professores espíritas - associatec · espíritas do estado de são paulo encontro reúne...

16
DGE ESPÍl Veículo da USE - União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores esp i tas O encontro aconteceu no Insti- tuto Espírita de Educação, em São Paulo, com a presença de quase uma centena de pessoas. Matéria na última página. USE lança "Família e Espiritismo" Preparado pelo Departamento de Educação, o livro tem 120 pá- ginas e está a venda na Livraria da Use. Última Página. 4:SERIE EDUCAÇAO FIA E ESPITISMO EDIÇÕES U S E. ANO 11í - N' 14 - NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1992 Grupo de dirigentes do Encontro de Araçatuba Evangelizadores se reem para estudos em Araçatuba O Encontro Estadual de Evangelizadores já é uma tradição. Este ano, foi realizado em Araçatuba com resultados animadores. Leia matéria em Agenda. Leia, ainda, ne�ta edição Os males do coletivismo A compe�ência no trabalho Fantasias e Realidades no Centro Espírita Ajude o "Dirigente Espírita" a ajudá-lo A farsa no teatro espírita Deturpações e Tolerância

Upload: others

Post on 16-Mar-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

DIRIGE ESPÍRfl'A Veículo da USE - União das Sociedades

Espíritas do Estado de São Paulo

Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti­tuto Espírita de Educação, em São Paulo, com a presença de quase uma centena de pessoas. Matéria na última página.

USE lança "Família e

Espiritismo" Preparado pelo Departamento de Educação, o livro tem 120 pá­ginas e está a venda na Livraria da Use. Última Página.

4:.SERIE

EDUCAÇAO

FAMÍLIA E

ESPIRITISMO

EDIÇÕES U S E.

ANO 11í - N' 14 - NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1992

Grupo de dirigentes do Encontro de Araçatuba

Evangelizadores se reúnem para estudos em Araçatuba O Encontro Estadual de Evangelizadores já é uma tradição. Este ano, foi

realizado em Araçatuba com resultados animadores. Leia matéria em Agenda.

Leia, ainda, ne�ta edição

Os males do coletivismo A compe�ência no trabalho

Fantasias e Realidades no Centro Espírita Ajude o "Dirigente Espírita" a ajudá-lo

A farsa no teatro espírita Deturpações e Tolerância

Page 2: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

OPINIÃO

Questão de maturidade Muitos se dizem a fa­

vor da união de esfor­ços em prol de uma cau­sa comum. Nem tantos revelam esse interesse na prática. Qual a cau­sa disso? Eis aí uma coi­sa a ser aprofundada. De fato, se feita uma enquete, é possível que expressiva parcela de dirigentes e espíritas em geral revelem seu apoio a uma junção de esfor­ços favorável ao anda­mento do movimento espírita brasileiro, de maneira até muito cla­ra. Atrás disso estará, sem dúvida, uma posi­ção indiscutível de Kar­dec, impulsionando a uns, e as ações passa­das de notáveis espíri­tas, a outros convencen­do. Assim, ficam as ra­zões favoráveis escla­recidas. Mas não tão­claras ficam a ausência na prática e a fuga evi­dente de muitos no mo­mento de pôr as mãos no arado. Eis a grande questão.

Unir é do ideal; con­viver exige esforço. Ser a favor significa com­preender a necessidade;

participar pede sacrifí­cio. Ouvem-se muitas respostas daqueles que encontramos no cami­nho comum da unifi­cação. Uns afirmam que não têm tempo, outros que nada teriam a acres­centar; uns alegam fal­ta de espaço, outros que o espaço está grande de­mais. De alguns se ou­ve críticas contra esteou aquele dirigente, deoutros se ouve elogios;aqui se diz que a insti­tuição federativa pou­co ou quase nada fazpara os adesos ou uni­dos, ali se estranha quemuitos se comportemcom total distância dostrabalhos comuns.

É certo que expres­siva quantidade de es­píritas, em tese, sabe­riam dizer o que é ne­cessário para que um trabalho federativo fos­se bem feito. Mas, por que há tantas ausências? Culpa de quem? Por que, ali, o grupo criti­ca, mas fica assistindo o passar da carruagem?Por que, acolá, os mes­mos que criticam se comportam com total

incapacidade de convi­ver com as idéias con­trárias? Isolam-se os in­teligentes, distantes da atividade. Desejam ser independentes, para po­derem realizar a críti­ca. Mas, por que per­manecem isolados?

Há no fundo uma questão de maturidade, exigindo de cada gru­po ou indivíduo o com­portamento altivo, qual­quer que seja a posi­ção que ocupe. Matu­ridade, porém, é como a inspiração do poeta "não se aprende no co­légio". O importante é obter-se respostas cla­ras para todas estas questões. Claras e ob­jetivas, ou seja, que não fiquem a apontar falhas de forma, como respon­sáveis maiores por uma situação que deve e po­de ser melhorada. Res­postas que não sejam periféricas, do tipo - o problema é de quem es­tá na direção. Afinal, o destino do movimento espírita se assemelha ao da nação brasileira: es­tá nas mãos do seu po­vo.

"DIRIGENTE ESPÍRITA" É O PRIMEIRO JORNAL ESPECIALIZADO PARA CENTROS ESPÍRITAS. FAZENDO UMA

ASSINATURA ANUAL, VOCÊ COLABORA PARA SUA MANUTENÇÃO E GARANTE SUA EXISTÊNCIA.

2 - Diâgente Espírita - Novembro/Dezembro de 1992

EXPEDIENTE Veículo oficial de Unificação da USE- Uniiío das Sockdades Espíritas do Estado de São Paulo destinado especialmente aos dirigentes

. de centros t instituifõts espíritas.

Editor

Wilson Garcia (Jornalista Responsável)

Secretária

Miriam Fávaro

Redação

Ivan René Franzolim Luiz Antoruo Fuchs

Ecler Fávaro Anlotúo César Perri de Carvalho

Amilcar Dei Chiaro Filho

Assinaturas

Carlos Teixeira Ramos

Anual: Cr$ S0.000,00 Manlcncdor: acima ele Cr$ 70.000,00

Número Avulso: Cr$ S.000,00

Produção Gráfica

GP - Fone: (011) 883-7622 e.o.e. n• SS.573.88S/0001-00

Editoração Eletrônica

Adriano de Araujo G,arcia

Este nrimero

S.000 exemplares

lf.s.E. uriõo das sociedcxles espíritas do estado desõo paulo entidade coordenodoro e represeofot,vo do movimento espirita estoduol no Conselho Federnlivo Nacional do Federoçõo Espirita 8rosilefro.

Rua Dr. Gabriel Piza, 433 Ccp 02036-011 - São Paulo - SP

Fone (Oi 1) 290-8108

A USE não se r,sponsabi/iza por conceitos emüidos em maJirias assinadas. As colabo­rações enviadas e não publicadas não se­rão devolvidas. Reservamo-nos o direito de publicar somente o que estiver de acordo com a linha editorial do veículo.

Page 3: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

COMPORTAMENTO

Quando o coletivismo mata a individualidade e prejudica as atividades do centro

Duas coisas estão bem claras na Doutrina Espírita: a imortalidade da alma e sua individualidade. Ou seja, a alma não morre com o cor­po físico nem perde sua rea­lidade individual. Em ter­mos de evolução, o espiri­tismo é também claro: a al­ma evolui espiritualmente, em termos intelectuais e de sentimentos, e esta evolu­ção acarreta o progresso do meio ambiente em que ela vive.

A lembrança desses pre­ceitos doutrinário-espíritas tem o objetivo de discutir as atividades coletivas e sua influência sobre a individua­lidade do ser. Isto porque entre o individualismo puro e o coletivismo extremado há urna esteira de fatos que exercem decisiva influência no produto das atividades humanas. E nem sempre es­sas influências são apenas positivas, como muitos acre­ditam.

Espíritos bem postados e com bom crédito entre os homens, qual André Luiz e Emmanuel, afirmam, com base na doutrina e no ensi­namento cristão, que os ho­mens precisam substituir o individualismo personalista pelo trabalho coletivo. Es­píritas bem intencionados, na direção de suas institui­ções e no atã de colocar aquelas afirmativas em prá­tica, esbarram em proble­mas interessantes que des­viam os resultados gerais. Onde está a falha?

Sem dúvida, na interpre­tação do ensinamento. E aí também as coisas aparecem muito claras: se a individua­lidade é urna certeza, o tra­balho coletivo só poderá dar bons frutos se valorizar a individualidade. Qualquer

Wilson Garcia

trabalho desenvolvido cole­tivamente, que aniquile a in­dividualidade, traz em si o germe da destruição. Veja bem: o indivíduo que, tra­balhando solitariamcnte, se acostuma a obter determi­nado resultado percentual, não se acostuma facilmente ao trabalho em grupo se o resultado do grupo for mui­to inferior àquele obtido in­dividualmente. Mas é o que acontece com frequência. Para desenvolver atividades coletivas, as inteligências mais adiantadas se obrigam a uma espécie de resultado menos expressivo.

É preciso, portanto, criar­se meios de valorização da individualidade para que ela se predisponha ao trabalho em grupo. Somente com es­tímulos poderá o indivíduo assentar-se com tranquilida­de no grupo. A questão do aperfeiçoamento espiritual, que se obtém com vanta­gens no trabalho em grupo, é um bom estímulo. Mas o maior deles será, sem dúvi­da, a certeza dos ganhos a nível de valores interiores pelo indivíduo. Ou seja, se o trabalho em grupo apare­ce para as pessoas como uma

certeza de seu avanço par­ticular, aí então o indivíduo encontrará motivação supe­rior para suportar o desgas­te da convivência.

