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Prof. MÁRIO JORGE SANTOS LESSA Prof. MÁRIO JORGE SANTOS LESSA Penedo (AL), 2011 Penedo (AL), 2011 [email protected] www.mariojslessa.com. br APELAÇÃO APELAÇÃO FACULDADE RAIMUNDO MARINHO FACULDADE RAIMUNDO MARINHO CAMPUS PENEDO CAMPUS PENEDO CURSO DE DIREITO CURSO DE DIREITO

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Prof. MÁRIO JORGE SANTOS LESSAProf. MÁRIO JORGE SANTOS LESSAPenedo (AL), 2011Penedo (AL), 2011

[email protected]

www.mariojslessa.com.br

APELAÇÃOAPELAÇÃO

FACULDADE RAIMUNDO MARINHOFACULDADE RAIMUNDO MARINHO

CAMPUS PENEDOCAMPUS PENEDOCURSO DE DIREITOCURSO DE DIREITO

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ApelaçãoApelação

• Apelação é o recurso cabível contra a decisão definitiva ou com força de definitiva. Tem força de definitiva aquela que põe fim a uma etapa do procedimento sem extinguir o processo.

• V.g.: Decisão que julga o pedido de restituição de coisas apreendidas ou pedido de reabilitação. 

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• Na apelação não existe o efeito regressivo característico do RESE.

• Logo o mérito do recurso não poderá ser reanalisado pelo juiz de primeiro grau.

• Este somente fará um juízo de admissibilidade do recurso, para verificar se os pressupostos recursais estão presentes.

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• Tribunal do Júri comporta apelação?• Arts. 609 a 619 do CPP• Será utilizado quando o recurso versar

sobre crime apenado com reclusão para o procedimento recursal ordinário;

• Para o procedimento recursal sumário será utilizado quando o recurso versar sobre contravenções penais ou crimes apenados com detenção.

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Apelação no Júri• No caso do júri a apelação vem descrita

no art. 593, III, letras “a” a “d”. Nas apelações das causas decididas pelo tribunal do júri, o tribunal de justiça não poderá reformar a decisão dos jurados, pois não tem os desembargadores competência para tal, uma vez que o art. 5º, XXXVIII da CF, deixa claro que a competência é privativa do júri para julgar e processar os crimes dolosos contra a vida.

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• Nesse caso a apelação servirá, se reconhecido o direito do réu, tão somente para mandá-lo a novo júri.

• Da decisão do juiz singular o tribunal pode reformá-lo quanto ao mérito, por ser órgão de jurisdição superior.

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Prazo Para Interposição - FormaPrazo Para Interposição - Forma

• O recurso de apelação deverá ser interposto num prazo de cinco dias a contar da intimação da sentença e a petição de interposição será dirigida ao próprio juiz que prolatou a decisão para que, decidindo pelo seu recebimento, realize o juízo de admissibilidade.

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Apelação Subsidiária

• Na ação penal pública, se o Ministério Público não interpõe a apelação no quinquídio (período de cinco dias) legal, o ofendido ou seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão poderão apelar, ainda que não se tenham habilitado como assistentes, desde que o façam dentro do prazo de quinze dias, a contar do dia em que terminar o do Ministério Público.

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Sentença Absolutória – Apelo do RéuSentença Absolutória – Apelo do Réu

• O réu tem direito subjetivo para recorrer da sentença absolutória, com finalidade de modificar o fundamento legal da absolvição, firmada na insuficiência de provas para ver reconhecida a atipicidade do fato ou, então, não constituir sua conduta infração penal.

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• O que justifica esse interesse recursal é o prejuízo que decorre dos efeitos indenizatórios diversos, dos fundamentos citados, na esfera civil, mormente na satisfação do dano ex delicto" (TAPR – 4°C. - AP 150143 -7 – Rel. Airvaldo Stela Alves – j. 24.05.2001 – RT 800/698)

• Referente ao artigo 593 do CPP e seguintes.

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Apelação Plena e Limitada

• A apelação plena dar-se-á quando o reexame da causa for completo, a parte não se conforma com a decisão e pleiteia a sua reforma e ela acontece.

• A apelação ilimitada ocorre quando o recorrente pede o reexame parcial da decisão, ou na apelação plena o resultado da decisão total fique somente em parte da decisão.

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Processamento da apelaçãoProcessamento da apelação

• A apelação e interposta por termo ou petição, admitindo-se, ainda, a interposição por telex ou fax.

