programa de assistÊncia tÉcnica e extensÃo rural · o clima do município é variável de acordo...
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PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL PROATER 2011 - 2013
VARGEM ALTA
w ww.nacaoturismo.com.br/UF/ES/Default_es.aspx
PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE AÇÕES - (2011)
Equipe Responsável pela elaboraçãoDiacui Guarnier
Haroldo Oliveira Gomes
Marcelo Mello Lobato
Octacílio Geraldo do Carmo Filho
Contribuições na elaboração do diagnóstico e planejamentoAssociações Comunitárias Rurais
Banco do Brasil S.A
Banestes S.A
Câmara Municipal de Vereadores
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural
Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de Jaciguá
IDAF
Prefeitura Municipal
SEBRAE
Selita
SENAR
SICOOB
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vargem Alta
Equipe de apoio na elaboraçãoDirceu Godinho (MDR Centro Sul)
Gilson Tófano (CRDR Centro Sul)
Célia Jaqueline Sanz Rodriguez (Área de Operações Ater)
Gardênia Marsalha de Araújo (Área de Operações Ater)
Sabrina Souza de Paula (Área de Operações Ater)
Thyerri Santos Silva(CPD)
APRESENTAÇÃO
O Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural – Proater é um instrumento norteador
das ações de Assistência Técnica e Extensão Rural - Ater que serão desenvolvidas junto aos
agricultores familiares. A programação está respaldada em diagnósticos e planejamento
participativos, com a qual agricultores, lideranças, gestores públicos e técnicos contribuíram
ativamente na sua concepção.
Mais do que um instrumento de gestão, o Proater tem como grande desafio contribuir com o
desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. As ações de assistência técnica e
extensão rural ora planejadas são vistas como um processo educativo não formal,
emancipatório e contínuo. Assim, a melhoria da qualidade de vida das famílias rurais é o
grande mote e direcionamento dos esforços dos agentes de Ater envolvidos no processo.
Este documento está dividido em duas partes: a primeira, o diagnóstico, apresenta
informações acerca da realidade do município (aspectos demográficos, naturais/ambientais,
sociais e econômicos), os principais desafios e as potencialidades. A segunda, o
planejamento, encerra a programação de ações para o ano de 2011.
1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
1.1 Localização do Município
O município de Vargem Alta possui uma área de 414,72 km², equivalente a 0,91% do
território estadual. Está localizado na região sul do estado, distante em 136 km da capital
Vitória e 30 km de Cachoeiro de Itapemirim, polo regional do sul do estado. Limita-se ao
norte com o município de Domingos Martins, ao sul com Cachoeiro de Itapemirim, a leste
com Rio Novo do Sul e Alfredo Chaves e a oeste com Cachoeiro de Itapemirim e Castelo.
A sede municipal encontra-se a 620 m de altitude e tem sua posição geográfica
determinadas pelo paralelo 20º 40' 15,60'' de latitude sul em sua interseção com o meridiano
de 41º 00' 25,20'' de longitude oeste.
1.2 Aspectos históricos, populacional e fundiários
1.2.1 - Histórico da colonização, etnia, costumes e tradições
Na segunda metade do século XIX , o Príncipe Regente D. Pedro II doava terras virgens
onde é hoje o distrito de Jaciguá. Os índios puris foram os primeiros habitantes da região,
desde cerca de 5 a 6 mil anos, com a chegada dos portugueses, passaram a servir de mão
de obra para estes conquistadores. Mas a colonização deu-se realmente com a chegada dos
italianos, no final do século XIX, que encontraram as fazendas abandonadas e invadidas
pela mata. Foram eles que abriram a estrada que seria o embrião da Rodovia ES-164.
O distrito de Vargem Alta foi criado em 26 de Dezembro de 1922. É o território abrangido por
esses dois distritos que vai ser desmembrado de Cachoeiro de Itapemirim, em 6 de maio de
1988, pela Lei nº 4.063, para dar origem ao município de Vargem Alta. A instalação do
município ocorreu em 1º de janeiro de 1989.
A população de Vargem Alta caracteriza-se pela maioria residir no meio rural e a população
urbana não estar concentrada na sede do município, e sim distribuída nas comunidades
urbanas, Vargem Alta (sede), Jaciguá, São José de Fruteiras, Castelinho, Vila Maria e
Prosperidade.
