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Professor Edley. www.professoredley.com.br. Desigualdades e Globalização. Desigualdades e Globalização. Países Ricos e Pobres. O Abismo Que Separa os Povos do Mundo - PowerPoint PPT Presentation

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Desigualdades e Globalização

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Desigualdades e Globalização

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Países Ricos e Pobres

O Abismo Que Separa os Povos do Mundo

No Mundo Contemporâneo podemos distinguir pelo menos dois grandes conjuntos de países que foram denominados, há várias décadas, pelas expressões Primeiro Mundo e Terceiro Mundo. Vejamos:

Primeiro Mundo

Constituído de um reduzido número de países capitalistas desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Inglaterra, Itália e outros países da Europa Ocidental, além de Austrália e Nova Zelândia;

Terceiro Mundo

Composto de um vasto número de países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, bastante heterogêneos entre si, espalhados pela África, Ásia, Europa Oriental e América Latina.

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Países Ricos e Pobres

Além do Primeiro e do Terceiro Mundo, havia também a expressão Segundo Mundo.

De uso relativamente restrito, foi utilizada par designar os Países Socialistas:

Antiga União Soviética, China e Cuba, entre outros.

Cuja economia era controlada mais diretamente pelo Estado – Planificação Estatal.

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Países Ricos e Pobres

Primeiro Mundo

Os Países do Primeiro Mundo caracterizam-se basicamente por apresentar economias industrializadas, além de grande desenvolvimento científico e tecnológico.

Seus indicadores sociais também são elevados, com Índice de Desenvolvimento Humano – IDH – superior a 0,8, expressando a boa qualidade de vida de suas populações:

Baixa mortalidade infantil, elevada expectativa de vida, quase inexistência de analfabetos, alta escolaridade, acesso generalizado a modernos meios de transporte e de comunicação, boas condições de habitação e saneamento básico, etc.

IDHO Índice de Desenvolvimento Humano, utilizado pela ONU, tem por objetivo avaliar o nível de bem-estar de uma sociedade, considerando três aspectos da população: saúde, e longevidade – expectativa de vida –, grau de conhecimento – escolaridade – e padrão econômico – PIB per capita. A escala do IDH varia de 0 a 1, sendo que quanto mais perto de 1, melhor a qualidade de vida.

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Países Ricos e Pobres

De modo geral, também constituem sociedades mais igualitárias, isto é, com maior distribuição de renda e menor desigualdade entre os grupos sociais, se comparadas com os países do Terceiro Mundo.

Predominam nesses países Regimes Democráticos, com grande organização e atuação da sociedade civil.

– Grupo dos Oito (G8)

Na liderança do Primeiro Mundo encontram-se os sete países economicamente mais desenvolvidos do planeta:

Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália e Canadá.

Que juntos com a Rússia compõe o chamado Grupos do Oito ou G8.

Os representantes dos países do G8 reúnem-se, em média, três vezes por ano com o objetivo coordenar ações obre a economia e política internacionais.

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Países Ricos e Pobres

Outros temas, porém, têm entrado na pauta de suas reuniões no últimos anos:

Apoio aos sistemas democráticos, combate ao narcotráfico, repressão ao terrorismo, ajuda aos países subdesenvolvidos, etc.

A formação desse grupo ocorreu em 1975, por iniciativa do Presidente da França, Valéry Giscard d’Estaing.

No início, participavam apena seis países, sendo por isso denominados G6.

Com a entrada do Canadá, em 1976, passou a ser reconhecido como G7.

A partir de 1991, a Rússia começou a participar das reuniões do G7, na qualidade de Membro Observador – o G7+1 – tornando-se membro oficial em 1998, conformando-se então o G8.

Embora a Rússia não tenha uma economia capitalista tão desenvolvida, o Governo Russo conseguiu ingressar nesse grupo por ser um interlocutor poderoso, que detém expressivo arsenal nuclear, e membro do Conselho de Segurança da ONU.

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Países Ricos e Pobres

Os demais países do G8 controlam 60% da produção econômica mundial, sendo que cerca de 85% das mais poderosas empresas transnacionais têm neles suas matrizes.

Em todos os encontros do G8 ocorrem intensas mobilizações de diversas organizações sociais, que protestam, entre outras coisas, contra a Globalização da Economia, a legitimidade das decisões desse grupo – tomadas sem a participação de todos os interessados – e sua falta de transparência.

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Países Ricos e Pobres

Terceiro Mundo

A expressão Terceiro Mundo foi criada pelo Demógrafo Francês Alfred Sauvy (1898-1990), em 1952, e alcançou rápida repercussão.

Originalmente, foi utilizada tendo como referência o Terceiro Estado, isto é, a maioria da população da França que impulsionou a Revolução Francesa.

Na interpretação de Sauvy, do mesmo modo que o Terceiro Estado, o Terceiro Mundo é “ignorado e explorado” pelo Primeiro Mundo.

Atualmente, a expressão Terceiro Mundo é utilizada para distinguir, genericamente, os Países Pobres dos Países Ricos.

Ela se refere a um conjunto tão amplo quanto heterogêneo de países – cerca de 75% a 80% dos países no mundo –, que possuem diferentes características sociais, políticas e econômicas.