• Se o juiz receber o recurso determinará o seu processamento, abrindo vista para que as partes ofereçam razões e contra-razões, cada qual no prazo de 8 dias. Mas se o juiz não receber a apelação, dessa decisão denegatória caberá o RESE.

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• O prazo para interposição do recurso de apelação é de 5 dias, contados da intimação da sentença definitiva ou com força de definitiva.

• Em primeiro grau os autos serão remetidos ao tribunal competente, que por sua vez poderá reformar a decisão do juiz ou modificá-la.

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Apresentar as razões em 2ª instância• Na interposição basta declarar a vontade de

recorrer. Os fundamento do inconformismo serão aduzidos em razões, que serão entregues posteriormente.

• Artigo 581, XV - Decisão que denegar a apelação ou a julgar deserta;

• A apelação é processada em 1º grau e o juiz verificará se os pressupostos recursais estão presentes.

• Em caso afirmativo mandará processar o recurso os autos subirão ao tribunal. 

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Cabe apelação (art. 416 CPP)• Absolvição Sumária (art. 415)

• 1) Prova da inexistência do fato

• 2) Prova de não ser o réu o autor/partícipe do crime

• 3) O fato não constitui crime

• 4) Prova de circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena, salvo a hipótese do art. 26 CP (se não for a única tese de defesa)

• Obs.: Não há mais o recurso de ofício

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O réu na sentença absolutória

• Pode o réu apelar de uma sentença absolutória?

• O réu tem direito subjetivo para recorrer da sentença absolutória, com finalidade de modificar o fundamento legal da absolvição, firmada na insuficiência de provas para ver reconhecida a atipicidade do fato ou, então, não constituir sua conduta infração penal.

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• O que justifica esse interesse recursal é o prejuízo que decorre dos efeitos indenizatórios diversos, dos fundamentos citados, na esfera civil, mormente na satisfação do dano ex delicto" (TAPR – 4°C. - AP 150143 -7 – Rel. Airvaldo Stela Alves – j. 24.05.2001 – RT 800/698)

• Referente ao artigo 593 do CPP e seguintes.

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Pronúncia (art. 413 do CPP)

• O Juiz se convence da existência do crime e de indícios de autoria ou participação

• O Juiz deve evitar manifestação própria quanto ao mérito.

• Na pronúncia, o Juiz declarará o dispositivo legal, qualificadoras e causas de aumento, se houver, e arbitrará a fiança, nos casos em que for admitida.

• O Juiz decidirá sobre manutenção, revogação ou decretação da prisão provisória.

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• Preclusa a decisão de pronúncia, poderá ser alterada pela verificação de circunstância superveniente que modifique a classificação do delito, após oitiva do MP (art. 421, CPP). Ex: morte da vítima (de crime tentado para consumado)

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Efeitos da Pronúncia

• - ser o réu levado a julgamento pelo Tribunal do Júri

• - interrompe o prazo prescricional.

• - limitará a acusação em plenário no julgamento.

• Intimação da pronúncia (art. 420)

• Pessoalmente ao réu, ao defensor nomeado e ao Ministério Público.

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DespronúnciaDespronúncia

• - o Juiz, em face do recurso interposto, reconsidera a decisão, revogando a pronúncia, ou

• - se mantida a pronúncia em 1ª instância, vier o Tribunal a revogá-la.

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Ocorre a despronúncia quando:

• 1) o Juiz, em face do recurso interposto, reconsidera a decisão, revogando a pronúncia; ou

• 2) se mantida a pronúncia em 1ª instância, vier o Tribunal a revogá-la.

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Da IntimaçãoDa Intimação

• Pela imprensa ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do MP

• O acusado solto que não for encontrado será intimado por edital

• O art. 420 colocou fim à “crise de instância” • Obs: Preclusa a decisão de pronúncia

admite-se pedido de desaforamento, dirigido ao Tribunal

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Referências

• BRASIL, Constituição Interpretada pelo STF, Tribunais Superiores e Textos Legais. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2006.

• CAMPOS, Walfredo Cunha. O Novo Júri Brasileiro. São Paulo: Primeira Impressão, 2008.

• CARDELLA, Haroldo Paranhos. OLIVEIRA, Paulo Sérgio. Recursos Criminais. São Paulo: Ed. Saraiva, 2009.