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Professor Edley

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Constantinopla

Constantinopla

Constantinopla

Era de Justiniano

Era de Justiniano

Condições Sociais

Como na “velha” Roma, a população pobre de Constantinopla recebia alimentos gratuitamente e se divertia, por exemplo, assistindo às corridas de cavalo no hipódromo.

Essas diversões serviam, também, para aliviar as tensões dos grupos sociais descontentes.

Os trabalhadores livres eram mal-remunerados, e a moradia tinha preços elevados, obrigando muitas pessoas a viverem pelas ruas da cidade.

Mesmo assim, as condições de vida eram consideradas melhores em Constantinopla do que em outras cidades do Império.

Revolta de Nika

Em 532, explodiu nessa cidade uma violenta revolta, fruto da insatisfação popular com a opressão geral dos Governantes e dos elevados tributos – cobrados da população para sustentar os gastos militares e as demais despesas com a administração do Império.

Era de Justiniano

Era de Justiniano

Código de Justiniano

Durante o governo de Justiniano, os juristas bizantinos assimilaram muitos aspectos do antigo Direito Romano, adaptando-o às necessidades de uma nova sociedade, marcada pelo Cristianismo.

Esse trabalho deu origem ao Corpus Juris Civilis, uma extensa obra constituída de leis, decretos, normas e códigos, entre eles o chamado Código de Justiniano.

Ao longo do tempo, co Código serviu de referência para a Legislação de muitos Países Ocidentais, como França, Alemanha, Portugal e Brasil.

Normas Jurídicas

Vejamos algumas normas do Código de Justiniano:

Ninguém é forçado a defender uma causa contra a própria vontade.

Ninguém sofrerá penalidade pelo que pensa.

Ninguém pode ser retirado à força de sua própria casa.

Nada que não se permita ao acusado deve ser permitido ao acusador.

O encargo da prova fica com aquele que afirma e não com o que nega.

Um pai não pode ser testemunha competente contra um filho, nem um filho contra o pai.

A gravidade de uma ofensa passada não aumenta a do fato exposto.

Na aplicação das penalidades, devem ser levadas em conta a idade e a inexperiência da parte culpada.

Era de Justiniano

Cesaropapismo e Ruptura Cristã

Justiniano e seus sucessores procuraram, por meio da religião, impor sua autoridade e firmar a unidade política do Império.

Nesse contexto, os Imperadores apresentavam-se como os principais representantes de Deus na Terra, cabendo-lhes proteger a Igreja e Dirigir o Estado.

Assim, os Imperadores foram chamados “Vice-Reis do Todo-Poderoso”; as suas ordens eram consideradas “ordens celestes” e seu palácio era o “palácio sagrado”.

Se Deus era o Centro do Universo, o Imperador, como seu representante, devia ser o Centro do Estado e da Religião, governando os assuntos humanos em nome de Deus.

Essa união de poderes (Estatal e Religioso) é chamada da Cesaripapismo ou Cesaropapismo, isto é, o Comando do Estado e a Proteção da Igreja nas mãos do Imperador – que passou a ser chamado Basileu.

Era de Justiniano

O relacionamento entre a Igreja Católica Romana e o Estado Bizantino não foi, porém, pacífico.

Houve, ao longo do tempo, depois do Reinado de Justiniano, uma série de conflitos Teológicos e Políticos entre os partidários dos Imperadores Bizantinos e a hierarquia Católica comandada pelos Papas.

Esses conflitos culminaram em 1054, com o Grande Cisma do Oriente.

O Mundo Cristão dividiu-se e duas grandes Igrejas:

De um lado, a Igreja Católica do Oriente, conhecida como Igreja Ortodoxa, com sede em Constantinopla e chefiada pelo Patriarca da Cidade.

Do outro, a Igreja Católica do Ocidente, conhecida como Igreja Católica Apostólica Romana, com sede em Roma e comandada pelo Papa.

O Grande Cisma do Oriente

Economia e Sociedade

Economia e Sociedade

População das Cidades

O comércio contribuiu para que a vida urbana no Império Bizantino fosse dinâmica.

Sua principal cidade, Constantinopla, chegou a ter cerca de 1 milhão de habitantes, seguida por outras cidades importantes, como Tessalônica, Niceia, Edessa e Tarso.

Nelas, viviam grandes comerciantes, donos de oficinas artesanais, membros do alto clero e destacados funcionários do governo – pessoas que utilizavam artigos de luxo, como vasos de porcelana, tapeçarias e roupas finas de lã e seda ornamentadas com fios de ouro e prata.

Além dessa elite, também viviam na cidade outros grupos sociais, constituídos de artesãos, funcionários de médio e baixo escalão e pequenos comerciantes.

Entretanto, a maior parte da população do Império Bizantino era composta de Trabalhadores Pobres, em sua maioria vivendo no campo.

Economia e Sociedade

Corporações de Ofício

Por meio de seus funcionários, o Governo Bizantino controlava as atividades econômicas artesanais e comerciais, supervisionando a qualidade e a quantidade da produção.

O objetivo dessa intervenção estatal era controlar os preços e o abastecimento das cidades.

