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Prof. Arnóbio Durães
PÓS GRADUAÇÃO EM
DIREITO TRIBUTÁRIO
Profº. Arnóbio N. Araujo Durães
Outubro/2018 – Aula 2/2
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Arnóbio Neto Araújo Durães
Mestre em Controladoria e Contabilidade Estratégica,
Pós-Graduado em Contabilidade Avançada, Gerência
Financeira e Auditoria/Controladoria, Bacharel em
Ciências Contábeis pela Universidade São Francisco.
Professor universitário, em MBA e Pós-Graduação,
consultor de empresas nas áreas Tributárias, Contábil,
Fiscal e Financeira. Instrutor em diversos cursos,
palestras e seminários.
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OPÇÃO PELA TRIBUTAÇÃO
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É uma modalidade optativa de apurar o Lucro e, consequentemente, o Imposto de
Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social sobre o Lucro das empresas
que NÃO ESTIVEREM OBRIGADAS à apuração do Lucro Real.
Nota: O Lucro Presumido é a forma de tributação simplificada do Imposto de Renda (IR)
e Contribuição Social sobre o Lucro (CSL ou CSLL).
LUCRO PRESUMIDO
A sistemática de tributação pelo Lucro Presumido é regulamentada pelos artigos 516 a
528 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999).
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MOMENTO PELA OPÇÃO AO LUCRO PRESUMIDO
LUCRO PRESUMIDO : == > Regime Trimestral
Mediante pagamento do IRPJ e
da CSLL do 1º Trimestre, até o
último dia útil do mês de Abril.
CÓDIGO DO
DARF
IRPJ == > 2089
CSLL == > 2372
5(art. 516, § 5º, do RIR/1999).
No ano calendário anterior tiveram Receita Bruta total que acrescida das
DEMAIS RECEITAS E DOS GANHOS DE CAPITAL, não seja superior
a R$ 78.000.000,00
Que não estejam obrigadas à
tributação pelo Lucro Real em
função da atividade exercida
ou pela constituição societária
LIMITES :
1.996 == > R$ 12.000.000,00
1.997 == > R$ 24.000.000,00
2.003 == > R$ 48.000.000,00
2.014 == > R$ 78.000.000,00
A PARTIR DE 1999As sociedades civis;Explorem Atividades rural;Sociedades por ações cap.abert.Compra venda loteamentoQue tenham sócios no
exterior, etc..
OPÇÃO PELO
LUCRO
PRESUMIDO
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OCORRÊNCIA DE SITUAÇÃO DE OBRIGATORIEDADE AO LUCRO REAL
DURANTE O ANO CALENDÁRIO
A Pessoa Jurídica que houver pago o imposto com base no Lucro Presumido e que, em
relação ao mesmo ano calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de apuração pelo
Lucro Real por TER AUFERIDO LUCROS, RENDIMENTOS OU GANHOS DE CAPITAL
ORIUNDOS DO EXTERIOR, deverá apurar o IRPJ e CSLL sob o regime de apuração do
LUCRO REAL TRIMESTRAL, a partir inclusive, do trimestre da ocorrência do fato.
ALTERAÇAO DE REGIME TRIBUTÁRIO
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ATIVIDADES %1. Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás
natural.1,6%
1. Venda de produtos de fabricação própria.2. Venda de mercadorias adquiridas para revenda.3. Industrialização de produtos em que a matéria-prima, ou o produto intermediário ou o material
de embalagens tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização.4. Atividade rural.5. Serviços hospitalares.6. Transporte de cargas.7. Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária de imóveis construídos ou adquiridos para
revenda.8. Outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços.
8%
1. Prestação de serviços de transporte, exceto de cargas.2. Prestação exclusiva de serviços (exceto serviços hospitalares, de transporte e relativos ao
exercício de profissões legalmente regulamentadas), desde que a Receita Bruta anual daPessoa Jurídica não exceda o limite de R$ 120.000,00. Fonte: RIR/1999, art. 519, § 4º.
16%
TABELA DE PERCENTUAIS PRESUNÇÃO DO LUCRO
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ATIVIDADES %1. Prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativos ao exercício de profissão
legalmente regulamentadas.
2. Intermediação de negócios, inclusive corretagem (seguros, imóveis, etc.) erepresentação comercial .
3. Administração, locação ou cessão de bens imóveis ou direitos de qualquer natureza.
4. Construção por administração ou por empreitada de mão-de-obra.
5. Prestação de outros serviços, inclusive :
a) Serviços de suprimento de água tratada e a conseqüente coleta e tratamento deesgotos, cobradas diretamente dos usuários;
b) Exploração de rodovia mediante cobrança de preço dos usuários, envolvendoexecução de serviços de conservação, manutenção, melhoramento paracapacidade e segurança de trânsito, operação monitoramente, assistência aosusuários e outros definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão ouem normas oficiais.
32%
TABELA DE PERCENTUAIS PRESUNÇÃO DO LUCRO
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ATIVIDADES %
6. A receita bruta auferida pela pessoa jurídica decorrente da prestação de serviços em
geral, como limpeza e locação de mão de obra, ainda que sejam fornecidos os
materiais, está sujeita à aplicação do percentual de 32% (§ 21 do art. 4º da IN RFB nº
1.515/2014, nova redação dada pela IN RFB nº 1.556/2015).
32%
TABELA DE PERCENTUAIS PRESUNÇÃO DO LUCRO
Nota:
Os valores decorrentes do AVP – Ajuste a Valor Presente de que trata o inciso VIII do caput do
art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, INCLUEM-SE NA RECEITA BRUTA.