O que acontece muitas ve­zes e que se apresenta co­mo fator essencialmente ne­gativo, é o aniquilamento to­tal da individualidade em be­nefício de um suposto me­lhor resultado coletivo. Di­rigentes há que, olhando so­mente para o ensinamento, agem de tal modo que os indivíduos mais produtivos são obrigados a reduzirem a sua capacidade, caindo ao nível da mediocridade ge­r.i.l. Assim, ao invés dos mais capazes levantarem o nível do trabalho, eles se obrigam a baixar esse nível para que prevaleça o nível dos me­nos capazes. Não há bom senso rnsso.

O processo correto é o inverso. Os mais capazes de­vem ser motivados a eleva­rem o nível dos menos ca­pazes, para que o produto do trabalho apareça com qualidade. Da mesma for­ma que há virtude nos mais capazes cm conviverem se­renamente com os menos, estes também devem ser en-

�inados que será um gesto <le humildade verdadeira re­conhecer a capacidade dos mais inteligentes. Esse estí­mulo terá por objetivo fa­zer os menos capazes com­preenderem que lucrarão mais assentindo na presen­ça e participação mais efe­tiva daqueles cuja capaci­dade está mais desenvolvida.

Aí, outras questões pre­cisam ser analisadas. Geral­mente, não é a falta de acei­tação dos menos capazes que ocasiona de imediato o bai­xo nível, mas a falta de ha­bilidade do dirigente - quan­do não a sua própria me­diocridade. Ora, um dirigen­te medíocre e orgulhoso se­rá o primeiro e grande obs­táculo para que o trabalho se desenvolva a contento. Esse tipo de dirigente ten­derá a anular a individuali­dade dos trabalhadores, sob o pretexto de que a submis­são revela superioridade edeve ser aceita sem restri­ções por todos. Feito isso,ele passa adiante.

A falta de habilidade ou a mediocridade evidente pro­duzem resultados negativos. Os mais capazes, diante des­se tipo de liderança, aca­bam se afastando do traba­lho, mas não o fazem sem levar consigo, muitas vezes, o azedume do dirigente, quese consola afirmando aosventos que foi abandonadopelos orgulhosos. Na ver­dade, ele foi a causa da saí­da dos mais capazes, poisnão é possível obter bomresultado no trabalho emgrupo sem valorizar a indi­vidualidade.

Afinal, submeter-se aos menos capazes e sujeitar-se a um resultado de nível in­ferior não é da lei. Repetin­do, não há bom senso nisso.

DiriJ!ente Esvírita - Novembro/Dezembro de 1992 - 3

Page 4: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

UNIFICAÇÃO

\ Só a competência valoriza o trabalho

Muitos comentam a or­ganização das religiões, o que contrastaria com o es­piritismo que, na opinião de­les, ainda é improvisado, pois cada Centro trabalha de maneira diferente.

Parece-nos claro que as outras, preocupadas basica­mente com o lado material, precisam de muito controle para evitar queda no fatu­ramento. O objetivo maior é o lucro e os jornais tem publicado notícias a respeito.

Verifica-se que o enfo­que das igrejas vem se alte­rando, no sentido de que se­ja dito ao fiel, o que lhe agrade. A pena de morte, por meio ·de execução ou eutanásia, já não é pecado. Os mandamentos estão se modificando: Ama o próxi­mo, desde que ele não te contrarie; não matarás, a não ser que seja necessário. "O freguês tem sempre razão", já diz velha lei de merca­dologia. Pregam o direito ao prazer e à riqueza, e não sofrer diante dos problemas alheios; Deus sabe o que faz e deles toma conta ... Im­portante, porém, não esque­cer da cota pastoral, do dí­zimo, enfim, da contribui­ção financeira.

Outra observação é que as religiões tradicionais vêm modificando os velhos ri­tuais, em razão do sucesso da concorrência; cânticos, hinos, gesticulações, que até pouco tempo não usavam e criticavam, agora fazem par­te das suas cerimônias. São técnicas de mercado em tem­pos de recessão.

A divulgação do Espiritismo

A pregação espírita não pode se basear nesse- ,a-

Octávio Caumo Serrano

suismos, próprios de mo­mentos críticos e cíclicos, dizendo ao visitante o que lhe agrade ouvir, fazendo-o crer-se inocente sobre todos os acontecimentos, incluin­do suas próprias deficiên­cias. Jesus falando aos fari­seus, ouviu de Pedro a ad­vertência quanto ao rigor: -Todos irão embora. Respon­dou-lhe Jesus: - Que vão; e você também. O apóstolo, meditando, perguntou: - Ir para onde, Mestre, se ou­tro não é o caminho.

O Centro não deve se preocupar com casas cheias de pessoas se iludindo, mas com os poucos que se inte­ressam em aproveitar a opor­tunidade. Esses valem o es­forço de todos. Verificamos o que ocorre nas reuniõesde estudos. Os grupos, emcurto prazo,reduzem-se a dezpor cento. Felizmente, es­ses vêm sustentando o mo- ·vimento.

É preciso cuidar desses companheiros também ne­cessitados, que se acanham em pedir ajuda, supondo que devam ser auto-suficientes; o fardo por vezes fica pesa­do demais. O passista, o ex­positor, o presidente, o mé­dium, humanos e imperfei­tos, estão, mais do que qual­quer outro, sujeitos a que­das porque são combatidospelos maus espíritos. Sus­tentemo-nos mutuamente;dentro do possível, que ascasas tenham um setor paraatendimento dos trabalhado­res, a fim de ajudá-los como mesmo interesse, falandomenos dos carmas e maisda esperança.

O público no Centro Espírita e a unificação

Quase todos vão ao Es­piritismo pela novidade ou

a espera do milagre, sem abandonar a crença de raiz. Não têm paciência; pensam que a fraqueza espiritual se cura como a anemia mate­rial; crêem que a balança e o espelho mostrarão os re­sultados. Ao perceberem anecessidade da renovação,irão embora em busca denovo discurso que os façammenos responsáveis. Os queficarem um pouco mais, ofarão em troca da sopa, doagasalho ou da cura material.

Olhando as igrejas, os es­píritas anseiam por uma Uni­ficação, algo que tem sido mal compreendido pelos di­rigentes. Supõem que isto gerará uma interferência na "sua" Casa, exigindo padro­nização e obediência a um poder central. Seria, mal comparando, a "vaticaniza­ção" do espiritismo. Ocorre que a base da nossa doutri­na é a liberdade. A unifica­ção consiste na vivência do Evangelho. Aplicando as li­ções do Mestre, explicadas pelo Codificador, estaremos unificados.

O trabalho do Centro

Nas periferias é necessá­ria a assistência material. Fundamental, porém, serão sempre a Boa Nova, a Es­cola de Orientação Moral, o passe reequilibrante e oestudo da Doutrina. Os gru­pos mais centrais arrecada­rão para encaminhar aosmais pobres, além de ofe­recer o próprio tempo e ha- .bilidade. A Seara é única ecada núcleo apenas um mo­desto departamento. Nas Ca­sas onde se buscam a aten­ção e o carinho, não o pão,será ensinada a terapia doserviço no bem comum, co-

4 - DiriJ.iente Esoírila - Novembro/Dezembro de 1992

mo eficiente remédio para as almas enfermas.

Não podemos padronizar ou exigir o mesmo de to­dos. O Evangelho, porém, ausente nas escolas, nas fá­bricas, nas ruas e quase sem­pre até mesmo nos lares, não pode faltar, pelo me­nos, no Centro Espírita.

Função dos dirigentes

O esforço e a competên­cia dos dirigentes determi­narão as atividades. Esta­rão unidos no bem e na lin­guagem padrão. Estudarão a melhor forma de divulga­ção, analisando o que o seu público busca e sendo exem­plo para os demais. Ficarão atualizados com o movimen­to, participando de cursos, seminários, intercâmbios, palestras, encontros e toda reunião que possa mantê­los em dinâmica de traba­lho e motivação. Espiritis­mo, segundo Kardec, não é doutrina pronta e limitada pois avança e vai se atuali­zando de acordo com o en­tendimento do homem. Ca­berá aos dirigentes levarem o conhecimento aos Centros,para que todos aprendam.Mesmo não estando padro­nizados, é preciso que fi­quemos unidos. Quando vi­vermos e falarmos a mes­ma língua - a mensagem doCristo - estará concretizadaa sonhada Unificação

Livre arbítrio é direito de ação e responsabilidade de consequência. Fiquemos atentos para não perder a histórica oportunidade; nos­sa geração, tendo conheci­do Jesus explicado por Kar­dec, está agasalhada por um duplo privilégio.

Page 5: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

A

ARTES CÊNICAS

A farsa no Teatro Espírita

"A farsa é um gênero dramático encontrado em diversos momentos da his­tória do teatro. Caracteri­za-se pela situação cômica exagerada, baseada princi­palmente em equívocos e quiprocós". Esta é parte da classificação dada pelo Prof. Luiz Paulo Vascon­cellos no seu Dicionário de Teatro (L & M Editores). Já tive a oportunidade de falar sobre este assunto num artigo intitulado "A Comé­dia Espírita é Coisa Séria?", publicado no "Dirigente Es­pírita."

Retomo ao assunto pa­ra dirimir algumas dúvidas. Como seria afarsa no Tea­tro Espírita? Poder-se-ia usar toda a sorte de situa­ções cômicas apenas para justificar a diversão da pla­téia? Os apelos às dubie­dades, característica co­mum da farsa, poderiam ser (por exemplo) de natureza sexual, que é quase sem­pre a motivação do teatro de vaudeville e da revista? É claro que não. Em tudo, como o todo da doutrina espirtia, haverá que passar pelo crivo da razão e do bom senso. Sabemos per­feitamente que certos ape­los sexuais, tão comuns ho­je nas novelas televisivas, incitam os nossos baixos padrões. Não em virtude do sexo, mas dos desvios propositadamente coloca­dos. A doutrina nos sinali­za a conduta franca, fra­terna, honesta, pura e ou­tras tantas facetas da vir­tude desejada a um bom espírita, mas não desce a minúcias para cada caso. Retomamos pois ao bom senso!

