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PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL PROATER 2011 - 2013 VARGEM ALTA w ww.nacaoturismo.com.br/UF/ES/Default_es.aspx PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE AÇÕES - (2011)

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PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL PROATER 2011 - 2013

VARGEM ALTA

w ww.nacaoturismo.com.br/UF/ES/Default_es.aspx

PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE AÇÕES - (2011)

Equipe Responsável pela elaboraçãoDiacui Guarnier

Haroldo Oliveira Gomes

Marcelo Mello Lobato

Octacílio Geraldo do Carmo Filho

Contribuições na elaboração do diagnóstico e planejamentoAssociações Comunitárias Rurais

Banco do Brasil S.A

Banestes S.A

Câmara Municipal de Vereadores

Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural

Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de Jaciguá

IDAF

Prefeitura Municipal

SEBRAE

Selita

SENAR

SICOOB

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vargem Alta

Equipe de apoio na elaboraçãoDirceu Godinho (MDR Centro Sul)

Gilson Tófano (CRDR Centro Sul)

Célia Jaqueline Sanz Rodriguez (Área de Operações Ater)

Gardênia Marsalha de Araújo (Área de Operações Ater)

Sabrina Souza de Paula (Área de Operações Ater)

Thyerri Santos Silva(CPD)

APRESENTAÇÃO

O Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural – Proater é um instrumento norteador

das ações de Assistência Técnica e Extensão Rural - Ater que serão desenvolvidas junto aos

agricultores familiares. A programação está respaldada em diagnósticos e planejamento

participativos, com a qual agricultores, lideranças, gestores públicos e técnicos contribuíram

ativamente na sua concepção.

Mais do que um instrumento de gestão, o Proater tem como grande desafio contribuir com o

desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. As ações de assistência técnica e

extensão rural ora planejadas são vistas como um processo educativo não formal,

emancipatório e contínuo. Assim, a melhoria da qualidade de vida das famílias rurais é o

grande mote e direcionamento dos esforços dos agentes de Ater envolvidos no processo.

Este documento está dividido em duas partes: a primeira, o diagnóstico, apresenta

informações acerca da realidade do município (aspectos demográficos, naturais/ambientais,

sociais e econômicos), os principais desafios e as potencialidades. A segunda, o

planejamento, encerra a programação de ações para o ano de 2011.

1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

1.1 Localização do Município

O município de Vargem Alta possui uma área de 414,72 km², equivalente a 0,91% do

território estadual. Está localizado na região sul do estado, distante em 136 km da capital

Vitória e 30 km de Cachoeiro de Itapemirim, polo regional do sul do estado. Limita-se ao

norte com o município de Domingos Martins, ao sul com Cachoeiro de Itapemirim, a leste

com Rio Novo do Sul e Alfredo Chaves e a oeste com Cachoeiro de Itapemirim e Castelo.

A sede municipal encontra-se a 620 m de altitude e tem sua posição geográfica

determinadas pelo paralelo 20º 40' 15,60'' de latitude sul em sua interseção com o meridiano

de 41º 00' 25,20'' de longitude oeste.

1.2 Aspectos históricos, populacional e fundiários

1.2.1 - Histórico da colonização, etnia, costumes e tradições

Na segunda metade do século XIX , o Príncipe Regente D. Pedro II doava terras virgens

onde é hoje o distrito de Jaciguá. Os índios puris foram os primeiros habitantes da região,

desde cerca de 5 a 6 mil anos, com a chegada dos portugueses, passaram a servir de mão

de obra para estes conquistadores. Mas a colonização deu-se realmente com a chegada dos

italianos, no final do século XIX, que encontraram as fazendas abandonadas e invadidas

pela mata. Foram eles que abriram a estrada que seria o embrião da Rodovia ES-164.

O distrito de Vargem Alta foi criado em 26 de Dezembro de 1922. É o território abrangido por

esses dois distritos que vai ser desmembrado de Cachoeiro de Itapemirim, em 6 de maio de

1988, pela Lei nº 4.063, para dar origem ao município de Vargem Alta. A instalação do

município ocorreu em 1º de janeiro de 1989.

