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Profissão/ Psicologia

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Page 2: Profissãopsicólogo

Gestão Prapsis – 2004/2007Conselheiros:Adriana Martello – CRP 5494Ari Gomes Pereira Jr. – CRP 10714Bárbara Conte – CRP 1004Betina Hillesheim – CRP 4839Diego Villas-Bôas da Rocha – CRP 10517Eliana Perez Gonçalves Moura – CRP 2071Helena Scarparo – CRP 1324Hélio Possamai – CRP 1210Jefferson de Souza Bernardes – CRP 6506Lizete Ramos Dieguez – CRP 2094Maria da Graça Jacques – CRP 0023Nelson Eduardo Rivero – CRP 5508Neuza Maria de Fátima Guareschi – CRP 1309Raquel Conte Poletto – CRP 5775Silvana de Oliveira – CRP 11463Simone Maria Hüning – CRP 10804Vera Lúcia Pasini – CRP 3826

Sede – Porto AlegreAv. Osvaldo Aranha, 1423/102Fone/Fax: (51) 3335.1838 e 3330.3458E-mail: [email protected]

Subsede Serra – Caxias do SulAv. Itália, 325/705Fone/Fax: (54) 3223.7848E-mail: [email protected]

Subsede Sul – PelotasR. Félix da Cunha, 772/304Fone/Fax: (53) 3227.4197E-mail: [email protected]

CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL PROFISSÃO

PSICÓLOGO:CADERNO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS

OOs Conselhos de Psicologia têm a finalidade de orientar, fiscalizar e regulamentar o exercício da profissão de psicólogo no Brasil. Cabe aos Conselhos, por delegação do poder público, garantir a qualidade no exercício profissional, zelar pela observân-cia dos princípios éticos e contribuir para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e profissão. No seu papel de órgão de orientação, cabe-lhes divulgar informações necessárias à atu-ação do psicólogo, que possam servir como referência para a qualificação da prática profissional.

Este é o propósito deste caderno: manter a categoria dos psicólogos informada quanto a questões básicas que envolvem a profissão e o Sistema Conselhos. Para tanto, ele foi elabo-rado a partir das dúvidas que chegam até o CRPRS. O caderno está dividido em tópicos básicos, que servem como um guia de perguntas e repostas. O objetivo não é sanar todas as dúvidas que rondam a profissão, mas sim poder auxiliar o psicólogo a conhecer um pouco mais as questões relativas ao cotidiano do trabalho na esfera da Psicologia.

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ÍNDICE

I. Sistema Conselhos e Psicologia como Profissão..................05

II. Aspectos operacionais que envolvem a relação do inscrito com

o CRP: inscrições, transferências, cancelamentos, reinscrições e

pagamentos............................................................................11

III. Começando a profissão: o que fazer?................................16

IV. Avaliação Psicológica........................................................19

V. Ensino, Pesquisa, Supervisão e Estágios.............................23

VI. Publicidade e internet.........................................................26

VII. Denúncias e sigilo.............................................................28

VIII. Relações com a Justiça...................................................30

IX. Porte de Armas e Psicologia do Trânsito............................32

X. Código de Ética Profissional do Psicólogo...........................34

XI. Resoluções do CFP...........................................................43

XII. Atribuições profissionais do psicólogo no Brasil (CBO).....50

I. SISTEMA CONSELHOS E PSICOLOGIA COMO PROFISSÃO

1) Qual a lei que regulamenta a profissão de psicólogo?A Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, regulamenta e dis-

põe sobre a Profissão de Psicólogo no território brasileiro, quanto ao exercício profissional, funções legais do psicólogo, formação, diplomação e vida escolar. Esta Lei Federal regulamenta a profissão e estabelece os critérios legais e civis para desempenhá-la.

A regulamentação da profissão garante seu exercício, deli-mitando sua prática e competências a graduados em curso su-perior em Psicologia.

2) O que é o Sistema Conselhos?O Sistema Conselhos de Psicologia é constituído por um

conjunto de órgãos colegiados: o Congresso Nacional e os Re-gionais de Psicologia, a Assembléia das Políticas Administrativas e Financeiras (APAF), os Conselhos Federal e Regionais de Psi-cologia e as Assembléias Regionais.

O Congresso Nacional de Psicologia é a instância máxima de caráter deliberativo, responsável por estabelecer as políticas e diretrizes para o Sistema Conselhos. É formado por represen-tantes escolhidos como delegados nos Congressos Regionais e se realiza a cada três anos.

A APAF, instância deliberativa situada, em hierarquia, logo abaixo do Congresso Nacional de Psicologia, é constituída por

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representantes dos Conselhos Federal e Regionais e se reúne, pelo menos, duas vezes ao ano. Uma de suas atribuições é acom-panhar a execução das deliberações do Congresso Nacional e a execução regional das políticas aprovadas.

Os Conselhos Federal (CFP) e Regionais de Psicologia (CRPs) são formados por psicólogos eleitos através do voto direto para mandato de três anos. O primeiro Plenário do CFP se instalou em Brasília, em dezembro de 1973. Em 1974, instalaram-se os sete primeiros CRPs, incluindo o CRP-07, na época com jurisdição nos estados do Paraná (hoje CRP-08), Santa Catarina (CRP-12) e Rio Grande do Sul (CRP-07).

A Lei nº 5.766, de 1971, disciplina a criação do Conselho Federal de Psicologia e dos Conselhos Regionais de Psicologia e estabelece que os Conselhos são dotados de personalidade ju-rídica de direito público, autonomia administrativa e financeira.

O Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (7ª Região) é uma autarquia de direito público, com o objetivo de orien-tar e fiscalizar a profissão de psicólogo, zelar pela observância dos princípios éticos e contribuir para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e profissão no Estado do Rio Grande do Sul.

3) Como está estruturado o CRPRS?O CRPRS tem como órgão deliberativo a Plenária e como órgão

executivo, a Diretoria, eleita pela Plenária a cada ano de mandato. A Diretoria dos Conselhos Regionais é constituída por Presidente, Vice-Presidente, Tesoureiro e Secretário. A Plenária do CRPRS é formada por nove conselheiros efetivos e nove conselheiros suplentes. A or-ganização do CRPRS é operacionalizada por meio das Comissões Permanentes, Comissões Especiais e Grupos de Trabalho.

O CRPRS conta na sua estrutura com um quadro de fun-cionários administrativo e técnico e com serviços de assessoria jurídica, contábil e de informática.

4) Quando ocorrem as eleições para o CRP?De três em três anos, sempre no dia 27 de agosto, são realizadas

eleições para constituir as Plenárias do Conselho Federal de Psicolo-gia e dos Conselhos Regionais. O voto é universal e obrigatório.

5) O que são as Comissões Permanentes do CRPRS?As Comissões Permanentes são obrigatórias em todos os

CRPs. São fundamentais para o cumprimento das funções pri-mordiais destinadas à origem do Sistema Conselhos.

• Comissão de Auditoria e Controle Financeiro• Comissão de Ética (COE)• Comissão de Licitação• Comissão de Orientação e Fiscalização (COF)

6) O que são as Comissões Especiais do CRPRS?São Comissões constituídas em função de demandas espe-

cíficas dos psicólogos. Possuem um caráter permanente e com vários objetivos estabelecidos. Podem participar das Comissões Especiais todos os psicólogos regularmente inscritos no CRPRS. São elas:

• Comissão de Análise para a Concessão do Título de Especialista• Comissão de Avaliação Psicológica• Comissão de Comunicação (COCOM)• Comissão de Direitos Humanos• Comissão de Políticas Públicas

7) O que são os Grupos de Trabalho do CRPRS?Os Grupos de Trabalho (GTs) são formados a partir de um

problema específico ou temporário que demande um trabalho mais sistematizado para a categoria. Todos os psicólogos regu-larmente inscritos no CRPRS podem participar das reuniões. Os GTs atuais são:

• GT do Ato Médico• GT dos Formandos em Psicologia• GT da Psicologia do Trânsito• GT dos Psicólogos da Segurança Pública• GT do Sistema Penitenciário

8) Como se define a profissão de psicólogo?Resolução do Conselho Federal de Psicologia reza como

caracterização da profissão o que segue:As atribuições profissionais dos psicólogos no Brasil foram

aprovadas pelo IV Plenário do Conselho Federal de Psicologia e enviadas ao Ministério do Trabalho, passando a integrar o Catá-

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logo Brasileiro de Ocupações (CBO).Os métodos e as técnicas psicológicas utilizados no exercí-

cio das funções privativas do psicólogo a que se refere o Pará-grafo 1º do Art. 13 da Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, são compreendidos da seguinte forma:

I - MÉTODO – conjunto sistemático de procedimentos orienta-

dos para fins de produção ou aplicação de conhecimentos.

II - TÉCNICA – entende-se como toda atividade específica, coerente com os princípios gerais estabelecidos pelo método.

III - MÉTODOS PSICOLÓGICOS – conjunto sistemático de procedimentos aplicados à compreensão e à intervenção em fenômenos psíquicos nas suas interfaces com os processos biológicos e socioculturais, especialmente aqueles relativos aos aspectos intra e interpessoais.

IV - DIAGNÓSTICO PSICOLÓGICO – é o processo pelo qual, por intermédio de métodos e técnicas psicológicas, analisa-se e estuda-se o comportamento de pessoas, de grupos, de insti-tuições e de comunidades, na sua estrutura e no seu funciona-mento, identificando-se as variáveis nele envolvidas.

V - ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL – é o processo pelo qual, por intermédio de métodos e técnicas psicológicas, investigam-se os interesses, aptidões e características de personalidade do consultante, visando proporcionar-lhe condições para a escolha de uma profissão.

VI – SELEÇÃO PROFISSIONAL – é o processo pelo qual, por intermédio de métodos e técnicas psicológicas, objetiva-se diagnosticar e prognosticar as condições de ajustamento e desempenho da pessoa a um cargo ou a uma atividade profis-sional, visando alcançar eficácia organizacional e procurando atender às necessidades comunitárias e sociais.

VII - ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA – é o processo pelo qual, por intermédio de métodos e técnicas psicológicas, pro-porcionam-se condições instrumentais e sociais que facilitem

o desenvolvimento da pessoa, do grupo, da organização e da comunidade, bem como condições preventivas e de solução de dificuldades, de modo a atingir os objetivos escolares, educa-cionais, organizacionais e sociais.

