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Professora Sônia Aparecida de Souza Cotrim www.professorasonia.com.br

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Professora Sônia Aparecida de Souza Cotrim

www.professorasonia.com.br

É todo sistema de sinais convencionais que

nos permite realizar atos de comunicação.

Pode ser verbal e não-verbal.

-Linguagem verbal: é aquela que tem por unidade a palavra.

-Linguagem não verbal: tem outros tipos de unidade, como gestos, o movimento, a imagem...

-Linguagem mista: como as histórias em quadrinhos, o cinema e a tv que utilizam a imagem e a palavra.

LINGUAGENS: GESTOS

O CORPO FALA.

EU JURO! ELE ESTÁ

BÊBADO!

DESCULPA!

ACABOU! PERFEITO! OK!

DÉBORA COLKER

EM “CASA” (1999)

O CORPO FALA.

COREOGRAFIA VASOS DO

ESPETÁCULO “4 POR 4” (2002)

“O Pensador” (Auguste Rodin)

Paulo Leminski - 1982

ADRIANA CALCANHOTO

JOTA QUEST

Fernanda Montenegro ao lado de Fernando Torres, em

cena da peça "Dias Felizes" (1985/6).

“O AUTO DA COMPADECIDA”

“TEMPOS MODERNOS”

O CINEMA MOVIMENTA.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

“Rio Balavilha”

LÍNGUA: é um código formado por signos (palavras) e leis combinatórias por meio do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si.

TODA LÍNGUA É UM CÓDIGO, MAS NEM TODO CÓDIGO É UMA LÍNGUA.

A fala e a escrita são usos individuais da língua.

“Arte literária é mimese(imitação); é a arte que imita pela palavra.” (Aristóteles,séc.IV a.C.)

Assim:

literatura = imitação da realidade;

manifestação artística;

a palavra como matéria-prima;

manifestação da expressividade humana.

Para o autor:

sensibilizar os leitores para aspectos da realidade;

função evasiva – fuga da realidade;

função lúdica – jogo de experiências sonoras e de

relações surpreendentes;

obter fama, notoriedade, recompensa financeira;

preservar lembranças pessoais;

alimentar o prazer ou a necessidade de escrever.

A onda anda Aonde anda

A onda? A onda ainda Ainda onda Ainda anda

Aonde? Aonde?

A onda a onda Manuel Bandeira

Literatura descompromissada Exemplo: Textos do Parnasianismo

Literatura comprometida com a defesa de certas ideias políticas, sociais...

O preço do feijão

Não cabe no poema. O preço

Do arroz

Não cabe no poema.

Não cabem no poema o gás

A luz o telefone

A sonegação

Do leite

Da carne

Do açúcar

Do pão

O funcionário público

Não cabe no poema

Com seu salário de fome

Sua vida fechada

Em arquivos.

Como não cabe no poema

O operário

Que esmerila seu dia de aço

E carvão

Nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores

está fechado: “Não há vagas”

Só cabem no poema

O homem sem estômago

A mulher de nuvens

A fruta sem preço

O poema, senhores,

Não fede

Nem cheira.

Ferreira Gullar

Nosso interesse está na literatura dita “canonizada” – conjunto de obras escritas e aceitas como artisticamente valiosas e representativas de nossa herança cultural. Ex.:

Dom Casmurro – Machado de Assis Vidas Secas – Graciliano Ramos A Hora da Estrela – Clarice Lispector

Movimentos Literários

Estéticas Literárias

Obras e autores que apresentam

certas afinidades:

linguagem;

temas;

forma de ver e sentir o mundo.

Romantismo

José

de Alencar Gonçalves

Dias

Joaquim Manuel

de Macedo

Cada autor imprime um

tratamento particular, muito pessoal, às características genéricas de um período literário.