A produção estava distribuída em Corporações de Ofícios, formadas por oficinas de um mesmo ramo, como carpintaria, tecelagem ou sapataria, por exemplo.

Artesãos e comerciantes eram agrupados em corporações regulamentadas e supervisionadas pelo Estado, que decidia quase tudo:

Preços, salários, lucros, etc., não deixando muito espaço para a iniciativa privada.

Artesanato Bizantino

Religião e Cultura

Religião e Cultura

Cristianismo

No Império Bizantino, a religião oficial era o cristianismo.

A Igreja Cristã do Oriente exercia influência sobre diversos setores da sociedade:

Fundamentava o Poder Imperial, absorvia boa parte dos recursos econômicos e estava presente em grande parte da vida cotidiana.

A Igreja Cristã do Oriente tinha, entre seus líderes, o Patriarca de Constantinopla, que era uma das principais autoridades da hierarquia eclesiástica.

Em termos práticos, a autoridade do Patriarca subordinava-se ao poder do Imperador Bizantino, considerado protetor da igreja e principal representante da fé cristã.

Religião e Cultura

Religião e Cultura

No entanto, por trás das questões religiosas escondiam-se as disputas políticas.

A questão Iconoclasta, por exemplo, camuflava o conflito entre o Imperador e os Sacerdotes dos mosteiros, que fabricavam imagens dos santos e atribuíam a elas caráter milagroso.

Pretendendo controlar o poder dos mosteiros, em 726 o Imperador proibiu a adoração de imagens.

Religião e Cultura

Produção Artística

A Produção Artística Bizantina também é fruto da diversidade cultural, ao integrar o luxo e o exotismo orientais como equilíbrio, a leveza e o domínio técnico da arte clássica greco-romana.

A arquitetura foi uma das artes que mais se destacaram no Império Bizantino.

Um dos exemplos mais lembrados é a Basílica de Santa Sofia – que em grego significa “santa sabedoria” –, cuja construção trabalhara cerca de 10 mil pessoas, durante cinco anos (532-537).

O Projeto Arquitetônico da basílica, com cúpula, serviu de modelo para Igrejas do Oriente e do Ocidente.

BasílicaDesignação dada às construções das primeiras igrejas cristãs, geralmente com três espaços internos (naves) separados por colunas,sendo a nave central mais alta que as naves laterais.

CúpulaNa arquitetura, curvatura muito alta e circular que sobre um edifício.

Religião e Cultura

Depois da conquista de Constantinopla pelos Turcos, no Século XV, a Basílica de Santa Sofia foi transformada em Mesquita – templo Muçulmano – e recebeu quatro Minaretes.

Os mosaicos bizantinos, encobertos com grossas camadas de cal, só foram restaurados no Século XX, e a antiga basílica transformada em Museu.

Os Bizantinos destacaram-se na arte do Mosaico – composições artísticas feitas de peças coloridas (como vidro ou esmalte) sobre um suporte (como vidro claro, por exemplo).

Os Mosaicos representavam, geralmente, figuras religiosas ou de grande projeção política, ou, ainda, a estilização de animais ou plantas.

Já a Escultura Bizantina servia aos ideais religiosos e compreendia peças de grande valor,produzidas com materiais como ouro, marfim e vidro.

Era caracterizada por cores vivas e pelo aspecto místico de suas estatuetas.

Devido ao movimento iconoclasta, grande parte das esculturas foi destruída.

Basílica de Santa Sofia

Basílica de Santa Sofia

Basílica de Santa Sofia

Crise no Império

Crise no Império

Principais Conseqüências

Uma das principais conseqüências da conquista de Constantinopla pelos Turcos foi a migração de intelectuais bizantinos para a Península Itálica, levando muitos conhecimentos da cultura clássica, preservada no Império Bizantino.

Esse fato teve influência no movimento conhecido como Renascimento.

Outra conseqüência importante do domínio turco sobre Constantinopla foi o aumento nos preços e nos tributos cobrados dos comerciantes europeus que compravam ali as mercadorias provenientes da Ásia.

Este fato estimulou europeus Ocidentais – como Portugueses e Espanhóis – na busca de um novo caminho até os fornecedores orientais, contribuindo para o movimento das Grandes Navegações.

A conquista de Constantinopla para os Turcos Otomanos em 1453 é um marco tradicionalmente utilizado para assinalar o Fim da Idade Média.

A Permanência Bizantina

O Estado Bizantino foi dissolvido pela conquista Otomana, em 1453.

No entanto, a religião, a cultura, as formas artísticas e o poder econômico de certos grupos – por exemplo, os comerciantes – sobreviveram nos Bálcãs por muitos séculos, e na verdade alguns resíduos poderosos continuam existindo ainda hoje.

Nem a civilização bizantina nem todas as estruturas sociais e econômicas desapareceram em 1453.

BálcãsRegião no sudeste da Europa.

Referência Bibliográfica

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 1 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010.

PINSK, Jaime. As Primeiras Civilizações – São Paulo, Atual, 1984.

FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Roma: Vida Pública e Vida Privada – 11ª edição – São Paulo, Atual, 2002.

MACHADO, Carlos Augusto Ribeiro. Roma e Seu Império – 3ª edição – São Paulo, Saraiva, 2009.

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