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DIREITO TRIBUTÁRIO I Profa. Ligia Maria Donini Moraes

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DIREITO TRIBUTÁRIO IProfa. Ligia Maria Donini Moraes

EmentaCompreende de forma sistematizada o direitoconstitucional tributário e suas limitações constitucionaisao poder de tributar. Estabelece o aprendizado dacompetência tributária, imunidade tributária, tributos emespécie, fontes do direito tributário, vigência, aplicação,interpretação e integração da legislação tributária.Relaciona estes instrumentos legais com a obrigaçãotributária e o crédito tributário, especialmente com oprincípio constitucional do devido processo legal e seusconsectários vinculados à administração tributária.Objetiva a análise das propostas legislativas e dastendências jurisprudenciais, principalmente quanto aoDireito Constitucional Tributário e sua aplicação ao casoconcreto.

Bibliografia Básica:• Hugo de Brito Machado. Curso de Direito Tributário.

São Paulo: Malheiros Editora.

• ALEXANDRE, Ricardo. Direito TributárioEsquematizado. São Paulo: Método.

• SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário.São Paulo: Saraiva.

Legislação Básica:

CF/88 – artigos 145 a 162.

CTN.

Atividades Avaliativas

• Vide plano de ensino.

Art. 150, § 5º, da CFLei n° 12.741/2012

• O ESTADO E O PODER DE TRIBUTAR

• Conceito

• Finalidade do Direito Tributário

• Natureza Jurídica

• Autonomia

Princípios Constitucionais Tributários

(OAB, FGV) Suponha que a União Federal tenhaeditado Lei Ordinária n. “X” em 14/05/2012, a fim dedisciplinar o imposto sobre grandes fortunas - IGF,dispondo, em seu Art. 1º, exclusivamente, asseguintes hipóteses de incidência:

I - a aquisição de disponibilidade econômica oujurídica de renda, assim entendido o produto docapital, do trabalho ou da combinação de ambos comvalor acima de 1 milhão de reais.

II – quaisquer outros acréscimos patrimoniais nãoentendidos no inciso anterior.

De acordo com o exposto, é possível a instituição e acobrança do referido imposto sobre grandes fortunas(IGF)?

Gabarito FGV:

O IGF encontra-se previsto no Art. 153, inciso VII, daCRFB/88, possibilitando à União Federal instituí-lo deacordo com as regras constitucionais previstas, sendocerto que deverá o IGF ser instituído mediante leicomplementar, o que não foi observado.

Ademais, tem-se o mesmo fato gerador do impostode renda, o que caracteriza dupla incidência sobre omesmo fato gerador já previsto no Art. 43, incisos I eII, do CTN.

Desse modo, a lei em questão é inconstitucional.

1 - LEGALIDADE OU DA RESERVA LEGAL

Art. 5º, II, CF/88 – “ninguém será obrigado a fazerou deixar de fazer alguma coisa senão em virtudede lei;”

Art. 150, I, CF/88 – “Sem prejuízo de outrasgarantias asseguradas ao contribuinte, é vedado àUnião, aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que oestabeleça;”

Princípio da estrita legalidade, tipicidade fechada ou reserva legal :

Art. 97 do CTN. Somente a lei pode estabelecer:

I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nosartigos 21, 26, 39, 57 e 65;III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvadoo disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado odisposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias aseus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários,ou de dispensa ou redução de penalidades.§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base decálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no incisoII deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base decálculo.

PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 534 de 2011 - Complementar

Art. 150, § 6°, CF – “Qualquer subsídio ouisenção, redução de base de cálculo, concessãode crédito presumido, anistia ou remissão,relativos a impostos, taxas ou contribuições, sópoderá ser concedido mediante lei específica,federal, estadual ou municipal, que reguleexclusivamente as matérias acima enumeradasou o correspondente tributo ou contribuição,sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII,g.”

EXCEÇÕES:Podem ser majoradas ou reduzidas as alíquotas peloExecutivo (Ex. Decreto, Portaria do Ministro da Fazenda):

Obs. Quanto à criação dos tributos, não há exceções.

• II

• IE

• IPI

• IOF (Extrafiscalidade, art. 153, § 1º, CF/88)

• CIDE-combustível (Contribuição de Intervenção do DomínioEconômico, art. 177, § 4º, I, 'a', CF/88) – apenas poderá serreduzida ou reestabelecida.

• ICMS sobre Combustíveis (art. 155, § 4º, IV, da CF/88 - aindanão regulamentado) – poderá ser feito por convênio.

• Estipulação da obrigação acessória

• A fixação do prazo para recolhimento dotributo

• Atualização (e não aumento) do valormonetário da base de cálculo do tributo

Súmula 160 do STJ - É defeso, ao Município,atualizar o IPTU, mediante decreto, empercentual superior ao índice oficial decorreção monetária. - § 2° do art. 97 do CTN.

2 – NÃO SURPRESA

• Segurança Jurídica

•2.1 – Anterioridade

•2.2 – Irretroatividade

2.1 - ANTERIORIDADEArt. 150 da CF/88. Sem prejuízo de outras garantiasasseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aosEstados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

III - cobrar tributos:

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sidopublicada a lei que os instituiu ou aumentou;

c) antes de decorridos noventa dias da data em quehaja sido publicada a lei que os instituiu ouaumentou, observado o disposto na alínea b; (EC nº42/2003)

A) Anual – Exercício financeiro (coincidênciacom o ano civil) – 1ª de janeiro/31 dedezembro (art. 34 da Lei 4.320/64).

B) Nonagesimal, Noventena, Privilegiada, ouQualificada - 90 dias.

C) Especial - Contribuições Sociais - Art. 195, §6º, da CF/88 – apenas 90 dias.

Art. 195, § 6º, da CF/88:

§ 6º As contribuições sociais de que trata esteartigo só poderão ser exigidas após decorridosnoventa dias da data da publicação da lei que ashouver instituído ou modificado, não se lhesaplicando o disposto no art. 150, III, "b".

Art. 104 do CTN. Entram em vigor no primeirodia do exercício seguinte àquele em que ocorraa sua publicação os dispositivos de lei,referentes a impostos sobre o patrimônio ou arenda:

I - que instituem ou majoram tais impostos;

II - que definem novas hipóteses de incidência;

III - que extinguem ou reduzem isenções, salvose a lei dispuser de maneira mais favorável aocontribuinte, e observado o disposto no artigo178.

Súmula 615 do STF - O princípioconstitucional da anualidade (par-29 do art-153 da CF) não se aplicaà revogação de isenção do ICM.

IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS –DECRETOS Nº 39.596 E Nº 39.697, DE 1999, DO ESTADO DO RIOGRANDE DO SUL – REVOGAÇÃO DE BENEFÍCIO FISCAL –PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – DEVER DE OBSERVÂNCIA –PRECEDENTES. Promovido aumento indireto do Imposto SobreCirculação de Mercadorias e Serviços – ICMS por meioda revogação de benefício fiscal, surge o dever de observânciaao princípio da anterioridade, geral e nonagesimal, constantedas alíneas “b” e “c” do inciso III do artigo 150, da Carta.Precedente – Medida Cautelar na Ação Direta deInconstitucionalidade nº 2.325/DF, de minha relatoria, julgadaem 23 de setembro de 2004. MULTA – AGRAVO – ARTIGO 557, §2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Surgindo do exame doagravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se aaplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código deProcesso Civil. (STF, 1ª Turma, RE 564225 AgR , Rel Min MarcoAurélio, PUBLIC 18-11-2014)

EXCEÇÕES ao Princípio da Anterioridade:

ANUAL NONAGESIMAL

II II

IE IE IOF IOF

IEG IEG

Emp. Comp. Calam/Guerra

Emp. Comp. Calam/Guerra

CIDE –

Combustível

Base de Cálculo -

IPTU

ICMS –

Combustível

Base de Cálculo –

IPVA

IPI IR

Súmula Vinculante nº 50/2015 – Normalegal que altera o prazo de recolhimentode obrigação tributária não se sujeita aoprincípio da anterioridade.

Súmula 669 do STF - Norma legal quealtera o prazo de recolhimento daobrigação tributária não se sujeita aoprincípio da anterioridade.

STF – Prorrogação da alíquota majorada:

TRIBUTÁRIO. ICMS. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA.PRORROGAÇÃO. INAPLICABILIDADE DO PRAZONONAGESIMAL (ARTIGO 150, III, C, DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL). RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO EPROVIDO. 1. A Lei paulista 11.813/04 apenas prorrogou acobrança do ICMS com a alíquota majorada de 17 para18%, criada pela Lei paulista 11.601/2003. 2. O prazononagesimal previsto no art. 150, III, c, da ConstituiçãoFederal somente deve ser utilizado nos casos de criaçãoou majoração de tributos, não na hipótese de simplesprorrogação de alíquota já aplicada anteriormente. 3.Recurso extraordinário conhecido e provido parapossibilitar a prorrogação da cobrança do ICMS com aalíquota majorada. (RE 584.100)

2.2 - IRRETROATIVIDADE

Lei » » Fato Gerador

Art. 5º, XXXVI, da CF/88: a lei nãoprejudicará o direito adquirido, oato jurídico perfeito e a coisajulgada;

Art. 150 da CF/88. Sem prejuízo de outrasgarantias asseguradas ao contribuinte, é vedadoà União, aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicípios:

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antesdo início da vigência da lei que os houverinstituído ou aumentado;

Art. 144 do CTN. O lançamento reporta-se à data da ocorrênciado fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente,ainda que posteriormente modificada ou revogada.

§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormenteà ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituídonovos critérios de apuração ou processos de fiscalização,ampliado os poderes de investigação das autoridadesadministrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ouprivilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuirresponsabilidade tributária a terceiros.§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostoslançados por períodos certos de tempo, desde que a respectivalei fixe expressamente a data em que o fato gerador seconsidera ocorrido.

Art. 14 do Novo CPC. A norma processualnão retroagirá e será aplicávelimediatamente aos processos em curso,respeitados os atos processuais praticadose as situações jurídicas consolidadas sob avigência da norma revogada.

Súmula 112 do STF - O Impostode Transmissão Causa Mortis édevido pela alíquota vigente aotempo da abertura dasucessão.

Art. 105 do CTN – “A legislação tributáriaaplica-se imediatamente aos fatos geradoresfuturos e aos pendentes, assim entendidosaqueles cuja ocorrência tenha tido início masnão esteja completa nos termos do artigo 116.”

Súmula n° 584 do STF – Ao imposto de rendacalculado sobre os rendimentos do ano-base,aplica-se a lei vigente no exercício financeiroem que deve ser apresentada a declaração.

EXCEÇÕES§ 1º do art. 144 do CTN – lei nova que regulaformalidades ou aspectos formais, garantias eprivilégios do CT – igual Lei Processual Civil.

§ 2º do art. 144 do CTN – ex. IPTU, IPVA e ITR –Ex. se uma lei municipal define o fato geradordo IPTU para 1°/01, aplica-se a lei vigente nestadata.

Art. 106 do CTN. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:I - em qualquer caso, quando seja expressamenteinterpretativa, excluída a aplicação de penalidade àinfração dos dispositivos interpretados;

II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:a) quando deixe de defini-lo como infração;b) quando deixe de tratá-lo como contrário aqualquer exigência de ação ou omissão, desde quenão tenha sido fraudulento e não tenha implicado emfalta de pagamento de tributo;c) quando lhe comine penalidade menos severa que aprevista na lei vigente ao tempo da sua prática.(princípio da benignidade)

Novo CPC:

Art. 903. Qualquer que seja a modalidade de leilão,assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e peloleiloeiro, a arrematação será considerada perfeita,acabada e irretratável, ainda que venham a serjulgados procedentes os embargos do executado ou aação autônoma de que trata o § 4o deste artigo,assegurada a possibilidade de reparação pelosprejuízos sofridos.

3 - IGUALDADE OU ISONOMIA

Art. 5ª, caput, CF/88. Todos são iguaisperante a lei, sem distinção dequalquer natureza, garantindo-se aosbrasileiros e aos estrangeirosresidentes no País a inviolabilidade dodireito à vida, à liberdade, à igualdade,à segurança e à propriedade, nostermos seguintes:

Art. 150, II, CF/88. Sem prejuízo de outrasgarantias asseguradas ao contribuinte, é vedado àUnião, aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicípios:

II - instituir tratamento desigual entrecontribuintes que se encontrem em situaçãoequivalente, proibida qualquer distinção em razãode ocupação profissional ou função por elesexercida, independentemente da denominaçãojurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.

STF - “Concessão de isenção à operação deaquisição de automóveis por oficiais de justiçaestaduais. (...) A isonomia tributária (CF, art. 150, II)torna inválidas as distinções entre contribuintes ‘emrazão de ocupação profissional ou função por elesexercida’, máxime nas hipóteses nas quais, semqualquer base axiológica no postulado darazoabilidade, engendra-se tratamentodiscriminatório em benefício da categoria dosoficiais de justiça estaduais.” (ADI 4.276, rel.min. Luiz Fux, julgamento em 20-8-2014,Plenário, DJE de 18-9-2014.)

• Princípio da Uniformidade Geográfica:

Art. 151 da CF/88. É vedado à União:

I - instituir tributo que não seja uniforme em todoo território nacional ou que implique distinção oupreferência em relação a Estado, ao DistritoFederal ou a Município, em detrimento de outro,admitida a concessão de incentivos fiscaisdestinados a promover o equilíbrio dodesenvolvimento sócio-econômico entre asdiferentes regiões do País;

• Princ. da não discriminação baseada emprocedência ou destino

Art. 152 da CF/88. É vedado aos Estados,ao Distrito Federal e aos Municípiosestabelecer diferença tributária entre bense serviços, de qualquer natureza, em razãode sua procedência ou destino.

Art. 195, § 9º, da CF/88 – “§ 9º As contribuiçõessociais previstas no inciso I do caput deste artigopoderão ter alíquotas ou bases de cálculodiferenciadas, em razão da atividade econômica, dautilização intensiva de mão-de-obra, do porte daempresa ou da condição estrutural do mercado detrabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucionalnº 47, de 2005)”

art. 173, § 2°, CF/88. § 2º - As empresas públicas e associedades de economia mista não poderão gozar deprivilégios fiscais não extensivos às do setor privado.

Art. 146 da CF/88 Cabe à lei complementar:

III - estabelecer normas gerais em matéria delegislação tributária, especialmente sobre:

d) definição de tratamento diferenciado e favorecidopara as microempresas e para as empresas depequeno porte, inclusive regimes especiais ousimplificados no caso do imposto previsto no art. 155,II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (EC nº42/2003)

• LC 123/2006

Art. 179 da CF. A União, os Estados, oDistrito Federal e os Municípiosdispensarão às microempresas e àsempresas de pequeno porte, assimdefinidas em lei, tratamento jurídicodiferenciado, visando a incentivá-las pelasimplificação de suas obrigaçõesadministrativas, tributárias, previdenciáriase creditícias, ou pela eliminação ouredução destas por meio de lei.

4 - CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

Art. 145, § 1º, da CF/88: § 1º - Sempre que possível,os impostos terão caráter pessoal e serão graduadossegundo a capacidade econômica do contribuinte,facultado à administração tributária, especialmentepara conferir efetividade a esses objetivos, identificar,respeitados os direitos individuais e nos termos da lei,o patrimônio, os rendimentos e as atividadeseconômicas do contribuinte.

• Princípios da solidariedade social:

Art. 3º da CF - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

• Impostos pessoais

• Impostos reais

• Impostos indiretos

Princípio da Progressividade: alíquotas aplicadas são graduadas

IR/2014

Base de cálculo mensal em R$

Alíquota %

Até 1.787,77 -

De 1.787,78 até 2.679,29 7,5

De 2.679,30 até 3.572,43 15,0

De 3.572,44 até 4.463,81 22,5

Acima de 4.463,81 27,5

• IPTU:

a) Progressividade Fiscal em razão do valor do imóvel –EC n° 29/2000 – Art. 156 da CF/88

Súmula 668 do STF. "É inconstitucional a lei municipalque tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo sedestinada a assegurar o cumprimento da função social dapropriedade urbana“

Súmula 589 do STF - É inconstitucional a fixação deadicional progressivo do imposto predial e territorialurbano em função do número de imóveis do contribuinte.

b) Progressividade extrafiscal – IPTU progressivo no tempo

Art. 182, § 4°, II, da CF: A política de desenvolvimentourbano, executada pelo Poder Público municipal, conformediretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar opleno desenvolvimento das funções sociais da cidade egarantir o bem- estar de seus habitantes.

§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante leiespecífica para área incluída no plano diretor, exigir, nostermos da lei federal, do proprietário do solo urbano nãoedificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seuadequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbanaprogressivo no tempo;

Súmula 539 do STF – É constitucional a lei domunicípio que reduz o imposto predial urbanosobre imóvel ocupado pela residência doproprietário, que não possua outro.

Súmula 656 do STF - É inconstitucional a lei queestabelece alíquotas progressivas para oimposto de transmissão inter vivos de bensimóveis - ITBI com base no valor venal doimóvel.

“(...) todos os impostos podem e devem guardar relação com acapacidade contributiva do sujeito passivo e não ser impossívelaferir-se a capacidade contributiva do sujeito passivo do ITCD.Ao contrário, tratando-se de imposto direto, a sua incidênciapoderá expressar, em diversas circunstâncias, progressividadeou regressividade direta. Todos os impostos, repito, estãosujeitos ao princípio da capacidade contributiva, especialmenteos diretos, independentemente de sua classificação como decaráter real ou pessoal; isso é completamente irrelevante. Daípor que dou provimento ao recurso, para declarar constitucionalo disposto no art. 18 da Lei 8.821/1989 do Estado do Rio Grandedo Sul.” (RE 562.045, rel. p/ o ac. min.Cármen Lúcia, voto domin. Eros Grau, julgamento em 6-2-2013, Plenário, DJE de 27-11-2013, com repercussão geral.) No mesmo sentido: RE542.485, rel. min.Marco Aurélio, julgamento em 19-2-2013,Primeira Turma, DJE de 8-3-2013.

5 - VEDAÇÃO DO CONFISCO Art. 1º da CF. A República Federativa do Brasil, formadapela união indissolúvel dos Estados e Municípios e doDistrito Federal, constitui-se em Estado Democrático deDireito e tem como fundamentos:IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Art. 5º, XXII, da CF - é garantido o direito de propriedade;

Art. 170 da CF. A ordem econômica, fundada navalorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tempor fim assegurar a todos existência digna, conforme osditames da justiça social, observados os seguintesprincípios:II - propriedade privada;

Art. 150, IV, da CF/88. Sem prejuízo de outrasgarantias asseguradas ao contribuinte, é vedado àUnião, aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicípios:

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

Critério da razoabilidade, proporcionalidade.

Multa?

STF – punitiva – 100%

- moratória – 20%

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSOEXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. MULTA FISCAL.PERCENTUAL SUPERIOR A 100%. CARÁTERCONFISCATÓRIO. ALEGADA OFENSA AO ART. 97 DACONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.I – Esta Corte firmou entendimento no sentido de quesão confiscatórias as multas fixadas em 100% ou maisdo valor do tributo devido. II – A obediência àcláusula de reserva de plenário não se faz necessáriaquando houver jurisprudência consolidada do STFsobre a questão constitucional discutida. III – Agravoregimental improvido. (STF, 1ª Turma, RE 748257 AgR/ SE, Julgamento: 06/08/2013)

6 - LIBERDADE DE TRÁFEGO (NÃO É TRÁFICO)

Art. 5º da CF/88 - Liberdade de Locomoção:

XV - é livre a locomoção no território nacional emtempo de paz, podendo qualquer pessoa, nostermos da lei, nele entrar, permanecer ou dele saircom seus bens;

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempreque alguém sofrer ou se achar ameaçado desofrer violência ou coação em sua liberdade delocomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

Art. 150, V, CF/88. Sem prejuízo de outrasgarantias asseguradas ao contribuinte, é vedadoà União, aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicípios:

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoasou bens, por meio de tributos interestaduais ouintermunicipais, ressalvada a cobrança depedágio pela utilização de vias conservadaspelo Poder Público;

STF - “O pedágio cobrado pela efetiva utilização derodovias conservadas pelo poder público, cujacobrança está autorizada pelo inciso V, parte final,do art. 150 da Constituição de 1988, não temnatureza jurídica de taxa, mas sim de preçopúblico, não estando a sua instituição,consequentemente, sujeita ao princípio dalegalidade estrita.” (ADI 800, rel. min. TeoriZavascki, julgamento em 11-6-2014,Plenário, DJEde 1º-7-2014.)

Questão: (XIII OAB) Uma pessoa jurídica, contribuinte do ICMSdo Estado X, foi autuada por não recolhimento do ICMSdevidamente escriturado, mas não informado em GIA-ICMS, dosmeses de janeiro a julho de 2011. Foi exigida multa de 80% dovalor não recolhido. No mês de maio de 2012, foi ajuizada aexecução fiscal para cobrança do crédito tributário.Devidamente citada, a sociedade ofereceu um caminhão emgarantia, que foi aceito pelo exequente e penhorado. A pessoajurídica apresentou embargos à execução, sendo os mesmosdesprovidos. Recorreu para o Tribunal de Justiça, que, por suavez, não proveu a apelação.Protocolou recurso especial, estando este sujeito ao exame deadmissibilidade. A Fazenda Estadual requereu o leilão doveículo, o que foi deferido em agosto de 2013. O leilão foimarcado para 16 de dezembro de 2013. No dia 6 de dezembrofoi publicada lei estabelecendo o percentual da multa para amesma infração em 50%.Diante da hipótese, qual é o percentual de multa que deveprevalecer? Fundamente sua resposta diante do estabelecido noCódigo Tributário Nacional.

• RESPOSTA DA OAB:

Deve ser considerado o percentual estabelecido nanova lei (50%), sendo aplicável a lei mais benéfica deforma retroativa por força do disposto no artigo 106,II, “c”, do CTN. Isso por tratar-se de ato ainda nãodefinitivamente julgado, assim entendida a execuçãofiscal não definitivamente encerrada, ou seja, aquelaem que não foram ultimados os atos executivosdestinados à satisfação da prestação.

TRIBUTOS EM ESPÉCIE

(FCC, 2016) Em relação a Tributos, é correto afirmar:

a) Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituircontribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviçode iluminação pública.b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda oucujo valor nela se possa exprimir, que constitua sanção de ato ilícito,instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativadiscricionária.c) As taxas são tributos instituídos em razão do exercício do poder depolícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicosespecíficos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à suadisposição.d) A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fatogerador da respectiva obrigação, sendo relevante para qualificá-la adestinação legal do produto da sua arrecadação.e) A União, mediante medida provisória, poderá instituirempréstimos compulsórios para atender as despesas extraordináriasdecorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou suaiminência.