Assim, essa noção de Terceiro Mundo tem sido matizada por outras expressões, que procuram dar conta dessa diversidade. Vejamos algumas:

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Países Ricos e Pobres

Países em Desenvolvimento

Vários estudiosos preferem o uso desse termo, procurando destacar o esforço de grande parte das nações para sair do subdesenvolvimento;

Países Emergentes

Dentre os países em desenvolvimento, há também um conjunto de nações que têm avançado consideravelmente na industrialização, diversificação produtiva e crescimento de suas economias, como México, Brasil, Indonésia, África do Sul e vários outros.

São, por isso, chamados de países de economia emergente ou simplesmente Países Emergentes;

BRIC

Dentro do grupos das economias emergentes, há países que, por seu tamanho territorial e disponibilidade de recursos, apresentam significativo potencial de crescimento econômico e exercem influência no equilíbrio da economia globalizada. É o caso do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China, conhecido pela sigla formada com as iniciais de seus nomes – BRIC.

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BRIC

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Países Ricos e Pobres

– Características Gerais

Apesar dessa diversidade, podemos dizer, de modo geral, que as sociedades desse Terceiro Mundo apresentam economias instáveis, com índices de industrialização baixos a moderados e indicadores sociais também nas faixas baixa ou média – IDH de 0,50 a 0,799 é considerado médio.

Suas sociedades também evidenciam, com freqüência, grande concentração de renda e desigualdade entre os diversos grupos sociais.

E quando há Regimes Democráticos nesses países, suas instituições costumam expressar certa fragilidade, havendo, freqüentemente, pouca participação da sociedade civil nas decisões públicas.

Algumas características comuns entre as trajetórias históricas dos países do chamado Terceiro Mundo ajudam a explicar a origem dos problemas que essas sociedades enfrentam atualmente.

Vejamos um esboço dessas características.

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Países Ricos e Pobres

Exploração Colonial

A maioria dos países do Terceiro Mundo foi colonizada por países europeus, e seus recursos naturais e humanos foram explorados em benefício dos Colonizadores.

Especializaram-se na exploração de matérias-primas e na importação de produtos industrializados, numa economia moldada a partir dos interesses estrangeiros.

Dominação Imperialista e das Elites Locais

Mesmo depois da independência política, os países do Terceiro Mundo continuaram submetidos a um processo econômico em que os interesses estrangeiros, aliados aos das elites locais, foram preservados.

Em praticamente nenhum desses países foi implantada uma mudança profunda na estrutura produtiva em busca de um desenvolvimento autônomo, voltado pra beneficiar a maioria da população.

Quase todos mantiveram uma economia pouco diversificada e extremamente dependente dos mercados externos e têm tido dificuldades em sair desse modelo.

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Países Ricos e Pobres

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Países Ricos e Pobres

Desigualdade no Mundo

Como a riqueza material produzida nos países capitalistas não é distribuída de forma equilibrada entre as populações do mundo inteiro, há um abismo entre as sociedades dos países ricos e a dos países pobres.

Calcula-se que 80% da renda produzida no mundo concentra-se nas mãos de 15% da população do planeta, que vive, em sua maioria, nos países ricos.

Enquanto isso, mais da metade da humanidade enfrenta problemas como fome, falta de moradia, desamparo à saúde, baixos salários e desemprego.

Esse desnível socioeconômico entre países ricos e pobres reflete-se também no tempo médio de vida dos habitantes.

Por exemplo: no final do Século XX, no Japão, as pessoas viviam em média, 80 anos; já em Serra Leoa, um dos países mais pobres da África, a expectativa média de vida era de 36 anos.

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Objetivos do Milênio

Em setembro de 2000, chefes de Estado dos países-membros da ONU reuniram-se n a chamada Cúpula do Milênio, nas quais discutiam os problemas sociais de muitos países do mundo.

Foram definidos Oito Objetivos considerados prioritários para a superação da pobreza e a redução das grandes desigualdades existentes no mundo atual.

São os chamados Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM – que estabelecem regras que devem ser alcançadas até 2015 e indicadores para sua medição.

Vejamos quais são estes Oito Objetivos:

1 – Erradicar a extrema pobreza e a fome;2 – Atingir o ensino básico universal;3 – Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;4 – Reduzir a mortalidade infantil;5 – Melhorar a saúde materna;6 – Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças;7 – Garantir a sustentabilidade ambiental;8 – Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

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Globalização

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Globalização

O Processo de Integração da Economia Mundial

A partir da Década de 1970, iniciou-se uma reorganização das Força Produtivas, em termos internacionais.

Trata-se da chamada Globalização, um processo amplo, com dimensões econômicas, políticas e culturais.

Em seus desdobramentos, podemos dizer que a Globalização é o processo que visa atingir “todo o mundo, tratando o mundo como um todo”.

O Processo de Globalização apóia-se numa série de práticas políticas, econômicas e culturais que envolvem os setores público – Estado – e privado – Empresas –, além de diversos organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio – OMC – que entrou em vigor em 1995.

Entre os fatores que contribuíram para acelerar a Globalização Econômica nesse período, podemos destacar:

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Globalização

Abertura Econômica dos Países do Antigo Bloco Socialista

A partir de 1991, com o fim da Guerra Fria e a Queda dos Regimes Socialistas, a economia de mercado alcançou uma dimensão quase mundial, por meio da expansão mais agressiva do capitalismo e a integração dos mercados de quase todas as regiões do planeta.