A população de Vargem Alta caracteriza-se pela maioria residir no meio rural e a população

urbana não estar concentrada na sede do município, e sim distribuída nas comunidades

urbanas, Vargem Alta (sede), Jaciguá, São José de Fruteiras, Castelinho, Vila Maria e

Prosperidade.

1.2.2 - Distritos e principais comunidades

O Município compõe-se por 05 distritos e 55 comunidades que são: Alto Castelinho 80,0 km²

com 04 comunidades, São José de Fruteiras 71,0 km² com 10 comunidades, Sede 100,0 km²

com 13 comunidades, Prosperidade 35,0 km² com 08 comunidades e Jaciguá 130,0 km² com

20 comunidades.

Figura 1 – Mapa do município/distritos

1.2.3 – Aspectos populacionais

Em pesquisa realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento,

divulgada no Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, Vargem Alta ocupa, em relação

ao Espírito Santo, o 39º lugar (0,73), no ranking do I.D.H. - Índice de Desenvolvimento

Humano (PNUD/2000). Os índices avaliados foram: longevidade, mortalidade, educação,

renda e sua distribuição.

Tabela 1 – Aspectos demográficos

SITUAÇÃO DO DOMÍCILIO/ SEXO 2010

Urbana 6722Homens 3391

Mulheres 3331

Rural 12408Homens 6436

Mulheres 5972Http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=608&z=cd&o=3&i=p, em 12 de maio de 2001.

1.2.4 – Aspectos fundiários

Os aspectos fundiários de um município refletem, a grosso modo, a forma como a terra está

sendo distribuída entre as pessoas e os grupos. Existem muitas formas de observar e

conceituar a partir desses números. Optamos por utilizar dados do Incra (Instituto Nacional

de Colonização e Reforma Agrária) onde a quantidade de módulos fiscais define a

propriedade em minifúndio, pequena (entre 1 a 4 módulos fiscais), média (acima de 4 até 15

módulos fiscais) e grande propriedade (superior a 15 módulos fiscais). Os módulos fiscais

variam de município para município, levando em consideração, principalmente, o tipo de

exploração predominante no município, a renda obtida com a exploração predominante e o

conceito de propriedade familiar (entre outros aspectos, para ser considerada familiar, a

propriedade não pode ter mais que 4 módulos fiscais)1.

1 Legislação: Lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 e Instrução Normativa Nº 11, de 04 de abril de 2003).

Em Vargem Alta o módulo fiscal equivale a 16 hectares.

A estrutura fundiária de Vargem Alta retrata o predomínio das pequenas propriedades, de

base familiar, onde os trabalhos produtivos são feitos pela própria família ou no regime de

parcerias agrícolas. No município não existem assentamentos rurais e a estrutura fundiária

encontra-se assim distribuída:

Tabela 2 – Aspectos da Estratificação Fundiária

MUNICÍPIO MINIFÚNDIO PEQUENA MÉDIA GRANDE TOTAL

Vargem Alta 990 711 96 5 1.802Fonte: INCRA, dados de janeiro de 2011.

1.3 Aspectos Edafoclimáticos e ambientais1.3.1 Caracterização edafoclimática

O relevo do município é predominantemente montanhoso, com 80% de sua superfície com

declividade superior a 30%. Possui ainda uma variação muito grande da altitude dos seus

terrenos, variando de 100 m ao sul na região do Frade a 1890 m na serra do Redentor divisa

com Alfredo Chaves. Mais de 60% de suas áreas estão localizadas entre 600 a 900m de

altitude.

Os solos predominantes (85%) são os classificados como latossolo vermelho amarelo

distrófico, de fertilidade média a baixa, bem desenvolvidos, profundos, boa drenagem, com

acidez pronunciada, possuindo ainda solos classificados como terra roxa estruturada (10%),

fertilidade média a alta e acidez média. O restante (5%) é constituído por solos aluviais,

areias quartzosas e solos litólicos com afloramento de rochas.

O clima do município é variável de acordo com as diferenças de altitudes, principalmente no

relacionado à temperatura, assim na região baixa, de altitude variando de 100 a 450m, o

clima é caracterizado como quente, com a média das máximas temperaturas dos meses

mais quentes de 30,7ºC a 34ºC, e a temperatura média das mínimas nos meses mais frios

de 11,8ºC a 18ºC, na região média de 450 a 850m, o clima é ameno, com a média das

máximas temperaturas nos meses mais quentes de 27,8ºC a 30,7ºmédia das mínimas nos

meses mais frios de 9,4ºC a 11,8ºC.

