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Prof. Arnóbio Durães PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Profº. Arnóbio N. Araujo Durães Outubro/2018 – Aula 2/2 Mini Currículo do professor Mini Currículo do professor Mini Currículo do professor Mini Currículo do professor Arnóbio Neto Araújo Durães Mestre em Controladoria e Contabilidade Estratégica, Pós-Graduado em Contabilidade Avançada, Gerência Financeira e Auditoria/Controladoria, Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade São Francisco. Professor universitário, em MBA e Pós-Graduação, consultor de empresas nas áreas Tributárias, Contábil, Fiscal e Financeira. Instrutor em diversos cursos, palestras e seminários. 2

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Prof. Arnóbio Durães

PÓS GRADUAÇÃO EM

DIREITO TRIBUTÁRIO

Profº. Arnóbio N. Araujo Durães

Outubro/2018 – Aula 2/2

Mini Currículo do professorMini Currículo do professorMini Currículo do professorMini Currículo do professor

Arnóbio Neto Araújo Durães

Mestre em Controladoria e Contabilidade Estratégica,

Pós-Graduado em Contabilidade Avançada, Gerência

Financeira e Auditoria/Controladoria, Bacharel em

Ciências Contábeis pela Universidade São Francisco.

Professor universitário, em MBA e Pós-Graduação,

consultor de empresas nas áreas Tributárias, Contábil,

Fiscal e Financeira. Instrutor em diversos cursos,

palestras e seminários.

2

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Prof. Arnóbio Durães

OPÇÃO PELA TRIBUTAÇÃO

3

É uma modalidade optativa de apurar o Lucro e, consequentemente, o Imposto de

Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social sobre o Lucro das empresas

que NÃO ESTIVEREM OBRIGADAS à apuração do Lucro Real.

Nota: O Lucro Presumido é a forma de tributação simplificada do Imposto de Renda (IR)

e Contribuição Social sobre o Lucro (CSL ou CSLL).

LUCRO PRESUMIDO

A sistemática de tributação pelo Lucro Presumido é regulamentada pelos artigos 516 a

528 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999).

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Prof. Arnóbio Durães

MOMENTO PELA OPÇÃO AO LUCRO PRESUMIDO

LUCRO PRESUMIDO : == > Regime Trimestral

Mediante pagamento do IRPJ e

da CSLL do 1º Trimestre, até o

último dia útil do mês de Abril.

CÓDIGO DO

DARF

IRPJ == > 2089

CSLL == > 2372

5(art. 516, § 5º, do RIR/1999).

No ano calendário anterior tiveram Receita Bruta total que acrescida das

DEMAIS RECEITAS E DOS GANHOS DE CAPITAL, não seja superior

a R$ 78.000.000,00

Que não estejam obrigadas à

tributação pelo Lucro Real em

função da atividade exercida

ou pela constituição societária

LIMITES :

1.996 == > R$ 12.000.000,00

1.997 == > R$ 24.000.000,00

2.003 == > R$ 48.000.000,00

2.014 == > R$ 78.000.000,00

A PARTIR DE 1999As sociedades civis;Explorem Atividades rural;Sociedades por ações cap.abert.Compra venda loteamentoQue tenham sócios no

exterior, etc..

OPÇÃO PELO

LUCRO

PRESUMIDO

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OCORRÊNCIA DE SITUAÇÃO DE OBRIGATORIEDADE AO LUCRO REAL

DURANTE O ANO CALENDÁRIO

A Pessoa Jurídica que houver pago o imposto com base no Lucro Presumido e que, em

relação ao mesmo ano calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de apuração pelo

Lucro Real por TER AUFERIDO LUCROS, RENDIMENTOS OU GANHOS DE CAPITAL

ORIUNDOS DO EXTERIOR, deverá apurar o IRPJ e CSLL sob o regime de apuração do

LUCRO REAL TRIMESTRAL, a partir inclusive, do trimestre da ocorrência do fato.

ALTERAÇAO DE REGIME TRIBUTÁRIO

7

ATIVIDADES %1. Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás

natural.1,6%

1. Venda de produtos de fabricação própria.2. Venda de mercadorias adquiridas para revenda.3. Industrialização de produtos em que a matéria-prima, ou o produto intermediário ou o material

de embalagens tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização.4. Atividade rural.5. Serviços hospitalares.6. Transporte de cargas.7. Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária de imóveis construídos ou adquiridos para

revenda.8. Outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços.

8%

1. Prestação de serviços de transporte, exceto de cargas.2. Prestação exclusiva de serviços (exceto serviços hospitalares, de transporte e relativos ao

exercício de profissões legalmente regulamentadas), desde que a Receita Bruta anual daPessoa Jurídica não exceda o limite de R$ 120.000,00. Fonte: RIR/1999, art. 519, § 4º.

16%

TABELA DE PERCENTUAIS PRESUNÇÃO DO LUCRO

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ATIVIDADES %1. Prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativos ao exercício de profissão

legalmente regulamentadas.

2. Intermediação de negócios, inclusive corretagem (seguros, imóveis, etc.) erepresentação comercial .

3. Administração, locação ou cessão de bens imóveis ou direitos de qualquer natureza.

4. Construção por administração ou por empreitada de mão-de-obra.

5. Prestação de outros serviços, inclusive :

a) Serviços de suprimento de água tratada e a conseqüente coleta e tratamento deesgotos, cobradas diretamente dos usuários;

b) Exploração de rodovia mediante cobrança de preço dos usuários, envolvendoexecução de serviços de conservação, manutenção, melhoramento paracapacidade e segurança de trânsito, operação monitoramente, assistência aosusuários e outros definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão ouem normas oficiais.