Eu diria que o Teatro Espírita de hoje está muito longe da Arte Espírita, so­bre a qual Kardec afirma

Hamilton Saraiva

(em Obras Póstumas) que sucederá à Arte Cristã. Tal como os primeiros centros espíritas, a arte passará por muitas renovações até en­contrar-se a forma melhor para atender à estética tea­tral e à pureza doutrinária. Paciência, senhores inqui­sidores e censores. Não é simplesmente castigando e proibindo que chegaremos ao correto. Os processos educacionais nos ensinam que ensinar é a melhor for­ma para não ter que proi­bir ou castigar.

Nas formas populares da farsa, quase sempre um "de­sonesto" bobalhão acaba vencendo um sabidão mais desonesto ainda. Não é um teatro de virtudes mas de uma realidade muito mais próxima do nosso estágio evolutivo. É assim que o Arlequim (que sempre faz um criado na Comedia Del 'Arte) parece ser um bobo mas acaba fazendo justiça aos tiranos e maus. Tole­rância, irmão, com o ain­da incipiente teatro espíri­ta que não se libertou das formas tradicionais. Tam­bém, o que fazer? A maio­ria de nós, espíritas, ainda não conseguiu vencer-se a si próprio, nem mesmo quando está dentro da ca­sa espírita. Quantas . bata­lhas assistimos na suces­são de diretorias, de car­gos, de posições, dentro do movimento?

Sem nenhuma pretensão de sentir-me já liberto de meus erros e falhas e, tam­bém, não querendo incen­tivar o imobilismo na re­forma pessoal, eu gostaria que deixássemos o teatro espírita engatinhar com os seus tombos e vacilas, ten­do-nos como pais, com en­sinamentos oportunos e não censores, sob a capa de

g u a r ­d i ã e s da do­utrina. E não a t e -mor i ­zem o recém­n a t o . Só as­sim o teatro espíri­ta po­d e r á anda r de pé na sua maio­ridade.

Aca­bo de assistir ( n o bairro do Ta­tuapé, SP.) a um ensaio do grupo S.O.L. Espírita, que apresenta uma comédia. Quando vou assistir a uma peça tetral eu não espero uma lição ou um ditado de regras de conduta. Vou pa­ra me divertir deleitar-me e para analisar. Assim foi com o S.O.L. A comédia me divertiu pela descon­tração (irreverente, às ve­zes), me deletou pela be­leza de certas cenas e me fez pensar bastante sobre os resultados negativos, ad­vindos da intolerância de um velho pai paralítico e dos descaminhos de um ra­paz sem juízo (personagens da peça). Com alguns de­feitos de técnica teatral (tra­balho de atores, direção e outros componentes do es­petáculo) e com alguma li­berdade ficcional com re­ferência à doutrina, ainda restaram muitos pontos po­sitivos para o grupo e pú­blico.

A atividade teatral não é nova no movimento es­pírita mas, agora, parece interessar aos jovens e mais velhos com maior intensi­dade. Não será positivo simplesmente censurar e, pior, considerar como uma brincadeirinha de desocu­pados. O melhor será sem­pre orientar e prestigiar es­sa forma milenar de arte que virá a ajudar muito a divulgação e ensino da dou­trina. Além do mais, ne­cessitamos nas casas espí� ritas de melhores ativida­des culturais para unir so­cialmente os frequentado­res.

Portanto, farsa, tragédia, drama, comédia, seja o que for, importante será que apareça em vigor e bas­tante discussão sadia. Se atrapalhar os trabalhos nor­mais da casa, que os espí­ritas façam como as outras doutrinas: Construam os seus salões sociais!

DiriJlente Esvírita - Novembro/Dezembro de 1992 - 5

Page 6: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

IMPRENSA ESPÍRITA

Ajude o Dirigente Espírita a ajudá-lo

Felizmente, hoje, são muitos os jamais, revistas e boletins espíritas que cir­culam no meio espírita e até mesmo fora dele, reve­lando, assim, a força da co­municação das idéias e ideais espíritas.

Muitos Centros Espíri­tas mantêm boletins de cir­culação interna ou a nível regional.

Quanto à expressão de conteúdo e apresentação, nos moldes do aluai jorna­lismo, especialistas têm fei­to reparações e sugestões.

No entanto, a feitura des­ses jornais e boletins já se constitui em um passo da­do adiante no caminho das boas realizações, faltando, obviamente, o aperfeiçoa­mento.

Atualmente, já estamos atingindo até mesmo um certo grau de especializa­ção em alguns veículos de comunicação espírita.

Dentre eles, queremos ressaltar o Dirigente fapí­rita - Unificação que se constitui no veículo oficial da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo.

Como o próprio nome indica, o Dirigente Espíri­ta destina-se aos dirigen­tes, diretores ou coordena­dores dos Centros ou Enti­dades Espíritas, bem como a todos os participantes da organização do Movimen­to Espírita.

No entanto, não está dcs� tinado tão somente a estes, mas também àquelas pes-

Aylton Paiva

soas que, como voluntürias, estão começando a se in­tegrar nas diferentes ativi­dades dos Centros ou En­tidades Espíritas, seja no setor administrativo, de as­sistência social ou na área espiritual.

Podemos dizer, sem pe­dantismo, que o jornal Di­rigente Espírita é um ór­gão de informações técni­cas. Suas matérias, produ­zidas por confrades e con­frciras amadurecidos no es­tudo, experiência e vivên� eia da Doutrina Espírita, desdobram-se cm várias áreas: técnicas de adminis­tração, comunicação e di­vulgação, princípios de re­lações humanas e públicas, fundamentos de psicologia, sociologia, direito e servi­ço social. Aprofundando e enriquecendo tais ramos do saber, a Doutrina Espírita é apresentada cm sua es­sência e pureza.

Com base cm tais refle­xões, permitimo-nos pro-

por as seguintes sugestões relativamente à maneira co­mo os responsáveis por Centros, obras lilantrópicas, hospitais e demais entida­des espíritas deverão se comportar perante o Diri­gente Espírita:

1. Assine o DirigenteEspírita:

A leitura do Dirigente Espírita será importante meio para o dirigente es­pírita atualizar seus conhe­cimentos e tornar mais efi­ciente sua atuação nas di­ferentes áreas do Movimen­to Espírita.

Os artigos tratando de diferentes assuntos relati­vamente às áreas adminis­trativa, espiritual e da as­sistência social ampliarão a visão do dirigente ou coo­perador a respeito dessas atividades.

Que esse benefício não fique apenas para você. Es­timule outros companhei­ros de trabalho na seara es­pírita a assinarem também

6 - DiriJ!ente Esoírita - Novembro/Dezembro de J 992

este veículo que, possivel­mente, melhor os capaci­tará às realizações a que se dedicam.

Apoiando o Dirigente Espírita você estará agin- · cio para melhorar o nível do Movimento Espírita e capacitação diretiva daque­les que dirigem Centros e Entidades Espíritas.

2. Abra e leia o Diri­gente Espírita

Você pode estranhar a proposta, mas ele tem fun­damento.

Já estivemos cm Centros Espíritas que recebiam o Dirigente Espírita e este es­tava "dormindo" devida­mente cnvelopado, sobre a mesa, já há alguns meses. Numa dessas Casas Espí­ritas, perguntamos a um dos diretores se já havia lido o jornal e ele respondeu que não. Sua preocupação, no momento, era uma ques­tão doutrinária.

Ouvimos suas indaga­ções. Ahrimos o Dirigente Espírita e mostramo-lhe que um dos artigos ali con­tido tratava justamente do assunto e, com muita pro­priedade, esclarecia as dú­vidas.

Após a leitura da maté­ria e de nossos comentá­rios, exclamou o confrade:

- "Puxa, a solução doproblema que me afligia es­tava diante de meus olhos há tantos meses ... É, falta­ram os "olhos para ver." Precisava tirar o Dirigente

Page 7: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

,,

IMPRENSA ESPÍRITA

Espírita de dentro do en­vólucro.

3. Selecione e organizeas matérias do Dirigente Espirita:

Ao receber, abrir e ler o Dirigente Espírita sele­cione os artigos, de con­fonnidade com os núcleosde interesse dos dirigentese cooperadores.

Você poderá separar as matérias, organizando um arquivo conforme os assun­tos (recortando ou copian­do): Administração, Assis­tência Social, Assistência Espiritual, Arte, Mocidade Espírita, etc. Isso facilitará a consulta futura, quando precisar de determinadas in­fonnações. Será convenien­te, também, a elaboração de um índice por assunto.

4. Leve o Dirigente Es­pírita para as reuniões de diretoria e/ou cooperado­res:

Possivelmente você en­contrará em todos os nú­meros do Dirigente Espí­rita assuntos que serão de interesse dos demais dire­tores do Centro ou da En­tidade Espírita que você participa. Leve para a reu­nião, seja ela de caráter ad­ministrativo ou espiritual, esses artigos que tratam de temas administrativos, es­pirituais ou sociais, confor­me o interesse do momento.

Sem dúvida, eles trarão contribuições produtivas aos demais diretores, aju­dando-os a aprofundar a vi­são e tomar mais eficaz a ação nesses diferentes se­tores.

Dessa forma, a diretoria estará recebendo informa­ções e experiências de con­frades e confreiras que mi­litam no Movimento Espí­rita <lo Estado de São Pau­lo e mesmo do Brasil. Não será, pois, uma diretoria "i­lhada cm si mesma", su­jeita a maiores dificuldades.

