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Governos Militares

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Governos Militares

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Governos Militares

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Governos Militares

Ditadura

De 1964 a 1985, o Comando das forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – controlou o Poder Político no Brasil.

Muitos classificaram o Regime que marcou esse período como Ditadura.

Quais os significados atuais atribuídos ao termo Ditadura e seus contrates com a Democracia?

Quais as principais características políticas e econômicas que marcaram as decisões dos Governos nesse período?

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Militares no Poder

O Fim do Período Democrático

Logo após a Deposição de João Goulart, em 2 de Abril de 1964, Ranieri Mazzilli – que ainda era o Presidente da Câmara dos Deputados – assumiu pela segunda vez, de maneira interina, a Presidência da República.

No entanto, o Controle Político do País ficou sob a direção geral das Forças Armadas.

Cada uma de suas corporações – Exército, Marinha e Aeronáutica – no mesmo dia 2 de Abril, indicou um representante, e formou-se o Comando Militar que conduziria o País durante Duas Semanas – era o autodenominado Comando Supremo da Revolução.

Segundo os Novos Comandantes do País, a Intervenção Militar seria em Caráter Provisório, tendo como principais finalidades:

– Restabelecer a Ordem Social;

– Conter o avanço do Comunismo e da Corrupção;

– Retomar o Crescimento Econômico.

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Militares no Poder

Mas não foi provisória a supressão da Legalidade Democrática.

Durante 21 Anos, a Sociedade Brasileira viveu sob o comando de Presidentes Militares impostos pelas Forças Armadas.

Até 1985, Dois Marechais e Três Generais se sucederam na Presidência da República:

Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo.

Autoritarismo

Uma das características dos Governos Militares foi o Autoritarismo:

De modo geral, seus membros não se Mostraram Dispostos a Dialogar com os Diversos Setores da Sociedade.

As diferenças entre o regime representativo, vigente entre 1945 e 1964, e o regime militar são claras.

Quem manda agora não são os políticos profissionais, nem o Congresso é uma instância decisória importante.

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Militares no Poder

Mandam a Alta Cúpula Militar, os órgãos de Informação e Repressão, a Burocracia Técnica do Estado.

Por meio dos chamados Atos Institucionais – AI, os Governos Militares foram restringindo as Liberdades Democráticas.

Impuseram Censura aos meios de comunicação, como rádio, televisão, jornais, revistas, etc.

Muitos brasileiros que se opunham a essa situação foram perseguidos, exilados, torturados ou mortos pelos órgãos de repressão política.

Ato InstitucionalNo Plano Técnico-Jurídico, conjunto de normas superiores, promulgadas pelo Poder Público Federal, que se sobrepunham até mesmo à Constituição Federal.

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Militares no Poder

Desenvolvimento e Concentração de Renda

Outro aspecto que caracterizou os Governos Militares foi o abandono do Nacionalismo Reformista que marcou o último Governo de Vargas e o de Goulart.

Em seu lugar, foi adotado um modelo de desenvolvimento econômico baseado na aliança entre Três Grandes Grupos:

– A burocracia técnica estatal (Militar e Civil); – Os grandes empresários Estrangeiros e;

– Os grandes empresários Nacionais.

Esse modelo caracterizou-se pela modernização da economia, pela concentração de renda nas classes altas e médias e pela marginalização da classe baixa.

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Governo Castelo Branco (1964-1967)

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Governo Castelo Branco (1964-1967)

Primeiros Passos do Regime Militar

O Comando Militar que de fato Governava o País decretou em 9 de Abril de 1964, o Ato Institucional n° 1 (AI-1), que modificava a Constituição em vigor, conferindo ao Executivo Federal, durante certo prazo, poderes para:

– Cassar mandatos de Parlamentares;

– Suspender Direitos Políticos de qualquer cidadão;

– Realizar outras modificações na Constituição;

– Decretar Estado de Sitio sem aprovação do Congresso.

No segundo dia em que vigorava o AI-1, o Congresso Nacional foi reunido e, sob pressão militar, Elegeu para a Presidência da República o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, que assumiu o Governo em 15 de abril de 1964.

Estado de Sítiosuspensão temporária de direitos e garantias individuais previstos na Constituição Federal

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Governo Castelo Branco (1964-1967)

Seu mandato iria até 31 de Janeiro de 1966, mesmo prazo de vigência do AI-1.

No entanto, três meses após sua posse, foi prorrogado até 15 de Março de 1967, sob alegação de que o prazo de vigência do AI-1 era insuficiente para implementar todas as medidas de reestruturação política e econômica projetadas.