32%

TABELA DE PERCENTUAIS PRESUNÇÃO DO LUCRO

9

ATIVIDADES %

6. A receita bruta auferida pela pessoa jurídica decorrente da prestação de serviços em

geral, como limpeza e locação de mão de obra, ainda que sejam fornecidos os

materiais, está sujeita à aplicação do percentual de 32% (§ 21 do art. 4º da IN RFB nº

1.515/2014, nova redação dada pela IN RFB nº 1.556/2015).

32%

TABELA DE PERCENTUAIS PRESUNÇÃO DO LUCRO

Nota:

Os valores decorrentes do AVP – Ajuste a Valor Presente de que trata o inciso VIII do caput do

art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, INCLUEM-SE NA RECEITA BRUTA.

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Prof. Arnóbio Durães

Os ganhos de capitais

auferidos na alienação

de bens e direitos

Os rendimentos de

aplicações financeiras

Os ganhos líquidos

obtidos no mercado

de renda variável

Os juros recebidos a título de

remuneração sobre o capital

Investido em outra empresa

DEMAIS RECEITAS

E OUTROS

RESULTADOS

11

Os juros ativos e os descontos

obtidos em pagamentos

de obrigações

Demais receitas,

rendimentos e

resultados positivos

No caso de diversificação de atividades de uma

mesma empresa, deverá ser adotado o percentual

de Lucratividade correspondente a cada uma dela.

DEMAIS RECEITAS

E OUTROS

RESULTADOS

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1. Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre Pessoas Jurídicas

controladoras, controladas, coligadas ou interligadas;

2. Os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de valores,

de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;

3. A receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da Pessoa Jurídica;

4. Os juros equivalentes à taxa Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a

impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;

5. O valor correspondente ao Lucro Inflacionário realizado no período em conformidade com o

disposto no art. 36 da IN SRF nº 93, de 1997;

TODOS DEMAIS RESULTADOS POSITIVOS OBTIDOS PELA PESSOA JURÍDICA

13

6. Multas e outras vantagens por rescisão contratual;

7. Os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no

recebimento de créditos, salvo se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em

período anterior no qual tenha se submetido à tributação com base no Lucro Real, ou

que tais valores se refiram a período a que tenha se submetido ao Lucro Presumido ou

Arbitrado;

8. A diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de

instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor

dos bens e direitos que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio.

TODOS DEMAIS RESULTADOS POSITIVOS OBTIDOS PELA PESSOA JURÍDICA

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SOBRE A RECEITA BRUTA PODE-SE EXCLUIR1 Vendas canceladas ou anuladas;

2 Devoluções de vendas;

3 Descontos concedidos incondicionalmente;

4 Receita de Equivalência Patrimonial (investimento interno);

5 Receita de dividendos (quando transita pela DRE);

6 IPI cobrado destacadamente do comprador;

7ICMS, IPI, COFINS, quando devidos pelo contribuinte substituto no regime desubstituição tributária;

8Saídas que não decorram de vendas, como por exemplo transferências demercadorias pra outros estabelecimentos da mesma empresa.

DEDUÇÕES NO LUCRO PRESUMIDO

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APROPRIAÇÃO PELO REGIME DE CAIXA

A receita proveniente de vendas de bens ou direitos ou de prestação de serviços, cujo

preço seja recebido a prazo ou em parcelas, PODERÁ ser computada na base de

cálculo do Lucro Presumido somente NO MÊS DO EFETIVO RECEBIMENTO.

Nota: É importante lembrar que o Regime de “ Caixa ” distorce o resultado contábil

das empresas, porém em algumas situações pode ser mais vantajoso do ponto de

vista tributário.

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REGIME DE CAIXA OU COMPETÊNCIA

O Lucro Presumido será determinado pelo regime de competência ou de caixa.

A Pessoa Jurídica, optante pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido, que

adotar o critério de reconhecimento de suas receitas de venda de bens ou direitos ou de

prestação de serviços com pagamento a prazo ou em parcelas na medida do recebimento

e mantiver a escrituração do livro Caixa, deverá:

I. Emitir a nota fiscal quando da entrega do bem ou direito ou da conclusão do serviço;

II. Indicar, no livro Caixa, em registro individual, a nota fiscal a que corresponder cada

recebimento.

Fonte: Art. 223 da IN RFB nº 1.700/2017.17

REGIME DE CAIXA OU COMPETÊNCIA

A Pessoa Jurídica que mantiver escrituração contábil, na forma da legislação comercial,

deverá controlar os recebimentos de suas receitas em conta específica, na qual, em cada

lançamento, será indicada a nota fiscal a que corresponder o recebimento.

Os valores recebidos adiantadamente, por conta de venda de bens ou direitos ou da

prestação de serviços, SERÃO COMPUTADOS COMO RECEITA do mês em que se der

o faturamento, a entrega do bem ou do direito ou a conclusão dos serviços, O QUE

PRIMEIRO OCORRER.

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REGIME DE CAIXA OU COMPETÊNCIA

Fonte: Art. 224 da IN RFB nº 1.700/2017.

A Pessoa Jurídica que apura o IRPJ com base no resultado Presumido somente

poderá adotar o regime de caixa, na hipótese de adotar esse mesmo regime para

apurar a CSLL, o PIS/Pasep e a COFINS com base no Lucro Presumido.

19

ALÍQUOTA – IRPJ – IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA

O imposto devido em cada trimestre é calculado mediante a aplicação da alíquota de

15% (quinze por cento) sobre a base de cálculo.

AIR - ADICIONAL DE IMPOSTO DE RENDA

A parcela do Lucro Presumido que exceder ao resultado da multiplicação de

R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número dos meses do respectivo período de apuração

sujeita-se à incidência do adicional à alíquota de 10% (dez por cento).

DETERMINAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO

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Alíquota

A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido devida em cada trimestre é calculado

mediante a aplicação da alíquota de 9% (nove por cento) sobre a base de cálculo.