José de Alencar

Joaquim Manoel de Macedo

Gonçalves Dias

AMOR

Estilos de época Panorama mundial Panorama brasileiro

Quinhentismo Grandes navegações

Companhia de Jesus

Literatura Informativa

Literatura Jesuítica

1500

Barroco Contra-Reforma

Portugal sob domínio

espanhol

Invasões Holandesas

Grupo Baiano

1601

Arcadismo Iluminismo

Revolução Industrial

Revolução Francesa

Independência dos EUA

Ciclo da mineração

Inconfidência Mineira

Grupo Mineiro

1768

Período de

Transição

Guerras Napoleônicas Corte Portuguesa no Rio de

Janeiro

Independência

Regências

1808

Era

Co

lon

ial

Estilos de época Panorama mundial Panorama

brasileiro

Romantismo Burguesia no poder 2º Império

Guerra do

Paraguai

Lutas

abolicionistas

Literatura Nacional

1836

Realismo

Naturalismo

Parnasianismo

Socialismo

Evolucionismo

Positivismo

Lutas antiburguesa

2ª Revolução Industrial

Abolição

República

Romance realista

Romance

naturalista

Poesia parnasiana

1881

Simbolismo 1893

Era

Nacio

nal

Pré-

Modernismo

Pré-Guerra

1ª Guerra mundial

Freud e a Psicanálise

Revolução Russa

Vanguardas artísticas

Governo de

Floriano

Revolta da Armada

Revolta de

Canudos

1902

Modernismo Nazismo

Facismo

2ª Guerra Mundial

Guerra Fria

Semana de Arte

Moderna

Ditadura de Vargas

Gerações

Modernistas

1922

Linguagem com significação restrita Palavras empregadas em seu sentido

comum, aquele encontrado no dicionário Linguagem utilizada de modo objetivo Linguagem exata e precisa

Linguagem com significação figurada, carregada de valores afetivos ou sociais

Palavras empregadas em seu sentido figurado, aquele que não é encontrado no dicionário

Linguagem utilizada de modo subjetivo Linguagem inexata e imprecisa, pois

depende da situaçao sócio-histórica e cultural em que se situa.

Amigos, amigos, senhas à parte. Antes só, do que em chats aborrecidos. Não adianta chorar sobre arquivo apagado. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.

Na informática nada se perde, nada se cria. Tudo se copia... e depois se cola.

Sentido real – denotação

X

Sentido figurado - conotação

Chutei o balde!

Descascando o abacaxi...

Engolindo sapo...

Trocando as bolas...

Chorando pelo leite derramado...

Texto Literário ênfase na expressão; linguagem conotativa; linguagem mais pessoal, emotiva; recriação da realidade; ambiguidade – recurso criativo

ênfase no conteúdo; linguagem denotativa; linguagem mais impessoal; realidade apenas traduzida; Normalmente sem ambiguidade ou duplas

interpretações.

“Uma nuvem colossal em forma de cogumelo sobre a cidade japonesa

de Hiroshima assinala a morte de 80 mil de seus habitantes – vítimas do

primeiro ataque nuclear do mundo, em 6 de agosto de 1945. O lançamento

da bomba, uma das duas únicas do arsenal americano, foi feito para forçar

os japoneses à rendição. Como não houve resposta imediata, os americanos

lançaram outro “artefato” remanescente sobre Nagasaqui e os russos

empreenderam a prometida invasão à Manchúria. Uma semana depois, o

governo japonês concordou com os termos da rendição e a capitulação

formal foi assinada em 2 de setembro.”

(“A sombra dos ditadores”, História dos ditadores, 1993, p.88)

Pensem nas crianças

Mudas telepáticas

Pensem nas meninas

Cegas inexatas

Pensem nas mulheres

Rotas alteradas

Pensem nas feridas

como rosas cálidas

mas não se esqueçam

Da rosa, da rosa

Da rosa de Hiroshima

A rosa hereditária

A rosa radioativa

Estúpida e inválida

A rosa com cirrose

A anti-rosa atômica

Sem cor sem perfume

Sem rosa sem nada.

Quanto à disposição gráfica, um texto literário pode ser:

Prosa: em linhas “corridas”. Poesia (verso): a cada linha dá-se o nome de

verso e ao conjunto deles, estrofe.

