estudos para suas vidas

profissional, emocional, afetiva. A maioria não tem hábito de leitura, freqüenta

pouquíssimo a biblioteca, outros nunca foram lá. A escola é na verdade um

local onde se encontram, conversam e até namoram. Há ainda, a questão de a

família estar raramente na escola, não existe parceria entre a escola e família,

comunidade a escola ainda tem dificuldades em promover ações que tragam a

família para ser aliadas e não rivais, a família por sua vez ainda não concebeu

16

a idéia de que precisa estar incluída no processo de ensino e aprendizagem

independente de seu nível de escolaridade, de acordo com Libâneo (2005,

p.116): “O grande desafio é o de incluir, nos padrões de vida digna, os milhões

de indivíduos excluídos e sem condições básicas para se constituírem cidadãos

participantes de uma sociedade em permanente mutação”.

Políticas que fortaleçam laços entre comunidade e escola é uma

medida, um caminho que necessita ser trilhado, para assim alcançar melhores

resultados. O aluno é parte da escola, é sujeito que aprende, que constrói seu

saber, que direciona seu projeto de vida, assim sendo a escola lida com

pessoas, valores, tradições, crenças, opções e precisa estar preparada para

enfrentar tudo isso.

Informar e formar precisa estar entre os objetivos explícitos da

escola;desenvolver as potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos,

e isso por meio da aprendizagem dos conteúdos (conhecimentos, habilidades,

procedimentos, atitudes e valores), fará com que se tornem cidadãos

participantes na sociedade em que vivem.

Uma escola voltada para o pleno desenvolvimento do educando valoriza a transmissão de conhecimento, mas também enfatiza outros aspectos: as formas de convivência entre as pessoas, o respeito às diferenças, a cultura escolar. (Progestão 2001, p. 45).

Ouvindo depoimentos de alunos que afirmaram que a maioria das

aulas é totalmente sem atrativos, professores chegam na sala cansados,

desmotivados, não há nada que os atraem a participarem, que os desafiem a

querer aprender. È importante ressaltar a importância da unidade de propostas

e objetivos entre os coordenadores e o gestor, pois as duas partes falando a

mesma linguagem o resultado será muito positivo que terá como fruto a

elevação da qualidade de ensino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Partindo do pressuposto de que a escola visa explicitamente à

socialização do sujeito é necessário que se adote uma prática docente lúdica,

17

uma vez que ela precisa estar em sintonia com o mundo, a mídia que oferece:

informatização e dinamismo.

Considerando a leitura, a pesquisa e o planejamento ferramentas

básicas para o desenvolvimento de um trabalho eficaz, e ainda fazendo uso do

método dialético, o professor valoriza as teses dos alunos, cultivando neles a

autonomia e auto-estima o que conseqüentemente os fará ter interesse pelas

aulas e o espaço escolar então deixará de ser apenas ponto de encontro para

ser também lugar de crescimento intelectual e pessoal.

Para que a escola exerça sua função como local de oportunidades,

interação e encontro com o outro e o saber, para que haja esse paralelo tão

importante para o sucesso do aluno o bom desenvolvimento das atribuições do

coordenador pedagógico tem grande relevância, pois a ele cabe organizar o

tempo na escola para que os professores façam seus planejamentos e ainda

que atue como formador de fato; sugerindo, orientando, avaliando juntamente

os pontos positivos e negativos e nunca esquecendo de reconhecer, elogiar,

estimular o docente a ir em frente e querer sempre melhorar, ir além.

O fato de a escola ser um elemento de grande importância na

formação das comunidades torna o desenvolvimento das atribuições do gestor

um componente crucial,é necessário que possua tendência crítico-social, com

visão de empreendimento, para que a escola esteja acompanhando as

inovações, conciliando o conhecimento técnico à arte de disseminar idéias, de

bons relacionamentos interpessoais, sobretudo sendo ético e democrático. Os

coordenadores por sua vez precisam assumir sua responsabilidade pela

qualidade do ensino, atuando como formadores do corpo docente,

promovendo momentos de trocas de experiências e reflexão sobre a prática

pedagógica, o que trará bons resultados na resolução de problemas cotidianos,

e ainda fortalece a qualidade de ensino, contribui para o resgate da auto-

estima do professor, pois o mesmo precisa se libertar de práticas não

funcionais, e para isso a contribuição do coordenador será imprescindível, o

que resultará no crescimento intelectual dos alunos.

18

Questões:

a) Como era a escola no passado? E como é hoje? Comente:

b) Porque a atuação da Equipe Pedagógica (Coordenação) é

importante? Como deve ser este trabalho?

c) Qual é a função do Professor?

d) Você considera a ação do Gestor Escolar importante? Por que?

e) Reflita, comente e relate sobre o tema: “Função Social Favorecer

Acesso ao Conhecimento de Forma Profícua”.

f) Considerações e conclusões das respostas com todo grupo.

Assistir ao vídeo-clip: Estudo Errado – Gabriel O Pensador, Adail O

Ilustrador, youtube, 4:57 min, enviado por Heptaman em 03/05/2007.