VIII - SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE AJUSTAMENTO – é o processo que propicia condições de auto-realização, de con-vivência e de desempenho para o indivíduo, o grupo, a instituição e a comunidade, mediante métodos psicológicos preventivos, psicoterápicos e de reabilitação.

9) Quais são as atribuições profissionais dos psicólogos?O psicólogo, dentro de suas atribuições profissionais,

pode atuar no âmbito da educação, saúde, lazer, trabalho, segurança, justiça, comunidades e comunicação, com o ob-jetivo de promover o respeito à dignidade e à integridade do ser humano.

Em 17 de outubro de 1992, o Conselho Federal de Psico-logia apresentou ao Ministério do Trabalho sua contribuição para integrar o Catálogo Brasileiro de Ocupações (CBO). As atribuições profissionais dos psicólogos presentes no CBO estão listadas no final deste caderno (ver página 50).

10) O psicólogo é um profissional da Área da Saúde?Sim, por se tratar de uma profissão preocupada com a pro-

moção da dignidade e integridade humana, a saúde é um âmbito de atuação profissional dos psicólogos. Nesse sentido, a Resolução do Conselho Nacional de Saúde, CNS nº 218/97, reconhece o psicólogo como profissional de saúde de nível superior.

11) O CRP indica profissionais ou cursos?Não é competência do CRP indicar profissionais para ne-

nhuma área de atuação. O CRPRS disponibiliza em seu site (www.crprs.org.br) a

listagem de todos os psicólogos inscritos e ativos no Conselho, além da listagem dos cursos de Psicologia reconhecidos pelo Ministério da Educação no Estado do Rio Grande do Sul.

Às pessoas que buscam no CRP a indicação de profissio-nais, sugerimos que consultem alguém da sua confiança que possa lhe indicar um profissional ou, também, os postos de

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saúde da rede pública e as clínicas-escolas das universidades, que prestam atendimento gratuito.

12) Como é concedido o Título de Especialista?O título profissional de Especialista em Psicologia é conce-

dido pelos Conselho Federal e Conselhos Regionais de Psicologia através da aprovação em concurso de provas e títulos (realizado pelo CFP) ou através da conclusão de um curso de especializa-ção credenciado (Resolução CFP nº 002/2001). A concessão do título através da experiência profissional comprovada só é ado-tada quando do reconhecimento de uma nova especialidade e por um período de tempo estipulado por Resolução específica.

II. ASPECTOS OPERACIONAIS QUE ENVOLVEM A RELA-ÇÃO DO INSCRITO COM O CRP: INSCRIÇÕES, TRANSFERÊNCIAS, CAN-CELAMENTOS, REINS-CRIÇÕES E PAGAMENTOS

1) A Inscrição: qual sua importância ética e social?Ao concluir a formação acadêmica (em cursos reconhe-

cidos pelo Ministério da Educação), o psicólogo deverá provi-denciar sua inscrição junto ao Conselho Regional de Psicologia para exercer regularmente a profissão. Esta exigência é legal e necessária, uma vez que a inscrição habilita ao exercício profis-sional e estabelece as prerrogativas previstas na Lei que regula-menta a profissão.

Os portadores de diploma de graduação emitidos no exterior também estão obrigados a inscreverem-se junto ao CRP, sendo necessário proceder a revalidação do referido diploma antes de fazer a inscrição. A revalidação do diploma deve ser solicitada junto às secretarias do Ministério da Educação nos diferentes Es-tados confederados.

Além de atender a um dispositivo legal, a inscrição repre-senta uma vinculação importante do profissional com seu órgão de classe, recebendo orientações éticas e garantindo à sociedade a não ocorrência de exercício ilegal e irregular da profissão. A inscrição profissional é um dever do psicólogo e um direito do usuário, constituindo um compromisso ético e social.

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Os seguintes documentos são exigidos no momento da inscrição:• Cópia autenticada em cartório e original do Diploma ou Cer-

tificado de Colação de Grau.• Cópia e original da Carteira de Identidade.• Cópia e original do CPF.• Cópia e original do Título Eleitoral e do comprovante da última

eleição (pode ser retirado no site do TRE – www.tre-rs.gov.br).• Cópia e original do Certificado de Reservista (para homens).• Cópia e original de comprovante de residência.• 3 fotos tamanho 2X2.

Atenção: Apresentando Certificado de Colação de Grau, sua inscrição junto ao CRP é considerada provisória. A regu-larização se dará com a apresentação do Diploma de Gradua-ção dentro de dois anos. Após este prazo, se não apresentar o Diploma de Graduação, o profissional ficará com sua ins-crição irregular.

2) Inscrição secundária: quando é necessária?Ao exercer atividade profissional fora da área de jurisdição do

CRP onde tem sua inscrição principal, o psicólogo deverá observar as seguintes situações:

• Caso o exercício profissional seja realizado em tempo in-ferior a 90 dias por ano em outra jurisdição, as atividades serão consideradas de caráter eventual e, assim sendo, não sujeitarão o psicólogo à inscrição secundária.

• Caso o exercício profissional seja realizado em tempo supe-rior a 90 dias por ano, contínuos ou intercalados, não caracteri-zando exercício eventual, o psicólogo deverá solicitar inscrição também no CRP da jurisdição onde está realizando a atividade.

Portanto, considera-se inscrição secundária o comunicado formal do psicólogo ao CRP da jurisdição onde o trabalho será realizado, recebendo este um certificado de autorização do Con-selho válido por dois anos.

A inscrição secundária não acarretará ônus financeiro ao psicólogo. Os documentos necessários para o requerimento desta inscrição são: cópia da carteira profissional do psicólogo e a indi-cação do local onde exercerá suas atividades.

3) Como fazer em caso de transferência para a área de jurisdição de outro Regional?

Em caso de mudança de estado federativo, isto é, quando o psicólogo for desempenhar sua atividade profissional em outra juris-dição, não tendo caráter eventual, o psicólogo solicitará sua trans-ferência no CRP onde pretende se estabelecer. Para a transferência, é necessário estar com a inscrição regularizada no CRP de origem.

4) Posso solicitar meu cancelamento da Inscrição?O profissional psicólogo poderá requerer o cancelamento de

sua inscrição no CRP desde que não esteja exercendo a profissão. Posteriormente, poderá solicitar a reinscrição, recebendo o mes-mo número de registro quando de sua inscrição.

O cancelamento poderá ocorrer mesmo se existir débito, isto é, se o profissional deixar de recolher a anuidade, passando a ter sua inscrição irregular junto ao CRP. Porém, o valor devido será cobrado pelas instâncias previstas em Lei.

A anuidade é paga por todos os colegas profissionais no início de cada ano, podendo o psicólogo participar das plenárias orça-mentárias que a definem com base nos parâmetros nacionais.

No ato de cancelamento, o psicólogo deve devolver a Carteira de Identidade Profissional que será destruída pelo CRP.

5) Posso solicitar reinscrição?A reinscrição do registro profissional perante o CRP dar-se-á

a qualquer tempo, sendo que o número de registro original do Conselho será preservado para todos os efeitos. O interessado preencherá, no ato do pedido de reinscrição, declaração onde conste a inexistência do exercício profissional no período em que esteve impedido em virtude do cancelamento de sua inscrição.

A solicitação de reinscrição é deferida pelo plenário do Con-selho Regional de Psicologia.

6) Como proceder quando houver alteração em meus documentos civis?

Havendo alteração nos documentos civis (casamento, di-vórcio) ou nos documentos acadêmicos do solicitante (título de especialista), estes deverão ser encaminhados ao CRP para que se procedam as mudanças necessárias. A alteração prevê o pagamento de uma taxa.

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7) Qual a relação entre a anuidade e as atividades do CRPRS?

A anuidade é paga por todos os inscritos no primeiro tri-mestre de cada ano corrente, por meio da guia de recolhimento enviada pelo correio. Caso não a receba, o psicólogo deverá contatar o CRP. A anuidade tem como função garantir o traba-lho dentro do CRP, como funcionários, sedes, representações, fiscalizações, publicações, eventos voltados para a categoria, dentre outras atividades divulgadas nos meios de comunicação do Conselho. As propostas de trabalho e os valores a serem investidos são votados a cada ano na Assembléia Geral Orça-mentária, que é amplamente divulgada e aberta à participação de todos os colegas psicólogos.

8) Quando posso requerer a interrupção temporária do pagamento da anuidade?

Quando existir doença comprovada prevista por lei como isenta ou viagem ao exterior para estudos ou capacitações, resultando em longo período de afastamento.

9) Quando há isenção de anuidade?O psicólogo que completar 65 (sessenta e cinco) anos de

idade, conforme estabelece a Resolução CFP nº 001/1990, es-tará isento de pagamento da anuidade.

10) O que é a Carteira de Identidade Profissional?O documento de identificação do psicólogo é a carteira de

identidade profissional, nos termos do art. 14 da Lei n° 5.766, de 20 de dezembro de 1971, e art. 47 do Decreto n° 79.822, de 17 de junho de 1977.

A expedição da carteira de identidade profissional é feita pelo CRP, de acordo com o modelo oficial aprovado pelo CFP, sendo válida em todo o território nacional como identidade profissional.

11) Como é requerido o Registro ou o Cadastro de Pessoa Jurídica?

Quando houver uma personalidade jurídica diferente da físi-ca, o responsável deverá solicitar a inscrição de Pessoa Jurídica (PJ). Será considerada PJ, com obrigação de registro no CRP, aquela que oferecer serviços de Psicologia a terceiros e que tem

a Psicologia como atividade primordial no seu contrato social.Este registro é obrigatório, inclusive para associações,

fundações de direito privado e entidades de caráter filantrópico (tendo esta última isenção de anuidade e taxas).

A Pessoa Jurídica que não tem a Psicologia como atividade principal fará apenas o cadastramento junto ao Conselho Regio-nal de Psicologia e indicará o Responsável Técnico.

Os documentos necessários à inscrição de PJ estão disponi-lizados no site www.crprs.org.br.

O grupo de profissionais interessados em abrir uma clínica (pessoa jurídica) deverá fazer um contrato social (devidamente registrado junto ao Cartório de PJ, Junta Comercial, etc, con-forme Legislação Civil Brasileira) e solicitar o pedido de registro junto ao CRP por meio de um requerimento dirigido à presidên-cia do Conselho Regional de Psicologia.