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emissor / remetente – elemento que emite, codifica a mensagem; receptor / destinatário - recebe, decodifica a mensagem; mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor; código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da

mensagem referente – o assunto, a situação que envolve o emissor e o receptor e o

contexto linguístico; canal – meio físico pelo qual circula a mensagem e a conexão psicológica.

Função Intrínseca Elemento de Destaque

Emotiva Emissor

Conativa Receptor

Referencial Referente

Metalinguística Código

Fática Canal

Poética Mensagem

“ Posso te falar dos sonhos, das flores, de como a cidade mudou...

Posso te falar do medo, do meu desejo, do meu amor... Posso falar da tarde que cai E aos poucos deixa ver no céu a lua Que um dia eu te dei”.

(A lua que eu te dei/ Ivete Sangalo)

Também chamada de expressiva, tal função que ocorre quando o destaque é dado ao emissor. Suas principais características são:

verbos e pronomes em primeira pessoa; presença comum de ponto de exclamação e de interjeições; expressão de estados de alma do emissor (subjetividade e

pessoalidade); presença predominante em textos líricos, autobiografias,

depoimentos, memórias .

Pense, fale, compre, beba

Leia, vote, não se esqueça

Use, seja, ouça, diga

Tenha, more, gaste, viva

Pense, fale, compre, beba

Leia, vote, não se esqueça

Use, seja, ouça, diga

Não senhor, sim senhor,

Não senhor, sim senhor

Mas lá vem eles novamente, eu sei o que vão fazer:

Reinstalar o sistema

Também chamada de apelativa, essa função ocorre quando o destaque é

dado ao receptor. Observe que a intenção principal do anúncio é

estimular o receptor a adquirir a revista. As principais características

dessa função são:

verbos no imperativo;

verbos e pronomes na segunda ou terceira pessoas;

tentativa de convencer o receptor a ter um determinado

comportamento;

presença predominante em textos de publicidade e propaganda;

Emprego da ambiguidade.

Portinari: valorização do Brasil e da arte

Filho de imigrantes italianos, Cândido Portinari nasceu no dia 30 de dezembro de 1903, numa fazenda de café nas proximidades de Brodósqui, em São Paulo. Com a vocação artística florescendo logo na infância, Portinari teve uma educação deficiente, não completando sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores e escultores italianos que atuava na restauração de igrejas passa pela região de Brodósqui e recruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indício do talento do pintor brasileiro.

Função cognitiva ou referencial ou denotativa

É a função que ocorre quando o destaque é dado ao referente. A intenção

principal do autor é informar o leitor sobre a vida do pintor Portinari.

As principais características desse tipo de texto são:

Objetividade- linguagem direta, precisa, denotativa;

Clareza nas idéias;

finalidade é traduzir a realidade, tal como ela é;

Presença predominante em textos informativos,jornalísticos, textos didáticos,

científicos; mapas, gráficos, legendas, recursos representativos.

Alvo. Sm. 1. Ponto a que se procura atingir com a arma; mira. 2. Fim. 3. A cor branca.

É a função que ocorre quando o destaque é dado ao código. Faz uso do código para definir o código;

O exemplo mais definitivo desse tipo de função são as aulas de

gramática, os livros de gramática e os dicionários da língua.

“- Alô, alô, marciano. Aqui quem fala é da Terra.Pra variar estamos em guerra.”

(Elis Regina)

Ocorre quando o canal é posto em destaque. O interesse

do emissor ao emitir a mensagem é apenas testar o canal,

tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o

receptor, ou testar a eficiência do canal.

Exemplo típico da função fática é a linguagem das falas

telefônicas, saudações e similares.

Ex.:

A boiada seca Na enxurrada seca A trovoada seca Na enxada seca (Carlinhos Brown)

ocorre quando a própria mensagem é posta em destaque, ou

seja, chama-se a atenção para o modo como foi organizada a

mensagem;

centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos

criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é

metafórica. Valorizam-se as palavras, suas combinações;

É importante ressaltar que, em um mesmo texto,

podem coexistir mais de uma função. Isso, depende da intenção do emissor ao

elaborar a mensagem.