(FCC, 2016) Em relação a Tributos, é correto afirmar:

a) Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituircontribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviçode iluminação pública.b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda oucujo valor nela se possa exprimir, que constitua sanção de ato ilícito,instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativadiscricionária.c) As taxas são tributos instituídos em razão do exercício do poderde polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviçospúblicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte oupostos à sua disposição.d) A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fatogerador da respectiva obrigação, sendo relevante para qualificá-la adestinação legal do produto da sua arrecadação.e) A União, mediante medida provisória, poderá instituirempréstimos compulsórios para atender as despesas extraordináriasdecorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou suaiminência.

O TRIBUTO

Conceito legal:

Art. 3º do CTN. Tributo é toda prestaçãopecuniária compulsória, em moeda ou cujovalor nela se possa exprimir, que nãoconstitua sanção de ato ilícito, instituídaem lei e cobrada mediante atividadeadministrativa plenamente vinculada.

Espécies Tributárias: – Classificação pentapartida:

a) impostos,b) taxas,c) contribuição de melhoria,d) empréstimo compulsório ee) contribuições (art. 149 e 149-A da CF).

CUIDADO: Súmula 418 do STF: O empréstimocompulsório não é tributo, e sua arrecadação nãoestá sujeita à exigência constitucional da préviaautorização orçamentária. – SEM EFICÁCIA

Natureza jurídica específica:

Art. 4º do CTN. A natureza jurídica específica dotributo é determinada pelo fato gerador darespectiva obrigação, sendo irrelevantes paraqualificá-la:I - a denominação e demais características formaisadotadas pela lei;II - a destinação legal do produto da suaarrecadação.

Súmula Vinculante n° 41 - O serviço de iluminaçãopública não pode ser remunerado mediante taxa.

Tributos:

a) vinculados (taxas, contribuições demelhorias)

b) não-vinculados, independe de atividadeestatal específica (Impostos)

c) com destinação vinculada

“A receita de impostos compõe a reserva necessáriapara fazer frente a toda e qualquer despesa uti

universi, não havendo que se presumir que amajoração do IOF tenha ocorrido necessariamentepara repor a perda dos valores anteriormentearrecadados por meio da CPMF. Não há qualquerevidência de que a majoração do IOF, perpetrada pelaPortaria MF 348/1998, teve o condão de modificar anatureza jurídica do imposto, desviando suafinalidade e transformando-o em tributo comarrecadação vinculada.” (RE 800.282-AgR, rel.min. Roberto Barroso, julgamento em 10-2-2015,Primeira Turma, DJE de 6-3-2015.)

1 - IMPOSTOSArt. 16 CTN. Imposto é o tributo cuja obrigação tem porfato gerador uma situação independente de qualqueratividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

• Não-vinculado.

• Caráter Contributivo.

• Classificação:

a) Imposto Direito

b) Indireto

c) pessoal

d) real

2 - TAXASArt. 145, II, CF/88. A União, os Estados, o DistritoFederal e os Municípios poderão instituir os seguintestributos:

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia oupela utilização, efetiva ou potencial, de serviçospúblicos específicos e divisíveis, prestados aocontribuinte ou postos a sua disposição;

§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própriade impostos.

• Vinculadas.• Caráter Retributivo.

Art. 77 do CTN. As taxas cobradas pela União, pelos Estados,pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suasrespectivas atribuições, têm como fato gerador o exercícioregular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva oupotencial, de serviço público específico e divisível, prestadoao contribuinte ou posto à sua disposição.Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fatogerador idênticos aos que correspondam a imposto nem sercalculada em função do capital das empresas. (§ 2° do art.145 da CF)

Súmula 595 do STF – É inconstitucional a taxa municipal deconservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo sejaidêntica a do imposto territorial rural.

Súmula Vinculante n° 29 - É constitucional a adoção, nocálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da basede cálculo própria de determinado imposto, desde que nãohaja integral identidade entre uma base e outra.

EspéciesA) Taxa de Serviço:

Art. 79 do CTN. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória,sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativaem efetivo funcionamento;

II - específicos, quando possam ser destacados em unidadesautônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidadespúblicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente,por parte de cada um dos seus usuários.

Súmula Vinculante n° 41 (Súmula nº 670 doSTF) - O serviço de iluminação pública não podeser remunerado mediante taxa.

Súmula Vinculante nº 19 - A taxa cobradaexclusivamente em razão dos serviços públicosde coleta, remoção e tratamento ou destinaçãode lixo ou resíduos provenientes de imóveis,não viola o artigo 145, II, da ConstituiçãoFederal.

“Taxa de expediente. (...) Inconstitucionalidade. Aemissão de guia de recolhimento de tributos é deinteresse exclusivo da administração, sendo meroinstrumento de arrecadação, não envolvendo aprestação de um serviço público ao contribuinte.Possui repercussão geral a questão constitucionalsuscitada no apelo extremo. Ratifica-se, no caso, ajurisprudência da Corte consolidada no sentido de serinconstitucional a instituição e a cobrança de taxaspor emissão ou remessa de carnês/guias derecolhimento de tributos.” (RE 789.218-RG, rel.min. Dias Toffoli, julgamento em 17-4-2014,Plenário, DJE de 1º-8-2014, com repercussão geral.)

Novo CPC: Art. 98. A pessoa natural ou jurídica,brasileira ou estrangeira, com insuficiência derecursos para pagar as custas, as despesas processuaise os honorários advocatícios tem direito à gratuidadeda justiça, na forma da lei.

§ 1o A gratuidade da justiça compreende:

I - as taxas ou as custas judiciais;

§ 3o Presume-se verdadeira a alegação deinsuficiência deduzida exclusivamente por pessoanatural.

LEI Nº 1.060/1950.

B) Taxa de Polícia:

Art. 78 do CTN. Considera-se poder de políciaatividade da administração pública que, limitando oudisciplinando direito, interesse ou liberdade, regula aprática de ato ou abstenção de fato, em razão deinteresse público concernente à segurança, à higiene, àordem, aos costumes, à disciplina da produção e domercado, ao exercício de atividades econômicasdependentes de concessão ou autorização do PoderPúblico, à tranqüilidade pública ou ao respeito àpropriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício dopoder de polícia quando desempenhado pelo órgãocompetente nos limites da lei aplicável, com observânciado processo legal e, tratando-se de atividade que a leitenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Súmula 667 do STF - Viola a garantiaconstitucional de acesso à jurisdição a taxajudiciária calculada sem limite sobre o valor dacausa.

Taxa # Tarifa:

Súmula 545 do STF - Preços de serviços públicose taxas não se confundem, porque estas,diferentemente daqueles, são compulsórias etem sua cobrança condicionada a préviaautorização orçamentária, em relação a lei queas instituiu.

3 – CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

Art. 145 da CF. A União, os Estados, o DistritoFederal e os Municípios poderão instituir osseguintes tributos:

III - contribuição de melhoria, decorrente deobras públicas.

Competência Comum

Tributo Vinculado – atividade estatal específica

Art. 81 do CTN. A contribuição de melhoriacobrada pela União, pelos Estados, peloDistrito Federal ou pelos Municípios, noâmbito de suas respectivas atribuições, éinstituída para fazer face ao custo de obraspúblicas de que decorra valorizaçãoimobiliária, tendo como limite total adespesa realizada e como limite individualo acréscimo de valor que da obra resultarpara cada imóvel beneficiado.

Art. 82 do CTN. A lei relativa à contribuição de melhoria observará osseguintes requisitos mínimos:I - publicação prévia dos seguintes elementos:a) memorial descritivo do projeto;b) orçamento do custo da obra;c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pelacontribuição;d) delimitação da zona beneficiada;e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização paratoda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnaçãopelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no incisoanterior;III - regulamentação do processo administrativo de instrução ejulgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, semprejuízo da sua apreciação judicial.§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateioda parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelosimóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatoresindividuais de valorização.§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá sernotificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seupagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.

• Decreto-lei n° 195/1967.Art 2º Será devida a Contribuição de Melhoria, no caso de valorização de imóveis depropriedade privada, em virtude de qualquer das seguintes obras públicas:I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais eoutros melhoramentos de praças e vias públicas;II - construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e

viadutos;III - construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido inclusive tôdas as obras eedificações necessárias ao funcionamento do sistema;IV - serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redeselétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás,funiculares, ascensores e instalações de comodidade pública;V - proteção contra sêcas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento dedrenagem em geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificaçãoe regularização de cursos d’água e irrigação;VI - construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento deestradas de rodagem;VII - construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos;VIII - aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações emdesenvolvimento de plano de aspecto paisagístico.

4 – EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIOArt. 148 da CF/88. A União, mediante lei complementar, poderáinstituir empréstimos compulsórios:I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes decalamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevanteinteresse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes deempréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentousua instituição.

Art. 15 do CTN. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais,pode instituir empréstimos compulsórios:I - guerra externa, ou sua iminência;II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atendercom os recursos orçamentários disponíveis;III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimoe as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, odisposto nesta Lei.

Art. 62 da CF. Em caso de relevância e urgência, oPresidente da República poderá adotar medidasprovisórias, com força de lei, devendo submetê-las deimediato ao Congresso Nacional. (EC nº 32/2001)

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobrematéria: (EC nº 32/2001)

II – que vise a detenção ou sequestro de bens, depoupança popular ou qualquer outro ativofinanceiro; (EC nº 32/2001)

Súmula 553 do STJ (12/2015) - Nos casos deempréstimo compulsório sobre o consumo deenergia elétrica, é competente a Justiçaestadual para o julgamento de demandaproposta exclusivamente contra a Eletrobrás.Requerida a intervenção da União no feito apósa prolação de sentença pelo juízo estadual, osautos devem ser remetidos ao Tribunal RegionalFederal competente para o julgamento daapelação se deferida a intervenção.

5 - CONTRIBUIÇÕESArt. 149 da CF/88. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, deintervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais oueconômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado odisposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º,relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada deseus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de quetrata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titularesde cargos efetivos da União.§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata ocaput deste artigo:I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;III - poderão ter alíquotas:a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e,no caso de importação, o valor aduaneiro;b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá serequiparada a pessoa jurídica, na forma da lei.§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.

ESPÉCIESA) Seguridade Social – art. 195 da CF:

Art. 195 da CF. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de formadireta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dosorçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e dasseguintes contribuições sociais:I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,incidentes sobre:a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, aqualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculoempregatício;b) a receita ou o faturamento;c) o lucro;II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindocontribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral deprevidência social de que trata o art. 201;III - sobre a receita de concursos de prognósticos.IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a eleequiparar.

Súmula Vinculante n° 53 - A competência da Justiçado Trabalho prevista no art. 114, VIII, da ConstituiçãoFederal alcança a execução de ofício das contribuiçõesprevidenciárias relativas ao objeto da condenaçãoconstante das sentenças que proferir e acordos porela homologados.

B) Contribuição de Intervenção do DomínioEconômico – CIDE:

- Finalidade extrafiscal.

- Natureza transitória.

- Ex:

* CIDE-royalties (Lei 10.168/2001 – para incentivarprograma de pesquisa científica e tecnológicacooperativa entre universidades, centros depesquisas e o setor produtivo).

* CIDE Combustível - §4º do art. 177 da CF/88; Leinº 10.336/2001

C) Contribuições corporativas:

1 - Contribuição Sindical

1.1 – Contribuição Sindical - art. 579 e 591 da CLT.

1. 2 – Contribuição Confederativa – liberdade sindical.

Art. 8º da CF. É livre a associação profissional ou sindical,observado o seguinte: IV - a assembléia geral fixará acontribuição que, em se tratando de categoria profissional,será descontada em folha, para custeio do sistemaconfederativo da representação sindical respectiva,independentemente da contribuição prevista em lei;

Súmula Vinculante 40 (Súmula 666 do STF) - "A contribuiçãoconfederativa de que trata o artigo 8º, IV, da ConstituiçãoFederal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo".

OJ-SDC-17 do TST - CONTRIBUIÇÕES PARAENTIDADES SINDICAIS. INCONSTITUCIONALIDADE DESUA EXTENSÃO A NÃO ASSOCIADOS (mantida) DEJTdivulgado em 25.08.2014

As cláusulas coletivas que estabeleçam contribuiçãoem favor de entidade sindical, a qualquer título,obrigando trabalhadores não sindicalizados, sãoofensivas ao direito de livre associação esindicalização, constitucionalmente assegurado, e,portanto, nulas, sendo passíveis de devolução, por viaprópria, os respectivos valores eventualmentedescontados.

2 - Contribuições corporativas para o custeio dasentidades de fiscalização do exercício de profissõesregulamentares. – OAB?

STF - “a Anotação de Responsabilidade Técnica, instituídapela Lei 6.496/1977, cobrada pelos Conselhos Regionaisde Engenharia, Arquitetura e Agronomia, tem naturezajurídica de taxa, sendo, portanto, necessária aobservância do princípio da legalidade tributária previstono art. 150, I, da Constituição. Em consequência,conheceu do recurso extraordinário, desde já, mas lhenegou provimento.” (ARE 748.445, rel. min. RicardoLewandowski, julgamento em 31-10-2013,Plenário, DJE de 12-2-2014, com repercussão geral.)

D) Contribuição para o custeio de iluminação pública (COSIP)

Art. 149-A da CF Os Municípios e o Distrito Federalpoderão instituir contribuição, na forma dasrespectivas leis, para o custeio do serviço deiluminação pública, observado o disposto no art. 150,I e III. (EC nº 39/2002)

Parágrafo único. É facultada a cobrança dacontribuição a que se refere o caput, na fatura deconsumo de energia elétrica.(EC nº 39/2002)

Súmula 670 do STF. – O serviço de iluminaçãopública não pode ser remunerado mediantetaxa.

Súmula Vinculante 41 (2015) - O serviço deiluminação pública não pode ser remuneradomediante taxa.

(FGV, OAB) Determinado Município instituiu,mediante lei, uma Taxa de Instalação de Rede Elétrica,tendo como contribuintes moradores de certo bairroque se encontravam desprovidos do serviço deiluminação pública.

Nesse caso, tal exação fiscal se compatibiliza com oordenamento jurídico tributário em vigor? Justifiquesua resposta, apontando todos os dispositivos legaispertinentes, ciente de que o fato gerador da taxa é ainstalação de rede elétrica.

Gabarito FGV:

O gabarito proposto assinala como fundamental areferência ao art. 4º. Inciso I, do CTN, o qual dispõeque a natureza jurídica específica do tributo édeterminada pelo seu fato gerador. Como segundoquesito de avaliação, requer-se que o candidato saibaobservar que a exação não é taxa, por não se tratar deserviço público específico e divisível, nos ternos dosartigos art. 145, II, da CRFB/88 ou art. 77 do CTN. Porfim, como sempre é ressaltado, registra-se que a merapontuação de artigo não pontua.

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

Princípio do Federalismo – cláusula pétrea- art. 60, § 4º, da CF .

Limitação ao Poder de Tributar.

Art. 153 a 156 da CF.

Súmula 69 do STF - A ConstituiçãoEstadual não pode estabelecer limite parao aumento de tributos municipais.

(ESAF, 2016) A Constituição Federal estabelecetaxativamente a competência tributária de cada entepolítico, dessa forma, relativamente ao assunto, podemosdizer:a) o exercício por um ente político de competênciaatribuída constitucionalmente a outro é possível havendoacordo entre os entes políticos envolvidos.b) a competência pode ser exercida a qualquer tempo,não sendo limitada a prazo.c) o não exercício da competência pode acarretar suatransferência a outro ente político independentementede acordo prévio nesse sentido.d) a competência para a instituição do impostoextraordinário é exclusiva dos estados e dos municípios.e) no tocante aos impostos, o exercício da competência épartilhado entre os entes políticos.

(ESAF, 2016) A Constituição Federal estabelecetaxativamente a competência tributária de cada entepolítico, dessa forma, relativamente ao assunto, podemosdizer:a) o exercício por um ente político de competênciaatribuída constitucionalmente a outro é possível havendoacordo entre os entes políticos envolvidos.b) a competência pode ser exercida a qualquer tempo,não sendo limitada a prazo.c) o não exercício da competência pode acarretar suatransferência a outro ente político independentementede acordo prévio nesse sentido.d) a competência para a instituição do impostoextraordinário é exclusiva dos estados e dos municípios.e) no tocante aos impostos, o exercício da competência épartilhado entre os entes políticos.

Competência suplementar:

Art. 24 da CF. Compete à União, aos Estados e ao DistritoFederal legislar concorrentemente sobre:I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico eurbanístico;§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competênciada União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.§ 2º - A competência da União para legislar sobre normasgerais não exclui a competência suplementar dos Estados.§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estadosexercerão a competência legislativa plena, para atender asuas peculiaridades.§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas geraissuspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

CARACTERÍSTICAS

A)Privatividade

B)Facultatividade

C)Irrenunciabilidade

D)Inalterabilidade

E) Indelegabilidade - art. 7° do CTN

F) Incaducabilidade - art. 8° do CTN

Art. 7º do CTN. A competência tributária é indelegável,salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizartributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisõesadministrativas em matéria tributária, conferida por umapessoa jurídica de direito público a outra, nos termosdo § 3º do artigo 18 da Constituição.

§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégiosprocessuais que competem à pessoa jurídica de direitopúblico que a conferir.

§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo,por ato unilateral da pessoa jurídica de direito públicoque a tenha conferido.

§ 3º Não constitui delegação de competência ocometimento, a pessoas de direito privado, do encargoou da função de arrecadar tributos.

Art. 8º do CTN. O não-exercício da competênciatributária não a defere a pessoa jurídica dedireito público diversa daquela a que aConstituição a tenha atribuído.

• Competência Cumulativa – Território e DF:

Art. 147 da CF. Competem à União, emTerritório Federal, os impostos estaduais e, se oTerritório não for dividido em Municípios,cumulativamente, os impostos municipais; aoDistrito Federal cabem os impostos municipais.

• Competência Residual

• Competência Extraordinária – IEG (U)

Art. 154 da CF. A União poderá instituir:

I - mediante lei complementar, impostos nãoprevistos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base decálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

II - na iminência ou no caso de guerra externa,impostos extraordinários, compreendidos ou não emsua competência tributária, os quais serãosuprimidos, gradativamente, cessadas as causas desua criação.

Súmula Vinculante nº 53 (2015) - A competência da Justiçado Trabalho prevista no art. 114, inciso VIII, da ConstituiçãoFederal alcança a execução de ofício das contribuiçõesprevidenciárias relativas ao objeto da condenação constantedas sentenças que proferir e acordos por ela homologados.

SUM-454 do TST - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DOTRABALHO. EXECUÇÃO DE OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIALREFERENTE AO SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT).ARTS. 114, VIII, E 195, I, “A”, DA CONSTITUIÇÃO DAREPÚBLICA.Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, dacontribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho(SAT), que tem natureza de contribuição pa-ra a seguridadesocial (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao fi-nanciamento de benefícios relativos à incapacidade doempregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e22 da Lei nº 8.212/1991).

CONFLITO

• BIS IN IDEM – mesmo ente tributante

• BITRIBUTAÇÃO – entes diferentes

Exceção: bitributação internacional eIEG

O princípio da universalidade da tributação – “todos osrendimentos auferidos por cidadãos brasileiros,independentemente do lugar do mundo em que foremauferidos, devem ser informados e levados à tributação ...FATCA – Foreign Account Tax Compliance Act, uma leinorte-americana que se tornou efetiva no dia 1º de julhode 2014. Mais de 80 nações já entabularam acordo comos Estados Unidos para repasse desses dados, incluindo oBrasil. O Brasil optou pela assinatura do Model 1 IGA,com reciprocidade, ou seja, as informações devidas serãoencaminhadas pelas instituições financeiras diretamentepara a Receita Federal do Brasil e posteriormenterepassadas por ela ao IRS (Internal Revenue Service ) dosEUA” (Maria Izabel de Macedo Vialle)

Lei n° 13.254/2016 - Repatriação de recursosmantidos no exterior - Regime Especial deRegularização Cambial e Tributária (RERCT) - Dispõesobre o Regime Especial de Regularização Cambial eTributária (RERCT) de recursos, bens ou direitos deorigem lícita, não declarados ou declaradosincorretamente, remetidos, mantidos no exterior ourepatriados por residentes ou domiciliados no País.

(FCC, 2016) A Constituição Federal atribui competência aosentes federados para instituir e cobrar impostos. De acordo como texto constitucional, incidea) o ICMS, de competência estadual, na etapa decomercialização de videofonogramas musicais produzidos noBrasil, contendo obras musicais de autores brasileiros.b) o ITR, de competência da União, sobre pequenas glebasrurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário quepossua outros imóveis.c) o ISS, de competência municipal, sobre a prestação de serviçode comunicação.d) o ITCMD, de competência estadual, sobre a transmissãoonerosa de direitos reais sobre bens imóveis localizados em seuterritório.e) o IPI, de competência da União, sobre o ouro ativo financeiroou instrumento cambial, quando de sua a transformação emlingotes, para fins de seu armazenamento, nos cofres do BancoCentral do Brasil.

(FCC, 2016) A Constituição Federal atribui competência aosentes federados para instituir e cobrar impostos. De acordo como texto constitucional, incidea) o ICMS, de competência estadual, na etapa decomercialização de videofonogramas musicais produzidos noBrasil, contendo obras musicais de autores brasileiros.b) o ITR, de competência da União, sobre pequenas glebasrurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário quepossua outros imóveis.c) o ISS, de competência municipal, sobre a prestação de serviçode comunicação.d) o ITCMD, de competência estadual, sobre a transmissãoonerosa de direitos reais sobre bens imóveis localizados em seuterritório.e) o IPI, de competência da União, sobre o ouro ativo financeiroou instrumento cambial, quando de sua a transformação emlingotes, para fins de seu armazenamento, nos cofres do BancoCentral do Brasil.

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA

a) Não-incidência:

a1) Imunidade

a2) Pura e simples

b) Isenção

c) Alíquota zero – 0%

Súmula Vinculante n° 31 – É inconstitucional aincidência do imposto sobre serviços dequalquer natureza - ISS sobre operações delocação de bens móveis.

OBS. Não confundir com a Súmula 423 do STJ -A Contribuição para Financiamento daSeguridade Social - Cofins incide sobre asreceitas provenientes das operações de locaçãode bens móveis.

