produção do 6 português escrito · texts, centro de linguística da universidade de...
TRANSCRIPT
Conceitos introdutórios segunda-feira | 14 de março
Produção do Português Escrito
Sintaxe e Pontuação 14 e 16 de março | 18 e 20 de abril | 23 e 25 de maio
Fa
cul
da
de
de
Le
tra
s d
a U
nive
rsid
ad
e d
e L
isb
oa
| 2
015-
2016
A escrita no ensino superior ¡ Produção do Português Escrito (FL – UL)
¡ Técnicas de Expressão do Português (FL-UP)
¡ Escrita Académica em Português (FL– UC)
¡ Expressão e Argumentação (FCSH – UNL)
¡ …
Áreas críticas da expressão escrita ¡ Cabral, Ana Paula (2003). Leitura, Compreeensão e Escrita no Ensino Superior e Sucesso
Académico. Dissertação de Doutoramento, Universidade de Aveiro.
¡ Cardoso, Adriana, Maria João Hortas, Encarnação Silva & Tiago Tempera (2012). Competências em Língua Portuguesa à saída da licenciatura: o caso da licenciatura em Educação Básica da ESELx. In Atas do V Encontro do CIED - Escola e Comunidade. Lisboa: CIED, pp. 447-460.
¡ Cardoso, Adriana & Catarina Magro (2013). Problemas de coesão referencial na escrita académica em português. Comunicação apresentada na 3ª Conferência Internacional em Gramática e Texto - GRATO 2013. Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa. Dezembro 2013.
¡ Costa, João (2007). Conhecimento gramatical à saída do Ensino Secundário: estado actual e consequências na relação com leitura, escrita e oralidade. In Carlos Reis (org.) Actas - Conferência Internacional sobre o Ensino do Português. Lisboa: Ministério de Educação, pp. 149-165.
¡ Rodrigues, Leila Calil Saade, & Luísa Alves Pereira (2008). Dificuldades de Síntese da Informação Escrita: a pertinência de uma didáctica do escrito no Ensino Superior. Palavras 33, pp. 27-35.
¡ Rodrigues, Leila Calil Saade (2010). Dificuldades de síntese na escrita de alunos do Ensino Superior Politécnico. Dissertação de Doutoramento, Universidade de Aveiro.
¡ Vasconcelos, Rosa Maria, Sílvia Monteiro & Magda Pinheiro (2007). Competências de escrita em Alunos Universitários. World Congress on Communication and Arts. 2007. São Paulo: WCCA, pp.75-78.
Áreas críticas da expressão escrita ¡ Manifestação de dificuldades nos diferentes
níveis de construção textual;
↓ ¡ Problemas mais profundos e generalizados ao
nível da microestrutura textual.
Áreas críticas da expressão escrita ¡ Magro, Catarina & Adriana Cardoso (2013-15)
CUTe: Corpus of Portuguese Undergraduates' Texts, Centro de Linguística da Universidade de Lisboa/Escola Superior de Educação de Lisboa. Disponível em http://www.cute.org.pt
¡ Tipologia de erros
http://corpuscute.wix.com/cute#!tipologia/c24tv
Nível de análise Número de erros % do total de erros
pontuação 379 35,5
sintaxe/semântica 318 29,7
ortografia 151 14,1
semântica 108 10,1
morfossintaxe 51 4,8
sintaxe 38 3,6
morfologia 21 2,0
gralhas 3 0,3
Áreas críticas da expressão escrita
Quadro 1: Ocorrência de erros no CUTe – por nível de análise
Áreas críticas da expressão escrita
Quadro 2: Ocorrência de erros no CUTe – por categoria de erro
Categoria de erro Número de erros % do total de erros
Uso da vírgula 357 33,5
Seleção categorial 119 11,2
Seleção semântica 117 11,0
Referência nominal 83 7,8
Outras incompatibilidades semânticas 61 5,7
Maiúsculas/minúsculas 50 4,7
Acentuação 46 4,3
Concordância 42 3,9
Processamento e representação gráfica de fonemas
30 2,8
Coordenação 23 2,2
Planos de construção textual ¡ texto – do Latim textus, a um = tecido (part. texere)
microestrutura macroestrutura superestrutura
pontuação
Processo de escrita e monitorização da pontuação ¡ planificação
¡ textualização
¡ revisão
¡ reescrita
¡ edição
pontuação
Função da pontuação ¡ Relação com a prosódia
Prosódia – módulo da fonologia que codifica informação linguística relativa a processos que envolvem elementos suprassegmentais (ex. sílaba, acento, entoação, pausas, ritmo).