Apoio dos Estados Unidos da América

O Governo Castelo Branco foi imediatamente reconhecido pelas Autoridades Governamentais dos Estado Unidos e contou com o apoio de grandes empresários brasileiros e diretores de empresas multinacionais.

Um motivo importante desse apoio foi a adoção pelos Militares, de um conjunto de princípios conhecidos como Doutrina de Segurança Nacional – inspirada em grande parte, por Militares e Agentes dos EUA e desenvolvida pela Escola Superior de Guerra.

De acordo com essa Doutrina, o Governo Brasileiro assumia o compromisso de combater as idéias Socialistas ou Comunistas.

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Governo Castelo Branco (1964-1967)

Com base nesse compromisso, promoveu-se forte repressão policial contra várias Entidades Sociais:

Diversos sindicatos foram fechados e a União Nacional dos Estudantes (UNE) foi invadida e fechada.

Em 60 dias de Governo Militar, mais de 300 pessoas tiveram seus mandatos cassados e seus direitos políticos suspensos – entre elas, Três Ex-Presidentes da República: Juscelino, Jânio e João Goulart.

No Plano Externo, em Maio de 1964, as relações diplomáticas com Cuba – único país latino-americano que adotava um Regime Socialista – foram rompidas.

Outra medida que agradou principalmente autoridades e empresários dos Estados Unidos foi a extinção da Lei de Remessa de Lucros (sancionada por Goulart em Janeiro de 1964), permitindo que as multinacionais voltassem a enviar às suas matrizes no exterior grandes somas de dinheiro, resultado dos lucros que obtinham no Brasil.

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Governo Castelo Branco (1964-1967)

Medidas Econômicas Impopulares

A Política Econômica era dirigida por Roberto Campos, Ministro do Planejamento, e Otávio Gouveia de Bulhões, Ministro da Fazenda, que elaboraram o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG).

Uma das principais propostas desse Programa era o Combate à Inflação mediante o favorecimento do Capital Estrangeiro, as restrições ao crédito e a redução dos salários dos trabalhadores.

Durante esse período, os trabalhadores perderam o direito de estabilidade no emprego, foram reprimidos em suas tentativas de protesto.

Muitos sindicatos sofreram intervenção.

As Medidas Econômicas tomadas tornaram o Governo impopular, provocando a reação até mesmo dos antigos aliados do golpe, como Carlos Lacerda.

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Governo Castelo Branco (1964-1967)

Este teria dito que o Ministro Roberto Campos da área econômica:

Era um homem imparcial, porque estavamatando imparcialmente os pobres e os ricos.

Escalada Autoritária

Em 1965, foram realizadas eleições para os Governos Estaduais, e as oposições ao Regime Militar conseguiram significativas vitórias.

O Governo Federal decidiu, então, tomar novas medidas repressoras.

– Ato Institucional n° 2

De Outubro de 1965, que conferia mais poderes ao Presidente para cassar mandatos e direitos políticos, Além disso, estabelecia a Eleição Indireta (Congresso) para Presidente e extinguia todos os partidos políticos existentes, criando apenas dois:

Um para apoiar o Governo, a Aliança Renovadora Nacional – Arena, e outro para fazer oposição dentro dos limites considerados “aceitáveis”, o Movimento Democrático Brasileiro – MDB.

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Governo Castelo Branco (1964-1967)

– Ato Institucional n° 3

De Fevereiro de 1966, estabelecia o fim das Eleições Diretas para Governadores e Prefeitos das Capitais.

A partir de então, os Governadores, indicados pelo Presidente da República, seriam submetidos à aprovação das Assembléias Legislativas e os Prefeitos seriam indicados pelos Governadores.

– Ato Institucional n° 4

De Dezembro de 1966, dava ao Governo Poderes para elaborar uma Nova Constituição, com o objetivo de incorporar a Legislação criada pelo Regime Militar.

Em 24 de Janeiro foi promulgada a Constituição de 1967, que tinha entre os seus principais objetivos fortalecer os Poderes do Presidente da República e enfraquecer o Legislativo e o Judiciário.

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Governo Castelo Branco (1964-1967)

– Lei de Segurança Nacional

De Março de 1967, que, na prática, se tornou o Instrumento Jurídico destinado a enquadrar como inimigos da pátria aqueles que, muitas vezes em nome dela, se opunham às diretrizes de um Governo Autoritário.

Bipartidarismo

No mês seguinte à decretação do AI-2 e extinção dos Partidos Políticos existentes, o Governo determinou como seria a Nova Organização Partidária:

Haveria apenas Dois Partidos, um Representando o Governo e outro, a Oposição Política.