Avanços das Tecnologias de Comunicação dos Meios de Transporte

Permitiram a intensificação das relações internacionais entre representantes de Estados, empresas, universidades e uma imensa rede de pessoas e instituições, bem como a circulação pelo mundo inteiro de informações, bens e serviços, de forma cada vez mais rápida e eficiente.

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Globalização

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Globalização

Mudanças Econômicas

A globalização pode ser observada em diversas mudanças ocorridas na Economia Mundial ao longo dos anos, como o Crescimento do Comércio Internacional, a Produção Mundializada, o Aumento do Fluxo Financeiro Internacional e a criação de Blocos Econômicos Macrorregionais.

– Comércio Internacional

Nas últimas décadas, as trocas comerciais em todo o mundo multiplicaram-se imensamente.

Em 1985, o valor da exportações de todos os países chegava a 1,9 Trilhão de dólares.

Já no ano 2000, esse total triplicou, chegando a 6,3 Trilhões de dólares.

Entre os fatores que explicam esse crescimento, podemos citar:

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Globalização

– Desenvolvimento de Países de Industrialização mais recente, como Brasil, Hong Kong (região administrativa especial da China desde 1997) e a própria China, Taiwan, Cingapura, Coréia do Sul e México;

– Expansão da empresas Transnacionais, também chamadas de Multinacionais (isto é, têm sede em um país e atuam em vários outros);

– Acordos feitos pelos Governos dos Países em Órgãos Internacionais, como a OMC;

– Desenvolvimento de Novas Tecnologias de Comunicação, como fax, telefone celular, internet, etc.;

– Redução do Custo de Transporte.

Calcula-se que a maior parte do Comércio do Mundo Capitalista seja dominada por 300 Multinacionais, dos quais 200 tem Sede nos Estados Unidos. Estima-se que estas empresas sejam responsáveis por aproximadamente Metade da Produção Industrial do Mundo.

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Globalização

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Globalização

– Fluxo Financeiro

Outro aspecto econômico que reflete a globalização da economia é o aumento do fluxo financeiro internacional das últimas décadas.

Na atualidade, trilhões de dólares giram diariamente pelos bancos, bolsas de valores e mercados de investimentos de todo o mundo.

Este capital é Especulativo, ou seja, seus Administradores aplicam em determinado País em busca do Lucro Rápido e, quando se sentem ameaçados por problemas locais – como a instabilidade política ou econômica – transferem suas aplicações para mercados mais atraentes no momento seguinte.

Essa entrada e saída de capitais pode conduzir países de uma economia mais frágil a uma crise econômica.

Foi o que sofreram, por exemplo, as Sociedades Russa e Brasileira, em 1998-1999, e a Argentina, em 2001-2002. nesse período Bilhões de Dólares deixaram de ser investidos nesses países por Especuladores Estrangeiros e Nacionais, que , inseguros com a situação político-econômica desses países, foram em busca de estabilidade em outros mercados.

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Globalização

– Blocos Econômicos Macrorregionais

Uma das principais Tendências Econômicas das últimas décadas tem sido a formação de Blocos Macrorregionais de Países com o objetivo de reduzir as Barreiras Alfandegárias e facilitar a trocas comerciais e financeiras entre eles.

Assim, nessas grandes unidades econômicas, são cada vez mais livres a circulação de capitais e as associações entre empresários.

Isso tem estimulado – ao mesmo tempo em que caracteriza – o processo de globalização da economia.

Existem diferentes tipos de Blocos Macrorregionais, como áreas de livre comércio, união aduaneira e mercado comum, cada qual com seus objetivos distintos.

Atualmente, destacam-se Três Grandes Blocos Econômicos nas seguintes regiões:

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Globalização

América do Norte

Conhecido como Nafta – North American Free Trade Agreement ou Tratado Norte-Americano de Livre Comércio – formado em 1994.

Abrange as economias dos Estados Unidos, do Canadá e do México;

Pacífico

Conhecido como APEC – Ásia-Pacific Economic Corporation ou Corporação Econômica da Ásia e do Pacífico – formado em 1993.

Reunia inicialmente países do Sudeste Asiático, como Japão, Coréia do Sul, Cingapura, Hong Kong e Taiwan.

Atualmente incorpora outras Nações da Ásia, como a Rússia, da Oceania, como a Austrália e Americanas Banhadas pelo Oceano Pacífico, como Chile, Peru e as nações Norte-americanas, totalizando 21 Países-membros até 2007.

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Globalização

Europa

Conhecido como União Européia – UE – instituído em 1992, embora seu processo de constituição tenha se iniciado em 1951.

Abrange quase todos os países da Europa Ocidental e boa parte dos da Europa Oriental, totalizando 27 Países-membros até 2007.

Além desses blocos mais poderosos, destaca-se no continente americano o Mercado Comum do Sul – Mercosul – bloco econômico formado por Brasil, Paraguai, Argentina, e Uruguai desde 1991, além da Venezuela, cuja adesão ocorreu em 2006.