Além do IRPJ, a empresa optante pelo Lucro Presumido deverá recolher a

Contribuição Social sobre o Lucro Presumido (CSLL), também pela forma presumida.

Escolhida a opção, deverá proceder á tributação, tanto do IRPJ quanto da CSLL, pela

forma escolhida.

CSLL – LUCRO PRESUMIDO

21

A partir de 01.09.2003, por força do art. 22 da Lei 10.684/2003, a base de cálculo da

CSLL, devida pelas Pessoas Jurídicas optantes pelo Lucro Presumido corresponderá a:

Da Receita Bruta nas atividades comerciais,

industriais, serviços hospitalares e de

transporte.

12%

CSLL – LUCRO PRESUMIDO

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32%

Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços

hospitalares e transporte

Intermediação de negócios

Administração, locação ou cessão de bens imóveis,

móveis e direitos de qualquer natureza

CSLL – LUCRO PRESUMIDO

23

DEDUÇÕES PERMITIDAS

PODERÃO SER DEDUZIDAS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

a) Da CSLL retida por órgão público, autarquia, fundação da administração pública

federal, sociedade de economia mista, empresa pública e demais entidades em

que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com

direito a voto, e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam

obrigadas a registrar sua execução orçamentária e financeira na modalidade total

no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI;

Fonte: Art. 16 da IN SRF nº 390/2004.

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DEDUÇÕES PERMITIDAS

b) Da CSLL retida por outra Pessoa Jurídica de direito privado sobre receitas auferidas,

no período, pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção,

segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão de obra, pela

prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,

seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, bem como, pela

remuneração de serviços profissionais.

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PRAZO DE RECOLHIMENTO

A CSLL será paga nos mesmos prazos fixados para o pagamento do IRPJ.

Isto significa que, a CSLL devida será paga em quota única, ATÉ O ÚLTIMO DIA ÚTIL

DO MÊS SUBSEQUENTE ao do encerramento do período de apuração, utilizando o

CÓDIGO 2372.

A referida contribuição poderá ser paga em até três quotas mensais, iguais e sucessivas,

vencíveis no último dos três meses subsequentes ao do encerramento do período de

apuração. O valor de cada quota não poderá ser inferior a R$ 1.000,00 por mês.

Fonte: Art. 32 e 33 da IN SRF nº 390/2004.26

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PRAZO DE RECOLHIMENTO

O IRPJ devido, apurado no final do trimestre, será pago em quota única, ATÉ O

ÚLTIMO DIA ÚTIL DO MÊS SUBSEQUENTE ao do encerramento do período de

apuração, utilizando o CÓDIGO 2089.

O referido imposto poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas,

vencíveis no último dos três meses subsequentes ao do encerramento do período de

apuração.

O valor de cada quota não poderá ser inferior a R$ 1.000,00.

27

IMPOSTO PAGO A MAIOR OU INDEVIDAMENTE

No caso em que o valor retido na fonte ou já pago pelo contribuinte for maior que o

imposto devido no período de apuração trimestral, A DIFERENÇA A MAIOR

PODERÁ SER COMPENSADA com o imposto relativo aos períodos de apuração

subsequentes.

Fonte: Art. 526, parágrafo único, do RIR/1999.

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RECEITA OPERACIONAL BRUTA ( - ) Deduções( Impostos s/Vendas e Devoluções)( - ) AVP (Lei 12.973/2014) ( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA( - ) CPV , CMV e CSP ( = ) LUCRO BRUTO ( - ) Despesas Operacionais

Vendas Administrativas Tributárias Outras Despesas Operacionais Resultado de Equivalência Patrimonial

( = ) Resultado Antes das Despesas e Receitas Financeiras( + ) Receitas Financeiras ( - ) Despesas Financeiras( = ) RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS ( - ) Provisão para o IR e CS ( =) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

29

DEMONSTRATIVO DE RESULTADO

29

3. Novo conceito de receita bruta

A Lei nº 12.973/2014, em seu art. 2º definiu um novo conceito de Receita Bruta

estabelecida no art. 12 do Decreto-lei nº 1.598/1977 (art. 3º da IN RFB nº 1.515/2014).

A receita bruta compreende:

I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;

II - o preço da prestação de serviços em geral;

III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e

IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não

compreendidas nos incisos I a III.

NOVO CONCEITO DE RECEITA BRUTA

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3. Novo conceito de receita bruta

A novidade aqui é a inclusão no conceito de Receita Bruta do inciso IV – “as

receitas da atividade ou objeto principal da Pessoa Jurídica, não

compreendidas nos incisos I a III”.

A Lei nº 12.973/2014 não definiu o alcance desse novo inciso.

Entendemos que, este inciso, alcança somente as operações de natureza

principal objetivando aperfeiçoar a definição da Receita Bruta.

NOVO CONCEITO DE RECEITA BRUTA

31

3. Novo conceito de receita bruta

A Receita Líquida será a Receita Bruta diminuída de

Devoluções e vendas canceladas;

Descontos concedidos incondicionalmente;

Tributos sobre ela incidentes; e

Valores decorrentes do AVP - Ajuste a Valor Presente, de que trata o inciso VIII do

caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações

vinculadas à receita bruta.

NOVO CONCEITO DE RECEITA BRUTA

Do art. 183 da LSA – “os elementos do ativo decorrentes de operações de longo

prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver

efeito relevante”. 32

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3. Novo conceito de receita bruta

Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados,

destacadamente, do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo

prestador dos serviços na condição de mero depositário.

Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores

decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art.

183 da Lei nº6.404, de 1976, das operações principais da atividade da empresa.