Era a instalação do Bipartidarismo no País. Formaram-se então:

– Aliança Renovadora Nacional (Arena) – partido que congregou os Políticos que Apoiavam o Governo;

– O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) – partido que reuniu os Políticos que se Opunham ao Governo (dentro dos limites considerados “aceitáveis” pelos Militares).

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Bipartidarismo Brasileiro

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Governo Costa e Silva (1967-1969)

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Governo Costa e Silva (1967-1969)

O Recrudescimento da Ditadura

Ao final do Governo Castelo Branco, o Alto Comando Militar escolheu como Novo Presidente o Marechal Artur da Costa e Silva, Ministro da Guerra do Governo Castelo Branco.

Essa escolha foi referendada em 3 de Outubro de 1966 pelos Políticos da Arena no Congresso Nacional.

Para registrar o seu protesto, os integrantes do MDB retiraram-se do local de votação.

Costa e Silva assumiu a Presidência em 15 de Março de 1967.

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Governo Costa e Silva (1967-1969)

Movimentos de Protesto

Durante o Governo Costa e Silva, apesar da violenta repressão policial, aumentaram no país as manifestações públicas contrárias à Ditadura Militar reunindo diversos Grupos Sociais:

– Estudantes saíram às ruas em passeatas;

– Operários organizaram greves contra o arrocho salarial;

– Políticos de Oposição fizeram pronunciamentos atacando a violência da Ditadura – alguns, como Carlos Lacerda, arrependido por ter apoiado o Golpe de 64, procuraram organizar uma “Frente Ampla” de Oposição Política;

– Padres Denominados “Progressistas” denunciavam, por exemplo, a fome do povo e a tortura praticada por Órgãos de Segurança contra os adversários da Ditadura.

No Rio de Janeiro, em 1968, mais de 100 mil pessoas saíram às ruas em passeata, Protestando contra o assassinato do estudante Édson Luís de Lima Souto, de 18 anos, pela Polícia, durante uma Manifestação.

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Enterro do Estudante Édson Luís

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Frente Ampla – JK e Lacerda

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Passeata dos Cem Mil

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Governo Costa e Silva (1967-1969)

Fechamento Político

Em Setembro de 1968, no Congresso Nacional, o Deputado Márcio Moreira Alves, do MDB, fez um veemente discurso contra os militares, responsabilizando-os pela violência praticada, contra os Estudantes, entre outros grupos.

Ele propôs à população o boicote à Parada Militar de 7 de setembro.

Os Oficiais Militares consideraram o discurso ofensivo à Honra das Forças Armadas e exigiram que o Deputado fosse processado.

Mas a Câmara Federal negou a autorização para o processo, preservando a Imunidade Parlamentar de Moreira Alves.

Então, o Ministro da Justiça solicitou ao Congresso licença para entrar com uma Ação contra Moreira Alves, mas a Câmara Federal negou-se a conceder tal autorização.

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Governo Costa e Silva (1967-1969)

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Governo Costa e Silva (1967-1969)

O AI-5 conferia ao Presidente da República amplos poderes para perseguir e reprimir as oposições.

Podia decretar, por exemplo, o Estado de Sítio, intervir nos Estados e Municípios, Cassar mandatos eletivos, Suspender direitos políticos, Demitir funcionários públicos, etc.

Tamanho era o poder do Presidente, que seus atos praticados de acordo com o AI-5 não poderia sequer ser submetidos ao Exame Judiciário.

Utilizando-se do AI-5, o Governo Costa e Silva prendeu milhares de pessoas em todo o país, entre elas Carlos Lacerda, o Marechal Lott e Juscelino.

Fechou o Congresso Nacional por tempo indeterminado, Cassou o mandato de centenas de Deputados Federais e Estaduais, Vereadores e Prefeitos, além de ter afastado quatro Ministros do Supremo Tribunal Federal.

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Governo Costa e Silva (1967-1969)

O Governo da Junta Militar

A Legislação arbitrária parecida preocupar o Presidente Costa e Silva, que não queria passar à História apenas como criador do AI-5.

Por isso, confiou ao Vice-Presidente Pedro Aleixo (Advogado Civil, que era contrário ao AI-5) a missão de elaborar um ante-projeto de uma Nova Constituição para o país.

A nova Carta Magna estava praticamente concluída quando Costa e Silva foi obrigado a deixar a Presidência por razões de Saúde.

Pedro Aleixo foi impedido de substituí-lo: os Militares não queriam um Civil no Poder.

Assim, uma Junta Militar, foi composta por Ministros do Exército, Marinha e Aeronáutica e governou o país por dois meses – de 31 de agosto a 22 de outubro de 1969.

Em 22 de outubro de 1969, dez meses após a edição do AI-5, por determinação da Junta Militar, o Congresso Nacional foi reaberto sem os Deputados Federais cassados com base no AI-5.