A partir de 1996, o bloco passou a contar com a participação de Chile e da Bolívia como membros-associados, mesma condição adquirida pelo Peru, Em 2003, além da Colômbia e do Equador, em 2004.

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Nafta

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Apec

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União Européia

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Mercosul

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Globalização

Impactos Socioambientais

A Globalização é um processo de dimensões variadas e impactos amplos.

Muitas de suas conseqüências ainda não foram suficientemente avaliadas, mas já se observam alterações nos modos de vida de populações inteiras, afetando instituições e indivíduos em partes distintas do mundo e até mesmo o próprio planeta.

Vejamos algumas dessas alterações:

– Mundo Interligado

Uma das principais mudanças tem sido o aumento da velocidade não apenas dos meios de transporte – muito mais rápidos que décadas atrás –, mas principalmente nos meios de comunicação.

Isso se deve às chamadas Novas Tecnologias de Informação de Comunicação – NTIC –, que vêm promovendo a conexão de pessoas de todo o planeta.

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Globalização

Embora sejam consideradas um dos fatores que contribuíram para o rápido avanço do processo de Globalização, as novas tecnologias se retroalimentam com as necessidades do mundo globalizado, sendo, desse modo, também determinadas por elas.

Entre as NTIC, destaca-se a Rede Mundial de Computadores, conhecida como Internet.

Junto com as transmissões ao vivo das rádios e televisões, a Internet permite que as notícias sejam difundidas quase que instantaneamente em todos os lugares.

Ela também facilita a troca de informações, o que trouxe muitas mudanças par ao ambiente de trabalho:

Com a Internet, pessoas de diferentes regiões do planeta, separadas por milhares de quilômetros, passaram a trabalhar e tomar decisões conjuntamente, como se estivessem numa mesma sala de escritório.

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Globalização

Nesse mundo interligado a opinião pública organizada passa a ter uma força cada vez maior, podendo difundir suas propostas ou reivindicações para um maior número de pessoas e exercer, assim, pressão sobre Governos e Instituições para a solução de Problemas Urgentes.

O acesso essas novas tecnologias e possibilidades de comunicação está ocorrendo, porém, de forma desigual.

Dados correspondentes a junho de 2007 estimavam que 17,6% da população mundial – pouco mais de 1,1 bilhão de pessoas – usavam a Internet.

Mas enquanto 69,5% dos Estadunidenses e 39,8% dos Europeus eram usuários da rede, apenas 19,8% da população Latino-americana e 3,6% da Africana tinham acesso a esse meio.

Essa Brecha Digital é um aspecto que reflete – ao mesmo tempo em que promove – a desigualdade entre as sociedades distintas nesse mundo globalizado

Brecha DigitalExpressão usada para designar a diferença existente entre grupos sociais distintos no acesso às novas tecnologias da informação, como a Internet, ou o domínio de outras ferramentas básicas de informática, como computadores, softwares, etc.

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Globalização

– Aumento do Desemprego

Se essa conectividade pode ser vista como um lado positivo da globalização, também há aspectos negativos. O que mais chama a atenção nas últimas décadas é o aumento do desemprego.

Os Economistas apontam, de modo geral, dois tipos básicos de desemprego:

Estrutural

Ocorrem quando as indústrias substituem mão de obra por máquinas automatizadas ou robôs;

Conjuntural

Ocorre quando empresas menos competitivas – isto é, que não foram capazes de se adequar ao novo contexto econômico – acabam dispensando grande número de trabalhadores.

Na produção globalizada, ocorrem esses dois tipos de desemprego.

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Globalização

O emprego, por exemplo, de um trabalhador numa indústria automobilística instalada no Brasil pode deixar de existir se a Matriz da empresa – situada, digamos, na Alemanha – decidir que é mais conveniente fechar a fábrica aqui e instalá-la em outro país, reduzir o número de funcionários ou substituir uma parcela da mão de obra por equipamentos eletrônicos sofisticados, objetivando ampliar os lucros.

No final do Século XX, já havia, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho – OIT –, cerca de 1 bilhão de pessoas desempregadas ou subempregadas no Mundo.

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Globalização

– Baixos Salários

Nas últimas décadas, empresas instaladas em países como Coréia do Sul, China e Brasil, bem como em Hong Kong, passaram a produzir bens similares aos fabricados, por exemplo, no Japão, nos Estados Unidos e na Alemanha.

Só que os custos de mão de obra em alguns desses países de industrialização recente são em geral mais baixos, de tal modo que as empresas neles instaladas ganharam em competitividade.

Isso significa que, se os trabalhadores dessas economias emergentes recebem salários bastante inferiores aos de seus colegas nos países mais desenvolvidos, a globalização não está contribuindo para melhorar significativamente o padrão de vida desses trabalhadores – que se mantém em níveis que vão de baixo a moderado.

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Globalização

Com relação às Sociedades do Primeiro Mundo, é preciso destacar, no entanto, que a conjuntura da produção globalizada também está gerando alguns problemas para suas populações.

Em vários países, tem havido o aumento do desemprego – estrutural e conjuntural –, o que vem pressionando a baixa dos salários e a supressão de vários direitos conquistados durante décadas por seus trabalhadores.

Isso confirma uma tendência geral de queda no valor do trabalho, o que vem afetando, sobretudo, as classes médias em várias partes do planeta.