NOVO CONCEITO DE RECEITA BRUTA

33

Nota: Para a apuração da base de cálculo da CSLL, nas Prestadoras de Serviços

(com algumas exceções), o percentual de presunção será sempre de 32,00%, NÃO

TENDO O BENEFÍCIO DE REDUÇÃO para o faturamento anual de até R$

120.000,00, como ocorre com o IRPJ, para as prestadoras de serviços citadas.

PREJUÍZO FISCAL

No regime do Lucro Presumido, NÃO HÁ COMPENSAÇÃO de base de cálculo negativa

da CSLL bem como de Prejuízo Fiscal, visto que a tributação se dá pelo faturamento.

Porém, nos casos em que a PJ tenha sido tributada em períodos anteriores com base no

Lucro Real, caso haja saldo de base de cálculo negativa e prejuízo fiscal, quando da

entrada no Lucro Presumido, poderá manter em seus registros fiscais, para

compensação quando retornar ao Lucro Real.

CSLL – LUCRO PRESUMIDO

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Calcule o IRPJ e a CSLL do 1º trimestre 2015 de uma empresa tributada pelo Lucro

Presumido de acordo com as informações abaixo:

MêsVenda

MercadoriaPrestação Serviço

Rendimentos de Aplicação Financeira resgatadas

IRRF

Jan 14.000,00 200.000,00 170,00 750,00

Fev 6.500,00 230.000,00 800,00 85,00

Mar 6.200,00 120.000,00 12.000,00 230,00

Total 26.700,00 550.000,00 12.970,00 1.065,00

EXERCÍCIO Nº 1

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 1

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 1

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 1

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Uma empresa iniciou suas atividades em maio de 2017. Sua receita total, no

ano de 2017 foi de R$ 55.000.000,00. Esta empresa poderá optar pelo Lucro

Presumido em 2018? Justifique sua resposta?

EXERCÍCIO Nº 2

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 2

41

EXERCÍCIO Nº 3

CALCULAR O IMPOSTO DE RENDA devido por uma Pessoa Jurídica optante pela tributação com

base no Lucro Presumido que no PRIMEIRO TRIMESTRE do ano de 2017 apresentou os seguintes

dados em seus registros:

1. Auferiu receita com vendas de mercadorias no valor total de R$ 427.500,00;

2. Auferiu receita com a prestação de serviço no valor de R$ 28.500,00;

3. Percebeu rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa de R$ 3.325,00, sobre os quais foi

retido Imposto de Renda na Fonte de R$ 665,00;

4. Vendeu bens do Ativo Permanente, tendo apurado nessa transação ganho de capital de

R$ 8.550,00 e

5. Não percebeu outras receitas ou resultados nem teve qualquer outro valor que devesse ser

computado na base de cálculo do imposto. 4242

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3

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CÁLCULO DO IRPJ VALOR

Receita Bruta do Trimestre R$ 350.000,00

(x)% da atividade ( serviços ) 32,00%

(=) Base presumida R$ 112.000,00

(+) Outras receitas R$ 30.000,00

(=) Base Presumida do IRPJ R$ 142.000,00

(x)% de Imposto de Renda 15,00%

(=) Imposto de renda R$ 21.300,00

(-) Limite adicional ( $ 142.000 - $ 60.000 ) R$ 82.000,00

(x) % do adicional do Imposto de Renda 10,00%

( = ) Adicional do Imposto de Renda R$ 8.200,00

( = ) Total do IRPJ + Adicional R$ 29.500,00

( - ) Retenção do IRRF só de serviços profissionais. xxxxxxxxxxxxx

IRPJ – EXEMPLO DE CÁLCULO LUCRO PRESUMIDO

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CÁLCULO DA CSLL VALOR

Receita Bruta do mês R$ 350.000,00

(x) % da atividade ( serviços ) 32,00%

(=) Base presumida R$ 112.000,00

(+) Outras receitas R$ 34.000,00

(=) Presumida do CSLL R$ 146.000,00

(x) % da CSLL 9,00%

(=) Total da CSLL R$ 13.140,00

(-) Retenção na fonte da CSLL R$ 2.000,00

(=) CSLL a recolher R$ 11.140,00

CSLL - EXEMPLO CÁLCULO LUCRO PRESUMIDO

47

LUCROS OU DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS AOS SÓCIOS

A Legislação do IR estabelece que os valores pagos a sócios ou acionistas ou a titular

da empresa tributada pelo Lucro Presumido, a título de lucros ou dividendos, FICAM

ISENTOS DO IRRF, independentemente da apuração contábil.

Obs : Essa isenção, alcança somente o valor da base de cálculo do IRPJ, deduzido

do valor devido relativo ao IRPJ, CSLL, PIS e COFINS.

48

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LUCROS OU DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS AOS SÓCIOS

De acordo com o IN RFB nº 1.700/2017, não estão sujeitos ao imposto sobre a renda

os lucros e dividendos pagos ou creditados a sócios, acionistas ou titular de empresa

individual.

A referida isenção somente se aplica em relação aos lucros e dividendos distribuídos

por conta de lucros apurados no encerramento de período-base ocorrido a partir do

mês de janeiro de 1996.

49

LUCROS OU DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS AOS SÓCIOS

No caso de Pessoa Jurídica tributada com base no Lucro Presumido, poderá ser

distribuído, SEM INCIDÊNCIA DE IMPOSTO

I. O valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e

contribuições a que estiver sujeita a Pessoa Jurídica;

II. A parcela de lucros ou dividendos excedentes ao valor determinado no item I,

DESDE QUE A EMPRESA DEMONSTRE, ATRAVÉS DE ESCRITURAÇÃO

CONTÁBIL feita com observância da lei comercial, que o lucro efetivo é maior que

o determinado segundo as normas para apuração da base de cálculo do imposto

pela qual houver optado, ou seja, o Lucro Presumido.