Montagem: Adail Muniz Retomal e fazer uma reflexão crítica da letra da

música (análise com a realidade, pontos positivos ou negativos).

Vídeo fórum: “O Clube do Imperador”.

Europa Filmes DVD – vídeos.

Portaria nº 1.597/2004 duração 104 min.

Objetivo: Analisar, refletir e discutir no grupo, sobre a postura do

Professor Humbert, um apaixonado pela história antiga, que dá aulas numa

escola de rapazes, freqüentada pela nata da sociedade americana. Também a

postura dos gestores do Colégio St. Benedict’s.

Fazer um paralelo com a realidade que vivenciamos nas escolas, quais

os desafios que enfrentamos nos dias de hoje, o que precisa melhorar ou

mudar, pontos positivos e ou negativos.

19

Para aprofundar conhecimentos analisaremos o que diz sobre

Avaliação nos Documentos Oficiais abaixo:

- LDB – Lei de Diretrizes e Bases;

- Regimento Escolar do Col. Est. Pe. Gualter Farias Negrão;

- Projeto Político Pedagógico do Colégio Est. Pe. Gualter Farias Negrão.

LDB – LEI DE DIRETRIZES E BASES

LEI Nº 9394/96, 20/12/1996

TÍTULO V

CAPÍTULO II

Da Educação Básica

Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 24, Item V, VI e VII

V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes

critérios:

20

a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados

ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;

b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso

escolar;

c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante

verificação do aprendizado;

d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

e ) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência

paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a

serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;

VI - o controle de freqüência fica a cargo da escola, conforme o

disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino,

exigida a freqüência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas

letivas para aprovação;

VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos

escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de

conclusão de cursos, com as especificações cabíveis.

REGIMENTO ESCOLAR DO COLÉGIO EST. PE. GUALTER F. NEGRÃO

Ato Administrativo nº 69/2009

Seção X

Da Avaliação da Aprendizagem, da Recuperação

de Estudos e da Promoção

21

Art. 102 A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao

processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de

apropriação do conhecimento pelo aluno.

Art. 103 A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo

refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características

individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com

preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Parágrafo Único – Dar-se-á relevância à atividade crítica, à

capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

Art. 104 A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando

métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e

finalidades educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.

§ 1º – É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um

único instrumento de avaliação.

§ 2º - os instrumentos utilizados pelo professor serão definidos de

acordo com os critérios pré-estabelecidos no plano de trabalho docente

podendo ser, entre outros:

a) seminários;

b) b) atividades escritas (provas, relatórios, dissertações, sínteses,

resumos);

c) atividades orais (provas, debates, palestras, fóruns);

d) pesquisas (de campo, bibliográficas);

e) e) trabalhos em grupo e/ou individuais.

Art. 105 Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão

elaborados em consonância com a organização curricular e descritos no

Projeto Político Pedagógico.

Art. 106 A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o

acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a

comparação dos alunos entre si.

22

Art. 107 O resultado da avaliação deve proporcionar dados que

permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola

possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Art. 108 Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados

obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o

seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

Art. 109 Os resultados das atividades avaliativas serão analisados

durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e

as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações

pedagógicas.

Art. 110 A recuperação de estudos é direito dos alunos,

independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

Art. 111 A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

Art. 112 A recuperação será organizada com atividades significativas,

por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

Parágrafo Único – A proposta de recuperação de estudos deverá

indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.

Art. 113 O Sistema de Avaliação adotado pelo Estabelecimento de

Ensino é Trimestral.

§ 1º - O peso atribuído às provas escritas não devem ser maiores que a

somatória dos pesos de outros instrumentos de avaliação;

§ 2º - A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas

expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

§ 3º - O sistema de avaliação trimestral será composto pela somatória

da nota 5,0 (cinco vírgula zero) referente às atividades avaliativas

diversificadas, mais a nota 5,0 (cinco vírgula zero) resultante de , no mínimo

02 (duas) provas escritas, totalizando nota final de 10,0 (dez vírgula zero).

Art. 114 A avaliação do Ensino de Educação Física e Artes, deverá

adotar procedimentos próprios, visando o desenvolvimento formativo e

cultural do aluno art. 8º da Deliberação nº 07/99 – CEE.

23

Art. 115 Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados

em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e

autenticidade de sua vida escolar.

Parágrafo Único – Os resultados da recuperação serão incorporados

às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um

componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no

Livro Registro de Classe.

Art. 116 A recuperação de estudos é direito de todos os alunos,

independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

§ 1º - A recuperação de estudos em nosso estabelecimento de ensino,

ocorrerá de duas formas:

a) com a retomada do conteúdo, em sala de aula, no cotidiano letivo, a

partir do diagnístico oferecido pelos instrumentos de avaliação;

b) com a reavaliação do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula.

Art. 117 A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante

ao processo de ensino e aprendizagem.

Art. 118 A recuperação será organizada com atividades significativas,

por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados, não

devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não

apropriados.

Art. 119 O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional as

avaliações como um todo, ou seja, equivalerá de 0 a 100% de apreensão e

retomada dos conteúdos.