O registro somente será concedido se os serviços ofereci-dos se enquadrarem na área da Psicologia e suas aplicações, e não constar na razão social nome de pessoa que esteja im-pedida legalmente de exercer a profissão. Os psicólogos que trabalham junto a esta PJ (Clinica) têm ampla liberdade na utilização das técnicas e métodos da Psicologia, respeitando o Código de Ética do Psicólogo e demais Resoluções. Além dis-so, deve haver indicação de um psicólogo como Responsável Técnico que se comprometerá legalmente junto ao CRP.

Cada Conselho Regional de Psicologia define, na Assem-bléia Geral Orçamentária, taxas e documentos necessários para a inscrição.

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III. COMEÇANDO A PROFISSÃO: O QUE FAZER?

1) Quando estou habilitado a atender em um consultório, hospital, empresa, escola ou comunidade?

Somente após o deferimento de sua inscrição junto ao CRP, quando o psicólogo receberá um número de inscrição, formali-zando assim a habilitação para o exercício profissional. A partir deste momento, o profissional passa a gozar das prerrogativas da Lei que regulamenta a profissão e a responder ética e tecnica-mente pelos seus atos profissionais.

2) Como abrir um consultório psicológico? O psicólogo regularmente inscrito no CRPRS deve procurar o

Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de sua cidade para fazer a inscrição junto a este órgão. Também deve procurar a Pre-feitura da cidade para inscrever-se como prestador de serviços (ISSQN) de Psicologia.

De posse destes documentos, o psicólogo pode emitir re-cibos de consultas para efeitos de Declaração de Imposto de Renda.

Lembramos que não se trata de exigência do CRP, e sim da legislação brasileira, de que todos os profissionais que atuam como autônomos tenham a referida inscrição (ISSQN).

Desde 2002 existe determinação de cadastro junto a Vi-gilância Sanitária para todos os profissionais da área da saúde que não utilizam procedimentos invasivos. Para maiores infor-mações, consulte a Secretaria da Saúde ou a Vigilância Sanitária de seu Município.

3) Ao constituir uma clínica, como devo anunciá-la?O psicólogo ao anunciar seus serviços indicará sempre seu

nome (pessoa física) e o número de inscrição (nº CRP). Se utilizar um nome ou expressão diferente do seu como

psicólogo, isto é, um nome de fantasia ou denominação diferente da pessoa física, constituindo assim uma personalidade jurídica, fica obrigado a um novo registro junto ao CRP. Este registro será de pessoa jurídica, valendo para quaisquer atividades no exercício profissional que constitua situação jurídica diferente da física.

4) Como devem ser as condições do local de atendi-mento?

O psicólogo no desempenho de suas atividades estará em constante preocupação para com as condições do local em que realiza seus atendimentos. Em caso de atendimento clínico, este deve se dar em local adequado e estar sempre em sintonia com o previsto no Código de Ética Profissional do Psicólogo. O local de atendimento deve ser diferenciado e reservado, garantindo a pri-vacidade e o sigilo profissional. Também deverá estar adequado a legislações pertinentes ao tema.

5) Quando é permitido realizar atendimento psicológico domiciliar?

Quando o paciente ou atendido não tiver condições de se locomover ou quando se tratar de paciente com quadro de enfer-midade terminal (conhecido como os atendimentos Home Care). Para que o mesmo ocorra, deverá haver expressão da vontade do paciente ou de seu tutor legal, se existir. O profissional deverá avaliar cada caso, tendo sempre a preocupação com as questões referentes ao sigilo e à ética.

6) Quanto e como cobrar pelos serviços prestados? O CFP indica nacionalmente uma tabela de honorários (tabela

referencial de honorários elaborada pelo CFP, SINPSI e FENAPSI), atualizada anualmente, podendo ser acessada pelo site www.crprs.org.br.

Os honorários deverão ser compatíveis com as caracterís-ticas dos serviços prestados, sendo que esta tabela está cons-tituída por diferentes atividades do profissional psicólogo, a-presentando valores de referência a serem cobrados por hora

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de trabalho desempenhado. Os psicólogos estabelecerão os honorários mediante um acordo com a pessoa ou instituição atendida, no início do trabalho a ser realizado, sendo que toda e qualquer alteração no acordo acertado deverá ser discutida entre os envolvidos.

O Código de Ética Profissional do Psicólogo estabelece o seguinte:

Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados

e as condições do usuário ou beneficiário.b) Estipulará o valor de acordo com as características da ati-

vidade e o comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado.

c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos indepen-dentemente do valor acordado.

7) É necessário um contrato formal? Fica a critério do profissional a forma de contratação dos

serviços psicológicos, assim como a redação ou não de um contrato por escrito. Lembramos que o CRP não fornece mo-delo de contrato.

IV. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

1) O que é avaliação psicológica?A avaliação psicológica é entendida como processo técnico-

científico de coleta de dados, estudos e interpretação de infor-mações a respeito dos fenômenos psicológicos, que são resul-tantes da intersecção do indivíduo/sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias psicológicas – métodos, técnicas e instru-mentos (ver Resolução CFP nº 007/2003).

É responsabilidade do profissional psicólogo a escolha e a utilização dos instrumentos, métodos e técnicas psicológicas no exercício profissional. O psicólogo é pessoalmente responsável pela atividade profissional que exercer.

Lembramos que as técnicas, métodos e testes psicológicos utilizados na avaliação psicológica deverão estar em conformi-dade com as questões legais e éticas da Psicologia como ciên-cia e profissão.

A avaliação psicológica é uma prática profissional voltada a um fim especifico, devendo estar comprometida com valores hu-manos, éticos e de cidadania. Não poderá discriminar ou estar a serviço de outros propósitos que não da atividade psicológica.

Os testes psicológicos que estão em uso no Brasil seguem o estabelecido pela Resolução CFP nº 002/2003, que regulamenta os procedimentos para a avaliação dos testes psicológicos, a fim de melhorar a qualidade na utilização desses instrumentos.

O CFP, por meio de Edital no Diário Oficial da União, apresen-ta os testes com pareceres favoráveis, autorizando, assim, o uso e dando legitimidade em sua emissão como prática psicológica.

São as seguintes as Resoluções que tratam da avaliação psi-cológica (disponíveis nos sites do CFP e CRPRS – www.pol.org.br ou www.crprs.org.br):

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• Resolução CFP nº 002/2003 – Define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos.

• Resolução CFP nº 007/2003 – Institui o Manual de elabo-ração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes da avaliação psicológica e revoga a Resolução CFP nº 017/2002.

• Resolução CFP nº 001/2002 – Regulamenta a Avaliação Psicológica em Concurso Público.

• Resolução CFP nº 016/2002 – Dispõe acerca do trabalho do psicólogo na avaliação psicológica de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e condutores de veículos automotores.

• Resolução CFP nº 006/2004 – Altera a Resolução CFP nº 002/2003.

Essas resoluções podem sofrer alteração e as atualiza-ções estão disponibilizadas no site do CFP (www.pol.org.br)

Quanto ao Código de Ética Profissional do Psicólogo, no que diz respeito à avaliação psicológica, temos:

Art. 2º - Ao psicólogo é vedado:f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços

de atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e mei-os não estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão.

g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade téc-nico-científica.

h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer de-clarações falsas.

Dessa forma, o CFP e os CRPs detêm legitimidade para exigir dos psicólogos que utilizem, no exercício da profissão, instru-mentos eficazes (regulamentados e aprovados) técnica e teorica-mente, demonstrando uma preocupação com a qualidade ética e social dos serviços psicológicos prestados à sociedade.

Maiores informações podem ser acessadas no site do CFP (www.pol.org.br), por meio do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI).

2) Quem pode utilizar instrumentos e testes psicológicos?Apenas o) psicólogo regularmente inscrito em um CRP pode

fazer uso de instrumentos e técnicas psicológicas. Isso significa

que ele não poderá divulgar, ensinar, ceder, dar, emprestar ou vender instrumentos ou técnicas psicológicas.

O Código de Ética Profissional do Psicólogo estabelece o seguinte:

Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, em-

préstimo, guarda e forma de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas conforme os princípios deste Código.

Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, empres-tará ou venderá a leigos os instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.

Estas determinações são amparadas legalmente pelas Leis:• Lei nº 4.119 de 27/08/1962, que regulamenta a profissão.• Decreto 53.464 de 21/01/1964, que regulamenta a Lei anterior.

E pelas Resoluções do CFP (atualizações, revogação dis-ponibilizadas no site www.pol.org.br):

• Resolução CFP nº 002/2003 - Define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos e revoga a Resolução CFP n° 025/2001.

• Resolução CFP nº 007/2003 - Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica e revoga a Resolução CFP nº 017/2002.

3) Que técnicas e/ou práticas os psicólogos podem utilizar? Os profissionais psicólogos só podem associar, utilizar e

anunciar sua prática profissional a princípios e técnicas reco-nhecidos pela ciência, pela prática e pela ética profissional. (Ver Resolução CFP nº 010/1997)

As chamadas práticas alternativas ou mesmo as que ainda não estão reconhecidas só poderão ser utilizadas quando em pesquisa. A pesquisa deverá estar de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde, CNS nº 196/1996 (www.conselho.saude.gov.br) e Resoluções do Conselho Federal de Psicologia, (www.pol.org.br).

O reconhecimento da validade dessas técnicas dependerá da ampla divulgação dos resultados derivados da experimentação e do reconhecimento da comunidade científica, não apenas da conclusão da pesquisa. Lembramos que a Psicologia não pode

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servir como forma de induzir a convicções políticas, filosóficas e religiosas (conforme o Art. 2º do Código de Ética).

4) A hipnose é uma técnica reconhecida pelo CFP?O CFP reconhece a hipnose como recurso auxiliar no trabalho

do psicólogo, levando em conta seu valor histórico, seu corpo teórico e seu reconhecimento científico como uma prática tam-bém do campo da Psicologia. Seu uso está regulamentado pela Resolução CFP nº 013/2000.

5) A acupuntura é uma técnica reconhecida pelo CFP?O CFP, a exemplo da hipnose, reconhece a acupuntura como

método auxiliar e complementar no trabalho dos psicólogos, no sentido de intervenção e ajuda ao sofrimento psíquico ou distúr-bios psicológicos. Ver Resolução CFP nº 005/2002.

V. ENSINO, PESQUI-SA, SUPERVISÃO E ESTÁGIOS

1) O que é o estágio?O estágio curricular é de responsabilidade da instituição de

ensino e se constitui como atividade de aprendizagem social, profissional e cultural desenvolvida na comunidade ou junto a instituições públicas ou privadas, acordadas em instrumento (Lei nº 8.859, de 23 de março de 1994, que substitui a Lei nº 6.494 de 07 de dezembro de 1977).