(OAB, FGV) O Município “X” notificou a instituição de educação“Y” para que realizasse o pagamento do valor correspondenteao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana(IPTU) referente ao imóvel de sua propriedade, alugado aterceiros, por meio do envio de carnê para pagamento dotributo pelos correios. Apesar de constatar que o valor dosaluguéis é aplicado no desenvolvimento das atividadesessenciais da instituição, o Município entendeu que a imunidadeconferida pelo texto constitucional somente se aplica quando oimóvel é usado como sede da instituição.

Com base no caso descrito, responda, fundamentadamente, aositens a seguir.

A) A cobrança do IPTU, realizada pelo Município “X”, estácorreta?

B) De acordo com o entendimento firmado nos TribunaisSuperiores, é válida a notificação da instituição por meio dosCorreios?

Gabarito FGV:

A) A cobrança feita pelo Município “X” não está correta,tendo em vista que, de acordo com a Súmula nº 724, doSTF, in verbis, “Ainda quando alugado a terceiros,

permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a

qualquer das entidades referidas pelo Art. 150, VI, c, da

Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado

nas atividades essenciais de tais entidades.”

B) A notificação é válida, tendo em vista que “a remessa,

ao endereço do contribuinte, do carnê de pagamento do

IPTU é ato suficiente para a notificação do lançamento

tributário”. Nesse sentido é o entendimento assentadopelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

ESPÉCIES• Art. 150, VI, da CF – rol

exemplificativo.

• Outras modalidades de imunidades:

art. 153, § 3°, III, §4°, III; art. 155, X;art. 156, § 2º, I; art. 184, § 5º; art. 195,§ 7°; da CF.

Art. 150 da CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas aocontribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federale aos Municípios:VI - instituir impostos sobre:a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;b) templos de qualquer culto;c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusivesuas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, dasinstituições de educação e de assistência social, sem finslucrativos, atendidos os requisitos da lei;d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a suaimpressão.e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasilcontendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileirose/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bemcomo os suportes materiais ou arquivos digitais que oscontenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídiasópticas de leitura a laser. (EC nº 75, de 15.10.2013)

• Apenas Impostos?

Súmula nº 324 do STF – A imunidade do Art.31, V, da Constituição Federal nãocompreende as taxas.

• Impostos Indiretos?

Súmula 591 do STF - A imunidade ou a isençãotributária do comprador não se estende aoprodutor, contribuinte do imposto sobreprodutos industrializados.

A) Imunidade Tributária Recíproca:

Princípio Federativo – art. 60, § 4º, I, CF -§ 4º Não será objeto de deliberação aproposta de emenda tendente a abolir:I - a forma federativa de Estado;

“a) patrimônio, renda ou serviços, unsdos outros;”

Extensão da imunidade recíproca:§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias eàs fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, noque se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,vinculados a suas finalidades essenciais ou às delasdecorrentes.

§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anteriornão se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços,relacionados com exploração de atividades econômicasregidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados,ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços outarifas pelo usuário, nem exonera o promitente compradorda obrigação de pagar imposto relativamente ao bemimóvel.

STF - “Casa da Moeda do Brasil (CMB). Empresa governamentaldelegatária de serviços públicos. Emissão de papel moeda,cunhagem de moeda metálica, fabricação de fichas telefônicas eimpressão de selos postais. Regime constitucional demonopólio (CF, art. 21, VII). Outorga de delegação à CMB,mediante lei, que não descaracteriza a estatalidade do serviçopúblico, notadamente quando constitucionalmentemonopolizado pela pessoa política (a União Federal, no caso)que é dele titular. A delegação da execução de serviço público,mediante outorga legal, não implica alteração do regime jurídicode direito público, inclusive o de direito tributário, que incidesobre referida atividade. Consequente extensão, a essa empresapública, em matéria de impostos, da proteção constitucionalfundada na garantia da imunidade tributária recíproca (CF, art.150, VI, a).” (RE 610.517, rel. min. Celso de Mello, decisãomonocrática, julgamento em 3-6-2013, DJE de 17-6-2013.)

Súmula nº 583 do STF - Promitente-comprador de imóvel residencial transcrito emnome de autarquia é contribuinte do impostopredial territorial urbano.

Súmula n° 336 do STF - A imunidade daautarquia financiadora, quanto ao contrato definanciamento, não se estende a compra evenda entre particulares, embora constantesos dois atos de um só instrumento.

Súmula 75 do STF – Sendo vendedora umaautarquia, a sua imunidade fiscal nãocompreende o imposto de transmissão"inter vivos", que é encargo do comprador.

Súmula 76 do STF - As sociedades deeconomia mista não estão protegidas pelaimunidade fiscal do Art. 31, V, "a",Constituição Federal.

B) Imunidade Tributária Religiosa“b) templos de qualquer culto;”

Proteger a liberdade de culto - art. 5º da CF:VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendoassegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, naforma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosaou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprirprestação alternativa, fixada em lei;

Art. 19 da CF. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal eaos Municípios:I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seusrepresentantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, naforma da lei, a colaboração de interesse público;

Art. 150, § 4º, da CF - As vedações expressas no incisoVI, alíneas "b" e "c", compreendem somente opatrimônio, a renda e os serviços, relacionados comas finalidades essenciais das entidades nelasmencionadas.

C) Partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e entidades educativas e assistenciais sem fins lucrativos

“c) patrimônio, renda ou serviços dospartidos políticos, inclusive suas fundações, -Pluralidade Política – art. 1ª, V, da CF:

Art. 1º A República Federativa do Brasil,formada pela união indissolúvel dosEstados e Municípios e do Distrito Federal,constitui-se em Estado Democrático deDireito e tem como fundamentos: V - opluralismo político.

* das entidades sindicais dos trabalhadores, - Art. 8º daCF - É livre a associação profissional ou sindical,observado o seguinte:

* das instituições de educação - Art. 6º da CF - Sãodireitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, otrabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, aprevidência social, a proteção à maternidade e à infância,a assistência aos desamparados, na forma destaConstituição. (ECnº 90, de 2015)

Art. 205 da CF. A educação, direito de todos e dever doEstado e da família, será promovida e incentivada com acolaboração da sociedade, visando ao plenodesenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercícioda cidadania e sua qualificação para o trabalho.

* e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos osrequisitos da lei;”Art. 203 da CF. A assistência social será prestada a quemdela necessitar, independentemente de contribuição àseguridade social, e tem por objetivos:I - a proteção à família, à maternidade, à infância, àadolescência e à velhice;II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras dedeficiência e a promoção de sua integração à vidacomunitária;V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal àpessoa portadora de deficiência e ao idoso quecomprovem não possuir meios de prover à própriamanutenção ou de tê-la provida por sua família,conforme dispuser a lei.

Art. 146 da CF. Cabe à lei complementar:

II - regular as limitações constitucionais ao poder detributar;

Art. 14 do CTN. O disposto na alínea c do inciso IV doartigo 9º é subordinado à observância dos seguintesrequisitos pelas entidades nele referidas:

I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônioou de suas rendas, a qualquer título;

II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos namanutenção dos seus objetivos institucionais;

III - manterem escrituração de suas receitas e despesasem livros revestidos de formalidades capazes deassegurar sua exatidão.

OBS. Entidades de assistência social –imune aos impostos e as contribuiçõessocial-previdenciárias

§ 7° do art. 195 da CF - São isentas decontribuição para a seguridade socialas entidades beneficentes deassistência social que atendam àsexigências estabelecidas em lei.

Súmula 730 do STF - A imunidade tributária conferidaa instituições de assistência social sem fins lucrativospelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcançaas entidades fechadas de previdência social privada senão houver contribuição dos beneficiários.

Súmula Vinculante nº 52/2015 (Súmula 724do STF) – Ainda quando alugado a terceiros,permanece imune ao IPTU o imóvelpertencente a qualquer das entidadesreferidas pelo artigo 150, inciso VI, alínea “c”,da Constituição Federal, desde que o valor dosaluguéis seja aplicado nas atividades para asquais tais entidades foram constituídas.

Súmula CARF nº 70: É imune ao ITR o imóvelpertencente às entidades indicadas no artigo 150,VI, "c", da Constituição, que se encontraarrendado, desde que a receita assim obtida sejaaplicada nas atividades essenciais da entidade.

D) Imunidade Tributária Cultural

“d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.” -Imunidade puramente objetiva.

Art. 5º da CF:

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado oanonimato;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica ede comunicação, independentemente de censura ou licença;

Art. 205 da CF. A educação, direito de todos e dever do Estado e dafamília, será promovida e incentivada com a colaboração dasociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seupreparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para otrabalho.

Art. 215 da CF. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dosdireitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará eincentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.

É possível limitar a imunidade em razão do conteúdo da publicação?

“Ao verme que primeiro roeu asfrias carnes do meu cadáverdedico como saudosalembrança estas memóriaspóstumas.” (Machado de Assis)

Ao vermequeprimeiro roeu as frias carnesdo meu cadáverdedicocomo saudosa lembrançaestasMemórias Póstumas

É só o papel?

Súmula nº 657 do STF - A imunidade prevista no art.150, VI, d, da CF abrange os filmes e papéisfotográficos necessários à publicação de jornais eperiódicos.

E por meio eletrônico (CD-ROM)?

Súmula 662 do STF - É legítima a incidência do ICMSna comercialização de exemplares de obrascinematográficas, gravados em fitas devideocassete.

E) Imunidade da Músicae) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasilcontendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileirose/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bemcomo os suportes materiais ou arquivos digitais que oscontenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídiasópticas de leitura a laser. (EC nº 75 de 2013)

Art. 5º da CF - IX - é livre a expressão da atividade intelectual,artística, científica e de comunicação, independentemente decensura ou licença;

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aosherdeiros pelo tempo que a lei fixar;

ISENÇÃO

Dispensa legal do pagamento do tributo.

Lei específica –Art. 150, § 6°, da CF:“§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução debase de cálculo, concessão de crédito presumido,anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas oucontribuições, só poderá ser concedido mediante leiespecífica, federal, estadual ou municipal, queregule exclusivamente as matérias acimaenumeradas ou o correspondente tributo oucontribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, §2.º, XII, g.”

Art. 176 do CTN. A isenção, ainda quandoprevista em contrato, é sempre decorrentede lei que especifique as condições erequisitos exigidos para a sua concessão, ostributos a que se aplica e, sendo caso, oprazo de sua duração.

Princípio da Uniformidade GeográficaArt. 151 da CF. É vedado à União:I - instituir tributo que não seja uniforme em todo oterritório nacional ou que implique distinção oupreferência em relação a Estado, ao Distrito Federalou a Município, em detrimento de outro, admitida aconcessão de incentivos fiscais destinados apromover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;

Art. 176, parágrafo único do CTN: A isenção podeser restrita a determinada região do território daentidade tributante, em função de condições a elapeculiares.

Isenção Heterônoma

Art. 151 da CF. É vedado à União:

III - instituir isenções de tributos dacompetência dos Estados, do DistritoFederal ou dos Municípios.

Súmula 178 do STJ - O INSS não goza deisenção do pagamento de custas eemolumentos, nas ações acidentárias e debenefícios propostas na Justiça Estadual.

Interpretação restritivaArt. 177 do CTN. Salvo disposição de lei emcontrário, a isenção não é extensiva:I - às taxas e às contribuições de melhoria;II - aos tributos instituídos posteriormente à suaconcessão.

Art. 111 do CTN. Interpreta-se literalmente alegislação tributária que disponha sobre:II - outorga de isenção;

LEI Nº 7.713, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1988.Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguinterendimentos percebidos por pessoas físicas:XIV – os proventos de aposentadoria ou reforma motivadapor acidente em serviço e os percebidos pelos portadoresde moléstia profissional, tuberculose ativa, alienaçãomental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira,hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante,cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartroseanquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estadosavançados da doença de Paget (osteíte deformante),contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiênciaadquirida, com base em conclusão da medicinaespecializada, mesmo que a doença tenha sido contraídadepois da aposentadoria ou reforma;

Novo CPC:

Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, emqualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais:

I - em que figure como parte ou interessado pessoacom idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ouportadora de doença grave, assim compreendidaqualquer das enumeradas no art. 6o, inciso XIV, da Leino 7.713, de 22 de dezembro de 1988;

Isenções Onerosas

Art. 178 do CTN - A isenção, salvo se concedidapor prazo certo e em função de determinadascondições, pode ser revogada ou modificadapor lei, a qualquer tempo, observado o dispostono inciso III do art. 104.

Súmula nº 544 do STF - Isenções tributáriasconcedidas, sob condição onerosa, não podemser livremente suprimidas.

• A Isenção pode ser de:

a) caráter geral (objetiva)

b) individual (subjetiva, pessoal)

Art. 179 do CTN. A isenção, quando não concedida emcaráter geral, é efetivada, em cada caso, por despachoda autoridade administrativa, em requerimento com oqual o interessado faça prova do preenchimento dascondições e do cumprimento dos requisitos previstosem lei ou contrato para sua concessão.§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certode tempo, o despacho referido neste artigo serárenovado antes da expiração de cada período, cessandoautomaticamente os seus efeitos a partir do primeirodia do período para o qual o interessado deixar depromover a continuidade do reconhecimento daisenção.§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direitoadquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto noartigo 155.

LEI Nº 9.250, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1995.Art. 30. A partir de 1º de janeiro de 1996, para efeito doreconhecimento de novas isenções de que tratam os incisosXIV e XXI do art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988,com a redação dada pelo art. 47 da Lei nº 8.541, de 23 dedezembro de 1992, a moléstia deverá ser comprovadamediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial, daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.§ 1º O serviço médico oficial fixará o prazo de validade do laudopericial, no caso de moléstias passíveis de controle.

Súmula CARF nº 63: Para gozo da isenção do imposto de rendada pessoa física pelos portadores de moléstia grave, osrendimentos devem ser provenientes de aposentadoria,reforma, reserva remunerada ou pensão e a moléstia deve serdevidamente comprovada por laudo pericial emitido por serviçomédico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dosMunicípios.

ANISTIA

Perdão legal das infrações, penalidades.

Exclusão do Crédito Tributário.

Art. 175 do CTN. Excluem o crédito tributário:

I - a isenção;

II - a anistia.

Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário nãodispensa o cumprimento das obrigações acessóriasdependentes da obrigação principal cujo crédito sejaexcluído, ou dela consequente.

Marcos Temporais:

a) Após o cometimento da infração.

b)Antes do lançamento dapenalidade pecuniária – após –remissão.

Art. 180 do CTN. A anistia abrange exclusivamente

as infrações cometidas anteriormente à vigência da

lei que a concede, não se aplicando:

I - aos atos qualificados em lei como crimes ou

contravenções e aos que, mesmo sem essa

qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou

simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em

benefício daquele;

II - salvo disposição em contrário, às infrações

resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas

naturais ou jurídicas.

Art. 181 do CTN. A anistia pode ser concedida:

I - em caráter geral;

II - limitadamente:

a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;

b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até

determinado montante, conjugadas ou não com

penalidades de outra natureza;

c) a determinada região do território da entidade

tributante, em função de condições a ela peculiares;

d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado

pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela

mesma lei à autoridade administrativa.

Art. 182 do CTN. A anistia, quando não concedida

em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por

despacho da autoridade administrativa, em

requerimento com a qual o interessado faça prova

do preenchimento das condições e do

cumprimento dos requisitos previstos em lei para

sua concessão.

Parágrafo único. O despacho referido neste artigo

não gera direito adquirido, aplicando-se, quando

cabível, o disposto no artigo 155.

REMISSÃO

• Perdão de todo o crédito tributário.

• Extinção do Crédito Tributário.

• Após o crédito ter sido constituído.

• Dispensa legal do crédito tributário.

Art. 172 do CTN. A lei pode autorizar a autoridadeadministrativa a conceder, por despacho fundamentado,remissão total ou parcial do crédito tributário,atendendo:I - à situação econômica do sujeito passivo;II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo,quanto a matéria de fato;III - à diminuta importância do crédito tributário;IV - a considerações de eqüidade, em relação com ascaracterísticas pessoais ou materiais do caso;V - a condições peculiares a determinada região doterritório da entidade tributante.Parágrafo único. O despacho referido neste artigo nãogera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, odisposto no artigo 155.

Exemplo:Art. 14 da Lei n° 11.941/2009. Ficam remitidos os débitos com a Fazenda Nacional, inclusive aquelescom exigibilidade suspensa que, em 31 de dezembro de 2007, estejam vencidos há 5 (cinco) anos oumais e cujo valor total consolidado, nessa mesma data, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez milreais).§ 1o O limite previsto no caput deste artigo deve ser considerado por sujeito passivo e,separadamente, em relação:I – aos débitos inscritos em Dívida Ativa da União, no âmbito da Procuradoria-Geral da FazendaNacional, decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art.11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituição e dascontribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos;II – aos demais débitos inscritos em Dívida Ativa da União, no âmbito da Procuradoria-Geral daFazenda Nacional;III – aos débitos decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo únicodo art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituiçãoe das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, administradospela Secretaria da Receita Federal do Brasil; eIV – aos demais débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.§ 2o Na hipótese do IPI, o valor de que trata este artigo será apurado considerando a totalidade dosestabelecimentos da pessoa jurídica.§ 3o O disposto neste artigo não implica restituição de quantias pagas.§ 4o Aplica-se o disposto neste artigo aos débitos originários de operações de crédito rural e doPrograma Especial de Crédito para a Reforma Agrária – PROCERA transferidas ao Tesouro Nacional,renegociadas ou não com amparo em legislação específica, inscritas na dívida ativa da União, inclusiveaquelas adquiridas ou desoneradas de risco pela União por força da Medida Provisória no 2.196-3, de24 de agosto de 2001.

FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO

CLASSIFICAÇÃO

1 - Fontes Materiais/Reais – Fatos denatureza econômica que servem de suporteàs imposições tributárias. Ex.: patrimônio,renda, produção e circulação de riquezas.

2 - Fontes Formais – conjunto de normas doDireito Tributário

(FGV, OAB) O Presidente da República editou Medida Provisóriaestabelecendo normas gerais sobre o imposto sobrepropriedade de veículos automotores (IPVA), relativamente aoseu fato gerador, base de cálculo e contribuintes. Partindo dapremissa de que estão preenchidos os requisitos de relevância eurgência, responda aos itens a seguir, de forma fundamentada,indicando os dispositivos legais pertinentes.A) Pode uma Medida Provisória do Presidente da Repúblicaestabelecer normas gerais sobre o imposto sobre propriedadede veículos automotores (IPVA), tal como a acima referida?B) Inexistindo normas gerais relativas ao imposto sobrepropriedade de veículos automotores (IPVA), podem oslegisladores estaduais definir, no âmbito de suas competências,e observados os limites impostos pela Constituição Federal, ofato gerador, a base de cálculo e os contribuintes desseimposto?

Gabarito FGV:

A) Não. De acordo com o Art. 146, inciso III, alínea “a”, daConstituição da República, cabe à Lei Complementarestabelecer normas gerais em matéria de legislaçãotributária, definindo, inclusive em relação ao IPVA, osrespectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes.Como o Art. 62, § 1º, inciso III, da Constituição da República,veda a edição de Medidas Provisórias em relação a matériareservada à Lei Complementar, conclui-se que uma MedidaProvisória não pode veicular normas gerais sobre o IPVA.

B) Sim. Inexistindo normas gerais relativas ao IPVA, olegislador estadual, no contexto da competência concorrente,exerce competência plena sobre a matéria, nos termos doArt. 24, § 3º, da Constituição da República e Art. 34, § 3º, doADCT.

PRIMÁRIAS/PRINCIPAIS

A)CONSTITUIÇÃO FEDERAL

B) EMENDA CONSTITUCIONAL

C) LEI COMPLEMENTAR:

CTN – Lei e Legislação

Art. 96 do CTN. A expressão "legislaçãotributária" compreende as leis, os tratados e asconvenções internacionais, os decretos e asnormas complementares que versem, no todoou em parte, sobre tributos e relações jurídicasa eles pertinentes.”

- Institui o:

• Imposto sobre Grandes Fortunas (art. 153,VII, da CF)

• Empréstimo Compulsório (art. 148 da CF)

• Impostos Residuais (art. 154, I, da CF)

• Contribuições Sociais Residuais (art. 195, §4°, da CF)

Art. 146 da CF. Cabe à lei complementar:I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e osMunicípios; - Ex. IPI X ISS ou ISS X ICMSII - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; - Ex. imunidades de instituições de educação e deassistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei – inconstitucionalidade do art. 12 da Lei9.532/97.III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária: Ex. Súmula Vinculante n° 08; SIMPLES.a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, ados respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte,inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstasno art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único dearrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observadoque:I - será opcional para o contribuinte;II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado;III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aosrespectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento;IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastronacional único de contribuintes.

Art. 146-A. da CF Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo deprevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas deigual objetivo.

D) LEI ORDINÁRIA

E) TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS:

Art. 98 do CTN. Os tratados e as convenções internacionaisrevogam ou modificam a legislação tributária interna, e serãoobservados pela que lhes sobrevenha.

Princípio da Especialidade

Art. 85-A da Lei 8.212/91 (contribuição previdenciária) – “Art. 85-A.Os tratados, convenções e outros acordos internacionais de queEstado estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil sejampartes, e que versem sobre matéria previdenciária, serãointerpretados como lei especial.

- Para revogar um tratado?

- Os tratados podem tratar dos tributosestaduais e municipais, principalmente, quanto àsisenções?

Súmula 575 do STF (A mercadoria importada depaís signatário do GATT, ou membro da ALALC,estende-se a isenção do imposto sobre circulaçãode mercadorias concedida a similar nacional.), 20 e71 do STJ.

Ex. Decreto nº 8.506/2015 - Promulga o Acordo entreo Governo da República Federativa do Brasil e oGoverno dos Estados Unidos da América paraMelhoria da Observância Tributária Internacional eImplementação do FATCA, firmado em Brasília, em 23de setembro de 2014.

F) LEI DELEGADA – Art. 68 da CF

G) MEDIDA PROVISÓRIA:

Art. 62 da CF. Em caso de relevância e urgência, oPresidente da República poderá adotar medidasprovisórias, com força de lei, devendo submetê-lasde imediato ao Congresso Nacional. (EC nº 32/2001)§ 2º Medida provisória que implique instituição oumajoração de impostos, exceto os previstos nos arts.153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos noexercício financeiro seguinte se houver sidoconvertida em lei até o último dia daquele em quefoi editada.(EC nº 32/2001)

Art. 62 da CF. Em caso de relevância e urgência, oPresidente da República poderá adotar medidasprovisórias, com força de lei, devendo submetê-las deimediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pelaEmenda Constitucional nº 32, de 2001)

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobrematéria: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32,de 2001)

III – reservada a lei complementar; (Incluído pelaEmenda Constitucional nº 32, de 2001)

• Súmula Vinculante n° 54/2016 - A medidaprovisória não apreciada pelo Congresso Nacionalpodia, até a Emenda Constitucional 32/2001, serreeditada dentro do seu prazo de eficácia de trintadias, mantidos os efeitos de lei desde a primeiraedição. (antiga Súm. 651 do ST)

H) RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL:

Art. 155, § 1º IV; §2º, IV, V; §6º, I, da CF.