1.2.2 - Distritos e principais comunidades
O Município compõe-se por 05 distritos e 55 comunidades que são: Alto Castelinho 80,0 km²
com 04 comunidades, São José de Fruteiras 71,0 km² com 10 comunidades, Sede 100,0 km²
com 13 comunidades, Prosperidade 35,0 km² com 08 comunidades e Jaciguá 130,0 km² com
20 comunidades.
Figura 1 – Mapa do município/distritos
1.2.3 – Aspectos populacionais
Em pesquisa realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento,
divulgada no Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, Vargem Alta ocupa, em relação
ao Espírito Santo, o 39º lugar (0,73), no ranking do I.D.H. - Índice de Desenvolvimento
Humano (PNUD/2000). Os índices avaliados foram: longevidade, mortalidade, educação,
renda e sua distribuição.
Tabela 1 – Aspectos demográficos
SITUAÇÃO DO DOMÍCILIO/ SEXO 2010
Urbana 6722Homens 3391
Mulheres 3331
Rural 12408Homens 6436
Mulheres 5972Http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=608&z=cd&o=3&i=p, em 12 de maio de 2001.
1.2.4 – Aspectos fundiários
Os aspectos fundiários de um município refletem, a grosso modo, a forma como a terra está
sendo distribuída entre as pessoas e os grupos. Existem muitas formas de observar e
conceituar a partir desses números. Optamos por utilizar dados do Incra (Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária) onde a quantidade de módulos fiscais define a
propriedade em minifúndio, pequena (entre 1 a 4 módulos fiscais), média (acima de 4 até 15
módulos fiscais) e grande propriedade (superior a 15 módulos fiscais). Os módulos fiscais
variam de município para município, levando em consideração, principalmente, o tipo de
exploração predominante no município, a renda obtida com a exploração predominante e o
conceito de propriedade familiar (entre outros aspectos, para ser considerada familiar, a
propriedade não pode ter mais que 4 módulos fiscais)1.
1 Legislação: Lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 e Instrução Normativa Nº 11, de 04 de abril de 2003).
Em Vargem Alta o módulo fiscal equivale a 16 hectares.
A estrutura fundiária de Vargem Alta retrata o predomínio das pequenas propriedades, de
base familiar, onde os trabalhos produtivos são feitos pela própria família ou no regime de
parcerias agrícolas. No município não existem assentamentos rurais e a estrutura fundiária
encontra-se assim distribuída:
Tabela 2 – Aspectos da Estratificação Fundiária
MUNICÍPIO MINIFÚNDIO PEQUENA MÉDIA GRANDE TOTAL
Vargem Alta 990 711 96 5 1.802Fonte: INCRA, dados de janeiro de 2011.
1.3 Aspectos Edafoclimáticos e ambientais1.3.1 Caracterização edafoclimática
O relevo do município é predominantemente montanhoso, com 80% de sua superfície com
declividade superior a 30%. Possui ainda uma variação muito grande da altitude dos seus
terrenos, variando de 100 m ao sul na região do Frade a 1890 m na serra do Redentor divisa
com Alfredo Chaves. Mais de 60% de suas áreas estão localizadas entre 600 a 900m de
altitude.
Os solos predominantes (85%) são os classificados como latossolo vermelho amarelo
distrófico, de fertilidade média a baixa, bem desenvolvidos, profundos, boa drenagem, com
acidez pronunciada, possuindo ainda solos classificados como terra roxa estruturada (10%),
fertilidade média a alta e acidez média. O restante (5%) é constituído por solos aluviais,
areias quartzosas e solos litólicos com afloramento de rochas.
O clima do município é variável de acordo com as diferenças de altitudes, principalmente no
relacionado à temperatura, assim na região baixa, de altitude variando de 100 a 450m, o
clima é caracterizado como quente, com a média das máximas temperaturas dos meses
mais quentes de 30,7ºC a 34ºC, e a temperatura média das mínimas nos meses mais frios
de 11,8ºC a 18ºC, na região média de 450 a 850m, o clima é ameno, com a média das
máximas temperaturas nos meses mais quentes de 27,8ºC a 30,7ºmédia das mínimas nos
meses mais frios de 9,4ºC a 11,8ºC.