O termo de compromisso celebrado entre estagiário, instituição de ensino e instituição cedente da oportunidade de estágio compro-va a inexistência de vínculo empregatício de qualquer natureza.

Em nenhuma hipótese poderá ser cobrada do estudante qualquer taxa adicional referente às providências administrativas para a obtenção e realização de estágio curricular.

2) Como é a relação entre o estagiário e o supervisor em

psicologia?É considerado estagiário o estudante regularmente matricu-

lado em Curso de Psicologia de Instituição de Ensino Superior, reconhecido pelo MEC, realizando atividades profissionalizantes em estágios supervisionados.

Sem prejuízo do caráter privativo da atividade profissional, o psicólogo poderá delegar funções ao estagiário como forma de treinamento.

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O estagiário não pode ser contratado para realizar o tra-balho de um profissional. As atividades a ele delegadas devem ter como objetivo a sua formação (capacitação), sendo que a natureza didática do estágio é garantida por meio da realização de supervisão efetiva das atividades por profissional qualificado, respei-tando a legislação sobre estágio.

O psicólogo supervisor é o responsável direto pela aplicação adequada dos métodos e técnicas psicológicas e pelo cumpri-mento da ética profissional, devendo verificar pessoalmente a capacitação técnica de seu estagiário.

Conforme o Código de Ética, em seu Art. 17: Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar, orien-tar e exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas contidas neste Código.

3) Como proceder em relação à pesquisa e à divulgação de seus resultados?

A Resolução CFP Nº 016/2000 trata da realização de pesquisa em Psicologia com seres humanos, dispondo que toda pesquisa deverá estar instruída de um protocolo, a ser submetido à apre-ciação do Comitê de Ética em Pesquisa, reconhecido pelo Con-selho Nacional de Saúde. As pessoas envolvidas devem dar seu consentimento, por escrito, e serem informadas acerca de pos-síveis riscos inerentes à pesquisa (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido). Os trabalhos científicos devem garantir o respeito à dignidade e à liberdade das pessoas e grupos envolvidos, e não podem promover risco ou prejuízo aos seres humanos.

Além desta Resolução, os pesquisadores psicólogos deverão seguir o que determina a Resolução CNS nº 196/1996 (ver o site: www.conselho.saude.gov.br).

Ao divulgar seus resultados, o pesquisador garantirá o sigilo e a privacidade dos envolvidos.

Ainda sobre pesquisa, o Código de Ética Profissional do Psicólogo estabelece:

Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas para a produção de conhecimento e desen-volvimento de tecnologias:

a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos,

como pela divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos, organizações e comunidades envolvidas.

b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvi-dos, mediante consentimento livre e esclarecido, salvo nas situ-ações previstas em legislação específica e respeitando os princí-pios deste Código.

c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organiza-ções, salvo interesse manifesto destes.

d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados das pesquisas ou estudos, após seu encerramen-to, sempre que assim o desejarem.

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Page 14: Profissãopsicólogo

VI. PUBLICIDADE E INTERNET

1) É permitido o uso da publicidade nos serviços psi-cológicos?

O psicólogo que divulga um serviço profissional deve in-formar com exatidão seu nome completo e número de registro, podendo ainda, citar suas habilitações, limitando-se a estas. Este cuidado visa coibir o exercício ilegal da profissão, ou seja, profissionais não-psicólogos intitulando-se psicólogos e fazendo publicidade de suas atividades através de jornais, folders, rádio e TV, bem como, permitir ao consumidor a plena identificação do profissional que está se anunciando.

A divulgação de serviços psicológicos através de anúncios, cartão de visita, publicidade em lugares públicos (placas, car-tazes etc), deve estar de acordo com as normas contidas no Código de Ética:

Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer meios, individual ou coletivamente:

a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro.

b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profis-sionais que possua.

c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou regu-lamentadas pela profissão.

d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda.e) Não fará previsão taxativa de resultados.

f) Não fará autopromoção em detrimento de outros profis-sionais.

g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras categorias profissionais.

h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais.

2) E quanto à utilização da Internet por parte do profis-sional psicólogo?

O Conselho Federal de Psicologia, em parceria com a Comissão Nacional de Credenciamento e Fiscalização de Serviços de Psicologia pela Internet (www.pol.org.br), credencia sites de Serviços de Psicologia mediados pelo computador, atribuindo selo aos aprovados.

Lembramos que, na utilização destes meios, devem ficar assegurados o sigilo, a privacidade e a confidencialidade das informações contidas. O psicólogo não poderá utilizar práticas que não estejam regulamentadas para o exercício profissional da Psicologia.

Os psicólogos devem basear-se nas seguintes Resoluções CFP: nº 003/2000, nº 006/2000, nº 016 /2000 e nº 010/2003 e buscar a atualização dessas Resoluções no site do CFP (www.pol.org.br)

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VII. DENÚNCIAS E SIGILO

1) Como posso fazer uma denúncia junto ao CRP?Qualquer pessoa pode denunciar ao Conselho Regional o

profissional psicólogo que esteja exercendo a profissão sem a respectiva inscrição ou infringindo o Código de Ética Profissional dos Psicólogos e demais Legislações do CFP.

A denúncia deve ser formalizada junto ao CRP, endereça-da ao presidente do Conselho, de acordo com o estabelecido pelo Código de Processamento Disciplinar (Resolução CFP nº 006/2001). A carta de denúncia deve conter o máximo das se-guintes informações:

a) nome completo, endereço e telefone para contato do(a) denunciante.

b) nome completo, endereço e telefone para contato do(a) psicólogo(a) denunciado(a).

c) descrição circunstanciada do fato.d) acrescentar prova documental que possa servir à apuração

do fato e de sua autoria. (A falta dos elementos de prova não é impeditiva ao recebimento da denúncia)

e) assinatura.

A fim de preservar o sigilo e a veracidade necessários, as cartas/documentos só poderão ser enviadas pelo correio ou en-tregues pessoalmente, sendo que documentos enviados por fax e e-mail não serão aceitos.

2) O que é Sigilo Profissional?O sigilo profissional é o pilar central da relação do psicólogo

com seu atendido, seja ele paciente, cliente ou instituição. O res-peito ao sigilo é um dever do profissional e um direito do atendido.

O sigilo, segundo o disposto pelo Código de Ética Profissional do Psicólogo, se configura da seguinte forma:

Art. 9º - É dever do Psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações a que tenha acesso no exercí-cio profissional.

Art. 10º - Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.

Parágrafo Único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.

Art. 12º – Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho.

Art. 13º – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem medidas em seu benefício.

Art. 14º – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional vigente, devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.

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Page 16: Profissãopsicólogo

VIII. RELAÇÕES COM A JUSTIÇA

1) Como devo agir quando identifico em minha atividade profissional situação como abuso, negligência e maus-tratos contra criança ou adolescente?

O profissional psicólogo ao identificar uma situação em que possa estar ocorrendo abuso, maus-tratos ou mesmo negligên-cia contra criança ou adolescente, deverá proceder aos trâmites legais previstos para estas situações. O profissional informará ou fará denúncia junto ao Conselho Tutelar ou Delegacia de Polícia (especializada em criança e adolescência/Delegacia da Mulher) ou Ministério Público (Promotoria da Infância e Adolescência).

Lembramos que a denúncia deverá estar baseada no princí-pio do menor dano possível ao atendido e não configura quebra de sigilo profissional.

O psicólogo deverá estar atento ao Código de Ética Profis-sional e ao Estatuto da Criança e do Adolescente para referendar suas decisões profissionais.

O código de ética (2005) estabelece o seguinte:Art. 9º - É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional

a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.

Art. 10º – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os ca-sos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseado em sua decisão na busca do menor prejuízo.

Lembramos ao profissional que após estas considerações ainda possua dúvidas quanto aos procedimentos a serem adota-

dos diante dos fatos, poderá buscar supervisão e orientação junto à Área Técnica do CRPRS por telefone, e-mail ou pessoalmente.

2) O psicólogo pode fazer perícia ou avaliação psicológica junto a Justiça?

O profissional psicólogo poderá ser perito, parecerista ou avaliador quando solicitado pela Justiça. Os procedimentos da avaliação deverão estar em sintonia com o Código de Ética vigente, Resoluções da profissão e Legislações Brasileiras (Código Civil / Penal). A avaliação deverá seguir o que de-termina as Resoluções que tratam deste tema, entre elas as Resoluções Nº 015/1996 e 007/2000.

O profissional psicólogo também poderá ser avaliador ou perito quando solicitado por outro que não o juiz (judicialmente), devendo, para isto, avaliar a situação, identificando a finalidade e a quem se destina tal avaliação. Independente da solicitação, o profissional psicólogo deverá sempre preservar o sigilo e a téc-nica, tendo o cuidado de responder somente o que lhe for devido como profissional e limitando-se a isto.

Lembramos o que estabelece o Código de Ética (2005):Art. 2º - Ao psicólogo é vedado:k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais

seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fide-lidade aos resultados da avaliação.

3) Como agir ao ser chamado para uma audiência?O Psicólogo, enquanto profissional, quando convocado por

ordem ou determinação judicial (audiência) deverá comparecer, respondendo conforme o que está estabelecido no Código de Ética Profissional, sendo este uma proteção ao profissional bem como a seu avaliando ou atendido.

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Page 17: Profissãopsicólogo

IX. PORTE DE ARMAS E PSICOLOGIA DO TRÂNSITO

1) Qual a relação do psicólogo com a emissão de porte de armas?

O porte de arma é expedido pela Policia Federal mediante a Avaliação Psicológica para Emissão do Porte Federal de Arma entre outras exigências. Esta avaliação é feita por profissional psicólogo credenciado junto ao Departamento ou à Delegacia da Policia Federal. Para se credenciar, o psicólogo deve consul-tar uma Delegacia da Policia Federal (Setor de Armas / Porte de Armas) para saber se existe credenciamento ou publicação de Edital para credenciamento.

2) O que é preciso para atuar como perito examinador do trânsito?

Para realizar as avaliações psicológicas junto ao Detran, é necessário ter concluído o curso de capacitação para psicólo-go perito examinador de trânsito, ministrado por instituições de ensino ou fundações. A lista das instituições credenciadas a ministrar os cursos de capacitação deve ser verificada junto ao Detran/RS.