§ 1º - Os estudos de recuperação não poderão ser considerados como

um adendo a nota;

§ 2º - Ao término da recuperação, prevalecerá a maior nota.

Art. 120 A promoção é o resultado da avalição do aproveitamento

escolar do aluno, aliada à apuração da sua freqüência.

Art. 121 Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos

finais do Ensino

24

Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0

(seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.

Art. 122 A final do período letivo, será calculada a média anual dos

alunos que a somatória dos três trimestres, obedecendo-se a seguinte fórmula:

M.A.= 1º + 2º + 3º = 6,0

3

Art. 123 Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do

Ensino Médio, que apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas

letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada

disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo.

Art. 124 Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino

Médio serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

I. freqüência interior a 75% do total de horas letivas,

independentemente do aproveitamento escolar;

II. freqüência superior a 75% do total de horas letivas e média

inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.

Art. 125 A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de

retenção do aluno, não tendo registro de notas no Livro Registro de Classe e

nem na documentação escolar.

Art. 126 Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo

serão devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e

expedição de documentação escolar.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO COLÉGIO EST. PE. GUALTER FARIAS NEGRÃO

25

Ato de Aprovação ( Este PPP encontra-se em fase de aprovação na SEED/ PR)

III – MARCO SITUACIONAL

3.4.1 – Análise Crítica da Realidade Escolar:

- IDEB: Neste ano de 2010, nosso Colégio superou muitas dificuldades na

aprendizagem dos alunos, resultando numa elevação do IDEB de 36 para 39.

- PDE: Com os alunos e a comunidade escolar vem sendo desenvolvido um

projeto de produção de adubo orgânico, o qual vem despertando muito

interesse por parte dos alunos que estão aprendendo a aproveitar as sobras

dos alimentos.

- APMF: Esta Instância Colegiada não poderia ser mais atuante, na área

pedagógica principalmente, pois auxilia todas as questões na escola, o que se

torna de suma importância sua participação.

- Formação Continuada: somente oportunizada pela SEED, no início e meio

do ano letivo.

- Organização da Hora Atividade: Nosso Colégio ainda não consegue

organizar a Hora Atividade por disciplina, pois temos somente 01 (um)

professor em cada área. A Hora Atividade é organizada por professor.

- evasão: com o projeto da FICA, a evasão tem sido controlada com muito

eficácia no Ensino Fundamental.

- repetência: com as avaliações concomitantes, processual e com diversos

estudos de como poderemos melhorar a aprendizagem de nossos alunos, a

repetência vem diminuindo.

- defasagem: A maior parte dos alunos da 5ª série chegam com defasagem

de

aprendizagem, com dificuldades de acompanhar os conteúdos da série. A

defasagem em relação a conhecimento cognitivo é algo que precisa ser

corrigido a cada série, sobre o risco de não poder se pensar em uma educação

de qualidade.

26

- recuperação: a busca da recuperação unicamente de notas não dá

condições para recuperar o aluno de uma forma em que se solucione o

problema que gerou a insipiência. Mas já se realiza a recuperação de

conteúdos para sanar problemas relacionados a aprendizagem. A

recuperação é continua assegurando sempre a aprendizagem dos conteúdos.

IV – MARCO CONCEITUAL

4.1.6 – De Conhecimento

Conhecimento é uma atividade humana, que busca explicitar as relações entre

os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas

relações sociais mediadas pelo trabalho.

Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de seu trabalho

e nem dos conhecimentos produzidos nestas relações porque o trabalhador

não domina as formas de produção e sistematização do conhecimento.

Segundo Marx e Engels “a classe que tem à disposição os modos de produção

material controla concomitante os meios de produção intelectual, de sorte que,

por essa razão geralmente as idéias daqueles que carecem desses meios ficam

subordinadas a ela.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das

condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que

representam as necessidades do homem a cada momento, implicando

necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para

obtenção do conhecimento, mudando portanto a forma de interferir na

realidade.

Essa interferência traz conseqüências para a escola, cabendo a ela garantir a

socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho na suas

relações.

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando

mudanças internas e externas no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre

uma intencionalidade.

4.1.7 – De Ensino:

27

O ato de ensinar é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada

indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente

pelo conjunto de homens.

O ensino, antes de mais nada,é uma construção histórica e social na qual

interferem fatores de ordens antropológicas, culturais e psicológicas.

Os fracassos escolares decorrentes da aprendizagem, das pesquisas que

buscam apontar como o sujeito conhece, das teorias que provocam reflexões

sobre os aspectos que interferem no ensinar e aprender, indicam que é

necessário dar novo significado à unidade entre aprendizagem e ensino, uma

vez que, em última instância, sem aprendizagem não há ensino.

O ensino, portanto, é resultado de um complexo e intrincado processo de

construção, modificação e reorganização utilizado pelos alunos para assimilar

e interpretar os conteúdos escolares.

O que o aluno pode aprender em determinado momento da escolaridade

depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamento de que

dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu

anteriormente e do ensino que recebe.