Encaminhe as matérias cio Dirigente Espirita para os setores específicos, por

exemplo: reumoes de es­tudo sistematizado do Es­piritismo e mesmo reuniões administrativas - o artigo: "Qual o seu tipo?", de Car­los Bernardo Loureiro - Di­rigente Espírita, Ano 11, nº 12 - Julho/Agosto de 1992, págs. 4 e 5; setor de administração da Casa Es­pírita - a matéria: "Perfil do Dirigente do Centro Es­pírita" - de Antonio César Perri de Carvalho - Diri­gente Espírita, Ano 11, n2 12 - Julho/Agosto de 1992 -pág.8

5. Participe do Dirigen­te Espírita

a) envie artigos que tra­tem de seus estudos, refle­xões e experiências. Eles serão analisados pela Co­missão de Redação e, se estiverem dentro da linha editorial do veículo, pode­rão ser editados·

h) envie cart�s sugerin­do temas e assuntos de in­teresse Doutrinário e do Movimento Espírita, que poderão ser desenvolvidos pela equipe de articulistas do jornal;

c) envie cartas simples­mente comentando, se for o caso, o que achou de in­teressante nesse ou naque­le artigo. Isso ajudará noaperfeiçoamento <lo jornal;

d) dentro do verdadeirosentido <la crítica, faça sua análise do que está sendo positivo ou negativo nas matérias do jornal. Pode co­meçar com este artigo;

e) Faça uma Campa­nha de Assinaturas

Estini.ule dirigentes e cooperadores dos Centros e Entidades Espíritas assi­narem o Dirigente Espirita.

Presenteie e faça doações de assinaturas.

Diz Emmanuel/F.C.Xa­vicr: "A maior caridade que poderemos fazer com o Es­piritismo é divulgar o Es­piritismo." E ajudar o diri­gente espírita, com o Diri­gente Espírita, é um gran­de testemunho de Amor.

Simples e

muito positivo

Orson Peter Carrara - Mineiros do Tietê-SP.

O Movimento Espírita Brasileiro, em mais de um século de firme e decidida atuação, tem ampla histó­ria de lutas, conquistas e realizações importantes no campo do bem e cio escla­recimento humano. Regis­tro histórico é algo funda­mental na verificação de lu­tas passadas e no planeja­mento do porvir.

A maioria de nossas Ca­sas Espíritas cstü hem pró­xima ele completar um sé­culo de atividades, desde sua fundação pelos pionei­ros cm cada cidade de nos­so imenso Brasil. Natural­mente que muitas são hem jovens, embora também muito experientes, mas to­das se enquadram no obje­tivo deste comentário.

Referimo-nos ao regis­tro histórico das atividades de cada Casa, de cada ór­gão, de cada grupo organi­zado em nome do ideal es­pírita. Ele é realmente im­portante para mostrar toda a evolução da instituição e se tomar verdadeiro espe­lho de informação para rc­íletir no presente e no fu­turo, o passado que cons­truiu e alicerçou as cons­truções físicas e doutriná­rias de nossas Casas Espí­ritas. Essas informações va­liosas muito significam pa­ra as gerações iniciantes, que muito se motivam com o trabalho realizado no pas­sado, na sequência natural dos acontecimentos.

Em 1987, tivemos opor­tunidade, através da leitura de todos os livros ATAS e

diários da Presidência, de fazer levantamento históri­co pesquisado (embora in­completo) de todas as ocor­rências, fatos, lutas, con­quistas, programação dou­trinária, atividades de di­vulgação e assistência es­piritual, vivenciadas desde 1923 em sua fundação, pe­lo Centro Espírita "Francis­co Xavier dos Santos" cm Mineiros do Tietê, on<lc en­contramos enorme riqueza de informações que passa­mos a registrar cronologi­camente cm livro histórico específico. A partir Jaí, a instituição passou a regis­trar diariamente todas as ex­periências vividas, cm to­dos os campos de sua atua­ção.

Hoje, essas informações históricas mostram muito e servem de base para muito mais, seja para comemorar datas ou como simples re­gistro. Mas o mais impor­tante mesmo é verificar a sequência lógica dos fatos que vão construindo as co­letividades. No caso, uma instituição espírita. O en­trelaçamento das experiên­cias e sua evolução ali po­dem ser analisados e veri­ficados com muita clareza.

Importante, pois, esta construção histórica de nos­sas instituições. Existem muitos confrades na Seara simpáticos a esse trabalho, que muito viria fortalecer nossas Casas. Deixamos co­mo sugestão aos amigos, vi­sando registrar nossa his­tória.

Dirif!ente EstJírita - Novembro/Dezembro de 1992 - 7

Page 8: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

PRÁTICA

Fantasias e Realidades no Centro Espírita

Éder Fávaro

Abrindo o livro dos mé­diuns, deparamos na intro­dução, com a afirmativa de Kardec sobre as dificulda­des e desilusões encontradas na prática espírita, que de­correm da ignorância dos princípios doutrinários. Ele faz observações importantes como: "A prática espírita é difícil, apresentando escolhos que somente um estudo sé­rio e completo pode preve­nir. Experiências feitas com leviandades, sem conheci­mento de causa, provocam péssima impressão nos prin­cipiantes ou pessoas mal pre­paradas, tendo o inconvenien­te de dar uma idéia bastante falsa do mundo dos espíri­tos, favorecendo a zombaria e dando motivos a críticas quase sempre bem fundadas. E por isso que os incrédulos saem dessas reuniões rara­mente convencidos e pouco dispostos a reconhecerem os aspectos sérios do Espiritis­mo.

É evidente que Kardec não falava só para o seu tempo. Prevendo o progresso do es­piritismo e o aumento cres­cente de interesse em rela­ção a ele, alertava sobre a responsabilidade dos dirigen­tes e médiuns das reuniões espíritas de todos os tempos, quanto aos compromissos de preservação e defesa da pu­reza doutrinária.

Pelo que temos observa­do em visitas a um número considerável de centros e através de informações idô­neas, a preocupação de Kar­dec não era sem propósito. Os desvirtuamentos, as in-

venções, as infiltrações de idéias e práticas anti-doutri­nárias são uma realidade em muitas "casas espíritas" do nosso Estado, quiçá do Brasil.

Entre as novidades que na­da têm a ver com o Centro Espírita, podemos destacar, muito embora respeitáveis cm suas respectivas áreas, a Ra­diestesia, a Cromoterapia, a TVP, etc, que não devem ser confundidas com atividades espíritas.

Existem, ainda, práticas e orientações fantasiosas que não podem e nem devem ser incluídas como integrantes da Doutrina Espírita. São oriun­das da falta de conhecimen­to, da ignorância e até da irresponsabilidade de dirigen­tes e colaboradores, alguns até mal intencionados, que não possuem outro objetivo senão o poder, a projeção, o destaque pessoal e, colocan­do seus interesses particula­res acima da Causa.

Felizmente, existem mui­tos Centros Espíritas que de­senvolvem bem suas ativi­dades. Fundamentam-se nos norteamentos Kardecistas, com estudos sérios, atendi­mento fraterno, orientação doutrinária segura, critérios corretos e aplicação da ética espírita em todos os senti­dos. Mas há inúmeros cen­tros que se utilizam da de­nominação "espírita", estan­do totalmente distanciados dos postulados da doutrina.

Essa é uma realidade. Te­mos que ter conhecimento dela.

Há, por exemplo, "Cen­tros Espíritas" que benzem

8 - DiriJ.?ente Esoírita - Novembro/Dezembro de 1992

objetos, roupas e fotografias; que se dedicam a pesquisas sobre vidas passadas com ob­jetivos escusos; que fazem revelações sensacionalistas de vidências, provocando desa­justes em pessoas psicologi­camente despreparadas; que fazem das reuniões mediú­nicas um espetáculo; que são dirigidos por "missionários"; que caracterizam todos aque­les que os procuram como doentes obsedados e peca­dores.

Não bastassem esses, há os que recebem comunica­ções vindas de outras galá­xias; que indicam o uso de defumador para a solução de problemas humanos; que in­troduzem hinos em suas reu­niões; que realizam batiza­dos e casamentos, dando a tudo o que fazem um cará­ter eminentemente ritualísti­co. São sociedades transfor­madas em verdadeiros am­bulatórios que substituem a simplicidade da fluidoterapia por esquisitices variadas, ge­rando dependência nos que buscam socorro e orientação.

Esses "Centros", em ter­mos de orientação, acabam extrapolando e entrando no terreno movediço do "achis­mo". Respondem sobre tudo sem o menor embasamento

doutrinário, bom senso e cri­tério. Apresentam idéias sim­plistas e absurdas no locan­te aos conhecimentos espíri­tas. Explicam os fundamen­tos e ensinamentos da Dou­trina a seu modo. Dão ex -plicações incoerentes sobre reencarnação, livre-arbítrio, lei de causa e efeito, evolu­ção. Falam, por exemplo, da lei de reencarnação como ins­trumento de castigo e não como processo de educação do espírito. Levam tudo pa­ra o campo da obsessão, transferindo para os espíri­tos sofredores a responsabi­lidade de nossas atitudes in­felizes. Difundem a idéia de que a Terra é um vale de lágrimas, incutindo na cabe­ça das pessoas a impressão de que a doutrina é sadoma­soquista. Sabemos que o Es­piritismo ensina que o nos­so planeta é uma abençoada escola de redenção, onde o homem é incentivado a uti­lizar melhor o seu livre-ar­bítrio, a lutar contra suas im­perfeições, medos e sofrimen­tos. A doutrina é eminente­mente libertadora e orienta o homem para uma visão es­sencial e transcedente da vida.

Os dirigentes e médiuns dessas casas transferem, via de regra, a responsabilidade

Page 9: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

PRÁTICA

de suas opiniões aos espíri­tos, afmnando não serem eles os autores das idéias e sim os mentores. São pródigos nos aconselhamentos e orien­tações que conduzem as pes­soas a uma visão errônea a respeito dos fundamentos e ensinamentos do Espiritismo. Provocam com isso, em mui­tos casos, processos çie per­turbação e obsessão. E o res­surgimento da mágica, do mistério, da fantasia, do ma­ravilhoso, do sobrenatural, contrastando diametralmen­te com a visão espírita � res­peito desses aspectos. E im­portante lembrar que Kardec, no Livro dos Médiuns, capí­tulo II, observa que o "o Es­piritismo não aceita todos os fatos considerados maravi­lhosos. Longe disso, demons­tra a impossibilidade de mui­tos deles e o ridículo de al­gumas crenças que consti­tuem, propriamente falando, a superstição."