3) Como me credenciar junto ao Detran/RS e realizar av-aliações psicológicas para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH)?

O psicólogo que desejar atuar como perito examinador do trânsito, realizando avaliações psicológicas para emissão da Carteira Nacional de Habilitação, deverá estar regularmente ins-crito junto ao CRP e fazer o credenciamento junto ao Detran/RS. A lista dos documentos necessários está disponível no site: www.detran.rs.gov.br.

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Page 18: Profissãopsicólogo

X. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO

T

isso exige, também, uma reflexão contínua sobre o próprio códi-go de ética que nos orienta.

A formulação deste Código de Ética, o terceiro da profissão de psicólogo no Brasil, responde ao contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do país e ao estágio de desenvolvimen-to da Psicologia enquanto campo científico e profissional. Este Código de Ética dos Psicólogos é reflexo da necessidade, sentida pela categoria e suas entidades representativas, de atender à e-volução do contexto institucional-legal do país, marcadamente a partir da promulgação da denominada Constituição Cidadã, em 1988, e das legislações dela decorrentes.

Consoante com a conjuntura democrática vigente, o presente Código foi construído a partir de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da profissão, suas responsabilidades e compro-missos com a promoção da cidadania. O processo ocorreu ao longo de três anos, em todo o país, com a participação direta dos psicólogos e aberto à sociedade.

Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproxi-mar-se mais de um instrumento de reflexão do que de um con-junto de normas a serem seguidas pelo psicólogo. Para tanto, na sua construção buscou-se:

a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional.

b. Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limi-tes e interseções relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as relações que estabelece com a socie-dade, os colegas de profissão e os usuários ou beneficiários dos seus serviços.

c. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a crescente inserção do psicólogo em contextos ins-titucionais e em equipes multiprofissionais.

d. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não em suas práticas particulares, uma vez que os prin-cipais dilemas éticos não se restringem a práticas específicas e surgem em quaisquer contextos de atuação.

Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a expectativa é de que ele seja um instrumento capaz

Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender demandas sociais, norteado por elevados pa-drões técnicos e pela existência de normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional com seus pares e com a sociedade como um todo.

Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões es-perados quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade, procura fomentar a auto-reflexão exi-gida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de modo a responsa-bilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas conseqüências no exercício profissional. A missão primordial de um código de ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do tra-balho, e, sim, a de assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria.

Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de sociedade que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-se em princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano e seus direitos fundamentais. Por constituir a expressão de valores universais, tais como os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos, sócio-culturais, que refletem a realidade do país; e de valores que estruturam uma profissão, um código de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de normas e imutável no tempo. As sociedades mudam, as profissões transformam-se e

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de delinear para a sociedade as responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua formação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o fortalecimento e ampliação do significado social da profissão.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na pro-moção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a quali-dade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, ana-lisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.

IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desen-volvimento da Psicologia como campo científico de conhecimen-to e de prática.

V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da ciên-cia psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão.

VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando situações em que a Psicolo-gia esteja sendo aviltada.

VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos con-textos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.

DAS RESPONSABILIDADES DO PSICÓLOGO

Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:a) Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código;b) Assumir responsabilidades profissionais somente por ativida-

des para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de

trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamen-tados na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional;

d) Prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de emergência, sem visar benefício pessoal;

e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do usuário ou beneficiário de serviços de Psicologia;

f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psi-cológicos, informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional;

g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;

h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho;

i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, em-préstimo, guarda e forma de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas conforme os princípios deste Código;

j) Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profis-sionais, respeito, consideração e solidariedade, e, quando solicita-do, colaborar com estes, salvo impedimento por motivo relevante;

k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos justificáveis, não puderem ser continuados pelo profis-sional que os assumiu inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do trabalho;

l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o e-xercício ilegal ou irregular da profissão, transgressões a princí-pios e diretrizes deste Código ou da legislação profissional.

Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que carac-

terizem negligência, discriminação, exploração, violência, cruel-dade ou opressão;

b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ide-ológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais;

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c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de violência;

d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exer-çam ou favoreçam o exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade profissional;

e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direi-tos, crimes ou contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços profissionais;

f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e mei-os não estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;

g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade téc-nicocientífica;

h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer de-clarações falsas;

i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;

j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado;

k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fide-lidade aos resultados da avaliação;

l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visan-do benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por insti-tuição com a qual mantenha qualquer tipo de vínculo profissional;

m) Prestar serviços profissionais a organizações concor-rentes de modo que possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de informações privilegiadas;

n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais;

o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens outras de qualquer espécie, além dos honorários con-tratados, assim como intermediar transações financeiras;

p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por enca-minhamento de serviços;

q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apre-

sentar resultados de serviços psicológicos em meios de comuni-cação, de forma a expor pessoas, grupos ou organizações.

Art. 3º – O psicólogo, para ingressar, associar-se ou per-manecer em uma organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas nela vigentes e sua compati-bilidade com os princípios e regras deste Código.

Parágrafo único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicó-logo recusar-se a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.

Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados

e as condições do usuário ou beneficiário;b) Estipulará o valor de acordo com as características da ati-

vidade e o comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado;

c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos indepen-dentemente do valor acordado.

Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou para-lisações, garantirá que:

a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou

beneficiários dos serviços atingidos pela mesma.Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais

não psicólogos:a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e

qualificados demandas que extrapolem seu campo de atuação;b) Compartilhará somente informações relevantes para quali-

ficar o serviço prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade, de quem as re-ceber, de preservar o sigilo.

Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:

a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário

do serviço, quando dará imediata ciência ao profissional;c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das

partes, da interrupção voluntária e definitiva do serviço;d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a inter-

venção fizer parte da metodologia adotada.

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Page 21: Profissãopsicólogo

Art. 8º – Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seus responsáveis, observadas as determinações da legislação vigente:

§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá ser efetuado e comunicado às autoridades competentes;

§2° – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminha-mentos que se fizerem necessários para garantir a proteção inte-gral do atendido.

Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.

Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os ca-sos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.

Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.

Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo po-derá prestar informações, considerando o previsto neste Código.

Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as infor-mações necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho.

Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem medidas em seu benefício.

Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e ob-servação da prática psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional vigente, devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.

Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.

§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo de-verá repassar todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior utilização pelo psicólogo substituto.

§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicó-logo responsável informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação dos arquivos confidenciais.

Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas para a produção de conhecimento e desen-volvimento de tecnologias:

a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos, organizações e comunidades envolvidas;

b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvi-dos, mediante consentimento livre e esclarecido, salvo nas situ-ações previstas em legislação específica e respeitando os princí-pios deste Código;

c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organiza-ções, salvo interesse manifesto destes;

d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados das pesquisas ou estudos, após seu encerramen-to, sempre que assim o desejarem.

Art. 17 – Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar, orientar e exigir dos estudantes a observân-cia dos princípios e normas contidas neste Código.

Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, em-prestará ou venderá a leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.

Art. 19 – O psicólogo, ao participar de atividade em veícu-los de comunicação, zelará para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão.

Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer meios, individual ou coletivamente:

a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;

b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profis-sionais que possua;

c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou regu-lamentadas pela profissão;

d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;e) Não fará previsão taxativa de resultados;f) Não fará auto-promoção em detrimento de outros profissionais;

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g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras categorias profissionais;

h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades pro-fissionais.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código cons-tituem infração disciplinar com a aplicação das seguintes penali-dades, na forma dos dispositivos legais ou regimentais:

a) Advertência;b) Multa;c) Censura pública;d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta)

dias, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia;e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do

Conselho Federal de Psicologia.Art. 22 – As dúvidas na observância deste Código e os casos

omissos serão resolvidos pelos Conselhos Regionais de Psicolo-gia, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia.

Art. 23 – Competirá ao Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudência quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código.

Art. 24 – O presente Código poderá ser alterado pelo Con-selho Federal de Psicologia, por iniciativa própria ou da categoria, ouvidos os Conselhos Regionais de Psicologia.

Art. 25 – Este Código entra em vigor em 27 de agosto de 2005.

XI. RESOLUÇÕES CFP

O conteúdo completo das resoluções pode ser acessado no site www.crprs.org.br. Importante a consulta no site pois as resoluções são continuamente revisadas, ampliadas, sumprimi-das ou extintas.

1. Estrutura e funcionamento do Sistema Conselhos

• Resolução CFP n° 002/1998 - Altera a Consolidação das Resoluções do Conselho Federal de Psicologia, aprovada pela Resolução CFP n° 004/1986, de 19 de outubro de 1986.

• Resolução CFP n° 008/1998 - Disciplina o pagamento das contribuições dos psicólogos autuados pelos Conselhos Regio-nais de Administração.

• Resolução CFP n° 009/1998 - Institui o Estatuto do Con-selho Federal de Psicologia.

• Resolução CFP n° 010/1998 - Institui o Regimento Interno da Assembléia das Políticas Administrativas e Financeiras -APAF.

• Resolução CFP n° 011/1998 - Institui a Comissão de Direi-tos Humanos do Conselho Federal de Psicologia.

• Resolução CFP n° 013/1998 - Fixa os valores das anui-dades devida aos Conselhos Regionais de Psicologia por pes-soas físicas e jurídicas, regulamenta a Cobrança Compartilhada e dá outras providências.

• Resolução CFP n° 014/1998 - Institui e regulamenta a criação de Seções no âmbito dos Conselhos Regionais de Psicologia.

• Resolução CFP n° 016/1998 - Institui a Consolidação das Resoluções do Conselho Federal de Psicologia.

• Resolução CFP n° 022/1998 - Institui as Normas e Procedi-

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mentos Administrativos, Financeiros e Contábeis para o Sistema CFP/CRP.

• Resolução CFP n° 04/1999 - Aprova o regimento interno do Conselho Federal de Psicologia, com as modificações introduzi-das pelo Art. 58, da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998.

• Resolução CFP n° 05/1999 - Aprova o regimento eleitoral para a escolha de conselheiros federais e regionais nos Conse-lhos de Psicologia.

• Resolução CFP n° 09/1999 - Altera a redação do Art.9º da Resolução do CFP Nº 016/1998.

• Resolução CFP n° 010/2001 - Estabelece os procedimentos administrativos a serem adotados para o repasse da cota-parte e o pagamento de outras obrigações dos Conselhos Regionais para o Federal de Psicologia e dá outras providências.