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Governo Médici (1969-1974)

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Governo Médici (1969-1974)

Os “Anos de Chumbo” do Regime Militar

Reconhecendo a impossibilidade de Costa e Silva reassumir a Presidência, o Alto Comando Militar indicou como seu sucessor o General Emílio Garrastazu Médici.

Seu nome foi referendado pelos Parlamentares da Arena no Congresso, e o novo Presidente assumiu o cargo em 30 de Outubro de 1969.

Apoiado na Legislação instituída no final do Governo Costa e Silva, o Governo Médici representou os “Anos de Chumbo” da Ditadura, sendo o período em que o poder ditatorial e a violência repressiva do Governo contra as oposições chegaram ao seu auge.

Com a suspensão dos direitos fundamentais do cidadão, qualquer um que se pronunciasse contra o Governo podia ser perseguido politicamente, demitido do emprego ou até mesmo ser preso.

O Governo Militar procurou esconder da população o combate violento que moveu contra Grupos Sociais, de diversas tendências políticas, que se opunham à Ditadura:

Liberais, Socialistas e Comunistas.

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Governo Médici (1969-1974)

Com a censura dos Meios de Comunicação, grande parte da população não ficou sabendo o que acontecia nos porões dos Órgãos de Segurança Pública e em outros locais para onde eram levados os Presos Políticos.

Luta Armada

Com o Fechamento Político, alguns grupos opositores não viram outra saída senão se lançar na Luta Armada.

Assim, promoveram diversas Ações de Guerrilha, como Assaltos a Bancos,em busca de dinheiro para financiar a Luta Política, e Seqüestros de Diplomatas Estrangeiros, para trocá-los por Companheiros Presos e Torturados nos porões dos Órgãos de Segurança.

Dois Líderes Guerrilheiros desse período, o Ex-Deputado Comunista Carlos Marighella (da Aliança Libertadora Nacional – ALN) e o Ex-Capitão Carlos Lamarca (da Vanguarda Popular Revolucionária – VPR), foram mortos, e seus grupos, dominados pelos Órgãos de Repressão Militar.

Além deles, milhares de pessoas acusadas de Subversão foram Torturadas para que confessassem o que os Agentes da Repressão queriam saber, e centenas delas foram mortas em Todo o País.

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Tortura: Nunca Mais

Trecho do livro Brasil: nunca mais, em que o autor denunciou os crimes praticados por integrantes dos Órgãos de Segurança a serviço dos Governos Militares.

Diz o artigo 5° da Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada pelo Brasil, que “ninguém será submetido à tortura ou castigo cruel, desumano ou degradante”.

Em 20 anos de Regime Militar, esse princípio foi ignorado pelas autoridades brasileiras.

A pesquisa do projeto “Brasil: nunca mais” – 1969-1979 – mostrou quase uma centenas de modos diferentes de tortura mediante agressão física, pressão psicológica e utilização dos mais variados instrumentos, aplicados aos presos políticos brasileiros.

Instrumentos de tortura como o “pau-de-arara”, o choque elétrico, o “afogamento”, a “geladeira”, a “cadeira do dragão”, o uso de produtos químicos, etc.

Durante a Ditadura Militar, a tortura foi utilizada em pessoas de todas as idades, sexo ou situação física e psicológica.

Assim, crianças foram sacrificadas diante dos pais, mulheres grávidas tiveram seus filhos abortados, esposas sofreram para incriminar seus maridos.

O emprego da tortura foi peça essencial da engrenagem repressiva posta em movimento pelo Regime Militar que se implantou em 1964.

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Governo Médici (1969-1974)

Propaganda de Governo

Para divulgar seus projetos pelo país, o Governo Militar utilizou-se, em grande medida, da televisão, que ampliava consideravelmente sua importância como veículo de comunicação social.

As facilidades de crédito pessoal permitiram a expansão do número de residências que possuíam televisão: em 1960, apenas 9,5% das residências urbanas tinham televisão; em 1970, a percentagem chegava a 40%.

Por essa época, beneficiada pelo apoio do Governo, de quem se transformou em porta-voz, a TV Globo expandiu-se até se tornar Rede Nacional e alcançar praticamente o Controle do Setor.

A Propaganda Governamental passou a ter um canal de expressão como nunca existira na História do País.

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Governo Médici (1969-1974)

O Milagre Brasileiro

O Governo Médici foi marcado ainda por um período de desenvolvimento econômico que a propaganda oficial chamou de “Milagre Brasileiro”.