Na região alta de 850 a 1200m o clima é frio, com a média das máximas temperaturas dos

meses mais quentes de 25,3ºC a 27,8ºC e a média das mínimas dos meses mais frios de

7,3ºC a 9,4ºC, com algumas áreas sujeitas a geadas (até 3 meses a cada 4 anos). Quanto à

caracterização hídrica, as variações são de menor intensidade, sendo o clima caracterizado

como úmido durante 10 meses do ano e parcialmente seco nos meses de agosto e

setembro.

Figura 2 – Zonas naturais do município de Vargem Alta

Algumas características das zonas naturais1 do município de Vargem Alta

1 Fonte: Mapa de Unidades Naturais(EMCAPA/NEPUT, 1999);2 Cada 2 meses parcialmente secos são contados como um mês seco;3 U – chuvoso; S – seco; P- parcialmente seco.

Temperatura Relevo Água

Meses secos, chuvosos/secos e secos3ZONASMédia min.Mês maisfrio (oC)

média máx.mês mais

quente (oC)

Declividade No mesessecos2

J F M A M J J A S O N D

Zona 1: Terras Frias, Acidentadas e Chuvosas 7,3 – 9,4 25,3 - 27,8 > 8% 1,0 U U U U U U U P P U U U

3,0 U U U U P P P S P U U U

Zona 2: Terras de Temperaturas Amenas,Acidentadas e Chuvosas

9,4 - 11,8 27,8 - 30,7 > 8% 1,0 U U U U U U U P P U U U

Zona 4: Terras Quentes, Acidentadas eChuvosas

11,8 - 18,0 30,7 - 34,0 > 8% 2,5 U P U U U P P P P U U U

Zona 5: Terras Quentes, Acidentadas eTransição Chuvosa/Seca

11,8 - 18,0 30,7 - 34,0 > 8% 4,5 U U U U P S S S S U U U

1.3.2 Aspectos Ambientais

A vegetação predominante é originária da mata atlântica, cobrindo aproximadamente 20% do

município, com maior concentração nas áreas de maior altitude, com características de mata

secundária e em regeneração, com poucas áreas de matas primitivas. Com relação a

florestas cultivadas predominam as espécies de eucaliptos e pinus ocupando uma área

aproximada de 1500 há.

As bacias hidrográficas que drenam o município são as do Rio Novo com área de 233 km², e

do Rio Itapemirim com 184 km², através do Rio Fruteiras. O município é caracterizado por

ser um produtor de água, pois nele encontram-se as fontes de formação do Rio Fruteiras e

do Rio Novo. Há relativa abundância de água disponível para todas as atividades

desenvolvidas no município.

A preservação ambiental é fator essencial para a sustentabilidade da agricultura familiar. A

topografia acentuada dos terrenos, aliada ao desmatamento irracional realizado no passado,

ao plantio sem a observância da capacidade de uso dos solos, a construção sem

planejamento das estradas e carreadores, vem acarretando um empobrecimento dos solos,

instabilidade nas vazões das "nascentes" e cursos d'água e elevado custo de manutenção

do sistema viário, pelo processo continuo da erosão.

É necessário um trabalho de proteção das nascentes e das margens dos córregos e rios,

bem como de conservação dos solos pela redução da erosão e recomposição florestal de

áreas degradadas e enriquecimento de capoeiras em fase de regeneração. Na solução deste

problema é importante um trabalho de educação ambiental dirigido à população jovem e de

apoio aos proprietários rurais através da distribuição de mudas e realização de obras de

armazenamento d'água nas propriedades.

1.4 Organização social

As entidades representativas do meio rural são o Sindicato dos Trabalhadores Rurais com

4000 associados e a Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de Jaciguá com 60 associados.

Além destas, existem ainda a nível de comunidades rurais as Associações Comunitárias

entre as quais destacamos aquelas que mantemos maior relacionamento de trabalho.