50

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LUCROS OU DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS AOS SÓCIOS

Utilizando os mesmos dados do Exercício nº 3, e considerando ainda, que, naquele

trimestre, a CSLL sobre o Lucro, o PIS e a Cofins devidos pela empresa fossem,

respectivamente, de R$ 6.506,55, R$ 2,985,61 e R$ 13,779,72, teríamos:

Base de cálculo do IRPJ devido no trimestre R$ 55.195,00

( - ) IRPJ devido (R$ 8.279,25)

( - ) CSLL devida no trimestre (R$ 6.506,55)

( - ) PIS devido no trimestre (R$ 2.985,61)

( - ) Cofins devida no trimestre (R$ 13.779,75)

( = ) VALOR DISTRIBUÍVEL COM ISENÇÃO DO IMPOSTO == > R$ 23.643,8451

EXERCÍCIO Nº 4

3º TRIMESTRE DE 2017 VALOR

Venda de mercadoria no trimestre 3.000.000,00

Venda de serviços no trimestre 500.000,00

Renda com aplicação financeira 20.000,00

Descontos obtidos 5.000,00

Ganho de Capital 30.000,00

Despesas Operacionais 600.000,00

IRRF sobre Aplicação Financeira 4.000,00

Com os dados baixo e admitindo que esta empresa trabalha com a sistemática do Lucro

Presumido, determine o valor efetivo do Impostos de Renda e da Contribuição Social a pagar.

52

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 4

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 4

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 4

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 4

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TRIBUTAÇÃO DE PIS E COFINS

As empresas do Lucro Presumido devem apurar e recolher as contribuições para o

PIS/Pasep e Cofins no regime cumulativo (art. 8º da Lei nº 10.637/2002 e art. 10 da Lei

nº 10.833/2003).

A legislação que trata desse regime de tributação é a Lei nº 9.718/1998.

O período de apuração do PIS/Pasep e da COFINS é mensal (art. 2° da LC n° 70/1991 e

art. 2° da Lei n° 9.71519/98).

57

TRIBUTAÇÃO DE PIS E COFINS

As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS serão calculadas com base

no seu faturamento mensal (art. 2º da Lei nº 9.718/1998).

O faturamento corresponde à receita bruta da Pessoa Jurídica.

(art. 3º da Lei nº 9.718/1998).

58

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BASE DE CÁLCULO

A Receita Bruta compreende (art. 12 do DL nº 1.598/1977):

I. O produto da venda de bens nas operações de conta própria;

II. O preço da prestação de serviços em geral;

III. O resultado auferido nas operações de conta alheia; e

IV. As receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não

compreendidas nos incisos I a III.

59

BASE DE CÁLCULO

EXCLUEM-SE DA RECEITA BRUTA (§ 2º do art. 3º da Lei nº 9.718/1998, com nova

redação dada pelo art. 52 da Lei 12.973/2014):

a) As vendas canceladas e devolvidas;

b) Os descontos incondicionais concedidos;

c) As receitas brutas isentas;

d) As receitas brutas de alíquota zero;

e) As receitas brutas suspensas;

60

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BASE DE CÁLCULO

f) As reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que

não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de

investimento pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de

participações societárias, que tenham sido computados como receita bruta;

g) A receita decorrente da venda de bens classificados no ativo não circulante que

tenha sido computada como receita bruta; e

h) A receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou melhoramento

da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de

exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos.61

EXEMPLO:

Receita bruta na venda de bens nas operações de conta própria 800.000

Receita bruta na prestação de serviços em geral 700.000

Receita bruta nas operações de conta alheia 600.000

Receitas bruta nas atividades ou objeto principal da pessoa jurídica, não

compreendida acima500.000 NOVO

( = ) RECEITA BRUTA 2.600.000

( - ) Devoluções 400.000

( - ) Descontos Incondicionais 300.000

( - ) Tributos Incidentes 200.000

( - ) Ajuste a Valor Presente 100.000 NOVO

( = ) RECEITA LÍQUIDA 1.600.00062

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EXEMPLO:

Com base nestes dados, a base de cálculo do PIS/COFINS será de:

Receita Bruta R$ 2.600.000,00

( - ) Devoluções R$ 400.000,00

( - ) Descontos Incondicionais R$ 300.000,00

( = ) Base de Cálculo para PIS/COFINS R$ 1.900.000,00

63

Sobre a base de cálculo aplicam-se as seguintes alíquotas:

a) 0,65% para PIS/Pasep;

b) 3,00% para Cofins.

ALÍQUOTAS

64

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Do valor a pagar poderão ser deduzidas as contribuições retidas na fonte em

decorrência da prestação de serviços e de venda de bens, via DARF, sem

acréscimo da taxa Selic (arts. 30, 33 e 34 da Lei n° 10.833/2003).

Se o valor da contribuição retida na fonte exceder o valor da respectiva

contribuição a pagar no mesmo mês de apuração, A PARCELA EXCEDENTE

PODERÁ SER COMPENSADA OU RESTITUÍDA com outros tributos e

contribuições administrados pela RFB (art. 5º da Lei nº 11.727/2008).

DEDUÇÕES PERMITIDAS

65

EXEMPLO:

Valor da contribuição $ 3.000

(-) Valor retido no mês ($ 3.500)

(=) Parcela excedente $ 500

Ou seja, o contribuinte poderá compensar a parcela excedente de $ 500 de duas

maneiras, a saber:

a) com a própria contribuição, mediante DARF; ou

b) com outros impostos e contribuição administrados pela RFB, via Per/Dcomp.

DEDUÇÕES PERMITIDAS

66

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O PIS/Pasep e COFINS devem ser pagos até o vigésimo quinto dia do mês

subsequente ao de ocorrência do fato gerador (art. 18 da MP nº 2.158-35/2001,

redação dada pelo art. 1º da Lei nº 11.933/2009).