Na região alta de 850 a 1200m o clima é frio, com a média das máximas temperaturas dos
meses mais quentes de 25,3ºC a 27,8ºC e a média das mínimas dos meses mais frios de
7,3ºC a 9,4ºC, com algumas áreas sujeitas a geadas (até 3 meses a cada 4 anos). Quanto à
caracterização hídrica, as variações são de menor intensidade, sendo o clima caracterizado
como úmido durante 10 meses do ano e parcialmente seco nos meses de agosto e
setembro.
Figura 2 – Zonas naturais do município de Vargem Alta
Algumas características das zonas naturais1 do município de Vargem Alta
1 Fonte: Mapa de Unidades Naturais(EMCAPA/NEPUT, 1999);2 Cada 2 meses parcialmente secos são contados como um mês seco;3 U – chuvoso; S – seco; P- parcialmente seco.
Temperatura Relevo Água
Meses secos, chuvosos/secos e secos3ZONASMédia min.Mês maisfrio (oC)
média máx.mês mais
quente (oC)
Declividade No mesessecos2
J F M A M J J A S O N D
Zona 1: Terras Frias, Acidentadas e Chuvosas 7,3 – 9,4 25,3 - 27,8 > 8% 1,0 U U U U U U U P P U U U
3,0 U U U U P P P S P U U U
Zona 2: Terras de Temperaturas Amenas,Acidentadas e Chuvosas
9,4 - 11,8 27,8 - 30,7 > 8% 1,0 U U U U U U U P P U U U
Zona 4: Terras Quentes, Acidentadas eChuvosas
11,8 - 18,0 30,7 - 34,0 > 8% 2,5 U P U U U P P P P U U U
Zona 5: Terras Quentes, Acidentadas eTransição Chuvosa/Seca
11,8 - 18,0 30,7 - 34,0 > 8% 4,5 U U U U P S S S S U U U
1.3.2 Aspectos Ambientais
A vegetação predominante é originária da mata atlântica, cobrindo aproximadamente 20% do
município, com maior concentração nas áreas de maior altitude, com características de mata
secundária e em regeneração, com poucas áreas de matas primitivas. Com relação a
florestas cultivadas predominam as espécies de eucaliptos e pinus ocupando uma área
aproximada de 1500 há.
As bacias hidrográficas que drenam o município são as do Rio Novo com área de 233 km², e
do Rio Itapemirim com 184 km², através do Rio Fruteiras. O município é caracterizado por
ser um produtor de água, pois nele encontram-se as fontes de formação do Rio Fruteiras e
do Rio Novo. Há relativa abundância de água disponível para todas as atividades
desenvolvidas no município.
A preservação ambiental é fator essencial para a sustentabilidade da agricultura familiar. A
topografia acentuada dos terrenos, aliada ao desmatamento irracional realizado no passado,
ao plantio sem a observância da capacidade de uso dos solos, a construção sem
planejamento das estradas e carreadores, vem acarretando um empobrecimento dos solos,
instabilidade nas vazões das "nascentes" e cursos d'água e elevado custo de manutenção
do sistema viário, pelo processo continuo da erosão.
É necessário um trabalho de proteção das nascentes e das margens dos córregos e rios,
bem como de conservação dos solos pela redução da erosão e recomposição florestal de
áreas degradadas e enriquecimento de capoeiras em fase de regeneração. Na solução deste
problema é importante um trabalho de educação ambiental dirigido à população jovem e de
apoio aos proprietários rurais através da distribuição de mudas e realização de obras de
armazenamento d'água nas propriedades.
1.4 Organização social
As entidades representativas do meio rural são o Sindicato dos Trabalhadores Rurais com
4000 associados e a Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de Jaciguá com 60 associados.
Além destas, existem ainda a nível de comunidades rurais as Associações Comunitárias
entre as quais destacamos aquelas que mantemos maior relacionamento de trabalho.