* IPVA (alíquota mínima)

* ITCMD (alíquota máxima – 8%Resolução n° 9/92)

* ICMS

I) DECRETO:

Art. 99 do CTN. O conteúdo e o alcancedos decretos restringem-se aos das leisem função das quais sejam expedidos,determinados com observância dasregras de interpretação estabelecidasnesta Lei.

SECUNDÁRIAS OU COMPLEMENTARESArt. 100 do CTN. São normas complementares das leis, dostratados e das convenções internacionais e dos decretos:I - os atos normativos expedidos pelas autoridadesadministrativas;II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos dejurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácianormativa;III - as práticas reiteradamente observadas pelasautoridades administrativas;IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados,o Distrito Federal e os Municípios.Parágrafo único. A observância das normas referidas nesteartigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança dejuros de mora e a atualização do valor monetário da basede cálculo do tributo.”

Lei n° 12.844/2013 – vincula a fiscalização às decisões proferidas pelos STJ eSTF por meio de repercussão geral e recurso repetitivo:Art. 19 da Lei 10.522/02. Fica a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacionalautorizada a não contestar, a não interpor recurso ou a desistir do que tenhasido interposto, desde que inexista outro fundamento relevante, na hipótesede a decisão versar sobre:II - matérias que, em virtude de jurisprudência pacífica do Supremo TribunalFederal, ou do Superior Tribunal de Justiça, sejam objeto de ato declaratóriodo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, aprovado pelo Ministro de Estadoda Fazenda.II - matérias que, em virtude de jurisprudência pacífica do Supremo TribunalFederal, do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do Trabalho e doTribunal Superior Eleitoral, sejam objeto de ato declaratório do Procurador-Geral da Fazenda Nacional, aprovado pelo Ministro de Estado da Fazenda;IV - matérias decididas de modo desfavorável à Fazenda Nacional peloSupremo Tribunal Federal, em sede de julgamento realizado nos termos do art.543-B da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil;V - matérias decididas de modo desfavorável à Fazenda Nacional pelo SuperiorTribunal de Justiça, em sede de julgamento realizado nos termos dos art. 543-Cda Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, comexceção daquelas que ainda possam ser objeto de apreciação pelo SupremoTribunal Federal.

(FGV, OAB) A Procuradoria de Estado membro daFederação insurge-se, por meio de ação judicial, contradisposição constante de tratado internacional assinadoentre os governos do Brasil e de outro país aderente aoAcordo Geral Sobre Tarifas e Comércio (GATT), o qualprevê a isenção de ICMS em relação a determinadasmercadorias importadas, listadas no acordo, quandotambém são isentados do imposto os produtos nacionaisdo mesmo gênero. A Unidade da Federação, acimareferenciada, sentindo-se lesada e alegando ter ocorridoa transgressão pela União de preceito relativo àcompetência tributária, busca a anulação da cláusula dopacto internacional.

Deve ser acolhido o pedido do ente federativo?Responda fundamentadamente, apresentando a posiçãopredominante no Supremo Tribunal Federal.

Gabarito FGV: Não. O Presidente da República agecomo Chefe de Estado ao firmar tratadosinternacionais em nome da soberana RepúblicaFederativa do Brasil (Estado Brasileiro), ou seja, atuaem nome do país, visto como unidade dos Entes quecompõem a Federação, e não em nome exclusivo eúnico da União. Deverá observar, por fim, que o STFentende que a concessão de isenção na via do tratadonão se sujeita à vedação à concessão de isençãoheterônoma, pois o âmbito de aplicação do Art.151,III, da CRFB é o das relações das entidades federadasentre si, não alcançando a União quando esta seapresenta na ordem externa.

VIGÊNCIA, APLICAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E

INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Segundo o Supremo Tribunal Federal: Súmula Vinculante n° 31 - Éinconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de QualquerNatureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis.Isto porque:

a) a lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcancede institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados,expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelasConstituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federalou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.b) neste caso, haverá a incidência do ICMS, pois, na locação de bemmóvel, haverá a transferência da propriedade do bem, ou seja,existindo a circulação jurídica.c) a locação é negócio jurídico gratuito e, neste caso, por não existirbase de cálculo, não haverá a incidência de qualquer imposto.d) neste caso, haverá a incidência do ITCMD, pois, na locação de bemmóvel, haverá a transferência da propriedade do bem, ou seja,existindo a circulação jurídica.e) neste caso, haverá a incidência do IPVA, pois este é o impostoadequado quanto ao bem móvel.

Segundo o Supremo Tribunal Federal: Súmula Vinculante n° 31 - Éinconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de QualquerNatureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis.Isto porque:a) a lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e oalcance de institutos, conceitos e formas de direito privado,utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal,pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do DistritoFederal ou dos Municípios, para definir ou limitar competênciastributárias.b) neste caso, haverá a incidência do ICMS, pois, na locação de bemmóvel, haverá a transferência da propriedade do bem, ou seja,existindo a circulação jurídica.c) a locação é negócio jurídico gratuito e, neste caso, por não existirbase de cálculo, não haverá a incidência de qualquer imposto.d) neste caso, haverá a incidência do ITCMD, pois, na locação de bemmóvel, haverá a transferência da propriedade do bem, ou seja,existindo a circulação jurídica.e) neste caso, haverá a incidência do IPVA, pois este é o impostoadequado quanto ao bem móvel.

1 - VIGÊNCIA

Art. 101 do CTN. A vigência, no espaço e notempo, da legislação tributária rege-se pelasdisposições legais aplicáveis às normas jurídicasem geral, ressalvado o previsto neste Capítulo.

A) No Tempo:

Art. 1°, caput, da LINDB – “Salvo disposiçãocontrária, a lei começa a vigorar em todo o paísquarenta e cinco dias depois de oficialmentepublicada.”

Art. 103 do CTN – Salvo disposição emcontrário, entram em vigor:I - os atos administrativos a que se refere oinciso I do artigo 100, na data da suapublicação;II - as decisões a que se refere o inciso II doartigo 100, quanto a seus efeitos normativos, 30(trinta) dias após a data da sua publicação;III - os convênios a que se refere o inciso IV doartigo 100, na data neles prevista.

Art. 150, III, ‘b’ e ‘c’, da CF – Princípio da anterioridade

Art. 104 do CTN – Entram em vigor no primeiro dia doexercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicaçãoos dispositivos de lei, referentes a impostos sobre opatrimônio ou a renda:I - que instituem ou majoram tais impostos;II - que definem novas hipóteses de incidência;III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a leidispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, eobservado o disposto no artigo 178.

Súmula 615 do STF - “O princípio constitucional daanualidade (par-29 do art-153 da CF) não se aplica àrevogação de isenção do ICM.”.

IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS –DECRETOS Nº 39.596 E Nº 39.697, DE 1999, DO ESTADO DO RIOGRANDE DO SUL – REVOGAÇÃO DE BENEFÍCIO FISCAL –PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – DEVER DE OBSERVÂNCIA –PRECEDENTES. Promovido aumento indireto do Imposto SobreCirculação de Mercadorias e Serviços – ICMS por meioda revogação de benefício fiscal, surge o dever de observânciaao princípio da anterioridade, geral e nonagesimal, constantedas alíneas “b” e “c” do inciso III do artigo 150, da Carta.Precedente – Medida Cautelar na Ação Direta deInconstitucionalidade nº 2.325/DF, de minha relatoria, julgadaem 23 de setembro de 2004. MULTA – AGRAVO – ARTIGO 557, §2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Surgindo do exame doagravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se aaplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código deProcesso Civil. (STF, 1ª Turma, RE 564225 AgR , Rel Min MarcoAurélio, PUBLIC 18-11-2014)

B) No Espaço:

Art. 102 do CTN - A legislação tributáriados Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios vigora, no País, fora dosrespectivos territórios, nos limites em quelhe reconheçam extraterritorialidade osconvênios de que participem, ou do quedisponham esta ou outras leis de normasgerais expedidas pela União.

2 - APLICAÇÃO

Art. 6° da LINDB - A Lei em vigor terá efeito imediato egeral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direitoadquirido e a coisa julgada.

Princípio da Irretroatividade – art. 150, III, “a”, da CF.

Art. 105 do CTN – A legislação tributária aplica-seimediatamente aos fatos geradores futuros e aospendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrênciatenha tido início mas não esteja completa nos termosdo artigo 116.

Súmula n° 584 do STF – Ao imposto de renda calculadosobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a leivigente no exercício financeiro em que deve serapresentada a declaração.

Art. 106 do CTN - A lei aplica-se a ato ou fatopretérito:I - em qualquer caso, quando seja expressamenteinterpretativa, excluída a aplicação de penalidade àinfração dos dispositivos interpretados;II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:a) quando deixe de defini-lo como infração;b) quando deixe de tratá-lo como contrário aqualquer exigência de ação ou omissão, desde quenão tenha sido fraudulento e não tenha implicadoem falta de pagamento de tributo;c) quando lhe comine penalidade menos severa quea prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.

PROIBIDO A ENTRADA USANDO SUNGAS, MAIÔS E

BIQUÍNIS.

3 - INTERPRETAÇÃO

Art. 107 do CTN - A legislaçãotributária será interpretadaconforme o disposto neste Capítulo.

Classificação:

1) Quanto à fonte da lei:a) Autêntica ou legal – interpretação da lei por intermédiode outra lei. É a lei interpretativa.b) Jurisprudencial ou judicial – compete aos Tribunais.C) Doutrinária – compete aos doutrinadores e estudiososda matéria.

2) Quanto aos meios adequados para sua exegese:a) Gramatical – “conforme o texto”; “apenas o que estáescrito”. Ex. art. 177 do CTN; art. 111 do CTN.b) Lógica – “conforme o contexto”. “o que se quis dizer”.c) Histórica – leva em consideração as circunstânciasocasionais da época em que a lei foi elaborada.d) Teleológica – finalidade da normaE) Sistemática

3 - Quanto aos resultados da exegese:

a) Declarativa – busca declarar opensamento do legislador.

b) Extensiva – busca amplia o sentido dotexto para abranger hipótesessemelhantes.

c) Restritiva – “literal” – art. 111 do CTN.

Art. 109 do CTN - Os princípios gerais de direitoprivado utilizam-se para pesquisa da definição, doconteúdo e do alcance de seus institutos, conceitose formas, mas não para definição dos respectivosefeitos tributários.

Art. 110 do CTN – A lei tributária não pode alterar adefinição, o conteúdo e o alcance de institutos,conceitos e formas de direito privado, utilizados,expressa ou implicitamente, pela ConstituiçãoFederal, pelas Constituições dos Estados, ou pelasLeis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios,para definir ou limitar competências tributárias.

Súmula Vinculante n° 31 - Éinconstitucional a incidência doImposto sobre Serviços de QualquerNatureza – ISS sobre operações delocação de bens móveis.

Art. 111 do CTN – Interpreta-seliteralmente a legislação tributária quedisponha sobre:

I - suspensão ou exclusão do créditotributário;II - outorga de isenção;III - dispensa do cumprimento deobrigações tributárias acessórias.

Art. 112 do CTN – A lei tributária que defineinfrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se damaneira mais favorável ao acusado, em caso dedúvida quanto:I - à capitulação legal do fato;II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato,ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à suagraduação.

Penal – “in dubio pro reo”.Apenas normas punitivas.

4 - INTEGRAÇÃO

Art. 4° da LINB - Quando a lei for omissa, o juizdecidirá o caso de acordo com a analogia, oscostumes e os princípios gerais de direito.

Art. 140 do Novo CPC. O juiz não se eximede decidir sob a alegação de lacuna ouobscuridade do ordenamento jurídico.

Parágrafo único. O juiz só decidirá porequidade nos casos previstos em lei.(antigo Art. 126 do CPC/73)

Art. 108 do CTN - Na ausência de disposiçãoexpressa, a autoridade competente para aplicar alegislação tributária utilizará sucessivamente, naordem indicada:I - a analogia;II - os princípios gerais de direito tributário;III - os princípios gerais de direito público;IV - a equidade.§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar naexigência de tributo não previsto em lei.§ 2º O emprego da equidade não poderá resultar nadispensa do pagamento de tributo devido.

Art. 172, IV, do CTN - A lei pode autorizara autoridade administrativa a conceder,por despacho fundamentado, remissãototal ou parcial do crédito tributário,atendendo:IV - a considerações de eqüidade, emrelação com as características pessoais oumateriais do caso

Súmula 452 do STJ/2010 - Aextinção das ações de pequenovalor é faculdade da AdministraçãoFederal, vedada a atuação judicialde ofício.

PROVIMENTO Nº. 13/2013-CGJ - Dispõe sobre o arquivamento provisóriodas Execuções Fiscais Estaduais e Municipais de valor inferior aoequivalente a 15 (quinze) Unidades Padrão Fiscal do Estado de MatoGrosso – UPF-MT.O Corregedor-Geral da Justiça no uso das atribuições previstas nos artigos31 e 39 do Código de Organização e Divisão Judiciárias do Estado de MatoGrosso – COJE/MT; .... RESOLVE:Art. 1º. Determinar o arquivamento incontinenti, mas provisório, dasExecuções Fiscais Estaduais e Municipais de valor inferior ao equivalente a15 (quinze) Unidades Padrão Fiscal do Estado de Mato Grosso – UPF-MT§ 1º. O arquivamento a que se refere o "caput" deste artigo não implica naextinção da Execução, nem obsta a incidência de correção monetária ejuros de mora sobre o valor executado.§ 2º O desarquivamento dos Autos, dependerá da supressão da faltaatribuída ao exequente, ou da iniciativa do executado, que conduza atermo a Execução.Art. 2º. A remessa dos Autos, e seu retorno ao arquivo, não estarãosujeitos ao recolhimento de custas judiciais, nem definem o ônus dasucumbência.

Art. 5º, XXXV, da CF - a lei não excluirá da apreciaçãodo Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

(CAIP-IMES, 2016) Em relação à Interpretação eIntegração da Legislação Tributária Na ausência dedisposição expressa, a autoridade competente paraaplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente,na ordem indicada:

a) a analogia; os costumes; os princípios gerais dedireito tributário; os princípios gerais de direitopúblico e a equidade.

b) os princípios gerais de direito público; os princípiosgerais de direito tributário; a analogia e os costumes.

c) a analogia; os princípios gerais de direito tributário;os princípios gerais de direito privado e a equidade.

d) a analogia; os princípios gerais de direito tributário;os princípios gerais de direito público e a equidade.

(CAIP-IMES, 2016) Em relação à Interpretação eIntegração da Legislação Tributária Na ausência dedisposição expressa, a autoridade competente paraaplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, naordem indicada:

a) a analogia; os costumes; os princípios gerais de direitotributário; os princípios gerais de direito público e aequidade.

b) os princípios gerais de direito público; os princípiosgerais de direito tributário; a analogia e os costumes.

c) a analogia; os princípios gerais de direito tributário; osprincípios gerais de direito privado e a equidade.

d) a analogia; os princípios gerais de direito tributário;os princípios gerais de direito público e a equidade.

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

HI - FG = OT – Lançamento = CT

Natureza – direito público

Elementos:

a) sujeito ativo

b) sujeito passivo

c) causa = lei

d) objeto - o cumprimento de uma prestaçãopositiva ou negativa determinada por lei.

ESPÉCIESArt. 113 do CTN. A obrigação tributária é principal ou acessória.§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fatogerador, tem por objeto o pagamento de tributo oupenalidade pecuniária e extingue-se juntamente com ocrédito dela decorrente.§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária etem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nelaprevistas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dostributos.Paulo de Barros Carvalho - deveres instrumentais ouformais.§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da suainobservância, converte-se em obrigação principalrelativamente à penalidade pecuniária.

(OAB, FGV) Caio tem 10 anos e seu pai o presenteou com umacasa de praia no litoral do Município Y. No entanto, Caio nãorealizou o pagamento do carnê do Imposto sobre a PropriedadePredial e Territorial Urbana (IPTU) incidente sobre o imóvel desua propriedade. Caio, representado por seu pai, apresentouuma impugnação ao lançamento do crédito, alegando que Caionão tem capacidade civil e que, portanto, não pode sercontribuinte do IPTU. O Município Y negou provimento àimpugnação e Caio apresentou recurso voluntário ao ConselhoMunicipal de Contribuintes, que foi inadmitido por inexistênciade depósito recursal prévio, conforme exigência da legislaçãomunicipal.A partir da questão proposta, responda aos itens a seguir.A) Caio pode ser considerado contribuinte do imposto?Fundamente.B) É constitucional a exigência do depósito como condição parao recurso administrativo, conforme decisão do ConselhoMunicipal? Justifique.

Gabarito FGV:

A) Sim. A capacidade tributária independe dacapacidade civil das pessoas naturais. Sendo assim,Caio é contribuinte do IPTU, independente de não tercapacidade civil. Nesse sentido, o Art. 126, inciso I, doCTN.

B) Conforme a Súmula Vinculante nº 21 do SupremoTribunal Federal, a exigência de um depósito préviocomo requisito de admissibilidade de recursoadministrativo é inconstitucional, pois fere o Art. 5º,incisos XXXIV (direito de petição independente dopagamento) e LV (assegurados o contraditório e aampla defesa).

FATO GERADOR• Da obrigação tributária principal:

Art. 114 do CTN - Fato gerador da obrigação principal éa situação definida em lei como necessária esuficiente à sua ocorrência.

• Da obrigação tributária acessória:

Art. 115 do CTN - Fato gerador da obrigação acessóriaé qualquer situação que, na forma da legislaçãoaplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato quenão configure obrigação principal.

Elementos:a) objetivo, núcleo ou materialidadeb) Subjetivo – sujeitosc) espacial - art. 102 do CTN - Princípio daTerritorialidade Tributária.d) Temporal – momento – art. 144 do CTNe) valorativo:

- Base de cálculo

- Alíquota:*alíquota específica* alíquota “ad valorem” - %* alíquota fixa* alíquota progressiva* alíquota zero - 0%

• Classificação quanto à periodicidade:

1) Instantâneos (ou Simples) - prática de umsimples ato - Ex.: ICMS, IPI, II, IE, IOF, ITBI,ITCMD e etc.

2) Periódicos ou Complexivos (ou Complexos) –ocorre durante um período de tempo – fatosisolados – Ex.: IR.

3) Continuados (ou Contínuos) – período certode tempo – Ex. IPTU, ITR e IPVA.

• Momento da ocorrência do fato gerador:

Art. 116 do CTN. Salvo disposição de lei em contrário,considera-se ocorrido o fato gerador e existentes osseus efeitos:I - tratando-se de situação de fato, desde o momentoem que o se verifiquem as circunstâncias materiaisnecessárias a que produza os efeitos quenormalmente lhe são próprios;II - tratando-se de situação jurídica, desde omomento em que esteja definitivamente constituída,nos termos de direito aplicável.Ex. Súmula 112 do STF - O imposto de transmissão"causa mortis" é devido pela alíquota vigente aotempo da abertura da sucessão.

Norma geral antielisão

Parágrafo único do art. 116 do CTN - Aautoridade administrativa poderá desconsideraratos ou negócios jurídicos praticados com afinalidade de dissimular a ocorrência do fatogerador do tributo ou a natureza dos elementosconstitutivos da obrigação tributária,observados os procedimentos a seremestabelecidos em lei ordinária. (art. 167 do CC)

Art. 167 do CC. É nulo o negócio jurídico simulado, massubsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e naforma.§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversasdaquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula nãoverdadeira;III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face doscontraentes do negócio jurídico simulado.

Art. 446 do Novo CPC. É lícito à parte provar comtestemunhas:I - nos contratos simulados, a divergência entre a vontade real ea vontade declarada;

CARF - é lícito planejamento tributário que separaatividades de uma empresa em duas pessoas jurídicasdistintas:

“SIMULAÇÃO – INEXISTÊNCIA. Simular é o ato de fingir,mascarar, esconder a realidade, camuflar o objetivo deum negócio jurídico valendo-se de outro, eis que oobjetivo intentado seria alcançado por negócio diverso,daí o motivo de o artigo 167 do Código Civil dispor que onegócio jurídico simulado será nulo. Não é simulação odesmembramento das atividades por empresas domesmo grupo econômico, objetivando racionalizar asoperações e diminuir a carga tributária. Recurso de OfícioNegado” (Processo 19515.722111/201241, Data daSessão: 17/03/2016, Acórdão 3302003.138).

• Negócios jurídicos condicionais:

Art. 121 do CC. Considera-se condição a cláusula que,derivando exclusivamente da vontade das partes,subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro eincerto.

Art. 117 do CTN. Para os efeitos do inciso II do artigoanterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ounegócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos eacabados:

I - sendo suspensiva a condição, desde o momento deseu implemento;

II - sendo resolutória a condição, desde o momento daprática do ato ou da celebração do negócio.

• Tributação de atos nulos, anuláveis, imorais e ilícitos:

Art. 118 do CTN. A definição legal do fato gerador éinterpretada abstraindo-se:

I - da validade jurídica dos atos efetivamentepraticados pelos contribuintes, responsáveis, outerceiros, bem como da natureza do seu objeto oudos seus efeitos;

II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

Tributo non olet - Princípio da isonomia / Princípio dainterpretação objetiva do fato gerador / Princípio dageneralização da tributação.

Art. 126 do CTN. A capacidade tributária passivaindepende:

I - da capacidade civil das pessoas naturais;

II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidasque importem privação ou limitação do exercício deatividades civis, comerciais ou profissionais, ou daadministração direta de seus bens ou negócios;

III - de estar a pessoa jurídica regularmenteconstituída, bastando que configure uma unidadeeconômica ou profissional.

SUJEITO ATIVO

Art. 119 do CTN. Sujeito ativo daobrigação é a pessoa jurídica de direitopúblico, titular da competência para exigiro seu cumprimento.

Competência Tributária ≠ CapacidadeTributária Ativa - Art. 7º do CTN:possibilidade de delegação.

Art. 7º do CTN. A competência tributária é indelegável,salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizartributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisõesadministrativas em matéria tributária, conferida por umapessoa jurídica de direito público a outra, nos termosdo § 3º do artigo 18 da Constituição.

§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégiosprocessuais que competem à pessoa jurídica de direitopúblico que a conferir.

§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo,por ato unilateral da pessoa jurídica de direito públicoque a tenha conferido.