Os trabalhos de Assistência Técnica e Extensão Rural serão realizados em parceria

prioritária com estas organizações, sendo que o INCAPER trabalha com forte articulação

com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

Tabela 3 – Associações de agricultores familiares existentes no município

Nº NOME DA ORGANIZAÇÃO LOCAL DA SEDE

Nº DE SÓCIOS

PRINCIPAIS ATIVIDADES COLETIVAS

DESENVOLVIDAS

1 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Ribeirão Concórdia

Ribeirão Concórdia

33 -Apoio a Eventos

2 Associação Comunitária de Vila Maria Vila Maria 28 -Cursos e Eventos

3 Associação Comunitária e Esportiva de Belém

Belém 37 -Reunião

4 Associação Comunitária e Esportiva de Castelinho

Castelinho 32 -Cursos, Reunião

5 Associação Comunitária e Esportiva de Córrego Alto

Córrego Alto

24 -Apoio a Eventos

6 Associação Comunitária e Esportiva de Paraíso

Paraíso 41 -UD- Banana, Café Conilon

7 Associação Comunitária e Esportiva de Piraí

Piraí 33 -Apoio a Eventos

8 Associação de Desenvolvimento Comunitário da Região de Guiomar

Guiomar 22 -Apoio a Eventos

9 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Capivara

Capivara 55 -Apoio a Eventos, Cursos, Reunião

10 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Jaciguá

Jaciguá 31 -Apoio a Eventos

11 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Jacutinga

Jacutinga 29 -Apoio a Eventos

Nº NOME DA ORGANIZAÇÃO LOCAL DA SEDE

Nº DE SÓCIOS

PRINCIPAIS ATIVIDADES COLETIVAS

DESENVOLVIDAS

12 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Pombal de Cima

Pombal de Cima

36 -Cursos, Reunião

13

Associação de Desenvolvimento Comunitário de Santo Antônio de Taquarussu

Santo Antônio de Taquaruss

u

40 -Reunião

14 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Vargem Alta

Vargem Alta-Sede

63 -Apoio a Eventos

15 Associação de Moradores da Comunidade de Jaciguá

Jaciguá 52 -Apoio a Eventos

16 Associação dos Moradores de Boa Esperança

Boa Esperança

35 -Cursos, reunião

17 Associação dos Moradores de Fruteiras Nova

Fruteiras Nova

48 -Apoio a Eventos

18 Associação dos Moradores de Estação de Soturno

Estação de Soturno

24 -Apoio a Eventos

19 Associação dos Produtores da Agroindústria Rural e dos Artesãos de Vargem Alta

Vargem Alta-Sede

25 -Apoio a Eventos, Cursos, Reunião

20 Associação Esportiva e Comunitária de Fruteiras

São José de

Fruteiras

47 -Apoio a Eventos

21 Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de Jaciguá

Jaciguá 60 -Reunião Comunitária

22 Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vargem Alta

Vargem Alta-Sede

3100 -Parceria Técnica

23 Associação Comunitária de Cananéia e Concórdia-AGRICON

Nova Concórdia

46 -Apoio a Eventos, Unidade Demonstrativa Café Conilon

24 Associação Cultural e Terapêutica para Um Mundo Melhor-AMME

Jaciguá 30 -Apoio a Eventos

Fonte: INCAPER/ELDR de Vargem Alta, 2010.

Tabela 4 – Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável - CMDRS

Nº ENTIDADE REPRESENTANTE

1 Secretaria Municipal de Agricultura de Vargem Alta.EFETIVO: Renato Afonso Zucolotto

SUPLENTE: Daniel Gomes de Moraes

2 Secretaria Municipal de Finanças de Vargem AltaEFETIVO: Henrique V. Martins da Silva

SUPLENTE:Thadeu dos Santos Orletti

3 Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vargem Alta

EFETIVO:Deusa Pazini Calvi Batista

SUPLENTE:Marcela Klemes

4 Secretaria Municipal de Assistência Social de Vargem Alta

EFETIVO: Ednéia Bittencourt

SUPLENTE:Rejane de Almeida

5 INCAPEREFETIVO: Marcelo Mello Lobato

SUPLENTE: Haroldo de Oliveira Gomes

6 Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vargem Alta.EFETIVO:Jailton José Pessin

SUPLENTE:Wilson José Lordi

7 Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de JaciguáEFETIVO: Lourenço Altoé

SUPLENTE: Roberto Romeu Altoé

8 Associação Comunitária do Piraí EFETIVO: André Cabral Dan

SUPLENTE: João Luiz Pessin

9 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Capivara

EFETIVO: Marcos Marchioro

SUPLENTE: João Fávero

10 Associação Comunitária de Limeira EFETIVO:Gilmar Valentim Marinato

SUPLENTE: Alcino Grolla FilhoFonte: INCAPER/ELDR Vargem Alta, 2010.