Os trabalhos de Assistência Técnica e Extensão Rural serão realizados em parceria
prioritária com estas organizações, sendo que o INCAPER trabalha com forte articulação
com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
Tabela 3 – Associações de agricultores familiares existentes no município
Nº NOME DA ORGANIZAÇÃO LOCAL DA SEDE
Nº DE SÓCIOS
PRINCIPAIS ATIVIDADES COLETIVAS
DESENVOLVIDAS
1 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Ribeirão Concórdia
Ribeirão Concórdia
33 -Apoio a Eventos
2 Associação Comunitária de Vila Maria Vila Maria 28 -Cursos e Eventos
3 Associação Comunitária e Esportiva de Belém
Belém 37 -Reunião
4 Associação Comunitária e Esportiva de Castelinho
Castelinho 32 -Cursos, Reunião
5 Associação Comunitária e Esportiva de Córrego Alto
Córrego Alto
24 -Apoio a Eventos
6 Associação Comunitária e Esportiva de Paraíso
Paraíso 41 -UD- Banana, Café Conilon
7 Associação Comunitária e Esportiva de Piraí
Piraí 33 -Apoio a Eventos
8 Associação de Desenvolvimento Comunitário da Região de Guiomar
Guiomar 22 -Apoio a Eventos
9 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Capivara
Capivara 55 -Apoio a Eventos, Cursos, Reunião
10 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Jaciguá
Jaciguá 31 -Apoio a Eventos
11 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Jacutinga
Jacutinga 29 -Apoio a Eventos
Nº NOME DA ORGANIZAÇÃO LOCAL DA SEDE
Nº DE SÓCIOS
PRINCIPAIS ATIVIDADES COLETIVAS
DESENVOLVIDAS
12 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Pombal de Cima
Pombal de Cima
36 -Cursos, Reunião
13
Associação de Desenvolvimento Comunitário de Santo Antônio de Taquarussu
Santo Antônio de Taquaruss
u
40 -Reunião
14 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Vargem Alta
Vargem Alta-Sede
63 -Apoio a Eventos
15 Associação de Moradores da Comunidade de Jaciguá
Jaciguá 52 -Apoio a Eventos
16 Associação dos Moradores de Boa Esperança
Boa Esperança
35 -Cursos, reunião
17 Associação dos Moradores de Fruteiras Nova
Fruteiras Nova
48 -Apoio a Eventos
18 Associação dos Moradores de Estação de Soturno
Estação de Soturno
24 -Apoio a Eventos
19 Associação dos Produtores da Agroindústria Rural e dos Artesãos de Vargem Alta
Vargem Alta-Sede
25 -Apoio a Eventos, Cursos, Reunião
20 Associação Esportiva e Comunitária de Fruteiras
São José de
Fruteiras
47 -Apoio a Eventos
21 Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de Jaciguá
Jaciguá 60 -Reunião Comunitária
22 Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vargem Alta
Vargem Alta-Sede
3100 -Parceria Técnica
23 Associação Comunitária de Cananéia e Concórdia-AGRICON
Nova Concórdia
46 -Apoio a Eventos, Unidade Demonstrativa Café Conilon
24 Associação Cultural e Terapêutica para Um Mundo Melhor-AMME
Jaciguá 30 -Apoio a Eventos
Fonte: INCAPER/ELDR de Vargem Alta, 2010.
Tabela 4 – Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável - CMDRS
Nº ENTIDADE REPRESENTANTE
1 Secretaria Municipal de Agricultura de Vargem Alta.EFETIVO: Renato Afonso Zucolotto
SUPLENTE: Daniel Gomes de Moraes
2 Secretaria Municipal de Finanças de Vargem AltaEFETIVO: Henrique V. Martins da Silva
SUPLENTE:Thadeu dos Santos Orletti
3 Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vargem Alta
EFETIVO:Deusa Pazini Calvi Batista
SUPLENTE:Marcela Klemes
4 Secretaria Municipal de Assistência Social de Vargem Alta
EFETIVO: Ednéia Bittencourt
SUPLENTE:Rejane de Almeida
5 INCAPEREFETIVO: Marcelo Mello Lobato
SUPLENTE: Haroldo de Oliveira Gomes
6 Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vargem Alta.EFETIVO:Jailton José Pessin
SUPLENTE:Wilson José Lordi
7 Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de JaciguáEFETIVO: Lourenço Altoé
SUPLENTE: Roberto Romeu Altoé
8 Associação Comunitária do Piraí EFETIVO: André Cabral Dan
SUPLENTE: João Luiz Pessin
9 Associação de Desenvolvimento Comunitário de Capivara
EFETIVO: Marcos Marchioro
SUPLENTE: João Fávero
10 Associação Comunitária de Limeira EFETIVO:Gilmar Valentim Marinato
SUPLENTE: Alcino Grolla FilhoFonte: INCAPER/ELDR Vargem Alta, 2010.