§ 3º Não constitui delegação de competência ocometimento, a pessoas de direito privado, do encargoou da função de arrecadar tributos.

Súmula 396 do STJ/2009 - AConfederação Nacional daAgricultura tem legitimidade ativapara a cobrança da contribuiçãosindical rural.

Desmembramento territorial de pessoa jurídicade direito público:

Art. 120 do CTN. Salvo disposição de lei emcontrário, a pessoa jurídica de direito público,que se constituir pelo desmembramentoterritorial de outra, subroga-se nos direitosdesta, cuja legislação tributária aplicará até queentre em vigor a sua própria.

SUJEITO PASSIVO • Da obrigação tributária principal:

Art. 121 do CTN. Sujeito passivo da obrigação principalé a pessoa obrigada ao pagamento de tributo oupenalidade pecuniária.

Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigaçãoprincipal diz-se:

I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e diretacom a situação que constitua o respectivo fato gerador;

II - responsável, quando, sem revestir a condição decontribuinte, sua obrigação decorra de disposiçãoexpressa de lei.

• Sujeito passivo da obrigação acessória:

Art. 122 do CTN. Sujeito passivo daobrigação acessória é a pessoa obrigada àsprestações que constituam o seu objeto.

Convenções Particulares:

Art. 123 do CTN. Salvo disposições de lei emcontrário, as convenções particulares, relativas àresponsabilidade pelo pagamento de tributos, nãopodem ser opostas à Fazenda Pública, para modificara definição legal do sujeito passivo das obrigaçõestributárias correspondentes.

Ex. Art. 25. Atribuída ao locatário a responsabilidadepelo pagamento dos tributos, encargos e despesasordinárias de condomínio, o locador poderá cobrartais verbas juntamente com o aluguel do mês a que serefiram.

• Lei do Inquilinato – Lei n° 8.245/91:

Art. 22. O locador é obrigado a:

(...)

VIII - pagar os impostos e taxas, e ainda o prêmio deseguro complementar contra fogo, que incidam ouvenham a incidir sobre o imóvel, salvo disposiçãoexpressa em contrário no contrato;

Art. 25. Atribuída ao locatário a responsabilidade pelopagamento dos tributos, encargos e despesasordinárias de condomínio, o locador poderá cobrartais verbas juntamente com o aluguel do mês a que serefiram.

Solidariedade tributária - Não solidariedade ativa

Art. 124 do CTN. São solidariamente obrigadas:

I - as pessoas que tenham interesse comum nasituação que constitua o fato gerador da obrigaçãoprincipal;

II - as pessoas expressamente designadas por lei

Parágrafo único. A solidariedade referida nesteartigo não comporta benefício de ordem.

Súmula 251 do STJ - A meação sóresponde pelo ato ilícito quando ocredor, na execução fiscal, provar que oenriquecimento dele resultanteaproveitou ao casal.

Lei n° 8.212/91:

Art. 30. A arrecadação e o recolhimento dascontribuições ou de outras importânciasdevidas à Seguridade Social obedecem àsseguintes normas:

IX - as empresas que integram grupo econômicode qualquer natureza respondem entre si,solidariamente, pelas obrigações decorrentesdesta Lei;

Art. 125 do CTN. Salvo disposição de lei emcontrário, são os seguintes os efeitos dasolidariedade:

I - o pagamento efetuado por um dos obrigadosaproveita aos demais;

II - a isenção ou remissão de crédito exonera todosos obrigados, salvo se outorgada pessoalmente aum deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedadequanto aos demais pelo saldo;

III - a interrupção da prescrição, em favor ou contraum dos obrigados, favorece ou prejudica aosdemais.

Art. 127 do CTN. Na falta de eleição, pelo contribuinte ouresponsável, de domicílio tributário, na forma da legislaçãoaplicável, considera-se como tal:I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendoesta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade;II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmasindividuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatosque derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer desuas repartições no território da entidade tributante.§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas emqualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicíliotributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dosbens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem àobrigação.§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito,quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalizaçãodo tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.

(FAURGS, 2016) No que diz respeito ao Código TributárioNacional, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmaçõesabaixo.( ) Dois irmãos proprietários de um mesmo imóvel urbano desde2010, recebido por doação dos pais em antecipação da legítima,havendo inadimplemento, não responderão solidariamente emrelação ao crédito de IPTU cujo fato gerador ocorreu em 2014.( ) Um menor de 16 anos que tenha recebido por doação umimóvel urbano, escriturado e registrado onde necessário,possuirá capacidade tributária passiva em relação ao IPTU.( ) Uma pessoa, na hipótese de ser solidariamente obrigada porexpressa designação por lei, poderá alegar o benefício deordem, desde que nomeie bens do devedor, sitos no mesmomunicípio, livres e desembaraçados, quantos bastem para solvero débito.( ) Uma pessoa que venda mercadorias como autônoma, sempossuir pessoa jurídica regularmente constituída, é dotada decapacidade tributária passiva.

A sequência correta de preenchimento dosparênteses, de cima para baixo, é

a) V – F – V – V.

b) F – F – V – F.

c) V – V – F – V.

d) F – V – F – V.

e) V – V – V – F.

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

(OAB, FGV) Em janeiro de 2014, a pessoa jurídica Beta adquiriu oestabelecimento comercial da pessoa jurídica Delta e continuou aexplorar a atividade sob outra razão social. Ao adquirir oestabelecimento, a pessoa jurídica Beta não elegeu domicíliotributário. Três meses após a alienação, a pessoa jurídica Deltainiciou nova atividade no mesmo ramo de comércio.Em janeiro de 2015, a pessoa jurídica Beta foi notificada peloEstado de Minas Gerais para pagamento de créditos de ICMSrelativos ao estabelecimento adquirido e referentes ao ano de2013, uma vez que, de acordo com o Estado de Minas Gerais, aresponsabilidade da pessoa jurídica Beta quanto a tais créditosseria integral. Diante disso, responda aos itens a seguir.A) É correto o entendimento do Estado de Minas Gerais no sentidode que a responsabilidade da pessoa jurídica Beta é integral?B) Diante da falta de eleição de domicílio tributário pela pessoajurídica Beta, qual(is) local(is) deve(m) ser indicado(s) pelaadministração tributária para a notificação?

Gabarito FGV:A) O entendimento do Estado de Minas Gerais não estácorreto, uma vez que, de acordo com o Art. 133, II, doCódigo Tributário Nacional, a pessoa jurídica de direitoprivado que adquirir de outra, por qualquer título,estabelecimento comercial e continuar a respectivaexploração sob outra razão social responde pelos tributosrelativos ao estabelecimento adquirido devidos até a datado ato, subsidiariamente com o alienante, se este iniciar,dentro de seis meses, a contar da data da alienação, novaatividade no mesmo ramo de comércio.B) Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável,de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável,considera-se como tal, quanto às pessoas jurídicas dedireito privado ou às firmas individuais, o lugar da suasede ou, em relação aos atos ou fatos que derem origemà obrigação, o de cada estabelecimento, conforme o Art.127, II, do Código Tributário Nacional.

Art. 128 do CTN. Sem prejuízo do disposto

neste capítulo, a lei pode atribuir de modo

expresso a responsabilidade pelo crédito

tributário a terceira pessoa, vinculada ao

fato gerador da respectiva obrigação,

excluindo a responsabilidade do

contribuinte ou atribuindo-a a este em

caráter supletivo do cumprimento total ou

parcial da referida obrigação.

OJ n° 363 da SDI-1 do TST - DESCONTOSPREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. CONDENAÇÃO DOEMPREGADOR EM RAZÃO DO INADIMPLEMENTO DEVERBAS REMUNERATÓRIAS. RESPONSABILIDADE DOEMPREGADO PELO PAGAMENTO. ABRANGÊNCIA.

A responsabilidade pelo recolhimento dascontribuições social e fiscal, resultante de condenaçãojudicial referente a verbas remuneratórias, é doempregador e incide sobre o total da condenação.Contudo, a culpa do empregador peloinadimplemento das verbas remuneratórias nãoexime a responsabilidade do empregado pelospagamentos do imposto de renda devido e dacontribuição previdenciária que recaia sobre suaquota-parte.

SUM-401 do TST - AÇÃO RESCISÓRIA. DESCONTOSLEGAIS. FASE DE EXECUÇÃO. SENTENÇA EXEQUENDAOMISSA. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À COISA JULGADA

Os descontos previdenciários e fiscais devem serefetuados pelo juízo executório, ainda que asentença exequenda tenha sido omissa sobre aquestão, dado o caráter de ordem pública ostentadopela norma que os disciplina. A ofensa à coisa julgadasomente poderá ser caracterizada na hipótese de otítulo exequendo, expressamente, afastar a deduçãodos valores a título de imposto de renda e decontribuição previdenciária.

OJ-SDI1-207 do TST - PROGRAMA DE INCENTIVO ÀDEMISSÃO VOLUNTÁRIA. INDENIZAÇÃO. IMPOSTO DERENDA. NÃO-INCIDÊNCIAA indenização paga em virtude de adesão a programa deincentivo à demissão voluntária não está sujeita àincidência do imposto de renda.

OJ-SDI1-400 do TST - IMPOSTO DE RENDA. BASE DECÁLCULO. JUROS DE MORA. NÃO INTEGRAÇÃO. ART. 404DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO.Os juros de mora decorrentes do inadimplemento deobrigação de pagamento em dinheiro não integram abase de cálculo do imposto de renda,independentemente da natureza jurídica da obrigaçãoinadimplida, ante o cunho indenizatório conferido peloart. 404 do Código Civil de 2002 aos juros de mora.

SUM-368 do TST - DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS.COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DECÁLCULOI. A Justiça do Trabalho é competente para determinar orecolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça doTrabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias,limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aosvalores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário decontribuição.II. É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento dascontribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito doempregado oriundo de condenação judicial, devendo ser calculadas,em relação à incidência dos descontos fiscais, mês a mês, nos termosdo art. 12-A da Lei n.º 7.713, de 22/12/1988, com a redação dadapela Lei nº 12.350/2010.III. Em se tratando de descontos previdenciários, o critério deapuração encontra-se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto n º3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que acontribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, sejacalculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198,observado o limite máximo do salário de contribuição.

OJ-SDI1-376 do TST - CONTRIBUIÇÃOPREVIDENCIÁRIA. ACORDO HOMOLOGADO EM JUÍZOAPÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇACONDENATÓRIA. INCIDÊNCIA SOBRE O VALORHOMOLOGADO

É devida a contribuição previdenciária sobre o valordo acordo celebrado e homologado após o trânsitoem julgado de decisão judicial, respeitada aproporcionalidade de valores entre as parcelas denatureza salarial e indenizatória deferidas na decisãocondenatória e as parcelas objeto do acordo.

OJ-SDI1-398 do TST - CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.ACORDO HOMO-LOGADO EM JUÍZO SEMRECONHECIMENTO DE VÍNCULO DE EMPREGO.CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. RECOLHIMENTO DAALÍQUOTA DE 20% A CARGO DO TOMADOR E 11% ACARGO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS.

Nos acordos homologados em juízo em que não haja oreconhecimento de vínculo empregatício, é devido orecolhimento da contribuição previdenciária, mediante aalíquota de 20% a cargo do tomador de serviços e de 11%por parte do prestador de serviços, na qualidade decontribuinte individual, sobre o valor total do acordo,respeitado o teto de contribuição. Inteligência do § 4º doart. 30 e do inciso III do art. 22, todos da Lei n.º 8.212, de24.07.1991.

Súmula 425 do STJ/2010 - Aretenção da contribuição para aseguridade social pelo tomador doserviço não se aplica às empresasoptantes pelo Simples.

MODALIDADESA) POR SUBSTITUIÇÃO:

• Regressiva (para trás, antecedente)

Ex. produtores rurais de leite

• Progressiva (para frente, subsequente)

Art. 150, § 7°, da CF:

§ 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo deobrigação tributária a condição de responsávelpelo pagamento de imposto ou contribuição, cujofato gerador deva ocorrer posteriormente,assegurada a imediata e preferencial restituição daquantia paga, caso não se realize o fato geradorpresumido.

Súmula nº 431 do STJ/2010 - Éilegal a cobrança de ICMS combase no valor da mercadoriasubmetido ao regime de pautafiscal.

B) Por Transferência – Responsabilidade dos Sucessores

Art. 129 do CTN. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aoscréditos tributários definitivamente constituídos ou em curso deconstituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídosposteriormente aos mesmos atos, desde que relativos aobrigações tributárias surgidas até a referida data.

Art. 130 do CTN. Os créditos tributários relativos a impostoscujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a possede bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pelaprestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuiçõesde melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivosadquirentes, salvo quando conste do título a prova de suaquitação.Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, asub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.

Art. 131 do CTN. São pessoalmente responsáveis:I - o adquirente ou remitente, pelos tributosrelativos aos bens adquiridos ou remidos;II - o sucessor a qualquer título e o cônjugemeeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus atéa data da partilha ou adjudicação, limitada estaresponsabilidade ao montante do quinhão dolegado ou da meação;III - o espólio, pelos tributos devidos pelo decujus até a data da abertura da sucessão.

Art. 132 do CTN. A pessoa jurídica de direitoprivado que resultar de fusão, transformação ouincorporação de outra ou em outra é responsávelpelos tributos devidos até à data do ato pelaspessoas jurídicas de direito privado fusionadas,transformadas ou incorporadas.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-seaos casos de extinção de pessoas jurídicas dedireito privado, quando a exploração da respectivaatividade seja continuada por qualquer sócioremanescente, ou seu espólio, sob a mesma ououtra razão social, ou sob firma individual.

Cisão – Lei n° 6.404/1976:

Art. 233. Na cisão com extinção da companhiacindida, as sociedades que absorverem parcelasdo seu patrimônio responderão solidariamentepelas obrigações da companhia extinta. Acompanhia cindida que subsistir e as queabsorverem parcelas do seu patrimônioresponderão solidariamente pelas obrigaçõesda primeira anteriores à cisão.

Art. 133 do CTN. A pessoa natural ou jurídica de direitoprivado que adquirir de outra, por qualquer título, fundode comércio ou estabelecimento comercial, industrial ouprofissional, e continuar a respectiva exploração, sob amesma ou outra razão social ou sob firma ou nomeindividual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ouestabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:I - integralmente, se o alienante cessar a exploração docomércio, indústria ou atividade;II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguirna exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar dadata da alienação, nova atividade no mesmo ou em outroramo de comércio, indústria ou profissão.

§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese dealienação judicial:I – em processo de falência;II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperaçãojudicial.§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for:I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedadecontrolada pelo devedor falido ou em recuperação judicial;II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau (sobrinhos-netos, tios-avós e primos), consanguíneo ou afim, do devedor falido ouem recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ouIII – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperaçãojudicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.§ 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa,filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito àdisposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da datade alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditosextraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.

STF - Imunidade Superveniente

CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADETRIBUTÁRIA RECÍPROCA. INAPLICABILIDADE ÀRESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR SUCESSÃO. ART.150, VI, A DA CONSTITUIÇÃO.

A imunidade tributária recíproca não exonera osucessor das obrigações tributárias relativas aos fatosjurídicos tributários ocorridos antes da sucessão(aplicação “retroativa” da imunidade tributária).

Recurso Extraordinário ao qual se dá provimento. (RE599.176, PUBLIC 30-10-2014)

Súmula 554 do STJ (12/2015) - Nahipótese de sucessão empresarial, aresponsabilidade da sucessora abrange nãoapenas os tributos devidos pela sucedida,mas também as multas moratórias oupunitivas referentes a fatos geradoresocorridos até a data da sucessão.

• Responsabilidade de Terceiro:

Art. 134 do CTN. Nos casos de impossibilidade de exigência documprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondemsolidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelasomissões de que forem responsáveis:I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados oucuratelados;III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos porestes;IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida oupelo concordatário;VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelostributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, emrazão do seu ofício;VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria depenalidades, às de caráter moratório.

Art. 135 do CTN. São pessoalmenteresponsáveis pelos créditos correspondentes aobrigações tributárias resultantes de atospraticados com excesso de poderes ouinfração de lei, contrato social ou estatutos:I - as pessoas referidas no artigo anterior;II - os mandatários, prepostos e empregados;III - os diretores, gerentes ou representantesde pessoas jurídicas de direito privado.

Súmula 430 do STJ/2010: “O inadimplemento daobrigação tributária pela sociedade não gera, por sisó, a responsabilidade solidária do sócio-gerente”.

Súmula 435 STJ/2010: "Presume-se dissolvidairregularmente a empresa que deixar de funcionarno seu domicílio fiscal, sem comunicação aosórgãos competentes, legitimando oredirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente".

Art. 4º da LEF - A execução fiscal poderá serpromovida contra:

(...)

V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas,tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoasjurídicas de direito privado; e

(...)

§ 2º - À Dívida Ativa da Fazenda Pública, de qualquernatureza, aplicam-se as normas relativas àresponsabilidade prevista na legislação tributária,civil e comercial.

Novo CPC:

Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelasdívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei.

§ 4o Para a desconsideração da personalidade jurídica éobrigatória a observância do incidente previsto neste Código.

DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADEJURÍDICA

Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidadejurídica será instaurado a pedido da parte ou do MinistérioPúblico, quando lhe couber intervir no processo.

§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídicaobservará os pressupostos previstos em lei.

§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese dedesconsideração inversa da personalidade jurídica.

Art. 134 do Novo CPC. O incidente de desconsideração écabível em todas as fases do processo de conhecimento, nocumprimento de sentença e na execução fundada em títuloexecutivo extrajudicial.§ 1o A instauração do incidente será imediatamentecomunicada ao distribuidor para as anotações devidas.§ 2o Dispensa-se a instauração do incidente se adesconsideração da personalidade jurídica for requerida napetição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou apessoa jurídica.§ 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvona hipótese do § 2o.§ 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dospressupostos legais específicos para desconsideração dapersonalidade jurídica.Art. 135 do Novo CPC. Instaurado o incidente, o sócio ou apessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer asprovas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 136 do Novo CPC. Concluída a instrução, senecessária, o incidente será resolvido por decisãointerlocutória.

Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator,cabe agravo interno.

Art. 137 do Novo CPC. Acolhido o pedido dedesconsideração, a alienação ou a oneração de bens,havida em fraude de execução, será ineficaz em relaçãoao requerente.

Art. 1.015 do Novo CPC. Cabe agravo de instrumentocontra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

(...)

IV - incidente de desconsideração da personalidadejurídica;

• Responsabilidade na Propriedade Fiduciária

Art. 1.361 do CC. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvelde coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia,transfere ao credor.

Art. 1.368-B do CC. A alienação fiduciária em garantia de bemmóvel ou imóvel confere direito real de aquisição ao fiduciante,seu cessionário ou sucessor. (Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014)Parágrafo único. O credor fiduciário que se tornar proprietáriopleno do bem, por efeito de realização da garantia, medianteconsolidação da propriedade, adjudicação, dação ou outra formapela qual lhe tenha sido transmitida a propriedade plena, passa aresponder pelo pagamento dos tributos sobre a propriedade e aposse, taxas, despesas condominiais e quaisquer outros encargos,tributários ou não, incidentes sobre o bem objeto da garantia, apartir da data em que vier a ser imitido na posse direta dobem. (Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014)

Responsabilidade do Sócios no SIMPLES (LC 123/2006):

Art. 9o O registro dos atos constitutivos, de suas alterações eextinções (baixas), referentes a empresários e pessoas jurídicasem qualquer órgão dos 3 (três) âmbitos de governo ocorreráindependentemente da regularidade de obrigações tributárias,previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, doempresário, da sociedade, dos sócios, dos administradores oude empresas de que participem, sem prejuízo dasresponsabilidades do empresário, dos titulares, dos sócios oudos administradores por tais obrigações, apuradas antes ouapós o ato de extinção. (LC/ 147/14)

§ 5o A solicitação de baixa do empresário ou da pessoa jurídicaimporta responsabilidade solidária dos empresários, dostitulares, dos sócios e dos administradores no período daocorrência dos respectivos fatos geradores. (LC/ 147/14)

• Responsabilidade por Infração:

Art. 136 do CTN. Salvo disposição de lei em contrário, aresponsabilidade por infrações da legislação tributáriaindepende da intenção do agente ou do responsável e daefetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

Entretanto, deve ser levado em consideração a boa-fé eausência de prejuízo do erário:Súmula nº 509 do STJ: É lícito ao comerciante de boa-féaproveitar os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscalposteriormente declarada inidônea, quando demonstradaa veracidade da compra e venda.

Art. 137 do CTN. A responsabilidade é pessoal ao agente:I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimesou contravenções, salvo quando praticadas no exercícioregular de administração, mandato, função, cargo ouemprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitidapor quem de direito;II - quanto às infrações em cuja definição o doloespecífico do agente seja elementar;III - quanto às infrações que decorram direta eexclusivamente de dolo específico:a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas porquem respondem;b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contraseus mandantes, preponentes ou empregadores;c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoasjurídicas de direito privado, contra estas.

Art. 138 do CTN. A responsabilidade é excluídapela denúncia espontânea da infração,acompanhada, se for o caso, do pagamento dotributo devido e dos juros de mora, ou do depósitoda importância arbitrada pela autoridadeadministrativa, quando o montante do tributodependa de apuração.Parágrafo único. Não se considera espontânea adenúncia apresentada após o início de qualquerprocedimento administrativo ou medida defiscalização, relacionados com a infração.

Súmula 360/STJ - O benefício adenúncia espontânea não se aplicaaos tributos sujeitos a lançamentopor homologação regularmentedeclarados, mas pagos adestempo.

Súmula 208 do TFR - A simples confissãode dívida, acompanhada do seu pedido deparcelamento, não configura a denúnciaespontânea.

STJ – “o depósito judicial do tributo e deseus juros não configura denúnciaespontânea. Apenas o pagamento integraldo débito que segue a confissão docontribuinte é apto a afastar a multa pelonão pagamento do tributo no momentodevido.”

Novo CPC – Execução de título extrajudicial:

Art. 779. A execução pode ser promovida contra:

VI - o responsável tributário, assim definido em lei.

(FGV, OAB) A pessoa jurídica Theta S.A. declarou e não pagou o débito referente à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS). Meses depois, como iria participar de uma licitação e precisava apresentar certidão de regularidade fiscal, antes do início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização por parte da União, a pessoa jurídica ThetaS.A. realizou o pagamento do tributo, excluindo, no entanto, a multa moratória.

Sobre a hipótese descrita, responda aos itens a seguir.

A) Está correta a exclusão da multa moratória? Fundamente.

B) O contribuinte tem direito à certidão negativa de débitos? Justifique.