No campo da administra­ção do Centro Espírita, en­contramos casos absurdos em que os espíritos, através de "médiuns confiáveis do gru­po", elaboram chapas de elei­ção para a direção da enti­dade, atestando a incompe­tência dos encarnados para dirigirem a obra.

Para reforçar o nosso en­foque, passamos a relatar al­guns casos, dentre tantos que tivemos a oportunidade de vivenciar ou conhecer. Eles retratam o triste quadro do mediunismo introduzido co­mo prática mediúnica à luz da metodologia espírita. São, na realidade, verdadeiros fo­cos de mistificação, que só retardam o progresso e o cres­cimento espiritual de seus participantes - médiuns, di­rigentes e assistentes.

Um médium que conhe­cemos trabalhava numa Ca­sa Espírita dedicando algu­mas horas em reunião de de­sobsessão. Premido pelas cir­cunstâncias, necessitou redu­zir a sua atividade doutriná­ria no grupo. Recebeu, por isso, advertência do dirigen­te do trabalho que afirmou que ele estava sendo envol-

vido por espíritos das tre­vas, tornando-se assim can­didato a uma grave obses­são. Será essa a atitude de espíritas responsáveis que di­rigem reuniões sérias?

O presidente de uma casa espírita, onde fomos recebi­dos, afirmou, certa feita, que seu grupo era detentor do úni­co canal de ligação entre o plano espirihial das alturas e vinha até o meio da sala do "seu" Centro. Por aí, des­ciar_n e subiam espíritos su­periores.

Onde está a lógica e o bom senso?

Temos notícias de um cen­tro que elegeu um presiden­te vitalício. O Estatuto da Casa determinava que, após o seu desencarne, o presi­dente se tornasse automati­camente "mentor" do Cen­tro. Tudo isso sob inspira­ção do Dr. Bezerra de Me­nezes. Envolveram até o no­me deste respeitável espíritono esquema!

Depois de realizar uma pa­lestra para falar sobre "O que não é Espiritismo", fomos convidados a assistir a parte prática da noite. Havia vá­rios médiuns na mesa. Al­gumas comunicações repeti­tivas. Ao final, o presidente do Centro, que era dirigente do trabalho e "médium de cabeceira da mesa", receben­do o "mentor" disse que a reunião tinha sido muito bo­nita, mas que ele não con­cordava com muitas coisas que a doutrina ensinava, acrescentando que ali somen­te as suas orientações eram válidas.

Segundo o citado "men­tor", Kardec ainda tinha mui­ta coisa a aprender. Lamen­tável!!!

Outro fato ocorreu num Centro Espírita da capital. Sa­la superlotada. Pessoas com senhas numeradas na mão pa­ra receber o passe. A mesa repleta de papeletas e foto­grafias de todos os tamanhos. Preparação do ambiente. Pre­ce recitada. Em seguida, a entrada de uma médium com postura robotizada, vestida com um camisolão branco,

cantando hinos sacros, usa­dos em cerimônias ritualís­ticas de conhecidas religiões. A medida em que a palestra se desenrolava, a referida se­nhora saía de trás de uma cortina, que separava a sala de passe do salão, e, em voz alta, chamava pelo número o candidato ao passe. De­pois de serem atendidas, aspessoas não voltavam ao sa­lão da reunião, esvaziando­se, paulatinamente, o local.

Outras tantas coisas ab­surdas poderíamos citar, tais como o receituário de com­primidos invisíveis e massa­gem espiritual, mas isso fica pra uma outra oportunidade. O fato é que tudo isso é preo­cupante, servindo de mate­rial para nossa reflexão.

Vejamos o que diz o pro­fessor José Herculano Pires, no livro "O Centro Espíri­ta", sobre o assunto: "Os di­rigentes de Centros precisam tomar conhecimento desses absurdos e lutar contra eles, porque essas invencionices ridículas atrasam o desenvol­vimento da Doutrina e afas­tam dos Centros as pessoas que sabem pensar. Que os dirigentes por mais modes­tos que sejam, não se esque­çam da bússola que lhes per­mitirá navegar com seguran­ça nas águas mais tumultuo­sas: A Codificação de Allan Kardec. Kardec é a base e a cúpula da Doutrina com apoio que nunca lhe faltou do Es­pírito da Verdade. Se não queremos novidades é por­que os novidadeiros somen­te se apoiam em suas pre­tensões individuais. Os diri­gentes espíritas precisam to­mar conhecimento de que não se mistura uma doutrina cien­tífica e filosófica como é o Espiritismo com práticas que não se coadunam com ela. Não se trata de um repúdio, mas de uma questão de mé­todo e cultura. O Centro Es­pírita bem dirigido por pes­soas sensatas e estudiosas é uma concha acústica em que ressoam as vozes e os pen­samentos do Espíritos e dos homens, no diálogo dos mun­dos, pois nele se encontram

o mundo espiritual e o mun­do terreno, nas possibilida­des abertas pelos dons me­diúnicos de que todos dis­pomos. Os que deturpam afinalidade superior do Cen­tro Espírita, sejam dirigen­tes ou frequentadores só in­teressados em vantagens irne-

. diatas, perdem a oportuni­dade de se elevarem a uma visão superior do mundo, do homem e da vida. Se cada frequentador do Centro Es­pírita quiser ajudá-lo na sua missão superior de preparar os homens para um mundo melhor, a dinâmica do cen­tro intensificar-se-á para o bem de todos."

Para finalizar, sugerimos que o melhor meio de se cor­rigir ou melhorar as ativida­des dos nossos núcleos é nos atualizarmos, participando de encontros, simpósios, deba­tes, painéis, reuniões de ór­gãos realizados pelo Movi­mento Espírita. É fundamen­tal, também, introduzir em nossas sociedades, os estu­dos metódicos e regulares da Doutrina Espírita, nos ser­vindo inclusive do material já existente nessa área, ou seja, "Atividades Doutriná­rias" da União das Socieda­des Espíritas do Estado de São Paulo, "O Estudo Me­todizado da Doutrina Espí­rita", o COEM (Centro de Orientação e Estudos da Me­diunidade - Centro Espírita Luz Eterna - Curitiba) e ou­tras propostas de estudos idô­neos e comprovadamente es­píritas.

'"ACRESCENTAMOS QUE O ESTUDO DA DOU­TRINA ESPÍRITA SÓ PO­DE SER FEITO COM UTI­LIDADE POR HOMENS SÉRIOS, PERSEVERAN­TES, LIVRES DE PREVEN­ÇÕES E ANIMADOS DE FIRME E SINCERA VON­TADE DE CHEGAR A UM RESULTADO."

(Introdução do Livro dos Espíritos)

DiriJ.1enre Esoírita - Novembro/Dezembro de 1992 - 9

Page 10: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

DOUTRINA

Pequenas deturpações e a tolerância cristã

Como existem práticas de mcdiunismo deformado e muitas delas bastante atraen­tes pela invocação aos sen­tidos, há sempre o risco de o iniciante, na doutrina, des­viar-se do verdadeiro Espi­ritismo. A maioria dos quese aproximam dos gruposou Centros Espíritas vemem busca de um alívio ime­diato para seus sofrimentosou de uma explicação sim­plista, que não exija estu­dos ou meditação. Essaspessoas são presas fáceis dosritualismos fantasiados deprática espírita ou das ex­plicações tolas que se inti­tulam orientadoras.

Nas verdadeiras Casas Espíritas, encontram carinho e orientação, mas as pes­soas que as atendem sem­pre enfatizam a necessida­de da colaboração do con­sulente, no sentido de sua reforma moral. Não sendo os resultados imediatos, co­mo não poderiam ser, eles preferem os falsos médiuns e charlatães, que oferecem o Paraíso ao alcance dasmãos.

Dissemos, também, que no movimento espírita cos­tuma haver uma certa con­descendência, esta rotulada como tolerância cristã. Es­tão errados. Tolerância de­ve haver para as falhas das pessoas, que devem ser es­clarecidas e apoiadas, aju­dando-as a saírem do ciclo erro - sofrimento. Tolerân­cia com as pessoas, sim, mas convivência com as de­turpações, jamais. As de­turpações são como os cu­pins;vão sorrateiramente

Ary Lex•

corroendo, destruindo. Quando se dá pela coisa, a madeira já está podre, des­fazendo-se. As deturpações também agem assim. Num centro A, por exemplo al­guns diretores propõem que se usem aventais brancos para os médim1s e amare­los para os esclarecedores. Que mal há nisso? Talvez seja até mais higiênico ... To­dos aprovam. Daí a algum tempo, alguém propõe que a prece seja feita em pé, pois é uma posição mais respeitosa. Ótimo. aprova­do. Tempos depois, alguns trazem a idéia de fazer uma solenidade para os jovens espíritas que se casarem, com flores, canção nupcial, preces em voz alta. Afinal, não estará de acordo com a alegria do ato? Será uma solenidade muito simples, para solicitar ao Alto o apoio aos jovens recém-casados. Boa idéia. Aprovamos, sim. E dessa fonna, o centro A passou a adotar o "casamen­to espírita". Logo mais, vi­rão o batizado espírita, a solenidade das bodas de pra­ta etc.

Os espíritos atrasados.são muito influenciados pelas emanações alcoólicas e por odores especiais, dizem. Va­mos, então, preparar o am­biente do Centro trazendo defumações especiais, para afastar os obsessores. As ca­sas de vários freqüentado­res estão carregadas ele llui­clos maléficos. É preciso fa­zer uma limpeza nos seus lares. Um médium "forte" é incumbido ele ir à casa deles para benzer os quar-

10 - DiriJzente Esvirita - Novembro/Dezembro de 1992

tos e salas, recomendando que depois sejam acesas ve­las nos quatro cantos, en­quanto os moradores farão certas orações.