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Globalização

– Concentração de Riquezas

Apesar das grandes transformações ligadas ao processo de globalização, a maioria dos países do Terceiro Mundo ainda continuam desempenhando o papel de exportador de matérias-primas e sofrendo as conseqüências de seu atraso tecnológico.

Paralelamente, seus mercados foram inundados por produtos mais baratos feitas em outra parte do mundo, sem que suas exportações aumentassem na mesma medida.

Assim, podemos concluir que as mudanças decorrentes da globalização não vêm se traduzindo em ganhos econômicos e sociais na maior parte do mundo.

Como observou o Sociólogo Alemão Heinz Sonntag, o processo atual da globalização da economia tem favorecido ainda mais a concentração de riquezas, ampliando a distância entre ricos e pobres,seja em termos nacionais, seja internacionais.

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Globalização

Vivemos, assim, num mundo marcado por imensos contrastes:

De um lado, temos realidades cada vez mais homogêneas, padronizadas – shoppings, comidas sofisticadas, roupas de grife, aeroportos, hotéis luxuosos, automóveis, computadores, telefones celulares.

Produtos do mundo globalizado, esses bens e lugares são desfrutados por grupos restritos de indivíduos – Os Incluídos.

De outro lado, encontramos inúmeros problemas, carências e mazelas, vividas diariamente por bilhões de seres humanos que não usufruem dos benefícios da globalização – Os Excluídos.

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Globalização e Exclusão Social

O Geógrafo Brasileiro Milton Santos fez observações contundentes a respeito do processo de globalização, que acentuou os contrastes sociais por todo o mundo. Leia um trecho de suas análises.

A fome deixa de ser um fato isolado ou ocasional e passa a ser um dado generalizado e permanente. Ela atinge 800 milhões de pessoas espalhadas por todos os continentes. Quando os progressos da medicina e da informação deviam autorizar uma redução substancial dos problemas de saúde, sabemos que 14 milhões de pessoas morrem todos os dias, antes do quinto ano de vida.

2 milhões de pessoas sobrevivem sem água potável. O fenômeno dos sem-teto, curiosamente na primeira metade do Século XX, hoje é um fato banal, presente em todas as grandes cidades do mundo. O desemprego é algo tornado comum.. A pobreza é algo que também aumenta. No fim do Século XX havia mais de 600 milhões de pobres do que em 1960; e 1,4 bilhão de pessoas ganham menos de um dólar por dia.

O fato, porém, é que a pobreza, tanto quanto o desemprego, são considerados como algo “natural”, inerente a seu próprio processo. Junto ao desemprego e à pobreza absoluta, registre-se o empobrecimento relativo de camadas cada vez maiores graças à deterioração do valor do trabalho.

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Globalização

– Crise Ambiental

Outro problema que pode ser vinculado à expansão do capitalismo e à globalização econômica é a crise ambiental que ameaça a sobrevivência do planeta e da humanidade.

Um dos principais problemas apontados nesse sentido é o fenômeno da mudança climática conhecido como Aquecimento Global.

Cientistas calculam que as temperaturas médias superficiais do planeta vê aumentando nos últimos 150 anos, período correspondente ao da Revolução Industrial.

Esse fenômeno está sendo relacionado pelos cientistas com outro, atmosférico, o Efeito Estufa, que ocorre a milhões de anos na Terra, mas se acentuou principalmente nos últimos 50 anos, devido à emissão na atmosfera de grandes quantidades de gases, como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o ozônio (O3).

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Globalização

A emissão desses gases costuma ser vinculada à ação humana ocorrendo principalmente na produção industrial e no consumo de petróleo.

Na opinião de muitos especialistas, os países desenvolvidos – suas populações, empresas e governos – são os maiores responsáveis pela deterioração ambiental, sobretudo os Estados Unidos, por sua produção, seu consumismo e o modelo econômico que implementaram e impõe.

No entanto, esses mesmos especialistas alertam para o fato de que a situação está se agravando com a ascensão das economias de países emergentes, principalmente a China e a Índia, que entraram com muita força no mercado globalizado.

Esses países já estão gerando grande impacto ambiental, pois apresentam, juntos, uma população de 2,5 Bilhões de Pessoas, que começaram a adotar os mesmos hábitos de consumo do mundo ocidental, além de consumir e poluir.

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Globalização

Assim, o problema, que já é grande, pode ser tornar bem maior:

Se mais Nações, passarem a produzir e a consumir com a mesma intensidade das Nações Desenvolvidas, o mundo entrará em colapso rapidamente, conforme advertem os cientistas e pessoas de bom senso.

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Carta da Terra

Nos primeiros anos do Século XXI foi elaborada por uma Comissão Internacional de Estudiosos, sob os auspícios da ONU, a Carta da Terra.

Trata-se de um documento que pretende ser um código de ética planetário, capaz de orientar pessoas e povos do mundo inteiro na busca de um desenvolvimento sustentável, que não seja apenas econômico, mas também social e humano.

Transcrevemos parte do preâmbulo dessa Carta, em que se destacam valores éticos como a integridade ecológica, a justiça social e econômica, a democracia e a paz.

Preâmbulo

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum...