1.5 Aspectos Econômicos

O município de vargem Alta caracteriza-se por um equilíbrio nos diversos setores das

atividades econômicas.

Tabela 5 – Principais atividades econômicas

ATIVIDADES % NO PIB MUNICIPAL/2008

Agropecuária 28,35

Indústria 21,09

Comércio e Serviços 50,56Fonte: http://www.ijsn.es.gov.br/index.php?ption=com_content&view=category&layout=blog&id=281&Itemid=258

Vargem Alta apresenta uma grande diversidade nas atividades agrícolas, tendo na

cafeicultura a principal atividade econômica da maioria das propriedades rurais e outras

atividades cultivadas em menores áreas porém importantes na diversificação da renda

agrícola do município.

Tabela 6 – Principais atividades agrícolas ( Área, Produção, Produtividade e valor total das principais agropecuárias do município)

Produto Área Total (ha)

Área a ser Colhida

(ha)

Quantidade Produzida

(T)Rendimento

Médio (Kg/ha)Produção

Estimada (T)

Arroz 5 5 10 0 -

Banana 800 800 6720 8400 6720

Batata 7 7 84 12000 84

Batata-inglesa safra 1 5 5 60 12000 60

Café 15525 14583 11270 1533 22356

Cana 30 30 1200 40000 1200

Feijão safra 1 200 200 108 0 -

Feijão safra 2 400 400 240 0 -

Inhame 60 60 600 10000 600

Laranja 20 20 360 18000 360

Mandioca 50 40 500 12500 500

Milho safra 1 800 800 504 630 504

Repolho 30 30 1500 50000 1500

Tangerina 10 10 210 21000 210

Tomate 40 40 2380 0 -Fonte: IBGE/LSPA do Estado do Espirito Santo (Agosto/2010).

As atividades pecuárias apresentam menor diversificação e menor expressão econômica

quando comparadas com as atividades agrícolas, tendo a produção de leite apresentado

crescimento nos últimos anos e a suinocultura desenvolvida em sistema empresarial com

alto nível tecnológico.

Tabela 7 – Atividade pecuária

MUNICÍPIO TIPO DE REBANHO 2008 2009

Bovino 5370 7307

Suíno 10580 10590

Vargem Alta Caprino 120 115

Ovino 120 125

Galos, Frangas, Frangos, Pintos 7250 7270

Galinhas 2530 2550

Codornas - -

Variável: Valor da Produção (Mil reais)

MUNICÍPIO TIPO DE PRODUTO 2008 2009

Leite 981 1242

Vargem Alta Ovos de Galinha 18 19

Ovos de Codorna - -

Mel de Abelha 10 11Fonte: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/ppm/default.asp e http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pecua/default.asp?

t=1&z=t&o=23&u1=1&u2=1&u3=1&u4=1&u5=1&u6=1&u7=1, em 2011.

As atividades de aquicultura apresentam pouca expressão econômica, contudo, os

agricultores tem se interessado pela atividade, e a prefeitura municipal incentiva a produção

com a construção de pequenos “tanques” de criação. A tilápia é o principal peixe criado

nesses tanques.

Tabela 8 – Aquicultura e Pesca

TILÁPIA ( X ) Área utilizada em ha 3

OUTROS PEIXES ( ) Produção em Tonelada 36

QUAIS? Produtor Nº 6

ALEVINOS

TILÁPIA ( ) Área utilizada em ha

OUTROS PEIXES ( ) Produção em Tonelada

QUAIS? Produtor NºFonte: INCAPER/ELDR de Vargem Alta, 2010.