• Resolução CFP n° 011/2001 - Estabelece a responsabilidade dos Conselhos Regionais de Psicologia pelas despesas decor-rentes das Comissões de Sindicância e de Instrução realizadas pelo Conselho Federal de Psicologia e dá outras providências.

• Resolução CFP n° 006/2002 - Dispõe sobre o valor de jeton a ser pago pelo Conselho Federal de Psicologia.

• Resolução CFP n° 011/2002 - Promove a intervenção no Conselho Regional de Psicologia da 5ª Região – CRP-05 e dá outras providências.

• Resolução CFP n° 012/2002 - Instituir processo seletivo para contratação de empregados do Conselho Federal de Psico-logia e dos Conselhos Regionais de Psicologia.

• Resolução CFP n° 014/2002 - Regulamenta o pagamento das obrigações do Conselho Federal de Psicologia por intermédio do sistema eletrônico.

• Resolução CFP n° 004/2003 - Regulamenta o pagamento das obrigações do Conselho Federal de Psicologia por intermédio do sistema eletrônico.

• Resolução CFP nº 011/2003 - Regulamenta o provimento de cargo em comissão no âmbito do Conselho Federal de Psico-logia e cria a função gratificada de Coordenador Técnico.

• Resolução CFP n° 001/2004 - Cria o Conselho Regional de Psicologia da 16ª Região, fixa novas jurisdições e dá outras providências.

• Resolução CFP n° 005/2005 - Estabelece o instrumento de Con-vênio para a formação de parcerias relacionadas ao apoio do Con-

selho Federal de Psicologia e iniciativas de divulgação da psicologia.• Resolução CFP n° 007/2005 - Altera a Resolução CFP nº

17/2003, que dispõe sobre os valores de diárias e ajuda de custo a serem pagas pelo Conselho Federal de Psicologia.

• Resolução CFP n° 015/2005 - Altera a Norma nº 01 da Resolução CFP nº 022/1998, que institui as Normas e Procedi-mentos Administrativos, Financeiros e Contábeis para o Sistema CFP/CRP.

2. Inscrição, registro e cadastro

• Resolução CFP n° 024/1995 - Cria Cadastro Nacional e estabelece critérios para o recadastramento dos psicólogos in-scritos nos Regionais.

• Resolução CFP n° 015/2000 - Dispõe sobre a Inscrição nos Conselhos Regionais de Psicologia de Egressos de Cursos Se-qüenciais na Área de Psicologia.

• Resolução CFP n° 002/2002 - Institui e normatiza a ins-crição dos Psicólogos estrangeiros e dá outras providências.

• Resolução CFP n° 001/2005 - Veda a inscrição nos Conse-lhos Regionais de Psicologia de egressos de cursos tecnológicos na área de psicologia.

• Resolução CFP n° 016/2005 - Altera a Resolução CFP nº 001/2005 que veda a inscrição nos Conselhos Regionais de Psi-cologia de egressos de cursos tecnológicos na área de Psicologia.

3. Prestação de serviços

• Resolução CFP n° 002/1995 - Dispõe sobre prestação de serviços psicológicos por telefone.

• Resolução CFP n° 015/1996 - Institui e regulamenta a con-cessão de atestado psicológico para tratamento de saúde por problemas psicológicos.

• Resolução CFP n° 001/1999 - Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual.

• Resolução CFP n° 003/2000 - Regulamenta o atendimento psicoterapêutico mediado por computador.

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• Resolução CFP n° 010/2003 - Altera a Resolução CFP nº 003/2000.

• Resolução CFP n° 006/2000 - Que institui a Comissão Na-cional de Credenciamento e Fiscalização dos Serviços de Psico-logia pela Internet.

• Resolução CFP n° 010/2000 - Especifica e Qualifica a Psi-co-terapia como Prática do Psicólogo.

• Resolução CFP n° 012/2000 - Institui o Manual para Ava-liação Psicológica de Candidatos à Carteira Nacional de Habili-tação e Condutores de Veículos Automotores.

• Resolução CFP n° 013/2000 - Aprova e Regulamenta o uso da Hipnose como Recurso Auxiliar de Trabalho do Psicólogo.

• Resolução CFP n° 025/2001 - Define teste psicológico como método de avaliação privativo do psicólogo e regulamenta sua elaboração, comercialização e uso.

• Resolução CFP nº 002/2003 - Define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos e revoga a Resolução CFP n° 025/2001.

• Resolução CFP n° 030/2001 - Institui o Manual de Elabo-ração de Documentos, produzidos pelo psicólogo, decorrentes de Avaliações Psicológicas.

• Resolução CFP n° 001/2002 - Regulamenta a Avaliação Psicológica em Concurso Público e processos seletivos da mes-ma natureza.

• Resolução CFP n° 005/2002 - Dispõe sobre a prática da acupuntura pelo psicólogo.

• Resolução CFP n° 017/2005 - Regulamenta o atendimento psicoterapêutico e outros serviços psicológicos mediados por computador e revoga a Resolução CFP n° 003/2000.

• Resolução CFP n° 016/2002 - Dispõe acerca do trabalho do psicólogo na avaliação psicológica de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e condutores de veículos automotores.

• Resolução CFP n° 017/2002 – Manual de Elaboração de Documentos.

• Resolução CFP n° 018/2002 - Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação a preconceito e discriminação racial.

• Resolução CFP nº 007/2003 - Institui o Manual de Elabo-ração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica e revoga a Resolução CFP nº 017/2002.

• Resolução CFP n° 012/2005 - Regulamenta o atendi-mento psicoterapêutico e outros serviços psicológicos media-dos por computador e revoga a Resolução CFP n° 003/2000.

4. Divulgação de serviços

• Resolução CFP n° 010/1997 - Estabelece para divulgação, a publicidade e o exercício profissional do psicólogo, associados a práticas que não estejam de acordo com os critérios científicos estabelecidos no campo da Psicologia.

• Resolução CFP n° 011/2000 - Disciplina a Oferta de Produ-tos e Serviços ao Público.

5. Ética e disciplina

• Resolução CFP n° 006/2001 - Institui o código de proces-samento disciplinar.

• Resolução CFP n° 010/2005 - Aprova o Código de Ética Profissional do Psicólogo.

6. Pesquisa

• Resolução CFP n° 011/1997 - Dispõe sobre a realização de pesquisas com métodos e técnicas não reconhecidas pela Psicologia.

• Resolução CFP n° 016/2000 - Dispõe sobre a Realização de Pesquisa em Psicologia com Seres Humanos.

7. Formação

• Resolução CFP n° 012/1997 - Disciplina o Ensino de Mé-todos e Técnicas Psicológicas em cursos livres e de pós-gradu-ação, por Psicólogos a não Psicólogos.

• Resolução CFP n° 009/2000 - Institui e Regulamenta o Ma-nual de Normas Técnicas para a Residência em Psicologia na Área de Saúde

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8. Título de especialista

• Resolução CFP n° 014/2000 - Institui o Título Profissional de Especialista em Psicologia e Dispõe Sobre Normas e Procedi-mentos para seu Registro.

• Resolução CFP n° 007/2001 - Aprova o Manual para Cre-denciamento de Cursos com finalidade de Concessão do Título de Especialista e respectivo registro.

• Resolução CFP n° 002/2001 - Altera e regulamenta a Resolução CFP n° 014/2000 que institui o título de especialista em Psicologia e seu respectivo registro.

• Resolução CFP n° 003/2002 - Altera a Resolução CFP nº 002/2001, de 10 de março de 2001 (Professores Supervisores).

• Resolução CFP n° 08/2001 - Institui a taxa de administração e custeio do processo de Cadastramento de Cursos, com vistas ao Credenciamento junto ao CFP para aceitação de certificados e concessão de Título de Especialista e respectivo registro.

• Resolução CFP n° 009/2002 - Dispõe sobre a prorrogação do prazo para solicitação do título profissional de especialista em psicologia por experiência comprovada.

• Resolução CFP n° 010/2002 - Dispõe sobre a prorrogação do prazo constante na Resolução CFP nº 009/2002.

• Resolução CFP n° 005/2003 - Reconhece a Psicologia So-cial como especialidade em Psicologia para finalidade de con-cessão e registro do título de Especialista.

• Resolução CFP nº 002/2004 - Reconhece a Neuropsicologia como especialidade em Psicologia para finalidade de concessão e registro do título de Especialista.

• Resolução CFP n° 003/2005 - Altera a Resolução CFP nº 007/2001, que Aprova o Manual para Credenciamento de Cursos com finalidade de Concessão do Título de Especialista e respectivo registro e dá outras providências.

• Resolução CFP nº 004/2005- Atualiza a taxa de adminis-tração e custeio do processo de Cadastramento de Cursos, com vistas ao Credenciamento junto ao CFP para aceitação de certifi-cados e concessão de Título de Especialista e respectivo registro.

• Resolução CFP n° 008/2005 - Altera a Resolução CFP nº 007/2001, que Aprova o Manual para Credenciamento de Cursos com finalidade de Concessão do Título de Especialista e respectivo registro e dá outras providências.

• Resolução CFP n° 013/2005 - Altera a Resolução CFP nº 008/2005, que Aprova o Manual para Credenciamento de Cursos com finalidade de Concessão do Título de Especialista e respectivo registro e dá outras providências.

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XII. ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS DO PSICÓLOGO NO BRASIL - CATÁLOGO BRASILEI-RO DE OCUPAÇÕES DO MINISTÉRIO DO TRABALHO (CBO)

0-74: Psicólogos

Os trabalhadores deste grupo de base estudam a estrutura psíquica e os mecanismos de comportamento dos seres hu-manos. Desempenham tarefas relacionadas a problemas de pessoal, como processos de recrutamento, seleção, orientação profissional e outros similares, à problemática educacional e a estudos clínicos individuais e coletivos. Suas funções consis-tem em: elaborar e aplicar métodos e técnicas de pesquisa das características psicológicas dos indivíduos; organizar e aplicar métodos e técnicas de recrutamento, seleção e orientação profis-sional, proceder à aferição desses processos, para controle de sua validade; realizar estudos e aplicações práticas no campo da educação (creches e escolas); realizar trabalhos em clínicas psi-cológicas, hospitalares, ambulatoriais, postos de saúde, núcleos e centros de atenção psicossocial; realizar trabalhos nos casos de famílias, crianças e adolescentes, sistemas penitenciários, as-sociações esportivas, comunidades e núcleos rurais.