Terra, Nosso Lar

A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, Nosso Lar, está viva, com uma comunidade de vida única.

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Carta da Terra

A Situação Global

Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando.

Desafios Para o Futuro

A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da terra e uns aos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida.

Responsabilidade Universal

Para realizar essas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas.

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Potências Econômicas

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Potências Econômicas

As Maiores Beneficiárias da Globalização

Vejamos a seguir alguns aspectos históricos recentes dos centros capitalistas mais ricos do mundo – Estados Unidos, União Européia e Japão –, principais beneficiários do atual processo de Globalização.

– Estados Unidos

Depois da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos consolidaram-se como Superpotência Capitalista, espalhando sua influência nos campos econômico, militar e cultural por boa parte do planeta.

Investindo na reconstrução da Europa – Plano Marshall –, do Japão e do sudeste da Ásia – Plano Colombo –, o Governo e os Banqueiros dos Estados Unidos converteram-se nos maiores credores mundiais.

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Potências Econômicas

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Potências Econômicas

Os descendentes dos primeiros colonizadores compõe, em regra, os setores mais ricos, sendo caracterizados, de modo geral, pela sigla WASP, que significa White, Anglo-Saxon and Protestant – “Branco, Anglo-Saxão e Protestante”.

No outro extremo, há uma população de cerca de 35 Milhões de pessoas (12% do total do pais) – grupo composto majoritariamente de negros,latinos e asiáticos – que, em sua maioria, vive na pobreza.

Dependendo do contexto, essas populações são acolhidas ou segregadas pelos bem-sucedidos do próprio grupo.

Por sua vez, tanto os mais como os menos segregados desenvolvem mecanismos de segregação e intolerância recíprocos.

Em geral, o grupo já estabelecido desconfia do recém-chegado.

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Rebelião de Los Angeles

Um exemplo marcante de conflitos étnicos nos EUA ocorreu na cidade de Los Angeles, em 1992. leia a interpretação do historiador Sean Purdy para esse episódio.

Em março de 1991, um motorista negro, Rodney King, foi parado na estrada e brutalmente espancado pela polícia. Uma pessoa filmou o incidente que acabou amplamente divulgado pela mídia. Os quatro policiais julgados pela violência foram absolvidos, um ano mais tarde, por um júri branco. A população pobre de Los Angeles explodiu em reação: por cinco noites seguidas, multidões enfurecidas queimaram prédios, saquearam lojas e lutaram contra a polícia.

58 pessoas morreram, 2.300 ficaram feridas, 9.500 foram presas, mais de 1.000 prédios foram destruídos e 10.000, danificados os danos financeiros somaram Um Bilhão de Dólares.

A rebelião de Los Angeles foi diferente de outros motins urbanos do Século XX em três aspectos:

Primeiro

A ira dos manifestantes foi alimentada não pelo racismo, mas também pelo profundo mal-estar econômico que tinha germinado há décadas na cidade.

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Rebelião de Los Angeles

“Preste atenção ao que essas pessoas estão roubando” – comentou na ocasião a poetiza Meri Nana-anna Danquah – “comida, fraldas, brinquedos”.

Segundo

As pessoas envolvidas na Rebelião eram de origem diversa.

De acordo com a polícia, de todos os presos, 30% era negros; 37%, latino-americanos; 7%, brancos e 26%, “outra etnia ou desconhecida”.

Terceiro

Além de atingir símbolos do Poder Público, os participantes direcionaram muito da sua fúria contra lojistas coreanos instalados nos bairros pobres negros e latino-americanos da cidade.

Como o Historiador Mike Davis concluiu, a sublevação de Los Angeles foi uma “Revolta Social Híbrida” dos pobres multirraciais e um conflito interétnico, refletindo simultaneamente os novos rumos e os velhos enigmas da sociedade americana.

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Rebelião de Los Angeles

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Potências Econômicas

Política Militarista

Os Estados Unidos também constituem a principal potência militar do planeta. A nação norte-americana foi a primeira a reunir condições para a fabricação da Bomba Atômica e, posteriormente, a que mais investiu na expansão da sofisticada tecnologia de armas nucleares.

Desenvolvendo, desde o pós-guerra, uma política internacional amparada em seu poderio militar, os sucessivos governos estadunidenses negociaram ou impuseram sua presença em várias regiões do mundo.

E além de possuir bases espalhadas pelo planeta, os Estados Unidos prestam assistência econômica e dão treinamento a exércitos de países com que mantém acordos de cooperação.

Depois do colapso da União Soviética, o poderio armamentista dos Estados Unidos transformou seus governos numa espécie de “Polícia” do Planeta, como ficou claro nas Guerras ocorridas no Iraque, em 1991, e na Iugoslávia, em 1999.

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Após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos, que deixaram um saldo de quase 3 Mil Mortos, esse papel se acentuou ainda mais:

O Governo do Preside George W. Bush (2001-2009), numa atitude de retaliação, liderou forças aliadas na invasão do Afeganistão em 2001 e do Iraque em 2003, países considerados, pelas autoridades estadunidenses, vinculados aos Terroristas que comandaram as Agressões de 11 de Setembro.

A partir de 2005, as autoridades dos Estados Unidos também passaram a pressionar os Governos da Coréia do Norte e do Irã, sob a acusação de desenvolveram programas com armas nucleares.