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Os ganhos de capitais
auferidos na alienação
de bens e direitos
Os rendimentos de
aplicações financeiras
Os ganhos líquidos
obtidos no mercado
de renda variável
Os juros recebidos a título de
remuneração sobre o capital
Investido em outra empresa
DEMAIS RECEITAS
E OUTROS
RESULTADOS
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Os juros ativos e os descontos
obtidos em pagamentos
de obrigações
Demais receitas,
rendimentos e
resultados positivos
No caso de diversificação de atividades de uma
mesma empresa, deverá ser adotado o percentual
de Lucratividade correspondente a cada uma dela.
DEMAIS RECEITAS
E OUTROS
RESULTADOS
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1. Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre Pessoas Jurídicas
controladoras, controladas, coligadas ou interligadas;
2. Os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de valores,
de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;
3. A receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da Pessoa Jurídica;
4. Os juros equivalentes à taxa Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a
impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
5. O valor correspondente ao Lucro Inflacionário realizado no período em conformidade com o
disposto no art. 36 da IN SRF nº 93, de 1997;
TODOS DEMAIS RESULTADOS POSITIVOS OBTIDOS PELA PESSOA JURÍDICA
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6. Multas e outras vantagens por rescisão contratual;
7. Os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no
recebimento de créditos, salvo se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em
período anterior no qual tenha se submetido à tributação com base no Lucro Real, ou
que tais valores se refiram a período a que tenha se submetido ao Lucro Presumido ou
Arbitrado;
8. A diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de
instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor
dos bens e direitos que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio.
TODOS DEMAIS RESULTADOS POSITIVOS OBTIDOS PELA PESSOA JURÍDICA
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SOBRE A RECEITA BRUTA PODE-SE EXCLUIR1 Vendas canceladas ou anuladas;
2 Devoluções de vendas;
3 Descontos concedidos incondicionalmente;
4 Receita de Equivalência Patrimonial (investimento interno);
5 Receita de dividendos (quando transita pela DRE);
6 IPI cobrado destacadamente do comprador;
7ICMS, IPI, COFINS, quando devidos pelo contribuinte substituto no regime desubstituição tributária;
8Saídas que não decorram de vendas, como por exemplo transferências demercadorias pra outros estabelecimentos da mesma empresa.
DEDUÇÕES NO LUCRO PRESUMIDO
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APROPRIAÇÃO PELO REGIME DE CAIXA
A receita proveniente de vendas de bens ou direitos ou de prestação de serviços, cujo
preço seja recebido a prazo ou em parcelas, PODERÁ ser computada na base de
cálculo do Lucro Presumido somente NO MÊS DO EFETIVO RECEBIMENTO.
Nota: É importante lembrar que o Regime de “ Caixa ” distorce o resultado contábil
das empresas, porém em algumas situações pode ser mais vantajoso do ponto de
vista tributário.
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REGIME DE CAIXA OU COMPETÊNCIA
O Lucro Presumido será determinado pelo regime de competência ou de caixa.
A Pessoa Jurídica, optante pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido, que
adotar o critério de reconhecimento de suas receitas de venda de bens ou direitos ou de
prestação de serviços com pagamento a prazo ou em parcelas na medida do recebimento
e mantiver a escrituração do livro Caixa, deverá:
I. Emitir a nota fiscal quando da entrega do bem ou direito ou da conclusão do serviço;
II. Indicar, no livro Caixa, em registro individual, a nota fiscal a que corresponder cada
recebimento.
Fonte: Art. 223 da IN RFB nº 1.700/2017.17
REGIME DE CAIXA OU COMPETÊNCIA
A Pessoa Jurídica que mantiver escrituração contábil, na forma da legislação comercial,
deverá controlar os recebimentos de suas receitas em conta específica, na qual, em cada
lançamento, será indicada a nota fiscal a que corresponder o recebimento.
Os valores recebidos adiantadamente, por conta de venda de bens ou direitos ou da
prestação de serviços, SERÃO COMPUTADOS COMO RECEITA do mês em que se der
o faturamento, a entrega do bem ou do direito ou a conclusão dos serviços, O QUE
PRIMEIRO OCORRER.
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REGIME DE CAIXA OU COMPETÊNCIA
Fonte: Art. 224 da IN RFB nº 1.700/2017.
A Pessoa Jurídica que apura o IRPJ com base no resultado Presumido somente
poderá adotar o regime de caixa, na hipótese de adotar esse mesmo regime para
apurar a CSLL, o PIS/Pasep e a COFINS com base no Lucro Presumido.
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ALÍQUOTA – IRPJ – IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA
O imposto devido em cada trimestre é calculado mediante a aplicação da alíquota de
15% (quinze por cento) sobre a base de cálculo.
AIR - ADICIONAL DE IMPOSTO DE RENDA
A parcela do Lucro Presumido que exceder ao resultado da multiplicação de
R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número dos meses do respectivo período de apuração
sujeita-se à incidência do adicional à alíquota de 10% (dez por cento).
DETERMINAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO
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Alíquota
A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido devida em cada trimestre é calculado
mediante a aplicação da alíquota de 9% (nove por cento) sobre a base de cálculo.
Além do IRPJ, a empresa optante pelo Lucro Presumido deverá recolher a
Contribuição Social sobre o Lucro Presumido (CSLL), também pela forma presumida.
Escolhida a opção, deverá proceder á tributação, tanto do IRPJ quanto da CSLL, pela
forma escolhida.
CSLL – LUCRO PRESUMIDO
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A partir de 01.09.2003, por força do art. 22 da Lei 10.684/2003, a base de cálculo da
CSLL, devida pelas Pessoas Jurídicas optantes pelo Lucro Presumido corresponderá a:
Da Receita Bruta nas atividades comerciais,
industriais, serviços hospitalares e de
transporte.