0-74.10: Psicólogo, em geral

Procede ao estudo e à análise dos processos intra e in-terpessoais e nos mecanismos do comportamento humano, elaborando e ampliando técnicas psicológicas, como teste para determinação de características afetivas, intelectuais, sen-soriais ou motoras, técnicas psicoterápicas e outros métodos de verificação, para possibilitar a orientação, seleção e treina-mento no campo profissional, no diagnóstico, na identificação e interferência nos fatores determinantes na ação do indivíduo, em sua história pessoal, familiar, educacional e social: procede à formulação de hipóteses e à sua comprovação experimental, observando a realidade e efetivando experiências de laboratórios e de outra natureza, para obter elementos relevantes ao estudo dos processos de desenvolvimento, inteligência, aprendizagem, personalidade e outros aspectos do comportamento humano e animal; analisa a influência dos fatores hereditários, ambientais e psicossociais e de outras espécies que atuam sobre o indivíduo, entrevistando o paciente, consultando a sua ficha de atendi-mento, aplicando testes, elaborando psicodiagnóstico e outros métodos de verificação, para orientar-se no diagnóstico e trata-mento psicológico de certos distúrbios comportamentais e de personalidades; promove a saúde na prevenção, no tratamento e reabilitação de distúrbios psíquicos, estudando características individuais e aplicando técnicas adequadas para restabelecer os padrões normais de comportamento e relacionamento humano; elabora e aplica técnicas de exame psicológico, utilizando seu conhecimento e prática metodológica específicos, para determi-nar os traços e as condições de desenvolvimento da personali-dade dos processos intrapsíquicos e interpessoais, nível de in-teligência, habilidades, aptidões, e possíveis desajustamentos ao meio social ou de trabalho, outros problemas de ordem psíquica e recomendar a terapia adequada; participa na elaboração de terapias ocupacionais observando as condições de trabalho e as funções e tarefas típicas de cada ocupação, para identificar as aptidões, conhecimento de traços de personalidade compatíveis com as exigências da ocupação e estabelecer um processo de seleção e orientação no campo profissional; efetua o recruta-mento, seleção e treinamento, acompanhamento e avaliação de desempenho de pessoal e a orientação profissional, promovendo

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entrevistas, elaborando e aplicando testes, provas e outras verifi-cações, a fim de fornecer dados a serem utilizados nos serviços de emprego, administração de pessoal e orientação individual; atua no campo educacional, estudando a importância da moti-vação do ensino, novos métodos de ensino e treinamento, a fim de contribuir para o estabelecimento de currículos escolares e técnicas de ensino adequados e determinação de características especiais necessárias ao professor; reúne informações a respeito do paciente, transcrevendo os dados psicopatológicos obtidos em testes e exames, para elaborar subsídios indispensáveis ao diagnóstico e tratamento das respectivas enfermidades; diagnos-tica a existência de possíveis problemas na área de distúrbios psíquicos, aplicando e interpretando provas e outros reativos psi-cológicos, para aconselhar o tratamento ou a forma de resolver as dificuldades momentâneas. Pode atuar na área de propaganda, visando detectar motivações e descobrir a melhor maneira de a-tendê-las. Pode participar da elaboração, adaptação e construção de instrumentos e técnicas psicológicas através da pesquisa, nas instituições acadêmicas, associações profissionais e outras enti-dades cientificamente reconhecidas.

0-74.15: Psicólogo do Trabalho

Exerce atividades no campo da psicologia aplicada ao tra-balho, como recrutamento, seleção orientação, aconselhamento e treinamento profissional, realizando a identificação e análise de funções, tarefas e operações típicas das ocupações, organizando e aplicando testes e provas, realizado entrevistas, sondagem de aptidões e de capacidade profissional e no acompanhamento e avaliação de desempenho de pessoal, para assegurar às empre-sas ou onde quer que se dêem as relações laborais a aquisição de pessoal dotado das habilidades necessárias, e ao indivíduo maior satisfação no trabalho: desempenha atividades relaciona-das ao recrutamento, seleção, orientação e treinamento, análise de ocupações e profissiográficas e no acompanhamento de a-valiação de desempenho de pessoal, atuando em equipes mul-tiprofissionais e aplicando os métodos e técnicas da psicologia aplicada ao trabalho, como entrevistas, testes, provas, dinâmicas de grupo, etc. para possibilitar a identificação dos candidatos

mais adequados ao desempenho da função e subsidiar as de-cisões na área de recursos humanos como: promoção, movi-mentação de pessoal, incentivo, remuneração de carreira, ca-pacitação e integração funcional e promover, em conseqüência, a auto-realização no trabalho; desenvolve e analisa, diagnostica e orienta casos na área da saúde observando níveis de prevenção e reabilitação, participando de programas e/ou atividades na área da saúde e segurança de trabalho, subsidiando-os quanto a as-pectos psicossociais para proporcionar melhores condições ao trabalhador; atua como consultor interno/externo, participando do desenvolvimento das organizações sociais, para facilitar proces-sos de grupo e de intervenção psicossocial nos diferentes níveis hierárquicos de estruturas formais; planeja e desenvolve ações destinadas a otimizar as relações de trabalho, o sentido de maior produtividade e da realização pessoal dos indivíduos e grupos, intervindo nos conflitos e estimulando a criatividade, para bus-car melhor qualidade de vida no trabalho; participa do processo de desligamento de funcionário, colaborando nos processos de demissões e no preparo para aposentadorias, a fim de ajudar a elaboração de novos projetos de vida.

Pode elaborar, executar e avaliar, em equipe multiprofis-sional, programas de desenvolvimento de recursos humanos. Pode participar dos serviços técnicos da empresa, colaboran-do em projetos de construção e adaptação das ferramentas e máquinas de trabalho do homem (ergonomia). Pode realizar pesquisas e ações no campo das relações capital/trabalho, bem como de assuntos relacionados à saúde do trabalhador e condições de trabalho. Pode participar da elaboração, im-plementação e acompanhamento das políticas de recursos humanos. Pode elaborar programas de melhoria de desem-penho, aproveitando o potencial e considerando os agentes motivacionais. Pode atuar na relação capital/trabalho no sen-tido de minimizar conflitos.

0-74.25: Psicólogo educacional

Atua, no âmbito da educação, realizando pesquisas, diag-nósticos e intervenção psicopedagógica em grupo ou indivi-dual, procede ao estudo dos educadores e ao comportamento

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Page 28: Profissãopsicólogo

do aluno em relação ao sistema educacional, às técnicas de ensino empregadas e aquelas a serem adotadas, baseando-se no conhecimento dos programas de aprendizagem e das diferenças individuais para colaborar no planejamento de cur-rículos escolares e na definição de técnicas de educação mais eficazes, a fim de uma melhor receptividade e aproveitamento do aluno e a sua auto-realização: elabora e aplica princípios e técnicas psicológicas, empregando conhecimentos dos vários ramos da psicologia, para apropriar o desenvolvimento intelec-tual, social e emocional do indivíduo; procede ou providencia a reeducação nos casos de dificuldades escolar e familiar, ba-seando-se nos conhecimentos sobre a psicologia da personali-dade e no psicodiagnóstico, para promover o desenvolvimento do indivíduo; estuda sistemas de motivação da aprendizagem, métodos novos de planejamento pedagógico, treinamento, en-sino e avaliação, baseando-se no conhecimento dos processos de aprendizagem da natureza e causa das diferenças individuais para ajudá-lo; analisa as características do indivíduo portador de necessidades especiais, empregando métodos de observação e baseando-se em conhecimentos de outras áreas da psicologia, para recomendar programas especiais de ensino compostos de currículos e técnicas adequadas aos diferentes níveis de in-teligência; participa de programas de orientação profissional e vocacional, aplicando testes de sondagem de aptidões e por outros meios, a fim de contribuir para a melhor adaptação do in-divíduo ao trabalho e sua conseqüente auto-realização; planeja e executa pesquisas relacionadas à compreensão do processo de ensino aprendizagem e conhecimento das características psicossociais da clientela, atualizando e reconstruindo projetos pedagógicos da escola, relevantes ao ensino, bem como suas condições de desenvolvimento e aprendizagem a fim de funda-mentar a atuação crítica do psicólogo, dos professores e dos usuários e de criar programas educacionais completos, alter-nativos ou complementares; participa do trabalho das equipes de planejamento pedagógico, currículo e políticas educacionais, concentrando sua ação nos aspectos que dizem respeito aos processos de desenvolvimento humano, da aprendizagem e das relações interpessoais e colaborando na constante avaliação e no redirecionamento dos planos e práticas educacionais, para imple-mentar uma metodologia de ensino que favoreça a aprendizagem

e o desenvolvimento através de treinamento, quando necessário. Pode supervisionar, orientar e executar ou-tros trabalhos na área da psicologia educacional.

0-74.35: Psicólogo clínico

Atua na área específica de saúde, procedendo ao exame de pessoas que apresentam problemas intra e interpessoais, de com-portamento familiar ou social ou distúrbios psíquicos, e ao respec-tivo diagnóstico e terapêutica, empregando enfoque preventivo ou curativo e técnicas psicológicas adequadas e cada caso, afim de contribuir para a possibilidade de o indivíduo elaborar sua inserção na vida comunitária: atende à gestante, acompanhando a gravidez, parto e puerpério para integrar suas vivências emocionais e cor-porais; prepara pacientes para a entrada, permanência e alta hos-pitalar, inclusive pacientes terminais, participando das decisões com relação à conduta a ser adotada pela equipe, para oferecer maior apoio, equilíbrio e proteção aos pacientes e seus familiares; acompanha programas de pesquisa, treinamento e política sobre saúde mental, elaborando, coordenando e supervisionando-os, para garantir a qualidade de tratamento em nível de macro e mi-crosistemas; atua junto a equipes multiprofissionais identificando e compreendendo os fatores emocionais, para intervir na saúde geral do indivíduo em unidades básicas, ambulatórios, hospi-tais, adaptando os indivíduos a fim de propiciar a elaboração das questões concernentes à sua inserção social; participa de progra-mas de atenção primária em centros e postos de saúde na comu-nidade organizando grupos específicos, para prevenir doenças ou agravamento de fatores emocionais que comprometem o bem-estar psicológico; desempenha tarefas similares às do psicólogo, em geral (0-74.10), porém é especializado no estudo, prognóstico e diagnóstico de problemas na área de psicomotricidade e psico-pedagogia, problemas emocionais, num grande espectro, pro-cedendo a terapêuticas, através de técnicas psicológicas a cada caso, como atendimento psicoterapêutico individual, de casal, familiar ou em grupo, ludoterapia, arteterapia, psicomotricidade e outras, avaliando através de entrevistas e testes de dinâmica de grupo, a fim de contribuir para prevenção, tratamento e elaboração pelo indivíduo à sua inserção na sociedade.