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Narração – conta uma história. Descrição - detalha seres humanos, paisagens,

como se fosse uma fotografia. Dissertação expositiva – É a modalidade de

texto explicativo sem a intenção de convencer o leitor, debater, polemizar ou contestar posições diferentes.

Argumentação – defende uma ideia e tenta persuadir o leitor.

Conjuntos de elementos semânticos, estilísticos e formais

utilizados pelos autores em suas obras, para caracterizá-las de

acordo com a sua visão da realidade e o público a que se destinam.

Lírico

Épico

Dramático

Narrativo

Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos. Pertencem a este gênero os poemas em geral, destacando-se:

Ode e hino: os dois nomes vêm da Grécia e significam “canto”. Ode

é a poesia entusiástica, de exaltação. Hino é a poesia destinada a glorificar a pátria ou dar louvores às divindades.

Elegia: é a poesia lírica em tom triste. Fala de acontecimentos

tristes ou da morte de alguém. O “Cântico do calvário”, de Fagundes Varela, sem dúvida é a mais famosa elegia da literatura brasileira, inspirada na morte prematura de seu filho.

Idílio e écloga: são poesias pastoris, bucólicas. A écloga difere do idílio por apresentar diálogo.

Epitalâmio: poesia feita em homenagem às núpcias de

alguém. Sátira: poesia que se propõe corrigir os defeitos

humanos, mostrando o ridículo de determinada situação.

Quanto ao aspecto formal, as poesias podem apresentar forma

fixa ou livre. Das poesias de forma fixa, a que resistiu ao tempo,

aparecendo até nossos dias, foi o soneto.

O soneto é uma composição poética de catorze versos

distribuídos em dois quartetos e dois tercetos. Apresenta sempre

métrica – mais usualmente, versos decassílabos ou alexandrinos – e

rima.

Apesar de ser uma forma poética clássica, o soneto encontra

adeptos no Modernismo, como vemos na leitura abaixo.

De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure. Vinicius de Morais

GÊNERO LÍRICO: é a manifestação literária em que

predominam os aspectos subjetivos do autor. É, em geral, a

maneira de o autor falar consigo mesmo ou com um interlocutor

particular (amigo, amante, fantasia, elemento da natureza,

Deus...)

Não confundir “eu-lírico” com o autor. O “eu-lírico” ou “eu-

poético” é uma espécie de personalidade poética criada pelo autor

que dá vazão a sensações e/ou impressões.

Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda Teresinha

Trecho do poema “Ainda Uma Vez , Adeus”, de Gonçalves Dias, que escreveu este poema após encontrar-se pela última vez, em Portugal, com sua amada Ana Amélia, à qual renunciara por imposição da família da jovem, de diferente classe social, destinada a casar-se com outro.

"Enfim te vejo! - enfim posso, Curvado a teus pés, dizer-te Que não cessei de querer-te, Pesar de quanto sofri. Muito penei. Cruas ânsias, Dos teus olhos afastado, Houveram-me acabrunhado A não lembrar-me de ti! (...)

Louco, aflito, a saciar-me D'agravar minha ferida, Tomou-me tédio da vida, Passos da morte senti; Mas quase no passo extremo, No último arcar da esperança, Tu me vieste à lembrança: Quis viver mais e vivi!

Vivi; pois Deus me guardava Para este lugar e hora! Depois de tanto, senhora, Ver-te e falar-te outra vez; Rever-me em teu rosto amigo, Pensar em quanto hei perdido, E este pranto dolorido Deixar correr a teus pés. (...)

- Adeus qu'eu parto, senhora; Negou-me o fado inimigo Passar a vida contigo, Ter sepultura entre os meus; Negou-me nesta hora extrema, Por extrema despedida, Ouvir-te a voz comovida Soluçar um breve Adeus!