Se o dia 25 não for útil, as contribuições serão recolhidas para o primeiro dia

útil que o anteceder.

PRAZO DE RECOLHIMENTO

67

No campo 04 do DARF deverá ser preenchido com os seguintes códigos:

a) PIS/Pasep: 8109 - Faturamento - Cumulativo

b) COFINS: 2172 - Faturamento - Cumulativo

CÓDIGOS DE ARRECADAÇÃO

68

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Vamos supor que empresa mercantil, sujeita ao regime cumulativo das

contribuições, tenha auferido as seguintes receitas no mês:

Revenda de Mercadorias 18.000,00

Venda de bens do ativo Imobilizado 6.000,00

Desconto obtido 3.000,00

Rendimento de aplicação financeira 700,00

Juros ativos 500,00

Reversão de provisão 1.000,00

Juros sobre capital próprio 25.000,00

Total das receitas auferidas 54.200,00

EXEMPLO PRÁTICO

69

VALOR DEVIDO:

PIS/Pasep

R$ 18.000,00 X 0,65% = R$ 117,00

COFINS

R$ 18.000,00 X 3,00% = R$ 540,00

EXEMPLO PRÁTICO

70

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Os contribuintes do PIS/COFINS no regime cumulativo devem enviar,

mensalmente, para Receita Federal do Brasil, as seguintes obrigações acessórias:

a) DCTF == > Onde informa o valor do débito já líquido das retenções sofridas, bem

como a forma da quitação do débito (DARF, compensação, parcelamento ou

suspensão).

b) EFD == > Contribuições – onde informa o valor a recolher das contribuições por

meio de uma escrituração digital que será gerada através de uma base de dados.

OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

71

72

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Com base na DRE apresentada, apurar o valor do PIS/COFINS.

Notas:

1ª) As aplicações financeiras não foram resgatadas; e

2ª) A tributação das variações cambiais está sendo apurada pelo regime de caixa.

EXERCÍCIO Nº 5

73

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXECÍCIORECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS

Venda de Mercadorias 500.000Prestação de Serviços em geral 300.000

800.000DEDUÇÕES DE VENDAS

ICMS -90.000ISS -15.000Devolução de Vendas -77.000

RECEITAS OPERACIONAIS LÍQUIDAS 618.000

CUSTO DAS VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS -320.000LUCRO BRUTO 298.000DESPESAS OPERACIONAISDESPESAS DE VENDAS

Despesas de salários e Encargos Sociais -15.000Despesas de Propaganda e Publicidade -3.000

DESPESAS ADMINISTRATIVASDespesas de Salários e Encargos Sociais -10.000Despesas Diversas -4.000Despesas de Doações -1.500Despesas de Brindes -500Despesas com Alimentação dos Trabalhadores Líquidas -3.500Despesas com Vale Transporte Líquidas -2.500

DESPESAS FINANCEIRASVariações Cambiais Passivas -2.500Juros Passivos -800

RECEITAS FINANCEIRASRendimentos s/Aplicações Financeiras 4.000Juros s/Capital Próprio 2.000Variações Cambiais Ativas 500

OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) Receitas de Dividendos 5.000Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial 15.000Receitas Eventuais 4.000Ganho na Venda de Imobilizado 3.000Perdas por Desvalorização em Investimentos -2.200

LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO E CONTRIBUIÇÃO 286.00074

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 5

75

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 5

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OPÇÃO PELA TRIBUTAÇÃO

77

LUCRO REAL

É o Lucro Contábil apurado, conforme a Legislação Societária (Lei 6.404/76), ajustados

pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal

vigente, ou seja, Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº 3000/99 – Art. 247.

BASE LEGAL PARA O LUCRO REAL

Decreto nº 3000 de 26/03/1999 : Arts. 246 a 515

CONCEITUANDO LUCRO REAL

78

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EMPRESAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL

Estão obrigadas à apuração do LUCRO REAL no ano de 2016 e, portanto, ficam impedidas

de optar pelo LUCRO PRESUMIDO as Pessoas Jurídicas:

1. Cuja Receita Total, no ano anterior, tenha sido superior ao limite de R$78 milhões;7

2. Atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de

desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,

sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e

câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil,

cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de

previdência privada aberta;79

EMPRESAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL

3. Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do Exterior;

(oriundos de aplicação, filiais ou de participações societárias IN SRF 213/02)

4. Usufruam benefícios fiscais do IRPJ, calculados com base no Lucro Da Exploração;

5. No ano, tenham efetuado pagamento mensal do IRPJ pelo Regime De Estimativa;

6. Que explorem as atividades de FACTORING;

7. Que sejam Sociedade Propósito Específico formada por PME optantes Simples Nacional;

80

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EMPRESAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL

8. Que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiro e

agronegócio;

9. Agências de fomento referidas no art. 1º da MP nº 2.192-70/2001.

As agências de fomento são instituições financeiras não bancárias, regulamentadas

BACEN.

10.Dediquem à construção, incorporação, compra e venda de imóveis que tenham custo

orçado.

81

Sobre essa base de cálculo (Lucro Real/ para IRPJ) aplica-se o percentual de 15% (mais

adicional de 10%), e de 9% para a CSLL.

LUCRO REAL

TRIMESTRAL ANUAL

No regime do Lucro Real TRIBUTA-SE O LUCRO

(receitas menos despesas necessárias e comprovadas),

o qual é obtido pela contabilidade e AJUSTADO de

acordo com a legislação fiscal, via LALUR/LACS (com

as adições e exclusões).

82

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MOMENTO PELA OPÇÃO AO LUCRO REAL

LUCRO REAL REGIME ANUAL :

Antecipações mensais com base em

Balancete ou Receita Bruta.

Mediante pagamento do IRPJ

e da CSLL até o último dia do

mês de Fevereiro.