Isto é, a ação pedagógica deve se ajustar ao que os alunos conseguem realizar

em cada momento de sua aprendizagem, para se constituir em verdadeira

ação educativa. Conceber o processo de aprendizagem como prioridade do

sujeito implica valorizar o papel determinante da interação com o meio social

e, particularmente, com a escola. Situações escolares de ensino e

aprendizagem são situações comunicativas, nas quais os alunos e professores

co-participam, ambos com uma influência decisiva para o êxito do processo.

A organização de atividades de ensino, a relação cooperativa entre professores

e alunos, os questionamentos e as controvérsias conceituais, influenciam o

processo de construção de significado e o sentido que alunos atribuem aos

conteúdos escolares. O ensino ganhou valorização em relação à aprendizagem,

criou seus próprios métodos e o processo de aprendizagem ficou regalado a

segundo plano, porque por muito tempo a Pedagogia valorizou o que deveria

ser ensinado, supondo que, como decorrência, estaria valorizando o ensino.

28

4.1.8 – De Aprendizagem:

O trabalho pedagógico deve fundamentar-se no compromisso de que a escola

deve levar seus alunos para além do senso comum e chegar ao conhecimento

mais elaborado sobre a realidade. Isto é garantir o conhecimento.

Ao longo do desenvolvimento, aprende-se a abstrair e generalizar

conhecimentos aprendidos espontaneamente, mas é bem mais difícil

formalizá-los ou explicá-los em palavras porque, diferentemente da

experiência escolar, não são conscientes, deliberados ou sistemáticos.

O processo de aquisição do conhecimento é ascendente, isto é, inicia-se de

modo inconsciente e até caótico, de acordo com uma experiência que não é

controlada e encaminha-se para níveis mais abstratos, formais e conscientes.

O processo de aquisição de conhecimento sistemático escolar tem uma

direção oposta à do conhecimento espontâneo, é descendente, de níveis

formais e abstratos para aplicações particulares.

Na prática, o conhecimento espontâneo auxilia a dar significado ao

conhecimento escolar. O conhecimento escolar reorganiza o conhecimento

espontâneo e estimula o processo de sua abstração.

A contextualização, um dos princípios da organização curricular, facilita a

aplicação da experiência escolar para a compreensão, da experiência pessoal

em níveis mais sistemáticos e abstratos e o aproveitamento da experiência

pessoal para facilitar o processo de concreção dos conhecimentos abstratos

que a escola trabalha. Isto significa que a ponte entre teoria e prática,

recomendada pela LDB, dever ser de mão dupla.

Cabe à escola desenvolver o conhecimento espontâneo, encaminhando-o a

níveis mais abstratos, formais, conscientes e sistematizados, com a utilização

das competências cognitivas básicas: raciocínio abstrato, comparação,

capacidade de compreensão de situações novas que é a base para solução de

problemas.

A contextualização é um recurso pedagógico para tornar a construção de

conhecimentos um processo permanente de formação de capacidades

intelectuais superiores.

29

4.1.9 – De Avaliação:

A avaliação é concebida como instrumento para ajudar o aluno a aprender,

fazendo parte integrante do dia-a-dia em sala de aula.

Não se aceita mais que a avaliação consista na mera contagem de acertos e

erros, na utilização de resultados para classificar e selecionar ( e rotular) os

alunos, afastando da aprendizagem escolar justamente os que mais precisam

dela - aqueles que se originam de grupos sociais mais desfavorecidos e

distantes da cultura escolar. A avaliação deve ser um instrumento de

aprendizagem e não de reprovação.

A avaliação deve ser vista como acompanhamento de aprendizagem; deve ser

contínuo e centralizada no desempenho do aluno. Deve deixar de ser

meramente classificatório.

A avaliação tem uma função permanente de diagnóstico e acompanhamento

do processo pedagógico; avalia, portanto, o educando, a escola e o sistema

escolar. O resultado obtido deverá indicar o ponto em que o conteúdo deve ser

retomado e em que aspecto o processo pedagógico deve ser reformulado.

O clima de trabalho instalado, na perspectiva de que avaliação é um

instrumento para ajudar o aluno a aprender, assegura espaço para os alunos

arriscarem. E, ao arriscar-se, podem errar. O erro nessas classes não configura,

portanto, pecado ou ameaça, mas uma pista valiosa: permite investigar quais

problemas os alunos enfrentam e por quê. E, a partir daí, orientá-los melhor e

transformar eventuais erros de percurso em situações de aprendizagem,

resultando em avanços e eliminação de dificuldades. Estará dessa forma

atendendo o que preconiza a LDB “obrigatoriedade de estudos de recuperação,

de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento

escolar”. (Art. 24, inciso V, alínea E).

Para avaliar é preciso ter em mente as Diretrizes Curriculares da Educação

Básica para apreciar o que está sendo avaliado. Assim, cada professor deve

explicitar, claramente, para si próprio, o que espera que os alunos alcancem.

Os alunos também devem saber, a cada passo, o que se espera deles.

30

É importante ressaltar que, atualmente, só um ensino baseado no

desenvolvimento dos conhecimentos vai propiciar ao indivíduo a capacidade

de

resolver problemas e tornar-se capaz de ter autonomia e propor soluções aos

problemas por que a passa a sociedade contemporânea.