Nos travesscií·os das crianças há coisas malfei­tas, encomendadas por ini­migos, e essas coisas estão trazendo doenças para as crianças. Então, chama-se um benzedor, que, após re­zas e rituais, abre o traves­seiro e de dentro tira o cou­ro seco de um sapo ou um camundongo mumificado, responsável pelas desgraças que a família está sofrendo.

Poderíamos continuar a citação ele ridículas crendi­ces como essas, que che­gam ao cúmulo de serem apresentadas como espíri­tas. As superstições, práti­cas fetichistas e rituais mes­clam-se com o folclore e são objeto de "modernos es­tudos sociológicos" e repor­tagens de revistas e televi­sões. Reportagens estas que, para efeito de venda, não apontam o erro, atraso, a infantilidade de crcndict.:s que deveriam estar sepul­tadas há séculos. Pelo con­trário, as enaltecem e justi­ficam, documenta·m com be­las fotografias coloridas, co­mo se fossem a autêntica expressão da arte cabocla.

Isto tudo bate às portas dos nossos Centros Espíri­tas por esse Brasil afora, dirigidos, às vezes, por pes­soas de ilibado caráter, mas decon.hecedoras, por com­pleto, da Doutrina Espírita e incapazes de discernir o certo cio errado.

É urgente e fundamental que todos aqueles que tive­ram a ventura de enteder o Espiritismo lutem, dia-a-dia, pela manutenção da pureza doutrinária. Que não se omi­tam. Que não se escondam atrás dum comodismo pre­guiçoso, alegando que ca­dã qual tem o direito de adotar a prática que quiser, e que cada qual vive a re­ligião de acordo com seu grau de evolução intelec­tual. Realmente, não temos o direito de apontar o dedoameaçador à face dos pro­fitcntes de outras religiõese cultos. Eles têm o direitode ter a religião que quise­rem e adotar os cultos quebem entenderem. O que nãose pode pcnnitir é que, emnome do Espiritismo, pra­tiquem-se atos totalmentecondenados pela Doutrina.

Lembrem-se todos de que o indivíduo, ao se tornarespírita, não só descobriuuma verdade nova, mas as­sumiu o compromisso, pe­rante Deus e os homens,de lutar pela melhoria dahumanidade. Essa luta nãoconsiste apenas na freqüên­cia aos trabalhos e cm fa­zer caridade. Abrange, tam­bém, a reforma moral. En­tretanto, que refonna é es­sa em que a pessoa procu­ra tornar-se boa e pura, masnão se importando se, cmseu redor, os espíritos hu­mildes continuam abando­nados, atrasados, domina­dos pelas normas erradas deproceder, adotando postu­ras religiosas fetichistas oumágicas, substituindo a me­dicina e a higiene por prá­ticas absurdas, de um pas­sado remoto?

Nós só evoluiremos es­piritualmente na medida cm que também ajudarmos o nosso semelhante a progre­dir. A Codificação nos en­sina que o progresso do es­pírito está intimamente li­gado ao da coletividade, on­de o homem está inserido.

*conforme "Pureza Doutriná­ria", edições Feesp.

Page 11: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

AG0.1)A

Anália Franco lança cartões de

natal

O Lar Anália Fran­co acaba de lançar seus cartões de Natal para 1992. Eles são estampados com 1 O telas de artistas plás­ticos do Brasil e do exterior. O dinheiro arrecadado será utili­zado na manutenção do trabalho assisten­cial da entidade.

O Lar Anália Fran­co é a mais antiga ins­tituição de assistência à infância carente de Jundiaí e região. Fun­dado em 1912, aten­de 80 crianças entre 6 e 14 anos, em regi­me de externato. Lá elas recebem alimen­tação, reforço escolar, orientação moral e educacional, e assis­tência médico-odon­tológica, além de par­ticiparem de ativida­des de recreação.

Segundo Ivani Pa­dovani, presidente da entidade. "a edição de cartões 1em sido a me­lhor alternativa para superar a crise já que a situação do país cria obstáculos cada vez maiores para a sobre­vivência de institui­ções assistenciais".

Inicialmente os car­tões foram enviados para empresas, que necessitam de entre­ga antecipada de ma-

terial. ?\Ias aquelas que ainda não rece­beram o catálogo des­te ano e desejam ad­quirir os cartões, po­dem entrar em con­tato pelo telefone (O 11) 434-9577 ou pelo fax (0ll) 434-9391.

Em Jundiaí, os car­tões podem ser adqui­ridos em vários pon­tos de venda, a partir do final do mês de novembro. Desde já estão à disposição na sede do Departamen­to de Cartões de Na­tal, na rua Siqueira de Moraes, 178, centro.

Centro comemora

45 anos

O Centro Espírita "Francisco Ribeiro", fundador da Institui­çao Assistencial "Nosso Lar" come-

'

mora no dia 22 de no-vembro seus 45 anos de existência. As ati­vidades programadas para o evento sao: parte musical, com o Coral Instituição As­sistencial Nosso Lar e Coral Infanto Juve­nil Joana de Angelis; exposição doutrinária com o sr. José Silva Bueno; sorteio de li­vros. A comemoração vai acontecer na Rua das Hortências, 9+4, Vila Helena, em San­to André, a partir das 15 horas.

Feira do Livro no Amapá

Adoção - Aceitação e Integração na Fa­mília, Gravidez Pre-

Pelo terceiro ano coce, Indesejável e

consecutivo, o Movi- Aborto. O evento vai

mento Espírita do acontecer na rua To­

Amapá estará reali- máz Ramos Jordão,

zando sua Feira do Li- · 259, Itaberaba. As

vro Espírita, no pe- inscrições vão do dia

ríodo de 08 a 14 de 10 de outubro a 14

novembro de 1992. de novembro. Maio­

V Encontro da Família Espírita

No dia 29 de no­vembro, será realiza­do o V Encontro da Família Espírita, com o tema Família, Ber­ço de Amor e Evolu­ção: Constituição. Se­rão discutidos assun­tos como Separaçõese Conscientizações,

res inf onnações pelos telefones 876-8927 e 875-9622.

MovimentoEspírita

ganha Museu do Livro

O Movimento Es­pírita do Estado de São Paulo poderá contar em breve com uma instituição vol-

Músicas infantis selecionadas em festival

No III FEMUIN, efetivado em Araras, no dia 18 de outubro, patrocinado pelos Departamentos de Artes e de Evangeliza­ção Infantil da USE e pelo IDE, concor­reram 60 músicas. Foram selecionadas 12) "A prece, apresse ... " de Rosângela Giraldi Murad Leite de Barro (de Paulínia); 22) "Alegria de amar" de Antonio Carlos Bo­za e Angelo Poncio Jr (de Araras); 3º) "Fo1ma e Conteúdo" de Marcos Cesar Fer­reira Conduta_ e Jaime Togores (de San­tos); 42) "Conversando com Jesus" de Ma­ria de Fátima Freira Carmona (de S.Pau­lo) e 5º) "Eu preciso de carinho" de Fran­cisco de Assis Silva e Salvador Gentile (de Araras). As fitas e apostilas dos I e II FEMUIN encontram-se à venda na sede da USE.

Dirif!ente Esvírita - Novembro/Desembro de 1992 - 11

Page 12: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

AGENDA

tada para a cultura e a preservação de seus livros, revistas e jor­nais. Cerca de 1800 obras e pouco mais de 600 títulos de pe­riódicos espíritas na­cionais e estrangeiros compõem uma das bi­bliotecas mais respei­tá veis do Brasil,

gar crianças abando­nadas. Somente três décadas depois é que se tornou uma insti­tuição espírita, por in­ciativa de Paulo, atual presidente. A partir de 1984, em razão de uma série de dificul­dades encontradas, o Lar deixou de inter-

abrangendo publica- nar novas crianças, ções dos anos de 1840 cuidando apenas da­a 1940, como, por quelas que já estavam exemplo, "Le Livre internadas e, gradati­des Médiuns" (Allan vamente, foi toman­Kardec, 1863), "Ar- do um novo rumo, canes de la vie Futu- culminando na cria­re Dévoilés (L.A- ção do Museu do Li­phonse Cahagnete, vro Espírita e no pro-1886), "Psicologia e cesso atual de trans­Spiritismo" (Enrico formação da entida­Morselli, 1908), "Des de para o Instituto de Espritis" (J.E.Mirvil- Cultura Espírita de le, 1854). São Paulo.

A frente desse ideal Paulo Toledo Ma-está Paulo Toledo chado, amante dos li­Machado, advogado vros e detentor de com 68 anos de ida- uma biblioteca parti-­de· que já foi editor cular similar à do Mu­do jornal Unificação seu, conta que a idéia e atualmente é ptesi- de realizar um traba­dente do Lar Família lho voltado à preser­Universal, onde o vação das obras e da Museu do Livro Es- cultura espírita nasceu pírita foi criado esta- quando a viúva do es­tutariamente, aguar- critor João Teixeira de dando a construção da Paula colocou a ven­sede própria, arquite- da sua biblioteca, dan­tada por Cid Pirondi, do preferência a ele com 300 m2 de área, · pelos laços de ami­prevista pra ser inau- zade que os unem. A gurada até o final de entidade adquiriu os 1993. livros, direcionando-

O Lar de Família se defitivamente pa­Universal foi funda- ra os objetivos de pre­do em 01/01/45 com servar a cultura espí­a finalidade de abri- rita.

12 - Diril!ente Esoírita - Novembro/Desembro de 1992

Use propõe estudos sobre

Família

Por proposta da USE, o Conselho Fe­derativo Nacional da Federação Espírita Brasileira realizará es­tudo sobre o tema fa­mília, em sua reunião programada para 6 a 8 de novembro, em Brasília. A sugestão é que se realize uma campanha sobre o te­ma durante o "ano in­ternacional da famí­lia", programado pe­la ONU para 1994. Durante a reunião da FEB será lançado o opúsculo "Família e Espiritismo", de Edi­ções USE.

