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Prof. Luana lemos

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ROMANTISMO Revolução Gloriosa – (Inglaterra 1688-1689) –

limitação dos poderes do Rei. Revolução Francesa (1789-1799) – poder da

burguesia – liberdade, igualdade e fraternidade. Revolução Industrial (XVIII –XIX) – mudança no

estilo de vida – proletariado. Independência dos Estados Unidos ( 4 de julho de

1776) – direitos do homem em uma sociedade democrática

1º manifestação artística do mundo BURGUÊS

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ROMANTISMO NA ALEMANHA• Goethe assinala o início da fase romântica na

Alemanha com a publicação de Os sofrimentos do jovem Werther (1774).

Goethe

A Literatura torna-se uma ponte para um mundo estranho, misterioso e invisível.Werther transforma-se numa espécie deparadigma de herói romântico, um jovem apaixonado que suicida-se diante de um amor não correspondido.

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ROMANTISMO INGLÊS

• Na Inglaterra, Walter Scott volta ao passado medieval com Ivanhoé (1819), inaugurando o nacionalismo romântico.

Walter Scott

Pintura romântica

Ilustração de Ivanhoé

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LORD BYRONO poeta inglês LORD BYRON influenciou os jovens poetas românticos com pessimismo, melancolia e mistério, lançando o byronismo, tendência romântica que popularizou-se como o “mal do século”

ou ultra-romantismo.

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CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO

Rejeição aos ideais clássicos (greco-romanos); Exaltação da natureza e da nacionalidade; Liberdade de criação, aversão à métrica e aos

temas preestabelecidos; Sentimentalismo sob diversas manifestações:

saudade, melancolia, imaginação, individualismo, religiosidade, nacionalismo,...

Subjetividade; Individualismo, egocentrismo; Escapismo

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CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO

• Pessimismo• Historicismo• Medievalismo• Tradição popular• Crítica social• Idealização da mulher - inspiradora

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O EU ROMÂNTICO: O TEMPO E O ESPAÇO• Pág.53

• “ O eu romântico, objetivamente incapaz de resolver os conflitos com a sociedade, lança-se à evasão . No tempo, recriando uma Idade Média gótica e embruxada. No espaço, fugindo para ermas paragens ou para o Oriente exótico.

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O EU ROMÂNTICO: O TEMPO E O ESPAÇO

• A natureza romântica é EXPRESSIVA. Ao contrário da natureza árcade, DECORATIVA. Ela significa e revela. Prefere-se a noite ao dia, pois à luz crua do sol impõe-se ao indivíduo, mas é na treva que latejam as forças inconscientes da alma: o sonho, a imaginação.”

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ROMANTISMO NO BRASIL

• No Brasil, o Romantismo é inaugurado com a publicação de Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães em 1836, próximo à Proclamação da Independência (1822), num momento de afirmação da identidade nacional.

                   

                          

Gonçalves de Magalhães

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TENDÊNCIAS DO ROMANTISMO BRASILEIRO

• Indianismo e Nacionalismo – valorização do índio e da natureza;

• Regionalismo ou Sertanismo – ênfase no homem do interior;

• Mal do século ou Byronismo;• Condoreirismo – a análise política e social centrada

nas questões do abolicionismo, das lutas humanitárias, sentimentos de liberdade,...

• A problemática urbana, surgida a partir da relação indústria-operário.

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AS GERAÇÕES ROMÂNTICAS

• PRIMEIRA GERAÇÃO – nacionalista, indianista e religiosa. Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães.

• SEGUNDA GERAÇÃO – marcada pelo “mal do século”, apresenta egocentrismo exacerbado, pessimismo, satanismo e atração pela morte. Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire.

• TERCEIRA GERAÇÃO – formada pelo grupo condoreiro, desenvolve uma poesia de cunho político e social. A maior expressão deste grupo é Castro Alves.

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NACIONALISMO INDIANISTA• De 1823 a 1831, o Brasil viveu um período conturbado como

reflexo do autoritarismo de D. Pedro I:• a dissolução da Assembléia Constituinte; • a Constituição outorgada; • a Confederação do Equador; • a luta pelo trono português contra seu irmão D. Miguel; • a acusação de ter mandado assassinar Líbero Badaró;• e, finalmente, a abdicação. • Segue-se o período regencial e a maioridade prematura de

Pedro II.