Entende-se por competência, a potencialidade abstrata do indivíduo, “as

modalidades estruturais de inteligência, as ações e operações que o sujeito

utiliza para estabelecer relações com e entre os objetos, situações, fenômenos

e pessoas” (ENEM-1998).

A concepção de avaliação, dentro de uma área de conhecimento, orienta o

julgamento do professor para um aspecto mais amplo do que o circunscrito às

disciplinas e seus conteúdos. Essa avaliação deverá ser conduzida, tendo em

vista a capacidade de aprendizagem do aluno como produto desejável ao final

do curso, e tendo como pressuposto a capacidade dos alunos de desenvolvê-

las ao longo das experiências oferecidas nesta área e nas demais áreas.

É preciso assumir postura de constante observação e cuidadoso registro. Deve-

se observar, atentamente, o desempenho e o aproveitamento dos alunos no

desenvolvimento das atividades, anotando as observações que se fizerem.

O registro, além de poderoso auxiliar da memória, ajuda a organizar o

pensamento e estimula a reflexão sobre a prática pedagógica, propiciando

uma visão geral do trabalho desenvolvido, direcionando a organização da

seqüência do ensino para toda a classe. Permite, também, avaliar o processo

de aprendizagem dos alunos e a atuação docente. Esse tipo de registro

permite

uma percepção crítica da atuação docente, facilitando as mudanças de

encaminhamento metodológico necessárias, o que contribui para tornar sua

prática mais competente.

A LDB estabelece que para aprovação exigir-se-á a freqüência mínima de 75%

do total de horas letivas e que o controle de freqüência fica a cargo da escola

(Art. 24, inciso VI). O controle de freqüência contabiliza a presença do aluno

nas atividades escolares programadas. Dessa forma a escola, levando em

31

conta o aluno trabalhador que, comprovadamente, não possa participar de

todas as atividades no período normal de aulas, para perfazer o mínimo

exigido, deverá prever uma programação de atividades escolares de

compensação, a fim de que o ensino ministrado atenda aos princípios de

“igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”, com

sucesso.

V – MARCO OPERACIONAL

5.2 – Avaliação:

5.2.1Instrumentos: pesquisas, trabalhos individuais e em grupos, debates,

apresentação oral, oficina de teatro, provas, leituras, produções, entre outros;

5.2.2Registros: através de notas somativas de várias aferições no trimestre

com a seguinte divisão: 5,0 pontos para provas escritas (uma ou mais) e 5,0

pontos para trabalhos (atendem as especificidades de cada disciplina);

5.2.3Recuperação: será de retomada de conteúdos de forma concomitante,

com aplicação de nova avaliação, prevalecendo a maior nota;

5.2.4Formas de comunicação dos resultados: serão feitos comunicados

em

sala de aula, através dos professores, visando a recuperação concomitante

oportunizando ao aluno direcionar e complementar seu conhecimento.

Também se dará ao final de cada trimestre, quando a escola fornecerá os

boletins.

5.3 – Do ensino/aprendizagem: A avaliação deve ser entendida como um

dos

aspectos do ensino pelo qual o professor, estuda e interpreta os dados da

aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e

aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar

seus resultados e atribuir-lhes valor. O professor distribuirá os valores de

acordo com a sua disciplina, nas diversas formas de avaliação que

oportunizará o aluno a cada trimestre. O professor em suas avaliações dará

relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal,

32

sobre a memorização. Para que a avaliação cumpra a sua finalidade no

ensino/aprendizagem, a mesma deverá ser contínua, permanente e

cumulativa.

5.4 – Da escola: A avaliação deve dar condições para que seja possível ao

professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de

aprendizagem, deve proporcionar dados que permitam ao Estabelecimento

promover a reformulação do currículo e deste Projeto Político-Pedagógico com

adequação dos conteúdos e métodos de ensino. A avaliação deve possibilitar

novas alternativas para o plano de Trabalho Docente do Estabelecimento de

Ensino. A escola deve assegurar que serão utilizadas técnicas e instrumentos

diversificados, ficando vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a

uma única oportunidade de aferição, devendo o professor ser criativo, ao

avaliar, oportunizando ao aluno condições de também aprender através das

avaliações. A avaliação deve obedecer à ordenação e a seqüência do ensino e

da aprendizagem, bem como a orientação do currículo. Deve ser considerado

os resultados obtidos durante o período letivo, num processo contínuo cujo

resultado final venha a incorporá-los, expressando a totalidade do

aproveitamento escolar, tomado na sua melhor forma.

5.5 – Da recuperação de estudos: A recuperação é um dos aspectos da

aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com

aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que possibilitem a apreensão

de conteúdos básicos. A recuperação será executada através de aulas de

revisão, tarefas e atividades avaliativas, onde prevalecerá a maior nota.

Análise, reflexão e comentários sobre o que garante da Avaliação da

Aprendizagem Escolar na LDB, Regimento Escolar e PPP do Colégio Estadual

Pe. Gualter Farias Negrão.