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Gastos Militares – 2007

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Cultura de Massa

No plano cultural, os Estados Unidos são um dos principais produtores de uma tecnologia de comunicação de massa de penetração mundial – tanto nas áreas de cinema, música, televisão e jornalismo como na área da informação digital –, contando com a criação da Rede Mundial de Computadores a Internet.

Essas poderosas tecnologias de informação e comunicação cumprem importante papel na divulgação da cultura dos EUA – como a língua inglesa – e de seus valores – presente em seu estilo de vida e padrões de consumo.

Isso atende aos interesses de certos grupos e promove a hegemonia cultural dos Estados Unidos sobre o planeta.

Referindo-se a essa influência sociocultural dos Estados Unidos, o Historiador John Lukacs escreveu:

O Século XX foi o Século Americano devido não apenas ao esmagador poder dos Estados Unidos, mas por causa também da esmagadora influência e prestígio das coisas americanas.

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O Dólar americano tornou-se o padrão de moeda universal em todo o mundo. As Universidades americanas tornaram-se centros mundiais de pesquisas e de estudos. Os costumes americanos, as práticas americanas, a música americana e a cultura popular americana foram imitados nos recantos mais longínquos do planeta.Já em 1925, milhões de pessoas na Europa conheciam nomes e rostos de astros de cinema americano, ao passo de que não sabiam o nome de seu próprio Primeiro-Ministro. Tal situação ainda persiste em grande parte.

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– União Européia

No período do pós-guerra, países da Europa Ocidental receberam ajuda financeira e militar do Governo dos Estados Unidos para sua reconstrução econômica (Plano Marshall).

Foi uma estratégia desenhada para promover o desenvolvimento capitalista das diversas sociedades européias e evitar que elas se inclinassem para o Socialismo.

E essa estratégia alcançou seus objetivos.

Estado de Bem-Estar Social

Os Partidos de Esquerda – Socialistas e Comunistas – da Europa Ocidental, no entanto, se fortaleceram, disputando eleições e participando do poder.

Por outro lado, passaram a se orientar, de modo geral, no sentido de corrigir as principais injustiças do capitalismo, sem pretender promover uma Revolução que desestruturasse o sistema com um todo.

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Essa mudança de orientação foi fruto, entre outros fatores, das denúncias sobre as práticas Stalinistas, feitas no XX Congresso da PCURSS, em 1956.

A atuação desses partidos com orientação Social-Democrata contribuiu para a construção, na Europa Ocidental, de Estados organizados no sentido de atender a uma agenda social vinculada principalmente às reivindicações dos trabalhadores desses países e seus sindicatos.

Trata-se do chamado Estado de Bem-Estar Social – Welfare State, em inglês –, isto é, o Estado entendido principalmente como agente promotor r defensor do bem-estar de seus cidadãos.

Diversos direitos passaram a ser instituídos pelos diferentes Estados da Europa Ocidental, como:

Garantia de renda mínima, salários segundo certos patamares – mais elevados que antes –, auxílio aos desempregados, garantia de habitação e transportes, assistência média gratuita, acesso à educação em todos os níveis , etc.

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Os principais exemplos de Estados de Bem-Estar Social são os países escandinavos:

Suécia, Noruega, Finlândia e Dinamarca.

Nas Décadas de 1980 e 1990, no entanto, ocorreu a ascensão ao poder de Governos seguidores do Neoliberalismo em países como Inglaterra e França.

Mais interessados em tornar suas economias competitivas no mercado mundial, trataram de Liberalizar o Estado e a Economia, revendo ou suprimindo muitos dos direitos conquistados durante décadas de reivindicações.

NeoliberalismoEmbora o termo tenha mais de um sentido, na atualidade refere-se à vertente do Liberalismo Econômico surgida nos Estados Unidos, com a chamada Escola de Chicago, que defendia liberdade do mercado e mínima intervenção estatal na economia; alcançou grande repercussão a partir da década de 1970 nos Governos de várias partes do mundo.

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Racismo e Xenofobia em Tempos de Crise

Exemplos de Racismo e Xenofobia podem ser encontrados em todos os Continentes. Veja o que diz sobre o assunto o Jornalista Francês Gilles Lapouge:

Nenhum país fica isento dessa praga: o estrangeiro, o diferente, o minoritário é detestado. O planeta parece ter entrado no tempo do ódio do outro.A crise econômica é um dos motivos mais apontados para o atual surto de racismo e xenofobia. Aí sem dúvida, localizamos a raiz mais primitiva do racismo. Na origem, o comportamento de exclusão tem sua fonte no medo do outro. A passagem para o racismo é automática: passa-se a detestar esse outro que nos causa temor.Em tempos de crise econômica, os homens reproduzem de maneira alucinada antigos comportamentos de grupos primitivos que, na floresta, detestam tudo o que não pertencem à sua tribo. Assim, o imigrante, o outro, aquele que tem religião diferente, cujos cabelos são crespos, aquele que não come batatas, cuja pele é morena, passa subitamente a ser visto como predador nos momentos em que a luta pela sobrevivência torna-se mais dura. Esse outro, esse homem diferente, passa a ser visto como um ladrão que vive em sua terra, invade seu solo e rouba seu emprego.