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NACIONALISMO INDIANISTA• É neste ambiente confuso e inseguro que surge o Romantismo

brasileiro, carregado de lusofobia e, principalmente, de nacionalismo.

• a tentativa de diferenciar o movimento das origens européias e adaptá-lo, de maneira nacionalista, à natureza exótica e ao passado histórico brasileiros.

• Os primeiros românticos eram utópicos.• Para criar uma nova identidade nacional, buscavam suas bases no

nativismo do período literário anterior, no elogio à terra e ao homem primitivo.

• Inspirados Rousseau idealizavam os índios como bons selvagens, cujos valores heroicos tomavam como modelo da formação do povo brasileiro.

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NACIONALISMO INDIANISTACanção do exílio

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar –sozinho, à noite– Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. De Primeiros cantos (1847) Gonçalves Dias

Gonçalves Dias

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MAL DO SÉCULO-ULTRA-ROMANTISMOÁlvares de Azevedo

LEMBRANÇA DE MORRER

No more! O never more!SHELLEY

Quando em meu peito rebentar-se a fibra,Que o espírito enlaça à dor vivente,Não derramem por mim nem uma lágrimaEm pálpebra demente.

E nem desfolhem na matéria impuraA flor do vale que adormece ao vento:Não quero que uma nota de alegriaSe cale por meu triste passamento.

Eu deixo a vida como deixa o tédioDo deserto o poento caminheiro...Como as horas de um longo pesadeloQue se desfaz ao dobre de um sineiro...(...)

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CONDOREIRISMOA garça triste

Eu sou como a garça tristeQue mora à beira do rio,As orvalhadas da noiteMe fazem tremer de frio.Me fazem tremer de frioComo os juncos da lagoa;Feliz da araponga erranteQue é livre, que livre voa.Que é livre, que livre voaPara as bandas do seu ninho,E nas braúnas à tardeCanta longe do caminho.

Castro Alves

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CONDOREIRISMOCanta longe do caminho.Canta longe do caminho.Por onde o vaqueiro trilha,Por onde o vaqueiro trilha,Se quer descansar as asasSe quer descansar as asasTem a palmeira, a baunilha.Tem a palmeira, a baunilha.

Tem a palmeira, a baunilha,Tem a palmeira, a baunilha,Tem o brejo, a lavadeira,Tem o brejo, a lavadeira,Tem as campinas, as flores,Tem as campinas, as flores,Tem a relva, a trepadeira,Tem a relva, a trepadeira,

Tem a relva, a trepadeira,Tem a relva, a trepadeira,Todas têm os seus amores,Todas têm os seus amores,Eu não tenho mãe nem filhos,Eu não tenho mãe nem filhos,Nem irmão, nem lar, nem flores.Nem irmão, nem lar, nem flores..

Castro Alves

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NAVIO NEGREIRO fragmento

Era um sonho dantesco... o tombadilho Que das luzernas avermelha o brilho. Em sangue a se banhar. Tinir de ferros... estalar de açoite... Legiões de homens negros como a noite, Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães: Outras moças, mas nuas e espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs!

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NAVIO NEGREIRO fragmento

E ri-se a orquestra irônica, estridente... E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais ... Se o velho arqueja, se no chão resvala, Ouvem-se gritos... o chicote estala. E voam mais e mais...

Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece, Outro, que martírios embrutece, Cantando, geme e ri!(...)

Castro Alves

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O ROMANTISMO EM PROSA Com a Independência em 1822, os artistas e

intelectuais brasileiros empenharam-se em definir uma identidade cultural ao país. A prosa, muito mais do que a poesia procurou atingir este objetivo, valorizando os espaços nacionais e o típico brasileiro, seja através do Indianismo, do romance regional ou do plano urbano.

Em síntese, temos como principais características da prosa romântica: o sentimentalismo; a valorização da natureza; o impasse amoroso; a idealização da mulher e do herói; a linguagem metafórica; as personagens planas;...

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PÉROLAS DA PROSA ROMÂNTICA