Gabarito FGV:

A) Trata-se de questão que versa sobre denúnciaespontânea. O examinando deverá indicar que, nahipótese, não é cabível a denúncia espontânea, previstano Art. 138 do Código Tributário Nacional, pois a COFINS,tributo sujeito a lançamento por homologação, foiregularmente declarada, porém paga a destempo. Nessesentido é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça,conforme Súmula 360.

B) O examinando deverá responder que o contribuintenão tem direito à certidão de regularidade fiscal, issoporque declarou o débito, porém não pagouintegralmente, sendo legítima a recusa da emissão dacertidão negativa, conforme Súmula 446 do SuperiorTribunal de Justiça.

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

1 – CONSTITUIÇÃO:

LANÇAMENTO

Art. 142 do CTN. Compete privativamente à autoridade

administrativa constituir o crédito tributário pelo

lançamento, assim entendido o procedimento

administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato

gerador da obrigação correspondente, determinar a

matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,

identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a

aplicação da penalidade cabível.

Parágrafo único. A atividade administrativa de

lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de

responsabilidade funcional.

Natureza Jurídica – Declaratória ou Constitutiva?

Teoria dualista - separa aobrigação do crédito tributáriopelo lançamento.

Art. 143 do CTN. Salvo disposição delei em contrário, quando o valortributário esteja expresso em moedaestrangeira, no lançamento far-se-ásua conversão em moeda nacional aocâmbio do dia da ocorrência do fatogerador da obrigação.

Art. 144 do CTN. O lançamento reporta-se à data da ocorrência

do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente,

ainda que posteriormente modificada ou revogada.

§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à

ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos

critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os

poderes de investigação das autoridades administrativas, ou

outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto,

neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade

tributária a terceiros.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados

por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe

expressamente a data em que o fato gerador se considera

ocorrido.

• Alteração do Lançamento notificado:

Art. 145 do CTN. O lançamento regularmentenotificado ao sujeito passivo só pode seralterado em virtude de:I - impugnação do sujeito passivo;II - recurso de ofício;III - iniciativa de ofício da autoridadeadministrativa, nos casos previstos no artigo149.

Art. 146 do CTN. A modificação introduzida, de ofícioou em conseqüência de decisão administrativa oujudicial, nos critérios jurídicos adotados pelaautoridade administrativa no exercício do lançamentosomente pode ser efetivada, em relação a um mesmosujeito passivo, quanto a fato gerador ocorridoposteriormente à sua introdução.• Erro de direito• Erro de Fato

• Súm. 227 do TFR - A mudança de critério jurídicoadotado pelo fisco não autoriza a revisão delançamento.

MODALIDADES de Lançamento

(CS-UFG, 2016) Quando o contribuinte deve antecipar o pagamento de imposto, sem prévio exame por parte da autoridade administrativa, e aguardar a ratificação de sua atividade, de modo expresso ou tácito, tem-se o seguinte:

a) lançamento por homologação.

b) pagamento em consignação.

c) lançamento por declaração ou misto.

d) lançamento de ofício.

e) n.d.a

(CS-UFG, 2016) Quando o contribuinte deve antecipar o pagamento de imposto, sem prévio exame por parte da autoridade administrativa, e aguardar a ratificação de sua atividade, de modo expresso ou tácito, tem-se o seguinte:

a) lançamento por homologação.

b) pagamento em consignação.

c) lançamento por declaração ou misto.

d) lançamento de ofício.

e) n.d.a

A) De ofício ou direto:

Art. 149 do CTN. O lançamento é efetuado e revisto de ofíciopela autoridade administrativa nos seguintes casos:I - quando a lei assim o determine;II - quando a declaração não seja prestada, por quem dedireito, no prazo e na forma da legislação tributária;III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenhaprestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe deatender, no prazo e na forma da legislação tributária, apedido de esclarecimento formulado pela autoridadeadministrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o prestesatisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto aqualquer elemento definido na legislação tributária comosendo de declaração obrigatória;

V - quando se comprove omissão ou inexatidão, porparte da pessoa legalmente obrigada, no exercício daatividade a que se refere o artigo seguinte;VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeitopassivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugarà aplicação de penalidade pecuniária;VII - quando se comprove que o sujeito passivo, outerceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ousimulação;VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ounão provado por ocasião do lançamento anterior;IX - quando se comprove que, no lançamento anterior,ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que oefetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ouformalidade especial.Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode seriniciada enquanto não extinto o direito da FazendaPública.

Súmula 397 do STJ/2009 – Ocontribuinte do IPTU é notificadodo lançamento pelo envio do carnêao seu endereço.

Súmula CARF nº 21: É nula, porvício formal, a notificação delançamento que não contenha aidentificação da autoridade que aexpediu.

B) Por Declaração ou misto:

Art. 147 do CTN. O lançamento é efetuado com base nadeclaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando umou outro, na forma da legislação tributária, presta àautoridade administrativa informações sobre matéria defato, indispensáveis à sua efetivação.§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do própriodeclarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só éadmissível mediante comprovação do erro em que sefunde, e antes de notificado o lançamento.§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seuexame serão retificados de ofício pela autoridadeadministrativa a que competir a revisão daquela.

Novo CPC:

Art. 659. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes,nos termos da lei, será homologada de plano pelo juiz, comobservância dos arts. 660 a 663.

§ 2o Transitada em julgado a sentença de homologação departilha ou de adjudicação, será lavrado o formal de partilha ouelaborada a carta de adjudicação e, em seguida, serãoexpedidos os alvarás referentes aos bens e às rendas por eleabrangidos, intimando-se o fisco para lançamentoadministrativo do imposto de transmissão e de outros tributosporventura incidentes, conforme dispuser a legislação tributária,nos termos do § 2o do art. 662.

§ 2º do art. 662. O imposto de transmissão será objeto delançamento administrativo, conforme dispuser a legislaçãotributária, não ficando as autoridades fazendárias adstritas aosvalores dos bens do espólio atribuídos pelos herdeiros.

• Lançamento por arbitramento:

Art. 148 do CTN. Quando o cálculo do tributotenha por base, ou tome em consideração, ovalor ou o preço de bens, direitos, serviços ouatos jurídicos, a autoridade lançadora,mediante processo regular, arbitrará aquelevalor ou preço, sempre que sejam omissos ounão mereçam fé as declarações ou osesclarecimentos prestados, ou os documentosexpedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceirolegalmente obrigado, ressalvada, em caso decontestação, avaliação contraditória,administrativa ou judicial.

Súmula 182 do TFR - É ilegítimo olançamento do imposto de rendaarbitrado com base apenas emextratos ou depósitos bancários.

C) Por homologação ou autolançamento:

Art. 150 do CTN. O lançamento por homologação, que

ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao

sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem

prévio exame da autoridade administrativa, opera-se

pelo ato em que a referida autoridade, tomando

conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,

expressamente a homologa.

§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos

deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória

da ulterior homologação ao lançamento.

§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisqueratos anteriores à homologação, praticados pelo sujeitopassivo ou por terceiro, visando à extinção total ouparcial do crédito.§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão,porém, considerados na apuração do saldo porventuradevido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ousua graduação.§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele decinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador;expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenhapronunciado, considera-se homologado o lançamento edefinitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada aocorrência de dolo, fraude ou simulação.

Súmula 436 STJ/2010 - A entrega dedeclaração pelo contribuintereconhecendo débito fiscal constitui ocrédito tributário, dispensada qualqueroutra providência por parte do fisco.

Súmula CARF nº 14: A simplesapuração de omissão de receita ou derendimentos, por si só, não autoriza aqualificação da multa de ofício, sendonecessária a comprovação do evidenteintuito de fraude do sujeito passivo.

2 - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE

Art. 151 do CTN. Suspendem a exigibilidade do créditotributário:I - moratória;II - o depósito do seu montante integral;III - as reclamações e os recursos, nos termos das leisreguladoras do processo tributário administrativo;IV - a concessão de medida liminar em mandado desegurança.V – a concessão de medida liminar ou de tutelaantecipada, em outras espécies de ação judicial;VI – o parcelamento.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa ocumprimento das obrigações assessórios (acessórias)dependentes da obrigação principal cujo crédito sejasuspenso, ou dela conseqüentes.

• Rol Taxativo – art. 141 e 111, I, do CTN

• Somente por lei – art. 97, VI, CTN

• Não dispensa o cumprimento dasobrigações acessória.

Art. 206 do CTN. Tem os mesmosefeitos previstos no artigo anterior acertidão de que conste a existência decréditos não vencidos, em curso decobrança executiva em que tenha sidoefetivada a penhora, ou cujaexigibilidade esteja suspensa.

I – MORATÓRIA:

Art. 152 do CTN. A moratória somente pode ser concedida:

I - em caráter geral:

a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o

tributo a que se refira; (Autônoma)

b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do

Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente

concedida quanto aos tributos de competência federal e às

obrigações de direito privado; (Heterônoma)

II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa,

desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior.

Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever

expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do

território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a

determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.

Art. 153 do CTN. A lei que conceda moratória em carátergeral ou autorize sua concessão em caráter individualespecificará, sem prejuízo de outros requisitos:I - o prazo de duração do favor;II - as condições da concessão do favor em caráterindividual;III - sendo caso:a) os tributos a que se aplica;b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro doprazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixaçãode uns e de outros à autoridade administrativa, para cadacaso de concessão em caráter individual;c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiadono caso de concessão em caráter individual.

Art. 154 do CTN. Salvo disposição de lei emcontrário, a moratória somente abrange oscréditos definitivamente constituídos à data dalei ou do despacho que a conceder, ou cujolançamento já tenha sido iniciado àquela datapor ato regularmente notificado ao sujeitopassivo.Parágrafo único. A moratória não aproveita aoscasos de dolo, fraude ou simulação do sujeitopassivo ou do terceiro em benefício daquele.

Art. 155 do CTN. A concessão da moratória em caráter

individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício,

sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou

de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de

cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o

crédito acrescido de juros de mora:

I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou

simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele;

II - sem imposição de penalidade, nos demais casos.

Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo

decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não

se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do

crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode

ocorrer antes de prescrito o referido direito.

II – DEPÓSITO DO SEU MONTANTE INTEGRAL:

Súmula n° 112 do STJ - O depósito somentesuspende a exigibilidade do créditotributário se for integral e em dinheiro.

• Procedência do lançamento

• Improcedência do lançamento.

III - RECLAMAÇÕES E RECURSOS NO PROCESSOADMINISTRATIVO FISCAL:

“III - as reclamações e os recursos, nos termosdas leis reguladoras do processo tributárioadministrativo;”

Súmula Vinculante nº 28 - É inconstitucional aexigência de depósito prévio como requisito deadmissibilidade de ação judicial na qual sepretenda discutir a exigibilidade de créditotributário.

Súmula Vinculante n° 21 - Éinconstitucional a exigência de depósito ouarrolamento prévios de dinheiro ou benspara admissibilidade de recursoadministrativo.

Súmula nº 373 do STJ - É ilegítima aexigência de depósito prévio paraadmissibilidade de recurso administrativo.

Art. 68 da Lei 8797/2008 /MT - A impugnação daexigência instaura o litígio e o processo administrativode natureza tributária previsto nesta lei, devendo serapresentada, por escrito, no prazo 30 (trinta) dias,tendo-se como termo inicial à data da ciência danotificação.

Parágrafo único A impugnação tempestiva suspende aexigibilidade do crédito tributário.

Súmula 473 do STF - A administração podeanular seus próprios atos, quando eivadosde vícios que os tornam ilegais, porquedeles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ouoportunidade, respeitados os direitosadquiridos, e ressalvada, em todos oscasos, a apreciação judicial.

IV – Liminar em Mandado de Segurança:

Art. 7º da Lei 12.016/2009

V – Tutela Antecipada:

Art. 294 e seguintes do Novo CPC.

Súmula CARF n° 17: Não cabe a exigência de multa deofício nos lançamentos efetuados para prevenir adecadência, quando a exigibilidade estiver suspensa naforma dos incisos IV ou V do art. 151 do CTN e asuspensão do débito tenha ocorrido antes do início dequalquer procedimento de ofício a ele relativo.

VI – PARCELAMENTO:

Art. 155-A do CTN. O parcelamento será concedido na forma econdição estabelecidas em lei específica.§ 1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento docrédito tributário não exclui a incidência de juros e multas.§ 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposiçõesdesta Lei, relativas à moratória.§ 3o Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento doscréditos tributários do devedor em recuperação judicial.§ 4o A inexistência da lei específica a que se refere o § 3o desteartigo importa na aplicação das leis gerais de parcelamento doente da Federação ao devedor em recuperação judicial, nãopodendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior aoconcedido pela lei federal específica.

Art. 10-A da LEI No 10.522, DE 19 DE JULHO DE 2002. Oempresário ou a sociedade empresária que pleitear outiver deferido o processamento da recuperação judicial,nos termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei nº 11.101, de 9 defevereiro de 2005, poderão parcelar seus débitos com aFazenda Nacional, em 84 (oitenta e quatro) parcelasmensais e consecutivas, calculadas observando-se osseguintes percentuais mínimos, aplicados sobre o valorda dívida consolidada:

I - da 1a à 12a prestação: 0,666% (seiscentos e sessenta eseis milésimos por cento);

II - da 13a à 24a prestação: 1% (um por cento);

III - da 25a à 83a prestação: 1,333% (um inteiro e trezentose trinta e três milésimos por cento); e

IV - 84a prestação: saldo devedor remanescente.

Súmula 437 STJ/2010 - A suspensão daexigibilidade do crédito tributário superiora quinhentos mil reais para opção peloRefis pressupõe a homologação expressado comitê gestor e a constituição degarantia por meio do arrolamento de bens.

Vide art. 64 da Lei 9.532/97.

(NC-UFPR, 2015) Comercial Alfa Ltda. ajuizou açãoanulatória de lançamento tributário em face doEstado do Paraná, oportunidade em que formuloupedido liminar com vistas à suspensão daexigibilidade do crédito tributário. No despachoinaugural, o magistrado da Vara da Fazenda Públicacondicionou o deferimento do pedido de suspensãoda exigibilidade ao depósito integral do montantediscutido. Sobre o assunto, assinale a alternativacorreta.

a) A providência determinada pelo magistrado foi a maisacertada, tendo em vista que a suspensão da exigibilidade docrédito tributário só pode ser deferida mediante prévio depósitointegral da quantia discutida.b) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário nãoconfigura óbice a que a Fazenda Pública leve adiante atos deconstrição patrimonial em processo de execução fiscal.c) A providência determinada pelo magistrado, emborapermitida, não era obrigatória, tendo em vista que o depósitodo montante integral do crédito tributário e a concessão demedida liminar em ação judicial são hipóteses legais autônomasde suspensão da exigibilidade do crédito tributário.d) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não podeocorrer antes do trânsito em julgado da ação ajuizada porComercial Alfa Ltda.e) Suspensa a exigibilidade do crédito tributário, fica dispensadoo cumprimento das obrigações acessórias dependentes daobrigação principal cujo crédito seja suspenso.

a) A providência determinada pelo magistrado foi a maisacertada, tendo em vista que a suspensão da exigibilidade docrédito tributário só pode ser deferida mediante prévio depósitointegral da quantia discutida.b) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário nãoconfigura óbice a que a Fazenda Pública leve adiante atos deconstrição patrimonial em processo de execução fiscal.c) A providência determinada pelo magistrado, emborapermitida, não era obrigatória, tendo em vista que o depósitodo montante integral do crédito tributário e a concessão demedida liminar em ação judicial são hipóteses legaisautônomas de suspensão da exigibilidade do créditotributário.d) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não podeocorrer antes do trânsito em julgado da ação ajuizada porComercial Alfa Ltda.e) Suspensa a exigibilidade do crédito tributário, fica dispensadoo cumprimento das obrigações acessórias dependentes daobrigação principal cujo crédito seja suspenso.

EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Art. 156 do CTN. Extinguem o crédito tributário: (rol taxativo?)I - o pagamento;II - a compensação;III - a transação;IV - remissão;V - a prescrição e a decadência;VI - a conversão de depósito em renda;VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos dodisposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo164;IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva naórbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;X - a decisão judicial passada em julgado.XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condiçõesestabelecidas em lei.Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial docrédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição,observado o disposto nos artigos 144 e 149.

Confusão – Art. 381 do CC - Extingue-se a obrigação,desde que na mesma pessoa se confundam as qualidadesde credor e devedor.

Morte do contribuinte sem patrimônio – força daherança:

Art. 1.792 do CC. O herdeiro não responde por encargossuperiores às forças da herança; incumbe-lhe, porém, aprova do excesso, salvo se houver inventário que aescuse, demostrando o valor dos bens herdados.

Art. 1.821 do CC. É assegurado aos credores o direito depedir o pagamento das dívidas reconhecidas, nos limitesdas forças da herança.

(OAB, FGV) Julgada procedente a ação de repetição de indébitode imposto recolhido em 2009, proposta em face da FazendaEstadual, José da Silva recorreu da decisão que lhe foi favorável,pretendendo alterar o marco temporal de aplicação dos jurosmoratórios constante da decisão judicial. O julgado determinoucomo devida a incidência dos juros moratórios na ordem de 1%ao mês, a contar do trânsito em julgado da sentença,contrariando a pretensão autoral, que pleiteava o início docômputo a partir da realização do pagamento indevido.Considerando que a legislação do Estado em questão não possuinenhuma norma própria a regular os índices de juros doimposto a ser restituído, responda aos itens a seguir.A) O contribuinte tem razão? Resposta fundamentada.B) Acaso a ação repetitória tratasse de um tributo federal, acontagem acerca da incidência dos juros seria diferente?Resposta fundamentada.

Gabarito FGV:

A) Não, o contribuinte não tem razão. Conforme esposado naSúmula 188 do STJ, “os juros moratórios, na repetição do indébito

tributário, são devidos a partir do trânsito em julgado da

sentença”. Além disso, determina o artigo 167, parágrafo único, doCTN: “A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do

trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar.”

B) Na hipótese do tributo ser federal, será aplicado o disposto pelaLei nº 9250/95, que altera a legislação do Imposto sobre a Renda,a qual, no seu artigo 39, §4º, determina: “A partir de 1º de janeiro

de 1996, a compensação ou restituição será acrescida de juros

equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e

de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente,

calculados a partir da data do pagamento indevido ou a maior até

o mês anterior ao da compensação ou restituição e de 1%

relativamente ao mês em que estiver sendo efetuada.”

I – PAGAMENTO:Art. 157 do CTN - A imposição de penalidade nãoilide o pagamento integral do crédito tributário .

Presunção de pagamento - não se aplica o art.322 do CC:Art. 158 do CTN. O pagamento de um créditonão importa em presunção de pagamento:I - quando parcial, das prestações em que sedecomponha;II - quando total, de outros créditos referentes aomesmo ou a outros tributos.

Art. 159 do CTN. Quando a legislação tributária não dispusera respeito, o pagamento é efetuado na repartiçãocompetente do domicílio do sujeito passivo.

Art. 160 do CTN. Quando a legislação tributária não fixar otempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trintadias depois da data em que se considera o sujeito passivonotificado do lançamento.Parágrafo único. A legislação tributária pode concederdesconto pela antecipação do pagamento, nas condições queestabeleça.Ex. art. 47 da Lei n° 7.098/98 (LICMS/MT): Art. 47. Iniciado oprocedimento para exigência do crédito tributário, ocontribuinte, dentro do prazo fixado na intimação, poderáliquidar o crédito exigido, alternativamente, com o seguintetratamento tributário: I - pagamento único com redução de60% (sessenta por cento) do valor da multa;

Efeitos da mora

Art. 161 do CTN. O crédito não integralmente pago novencimento é acrescido de juros de mora, seja qualfor o motivo determinante da falta, sem prejuízo daimposição das penalidades cabíveis e da aplicação dequaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ouem lei tributária.§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os jurosde mora são calculados à taxa de um por cento aomês. (taxa SELIC, Lei n° 9.065/95, ao invés do 1%)§ 2º O disposto neste artigo não se aplica napendência de consulta formulada pelo devedordentro do prazo legal para pagamento do crédito.

• Procedimentos de Consulta:

- Receita Federal - Lei nº 9.430/1996 - arts. 48 a 50.

- Estado de MT - art. 994 e seguintes do RICMS-MT/2014

Forma de pagamento:

Art. 162 do CTN. O pagamento é efetuado:I - em moeda corrente, cheque ou vale postal;II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, oupor processo mecânico.§ 1º A legislação tributária pode determinar as garantias exigidaspara o pagamento por cheque ou vale postal, desde que não otorne impossível ou mais oneroso que o pagamento em moedacorrente.§ 2º O crédito pago por cheque somente se considera extinto como resgate deste pelo sacado.§ 3º O crédito pagável em estampilha considera-se extinto com ainutilização regular daquela, ressalvado o disposto no artigo 150.§ 4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamentopor esta modalidade, não dão direito a restituição, salvo nos casosexpressamente previstos na legislação tributária, ou naquelas emque o erro seja imputável à autoridade administrativa.§ 5º O pagamento em papel selado ou por processo mecânicoequipara-se ao pagamento em estampilha

Imputação em pagamento:

Art. 163 do CTN. Existindo simultaneamente dois ou maisdébitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesmapessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou adiferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária oujuros de mora, a autoridade administrativa competente parareceber o pagamento determinará a respectiva imputação,obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e emsegundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária;II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxase por fim aos impostos;III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; (o que estapara prescrever primeiro)IV - na ordem decrescente dos montantes. (o tributo de maiorvalor é pago primeiro)

Pagamento indevido/restituição de indébito tributário:

Art. 165 do CTN. O sujeito passivo tem direito, independentementede prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qualfor a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4ºdo artigo 162, nos seguintes casos:I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maiorque o devido em face da legislação tributária aplicável, ou danatureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamenteocorrido;II - erro na edificação (identificação) do sujeito passivo, nadeterminação da alíquota aplicável, no cálculo do montante dodébito ou na elaboração ou conferência de qualquer documentorelativo ao pagamento;III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisãocondenatória.

Súmula 461 STJ/2010 - O contribuintepode optar por receber, por meio deprecatório ou por compensação, oindébito tributário certificado porsentença declaratória transitada emjulgado.

Súmula 447 do STJ/2010 - Os Estados e oDistrito Federal são partes legítimas naação de restituição de imposto de rendaretido na fonte proposta por seusservidores.