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– Japão

Após a derrota na Segunda Guerra Mundial, a sociedade japonesa apresentava um cenário dramático, com milhares de vidas sacrificadas e cidades inteiras destruídas pelos bombardeios aéreos, como foi o caso do lançamento das Bombas Atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki.

No Plano Econômico, reinava o caos: a produção agrícola e industrial do país estava arruinada, e o comércio exterior, paralisado pela destruição quase total de sua Marinha Mercante.

Reconstrução e Reforma

Oficializada a Rendição Japonesa na Segunda Guerra, as tropas dos Estados Unidos ocuparam militarmente o país em nome das Forças Aliadas.

Durante Sete Anos, de agosto de 1945 até abril de 1952, o Governo Estadunidense comandou, com grande investimento de capitais, a reconstrução e recuperação econômica do Japão.

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Esse processo foi dirigido pelo General Estadunidense Douglas MacArthur e consistiu de uma série de reformas.

Em 1946, por exemplo, já se elaborava uma Nova Constituição para o País, inspirada na dos Estados Unidos.

A Nova Carta Magna Japonesa estabeleceu a criação de um Regime Parlamentar de Governo e impôs severas limitações ao papel do Imperador, obrigado a renunciar à tradicional crença de origem divina de seu poder.

O objetivo básico das reformas e da reconstrução japonesa era afastar totalmente a sociedade e a economia do Japão da influência do Bloco Socialista, que se expandia no Continente Asiático com a Revolução Chinesa comandada por Mao Tsé-tung.

Tudo foi feito para que o Japão sem transformasse num lugar seguro para as operações capitalistas na Ásia.

Assim, o desenvolvimento industrial japonês foi estimulado com grandes investimentos de capital estadunidense. De Inimigo Derrotado, o Japão transformou-se no mais importante aliado dos Estados Unidos no Continente Asiático.

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O Japão tornou-se o grande centro capitalista asiático, e ao seu redor passaram a girar outros países integrados pelos mesmos interesses econômicos:

Coréia do Sul, Taiwan, Hong Kong, Cingapura, Tailândia e Filipinas.

Em 1968, a economia japonesa já alcançava a segunda posição no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, posição que ainda mantinha nos últimos anos:

Em 2005, 11% do PIB do Planeta era da economia japonesa – em números fornecidos pelos Banco Mundial.

Seu IDH também está entre os mais altos do planeta: 0,956, em 2008.

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Expansão Econômica Pós-Guerra

Rompendo o isolamento que mantinham em relação ao mundo – característica de boa parte de sua história –, os empresários japoneses atualmente participam ativamente do comércio internacional, inundando os mercados mundiais com produtos de informática, eletrônicos e automóveis que conquistaram o ocidente.

O poderio de suas indústrias e finanças rivaliza com o das empresas e da economia dos Estados Unidos.

Outra face do “Milagre Japonês” tem sido, entretanto, a descaracterização das tradições culturais do país, que se adaptaram, em grande parte, ao estilo de vida europeu e estadunidense das sociedades industriais.

Além disso, a estagnação da economia japonesa nos últimos anos tem levado analistas a proclamar o “Fim do Milagre Econômico”.

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Paradoxo Japonês

Um dos aspectos mais interessantes da situação do Japão no mundo moderno consiste no relacionamento dos País com os Estados Unidos:

Ele é, simultaneamente, uma grande potência econômica concorrente dos Estados Unidos e um Estado geopoliticamente subordinado a Washington, dependente do guarda-chuva nuclear americano.

Continuará o Japão aceitando a estranha combinação de Potência Econômica Mundial e Satélite Geopolítico de Washington?

Recuando um pouco no tempo, é possível entender essa questão.

Desde a rendição japonesa no final da Segunda Guerra Mundial, o Japão foi despojado de suas Forças Armadas e seu Governo foi obrigado a estabelecer constitucionalmente sua Renúncia à Guerra para resolver disputas internacionais.

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A defesa do território japonês ficou, então, a cargo das Forças de Ocupação Estadunidenses, e até hoje ela depende de uma aliança estratégica com os Estados Unidos.

Na Década de 1950, criaram-se no Japão as chamadas Forças de Autodefesa, sem status de Forças Armadas, que podem atuar somente em Atividades de Defesa e Segurança, mas não de Ataque.

No entanto, desde que o Governo Norte-Coreano iniciou, em 1998, testes com mísseis de longo alcance no sudeste asiático, o Governo Japonês encontrou justificativa para reforçar sua tecnologia militar e fortalecer as Forças de Autodefesa:

Um Exército de 250 Mil integrantes bem equipados.

Também renasceram debates entre os políticos e a população sobre reduzir as limitações do Exército Japonês, definidas na chamada Constituição Pacifista do Japão.

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Referência Bibliográfica

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 3 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010.

ARBEX JR., José. Revolução em Três Tempos: URSS, Alemanha, China. São Paulo, Moderna, 1993.

CHACON, Paulo Pan. História Econômica Geral, São Paulo, Atlas, 1995.

SANTOS, Milton. Por uma Outra Globalização: do pensamento único à consciência universal – Rio de Janeiro, Record, 2000.

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Wikipedia

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