Comandada pelo Ministro da Fazenda, Antonio Delfim Neto, desde o Governo Costa e Silva, a economia cresceu a altas taxas anuais, tendo como base o aumento da produção industrial – com destaque para a Indústria Automobilística –, o crescimento na Geração de Energia Elétrica, o crescimento das exportações (bens manufaturados, veículos, etc.) e a acentuada utilização de Capitais Estrangeiros, na forma de investimentos diretos e empréstimos.

Em compensação, o Governo adotou uma rígida política de arrocho salarial, diante da qual os sindicatos e os trabalhadores não podiam reagir devido à repressão política.

A concentração de renda no país se intensificou

O próprio Presidente Médici teria admitido o lado desfavorável do “Milagre Brasileiro” ao afirmar:

“A Economia vai Bem, mas o Povo vai Mal”.

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Governo Médici (1969-1974)

O “Milagre Brasileiro” e os “Anos de Chumbo” foram simultâneos.

Ambos Reais, coexistiram negando-se.

Quem acha que houve um, não acredita (ou não gosta de admitir) que houve o outro.

Início da Crise Econômica

O “Milagre”, porém, durou pouco.

A partir de 1973, teve início a Primeira Crise do Petróleo, que provocou uma Alta Vertiginosa nos preços desse produto.

A Economia Mundial se desestabilizou-se, e a brasileira – que não se baseava de forma predominante nas próprias forças econômicas, mas numa conjuntura externa favorável (energia barata importada, , otimismo dos mercados, etc.) e na tomada de Empréstimos Internacionais – sofreu Grande Impacto.

A Inflação começou a subir, e a Divida Externa Brasileira elevou-se de Maneira Assustadora.

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Governo Médici (1969-1974)

Teve início, então, uma longa e amarga crise econômica.

O Governo Militar começou a perder um de seus principais argumentos de sustentação de poder:

Estava provado que a Ditadura não garantia o desenvolvimento.

As Oposições Políticas foram lentamente se reorganizando e passaram a exigir, cada vez mais, a volta da Democracia.

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Produção da Imagem

Para encobrir a violência, os chefes militares investiam em propaganda destinada a divulgar, junto à maioria da população, a imagem de um Governo Sério e Competente e de um País Próspero e Pacífico.

Um dos slogans dessa propaganda dizia: Brasil, Ame-O ou Deixe-O.

Nessa época, uma marchinha, Eu te amo, meu Brasil, da dupla Dom e Ravel, alcançou grande sucesso:

As praias do Brasil ensolaradasO chão onde o país se elevouA mão de Deus abençoouMulher que nasce aqui tem muito mais amor

O céu do Brasil tem mais estrelasO sol do meu país, mais esplendorA mão de Deus abençoouEm terras brasileiras vou plantar amor

Eu te amo meu Brasil, eu te amo!Meu coração é verde, amarelo, branco, azul anil

Eu te amo meu Brasil, eu te amo!Ninguém segura a juventude do Brasil

As tardes do Brasil são mais douradasMulatas brotam cheias de calorA mão de Deus abençoouEu vou ficar aqui porque existe amor.

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Brasil: Ame-O ou Deixe-O

Em 1970, no domingo em que o capitão Carlos Alberto fez o quarto gol contra a Itália, na Copa do México, e deu à seleção a taça Jules Rimet – e o cobiçado tricampeonato mundial – andar de carro nas ruas brasileiras sem uma bandeira verde-amarela tornou-se uma temeridade.

Os adesivos “Brasil: Ame-O ou Deixe-O” grudaram em grande parte de um país em que o Produto Interno Bruto (PIB) subia 10% ao Ano, as Bolsas de Valores disparavam, as obras da Transamazônica começavam, e 160 milhões de dólares eram torrados na compra de 16 aviões supersônicos Mirage.

O Brasil estava contagiado pela emoção. Mas o momento inesquecível de auto-estima nacional estava aplicado sobre um fundo falso. O “Brasil Grande” era apenas virtual.

Assim, Médici chorou diante da seca no nordeste, ao descobrir que a economia ia bem mas o povo ia mal. A Transamazônica até hoje é uma miragem de empreiteiro.

A classe média, entretanto, comemorava as novas possibilidades de consumo. O paraíso nos anos 70 consistia em tirar o automóvel Corcel da garagem, fazer compras no supermercado Jumbo, ver futebol na maravilha do ano – a Tevê a cores – e sonhar com a próxima viagem a Bariloche, na Argentina.

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Brasil: Ame-O ou Deixe-O

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Copa de 1970

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Linha Dura

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Governo Geisel (1974-1979)

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Governo Geisel (1974-1979)

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Governo Geisel (1974-1979)

“Seguro” queria dizer não permitir uma Guinada “à esquerda” no regime político e garantir a manutenção das grandes diretrizes do Golpe de 1964.