LUCRO REAL REGIME TRIMESTRAL:

Antecipações trimestrais com base em

Balancete ou Receita Bruta.

Mediante pagamento do IRPJ

e da CSLL até o último dia do

mês de Abril.

83

MOMENTO PELA OPÇÃO AO LUCRO REAL

Nota: Pessoa Jurídica com Prejuízo Fiscal durante o ano: == > Opção se dará na entrega da

ECF, com evidência antecipada na DCTF mensal.

CÓDIGODARF

REGIME DE TRIBUTAÇÃO

5993 IRPJ - PJ NÃO OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ESTIMATIVA MENSAL

3373 IRPJ - PJ NÃO OBRIGADAS AO LUCRO REAL - BALANÇO TRIMESTRAL

0220IRPJ - PJ OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ENTIDADES NÃO FINANCEIRAS BALANÇO TRIMESTRAL

2362IRPJ - PJ OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ENTIDADES NÃO FINANCEIRAS ESTIMATIVA MENSAL

1599IRPJ - PJ OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ENTIDADES FINANCEIRAS BALANÇO TRIMESTRAL

2319IRPJ - PJ OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ENTIDADES FINANCEIRAS ESTIMATIVA MENSAL 84

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1. LUCRO REAL TRIMESTRAL

É apurado na forma da Lei 9.430/96. A Pessoa Jurídica terá que apurar o resultado

tributável a cada trimestre, o qual, em termos práticos, será considerado como um

exercício diferente, embora na Declaração de Informações da Pessoal Jurídica – DIPJ,

apresentada anualmente, (atualmente substituída pela ECF) conste o resultado dos quatro

trimestres.

No Lucro Real Trimestral, o Lucro do trimestre anterior NÃO PODE SER COMPENSADO

com o Prejuízo Fiscal de trimestres seguintes, ainda que dentro do mesmo ano calendário.

O Prejuízo Fiscal de um trimestre só poderá reduzir até o limite de 30% do Lucro Real

dos trimestres seguintes.

OPÇÃO E FORMA DE TRIBUTAÇÃO

85

LUCRO REAL TRIMESTRAL

Exemplo 1: Empresa que inicia atividade em janeiro de 2016: estimada a alíquota da CSLL e

do IRPJ em 30%, hipoteticamente sobre o Lucro já ajustado.

DADOS 1º TRIM. 2º TRIM. 3º TRIM. 4º TRIM. SOMA

Lucro (80.000,00) (50.000,00) 90.000,00 30.000,00 (10.000,00)

Compensação -o- -o- (27.000,00) (9.000,00)

Base de Cálculo (80.000,00) (50.000,00) 63.000,00 21.000,00

Tributos -o- -o- 18.900,00 6.300,00 25.200,00

86

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LUCRO REAL TRIMESTRAL

Nota 1: Se tomarmos todo o ano-calendário, percebemos que a empresa fechou

no vermelho (R$ 10.000,00 de prejuízo), no entanto pagou R$ 25.200,00

( R$ 18.900,00 + R$ 6.300,00 ), QUE É DEFINITIVO. Se estivesse no Lucro Anual, o

tributo não seria devido, visto que o Prejuízo Fiscal apurado no decorrer do ano

seria compensado sem o limite de 30%.

87

LUCRO REAL TRIMESTRAL

Exemplo 2: Empresa que inicia atividade em janeiro de 2016: estimada a alíquota

da CSLL e do IRPJ em 30%, hipoteticamente sobre o Lucro já ajustado.

DADOS 1º TRIM. 2º TRIM. 3º TRIM. 4º TRIM. SOMA

Lucro 80.000,00 50.000,00 (100.000,00) (40.000,0)0 (10.000,00)

Tributos 24.000,00 15.000,00 -o- -o- 39.000,00

88

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2. LUCRO REAL ANUAL

ESTIMATIVA MENSAL – Na apuração do Lucro Real Anual, a Pessoa Jurídica contribuinte

deverá antecipar o pagamento mensalmente, apurando o valor por estimativa, calculando

através da aplicação de PERCENTUAL SOBRE O FATURAMENTO E DEMAIS

RECEITAS MENSAIS, percentual este que ira variar de acordo com atividade da Pessoa

Jurídica – REGRA IDÊNTICA À APURAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO.

Art. 223 RIR/99

OPÇÃO E FORMA DE TRIBUTAÇÃO

89

2.1. LUCRO REAL ANUAL

LUCROS ACUMULADOS – Na apuração do Lucro Real Anual, a Pessoa Jurídica

contribuinte poderá a qualquer momento, efetuar um balancete de SUSPENSÃO OU

REDUÇÃO, a fim de verificar se o valor que está sendo pago justifica-se, ou se estar

antecipando menos imposto, comparado com o apurado com a base no faturamento e

demais receitas mensais. Assim a função do levantamento do balancete é de suspendes

ou reduzir o pagamento do imposto, confrontando o que for apurado com o que já foi

pago.

Art. 230 RIR/99 e art. 35 da Lei 8.981/95 e Lei 9.065/95.)