CDE empossará Conselho de

Administração

No dia 13 de de-. zembro o Conselho Deliberativo Estadual, implementando o Es­tatuto recém-aprova­do, empossará o no­vo Conselho de Ad­ministração. Este se­rá f armado pelas USE-Regionais ( antes designadas CRE's). Com a instalação do novo Conselho, o CD E passará a ter atribuições mais dou­trinárias e delineado­ras.

Evangelizadores do estado em Araçatuba

De 5 a 7 de setembro, cerca de 190 evangelizadores, provenientes de 39 cida­des do Estado participaram do "Encontro Estadual de Evangelizadores da Infância', em Araçatuba. O tema central foi "Criati­vidade', mas três outros cursos foram ofe­recidos aos participantes, simultaneamen­te, para se atender a iniciantes, a monito­res e àqueles que lidam com o maternal. Neste evento, promovido pelo Departa­mento de Evangelização Infantil da USE, foram definidas as ações para 1993. O próximo Encontro Estadual acontecerá em Barretos, de 4 a 5 de setembro, tendo co­mo tema "Aspectos Doutrinários". Reu­niões Prévias serão realizadas apenas nas cidades que sentirem necessidade.

---

Page 13: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

ACONTECE

Mês Espírita de Limeira

A USE lntennunci­pal de Limeira reali­zou, do dia 03 de ou­tubro a 01 de novem­bro, um evento com­posto de palestras, me­sa redonda, pintura me­diúnica e parte artísti­ca. Contou com a par­ticipação de Richard Simonetti, dr. Altivo Ferreira, Wilson Gar­cia, Walkíria Kaminsk, Antonio Cesar Perri de Carvalho e Fernando Alves Junior.

Feira do Livro em Santo André

No dia 24 e 25 de outubro, foi realizada a XVII FELESA, a Fei­ra do Livro Espírita de Santo André.

1 Encontro Estadual Espírita do Rio Grande do Sul

A Federação Espíri­ta do Rio Grande do Sul realizou, nos dias 24 e 25 de outubro, um encontro estadual es­pírita, que abordou, co­mo tema central,a questão do Centro Es­pírita.

Serviço de Informação Espírita

O Serviço de Infor-. mação Espírita conta com uma Biblioteca e com o Arquivo de Do­cumentação, onde es­tão classificados milha­res de recortes e do-

cumentos sobre o Mo­vimento Espírita, além de informações deta­lhadas sobre eventos e biografias. O acervo está aberto para visi­tas das 9 às 16 horas, de segunda a sexta-fei­ra, na rua dos Inváli­dos, 34 - 92 Andar, -Rio de Janeiro. O te­lefone é (021) 252-2170, ramal 8.

Assembléiaelege os

novos diretores da AJE

1 van Renê Franzolin assume presidência da AJE-SP com proposta de intesificação das ati­vidades e ampliação do relacionamento.

"A nossa associação não vai entrar em no­va fase, mas continuar a caminhada iniciada três anos atrás, quan­do assumimos o desa­fio de implantar as suas bases e trabalhar pela imprensa espírita no Estado de São Paulo. Conquistamos o nos­so espaço. Agora é pre­ciso prosseguir, bus­cando sempre novas motivações, idéias e ações, além da expan­são do :,osso relacio­namento com as diver­sas entidades de ex­pressão dentro e fora do movimento espíri­ta". Com estas pala­vras, o jornalista Wil­son Garcia passou o cargo, na noite do dia seis de outubro de 1992, ao novo presi-

dente da Associação para que ela pudesse dos Jornalistas Espíri- expressar a maioria da­tas do Estado de São queles que atuam na Paulo (AJE-SP), Ivan imprensa espírita de Renê Franzolin, eleito São Paulo. pela Assembléia Geral Ela ficou então cons­Extraordinária que en- tituída por: Ivan Renê tão se realizou, junta- · Franzolin, presidente; mente com todo o qua- Eder Fávaro, primeiro dro da nova diretoria. vice-presidente; Luis

Durante a reunião, o Antonio Fuchs, segun­então Secretário Fran- do vice-presidente; zolin apresentou o re- João Nonato Galiza latório dos três anos de Freire, primeiro tesou­administração da dire- reiro; Geraldo Pires de toria que encerrava o Oliveira, segundo te­seu mandato, no qual soureiro; Carlos Rober­estavam registrados os to Rocha Morato, pri­principais atos e ativi- �eiro s�cre�ári?; De­dades desenvolvidas, mse Assis Ribeiro, se­como cursos, encon- gundo secretário. Con­tros, painéis e pártici- selho Fiscal: Jorge Riz­pação em diversos zini, Amílcar Dei Chia­eventos ao longo do pe- ro Filho e Altamiran­ríodo. Aprovado por do Dantas de Assis unanimidade, a assem- Carneiro. Hamilton Sa-

. bléia passou a discutir raiva, assessoria de ar­então a composição da tes; Wilson Garcia, as­nova diretoria e os es- sessoria de imprensa; forços desenvolvidos Otávio Caúmo Serra-

Círculo do Livro edita o Livro dos Espíritos

O Livro dos Espíritos acaba de ser publi­cado por uma editora não espírita, o Círculo do Livro. A edição traduzida por Julio Abreu Filho é de luxo, com capa dura e dourado na borda superior das páginas. Ao mesmo tem­po que desperta uma satisfação inicial por parte dos espíritas, já que demonstra um in­teresse crescente do grande público, o fato também levanta uma preocupação com a in­tegridade da obra. Numa verificação inicial, constamos a falta do enunciado da pergunta 874 e o último parágrafo do comentário à pergunta 933. Aguardamos a editora lançar nova edição revisando todo1 o livro e corri­gindo estas omissões.

DiriJ?ente Esvírita - Novembro/Dezembro de 1992 - 13

Page 14: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

ACONTECE

no, assessoria de cur­sos; Ulisses de Souza Carvalho, assessoria para assuntos do inte­rior.

A nova diretoria to­mou posse imediata­mente e, após concluí­da a assembléia, reali­zou sua primeira reu­nião de trabalho, onde foram iniciadas as dis­cussões sobre a firma­ção de um plano de trabalho para os pró­ximos três anos.

Seminário do Rádio

Espírita em Goiás

A Federação Espíri­ta do Estado de Goiás promoveu, em Goiânia, um seminário sobre o rádio espírita, com o intuito de desenvolver da doutrina espírita atr­vés deste meio de co­municação.

O seminário foi aber­to com a exposição do tema "A Divulgação da Doutrina Espírita atra­bés do Rádio", feita por Éder Fávaro, vice-pre­sidente da USE e da AJE, Associação dos Jornalistas Espíritas do Estado de São Paulo.

Durante o seminário houve um painel de amostragem de "Expe­riências de coordena­dores dos programas de Anápolis, Goiania, Ca­talão, Itumbiara, Qui­rinópolis, Jussara, Ce­res, Iporã, Cristalina e Goiatuba. Fábio Roriz, da Rádio Anhanguera, e Luis Segninate, Fee-

go, realizaram uma plestra debate sobre o tema "Espaços ociosos: como ocupá-los".

Dando prossegui­mento ao pr9grama do Seminário, Eder Fáva­ro desenvolveu em ter­mos práticos, com to­dos os participantes, uma simulação de pro­dução e apresentação de programas, dentro do tema "Como fazer um programa Espírita de Rádio", com apos­tilas e fitas cassetes produzidas pelo setor de Programação Espí­rita da Rádio Boa No­va de Guarulhos.

O sminário encer­rou-se com uma mesa redonda, onde se dis­cutiu a questão do rá­dio e da Unificação.

1 Encontro Estadual Espírita

do Rio Grande do Sul

Os espíritas do Rio Grande do sul tiveram, nos dias 24 e 25 de outubro, oportunidade de participar do I En­contro Estadual Espí­rita no Rio Grande do Sul, promovido pela Federação Espírita do estado. O Encontro te­ve como tema central "O Centro Espírita". Foram discutidas ques­tões como a função educativa do centro, sua administração, a orgamzaçao de suas atividades, atividades medúnicas, fluidorapia, evangelização, assitên-

14. Diriftente Esoírita • Novembro/Dezembro de 1992

eia social espírtia e . . ..... . , . consc1enc1a espmta.

Seminário sobre Estrutura Interna

dos Centros Espíritas

A discussão sobre o centro espírita e sua es­trutura foi um dos ob­jetivos do 1 Q Seminá­no Regional sobre Centro Espírita reali­zado no mês de setem­bro, em Santos. Parti­ciparam do evento Éder Fá varo, coordenando, o módulo "A estrutura interna, funcionamen­to e finalidades do cen­tro espírita; Ivan Fran­zolin, falando a respei­to do "Centro espírita e sua relação com o público, atendimento fraterno, integração e participação"; e, Atí­lio Campanini, tratan­do do tema "o centro

espírita e o movimen­to espírita".

2º Encontro Nacional

Espírita de Saúde Mental

. Espíritas ligados a tarefas na área de saú­de mental particaram, nos dias 30/31 de ou­tubro e 1/2 de novem­bro, em Curitiba, do 2Q Encontro Nacional Espírita do Paraná, Saúde Mental. Reali­zado pela Federação Espírita do Paraná, o evento . teve por obje­tivo reunir profissio­nais e instituições es­píritas da área de saú­de mental, aprofundan­do o entendimento das doenças mentais à luz do Espiritismo e dis­cutindo como deveriam funcionar as institui­ções de tratamento que se deizem seguidoras da doutrina.

Música Espírita para entender e ensinar

O Centro Espírita de Jesus está utilizando músicas com ritmos alegres e atuais como apoio ao ensino do Espiritismo para crianças e adolescnete. Ao todo são 14 melodias, com letras que abordam temas como histórico do Espiritismo, a influência do bem, estudo e ação, reencarnação, prece, mediunidade e da­dos biográficos de Chico Xavier.

· Uma apostila acompanha a fita cassete,remtendo o leitor às fotnes consultadas para a elaboração das letras, que são de autoria de Marcos C.F. Canduta e Jaime Tagores. Para maiores informações é só ligar para (0132) 35-1554 e 35-5544, ramal 395, ou então escrever para Rua Amazonas, 86, apto 14, CEP 11075-420, Santos, SP.