12%
CSLL – LUCRO PRESUMIDO
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32%
Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços
hospitalares e transporte
Intermediação de negócios
Administração, locação ou cessão de bens imóveis,
móveis e direitos de qualquer natureza
CSLL – LUCRO PRESUMIDO
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DEDUÇÕES PERMITIDAS
PODERÃO SER DEDUZIDAS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
a) Da CSLL retida por órgão público, autarquia, fundação da administração pública
federal, sociedade de economia mista, empresa pública e demais entidades em
que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto, e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam
obrigadas a registrar sua execução orçamentária e financeira na modalidade total
no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI;
Fonte: Art. 16 da IN SRF nº 390/2004.
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DEDUÇÕES PERMITIDAS
b) Da CSLL retida por outra Pessoa Jurídica de direito privado sobre receitas auferidas,
no período, pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção,
segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão de obra, pela
prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, bem como, pela
remuneração de serviços profissionais.
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PRAZO DE RECOLHIMENTO
A CSLL será paga nos mesmos prazos fixados para o pagamento do IRPJ.
Isto significa que, a CSLL devida será paga em quota única, ATÉ O ÚLTIMO DIA ÚTIL
DO MÊS SUBSEQUENTE ao do encerramento do período de apuração, utilizando o
CÓDIGO 2372.
A referida contribuição poderá ser paga em até três quotas mensais, iguais e sucessivas,
vencíveis no último dos três meses subsequentes ao do encerramento do período de
apuração. O valor de cada quota não poderá ser inferior a R$ 1.000,00 por mês.
Fonte: Art. 32 e 33 da IN SRF nº 390/2004.26
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PRAZO DE RECOLHIMENTO
O IRPJ devido, apurado no final do trimestre, será pago em quota única, ATÉ O
ÚLTIMO DIA ÚTIL DO MÊS SUBSEQUENTE ao do encerramento do período de
apuração, utilizando o CÓDIGO 2089.
O referido imposto poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas,
vencíveis no último dos três meses subsequentes ao do encerramento do período de
apuração.
O valor de cada quota não poderá ser inferior a R$ 1.000,00.
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IMPOSTO PAGO A MAIOR OU INDEVIDAMENTE
No caso em que o valor retido na fonte ou já pago pelo contribuinte for maior que o
imposto devido no período de apuração trimestral, A DIFERENÇA A MAIOR
PODERÁ SER COMPENSADA com o imposto relativo aos períodos de apuração
subsequentes.
Fonte: Art. 526, parágrafo único, do RIR/1999.
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RECEITA OPERACIONAL BRUTA ( - ) Deduções( Impostos s/Vendas e Devoluções)( - ) AVP (Lei 12.973/2014) ( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA( - ) CPV , CMV e CSP ( = ) LUCRO BRUTO ( - ) Despesas Operacionais
Vendas Administrativas Tributárias Outras Despesas Operacionais Resultado de Equivalência Patrimonial
( = ) Resultado Antes das Despesas e Receitas Financeiras( + ) Receitas Financeiras ( - ) Despesas Financeiras( = ) RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS ( - ) Provisão para o IR e CS ( =) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
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DEMONSTRATIVO DE RESULTADO
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3. Novo conceito de receita bruta
A Lei nº 12.973/2014, em seu art. 2º definiu um novo conceito de Receita Bruta
estabelecida no art. 12 do Decreto-lei nº 1.598/1977 (art. 3º da IN RFB nº 1.515/2014).
A receita bruta compreende:
I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;
II - o preço da prestação de serviços em geral;
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não
compreendidas nos incisos I a III.
NOVO CONCEITO DE RECEITA BRUTA
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3. Novo conceito de receita bruta
A novidade aqui é a inclusão no conceito de Receita Bruta do inciso IV – “as
receitas da atividade ou objeto principal da Pessoa Jurídica, não
compreendidas nos incisos I a III”.
A Lei nº 12.973/2014 não definiu o alcance desse novo inciso.
Entendemos que, este inciso, alcança somente as operações de natureza
principal objetivando aperfeiçoar a definição da Receita Bruta.
NOVO CONCEITO DE RECEITA BRUTA
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3. Novo conceito de receita bruta
A Receita Líquida será a Receita Bruta diminuída de
Devoluções e vendas canceladas;
Descontos concedidos incondicionalmente;
Tributos sobre ela incidentes; e
Valores decorrentes do AVP - Ajuste a Valor Presente, de que trata o inciso VIII do
caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações
vinculadas à receita bruta.
NOVO CONCEITO DE RECEITA BRUTA
Do art. 183 da LSA – “os elementos do ativo decorrentes de operações de longo
prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver
efeito relevante”. 32
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3. Novo conceito de receita bruta
Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados,
destacadamente, do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo
prestador dos serviços na condição de mero depositário.
Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores
decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art.
183 da Lei nº6.404, de 1976, das operações principais da atividade da empresa.
NOVO CONCEITO DE RECEITA BRUTA
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Nota: Para a apuração da base de cálculo da CSLL, nas Prestadoras de Serviços
(com algumas exceções), o percentual de presunção será sempre de 32,00%, NÃO
TENDO O BENEFÍCIO DE REDUÇÃO para o faturamento anual de até R$
120.000,00, como ocorre com o IRPJ, para as prestadoras de serviços citadas.
PREJUÍZO FISCAL
No regime do Lucro Presumido, NÃO HÁ COMPENSAÇÃO de base de cálculo negativa
da CSLL bem como de Prejuízo Fiscal, visto que a tributação se dá pelo faturamento.