1.5 Aspectos Econômicos
O município de vargem Alta caracteriza-se por um equilíbrio nos diversos setores das
atividades econômicas.
Tabela 5 – Principais atividades econômicas
ATIVIDADES % NO PIB MUNICIPAL/2008
Agropecuária 28,35
Indústria 21,09
Comércio e Serviços 50,56Fonte: http://www.ijsn.es.gov.br/index.php?ption=com_content&view=category&layout=blog&id=281&Itemid=258
Vargem Alta apresenta uma grande diversidade nas atividades agrícolas, tendo na
cafeicultura a principal atividade econômica da maioria das propriedades rurais e outras
atividades cultivadas em menores áreas porém importantes na diversificação da renda
agrícola do município.
Tabela 6 – Principais atividades agrícolas ( Área, Produção, Produtividade e valor total das principais agropecuárias do município)
Produto Área Total (ha)
Área a ser Colhida
(ha)
Quantidade Produzida
(T)Rendimento
Médio (Kg/ha)Produção
Estimada (T)
Arroz 5 5 10 0 -
Banana 800 800 6720 8400 6720
Batata 7 7 84 12000 84
Batata-inglesa safra 1 5 5 60 12000 60
Café 15525 14583 11270 1533 22356
Cana 30 30 1200 40000 1200
Feijão safra 1 200 200 108 0 -
Feijão safra 2 400 400 240 0 -
Inhame 60 60 600 10000 600
Laranja 20 20 360 18000 360
Mandioca 50 40 500 12500 500
Milho safra 1 800 800 504 630 504
Repolho 30 30 1500 50000 1500
Tangerina 10 10 210 21000 210
Tomate 40 40 2380 0 -Fonte: IBGE/LSPA do Estado do Espirito Santo (Agosto/2010).
As atividades pecuárias apresentam menor diversificação e menor expressão econômica
quando comparadas com as atividades agrícolas, tendo a produção de leite apresentado
crescimento nos últimos anos e a suinocultura desenvolvida em sistema empresarial com
alto nível tecnológico.
Tabela 7 – Atividade pecuária
MUNICÍPIO TIPO DE REBANHO 2008 2009
Bovino 5370 7307
Suíno 10580 10590
Vargem Alta Caprino 120 115
Ovino 120 125
Galos, Frangas, Frangos, Pintos 7250 7270
Galinhas 2530 2550
Codornas - -
Variável: Valor da Produção (Mil reais)
MUNICÍPIO TIPO DE PRODUTO 2008 2009
Leite 981 1242
Vargem Alta Ovos de Galinha 18 19
Ovos de Codorna - -
Mel de Abelha 10 11Fonte: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/ppm/default.asp e http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pecua/default.asp?
t=1&z=t&o=23&u1=1&u2=1&u3=1&u4=1&u5=1&u6=1&u7=1, em 2011.
As atividades de aquicultura apresentam pouca expressão econômica, contudo, os
agricultores tem se interessado pela atividade, e a prefeitura municipal incentiva a produção
com a construção de pequenos “tanques” de criação. A tilápia é o principal peixe criado
nesses tanques.
Tabela 8 – Aquicultura e Pesca
TILÁPIA ( X ) Área utilizada em ha 3
OUTROS PEIXES ( ) Produção em Tonelada 36
QUAIS? Produtor Nº 6
ALEVINOS
TILÁPIA ( ) Área utilizada em ha
OUTROS PEIXES ( ) Produção em Tonelada
QUAIS? Produtor NºFonte: INCAPER/ELDR de Vargem Alta, 2010.