OPÇÃO E FORMA DE TRIBUTAÇÃO

90

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EXEMPLO

Com os dados apresentados a seguir e admitindo que a empresa é tributada através

do Lucro Real Anual e que não há ajustes a serem realizados no LALUR,

efetuaremos os cálculos do Imposto de Renda, do adicional de Imposto de Renda

se houver, bem como o cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, SOB

OS DOIS REGIMES APRESENTADOS NAS EXPLICAÇÕES ANTERIORES, ou

seja, Lucro Real Anual pelo Balancete de Redução e Suspensão bem como pelo

Lucro Real Anual pelo Regime por Estimava

91

DRE – JANEIRO DE 2017

DESCRIÇÃO VALOR EM R$

Venda de Mercadorias 1.000.000,00

Venda de Serviços 700.000,00

FATURAMENTO 1.700.000,00

( - ) Vendas canceladas – mercadorias (150.000,00)

( - ) Descontos incondicionais – serviços (100.000,00)

( - ) Imposto sobre vendas (hipótese) (330.000,00)

( = ) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 1.120.000,00

( - ) Custo das mercadorias e serviços (340.000,00)

( = ) LUCRO BRUTO 780.000,00

Despesas Operacionais

Com vendas (100.000,00)

Administrativas (180.000,00)

Financeiras (50.000,00)

Tributárias (15.00,00)92

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DRE– JANEIRO DE 2017

DESCRIÇÃO VALOR EM R$

RECEITAS OPERACIONAIS

Renda com aplicação financeira 31.000,00

Juros sobre patrimônio líquido 5.000,00

( = ) LUCRO OPERACIONAL 471.000,00

Ganho de capital 10.000,00

Receita de aluguel 6.000,00

( = ) RESULTADO ANTES DA CSLL 487.000,00

( - ) Provisão para CSLL (43.830,00)

( = ) RESULTADO ANTES DO IRPJ 443.170,00

( - ) Provisão para IRPJ (119.750,00)

( = ) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 323.420,0093

LUCRO REAL ANUAL - BALANCETE SUSPENSÃO

Nota : O AIR de 10% é devido sobre a parcela do período em curso quando ultrapassar o valor de

R$ 20.000,00 multiplicado pelo número de meses do período compreendido. Assim, o lucro em janeiro

excedente de R$ 20.0000,00, em fevereiro excedente a R$ 40.000,00, em março excedente a

R$ 60.000,00,...... Em dezembro excedente a R$ 240.000,00, estará sujeito ao AIR.

Em janeiro de 2017 não houve ajustes ao Lucro, bem como a empresa não possui prejuízo fiscal nem

base de cálculo negativa da CSLL .

A CSLL devida == > R$ 487.000,00 x 9% ======== > R$ 43.830,00

IRPJ devido === > R$ 487.000,00 x 15% ======== > R$ 73.050,00

ADIC. IRPJ => (R$ 487.000,00 – R$ 20.000,00) X 10% = > R$ 46.700,00

TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA ================== > R$ 119.750,00

Obs: == > A CSLL é indedutível para o cálculo do IRPJ.

94

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DESCRIÇÃO CSLL IRPJ

Valor R$ % B. Cálculo Valor R$ % B. Cálculo

Vendas Merc. 850.000,00 12% 102.000,00 850.000,00 8% 68.000,00

Vendas Serviços 600.000,00 32% 192.000,00 600.000,00 32% 192.000,00

Receita Financ. 31.000,00 100% 31.000,00

Juros s/ PL 5.000,00 100% 5.000,00

Ganhos Capital 10.000,00 100% 10.000,00 10.000,00 100% 10.000,00

Receita Aluguel 6.000,00 100% 6.000,00 6.000,00 100% 6.000,00

(=)BASE DE CÁLCULO 346.000,00 276.000,00

Alíquotas 9% 31.140,00 15% 41.400,00

AIR 10% X $ 256.000,00 ( $ 276 – $ 20 ) 10% 25.600,00

CSLL E IRPJ DEVIDOS 31.140,00 67.000,00

LUCRO REAL ANUAL - PAGAMENTO POR ESTIMATIVA

95

QUADRO COMPARATIVO - JANEIRO DE 2017

TRIBUTO BALANCETE ESTIMATIVA

CSLL Apurada R$ 43.830,00 R$ 31.140,00

IRPJ Apurado R$ 119.750,00 R$ 67.000,00

TOTAL R$ 163.580,00 R$ 98.140,00

LUCRO REAL ANUAL – BALANCETE X ESTIMATIVA

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Nota: No exemplo apresentado, notamos que o pagamento por estimativa é muito mais

econômico referente ao mês de Janeiro-2017. A economia é de:

R$ 65.440,00 ( $ 163.580,00 - R$ 98.140,00 ).

É recomendável que se faça isso mensalmente, compare os valores e opte pela forma

mais econômica de tributação (estimativa ou balanço/balancete).

LUCRO REAL ANUAL – BALANCETE X ESTIMATIVA

97

BIBLIOGRAFIA

Brasil, Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1.976. Dispões sobre a Sociedades Anônimas.

Brasil, Lei nº 9.430 de 27 de dezembro de 1996. Dispõe sobre a legislação tributária federal, as contribuições

para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras providências.

Brasil, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Instituiu o Novo Código Civil

Brasil, Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002, Dispõe sobre a não-cumulatividade na cobrança da

contribuição para os Programas de Integração Social(PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor

Público(Pasep).

Brasil, Lei. no 10.833, de 29 de dezembro de 2003, Altera a Legislação Tributária Federal e dá outras

providências.

Brasil, .Lei nº 11.638, de 28 dezembro de 2007, Altera e revoa dispositivos da Lei nº 6.404/76, e da Lei nº

6.385/1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de

demonstrações financeiras.98

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Brasil, Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, Altera a legislação tributária federal relativa ao parcelamento

ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos em que especifica; institui regime tributário de

transição.

Brasil, Lei nº 9.430 de 27 de dezembro de 1996. Dispõe sobre a legislação tributária federal, as contribuições

para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras providências.

Brasil, Lei nº 12.973, de 13 maio de 2014, Altera a legislação tributária federal relativa ao IRPJ, à CSLL, à

Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins; revoga o Regime Tributário de Transição – RTT.

Brasil, Decreto nº 3.000, de 26 de Março de 1.999. Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e

administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.

Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil, nº 1700 de 14 de março de 2017, Dispõe sobre a

determinação e o pagamento do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido das

pessoas jurídicas.

BIBLIOGRAFIA

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Prof.º Arnóbio Neto Araujo Durães

Outubro / 2018