Porém, nos casos em que a PJ tenha sido tributada em períodos anteriores com base no
Lucro Real, caso haja saldo de base de cálculo negativa e prejuízo fiscal, quando da
entrada no Lucro Presumido, poderá manter em seus registros fiscais, para
compensação quando retornar ao Lucro Real.
CSLL – LUCRO PRESUMIDO
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Calcule o IRPJ e a CSLL do 1º trimestre 2015 de uma empresa tributada pelo Lucro
Presumido de acordo com as informações abaixo:
MêsVenda
MercadoriaPrestação Serviço
Rendimentos de Aplicação Financeira resgatadas
IRRF
Jan 14.000,00 200.000,00 170,00 750,00
Fev 6.500,00 230.000,00 800,00 85,00
Mar 6.200,00 120.000,00 12.000,00 230,00
Total 26.700,00 550.000,00 12.970,00 1.065,00
EXERCÍCIO Nº 1
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 1
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 1
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 1
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Uma empresa iniciou suas atividades em maio de 2017. Sua receita total, no
ano de 2017 foi de R$ 55.000.000,00. Esta empresa poderá optar pelo Lucro
Presumido em 2018? Justifique sua resposta?
EXERCÍCIO Nº 2
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 2
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EXERCÍCIO Nº 3
CALCULAR O IMPOSTO DE RENDA devido por uma Pessoa Jurídica optante pela tributação com
base no Lucro Presumido que no PRIMEIRO TRIMESTRE do ano de 2017 apresentou os seguintes
dados em seus registros:
1. Auferiu receita com vendas de mercadorias no valor total de R$ 427.500,00;
2. Auferiu receita com a prestação de serviço no valor de R$ 28.500,00;
3. Percebeu rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa de R$ 3.325,00, sobre os quais foi
retido Imposto de Renda na Fonte de R$ 665,00;
4. Vendeu bens do Ativo Permanente, tendo apurado nessa transação ganho de capital de
R$ 8.550,00 e
5. Não percebeu outras receitas ou resultados nem teve qualquer outro valor que devesse ser
computado na base de cálculo do imposto. 4242
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3
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CÁLCULO DO IRPJ VALOR
Receita Bruta do Trimestre R$ 350.000,00
(x)% da atividade ( serviços ) 32,00%
(=) Base presumida R$ 112.000,00
(+) Outras receitas R$ 30.000,00
(=) Base Presumida do IRPJ R$ 142.000,00
(x)% de Imposto de Renda 15,00%
(=) Imposto de renda R$ 21.300,00
(-) Limite adicional ( $ 142.000 - $ 60.000 ) R$ 82.000,00
(x) % do adicional do Imposto de Renda 10,00%
( = ) Adicional do Imposto de Renda R$ 8.200,00
( = ) Total do IRPJ + Adicional R$ 29.500,00
( - ) Retenção do IRRF só de serviços profissionais. xxxxxxxxxxxxx
IRPJ – EXEMPLO DE CÁLCULO LUCRO PRESUMIDO
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CÁLCULO DA CSLL VALOR
Receita Bruta do mês R$ 350.000,00
(x) % da atividade ( serviços ) 32,00%
(=) Base presumida R$ 112.000,00
(+) Outras receitas R$ 34.000,00
(=) Presumida do CSLL R$ 146.000,00
(x) % da CSLL 9,00%
(=) Total da CSLL R$ 13.140,00
(-) Retenção na fonte da CSLL R$ 2.000,00
(=) CSLL a recolher R$ 11.140,00
CSLL - EXEMPLO CÁLCULO LUCRO PRESUMIDO
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LUCROS OU DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS AOS SÓCIOS
A Legislação do IR estabelece que os valores pagos a sócios ou acionistas ou a titular
da empresa tributada pelo Lucro Presumido, a título de lucros ou dividendos, FICAM
ISENTOS DO IRRF, independentemente da apuração contábil.
Obs : Essa isenção, alcança somente o valor da base de cálculo do IRPJ, deduzido
do valor devido relativo ao IRPJ, CSLL, PIS e COFINS.
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LUCROS OU DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS AOS SÓCIOS
De acordo com o IN RFB nº 1.700/2017, não estão sujeitos ao imposto sobre a renda
os lucros e dividendos pagos ou creditados a sócios, acionistas ou titular de empresa
individual.
A referida isenção somente se aplica em relação aos lucros e dividendos distribuídos
por conta de lucros apurados no encerramento de período-base ocorrido a partir do
mês de janeiro de 1996.
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LUCROS OU DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS AOS SÓCIOS
No caso de Pessoa Jurídica tributada com base no Lucro Presumido, poderá ser
distribuído, SEM INCIDÊNCIA DE IMPOSTO
I. O valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e
contribuições a que estiver sujeita a Pessoa Jurídica;
II. A parcela de lucros ou dividendos excedentes ao valor determinado no item I,
DESDE QUE A EMPRESA DEMONSTRE, ATRAVÉS DE ESCRITURAÇÃO
CONTÁBIL feita com observância da lei comercial, que o lucro efetivo é maior que
o determinado segundo as normas para apuração da base de cálculo do imposto
pela qual houver optado, ou seja, o Lucro Presumido.