Tabela 9 – Principais Atividades rurais não agrícolas

Nº ATIVIDADES NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS

1 Agroindústria 14

2 Artesanato 1

3 Agroturismo 0Fonte: INCAPER/ELDR de Vargem Alta, 2010.

1.6 Aspectos turísticos

As belezas naturais, o clima agradável e a boa infraestrutura do município, possibilitam um

grande potencial de crescimento das diversas formas de atividades turísticas. Estão sendo

desenvolvidas várias ações para incremento desta atividade, como restauração e sinalização

da rodovia ES-164 que é a principal rodovia municipal, e o recente asfaltamento da rodovia

ES - 375 (Vargem Alta – Iconha), que possibilita uma nova ligação entre o mar e a

montanha, que com certeza será muito utilizada principalmente por turistas provenientes de

Minas Gerais.

O desenvolvimento da atividade conhecida como agroturismo, modelo criado no Espírito

Santo e a agroindústria artesanal rural são ainda incipientes no município, com grande

potencial de crescimento, principalmente às margens da rodovia ES-164. Observa-se

aumento no interesse pelos produtores, principalmente das mulheres rurais, com objetivo de

agregar valor aos produtos produzidos nas propriedades rurais.

Há interesse em investimento neste setor, e vem sendo desenvolvido um plano de apoio que

contemple a capacitação das famílias rurais, linhas de financiamento, divulgação, obras de

infraestrutura e etc..

Para atendimento em curto prazo das famílias que já estão realizando algum tipo de trabalho

como artesanato, indústria caseira de alimentos etc., foi instalada uma loja do agroturismo,

na sede do município, num local de grande fluxo de pessoas (estação rodoviária), espaço

este que está possibilitando de forma organizada a comercialização dos seus produtos.

O município vem fazendo investimentos como, a construção e restauração de praças

municipais, divulgação e apoio a eventos como esporte de aventuras, caminhadas

ecológicas, circuito de inverno, festas comunitárias, etc.

2. METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO E DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO

2.1 Metodologia de elaboração do Proater

A metodologia utilizada para a realização deste programa está baseada nos princípios de

uma práxis extensionista dialógica, participativa e emancipadora. Desta forma, agricultores

participaram ativamente de todos os processos, discutindo e refletindo sobre sua realidade

de vida, os anseios e as possibilidades de mudança.

A adoção de metodologias participativas de Ater para a condução dos trabalhos deste

programa buscam, além de um diagnóstico que realmente reflita a realidade vivida pelas

famílias, aprimorar a construção da cidadania e a democratização da gestão da política

pública.

A prática utilizada nos diversos encontros com os agricultores familiares estão baseadas em

técnicas e métodos de Diagnóstico Rural Participativo – DRP, nos quais o diálogo e o

respeito são pontos fundamentais para o entendimento coletivo de determinadas

percepções.

A tabela 10 indica o cronograma de encontros realizados no município.

Tabela 10 – Cronograma de encontros para elaboração do Proater

Nº COMUNIDADE/LOCAL PÚBLICO DATA Nº PARTICIPANTES

1 SEDE Agricultores Familiares 21/10/10 15

2 SEDE Agricultores Familiares 26/10/10 12

3 SEDE Agricultores Familiares 26/10/10 6Fonte: INCAPER/ELDR Vargem Alta, 2010.

Fotos das oficinas de diagnóstico e planejamento

2.2 Diagnóstico municipal de problemas e potencialidades

O diagnóstico apresentado abaixo foi definido de forma participativa, conforme identificamos

na metodologia de elaboração.

Os problemas e potencialidades diagnosticados estão organizados em três eixos: Meio

ambiente; Econômico/produtivo e Social (este contempla aspectos sociais, culturais e

políticos).

Destacamos que estão apresentados todos os problemas e potencialidades do município.

Desta forma, este diagnóstico possibilita pensar ações em outras áreas e para além da

Assistência Técnica e Extensão Rural.

Meio Ambiente

• Problemas

-Uso indiscriminado de Agrotóxicos nas lavouras. -Poluição dos córregos e rios com dejetos residenciais e industriais. -Plantio em áreas de proteção ambiental permanente. -Problemas de saúde do produtor relacionados ao uso de agrotóxicos. -Assoreamento dos córregos e rios.