Art. 157, I, CF

Competência: Justiça Estadual

Súmula 523 do STJ (2015) - A taxa de jurosde mora incidente na repetição de indébitode tributos estaduais deve corresponder àutilizada para cobrança do tributo pago ematraso, sendo legítima a incidência da taxaSelic, em ambas as hipóteses, quandoprevista na legislação local, vedada suacumulação com quaisquer outros índices.(REsp 1.111.189 e REsp 879.844)

Tributos Indiretos - Teoria da Repercussão:

Art. 166 do CTN. A restituição de tributos quecomportem, por sua natureza, transferência dorespectivo encargo financeiro somente será feita aquem prove haver assumido o referido encargo,ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estarpor este expressamente autorizado a recebê-la.

Súmula nº 546 do STF - Cabe a restituição dotributo pago indevidamente, quando reconhecidopor decisão, que o contribuinte "de jure" nãorecuperou do contribuinte "de facto" o "quantum"respectivo.

Art. 167 CTN. A restituição total ou parcial do tributo

dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros

de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as

referentes a infrações de caráter formal não

prejudicadas pela causa da restituição.

Parágrafo único. A restituição vence juros não

capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da

decisão definitiva que a determinar.

Súmula 188 do STJ - Os juros moratórios, na

repetição do indébito tributário, são devidos a partir

do trânsito em julgado da sentença.

Súmula 162 do STJ - Na repetição de indébito

tributário, a correção monetária incide a partir do

pagamento indevido.

Súmula 411 do STJ - É devida a correção monetária aocreditamento do IPI quando há oposição ao seuaproveitamento decorrente de resistência ilegítima doFisco.

II – COMPENSAÇÃOArt. 368 a 380 do CC

Art. 170 do CTN. A lei pode, nas condições e sob asgarantias que estipular, ou cuja estipulação em cadacaso atribuir à autoridade administrativa, autorizar acompensação de créditos tributários com créditoslíquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeitopassivo contra a Fazenda pública.Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeitopassivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, aapuração do seu montante, não podendo, porém,cominar redução maior que a correspondente ao jurode 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrerentre a data da compensação e a do vencimento.

Súmula n° 213 do STJ – O mandado de segurança

constitui ação adequada para a declaração do

direito à compensação tributária.

Súmula 460 STJ/2010 - É incabível o mandado de

segurança para convalidar a compensação tributária

realizada pelo contribuinte.

Súmula 464 STJ/2010 - A regra de imputação de

pagamentos estabelecida no art. 354 do Código Civil

não se aplica às hipóteses de compensação

tributária.

Art. 170-A do CTN. É vedada a compensação mediante oaproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeitopassivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.

Art. 7°, § 2°, da LMS - Não será concedida medida liminar que tenha porobjeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadoriase bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação deservidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão devantagens ou pagamento de qualquer natureza.

Art. 1.059 do Novo CPC. À tutela provisória requerida contra a FazendaPública aplica-se o disposto nos arts. 1o a 4o da Lei no 8.437, de 30 dejunho de 1992, e no art. 7o, § 2o, da Lei no 12.016, de 7 de agosto de2009.

Súmula 212 do STJ - A compensação de créditos tributários não podeser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ouantecipatória.

* Compensação unilateral:Art. 100 da CF:§ 9º No momento da expedição dos precatórios,independentemente de regulamentação, deles deveráser abatido, a título de compensação, valorcorrespondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ounão em dívida ativa e constituídos contra o credor originalpela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelasvincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cujaexecução esteja suspensa em virtude de contestaçãoadministrativa ou judicial. (EC nº 62, de 2009).§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunalsolicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta ematé 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito deabatimento, informação sobre os débitos que preenchamas condições estabelecidas no § 9º, para os fins neleprevistos. (EC nº 62, de 2009).

* Compensação unilateral dos débitos da FazendaPública inscritos em precatórios - STF e STJ –Inconstitucionalidade dos §§ 9º e 10º do art. 100 daCF – (ADI 4.425, 19.12.2013):

“4. O regime de compensação dos débitos da FazendaPública inscritos em precatórios, previsto nos §§ 9º e10 do art. 100 da Constituição Federal, incluídos pelaEC nº 62/09, embaraça a efetividade da jurisdição (CF,art. 5º, XXXV), desrespeita a coisa julgada material(CF, art. 5º, XXXVI), vulnera a Separação dos Poderes(CF, art. 2º) e ofende a isonomia entre o Poder Públicoe o particular (CF, art. 5º, caput), cânone essencial doEstado Democrático de Direito (CF, art. 1º, caput).”

III – TRANSAÇÃO

Art. 840 do CC

Art. 171 do CTN. A lei pode facultar, nascondições que estabeleça, aos sujeitos ativo epassivo da obrigação tributária celebrartransação que, mediante concessões mútuas,importe em determinação de litígio econseqüente extinção de crédito tributário.Parágrafo único. A lei indicará a autoridadecompetente para autorizar a transação em cadacaso.

IV – REMISSÃOArt. 172 do CTN. A lei pode autorizar a autoridadeadministrativa a conceder, por despacho fundamentado,remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:I - à situação econômica do sujeito passivo;II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo,quanto a matéria de fato;III - à diminuta importância do crédito tributário;IV - a considerações de eqüidade, em relação com ascaracterísticas pessoais ou materiais do caso;V - a condições peculiares a determinada região doterritório da entidade tributante.Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não geradireito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o dispostono artigo 155.

VI – CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA

Art. 151 do CTN. Suspendem aexigibilidade do crédito tributário:

II - o depósito do seu montanteintegral;

VII – PAGAMENTO ANTECIPADO E A HOMOLOGAÇÃO DO LANÇAMENTO

Art. 150 do CTN. O lançamento por homologação,que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribuaao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamentosem prévio exame da autoridade administrativa,opera-se pelo ato em que a referida autoridade,tomando conhecimento da atividade assim exercidapelo obrigado, expressamente a homologa.§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nostermos deste artigo extingue o crédito, sob condiçãoresolutória da ulterior homologação ao lançamento.

VIII – CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO JULGADAPROCEDENTE:

Art. 164 do CTN. A importância de crédito tributário pode serconsignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento deoutro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigaçãoacessória;II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigênciasadministrativas sem fundamento legalIII - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, detributo idêntico sobre um mesmo fato gerador§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante sepropõe pagar.§ 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputaefetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgadaimprocedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o créditoacrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.

Novo CPC:Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceirorequerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou dacoisa devida.§ 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor serdepositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver,situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por cartacom aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para amanifestação de recusa.§ 2o Decorrido o prazo do § 1o, contado do retorno do aviso derecebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á odevedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor aquantia depositada.§ 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimentobancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação deconsignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e darecusa.§ 4o Não proposta a ação no prazo do § 3o, ficará sem efeito odepósito, podendo levantá-lo o depositante....

IX – DECISÃO ADMINISTRATIVAIRREFORMÁVEL

X – DECISÃO JUDICIAL PASSADA EMJULGADO

XI – DAÇÃO EM PAGAMENTO EM BENS IMÓVEISArt. 4º da LEI Nº 13.259/2016. O crédito tributário inscrito em dívidaativa da União poderá ser extinto, nos termos do inciso XI do caput doart. 156 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código TributárioNacional, mediante dação em pagamento de bens imóveis, a critério docredor, na forma desta Lei, desde que atendidas asseguintescondições: (Redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016)

I - a dação seja precedida de avaliação do bem ou dos bens ofertados,que devem estar livres e desembaraçados de quaisquer ônus, nostermos de ato do Ministério da Fazenda; e (Redação dada pela Lei nº13.313, de 2016)

II - a dação abranja a totalidade do crédito ou créditos que se pretendeliquidar com atualização, juros, multa e encargos legais, sem descontode qualquer natureza, assegurando-se ao devedor a possibilidade decomplementação em dinheiro de eventual diferença entre os valores datotalidade da dívida e o valor do bem ou dos bens ofertados emdação. (Redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016)

§ 1º O disposto no caput não se aplica aos créditostributários referentes ao Regime Especial Unificado deArrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelasMicroempresas e Empresas de Pequeno Porte - SimplesNacional. (Redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016)§ 2º Caso o crédito que se pretenda extinguir seja objetode discussão judicial, a dação em pagamento somenteproduzirá efeitos após a desistência da referida ação pelodevedor ou corresponsável e a renúncia do direito sobreo qual se funda a ação, devendo o devedor ou ocorresponsável arcar com o pagamento das custasjudiciais e honorários advocatícios. (Redação dada pelaLei nº 13.313, de 2016)§ 3º A União observará a destinação específica doscréditos extintos por dação em pagamento, nos termosde ato do Ministério da Fazenda. (Redação dada pela Leinº 13.313, de 2016)

V – Decadência e Prescrição:

Prazo – 5 Anos:

Súmula Vinculante n° 08 - São inconstitucionais oparágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, quetratam da prescrição e decadência do crédito tributário.

Art. 146 da CF. Cabe à lei complementar:

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislaçãotributária, especialmente sobre:

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição edecadência tributários;

V – DECADÊNCIAArt. 173 do CNT. O direito de a Fazenda Públicaconstituir o crédito tributário extingue-se após 5(cinco) anos, contados:I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele emque o lançamento poderia ter sido efetuado;II - da data em que se tornar definitiva a decisão quehouver anulado, por vício formal, o lançamentoanteriormente efetuado.Parágrafo único. O direito a que se refere este artigoextingue-se definitivamente com o decurso do prazonele previsto, contado da data em que tenha sidoiniciada a constituição do crédito tributário pelanotificação, ao sujeito passivo, de qualquer medidapreparatória indispensável ao lançamento.

Súmula nº 153 do TFR - Constituído, noquinquênio, através de auto de infração ounotificação de lançamento, o créditotributário, não há falar em decadência,fluindo, a partir daí, em princípio, o prazoprescricional, que, todavia, fica emsuspenso, até que sejam decididos osrecursos administrativos.

Art. 150, § 4º, do CTN - Se a lei não fixar prazo ahomologação, será ele de cinco anos, a contar daocorrência do fato gerador; expirado esse prazo semque a Fazenda Pública se tenha pronunciado,considera-se homologado o lançamento edefinitivamente extinto o crédito, salvo secomprovada a ocorrência de dolo, fraude ousimulação.

Dies a quo:

Houve pagamento – data do fato gerador

Não houve pagamento – art. 173, I, do CTN

Súmula 555 do STJ (12/2015) - Quandonão houver declaração do débito, o prazodecadencial quinquenal para o Fiscoconstituir o crédito tributário conta-seexclusivamente na forma do art. 173, I, doCTN, nos casos em que a legislação atribuiao sujeito passivo o dever de antecipar opagamento sem prévio exame daautoridade administrativa.

Súmula 436 STJ/2010 - A entrega dedeclaração pelo contribuintereconhecendo débito fiscal constitui ocrédito tributário, dispensada qualqueroutra providência por parte do fisco.

Súmula CARF nº 48: A suspensão daexigibilidade do crédito tributário porforça de medida judicial não impede alavratura de auto de infração.

PRESCRIÇÃOArt. 174 do CTN. A ação para a cobrança do créditotributário prescreve em cinco anos, contados da datada sua constituição definitiva.Parágrafo único. A prescrição se interrompe:I - pela citação pessoal feita ao devedor;I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação emexecução fiscal; (LC nº 118, de 2005)II - pelo protesto judicial;III - por qualquer ato judicial que constitua em mora odevedor;IV - por qualquer ato inequívoco ainda queextrajudicial, que importe em reconhecimento dodébito pelo devedor.

Súmula 409 do STJ - Em execução fiscal, a prescriçãoocorrida antes da propositura da ação pode serdecretada de ofício (art. 219, § 5º, do CPC).

Novo CPC:Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória,o juiz, independentemente da citação do réu, julgaráliminarmente improcedente o pedido que contrariar:§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmenteimprocedente o pedido se verificar, desde logo, aocorrência de decadência ou de prescrição.

Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência dedecadência ou prescrição;

Art. 802. Na execução, o despacho que ordena a citação,desde que realizada em observância ao disposto no §2o do art. 240, interrompe a prescrição, ainda queproferido por juízo incompetente.

Parágrafo único. A interrupção da prescrição retroagirá àdata de propositura da ação.

Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada porjuízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa acoisa e constitui em mora o devedor, ressalvado odisposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 dejaneiro de 2002 (Código Civil).

§ 1o A interrupção da prescrição, operada pelo despachoque ordena a citação, ainda que proferido por juízoincompetente, retroagirá à data de propositura da ação.

Súmula nº 248 do TRF - O prazo daprescrição interrompido pelaconfissão e parcelamento da dívidafiscal recomeça a fluir no dia que odevedor deixa de cumprir o acordocelebrado.

Súmula 106 do STJ- Proposta a ação no prazofixado para o seu exercício, a demora nacitação, por motivos inerentes ao mecanismoda Justiça, não justifica o acolhimento daarguição de prescrição ou decadência.

Súmula 78 do TFR - Proposta a ação no prazofixado para o seu exercício, a demora nacitação, por motivos inerentes ao mecanismoda justiça, não justifica o acolhimento daarguição de prescrição.

Prescrição da Restituição de Indébito :

Art. 168 do CTN. O direito de pleitear a restituiçãoextingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco)anos, contados:I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, dadata da extinção do crédito tributário;II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da dataem que se tornar definitiva a decisão administrativaou passar em julgado a decisão judicial que tenhareformado, anulado, revogado ou rescindido adecisão condenatória.

Art. 169 do CTN. Prescreve em dois anos aação anulatória da decisão administrativaque denegar a restituição.Parágrafo único. O prazo de prescrição éinterrompido pelo início da ação judicial,recomeçando o seu curso, por metade, apartir da data da intimação validamentefeita ao representante judicial da FazendaPública interessada.

Art. 3º da LC 118/2005: Para efeito de interpretação do inciso Ido art. 168 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 – CódigoTributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, nocaso de tributo sujeito a lançamento por homologação, nomomento do pagamento antecipado de que trata o § 1o do art.150 da referida Lei.Entrada em vigor: 09/06/2005

Teoria dos “cinco mais cinco” – 5 anos para homologar e 5 anospara prescrever.

Hoje – termo inicial - Com o pagamento.

Súmula CARF nº 91: Ao pedido de restituição pleiteadoadministrativamente antes de 9 de junho de 2005, no caso detributo sujeito a lançamento por homologação, aplica-se o prazoprescricional de 10 (dez) anos, contado do fato gerador.

- Direito Intertemporal:Art. 4o da LC 118/2005 - Esta Lei entra em vigor 120(cento e vinte) dias após sua publicação, observado,quanto ao art. 3o, o disposto no art. 106, inciso I, da Leino 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código TributárioNacional.Art. 106, inciso I, do CTN - A lei aplica-se a ato ou fatopretérito: I - em qualquer caso, quando sejaexpressamente interpretativa, excluída a aplicação depenalidade à infração dos dispositivos interpretados;

STF – termo a quo – data do ajuizamento da ação:• Ações ajuizadas antes de 09/06/2005 - prazo

prescricional de 10 anos;• ações ajuizadas após - prazo de 5 anos, contados da

data do efetivo pagamento.

Art. 2º, § 3º, da LEF - A inscrição, que se constitui no atode controle administrativo da legalidade, será feita peloórgão competente para apurar a liquidez e certeza docrédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitosde direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execuçãofiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.

Apenas para Dívidas não Tributárias.

Inconstitucional para as dívidas tributárias:Art. 146 da CF. Cabe à lei complementar:III - estabelecer normas gerais em matéria de legislaçãotributária, especialmente sobre:b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição edecadência tributários;

STJ - o simples pedido administrativo parao ressarcimento dos valores nãointerrompe o prazo de prescrição paraingressar com ação judicial de execuçãocontra a Fazenda Pública.

Prescrição intercorrente :

Súmula nº 314/STJ - Em execuçãofiscal, não localizados benspenhoráveis, suspende-se o processopor um ano, findo o qual se inicia oprazo da prescrição qüinqüenalintercorrente.

Art. 40 da LEF - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto nãofor localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possarecair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.§ 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos aorepresentante judicial da Fazenda Pública.§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que sejalocalizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juizordenará o arquivamento dos autos.§ 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou osbens, serão desarquivados os autos para prosseguimento daexecução.§ 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido oprazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública,poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-lade imediato.§ 5o A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4o desteartigo será dispensada no caso de cobranças judiciais cujo valor sejainferior ao mínimo fixado por ato do Ministro de Estado da Fazenda.

Art. 921 do Novo CPC. Suspende-se a execução:

III - quando o executado não possuir bens penhoráveis;

§ 1o Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução peloprazo de 1 (um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição.

§ 2o Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que sejalocalizado o executado ou que sejam encontrados benspenhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos.

§ 3o Os autos serão desarquivados para prosseguimento daexecução se a qualquer tempo forem encontrados benspenhoráveis.

§ 4o Decorrido o prazo de que trata o § 1o sem manifestação doexequente, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente.

§ 5o O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze)dias, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição de que trata o §4o e extinguir o processo.

Art. 924 do Novo CPC. Extingue-se a execuçãoquando:

V - ocorrer a prescrição intercorrente.

Art. 1.056 do Novo CPC. Considerar-se-á como termoinicial do prazo da prescrição prevista no art. 924,inciso V, inclusive para as execuções em curso, a datade vigência deste Código.

Súmula CARF nº 11: Não se aplica a prescriçãointercorrente no processo administrativo fiscal.

Prescrição da Multa:

Art. 1º do Decreto 20.910/32 - As dividaspassivas da União, dos Estados e dosMunicípios, bem assim todo e qualquer direitoou ação contra a Fazenda Federal, Estadual ouMunicipal, seja qual for a sua natureza,prescrevem em cinco anos contados da data doato ou fato do qual se originarem.

(OAB, FGV) Ocorre o fato gerador do imposto sobre transmissãocausa mortis e doação (ITCMD) em 15.01.2001. Como não houve orecolhimento do imposto devido nem declaração por parte docontribuinte, em 17.07.2006 a Fazenda Estadual realiza o lançamentode ofício do imposto, dando ciência ao contribuinte. Após ainterposição tempestiva de impugnação administrativa pelocontribuinte contra o lançamento e trâmite regular do processoadministrativo tributário, o crédito foi constituído definitivamenteem 10.06.2007, sendo o sujeito passivo notificado, pessoalmente, namesma data. Em razão de o valor do crédito tributário estar abaixodo limite de ajuizamento previsto na legislação estadual para a suacobrança judicial, a Fazenda Estadual não ajuizou a respectivaExecução Fiscal. Em 24.07.2012, a fim de regularizar sua situaçãojunto ao Fisco, o contribuinte realiza o pagamento da dívida.Diante desse cenário, responda aos itens a seguir.A) Na data em que foi realizado o pagamento, o crédito tributárioestava decaído?B) Na data em que foi realizado o pagamento, o crédito tributárioestava prescrito?C) Caso efetue o pagamento de um crédito prescrito, pode ocontribuinte pleitear a restituição da quantia que foi paga?

Gabarito FGV:A. No caso em tela, não se pode falar em decadência. Com efeito, nostermos do Art. 173, inciso I, do CTN, o direito de a Fazenda Públicaconstituir o crédito tributário extingue-se após 05 anos contados doprimeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderiater sido realizado. Como o lançamento poderia ser realizado no exercíciode 2001, já que o fato gerador foi praticado 15/01/2001, o prazo de 05anos iniciou-se no primeiro dia útil do exercício seguinte, ou seja,01/01/2002. Dessa forma, como o lançamento foi realizado em17/07/2006, não transcorreram os 05 anos previstos no CTN para aextinção do direito da Fazenda Pública constituir o crédito.B. No que concerne à prescrição, o artigo 174, do CTN, estabelece que aação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 05 anoscontados da data da sua constituição definitiva. O crédito em questãofoi definitivamente constituído em 10/06/2007. Portanto, em24/07/2012, quando foi efetuado o pagamento, a dívida já estavaprescrita.C. Nos termos do artigo 156, inciso V, do CTN, a prescrição extingue ocrédito tributário. Assim, se na data do pagamento o crédito tributáriojá estava extinto, pode-se afirmar que o pagamento é indevido. Emsendo indevido, o contribuinte pode pleitear a restituição da quantiapaga nos termos do Art. 165 do CTN.

GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

(FGV, OAB) Em dezembro de 2014, a pessoa jurídica Wteve a falência decretada durante o seu processo derecuperação judicial, iniciado no mesmo ano, em virtudeda não apresentação do plano de recuperação judicial noprazo previsto em lei. Considerando a ordem a serobservada na classificação dos créditos na falência, aUnião alegou que os créditos de Imposto sobre a Rendada Pessoa Jurídica (IRPJ) devidos pela contribuinte,relativos aos exercícios de 2011 e 2012, deveriam serpagos antes dos créditos extraconcursais.

Diante disso, responda aos itens a seguir.

A) Está correto o argumento da União?

B) Após a decretação da falência, a cobrança judicial docrédito tributário pode prosseguir por meio de execuçãofiscal?

Gabarito FGV:

A) Não está correto o argumento da União, tendo em vista que,na falência, o crédito tributário não prefere aos créditosextraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nostermos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, nolimite do valor do bem gravado, conforme o Art. 186, parágrafoúnico, I, do CTN ou Art. 84, da Lei de Falências (Lei n.11.101/05).

B) Sim, a cobrança judicial do crédito tributário pode prosseguirpor meio de execução fiscal, já que esta não é sujeita a concursode credores ou habilitação em falência, recuperação judicial,concordata, inventário ou arrolamento, nos termos do Art. 187do CTN.

Ademais, de acordo com o Art. 5º da Lei nº 6.830/80 E/OU Art.76, da Lei de Falências (Lei n. 11.101/05), a competência paraprocessar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Públicaexclui a de qualquer outro juízo, inclusive o da falência.

1 - GARANTIASAsseguram direitos ao Estado.

Art. 183 do CTN. A enumeração das garantiasatribuídas neste Capítulo ao crédito tributárionão exclui outras que sejam expressamenteprevistas em lei, em função da natureza ou dascaracterísticas do tributo a que se refiram.Parágrafo único. A natureza das garantiasatribuídas ao crédito tributário não altera anatureza deste nem a da obrigação tributária aque corresponda.

Art. 184 do CTN. Sem prejuízo dos privilégiosespeciais sobre determinados bens, que sejamprevistos em lei, responde pelo pagamento do créditotributário a totalidade dos bens e das rendas, dequalquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seuespólio ou sua massa falida, inclusive os gravados porônus real ou cláusula de inalienabilidade ouimpenhorabilidade, seja qual for a data daconstituição do ônus ou da cláusula, excetuadosunicamente os bens e rendas que a lei declareabsolutamente impenhoráveis.

Art. 10 da LEF - Não ocorrendo o pagamento, nem a garantia daexecução de que trata o artigo 9º, a penhora poderá recair emqualquer bem do executado, exceto os que a lei declareabsolutamente impenhoráveis.