Lerás porém algum dia Meus versos d'alma arrancados, D'amargo pranto banhados, Com sangue escritos; — e então Confio que te comovas, Que a minha dor te apiade Que chores, não de saudade, Nem de amor, — de compaixão, (Gonçalves Dias, Ainda uma vez adeus)

Elementos técnicos que auxiliam a leitura, a interpretação e a análise de textos poéticos.

Cada linha = verso Conjunto de versos = estrofe

Drama, em grego, significa “ação”. Ao

gênero dramático pertencem os textos, em poesia ou prosa, feitos para serem representados. Compreende as seguintes modalidades:

Tragédia: é a representação de um fato trágico, apto a suscitar

compaixão e terror.

Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no

sentimento comum, de riso fácil, em geral criticando os

costumes.

Tragicomédia: é a mistura do trágico com o cômico.

Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.

Farsa: pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural,

criticando a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino

Ridendo castigat mores (“Rindo, corrigem-se os costumes.”).

PADRE - Que há? Que gritaria é essa?

CHICÓ – Mandaram avisar para o senhor não sair, porque vem uma pessoa aqui trazer

um cachorro que está se ultimando para o senhor benzer.

PADRE – Para eu benzer?

CHICÓ – Sim.

PADRE – Um cachorro?

CHICÓ – Sim.

PADRE – Que maluquice! Que besteira! [...] Não benzo de jeito nenhum

CHICÓ – Mas, padre, eu não vejo mal nenhum em benzer o bichinho.

(O auto da compadecida – Ariano Suassuna)

Na atualidade passou-se a chamar gênero narrativo ao conjunto de

obras em que há narrador, personagens e uma sequência de fatos. É uma

variante do gênero épico. Abrange várias modalidades de texto em que

aparecem os seguintes elementos:

1 - Foco narrativo

2 – Enredo

3 – Personagem

4 - Campo e espaço

5 – Conflito

6 – Clímax

7 - Desfecho

Romance: narração de um fato imaginário mais verossímil, que

representa quaisquer aspectos da vida familiar e social do homem.

Podemos dividi-lo em: romance de cavalaria, romance de

costumes, romance policial, romance psicológico, romance

histórico etc.

Novela: breve, mas viva narração de um fato humano notável,

mais verossímil que imaginário. É como um pequeno quadro da

vida, com um único conflito. Em geral, apresenta-se dividida em

alguns poucos capítulos.

Conto: narração densa e breve de um episódio da vida; mais

condensada do que a novela e o romance. Em geral, não

apresenta divisão em capítulos.

Fábula: narrativa inverossímil, com fundo didático; tem

como objetivo transmitir uma lição de moral.

Apólogo: apresenta as mesmas características das fábulas,

mas utiliza objetos, seres inanimados como personagens.

Considerada um texto híbrido, é uma narrativa

curta que detém o olhar sobre questões de

seu tempo.

Cronos = deus do tempo

A crônica pode se vincular ao literário, ao

histórico, ao jornalístico.

A epopeia é uma poesia de fôlego; é

a narração em versos de um fato

grandioso e maravilhoso que interessa a

toda uma coletividade. É uma poesia

objetiva, impessoal, baseada sempre na

história de um povo.

Entre as mais famosas epopeias, destacamos:

Os lusíadas (Camões, Portugal).

Na literatura brasileira, as principais epopeias foram escritas no século

XVIII:

Caramuru (Santa Rita Durão);

O Uraguai (Basílio da Gama);

Vila Rica (Cláudio Manuel da Costa).

Uma epopeia apresenta-se dividida em cinco partes:

Proposição ou exórdio: é a apresentação do tema e do

herói.

Invocação: o poeta pede auxílio às musas inspiradoras.

Dedicatória: o poeta dedica a obra a um protetor.

Narração: é o desenvolvimento do tema e das aventuras do

herói, com exposição de fatos históricos.

Epílogo: é o remate, o encerramento do poema.

Assim, podemos entender que Ilíada é uma epopeia pois:

É a narrativa de um fato histórico - A guerra de Troia

Representado por um herói – Aquiles Tem a presença do narrador Tem a presença de deuses da mitologia

intervindo em vários momentos