• Potencialidades

- Existência do Conselho Municipal de Meio Ambiente e outros Conselhos Municipais. - Existência do Programa de Piscicultura. - Revitalização do plantio de plantas medicinais no horto Municipal. - Valorização do Patrimônio Cultura. - Ordenamento Urbano e Rural.

Econômico/Produtivo

• Problemas

- Lavouras Velhas e Depauperadas.- Elevação dos Custos de Produção e Endividamento.- Uso indevido do Crédito Rural.- Alto custo dos insumos agrícolas.- Baixo preço do das mercadorias.

• Potencialidades

- Fruticultura- Programa Renovar Arábica e Melhoria da Qualidade do Café Conilon.- Diversificação dos arranjos produtivos.- Assistência Técnica à produção.- Agregação de valor aos produtos e serviços.- Comercialização, promoção e vendas.

Social

• Problemas

- Êxodo Rural- Falta de mão de obra especializada.- Associações rurais pouco atuantes.- Baixa escolaridade dos agricultores.

• Potencialidades

- Apoios e Parcerias com Sindicato e Prefeitura.- Desenvolvimento do Turismo e Agro-indústria da região- Belezas naturais e Biodiversidade do município- Apoio Oportunidades e empregos.

3. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE ATER DO ELDR

As ações planejadas pelo ELDR foram formatadas com a efetiva participação dos

agricultores, suas instituições de representação, técnicos e gestores públicos. Estes sujeitos

participaram não só do diagnóstico como do planejamento em si, apontando as prioridades e

as ações que identificaram como fundamentais.

Além da prospecção das demandas levantadas com os agricultores, o Proater também está

alicerçado nos programas do Governo do Estado, coordenados pelo Incaper e pela

Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca.

A tabela a seguir é um quadro resumo das principais ações/atividades a serem desenvolvi-

das pelo ELDR no ano de 2011.

PROGRAMAÇÃO ANUAL DAS ATIVIDADES DE ATER – 2011Vargem Alta

Público Assistido Crédito Rural Nº

Agricultores Familiares 800 Projeto Elaborado 50

Assentados Projeto Contratado 50

Quilombolas Mercado e Comercialização Nº

Indígenas Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) 1

Pescadores Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) -

Outros Agricultores 30 Inclusão/Apoio a feiras -

Outros Públicos Inclusão/Apoio outros mercados 1

Somatório 830 Organização e gestão da comercialização -

TABELA – Resumo da programação por atividadeINDICADORES

ATIVIDADES

Cont

ato

Visit

a

Reun

ião

Enco

ntro

Curs

o

Dia

de C

ampo

Dia

Espe

cial

Excu

rsão

Sem

inário

Ofici

na

Outro

s

Café Arábica 350 60 100 5 5 1 4 0 0 2 0 3 0 0 0 0 30 0 1

Café Conilon 100 60 80 5 15 1 2 0 0 1 0 3 0 0 0 0 20 0 1

Fruticultura 120 45 60 1 - - - - 1 1 - 2 1 - - - - - -

Olericultura 50 30 20 - - - - - - - - - - - - - - - -

Culturas Alimentares - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Pecuária 5 - 10 1 - - - - - - - - - - - - - - -

Pesca e Aquicultura 35 10 35 2 - - 2 - - - - 2 - - - - - - -

Silvicultura 95 2 30 1 - - - - - 1 - 1 - - - - - - -

Floricultura 8 2 10 - - - - - - - - - - - - - - - -

Recursos Hídricos e Meio Ambiente 200 - 50 10 - - - - - - - - - - - - - - -

Atividades Rurais Não Agrícolas 50 - 50 10 - - 10 - - - - 2 - - - - - - -

Agroecologia - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Organização Social 5 109 22 - - 1 - 1 - - - 1 - - - - 2 -

Somatório 1013 214 554 57 20 2 19 0 2 5 0 13 2 0 0 0 50 2 2

Incaper – Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural

Nº Pessoas Assistidas

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRAGA, G. M. Difusão de Inovações Tecnológicas. Viçosa-MG: DER/UFV, 2001.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IJSN – Instituto Jones dos Santos Neves.

INCAPER – www.incaper.es.gov.brINCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

PMDRS. Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável: agosto de 2001.

Vargem Alta, 2001.

PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. www.pnud.org.br

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