¡ Entoação Melodia associada a um enunciado (cadeia de segmentos fónicos). C u r v a c o n f i g u r a d a p e l o s p i c o s a c e n t u a i s correspondentes à proeminência que atribuímos a diferentes palavras do enunciado.
Função da pontuação ¡ Relação com a prosódia ¡ Entoação Mesmo enunciado produzido com diferentes contornos entoacionais/curvas melódicas pode veicular diferentes significados linguísticos (tipos de frase):
Afirmação: Hoje, vais ao cinema.
Interrogação: Hoje, vais ao cinema? Exclamação/ordem: Hoje, vais ao cinema!
Dúvida: Hoje, vais ao cinema?...
sinais melódicos
Função da pontuação ¡ Relação com a prosódia ¡ A organização temporal da fala
Organização das sequências de sons no eixo temporal (pausas, velocidade de fala/ritmo).
Fala – contínuo fónico constituído pela produção de segmentos em cadeia (sequências fónicas) e por unidades de silêncio (pausas) distribuídos alternadamente no eixo temporal.
Pausas – interrupções no contínuo fónico (longas ou breves).
Função da pontuação ¡ Relação com a prosódia ¡ A organização temporal da fala
As sequências fónicas e as pausas são medidas através do parâmetro da duração.
As relações entre a duração das sequências fónicas e as pausas de um enunciado contribuem para a determinação do seu ritmo.
Função da pontuação ¡ Relação com a prosódia ¡ A organização temporal da fala
Tradicionalmente:
oralidade
pausas dos enunciados
escrita
sinais de pontuação
sinais pausais
Função da pontuação ¡ Relação com a prosódia ¡ A organização temporal da fala
Tradicionalmente:
ponto ponto e vírgula vírgula
pausa longa pausa breve
Função da pontuação
¡ Diacronicamente:
Flutuação das convenções de pontuação ao longo da história não reflete uma mudança na prosódia do português.
¡ Sincronicamente:
Não se observa uma correlação exata entre ritmo de um enunciado oral e pontuação na sua representação escrita.
oralidade escrita
sistemas com funcionamentos
distintos
estabelecem relações
complexas
Função da pontuação 1) Estes dados permitirão sustentar a hipótese
mais fundamentadamente.
2) O levantamento exaustivo dos dados e o seu tratamento estatístico permitirão sustentar a hipótese mais fundamentadamente.
Função da pontuação 1) Estes dados permitirão sustentar a hipótese
mais fundamentadamente.
2) O levantamento exaustivo dos dados e o seu tratamento estatístico / permitirão sustentar a hipótese mais fundamentadamente.
pausa
Função da pontuação 1) Estes dados permitirão sustentar a hipótese
mais fundamentadamente.
2) O levantamento exaustivo dos dados e o seu
tratamento estatístico , permitirão sustentar a hipótese mais fundamentadamente.
Função da pontuação 3) Caso contrário a hipótese não é validada.
4) Caso os dados empíricos não apresentem esse padrão a hipótese não é validada.
Função da pontuação 3) Caso contrário a hipótese não é validada.
4) Caso os dados empíricos não apresentem esse padrão / a hipótese não é validada.
com pausa
sem pausa
Função da pontuação
3) Caso contrário , a hipótese não é validada.
4) Caso os dados empíricos não apresentem esse
padrão , a hipótese não é validada.
Vírgula obrigatória em ambos os casos
Função da pontuação Casos de:
¡ Pausas que não correspondem a vírgulas
(cf. exemplo (2))
¡ Vírgulas que não correspondem a pausas
(cf. exemplo (3))
Função da pontuação ¡ A prosódia estabelece relações com o módulo
sintático da gramática.
¡ As (atuais) convenções de pontuação são maioritariamente de base sintática.
¡ A boa formação de enunciados escritos depende da presença/ausência de pontuação em determinadas posições sintáticas.
Leituras complementares ¡ Cardoso, Adriana, Catarina Magro, João Braz &
Teresa Nunes (2014). CUTe: Corpus of Portuguese Undergraduates' Texts – Um recurso para a investigação em escrita académica em português. In A. Moreno, F. Silva, I. Falé, I. Pereira & J. Veloso (Orgs.), XXIX Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística - Textos Selecionados (pp. 169-184). Porto: Associação Portuguesa de Linguística.
¡ Duarte, Inês (2000). Língua portuguesa: Instrumentos de análise (pp. 402-410). Lisboa: Universidade Aberta.