33

Questionamentos sobre o conteúdo do vídeo: “O Papel da Avaliação na

Aprendizagem”, youtube, por Aimec em 02/02/2010, 9:17 min.

a) Organizados em data-show:

- Mensagem escrita no desenho da camiseta.

- Sugestões de Livros para leitura sobre Avaliação divulgados através

do vídeo.

- Entrega da lista dos livros digitados aos participantes.

- REFLEXÃO:

“A Reflexão sobre porque e para quem avaliarmos, sobre o que e como

avaliamos, assim como sobre a maneira de ensinar os alunos a se avaliar, e

uma das tarefas que mais podem enriquecer o trabalho coletivo de construir

um projeto educativo”.

(Ballester, 2003)

AVALIAÇÃO

ANTESDo Ensino

DURANTEO Processo Ensino

Aprendizagem

DEPOISDo Processo

INICIALGRUPAL

* prognósticoINDIVIDUAL

EM PROCESSO* Formativa* Interativa

* Reguladora

SOMATIVA* Integrativa

* Certificadora

34

* diagnóstico *Orientadora* Motivadora

* Para a Promoção

A quem cabe a “Auto Avaliação?”

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Obs: Socializar as respostas.

De acordo com a entrevista sobre “Avaliação da Aprendizagem Escolar

– Formação de Professores com o Professor Cipriano Luckesi, vinculado pela

Editora Moderna em 11/02/2010 ( www.moderna.com.br/tviveb) youtube. O

referido professor diz que a avaliação é uma ação pedagógica planejada, que o

ato de avaliar só existe se existir uma ação, onde o ato de avaliar é um ato de

subsidiar a garantia dos melhores resultados da aprendizagem. Diz também

que os formulários contendo os objetivos, os conteúdos, as tarefas, etc; são

documentos, são registros de decisões, mas e que é fundamental são as

decisões, os clareamentos de desejos, o que desejamos fazer com nossa ação,

quais resultados e qual a qualidade que desejamos obter.

Diante do exposto o que você professor, funcionário tem a comentar

sobre a conclusão deste Educador?

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

_________________________________________________

Após assistir ao vídeo “Educação e Vida”, enviado por Shmotta em

28/082007 ([email protected]), 4:48 min. (Prof. Sérgio Motta).

Texto: Profª Drª Marianina Impagliazzo

Música: Dias Melhores (Jota Quest) – youtube.

35

Qual é a mensagem que o conteúdo do vídeo traz? Relacione com seu

cotidiano profissional.

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

________________________________________

Leitura Coletiva Texto

AVALIAÇÃO ESCOLAR

LIMITES E POSSIBILIDADES

CLARILZA PRADO DE SOUZA

UTILIZAR DE ACORDO COM AS ESPECIFICAÇÕES.

NÃO OBTENDO OS RESULTADOS ESPERADOS,

APROFUNDAR ESTUDOS NA ÁREA.

Informações Técnicas

PROPRIEDADES

A avaliação escolar, também chamada avaliação do

processo ensino-aprendizagem ou avaliação do

rendimento escolar, tem como dimensão de análise o

desempenho do aluno, do professor e de toda a

situação de ensino que se realiza no contexto escolar.

Sua principal função é subsidiar o professor, a equipe

escolar e o próprio sistema no aperfeiçoamento do

ensino. Desde que utilizada com as cautelas previstas

e já descritas em bibliografia especializada, fornece

informações que possibilitam tomar decisões sobre

quais recursos educacionais devem ser organizados

quando se quer tomar o ensino mais efetivo. É,

portanto, uma prática valiosa, reconhecidamente

36

educativa, quando utilizada com o propósito de

compreender o processo de aprendizagem que o aluno

está percorrendo em um dado curso, no qual o

desempenho do professor e outros recursos devem ser

modificados para favorecer o cumprimento dos

objetivos previstos e assumidos coletivamente na

Escola.

O processo avaliativo parte do pressuposto de que se

defrontar com dificuldades é inerente ao ato de

aprender. Assim, o diagnóstico de dificuldades e

facilidades deve ser compreendido não como um

veredito que irá culpar ou absolver o aluno, mas sim

como uma análise da situação escolar atual do aluno,

em função das condições de ensino que estio sendo

oferecidas. Nestas termos, são questões típicas de

avaliações:

• Que problemas o aluno vem enfrentando?

• Por que não conseguiu alcançar determinados

objetivos?

• Qual o processo de aprendizagem desenvolvido?

• Quais os resultados significativos produzidos pelo

aluno?

A avaliação tem sido utilizada muitas vezes de forma

reducionista, como se avaliar pudesse limitar-se á

aplicação de um instrumento de coleta de

informações. É comum ouvir-se "Vou fazer uma

avaliação", quando se vai aplicar uma prove ou um

teste. Avaliar exige, antes que se defina aonde se quer

chegar, que se estabeleçam os critérios, para, em

seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive

aqueles referentes á coleta de dados.

37

Além disso, o processo avaliativo não se encerra com

este levantamento de informações, as quais devem ser

comparadas com os critérios e julgadas a partir do

contexto em que foram produzidas. Somente assim

elas poderão subsidiar o processo de tomada de

decisão quanto a que medidas devem ser previstas

para aperfeiçoar o processo de ensino, com vistas a

levar o aluno a superar suas dificuldades.

