produção de sedimentos na bacia do rio verruga

PRODUO DE GUA E SEDIMENTOS EM BACIA

HIDROGRFICA DO PLANALTO DA CONQUISTA

Discente: Phablo Cabral de Oliveira PIBIC-Fapesb/IFBA

Orientador: Prof. Dr. Felizardo Adenilson Rocha

IFBA-Vitria da Conquista

INTRODUO

O conhecimento da quantidade de sedimentos transportados pelos rios de fundamental importncia para o planejamento e aproveitamento dos recursos hdricos de uma regio.

A quantidade de sedimento transportado no curso fluvial est diretamente relacionada vazo.

As concentraes de sedimentos e as vazes so influenciadas pela intensidade das precipitaes e por sua distribuio.

Define-se Produo de Sedimentos (PS) como a quantidade de sedimentos que removida para fora de uma bacia hidrogrfica ou de uma rea considerada.


OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Monitoramento da vazo e produo de sedimentos (em suspenso na massa lquida e por arraste de fundo) na bacia do rio Verruga;

OBJETIVO ESPECFICO

Determinar a vazo do rio verruga, empregando o mtodo do molinete, e gerar a curva chave do rio (vazo x cota);

Quantificar a produo de sedimentos por arraste de fundo e suspenso na seo de controle do rio, bem como calcular a descarga total de sedimentos da bacia;

Obter a granulometria dos sedimentos de arraste de fundo do rio nas sees de controle estudadas;

Testar o modelo de Colby (1964), apud Carvalho (2008), para estimativa da descarga de sedimentos de leito de fundo.


METODOLOGIA

Monitoramento da vazo

Instalao do posto fluviomtrico;

Batimetria na seo do trecho do rio em estudo, medio direta da profundidade com o auxlio de uma rgua;

Utilizao do micromolinete fluviomtrico;


METODOLOGIA

Medidas de slidos totais

Coletas Quinzenais;

Subdiviso das sees estudadas;

Amostrador de Sedimentos em suspenso USDH-48;

Anlise experimental das amostras atravs do mtodo por evaporao em mufla.;


METODOLOGIA

Medidas de sedimento de arraste de fundo

Coletas Quinzenais;

Amostrador de sedimentos, modelo Helley Smith;

Anlise Granulomtrica pelo mtodo do peneiramento e pipetagem;

Amostrador de sedimentos modelo Helley Smith


METODOLOGIA

Avaliao do modelo proposto por Colby (1964), apud Carvalho (2008).

= . = . + . . , . .

Qsml= Descarga slida de areias, ton.dia-1;

L= largura da seo, em ft;

q'sml= descarga de areias no-corrigida;

K1= Fator de correo dos efeitos da temperatura sobre a descarga de fundo

(Carvalho, 2008);

K2= Fator de correo, obtido em funo da profundidade em ft, e da concentrao

de sedimentos finos (Carvalho, 2008);

K3= Fator de correo do dimetro de partcula fora da faixa granulomtrica de 0,2

a 0,3 mm, obtido segundo Carvalho (2008).


RESULTADOS E DISCUSSES

Os valores de slidos totais dissolvidos diferiram entre os perodos seco e chuvoso, demonstrando o reflexo do desmatamento da

bacia.

Quadro 1. Valores de Slidos Totais Dissolvido dos pontos de coleta 4 (montante de Itamb) e 5 (jusante

de Itamb)


Data Ponto

Peso (cadinho

aps 5 min em mufla a 150) (g)

Peso(cadinho +

amostra,antes da mufla)(g)

Peso(cadinho +

amostra,depois da mufla)(g)

Peso slido seco(mg)

Solidos Totais em Suspenso(mg/L)

23.03 5-1 m(80mL) 58,32 136,59 58,34 16,4 205

23.03 5 -3 m(80 mL) 55,22 134,45 55,23 15,7 196,25

23.03 5-5 m (80mL) 55,22 132,65 55,24 19,9 248,75

23.03 5 -7 m(80mL) 58,15 137,04 58,17 19,1 238,75

Data Ponto

Peso (cadinho


Peso(cadinho +


Peso(cadinho +


Peso slido seco(mg)


04.05 5-1 m(80mL) 58,32 137,08 58,34 18,6 232,5

04.05 5 -3 m(80 mL) 55,22 134,37 55,24 20,3 253,75

04.05 5-5 m (80mL) 71,13 150,26 71,14 20,1 251,25

04.05 5 -7 m(80mL) 58,15 137,12 58,17 19,2 240

DATA Ponto

Peso (cadinho


Peso(cadinho +


Peso(cadinho +


Peso slido seco(mg)


08.06 4-1 m(80mL) 58,32 137,75 58,34 18,8 235

08.06 4 -3 m(80 mL) 55,22 133,42 55,24 16,8 210

08.06 4-5 m (80mL) 71,13 145,35 71,14 15,4 192,5

08.06 4 -7 m(80mL) 58,15 138,16 58,16 16,4 205


Os valores de Slidos totais encontrados foram utilizados nos clculos, juntamente com as velocidades e as profundidades

medidas em campo, para encontrar a vazo e a descarga slida

no trecho estudado.