No Plano Econômico, Geisel recebeu um país com dificuldades que anunciavam o fim do “Milagre Brasileiro”, com a queda do PIB, aumento da Inflação e uma enorme Dívida Externa.

Com a Crise do Petróleo, o novo Governo percebeu que era necessário modificar alguns fundamentos da Política Econômica adotada até então, tanto no Plano Interno quanto no Plano Externo.

Pragmatismo na Política Externa

Reconhecendo que o Alinhamento Incondicional ao Governo dos Estados Unidos havia gerado muita dependência econômica do Brasil em relação a essa potência, as Novas Autoridades decidiram realizar uma mudança na Política Externa Brasileira.

Assim o Governo Geisel, por meio do Itamarati, intensificou o estabelecimento de Relações Bilaterais com países Africanos, Asiáticos e Europeus.

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Governo Geisel (1974-1979)

Já em 1974, aproximou-se de nações Árabes, como a Arábia Saudita, Iraque, Líbia e Argélia, bem como países da África Subsaariana, como Angola, Moçambique e Guiné Equatorial, todos ricos em reservas de Petróleo e Gás Natural.

Também estabeleceu Relações Diplomáticas com a China Comunista e reconheceu a Legitimidade da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Paralelamente, o Governo Geisel selou acordos de cooperação comercial e estratégica com Potências Capitalistas, como Alemanha Ocidental e Japão.

Assim, deixavam-se as restrições ideológicas, próprias da Guerra Fria, em busca de resultados práticos.

Era o chamado Pragmatismo responsável e Ecumênico da diplomacia brasileira.

PragmatismoNa política, tendência que considera o lado prático das coisas e escolhe aqueles que traz melhores resultados

EcumênicoQue congrega todos os credos e todas as ideologias.

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Governo Geisel (1974-1979)

Desenvolvimento do Governo Geisel

No Plano Econômico Interno, o Governo Geisel buscou diminuir a Dependência Externa do país, desenvolvendo setores estratégicos da economia nacional.

Para tanto, lançou, em 1974, o II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND – 1975-1979) , que previa a expansão das indústrias de bens de produção – máquinas, equipamentos pesados, aço, cobre, energia elétrica, etc.

Assim, em vez de recuar para uma política econômica conservadora, o governo radicalizou a estratégia desenvolvimentista nacional, exigindo o desenvolvimento de Grandes Recursos Financeiros.

Produção Energética

Um dos aspectos desse plano foi a ênfase dada ao setor energético, em resposta à crise do petróleo.

Por um lado, o Governo iniciou a construção de Grandes Hidrelétricas projetavas havia tempo, como as Usinas de Tucuruí, no Rio Tocantins, e Itaipu, no Rio Paraná.

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Governo Geisel (1974-1979)

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Governo Geisel (1974-1979)

Dificuldades Econômicas

Eram gastos bilionários.

Para colocar em prática esse Plano de Desenvolvimento, foi necessário obter Recursos Externos.

Quando chegou 1979, uma segunda crise do petróleo elevou o preço do produto a valores recordes.

Naquela época, 80% do produto consumido no Brasil era importado.

Assim, um valor equivalente a quase metade das receitas das exportações brasileiras passou a ser utilizado para pagar a conta das importações desse produto pelo País.

Nessa conjuntura, o governo ficou sem recursos para custear seus investimentos e saldar seus compromissos, precisando fazer novos empréstimos no exterior, o que aumentou ainda mais a dívida externa brasileira.

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Governo Geisel (1974-1979)

Vaivém da Abertura Política

No Plano Político, o Governo Geisel deu início ao Processo de Abertura ou Distensão Política do Regime Militar.

Começou sua Ação Democratizante diminuindo a censura severa sobre os meios de comunicação.

Depois, garantiu a realização, em 1974, de Eleições livres para Senador, Deputado e Vereador.

Nessas Eleições, o MDB, único partido de Oposição, alcançou uma vitória significativa sobre a Arena, o partido do Governo.

Isso assustou os Militares da “linha dura”, isto é, os mais intransigentes com as oposições.

DistensãoNa linguagem política, redução ou término da tensão, da rigidez, nas relações entre duas ou mais partes (pessoas, grupos, países, etc.)

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Governo Geisel (1974-1979)

Resistência nos Quartéis

Apesar das declarações e dos sinais enviados pelo Governo, os comandantes dos Órgãos de Repressão não tinham nenhuma simpatia pela idéia de uma abertura democrática, razão pela qual continuaram agindo com a mesma violência do período anterior.