A avaliação tem sido limitada também pela hipertrofia

que o processo de atribuição de notas ou conceitos

assumiu na administração escolar. Definir através de

nota ou conceito as dificuldades e facilidades do aluno

á apenas um recurso simplificado que identifica a

posição do aluno em uma escala. Usado com

precaução, este recurso não deveria produzir efeitos

colaterais Indesejáveis. Contudo, acreditar, por

exemplo, que uma nota 6 ou um conceito C possa, por

si, explicar o rendimento do aluno e justificar uma

decisão de aprovação ou reprovação, sem que se

analisem o significado desta nota no processo de

ensino, as condições de aprendizagem oferecidas, os

instrumentos e processos de coleta de dados

empregados para obtenção de tal nota ou conceito, a

relevância deste resultado na continuidade da

programação do curso, i reduzir de forma inadequada

o processo avaliativo; é, sobretudo, limitar a

perspective de análise do rendimento do aluno e a

possibilidade do professor em compreender ó processo

que coordena em sala de aula.

Reações Adversas e Efeitos Colaterais: Pesquisas

realizadas na área têm demonstrado conseqüências

38

psicológicas e sociais adversas em função do uso da

avaliação de forma classificatória, punitiva s

autoritária. A avaliação, quando apenas praticada de

modo classificatório, supõe ingenuamente que se

possa realizar esta atividade educativa de forma

neutra, como se não estivessem implícitos a concepção

de Homem que se quer formar s o modelo de

sociedade que sequer construir em qualquer prática

educativa. A classificação cristaliza e estigmatiza um

momento da vida do aluno, sem considerar que ele se

encontra em uma fase de profundas mudanças. É

uma forma unilateral e, portanto, autoritária, que não

considera as condições que foram oferecidas para a

aprendizagem. Pune justamente aqueles alunos que,

por sofrerem uma situação social adversa, necessitam

de que a Escola lhes proporcione meios adequados

que minimizem suas dificuldades de aprendizagem. A

avaliação apenas como instrumento de classificação

tende a descomprometer a equipe escolar com o

processo de tomada de decisão para o aperfeiçoamento

do ensino, que é s função básica da avaliação.

Precauções: A avaliação escolar não deve ser

empregada quando não se tem interesse em

aperfeiçoar o ensino e, conseqüentemente, quando não

se definiu o sentido que sena dado aos resultados da

avaliação.

A avaliação escolar exige também que o professor

tenha claro, antes de sua utilização, o significado que

ele atribui a sua ação educativa.

Contra-Indicações: A avaliação é contra-indicada como

único instrumento para decidir sobre aprovação e

39

reprovação do aluno. O seu uso somente para definir a

progressão vertical do aluno conduz a reduções e

descompromissos. A decisão de aprovação ou retenção

do aluno exige do coletivo da Escola uma análise das

possibilidades que essa Escola pode oferecer para

garantir um bom ensino.

A avaliação escolar também é contra-indicada para

fazer um diagnóstico sobre a personalidade do aluno,

pois sua abrangência limita-se aos objetivos do ensino

do programa escolar.

A avaliação escolar é contra-indicada para fazer

prognóstico de sucesso na vida. Contudo, o seu mau

emprego pode expulsar o aluno da Escola, causar

danos em seu autoconceito, impedir que ele tenha

acesso a um conhecimento sistematizado e, portanto,

restringir a partir da( suas oportunidades de

participação social.

Indicações: A avaliação escolar é indicada a

professores interessados no aperfeiçoamento

pedagógico de sua atuação na Escola. É fundamental

sua utilização para indicar o alcance ou não dos

objetivos de ensino.

Recomenda-se então sua aplicação não só para

diagnosticar as dificuldades e facilidades do aluno,

como, principalmente, para compreender o processo

de aprendizagem que ela está percorrendo.

Utilizada de forma transparente e participativa,

permite também ao aluno reconhecer suas próprias

necessidades, desenvolver a consciência de sua

situação escolar e orientar seus esforços na direção

dos critérios de exigência da Escola.

40

Posologia: A avaliação deve ser utilizada com o apoio

de múltiplos instrumentos de coleta de informações,

sempre de acordo com as características do plano de

ensino, isto é, dos objetivos que se está buscando

junto ao aluno. Assim, conforme o tipo de objetivo,

podem ser empregados trabalhos em grupos e

individuais, provas orais e escritas, seminários,

observação de cadernos, realização de exercícios em

classe ou em casa e observação dos alunos em classe.

Não restrinja o levantamento de informações para

realização da avaliação ao final de um bimestre letivo.

Informações descontinuadas e distanciadas umas das

outras podem modificar a sintomatologia do aluno e

do professor quanto a condições de aprendizagem e

ensino. Após a obtenção das informações, analise-as

de acordo com os critérios preestabelecidos, com as

condições de ensino oferecidas, e tome as decisões que

julgar satisfatórias para a melhoria da qualidade da Educação escolar.