Fica claro que com o aumento da vazo ocorreu um aumento na descarga slida em suspenso nos trechos


DATA PONTO VAZO (m3/s) SLIDOS TOTAIS (mdia)(mg/L) Qss (T/dia) (TOTAL)

16/11/2012 5 16,95 976,87 1436,93

31/11/2012 5 2,20 264,25 52,66

15/12/2012 5 0,86 155 11,11

12/01/2013 5 0,76 257,5 16,62

23/03/2013 5 0,68 222,19 13,57

12/04/2013 5 1,36 275,62 29,77

04/05/2013 5 0,76 244,37 16,34

20/07/2013 4 0,68 270,62 19,86

03/08/2013 4 0,45 154,37 6,76


Grfico com o regime de precipitao em novembro de 2012.

Fonte: http://www.inmet.gov.br/



Grfico com o regime de precipitao em agosto de 2013.

Fonte: http://www.inmet.gov.br/



Atravs dos valores de vazo calculados e das cotas obtidas no momento das tomadas de medidas em campo, foi possvel traar

a curva chave caracterstica do trecho do Rio estudado.


Dia Cota(cm) Vazo(m/s)

16/11/2012 155 16,9

31/11/2012 32 2,20

15/12/2012 0 0,86

12/01/2013 7 0,76

23/03/2013 16 0,68

12/04/2013 7 1,36

04/05/2013 20 0,76

20/07/2013 26 0,68

03/08/2013 32 0,45


Quadro com a anlise granulomtrica do material coletado no leito do rio.

AG- Areia Grossa , AF- Areia Fina, Ar- Argila , S- Silte.

As anlises granulomtricas do sedimento do arraste de fundo indicaram uma mdia de 70,12% de areia grossa, 26,76% de areia fina, 1,26% de argila e 1,86% de silte nos sedimentos coletados nos trechos estudados, no perodo de maio a agosto de 2013.


DATA Peso becker (antes

estufa) Peso becker (ps

estufa) Massa

Multiplicado

por F Porcentagem Somatorio

Porcentagens

corrigidas

03/ago AG 34,4163 40,1081 5,6918 0,569174308 56,91743083 58,51

03/ago AF 34,1982 37,8702 3,672 0,367196328 36,7196328 37,75

03/ago S+Ar 37,1468 37,175 0,0182 0,036399636 3,6399636

03/ago Ar 31,3106 31,3327 0,0121 0,024199758 2,4199758 2,49

03/ago Silte 0,012199878 1,2199878 1,25

peso de solo 10,0001 0,97277 100


Aplicando o modelo de Colby (1964), apud Carvalho (2008) para os dados de descarga slida j conhecidos foram encontrados

os valores expostos no quadro a seguir:


Data QSS(ton/dia) Largura(ft) Qsml

16/11/2012 1436,93 45,93 1435,49

31/11/2012 52,66 29,52 52,66

15/12/2012 11,11 32,80 11,11

12/01/2013 16,62 29,52 16,62

23/03/2013 13,57 29,52 13,57

12/04/2013 29,77 32,80 29,77

04/05/2013 16,34 31,16 16,34

20/07/2013 19,86 32,80 19,86

03/08/2013 6,76 29,52 6,76

CONCLUSES

Os picos de vazo na seo de controle do rio Verruga ocorreram no ms de novembro, perodo chuvoso, atingindo

Qmax de 16,9 m3/s;

Pela anlise granulomtrica do sedimentos de fundos, observou-se que a frao areia transportada em maior proporo .

A curva chave de sedimentos apresentou bom ajuste (R2=0.92), podendo ser utilizada para estimar a vazo do rio Verruga em

eventos futuros;

O transporte de sedimentos pelo rio Verruga foi muito elevado no perodo chuvoso.


REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS


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Turvo Sujo. Viosa, 2008. 172p. Tese (Doutorado em Engenharia Agrcola), Universidade

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BERTOL, I., MIQUELLUTI, D.J. Perdas de solo, gua e nutrientes reduzidas pela cultura

do milho. Pesquisa Agropecuria Brasileira, Braslia, v.28, n.10, p.1205-1213, 1993.

CARVALHO, N. O. Hidrossedimentologia prtica. 2o ed, Rio de Janeiro: Intercincia,

2008. 599p.

CARVALHO, N. O.; FILIZOLA JR, N. P.; SANTOS, P. M. C.; LIMA, J. E. F. W. Guia de

prticas sedimentomtricas. Braslia: ANEEL, 2000, 132p.

COLLINS, A.L. et al. Source type ascription for fluvial suspended sediment based on a

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EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECURIA. Manual de mtodos de

analise de solo. 2a ed., Embrapa-CNPS, Rio de Janeiro, 1997. 212p.

FOSTER, G.R. Modeling the erosion process. In: HAAN, C.T. et al. (Ed.). Hydrologic

modeling of small watersheds. Saint Joseph: ASAE. p.295-380. 1982

AGRADECIMENTOS


Gostaria de agradecer a COPEX pelo apoio e ao meu orientador

Prof. Dr. Felizardo Adenilson Rocha por todo aprendizado,

orientao e pacincia nos trabalhos do projeto.

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