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LUCROS OU DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS AOS SÓCIOS
Utilizando os mesmos dados do Exercício nº 3, e considerando ainda, que, naquele
trimestre, a CSLL sobre o Lucro, o PIS e a Cofins devidos pela empresa fossem,
respectivamente, de R$ 6.506,55, R$ 2,985,61 e R$ 13,779,72, teríamos:
Base de cálculo do IRPJ devido no trimestre R$ 55.195,00
( - ) IRPJ devido (R$ 8.279,25)
( - ) CSLL devida no trimestre (R$ 6.506,55)
( - ) PIS devido no trimestre (R$ 2.985,61)
( - ) Cofins devida no trimestre (R$ 13.779,75)
( = ) VALOR DISTRIBUÍVEL COM ISENÇÃO DO IMPOSTO == > R$ 23.643,8451
EXERCÍCIO Nº 4
3º TRIMESTRE DE 2017 VALOR
Venda de mercadoria no trimestre 3.000.000,00
Venda de serviços no trimestre 500.000,00
Renda com aplicação financeira 20.000,00
Descontos obtidos 5.000,00
Ganho de Capital 30.000,00
Despesas Operacionais 600.000,00
IRRF sobre Aplicação Financeira 4.000,00
Com os dados baixo e admitindo que esta empresa trabalha com a sistemática do Lucro
Presumido, determine o valor efetivo do Impostos de Renda e da Contribuição Social a pagar.
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 4
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 4
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 4
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 4
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TRIBUTAÇÃO DE PIS E COFINS
As empresas do Lucro Presumido devem apurar e recolher as contribuições para o
PIS/Pasep e Cofins no regime cumulativo (art. 8º da Lei nº 10.637/2002 e art. 10 da Lei
nº 10.833/2003).
A legislação que trata desse regime de tributação é a Lei nº 9.718/1998.
O período de apuração do PIS/Pasep e da COFINS é mensal (art. 2° da LC n° 70/1991 e
art. 2° da Lei n° 9.71519/98).
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TRIBUTAÇÃO DE PIS E COFINS
As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS serão calculadas com base
no seu faturamento mensal (art. 2º da Lei nº 9.718/1998).
O faturamento corresponde à receita bruta da Pessoa Jurídica.
(art. 3º da Lei nº 9.718/1998).
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BASE DE CÁLCULO
A Receita Bruta compreende (art. 12 do DL nº 1.598/1977):
I. O produto da venda de bens nas operações de conta própria;
II. O preço da prestação de serviços em geral;
III. O resultado auferido nas operações de conta alheia; e
IV. As receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não
compreendidas nos incisos I a III.
59
BASE DE CÁLCULO
EXCLUEM-SE DA RECEITA BRUTA (§ 2º do art. 3º da Lei nº 9.718/1998, com nova
redação dada pelo art. 52 da Lei 12.973/2014):
a) As vendas canceladas e devolvidas;
b) Os descontos incondicionais concedidos;
c) As receitas brutas isentas;
d) As receitas brutas de alíquota zero;
e) As receitas brutas suspensas;
60
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BASE DE CÁLCULO
f) As reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que
não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de
investimento pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de
participações societárias, que tenham sido computados como receita bruta;
g) A receita decorrente da venda de bens classificados no ativo não circulante que
tenha sido computada como receita bruta; e
h) A receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou melhoramento
da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de
exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos.61
EXEMPLO:
Receita bruta na venda de bens nas operações de conta própria 800.000
Receita bruta na prestação de serviços em geral 700.000
Receita bruta nas operações de conta alheia 600.000
Receitas bruta nas atividades ou objeto principal da pessoa jurídica, não
compreendida acima500.000 NOVO
( = ) RECEITA BRUTA 2.600.000
( - ) Devoluções 400.000
( - ) Descontos Incondicionais 300.000
( - ) Tributos Incidentes 200.000
( - ) Ajuste a Valor Presente 100.000 NOVO
( = ) RECEITA LÍQUIDA 1.600.00062
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EXEMPLO:
Com base nestes dados, a base de cálculo do PIS/COFINS será de:
Receita Bruta R$ 2.600.000,00
( - ) Devoluções R$ 400.000,00
( - ) Descontos Incondicionais R$ 300.000,00
( = ) Base de Cálculo para PIS/COFINS R$ 1.900.000,00
63
Sobre a base de cálculo aplicam-se as seguintes alíquotas:
a) 0,65% para PIS/Pasep;
b) 3,00% para Cofins.
ALÍQUOTAS
64
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Do valor a pagar poderão ser deduzidas as contribuições retidas na fonte em
decorrência da prestação de serviços e de venda de bens, via DARF, sem
acréscimo da taxa Selic (arts. 30, 33 e 34 da Lei n° 10.833/2003).
Se o valor da contribuição retida na fonte exceder o valor da respectiva
contribuição a pagar no mesmo mês de apuração, A PARCELA EXCEDENTE
PODERÁ SER COMPENSADA OU RESTITUÍDA com outros tributos e
contribuições administrados pela RFB (art. 5º da Lei nº 11.727/2008).
DEDUÇÕES PERMITIDAS
65
EXEMPLO:
Valor da contribuição $ 3.000
(-) Valor retido no mês ($ 3.500)
(=) Parcela excedente $ 500
Ou seja, o contribuinte poderá compensar a parcela excedente de $ 500 de duas
maneiras, a saber:
a) com a própria contribuição, mediante DARF; ou
b) com outros impostos e contribuição administrados pela RFB, via Per/Dcomp.
DEDUÇÕES PERMITIDAS
66
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O PIS/Pasep e COFINS devem ser pagos até o vigésimo quinto dia do mês
subsequente ao de ocorrência do fato gerador (art. 18 da MP nº 2.158-35/2001,
redação dada pelo art. 1º da Lei nº 11.933/2009).
Se o dia 25 não for útil, as contribuições serão recolhidas para o primeiro dia
útil que o anteceder.