....

Page 15: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

r1--' LIVROS ,, ......

Quem tem medo de si mesmo?

Em nossas palestras nas casas espíritas ainda não visitadas, costuma­mos apresentar invaria­velmente um tema - a convivência diária com os espíritos, e com bas­tante ênfase procuramos demonstrar que a dife­rença entre um ser en­carnado e o desencama­do é apenas uma: o cor­po físico. No mais, tudo é igual, pois todos nós, encarnados e desencar-11:-idos, somos espíritos. Disso decorrem centenas de considerações, entre :-is quais esta: toda vez que alguém demonstra ter medo dos espírit<?s entra em contradição. E como se tivesse medo de si mesmo.

Agora, me vem às mãos o livro de Richard Simonetti, de Bauru, aquele mesmo do ovo de Colombo espírita, ou se­ja, os Clubes ele Livros. Ricl1:1rd tem se esmera­do cm escrever para um público amplo, a quem entr<-'ga páginas simples, ck fácil assimilação. Es­te seu novo livro - Quem km nhxlo dos Espíritos? - segue a linha e tem en­tre tantas uma granel<..' \'antagem: procura expli­car os conhecimentos do Li\To cios Espíritos, de 1--:arckc, especialmente sobre os Espíritos, e11-tr;111do pelo ll'rreno exa­to de que todos somos espíritos.

Como o Rich:-ird con­scg11ç SL'r pop11br - esse 111�rito ninguém lhe po-

Richard Simonetti

QUEM TE�I MEDO

DOS ESPIRITOS? -

ele negar, pois seus li­vros vendem centenas de milhares - o novo livro ajuda a popularizar a doutrina, com a certeza de esclarecê-la sem cer­tas deturpações prove­nientes de exageros e in­teresses outros. Os temas por ele abordados são to­dos muito importantes e vêm na esteira da neces­sidade de estabelecer en­tre nós a educação do espírito para encamaclos, única forma de mudar a · cultura defasada que to­dos apresentamos. Afi­nal ele contas, por falta de educação a maioria de nós (bons espíritas, inclusive) tem medo cios espíritos, ingenuidade es­s:1 que só acabará quan­do a educação nos mos­trar que espíritos somos todos. Coisa de raiz.

W.G.

Os interessados no

livro do Richard pode­rão solicitá-lo à Livra­ria da USE.

USE EDITORA Di�pomos de títulos de diversas editoras para atendimento de Centros Espíritas, Livrarias e B11rttas do Uvro. Condições especiais para Feira\ do Livro, sob consulta.

u�·ros e Opúsculos de nossa edição:

Ciência Espírita - J. Herculano Pires O Espirilismo e os problemas humanos - lkolindo Amorim/Hermínio C. MirandaO Centro E.�pírita e suas Histórias - Wilson GarciaO Centro Espírita - Wilson GarciaOrganização Administrdtiva e Jurídica (opúsculo)Subsídios para Atividades Doutrinárias (opúsculo)Aula.� para o Jardim (opúsculo)Scn-iço Assistencial Espírita (opúsculo)S.A.E. - Grupo �tirim e Grupo de Jovcn,S.A.E. - Grupo de GestantesS.A.E, - Grupos de Mães e Grupos de PaisEvangelização Infantil (opúsculo)Atividades Doutrinárias (opúsculo)Enc. Estadual de Evangelização lníanlil - 1987 (opúsculo)Música - Evangelizaçiio Infantil (opúsculo)Manual do Expositor Espírita (opúsculo)t'amilia e Espiritismo

Outros

Reuniõc, de htudo da :\lcdiunidade (edição IELAR) Programa lnfanto-Juvenil �;�pirita (edição IELAR) O l.h·ro dos fapirito, e sua Tradi\·ào Hi,túrica e Lendária - Canuto de Abreu (Edição L.t'.U.) Apo,tilas Evan�i:lização lníantil - t'.E.U. Calendário Espírita (folhinha) - Jl edição Currículo para Escolas de Evangelização Espírita lnfanto Juwnil (edição Ft:B - opúsculo)

Pedidos para: USE - União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo - Rua Dr. Gahricl Piza, 433 São Paulo - SP - CEP 02036-011 - Telefone (OI I) 290-8108

ASSINE "DIRIGENTE ESPÍRITA" �OME: -------------------------­

ENDEREÇO: -:------------------------BAJRRO: ------------------------­CEP: ----------------FONE:-------­CIDADE: ----------------ESTADO:

ASSINATURA ·j RE�OVAÇÀO u

\'ALOR: CRS -----------DATA:--------­

PREEI\CHA lJi\l CHEQUE i\OMINAL Á USE - UNIÃO DAS . SOCIEDADES ESPIRITA$ DO ESTADO DE SÃO PAULO E REMETA-O

CO\I ESTE CliPOM PARA A RUA DR. GABRIEL PIZA. 433, CEP 0]0.ló 011 · SÃO PAULO · CAPITAL. ASSINATURA VÁLIDA POR L�I .-\i\O OU ó EDIÇÕES BIMESTRAIS.

ASSINATURA

Dirigente Espíriru • Nm·c111/m>/Dc�rn1/Jro de /992 · /.�

Page 16: professores espíritas - Associatec · Espíritas do Estado de São Paulo Encontro reúne professores espíritas O encontro aconteceu no Insti tuto Espírita de Educação, em São

'

NOTÍCIAS

USE lança " Família e Espiritismo"

Vem a lume em no­vembro mais um opús­culo de Edição USE: "Família e Espiritismo", elaborado pelo Depar­tamento de Educação.

Em cerca de 120 pá­ginas, um material iné­dito é colocado a dis­posição dos Centros, ór­gãos de unificação e pa­ra o leitor em geral. Is­to porque além de sub­sídios para campanhas, cursos e seminários so­bre o tema, os textos relacionados com o cur­so sobre família con­templam abordagens muito oportunas e atuais. Entre estas, des­tacam-se: O amor-fon­te de vida, casamento, separação,planejamen­to familiar, relaciona­mento familiar, adoles­cência e seus proble­mas, vários capítulos sobre educação, proble­mas de sexo, toxicoma­nias e AIDS. As refe­rências bibliográficas dos tópicos para o cur­sos e dos textos enri­quecem as possibilida­des de estudo.

Esse opúsculo se ori­ginou a partir da "Cam­panha Integração da Fa­mília", tendo por lema - 11 A melhor escola ain-da é o lar", levada a efeito pela USE em 1980. Há dois anos atrás, a Diretoria Exe­cutiva da USE enten­deu que o assunto fa­mília extrapolava De-

1

4•SERIE

EOUCAÇAO

FAMÍLIA E

ESPIRITISMO

EDIÇÕES USE

partamentos, tendo in­cumbido o Departamen­to de Educação para atuar nesta área. Este, tomou por base uma ex­periência de curso so­bre família efetivada no Centro Espírita Luz e Fraternidade, em Ara­çatuba, rediscutiu e ela­borou um novo progra­ma, o qual foi testado na sede da USE e ser­viu de base para o de­senvolvimento de Semi­nários sobre Família.

Vários colaboradores da USE escreveram os textos. Alerta-se que o material deve ser enten­dido como subsídio pa­ra estudos, reflexões e debates, adequando-o à disponibilidade de ca­da Centro Espírita. A proposta básica deste lançamento editorial da USE é que os Centros espíritas propiciem con­dições para que os te­mas sobre família emer­jam no atendimento fra­terno, palestras e cur­sos, sendo o fio condu­tor de várias ações.

16 - Dirigente Esoirita - Novembro/Dezembro de 1992

Encontro reúne professores espíritas

Sob a coordenação do Departamento de Educa­ção da U.S.E., realizou­se nos dias 10 a 12 de outubro p.p., o Encontro Estadual de Educadores Espíritas, nas dependên­cias do Instituto Espírita de Educação, na cidade de São Paulo.

O Encontro contou com a participação de 84 pro­fessores, no efetivo exer­cício da profissão, repre­sentando 21 cidades do Estado de São Paulo e Es­tados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Gros­so do Sul.

O programa desenvol­vido contou com a orien­tação da Professora Adal­giza Campos Balieiro, da cidade de Ribeirão Preto, a participação do artista plástico Dino Bemardi Ju­nior e equipe de 11).0nito­res ligados à U.S.E ..

O Encontro teve como tema central: Educação Espírita, Educação Inte­gral, com reflexões sobre a prática pedagógica es­pírita.

Os participantes foram divididos em grupos e num primeiro momento houve um levantamento de dados, através de um questionáro e relato de ex­periências. Isto permitiu traçar-se o perfil do edu­cador espírita participan­te do Encontro, com ta­bulação e apresentação dos dados ao final.

Os temas abordados fo­ram:

O 1 - Fundamentos fi­losóficos da Educação Es­pírita - Matéria, Perispí­rito e Espírito, sua inter-

Célia Carvalho, Dino Bernardi e

Adalgiza Balieiro.

ligação e importância na educação.

02 - Manifestação de alma e suas implicações metodológicas - vontade, sentimento e pensamento.

03 - Imagem - elemen­to mediator entre a ação e pensamento - uma vi­vência artística.

A importância e o ine­ditismo deste Encontro re­sidiu no fato do educador espírita entrar em conta­to com uma prática peda­gógica que permitiu ver o aluno com uma baga­gem espiritual que não po­de ser esquecida e que de­ve fazer parte do proces­so educacional.

Como opinião dos par­ticipantes:

... o Encontro foi o iní­cio de reflexões, detona­dor de novas idéias, o "conscientizar-se" para melhor ensinar ... não le­vo "papeladas", mas pa­lavras esclarecedoras e in­centivadoras e uma gran­de luz que estará ilumi­nando meu túnel... foi a oportunidade nos reava­liarmos, repensarmos a nossa postura enquanto educadores... .