Tabela 9 – Principais Atividades rurais não agrícolas
Nº ATIVIDADES NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS
1 Agroindústria 14
2 Artesanato 1
3 Agroturismo 0Fonte: INCAPER/ELDR de Vargem Alta, 2010.
1.6 Aspectos turísticos
As belezas naturais, o clima agradável e a boa infraestrutura do município, possibilitam um
grande potencial de crescimento das diversas formas de atividades turísticas. Estão sendo
desenvolvidas várias ações para incremento desta atividade, como restauração e sinalização
da rodovia ES-164 que é a principal rodovia municipal, e o recente asfaltamento da rodovia
ES - 375 (Vargem Alta – Iconha), que possibilita uma nova ligação entre o mar e a
montanha, que com certeza será muito utilizada principalmente por turistas provenientes de
Minas Gerais.
O desenvolvimento da atividade conhecida como agroturismo, modelo criado no Espírito
Santo e a agroindústria artesanal rural são ainda incipientes no município, com grande
potencial de crescimento, principalmente às margens da rodovia ES-164. Observa-se
aumento no interesse pelos produtores, principalmente das mulheres rurais, com objetivo de
agregar valor aos produtos produzidos nas propriedades rurais.
Há interesse em investimento neste setor, e vem sendo desenvolvido um plano de apoio que
contemple a capacitação das famílias rurais, linhas de financiamento, divulgação, obras de
infraestrutura e etc..
Para atendimento em curto prazo das famílias que já estão realizando algum tipo de trabalho
como artesanato, indústria caseira de alimentos etc., foi instalada uma loja do agroturismo,
na sede do município, num local de grande fluxo de pessoas (estação rodoviária), espaço
este que está possibilitando de forma organizada a comercialização dos seus produtos.
O município vem fazendo investimentos como, a construção e restauração de praças
municipais, divulgação e apoio a eventos como esporte de aventuras, caminhadas
ecológicas, circuito de inverno, festas comunitárias, etc.
2. METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO E DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO
2.1 Metodologia de elaboração do Proater
A metodologia utilizada para a realização deste programa está baseada nos princípios de
uma práxis extensionista dialógica, participativa e emancipadora. Desta forma, agricultores
participaram ativamente de todos os processos, discutindo e refletindo sobre sua realidade
de vida, os anseios e as possibilidades de mudança.
A adoção de metodologias participativas de Ater para a condução dos trabalhos deste
programa buscam, além de um diagnóstico que realmente reflita a realidade vivida pelas
famílias, aprimorar a construção da cidadania e a democratização da gestão da política
pública.
A prática utilizada nos diversos encontros com os agricultores familiares estão baseadas em
técnicas e métodos de Diagnóstico Rural Participativo – DRP, nos quais o diálogo e o
respeito são pontos fundamentais para o entendimento coletivo de determinadas
percepções.
A tabela 10 indica o cronograma de encontros realizados no município.
Tabela 10 – Cronograma de encontros para elaboração do Proater
Nº COMUNIDADE/LOCAL PÚBLICO DATA Nº PARTICIPANTES
1 SEDE Agricultores Familiares 21/10/10 15
2 SEDE Agricultores Familiares 26/10/10 12
3 SEDE Agricultores Familiares 26/10/10 6Fonte: INCAPER/ELDR Vargem Alta, 2010.
Fotos das oficinas de diagnóstico e planejamento
2.2 Diagnóstico municipal de problemas e potencialidades
O diagnóstico apresentado abaixo foi definido de forma participativa, conforme identificamos
na metodologia de elaboração.
Os problemas e potencialidades diagnosticados estão organizados em três eixos: Meio
ambiente; Econômico/produtivo e Social (este contempla aspectos sociais, culturais e
políticos).
Destacamos que estão apresentados todos os problemas e potencialidades do município.
Desta forma, este diagnóstico possibilita pensar ações em outras áreas e para além da
Assistência Técnica e Extensão Rural.
Meio Ambiente
• Problemas
-Uso indiscriminado de Agrotóxicos nas lavouras. -Poluição dos córregos e rios com dejetos residenciais e industriais. -Plantio em áreas de proteção ambiental permanente. -Problemas de saúde do produtor relacionados ao uso de agrotóxicos. -Assoreamento dos córregos e rios.