PRAZO DE RECOLHIMENTO
67
No campo 04 do DARF deverá ser preenchido com os seguintes códigos:
a) PIS/Pasep: 8109 - Faturamento - Cumulativo
b) COFINS: 2172 - Faturamento - Cumulativo
CÓDIGOS DE ARRECADAÇÃO
68
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Vamos supor que empresa mercantil, sujeita ao regime cumulativo das
contribuições, tenha auferido as seguintes receitas no mês:
Revenda de Mercadorias 18.000,00
Venda de bens do ativo Imobilizado 6.000,00
Desconto obtido 3.000,00
Rendimento de aplicação financeira 700,00
Juros ativos 500,00
Reversão de provisão 1.000,00
Juros sobre capital próprio 25.000,00
Total das receitas auferidas 54.200,00
EXEMPLO PRÁTICO
69
VALOR DEVIDO:
PIS/Pasep
R$ 18.000,00 X 0,65% = R$ 117,00
COFINS
R$ 18.000,00 X 3,00% = R$ 540,00
EXEMPLO PRÁTICO
70
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Os contribuintes do PIS/COFINS no regime cumulativo devem enviar,
mensalmente, para Receita Federal do Brasil, as seguintes obrigações acessórias:
a) DCTF == > Onde informa o valor do débito já líquido das retenções sofridas, bem
como a forma da quitação do débito (DARF, compensação, parcelamento ou
suspensão).
b) EFD == > Contribuições – onde informa o valor a recolher das contribuições por
meio de uma escrituração digital que será gerada através de uma base de dados.
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
71
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Com base na DRE apresentada, apurar o valor do PIS/COFINS.
Notas:
1ª) As aplicações financeiras não foram resgatadas; e
2ª) A tributação das variações cambiais está sendo apurada pelo regime de caixa.
EXERCÍCIO Nº 5
73
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXECÍCIORECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS
Venda de Mercadorias 500.000Prestação de Serviços em geral 300.000
800.000DEDUÇÕES DE VENDAS
ICMS -90.000ISS -15.000Devolução de Vendas -77.000
RECEITAS OPERACIONAIS LÍQUIDAS 618.000
CUSTO DAS VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS -320.000LUCRO BRUTO 298.000DESPESAS OPERACIONAISDESPESAS DE VENDAS
Despesas de salários e Encargos Sociais -15.000Despesas de Propaganda e Publicidade -3.000
DESPESAS ADMINISTRATIVASDespesas de Salários e Encargos Sociais -10.000Despesas Diversas -4.000Despesas de Doações -1.500Despesas de Brindes -500Despesas com Alimentação dos Trabalhadores Líquidas -3.500Despesas com Vale Transporte Líquidas -2.500
DESPESAS FINANCEIRASVariações Cambiais Passivas -2.500Juros Passivos -800
RECEITAS FINANCEIRASRendimentos s/Aplicações Financeiras 4.000Juros s/Capital Próprio 2.000Variações Cambiais Ativas 500
OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) Receitas de Dividendos 5.000Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial 15.000Receitas Eventuais 4.000Ganho na Venda de Imobilizado 3.000Perdas por Desvalorização em Investimentos -2.200
LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO E CONTRIBUIÇÃO 286.00074
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 5
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 5
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OPÇÃO PELA TRIBUTAÇÃO
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LUCRO REAL
É o Lucro Contábil apurado, conforme a Legislação Societária (Lei 6.404/76), ajustados
pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal
vigente, ou seja, Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº 3000/99 – Art. 247.
BASE LEGAL PARA O LUCRO REAL
Decreto nº 3000 de 26/03/1999 : Arts. 246 a 515
CONCEITUANDO LUCRO REAL
78
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EMPRESAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL
Estão obrigadas à apuração do LUCRO REAL no ano de 2016 e, portanto, ficam impedidas
de optar pelo LUCRO PRESUMIDO as Pessoas Jurídicas:
1. Cuja Receita Total, no ano anterior, tenha sido superior ao limite de R$78 milhões;7
2. Atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil,
cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta;79
EMPRESAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL
3. Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do Exterior;
(oriundos de aplicação, filiais ou de participações societárias IN SRF 213/02)
4. Usufruam benefícios fiscais do IRPJ, calculados com base no Lucro Da Exploração;
5. No ano, tenham efetuado pagamento mensal do IRPJ pelo Regime De Estimativa;
6. Que explorem as atividades de FACTORING;
7. Que sejam Sociedade Propósito Específico formada por PME optantes Simples Nacional;
80
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EMPRESAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL
8. Que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiro e
agronegócio;
9. Agências de fomento referidas no art. 1º da MP nº 2.192-70/2001.
As agências de fomento são instituições financeiras não bancárias, regulamentadas
BACEN.
10.Dediquem à construção, incorporação, compra e venda de imóveis que tenham custo
orçado.
81
Sobre essa base de cálculo (Lucro Real/ para IRPJ) aplica-se o percentual de 15% (mais
adicional de 10%), e de 9% para a CSLL.
LUCRO REAL
TRIMESTRAL ANUAL
No regime do Lucro Real TRIBUTA-SE O LUCRO
(receitas menos despesas necessárias e comprovadas),
o qual é obtido pela contabilidade e AJUSTADO de
acordo com a legislação fiscal, via LALUR/LACS (com
as adições e exclusões).
82
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MOMENTO PELA OPÇÃO AO LUCRO REAL
LUCRO REAL REGIME ANUAL :
Antecipações mensais com base em
Balancete ou Receita Bruta.
Mediante pagamento do IRPJ
e da CSLL até o último dia do
mês de Fevereiro.
LUCRO REAL REGIME TRIMESTRAL:
Antecipações trimestrais com base em
Balancete ou Receita Bruta.
Mediante pagamento do IRPJ
e da CSLL até o último dia do
mês de Abril.
83
MOMENTO PELA OPÇÃO AO LUCRO REAL
Nota: Pessoa Jurídica com Prejuízo Fiscal durante o ano: == > Opção se dará na entrega da
ECF, com evidência antecipada na DCTF mensal.