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Page 29: Profissãopsicólogo

0-74.45: Psicólogo de trânsito

Procede ao estudo no campo dos processos psicológi-cos, psicossociais e psicofísicos relacionados aos proble-mas de trânsito, elaborando e aplicando técnicas psicológi-cas, como exames psicotécnicos, para a determinação de aptidões motoras, físicas, sensoriais e outros métodos de verificação, para possibilitar a habilitação de candidatos à carteira de motorista e colaborar na elaboração e implan-tação de sistema de sinalização, prevenção de acidentes e educação de transito: desenvolve pesquisas científicas no campo dos processos psicológicos, psicossociais e psicofísicos, relacionando-os às questões do trânsito, para elaborar e implantar programas de treinamento à ca-pacitação; realiza exames em candidatos à habilitação de trânsito, aplicando entrevistas e testes psicotécnicos, para dirigir veículos automotores, participa de equipes multi-profissionais, elaborando e aplicando técnicas psicológi-cas em programas, para prevenir acidentes de trânsito; avalia a relação causa-efeito na ocorrência de acidentes de trânsito, levando atitudes-padrão dos envolvidos nes-sas ocorrências, para sugerir formas de evitar e/ou atenuar as suas incidências; colabora com as autoridades compe-tentes, quando designado, apresentando laudos, pareceres ou estudos sobre a natureza psicológica dos fatos, para favorecer a aplicação da lei e da justiça, elabora e aplica técnicas de mensuração das aptidões, habilidades e ca-pacidade psicológicas dos motoristas e candidatos à habi-litação, atuando em equipes multiprofissionais, para aplicar os métodos psicotécnicos de diagnóstico; desenvolve es-tudos, relativos à educação e ao comportamento individual e coletivo na situação de trânsito, especialmente nos com-plexos urbanos, levantando atitudes-padrão dos envolvidos e sua causa/efeito, para sugerir formas de evitar e atenuar as ocorrências. Pode estudar as aplicações psicológicas do alcoolismo e de outros distúrbios nas situações de trân-sito. Pode atuar como perito em exames para motorista objetivando sua readaptação ou reabilitação profissional. Pode prestar assessoria e consultoria a órgãos públicos e normativos em matéria de trânsito.

0-74.50: Psicólogo jurídico

Atua no âmbito da Justiça, colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos e pre-venção da violência, centrando sua atuação na orientação do dado psicológico repassado não só para os juristas como também aos indivíduos que carecem de tal intervenção, para possibilitar a avaliação das características de personalidade e fornecer subsídios ao processo judicial, além de contribuir para a formulação, revisão e interpretação das leis: avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças, adolescen-tes e adultos em conexão com processos jurídicos, seja por deficiência mental e insanidade, testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e guarda de crianças, apli-cando métodos e técnicas psicológicas e/ou de psicometria, para determinar a responsabilidade legal por atos criminosos; atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, Justiça do Trabalho, da família, da criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícias, para serem anexados aos proces-sos, a fim de realizar atendimento e orientação a crianças, ado-lescentes, detentos e seus familiares; orienta a administração e os colegiados do sistema penitenciário sob o ponto de vista psicológico, usando métodos e técnicas adequados, para esta-belecer tarefas educativas e profissionais que os internos pos-sam exercer nos estabelecimentos penais; realiza atendimento psicológico a indivíduos que buscam a Vara de Família, fazendo diagnósticos e usando terapêuticas próprias, para organizar e resolver questões levantadas; participa de audiência, prestando informações, para esclarecer aspectos técnicos em psicolo-gia a leigos ou leitores do trabalho pericial psicológico; atua em pesquisas e programas sócio-educativos e de prevenção à violência, construindo ou adaptando instrumentos de inves-tigação psicológica, para atender às necessidades de crianças e adolescentes em situação de risco, abandonados ou infra-tores; elabora petições sempre que solicitar alguma providên-cia ou haja necessidade de comunicar-se com o juiz durante a execução de perícias, para serem juntadas aos processos; re-aliza avaliação das características das personalidade, través de triagem psicológica, avaliação de periculosidade e outros exa-mes psicológicos no sistema penitenciário, para os casos de

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pedidos de benefícios, tais como transferência para estabele-cimento semi-aberto, livramento condicional e/ou outros seme-lhantes. Pode assessorar a administração penal na formulação de políticas penais e no treinamento de pessoal para aplicá-las. Pode realizar pesquisa visando à construção e ampliação do conhecimento psicológico aplicado ao campo do direito. Pode realizar orientação psicológica a casais antes da entrada nupcial da petição, assim como das audiências de conciliação. Pode realizar atendimento a crianças envolvidas em situações que chegam às instituições de direito, visando à preservação de sua saúde mental. Pode auxiliar juizados na avaliação e assistên-cia psicológica de menores e seus familiares, bem como as-sessorá-los no encaminhamento a terapia psicológica quando necessário. Pode prestar atendimento e orientação a detentos e seus familiares visando à preservação da saúde. Pode fazer acompanhamento de detento em liberdade condicional, na in-ternação em hospital penitenciário, bem como atuar no apoio psicológico à sua família. Pode desenvolver estudos e pesqui-sas na área criminal, constituindo ou adaptando instrumentos de investigação psicológica.

0-74.55: Psicólogo de esporte

Procede ao estudo e exame do comportamento e das carac-terísticas psicológicas dos esportistas, elaborando, desenvol-vendo a aplicando técnicas apropriadas, como testes para de-terminação de perfis de personalidade, de capacidade motora, sensorial e outros métodos de verificação para possibilitar o diagnóstico e orientação individual ou grupal dentro da atividade que desempenha: realiza estudos e pesquisas individuais ou em equipe multidisciplinar, observando o contexto da atividade es-portiva, a fim de oferecer o conhecimento técnico e prático do comportamento dos atletas, dos dirigentes e do público, realiza atendimentos individuais ou em grupo de atletas, empregando técnicas psicoterápicas adequadas a cada caso, a fim de pre-parar psicologicamente o desempenho da atividade; elabora e participa de programas e estudos educacionais, recreativos e de reabilitação física, orientando a efetivação de um trabalho de caráter profilático ou corretivo, para conseguir o bem-estar dos

indivíduos; desenvolve ações para realização pessoal e melhoria de desempenho do atleta, utilizando-se de técnicas psicológi-cas adequadas, para otimizar as relações entre atletas, pessoal técnico e dirigentes; participa, em equipe multiprofissional, da preparação de planos de trabalho procedendo ao exame das características psicológicas dos esportistas, a fim de conseguir o aperfeiçoamento ou ajustamento aos objetivos da atividade. Pode acompanhar e observar o comportamento de atletas, visando ao estudo das variáveis psicológicas que interferem no desempenho de suas atividades especificas, como treinos e competições. Pode orientar pais ou responsáveis visando facilitar o acompa-nhamento e o desenvolvimento dos atletas. Pode colaborar para a compreensão e mudança, se necessário, do comportamento de educadores no processo de ensino e aprendizagem e nas re-lações intra e interpessoais que ocorrem nos meios esportivos.

0-74.60: Psicólogo social

Exerce atividades no campo da psicologia aplicada ao traba-lho social, orientando os indivíduos no que concerne a problemas de caráter social com o objetivo de levá-los a achar e utilizar os recursos e meios necessários para superar suas dificuldades e conseguir atingir metas determinadas: atua junto a organizações comunitárias e em equipes multiprofissionais, diagnosticando, planejando e executando os programas no âmbito da saúde, lazer, educação, trabalho e segurança pra ajudar os indivíduos e suas famílias a resolver seus problemas e superar suas dificuldades; dedicar-se à luta contra a delinqüência, organizando e supervi-sionando atividades educativas, sociais e recreativas em centros comunitários, para recuperar e integrar os indivíduos à sociedade; colabora com a Justiça, quando solicitado, apresentando laudos, pareceres e depoimentos, para servir como instrumentos com-probatórios para melhor aplicação da lei e da justiça; assessora órgãos públicos ou de caráter social, técnico e de consciência política, para resolver situações planejadas ou não; dedicar-se à luta contra delinqüência e fenômenos sociais emergentes, orga-nizando e supervisionando programas sociais e recreativos, em centros comunitários ou equivalentes, para buscar a melhoria das relações interpessoais e intergrupais, estendendo-a ao contexto

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Page 31: Profissãopsicólogo

sócio-histórico-cultural. Pode realizar levantamentos de demanda para planejamento, execução e avaliação de programas junto ao meio ambiente. Pode realizar trabalhos para uma instituição, investigando, examinando e tratando seus objetivos, funções e tarefas em lideranças formais e informais e nas comunicações e relações de poder. Pode trabalhar o campo das forças instituídas e instituintes, intervindo nos processos psicológicos que afetam a estrutura institucional. Pode promover estudos sobre carac-terísticas psicossociais de grupos étnicos, religioso, classes e segmentos sociais e culturais. Pode atuar junto aos meios de comunicação, assessorando quanto aos aspectos psicológicos nas técnicas de comunicação e propaganda.

0-74.90: Outros psicólogos

Incluem-se aqui os psicólogos não-classificados nas an-teriores epígrafes deste grupo de base, por exemplo, os que se encarregam da formulação de hipóteses e de sua comprovação experimental, os que se ocupam dos aspectos psicológicos dos programas e medidas de prevenção de acidentes nas empre-sas, os que se dedicam à pesquisa, análise e comprovação de fenômenos sobrenaturais, provavelmente procedente de facul-dades humanas.

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O Caderno de Orientação Profissional é uma publicação do Con-selho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul

Elaboração: Jefferson Bernardes, Lúcio Fernando Garcia, Maria da Graça JacquesEdição: Liliana Rauber (Jornalista MTB 9684)Comissão de Comunicação: Betina Mielke, Helena Scarparo, Letícia Giannechini, Liliana Rauber, Silvana de OliveiraProjeto gráfico e diagramação: Tavane Reichert Machado

Distribuição gratuita

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