Divisão dos participantes em grupos para o desenvolvimento de

atividades propostas para posterior apresentação geral.

Questões:

A exemplo da Professora Clarilza, vamos elaborar de acordo com

nossos conhecimentos uma receita pedagógica para a Avaliação Escolar

seguindo os seguintes passos:

- Propriedades e informações.

- Reações adversas e Efeitos Colaterais.

- Preocupações e advertências.

- Contra indicações.

41

- Indicações.

- Posologia.

- Ação esperada.

- Prazo de validade.

Obs: Após elaboração socializar as questões no grupo maior.

Objetivos: Reconhecer que avaliação vai além dos limites e

possibilidades delineados pela escola.

Sete Saberes Necessários para Educação do Futuro.

Autor: Edgar Morin (Paris, 8 de julho de 1921). Antropólogo, Sociólogo e

Filósofo Francês. Formado em: Direito, História e Geografia, autor de mais de

30 livros, considerado um dos principais pensadores contemporâneos.

Após leitura de cada saber elencado pelo professor e autor, fazer

reflexão, comentários e discussão com o grupo.

Saberes

1º O erro e a ilusão.

Não afasta o erro do processo de aprendizagem.

Integrar o erro ao processo para que o conhecimento avance.

É necessário introduzir e desenvolver na educação estudo das

características cerebrais, mentais, culturais dos conhecimentos humanos, de

seus processos e modalidades, das disposições tanto psíquicas quanto

culturais que o conduzem ao erro ou à ilusão.

2º O Conhecimento pertinente

Juntar as mais variadas áreas de conhecimento, contra a

fragmentação.

42

O verdadeiro conhecimento deve ser pertinente, ou seja, deve levar em

conta as relações entre os objetos geradores, estabelecendo as mútuas

relações entre as partes.

O desenvolvimento de aptidões gerais da mente permite melhor

desenvolvimento das competências particulares ou especializadas.

3º Ensinar a Condição Humana.

Não somos um algo só.

Um só tempo: físico, biológico, psíquico, cultural, social, histórico.

A condição humana deveria ser o objeto essencial de todo o ensino.

4º Identidade Terrena

Saber que a terra é um pequeno planeta, que parecia ser sustentado a

qualquer custo.

Idéia de sustentabilidade terra-pátria.

A educação do futuro deverá ser o ensino primeiro e universal,

centrado na condição humana.

Conhecer o humano é, antes de mais nada, situá-lo no universo, e não

separá-lo dele.

5º Enfrentar as Incertezas

Princípio da incerteza. Ensinar que a ciência deve trabalhar com a idéia

de que existem coisas incertas.

6º Ensinar a Compreensão

A comunicação humana deve ser voltado para a compreensão.

Compreensão entre departamentos de uma escola, entre alunos e

professores, etc.

43

Considerando sua importância, em todos os níveis educativos e em

todas as idades, o desenvolvimento da compreensão pede a reforma das

mentalidades.

Esta deve ser a obra para a educação do futuro.

7º Ética do Gênero Humano

É a antropo-ética: não desejar para os outros, aquilo que não quer para

você. A antropo-ética está ancorada em três elementos:

* Indivíduo

* Sociedade

* Espécie.

A ética não poderia ser ensinada por meio de lições de moral.

Deve formar-se nas mentes com base na consciência de que o humano

é, ao mesmo tempo, indivíduo, parte da sociedade, parte da espécie.

Na questão prática de aplicar os sete saberes, a questão fundamental é

que o objetivo não é transformá-los em disciplinas, mas sim em diretrizes para

ação e para elaboração de propostas e intervenções educacionais.,

A pergunta é...

Será tão fácil assim, diante da realidade em que vivemos?

Mas e nós podemos ou não transformar ou pelo menos melhorar a

realidade que aí está?

Assista aos vídeos:

- Vídeo de motivação para professores, enviado por Liviamaia, 5:39

min.

Realização Ace/Optimídia Comunicações youtube.

- Batalhas do dia a dia – Reflexão, TV Multimídia, TV Paulo Freire em

02/07/2009, diaadiaeducação – SEED e a seguir faça uma reflexão sobre sua

ação pedagógica e dê seu parecer sobre os assuntos tratados nos nossos

encontros.

44

REFERENCIAS

FERNANDES, F.; LUFT, C. P.; GUIMARÃES F. M. Dicionário Brasileiro. 51ª Ed.

São Paulo: Globo, 1999.

LIBANEO, J. F,; TOSCHI M. S. Educação escolar: políticas estrutura e

organização. 2ª Ed. São Paulo: Cortez, 2005. (Coleção Docência em Formação)

PENIN, S. T. S.: VIEIRA S. L.: MACHADO M. A. M. I. Progestão: como articular a

função social da escola com as especificidades e as demandas da

comunidade? Brasília: Consed, 2001. (Modulo 1)

SEBER, M. G. Piaget: o dialogo com a criança e o desenvolvimento do

raciocínio. São Paulo: Scipione, 1997.

SOUZA, CLARILZA PRADO DE: Avaliação Escolar: Limites e Possibilidades,

texto, Profª do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo – PUC / SP.