CÓDIGODARF
REGIME DE TRIBUTAÇÃO
5993 IRPJ - PJ NÃO OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ESTIMATIVA MENSAL
3373 IRPJ - PJ NÃO OBRIGADAS AO LUCRO REAL - BALANÇO TRIMESTRAL
0220IRPJ - PJ OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ENTIDADES NÃO FINANCEIRAS BALANÇO TRIMESTRAL
2362IRPJ - PJ OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ENTIDADES NÃO FINANCEIRAS ESTIMATIVA MENSAL
1599IRPJ - PJ OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ENTIDADES FINANCEIRAS BALANÇO TRIMESTRAL
2319IRPJ - PJ OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ENTIDADES FINANCEIRAS ESTIMATIVA MENSAL 84
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1. LUCRO REAL TRIMESTRAL
É apurado na forma da Lei 9.430/96. A Pessoa Jurídica terá que apurar o resultado
tributável a cada trimestre, o qual, em termos práticos, será considerado como um
exercício diferente, embora na Declaração de Informações da Pessoal Jurídica – DIPJ,
apresentada anualmente, (atualmente substituída pela ECF) conste o resultado dos quatro
trimestres.
No Lucro Real Trimestral, o Lucro do trimestre anterior NÃO PODE SER COMPENSADO
com o Prejuízo Fiscal de trimestres seguintes, ainda que dentro do mesmo ano calendário.
O Prejuízo Fiscal de um trimestre só poderá reduzir até o limite de 30% do Lucro Real
dos trimestres seguintes.
OPÇÃO E FORMA DE TRIBUTAÇÃO
85
LUCRO REAL TRIMESTRAL
Exemplo 1: Empresa que inicia atividade em janeiro de 2016: estimada a alíquota da CSLL e
do IRPJ em 30%, hipoteticamente sobre o Lucro já ajustado.
DADOS 1º TRIM. 2º TRIM. 3º TRIM. 4º TRIM. SOMA
Lucro (80.000,00) (50.000,00) 90.000,00 30.000,00 (10.000,00)
Compensação -o- -o- (27.000,00) (9.000,00)
Base de Cálculo (80.000,00) (50.000,00) 63.000,00 21.000,00
Tributos -o- -o- 18.900,00 6.300,00 25.200,00
86
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LUCRO REAL TRIMESTRAL
Nota 1: Se tomarmos todo o ano-calendário, percebemos que a empresa fechou
no vermelho (R$ 10.000,00 de prejuízo), no entanto pagou R$ 25.200,00
( R$ 18.900,00 + R$ 6.300,00 ), QUE É DEFINITIVO. Se estivesse no Lucro Anual, o
tributo não seria devido, visto que o Prejuízo Fiscal apurado no decorrer do ano
seria compensado sem o limite de 30%.
87
LUCRO REAL TRIMESTRAL
Exemplo 2: Empresa que inicia atividade em janeiro de 2016: estimada a alíquota
da CSLL e do IRPJ em 30%, hipoteticamente sobre o Lucro já ajustado.
DADOS 1º TRIM. 2º TRIM. 3º TRIM. 4º TRIM. SOMA
Lucro 80.000,00 50.000,00 (100.000,00) (40.000,0)0 (10.000,00)
Tributos 24.000,00 15.000,00 -o- -o- 39.000,00
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2. LUCRO REAL ANUAL
ESTIMATIVA MENSAL – Na apuração do Lucro Real Anual, a Pessoa Jurídica contribuinte
deverá antecipar o pagamento mensalmente, apurando o valor por estimativa, calculando
através da aplicação de PERCENTUAL SOBRE O FATURAMENTO E DEMAIS
RECEITAS MENSAIS, percentual este que ira variar de acordo com atividade da Pessoa
Jurídica – REGRA IDÊNTICA À APURAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO.
Art. 223 RIR/99
OPÇÃO E FORMA DE TRIBUTAÇÃO
89
2.1. LUCRO REAL ANUAL
LUCROS ACUMULADOS – Na apuração do Lucro Real Anual, a Pessoa Jurídica
contribuinte poderá a qualquer momento, efetuar um balancete de SUSPENSÃO OU
REDUÇÃO, a fim de verificar se o valor que está sendo pago justifica-se, ou se estar
antecipando menos imposto, comparado com o apurado com a base no faturamento e
demais receitas mensais. Assim a função do levantamento do balancete é de suspendes
ou reduzir o pagamento do imposto, confrontando o que for apurado com o que já foi
pago.
Art. 230 RIR/99 e art. 35 da Lei 8.981/95 e Lei 9.065/95.)