Bem de família - Lei 8.009/90 - Art. 3º A impenhorabilidade éoponível em qualquer processo de execução civil, fiscal,previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo semovido:I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residênciae das respectivas contribuições previdenciárias; (Revogadopela LC 150/2015)IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas econtribuições devidas em função do imóvel familiar;

Art. 1.715 do CC. O bem de família é isento de execução pordívidas posteriores à sua instituição, salvo as que provierem detributos relativos ao prédio, ou de despesas de condomínio.

Art. 833 do Novo CPC. São impenhoráveis:I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência doexecutado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comunscorrespondentes a um médio padrão de vida;III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se deelevado valor;IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos deaposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidaspor liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, osganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o;V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bensmóveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;VI - o seguro de vida;VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pelafamília;IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória emeducação, saúde ou assistência social;X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos dalei;XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime deincorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.

§ 1o A impenhorabilidade não é oponível à execução dedívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela contraídapara sua aquisição.§ 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica àhipótese de penhora para pagamento de prestaçãoalimentícia, independentemente de sua origem, bemcomo às importâncias excedentes a 50 (cinquenta)salários-mínimos mensais, devendo a constrição observaro disposto no art. 528, § 8o, e no art. 529, § 3o.§ 3o Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso Vdo caput os equipamentos, os implementos e asmáquinas agrícolas pertencentes a pessoa física ou aempresa individual produtora rural, exceto quando taisbens tenham sido objeto de financiamento e estejamvinculados em garantia a negócio jurídico ou quandorespondam por dívida de natureza alimentar, trabalhistaou previdenciária.

Presunção de fraude :Art. 185 do CTN. Presume-se fraudulenta a alienação ouoneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeitopassivo em débito para com a Fazenda Pública, por créditotributário regularmente inscrito como dívida ativa.Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica nahipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ourendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.

Fraude a Credores (art. 158 do CC) X Fraude à Execução(art. 792 do Novo CPC)

Não se aplica a Súmula 375 do STJ - O reconhecimento dafraude à execução depende do registro da penhora do bemalienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.

Penhora on-line:

Art. 185-A do CTN. Na hipótese de o devedor tributário,devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora noprazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juizdeterminará a indisponibilidade de seus bens e direitos,comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aosórgãos e entidades que promovem registros de transferência debens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridadessupervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim deque, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.§ 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-áao valor total exigível, devendo o juiz determinar o imediatolevantamento da indisponibilidade dos bens ou valores queexcederem esse limite.§ 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de quetrata o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relaçãodiscriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houverempromovido.

Súmula 560 do STJ (12/2015) - Adecretação da indisponibilidade de bens edireitos, na forma do art. 185-A do CTN,pressupõe o exaurimento das diligências nabusca por bens penhoráveis, o qual ficacaracterizado quando infrutíferos o pedidode constrição sobre ativos financeiros e aexpedição de ofícios aos registros públicosdo domicílio do executado, ao Denatran ouDetran.

Novo CPC:

Art. 866. Se o executado não tiver outros benspenhoráveis ou se, tendo-os, esses forem de difícilalienação ou insuficientes para saldar o créditoexecutado, o juiz poderá ordenar a penhora depercentual de faturamento de empresa.

§ 1o O juiz fixará percentual que propicie a satisfaçãodo crédito exequendo em tempo razoável, mas quenão torne inviável o exercício da atividadeempresarial.

Garantias indiretas – exigência de prova daquitação dos tributos.

Art. 191 do CTN. A extinção das obrigações dofalido requer prova de quitação de todos ostributos.

Art. 191-A do CTN. A concessão de recuperaçãojudicial depende da apresentação da prova dequitação de todos os tributos, observado odisposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei.

Art. 192 do CTN. Nenhuma sentença de julgamentode partilha ou adjudicação será proferida sem provada quitação de todos os tributos relativos aos bensdo espólio, ou às suas rendas.

Art. 193 do CTN. Salvo quando expressamenteautorizado por lei, nenhum departamento daadministração pública da União, dos Estados, doDistrito Federal, ou dos Municípios, ou suaautarquia, celebrará contrato ou aceitará propostaem concorrência pública sem que o contratante ouproponente faça prova da quitação de todos ostributos devidos à Fazenda Pública interessada,relativos à atividade em cujo exercício contrata ouconcorre.

Lei nº 13.303/2016 - estatuto jurídico da empresa pública e da sociedade de economia mista.Art. 83. Pela inexecução total ou parcial do contrato a empresa pública ou a sociedade de economia mista poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:III - suspensão temporária de participação em licitação eimpedimento de contratar com a entidade sancionadora,por prazo não superior a 2 (dois) anos.Art. 84. As sanções previstas no inciso III do art. 83poderão também ser aplicadas às empresas ou aosprofissionais que, em razão dos contratos regidos por estaLei:I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem,por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento dequaisquer tributos;

Novo CPC:

Art. 654. Pago o imposto de transmissão a título de morte e juntadaaos autos certidão ou informação negativa de dívida para com aFazenda Pública, o juiz julgará por sentença a partilha.

Parágrafo único. A existência de dívida para com a Fazenda Públicanão impedirá o julgamento da partilha, desde que o seu pagamentoesteja devidamente garantido.

Art. 659. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nostermos da lei, será homologada de plano pelo juiz, com observânciados arts. 660 a 663.§ 2o Transitada em julgado a sentença de homologação de partilha oude adjudicação, será lavrado o formal de partilha ou elaborada acarta de adjudicação e, em seguida, serão expedidos os alvarásreferentes aos bens e às rendas por ele abrangidos, intimando-se ofisco para lançamento administrativo do imposto de transmissão ede outros tributos porventura incidentes, conforme dispuser alegislação tributária, nos termos do § 2o do art. 662.

Novo CPC:

Art. 662. No arrolamento, não serão conhecidas ouapreciadas questões relativas ao lançamento, aopagamento ou à quitação de taxas judiciárias e detributos incidentes sobre a transmissão da propriedadedos bens do espólio.§ 1o A taxa judiciária, se devida, será calculada com baseno valor atribuído pelos herdeiros, cabendo ao fisco, seapurar em processo administrativo valor diverso doestimado, exigir a eventual diferença pelos meiosadequados ao lançamento de créditos tributários emgeral.§ 2o O imposto de transmissão será objeto de lançamentoadministrativo, conforme dispuser a legislação tributária,não ficando as autoridades fazendárias adstritas aosvalores dos bens do espólio atribuídos pelos herdeiros.

2 - PRIVILÉGIOSConcurso de Credores.

Art. 186 do CTN. O crédito tributário prefere a qualqueroutro, seja qual for sua natureza ou o tempo de suaconstituição, ressalvados os créditos decorrentes dalegislação do trabalho ou do acidente de trabalho.Parágrafo único. Na falência:I – o crédito tributário não prefere aos créditosextraconcursais ou às importâncias passíveis derestituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditoscom garantia real, no limite do valor do bem gravado;II – a lei poderá estabelecer limites e condições para apreferência dos créditos decorrentes da legislação dotrabalho; eIII – a multa tributária prefere apenas aos créditossubordinados.

Na falência o crédito tributário não prefere aos:

a) créditos extraconcursais – Art. 188 doCTN - art. 84 da Lei 11.101/2005

b) importâncias passíveis de restituiçãoc) os créditos derivados da legislação do

trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta)salários-mínimos por credor, e os decorrentesde acidentes de trabalho

d) os créditos com garantia real, no limitedo bem gravado.

Súmula no 565 do STF - A multafiscal moratória constitui penaadministrativa, não se incluindono crédito habilitado emfalência.

Concurso de preferência entre pessoas dedireito público:

Art. 187 do CTN. A cobrança judicial do créditotributário não é sujeita a concurso de credoresou habilitação em falência, recuperação judicial,concordata, inventário ou arrolamento.Parágrafo único. O concurso de preferênciasomente se verifica entre pessoas jurídicas dedireito público, na seguinte ordem:I - União;II - Estados, Distrito Federal e Territórios,conjuntamente e pró rata;III - Municípios, conjuntamente e pró rata.

Súmula 563 do STF - O concurso depreferência a que se refere o parágrafo único,do art 187, do Código Tributário Nacional, écompatível com o disposto no Art. 9º, inciso I,da Constituição Federal.

Súmula 497 do STJ/2012 - Os créditos dasautarquias federais preferem aos créditos daFazenda estadual desde que coexistampenhoras sobre o mesmo bem.

Súmula 270 do STJ - O protesto pela preferênciade crédito, apresentado por ente federal emexecução que tramita na Justiça Estadual, nãodesloca a competência para a Justiça Federal.

Inventário ou arrolamento:

Art. 189 do CTN. São pagos preferencialmentea quaisquer créditos habilitados em inventárioou arrolamento, ou a outros encargos domonte, os créditos tributários vencidos ouvincendos, a cargo do de cujus ou de seuespólio, exigíveis no decurso do processo deinventário ou arrolamento.Parágrafo único. Contestado o créditotributário, proceder-se-á na forma do dispostono § 1º do artigo anterior.

Liquidação judicial ou voluntária:

Art. 190 do CTN. São pagospreferencialmente a quaisquer outros oscréditos tributários vencidos ou vincendos,a cargo de pessoas jurídicas de direitoprivado em liquidação judicial ouvoluntária, exigíveis no decurso daliquidação.

(OAB, FGV) Em 2001, Caio Silva comprou um imóvel deTício Santos. Em 2002, a Fazenda Nacional inscreveu emdívida ativa créditos decorrentes do Imposto sobre aRenda da Pessoa Física – IRPF, que em 2000 haviam sidoobjeto de constituição definitiva contra Tício. Em 2007, aFazenda Nacional ajuizou execução fiscal visando àcobrança dos créditos de IRPF.Após Tício ser citado sem garantir o Juízo, a FazendaNacional requereu a penhora do imóvel vendido a Caio,visto que a alienação foi realizada quando o fato geradordo IRPF já tinha ocorrido, o que a tornaria, segundo aFazenda Nacional, fraudulenta.A) Está correto o entendimento da Fazenda Nacional deque a alienação foi fraudulenta?B) Qual o argumento que Tício, contribuinte do IRPF,poderia alegar em sua defesa, em eventual oposição deembargos à execução?

Gabarito FGV: A questão aborda dois temas importantes dodireito tributário: as garantias e os privilégios do créditotributário e a prescrição deste.A) Na hipótese analisada, a alienação do imóvel ocorreu antesda inscrição em dívida ativa. Sendo assim, tendo em vista odisposto no Art. 185, do CTN (“Presume-se fraudulenta aalienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, porsujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, porcrédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa”), nãohá de se falar em presunção de fraude. Portanto, oentendimento da Fazenda Nacional não está correto: aalienação não foi fraudulenta.B) Tício poderá alegar que os créditos cobrados na execuçãofiscal foram alcançados pela prescrição. Isso porque, conformedestacado no enunciado, os créditos foram constituídos em2000. Sendo assim, a Fazenda teria até o ano de 2005, conformeprevisto no Art. 174, do CTN, para cobrar os créditos tributários.No entanto, a execução fiscal somente foi ajuizada em 2007,quando os créditos já estavam prescritos.

ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

(CONSULPLAN, 2016) Avalie as afirmações a seguir,considerando posicionamentos sumulados pelo SupremoTribunal Federal:

I. A apreensão de mercadorias como meio coercitivo parapagamentos de tributos é inadmissível.II. É admissível a interdição de estabelecimento como meiocoercitivo para cobrança de tributo.III. A exigência de depósito ou arrolamento prévio dedinheiro ou bens para admissibilidade de recursoadministrativo tributário tem amparo na ConstituiçãoFederal.IV. O serviço de iluminação pública não pode serremunerado mediante taxa.

É correto apenas o que se afirma em

a) I e II.

b) II e III.

c) III e IV.

d) I e IV.

1 - FISCALIZAÇÃOPoderes das autoridades fiscais:

Art. 194 do CTN. A legislação tributária, observado odisposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ouespecificamente em função da natureza do tributo deque se tratar, a competência e os poderes dasautoridades administrativas em matéria defiscalização da sua aplicação.Parágrafo único. A legislação a que se refere esteartigo aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas,contribuintes ou não, inclusive às que gozem deimunidade tributária ou de isenção de caráterpessoal.

Art. 195 do CTN. Para os efeitos da legislação tributária,não têm aplicação quaisquer disposições legaisexcludentes ou limitativas do direito de examinarmercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis eefeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriaisou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituraçãocomercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentosneles efetuados serão conservados até que ocorra aprescrição dos créditos tributários decorrentes dasoperações a que se refiram.

Súmula 439 do STF - Estão sujeitos a fiscalizaçãotributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais,limitado o exame aos pontos objeto da investigação.

LEI Nº 9.492/1997. Art. 1º Protesto é o ato formal esolene pelo qual se prova a inadimplência e odescumprimento de obrigação originada em títulos eoutros documentos de dívida.

Parágrafo único. Incluem-se entre os títulos sujeitos aprotesto as certidões de dívida ativa da União, dosEstados, do Distrito Federal, dos Municípios e dasrespectivas autarquias e fundações públicas. (Incluídopela Lei nº 12.767, de 2012)

Súmula 70 do STF - É inadmissível a interdição deestabelecimento como meio coercitivo para cobrançade tributo.

Súmula 323 do STF - É inadmissível a apreensão demercadorias como meio coercitivo para pagamentode tributos.

Súmula 547 do STF - Não é lícito a autoridade proibirque o contribuinte em débito adquira estampilhas,despache mercadorias nas alfândegas e exerça suasatividades profissionais.

Pessoas obrigadas a fornecer informações:

Art. 197 do CTN. Mediante intimação escrita, são obrigados aprestar à autoridade administrativa todas as informações de quedisponham com relação aos bens, negócios ou atividades deterceiros:I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demaisinstituições financeiras;III - as empresas de administração de bens;IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;V - os inventariantes;VI - os síndicos, comissários e liquidatários;VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe,em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ouprofissão.Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange aprestação de informações quanto a fatos sobre os quais oinformante esteja legalmente obrigado a observar segredo emrazão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

II – sigilo bancário – art. 6º da LC 105/2001 - Asautoridades e os agentes fiscais tributários daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios somente poderão examinardocumentos, livros e registros de instituiçõesfinanceiras, inclusive os referentes a contas dedepósitos e aplicações financeiras, quando houverprocesso administrativo instaurado ouprocedimento fiscal em curso e tais exames sejamconsiderados indispensáveis pela autoridadeadministrativa competente.Parágrafo único. O resultado dos exames, asinformações e os documentos a que se refere esteartigo serão conservados em sigilo, observada alegislação tributária.

STF (18.02.2016), por maioria, “são constitucionais osdispositivos da Lei Complementar 105/2001 eregulamentações posteriores que permitem ofornecimento direto à Receita Federal, pelos bancos,de informações sobre movimentações financeiras decontribuintes, sem necessidade de autorizaçãojudicial.”

“... os dispositivos legais em questão não configuramviolação da intimidade, por não se tratar,propriamente, de quebra do sigilo bancário, mas detransferência de informações – dos bancos para oFisco – de dados a quem têm acesso até os própriosgerentes das agências bancárias ...” (Min. Dias Toffoli)

Sigilo Bancário: Art. 5º da CF:X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e aimagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelodano material ou moral decorrente de sua violação;XII – é inviolável o sigilo da correspondência e dascomunicações telegráficas, de dados e das comunicaçõestelefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nashipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins deinvestigação criminal ou instrução processual penal;

Art. 145, § 1º, da CF - Sempre que possível, os impostos terãocaráter pessoal e serão graduados segundo a capacidadeeconômica do contribuinte, facultado à administração tributária,especialmente para conferir efetividade a esses objetivos,identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos dalei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas docontribuinte.

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1571, DE 02 DEJULHO DE 2015 - Dispõe sobre a obrigatoriedade deprestação de informações relativas às operaçõesfinanceiras de interesse da Secretaria da ReceitaFederal do Brasil (RFB).

Súmula 182 do TFR - É ilegítimo o lançamento doimposto de renda arbitrado com base apenas emextratos ou depósitos bancários.

Art. 200 do CTN. As autoridades administrativasfederais poderão requisitar o auxílio da forçapública federal, estadual ou municipal, ereciprocamente, quando vítimas de embaraçoou desacato no exercício de suas funções, ouquando necessário à efetivação dê medidaprevista na legislação tributária, ainda que nãose configure fato definido em lei como crime oucontravenção.

Deveres das autoridades administrativas:

Art. 196 do CTN. A autoridade administrativa queproceder ou presidir a quaisquer diligências defiscalização lavrará os termos necessários para que sedocumente o início do procedimento, na forma dalegislação aplicável, que fixará prazo máximo para aconclusão daquelas.Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigoserão lavrados, sempre que possível, em um dos livrosfiscais exibidos; quando lavrados em separado delesse entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópiaautenticada pela autoridade a que se refere esteartigo.

Dever de manter sigilo:

Art. 198 do CTN. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada adivulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtidaem razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou deterceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades.§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, osseguintes:I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça;II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública,desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, noórgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a quese refere a informação, por prática de infração administrativa.§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, serárealizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feitapessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferênciae assegure a preservação do sigilo.§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a:I – representações fiscais para fins penais;II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;III – parcelamento ou moratória.

Permuta de informações sigilosas entre os entestributantes – Art. 37, XXII, da CF:

Art. 199 do CTN. A Fazenda Pública da União e as dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dostributos respectivos e permuta de informações, naforma estabelecida, em caráter geral ou específico,por lei ou convênio.Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, naforma estabelecida em tratados, acordos ouconvênios, poderá permutar informações comEstados estrangeiros no interesse da arrecadação eda fiscalização de tributos.

2 – DÍVIDA ATIVAArt. 201 do CTN. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de créditodessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativacompetente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela leiou por decisão final proferida em processo regular.Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitosdeste artigo, a liquidez do crédito.

Requisitos do termo de inscrição.Art. 202 do CTN. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pelaautoridade competente, indicará obrigatoriamente:I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como,sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente adisposição da lei em que seja fundado;IV - a data em que foi inscrita;V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar ocrédito.Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, aindicação do livro e da folha da inscrição.

Art. 585 CPC. São títulos executivos extrajudiciais:

VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública daUnião, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territóriose dos Municípios, correspondente aos créditosinscritos na forma da lei; (Redação dada pela Lei nº11.382, de 2006).

Art. 203 do CTN. A omissão de quaisquer dos requisitosprevistos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, sãocausas de nulidade da inscrição e do processo decobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá sersanada até a decisão de primeira instância, mediantesubstituição da certidão nula, devolvido ao sujeitopassivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, quesomente poderá versar sobre a parte modificada.

Presunção de legalidade, legitimidade e veracidade:Art. 204 do CTN. A dívida regularmente inscrita goza dapresunção de certeza e liquidez e tem o efeito de provapré-constituída.Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo érelativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargodo sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.

SÚMULA 392 do STJ. A Fazenda Pública podesubstituir a certidão de dívida ativa (CDA) até aprolação da sentença de embargos, quando se tratarde correção de erro material ou formal, vedada amodificação do sujeito passivo da execução.

3 – CERTIDÃO NEGATIVAArt. 205 do CTN. A lei poderá exigir que a prova daquitação de determinado tributo, quando exigível,seja feita por certidão negativa, expedida à vista derequerimento do interessado, que contenha todas asinformações necessárias à identificação de suapessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ouatividade e indique o período a que se refere opedido.

Parágrafo único. A certidão negativa será sempreexpedida nos termos em que tenha sido requerida eserá fornecida dentro de 10 (dez) dias da data daentrada do requerimento na repartição.

Súmula 446 do STJ - Declarado e nãopago o débito tributário pelocontribuinte, é legítima a recusa deexpedição de certidão negativa oupositiva com efeito de negativa.

Certidões positivas com efeitos negativos:Art. 206 do CTN. Tem os mesmos efeitos previstos noartigo anterior a certidão de que conste a existência decréditos não vencidos, em curso de cobrança executivaem que tenha sido efetivada a penhora, ou cujaexigibilidade esteja suspensa.

Dispensa de certidão negativa:Art. 207 do CTN. Independentemente de disposição legalpermissiva, será dispensada a prova de quitação detributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de práticade ato indispensável para evitar a caducidade de direito,respondendo, porém, todos os participantes no ato pelotributo porventura devido, juros de mora e penalidadescabíveis, exceto as relativas a infrações cujaresponsabilidade seja pessoal ao infrator.

Responsabilidade por expedição de certidão.

Art. 208 do CTN. A certidão negativa expedidacom dolo ou fraude, que contenha erro contra aFazenda Pública, responsabiliza pessoalmente ofuncionário que a expedir, pelo créditotributário e juros de mora acrescidos.Parágrafo único. O disposto neste artigo nãoexclui a responsabilidade criminal e funcionalque no caso couber.

(OAB, FGV)O Município Z ajuizou execução fiscal em face dapessoa jurídica X para cobrança de valores de Imposto sobrePrestação de Serviços (ISS), referentes ao ano-calendário 2013,recolhidos a menor. Verificando a improcedência de referidacobrança, o contribuinte apresenta embargos à execução, nosquais se insurge contra a pretensão da Fazenda e requer que lheseja garantida a obtenção de certidão negativa de débitos. Emgarantia da execução, o contribuinte realiza o depósito domontante integral do tributo cobrado. Os embargos à execuçãosão julgados procedentes em primeira instância e, em face dasentença, a Fazenda interpõe apelação, que aguarda julgamentopelo Tribunal.Diante do caso apresentado, responda, fundamentadamente,aos itens a seguir.A) O contribuinte tem direito à certidão negativa de débitos (ouà certidão positiva com efeitos de negativa) antes da sentençade primeira instância que lhe foi favorável?B) O contribuinte, durante o curso da apelação interposta pelaFazenda, tem direito à mesma certidão?

Gabarito FGV:A) A certidão positiva com efeitos de negativa é cabívelpor força do depósito integral do montante exigido pelaFazenda na Execução Fiscal. Já a certidão negativa não écabível, uma vez que o crédito tributário já estáconstituído. Isso é fruto da conjugação dos artigos 205 e206, do Código Tributário Nacional (CTN), combinadoscom o Art. 151, inciso II, do mesmo Código.B) Como o fundamento do direito do contribuinte àcertidão positiva com efeitos de negativa é o depósito domontante integral do débito discutido (que não é alteradopela superveniente interposição da apelação por parte daFazenda), o contribuinte continua tendo direito à certidãoem questão.

O item B somente será pontuado se a certidão correta foridentificada no item A.

FIM ...

ATÉ O 10º SEMESTRE ...

KKKKKKKKKKKK