Foi então que ocorreu em São Paulo, a morte do Jornalista Vladimir Herzog (outubro de 1975) e o fato foi noticiado na grande imprensa.

Pouco tempo depois (janeiro de 1976), morreu o Operário Manuel Fiel Filho.

Ambos haviam sido Presos, Torturados e Mortos, nas dependências do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-COD), ligado ao II Exército.

As ações dos Órgãos Militares de Repressão, que alegavam agir em nome da “Segurança Nacional”, escandalizaram a opinião pública.

Geisel reagiu afastando imediatamente o General Comandante do II Exército, tentando pôr fim à onda de violência.

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Governo Geisel (1974-1979)

Em Outubro de 1977, exonerou o Ministro da Guerra, o General Silvio Frota, que pertencia ao grupos de militares considerados “linha dura”.

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Governo Geisel (1974-1979)

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Governo Geisel (1974-1979)

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Governo Geisel (1974-1979)

Revogação do AI-5

Apesar de todos os esforços em contrário, nas Eleições de 15 de Novembro de 1978, o MDB superou a Arena na votação para o Senado e quase a igualou na votação para a Câmara.

Pressionado pelas oposições e pelos problemas econômicos, o Geisel fez seu último gesto na direção da Abertura Política:

Em Outubro de 1978, revogou o AI-5 e os demais Atos Institucionais que marcaram a Legislação Arbitrária da Ditadura.

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Governos Militares

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Governo Figueiredo (1979-1985)

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Governo Figueiredo (1979-1985)

A Transição do Regime Militar Para a Democracia

A sucessão de Geisel foi decidida novamente em Eleição Indireta, com o Congresso Nacional convertido em Colégio Eleitoral. Havia Duas Chapas:

Pela Arena

Concorriam o General João Baptista de Oliveira Figueiredo para Presidente e o Civil Aureliano Chaves para Vice-Presidente;

Pelo MDB

Disputavam o General Euler Bentes Monteiro para Presidente e o Civil Paulo Brossard para Vice-Presidente.

Figueiredo foi o vencedor, com 335 Votos, contra 266 dados ao General Euler.

Assumiu a Presidência da República em 15 de Março de 1979, permanecendo no cargo durante Seis Anos (normalmente seriam cinco anos), de acordo com uma das medidas Decretadas por Geisel no Pacote de Abril.

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Governo Figueiredo (1979-1985)

Processo de Redemocratização

As críticas ao autoritarismo e à manutenção do Regime Militar já atingiam diversos setores sociais quando João Baptista Figueiredo iniciou seu governo.

Sindicatos de trabalhadores, grupos de Empresários, Igreja Católica, associações Artísticas e Científicas, organizações Estudantis e de Advogados, Universidades e Imprensa – enfim, um grande aspecto social reivindicava de modo cada vez mais insistente a redemocratização do país.

Diante das pressões de grande parte da sociedade, Figueiredo assumiu de pronto o compromisso de dar continuidade à abertura política e reinstalar a democracia no Brasil.

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Governo Figueiredo (1979-1985)

Movimento Sindicalista

Durante o processo de Abertura Política, destacou-se o surgimento no País de um novo sindicalismo, de perfil oposicionista em relação às diretrizes Governamentais.

Esse movimento liderou as primeiras greves operárias contra o achatamento dos salários e o autoritarismo do Governo Militar.

Durante o ano de 1979, em todo o Brasil, mais de 3 milhões de trabalhadores fizeram greve.

Entre as paralisações mais importantes, destacam-se as greves dos operários metalúrgicos de São Bernardo do Campo, em São Paulo, sob a liderança de Luis Inácio Lula da Silva, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC – região que inclui os municípios de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul e que concentrava grandes e médias indústrias metalúrgicas na época.

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Governo Figueiredo (1979-1985)

Lei da Anistia

O primeiro grande marco do processo de redemocratização foi a Lei da Anistia, promulgada em Agosto de 1979, resultado de um movimento nacional impulsionado por vários segmentos da Sociedade Civil.

Milhares de pessoas foram beneficiadas com a Anistia:

– Os presos políticos da Ditadura Militar puderam ser libertados;

– Muitos dos brasileiros que estavam no exílio tiveram a possibilidade de finalmente regressar ao país;

– As pessoas e os políticos que haviam tido os direitos políticos cassados também foram reabilitados em sua cidadania.

Por outro lado, a Anistia foi ampla o suficiente para liberar, também, os Militares acusados de praticar Torturas e cometer Assassinatos.

E não foi irrestrita: os militares punidos pela ditadura por não se terem engajado no Golpe não puderam voltar às Forças Armadas; também não puderam se beneficiar da Anistia aqueles que haviam cometido atos considerados Terroristas pelo Regime Militar.