• Potencialidades
- Existência do Conselho Municipal de Meio Ambiente e outros Conselhos Municipais. - Existência do Programa de Piscicultura. - Revitalização do plantio de plantas medicinais no horto Municipal. - Valorização do Patrimônio Cultura. - Ordenamento Urbano e Rural.
Econômico/Produtivo
• Problemas
- Lavouras Velhas e Depauperadas.- Elevação dos Custos de Produção e Endividamento.- Uso indevido do Crédito Rural.- Alto custo dos insumos agrícolas.- Baixo preço do das mercadorias.
• Potencialidades
- Fruticultura- Programa Renovar Arábica e Melhoria da Qualidade do Café Conilon.- Diversificação dos arranjos produtivos.- Assistência Técnica à produção.- Agregação de valor aos produtos e serviços.- Comercialização, promoção e vendas.
Social
• Problemas
- Êxodo Rural- Falta de mão de obra especializada.- Associações rurais pouco atuantes.- Baixa escolaridade dos agricultores.
• Potencialidades
- Apoios e Parcerias com Sindicato e Prefeitura.- Desenvolvimento do Turismo e Agro-indústria da região- Belezas naturais e Biodiversidade do município- Apoio Oportunidades e empregos.
3. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE ATER DO ELDR
As ações planejadas pelo ELDR foram formatadas com a efetiva participação dos
agricultores, suas instituições de representação, técnicos e gestores públicos. Estes sujeitos
participaram não só do diagnóstico como do planejamento em si, apontando as prioridades e
as ações que identificaram como fundamentais.
Além da prospecção das demandas levantadas com os agricultores, o Proater também está
alicerçado nos programas do Governo do Estado, coordenados pelo Incaper e pela
Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca.
A tabela a seguir é um quadro resumo das principais ações/atividades a serem desenvolvi-
das pelo ELDR no ano de 2011.
PROGRAMAÇÃO ANUAL DAS ATIVIDADES DE ATER – 2011Vargem Alta
Público Assistido Crédito Rural Nº
Agricultores Familiares 800 Projeto Elaborado 50
Assentados Projeto Contratado 50
Quilombolas Mercado e Comercialização Nº
Indígenas Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) 1
Pescadores Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) -
Outros Agricultores 30 Inclusão/Apoio a feiras -
Outros Públicos Inclusão/Apoio outros mercados 1
Somatório 830 Organização e gestão da comercialização -
TABELA – Resumo da programação por atividadeINDICADORES
ATIVIDADES
Cont
ato
Visit
a
Reun
ião
Enco
ntro
Curs
o
Dia
de C
ampo
Dia
Espe
cial
Excu
rsão
Sem
inário
Ofici
na
Outro
s
Café Arábica 350 60 100 5 5 1 4 0 0 2 0 3 0 0 0 0 30 0 1
Café Conilon 100 60 80 5 15 1 2 0 0 1 0 3 0 0 0 0 20 0 1
Fruticultura 120 45 60 1 - - - - 1 1 - 2 1 - - - - - -
Olericultura 50 30 20 - - - - - - - - - - - - - - - -
Culturas Alimentares - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Pecuária 5 - 10 1 - - - - - - - - - - - - - - -
Pesca e Aquicultura 35 10 35 2 - - 2 - - - - 2 - - - - - - -
Silvicultura 95 2 30 1 - - - - - 1 - 1 - - - - - - -
Floricultura 8 2 10 - - - - - - - - - - - - - - - -
Recursos Hídricos e Meio Ambiente 200 - 50 10 - - - - - - - - - - - - - - -
Atividades Rurais Não Agrícolas 50 - 50 10 - - 10 - - - - 2 - - - - - - -
Agroecologia - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Organização Social 5 109 22 - - 1 - 1 - - - 1 - - - - 2 -
Somatório 1013 214 554 57 20 2 19 0 2 5 0 13 2 0 0 0 50 2 2
Incaper – Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural
Nº Pessoas Assistidas
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRAGA, G. M. Difusão de Inovações Tecnológicas. Viçosa-MG: DER/UFV, 2001.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IJSN – Instituto Jones dos Santos Neves.
INCAPER – www.incaper.es.gov.brINCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
PMDRS. Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável: agosto de 2001.
Vargem Alta, 2001.
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. www.pnud.org.br
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