OPÇÃO E FORMA DE TRIBUTAÇÃO
90
Prof. Arnóbio Durães
EXEMPLO
Com os dados apresentados a seguir e admitindo que a empresa é tributada através
do Lucro Real Anual e que não há ajustes a serem realizados no LALUR,
efetuaremos os cálculos do Imposto de Renda, do adicional de Imposto de Renda
se houver, bem como o cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, SOB
OS DOIS REGIMES APRESENTADOS NAS EXPLICAÇÕES ANTERIORES, ou
seja, Lucro Real Anual pelo Balancete de Redução e Suspensão bem como pelo
Lucro Real Anual pelo Regime por Estimava
91
DRE – JANEIRO DE 2017
DESCRIÇÃO VALOR EM R$
Venda de Mercadorias 1.000.000,00
Venda de Serviços 700.000,00
FATURAMENTO 1.700.000,00
( - ) Vendas canceladas – mercadorias (150.000,00)
( - ) Descontos incondicionais – serviços (100.000,00)
( - ) Imposto sobre vendas (hipótese) (330.000,00)
( = ) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 1.120.000,00
( - ) Custo das mercadorias e serviços (340.000,00)
( = ) LUCRO BRUTO 780.000,00
Despesas Operacionais
Com vendas (100.000,00)
Administrativas (180.000,00)
Financeiras (50.000,00)
Tributárias (15.00,00)92
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DRE– JANEIRO DE 2017
DESCRIÇÃO VALOR EM R$
RECEITAS OPERACIONAIS
Renda com aplicação financeira 31.000,00
Juros sobre patrimônio líquido 5.000,00
( = ) LUCRO OPERACIONAL 471.000,00
Ganho de capital 10.000,00
Receita de aluguel 6.000,00
( = ) RESULTADO ANTES DA CSLL 487.000,00
( - ) Provisão para CSLL (43.830,00)
( = ) RESULTADO ANTES DO IRPJ 443.170,00
( - ) Provisão para IRPJ (119.750,00)
( = ) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 323.420,0093
LUCRO REAL ANUAL - BALANCETE SUSPENSÃO
Nota : O AIR de 10% é devido sobre a parcela do período em curso quando ultrapassar o valor de
R$ 20.000,00 multiplicado pelo número de meses do período compreendido. Assim, o lucro em janeiro
excedente de R$ 20.0000,00, em fevereiro excedente a R$ 40.000,00, em março excedente a
R$ 60.000,00,...... Em dezembro excedente a R$ 240.000,00, estará sujeito ao AIR.
Em janeiro de 2017 não houve ajustes ao Lucro, bem como a empresa não possui prejuízo fiscal nem
base de cálculo negativa da CSLL .
A CSLL devida == > R$ 487.000,00 x 9% ======== > R$ 43.830,00
IRPJ devido === > R$ 487.000,00 x 15% ======== > R$ 73.050,00
ADIC. IRPJ => (R$ 487.000,00 – R$ 20.000,00) X 10% = > R$ 46.700,00
TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA ================== > R$ 119.750,00
Obs: == > A CSLL é indedutível para o cálculo do IRPJ.
94
Prof. Arnóbio Durães
DESCRIÇÃO CSLL IRPJ
Valor R$ % B. Cálculo Valor R$ % B. Cálculo
Vendas Merc. 850.000,00 12% 102.000,00 850.000,00 8% 68.000,00
Vendas Serviços 600.000,00 32% 192.000,00 600.000,00 32% 192.000,00
Receita Financ. 31.000,00 100% 31.000,00
Juros s/ PL 5.000,00 100% 5.000,00
Ganhos Capital 10.000,00 100% 10.000,00 10.000,00 100% 10.000,00
Receita Aluguel 6.000,00 100% 6.000,00 6.000,00 100% 6.000,00
(=)BASE DE CÁLCULO 346.000,00 276.000,00
Alíquotas 9% 31.140,00 15% 41.400,00
AIR 10% X $ 256.000,00 ( $ 276 – $ 20 ) 10% 25.600,00
CSLL E IRPJ DEVIDOS 31.140,00 67.000,00
LUCRO REAL ANUAL - PAGAMENTO POR ESTIMATIVA
95
QUADRO COMPARATIVO - JANEIRO DE 2017
TRIBUTO BALANCETE ESTIMATIVA
CSLL Apurada R$ 43.830,00 R$ 31.140,00
IRPJ Apurado R$ 119.750,00 R$ 67.000,00
TOTAL R$ 163.580,00 R$ 98.140,00
LUCRO REAL ANUAL – BALANCETE X ESTIMATIVA
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Prof. Arnóbio Durães
Nota: No exemplo apresentado, notamos que o pagamento por estimativa é muito mais
econômico referente ao mês de Janeiro-2017. A economia é de:
R$ 65.440,00 ( $ 163.580,00 - R$ 98.140,00 ).
É recomendável que se faça isso mensalmente, compare os valores e opte pela forma
mais econômica de tributação (estimativa ou balanço/balancete).
LUCRO REAL ANUAL – BALANCETE X ESTIMATIVA
97
BIBLIOGRAFIA
Brasil, Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1.976. Dispões sobre a Sociedades Anônimas.
Brasil, Lei nº 9.430 de 27 de dezembro de 1996. Dispõe sobre a legislação tributária federal, as contribuições
para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras providências.
Brasil, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Instituiu o Novo Código Civil
Brasil, Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002, Dispõe sobre a não-cumulatividade na cobrança da
contribuição para os Programas de Integração Social(PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor
Público(Pasep).
Brasil, Lei. no 10.833, de 29 de dezembro de 2003, Altera a Legislação Tributária Federal e dá outras
providências.
Brasil, .Lei nº 11.638, de 28 dezembro de 2007, Altera e revoa dispositivos da Lei nº 6.404/76, e da Lei nº
6.385/1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de
demonstrações financeiras.98
Prof. Arnóbio Durães
Brasil, Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, Altera a legislação tributária federal relativa ao parcelamento
ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos em que especifica; institui regime tributário de
transição.
Brasil, Lei nº 9.430 de 27 de dezembro de 1996. Dispõe sobre a legislação tributária federal, as contribuições
para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras providências.
Brasil, Lei nº 12.973, de 13 maio de 2014, Altera a legislação tributária federal relativa ao IRPJ, à CSLL, à
Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins; revoga o Regime Tributário de Transição – RTT.
Brasil, Decreto nº 3.000, de 26 de Março de 1.999. Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e
administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.
Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil, nº 1700 de 14 de março de 2017, Dispõe sobre a
determinação e o pagamento do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido das
pessoas jurídicas.
BIBLIOGRAFIA
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Prof.º Arnóbio Neto Araujo Durães
Outubro / 2018