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Governo Figueiredo (1979-1985)

Fim do Bipartidarismo

Outra mudança foi a aprovação pelo Congresso, em Novembro de 1979, de uma Lei Orgânica dos Partidos, que restabeleceu o Pluripartidarismo, acabando, portanto, com o Bipartidarismo no País.

Assim, foram cancelados os registros da Arena e do MDB, e nos meses seguintes formaram-se Seis novos partidos:

– Partido Democrático Social (PDS)

Sucessor da Arena, reuniu a maioria de seus antigos integrantes e continuou apoiando o Governo Militar;

– Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)

Sucessor do MDB,manteve boa parte de seus antigos membros;

– Partido dos Trabalhadores (PT)

Fundado por líderes sindicais e intelectuais;

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Governo Figueiredo (1979-1985)

– Partido Democrático Trabalhista (PDT)

Fundado sob a liderança de Leonel Brizola e com a reivindicação de ser o legítimo herdeiro do Trabalhismo de Vargas;

– Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)

Sucessor do MDB,manteve boa parte de seus antigos membros;

– Partido Popular (PP)

Constituído por dissidentes da Arena, dissolveu-se pouco tempo depois.

O Governo também determinou o restabelecimento da Eleição Direta para Governador de Estado, nas Eleições Gerais – exceto para a Presidência – que ocorreriam em 1982.

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Os Partidos Políticos

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Governo Figueiredo (1979-1985)

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Governo Figueiredo (1979-1985)

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Balanço Socioeconômico

Avanço Tecnológico e Problemas Sociais

Um rápido balanço da situação socioeconômica da país durante os Governos Militares (1964-1985) revela as distorções do modelo de desenvolvimento adotado.

Setor de Infraestrutura

As grandes conquistas modernizadoras desses 20 anos situaram-se principalmente nos setores de infra-estrutura – energia, transportes, telecomunicações – vejamos:

– Comunicações

Durante os Governos Militares houve expansão e modernização do sistema de comunicações – telefones, telégrafos, correio, antenas de microondas satélites – além da integração do Brasil ao sistema de comunicações internacionais.

Entre as Empresas Estatais criadas nesse período, destacaram-se: a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT, mais conhecida por Correios), em 1969; a Telecomunicações do Brasil (Telebrás), em 1972; a Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel), criada em 1965, tornando-se subsidiária da Telebrás em 1972.

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Balanço Socioeconômico

– Energia

A partir do Governo Geisel houve ênfase na produção de energia, destacando-se:

– Aumento na produção nacional do petróleo;

– A construção de grandes usinas hidrelétricas como Itaipu e Tucuruí;

– A criação do Proálcool – Programa Nacional do Álcool, que visava substituir progressivamente o petróleo importado pelo Álcool Nacional, como fonte de combustível

– A compra de reatores para as Usinas Nucleares em Angra dos Reis, negociados com a empresa norte-americana Westinghouse, em 1971 (Angra 1), e com a Alemanha, em 1975 (Angra 2 e Angra 3).

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Balanço Socioeconômico

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Balanço Socioeconômico

Setor Social

Na Área Social os Governos Militares não contribuíram com grandes avanços. Ao contrário, os problemas existentes na área social – educação, saúde, alimentação, desemprego – permaneceram iguais ou se agravaram. Vejamos:

– Questão Fundiária e Alimentação

Durante os Governos Militares, acentuou-se a concentração da propriedade rural nas mãos de uma reduzida minoria de latifundiários, que passou a ocupar quase metade de todas as terras agrícolas disponíveis.

Para agravar este quadro de não distribuição da terra, parte considerável dos latifúndios brasileiros era (e ainda é) improdutiva.

Ao mesmo tempo, grande parte dos latifúndios considerados produtivos era (e ainda é) destinada às culturas de exportação, como soja, ou o cultivo da cana-de-açúcar, utilizada na produção de Álcool combustível.

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Balanço Socioeconômico

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Balanço Socioeconômico

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Balanço Socioeconômico

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Balanço Socioeconômico

Na interpretação de economistas como Ricardo Paes de Barros, o Brasil do final do Século XX não era um País exatamente Pobre, mas um País com muitos Pobres.

Um País extremamente Injusto e Desigual.

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Injustiças e Desigualdades

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Injustiças e Desigualdades

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Injustiças e Desigualdades

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Referência Bibliográfica

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 3 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo, Edusp, 1995.

MOTA, Carlos Guilherme. Brasil em Perspectiva. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1990.

PRADO JR., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo, Brasiliense, 1979.

Wikipedia

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Professor Edley

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