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1 UTILIZAÇÃO DE BARREIRAS FÍSICAS NA CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS ORIUNDOS DA EROSÃO POR RAVINAMENTO Douglas Santana Serato - Graduando em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia ([email protected]). Ricardo Reis Alves - Doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia ([email protected]) Eduardo Humberto Campos - Graduando em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia ([email protected]). Pedro Bueno Rocha Campos - Graduando em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia ([email protected]). Silvio Carlos Rodrigues - Professor Doutor da Universidade Federal de Uberlândia ([email protected]). RESUMO A intensa exploração trouxe consigo conseqüências negativas ao meio ambiente. Áreas agrícolas, ocupações residenciais em áreas de risco, entre outros, são fatores que contribuem para a contínua degradação ambiental. É por este e outros fatores que no Brasil, cada vez mais, estão sendo elaborados projetos de recuperação de áreas degradadas, visando não somente a recuperação em si, mas principalmente, a conscientização da população para a questão da preservação ambiental. O presente trabalho teve como área de atuação a Fazenda Experimental do Glória, localizada no município de Uberlândia-MG, onde foram desenvolvidas metodologias que aliavam a contenção da erosão na recuperação da área degradada com a utilização de materiais de baixo custo, porém eficazes. Para tal recuperação, foram instaladas barreiras de contenção de sedimentos feitas sacos de ráfia contendo terra. Foram estudados quatro canais (ravinas) onde em cada um desses foram colocados de 2 a 3 barreiras. Para obter resultados que comprovassem a efetividade das barreiras, foram instalados vergalhões de ferro em diversos pontos no interior dos canais, onde se coletava informações semanais sobre a quantidade de sedimentos que era depositado ou erodido. Os resultados foram bem satisfatórios. Observamos que as barreiras conseguiram segurar uma grande quantidade de sedimentos. As barreiras à montante dos canais foram as que seguraram a maior quantidade de sedimentos em relação às barreiras à jusante. Este fato já era esperado, pois os sedimentos que seriam carreados para a parte à jusante ficaram retidos na barreira que se encontra à montante. Devido a estes acontecimentos, foram se formando patamares nos canais, onde a declividade de cada canal foi sendo atenuada. Isto proporciona melhores condições para iniciar o processo de revegetação, pois com a diminuição da declividade no interior dos canais e o acúmulo de sedimentos, o ambiente em questão vai se tornando mais apto a receber espécies vegetais. PALAVRAS - CHAVE: Ravinamento, barreiras de contenção, erosão.

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UTILIZAÇÃO DE BARREIRAS FÍSICAS NA CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS ORIUNDOS DA EROSÃO POR RAVINAMENTO

Douglas Santana Serato - Graduando em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia

([email protected]).

Ricardo Reis Alves - Doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia ([email protected])

Eduardo Humberto Campos - Graduando em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia

([email protected]).

Pedro Bueno Rocha Campos - Graduando em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia ([email protected]).

Silvio Carlos Rodrigues - Professor Doutor da Universidade Federal de Uberlândia ([email protected]).

RESUMO

A intensa exploração trouxe consigo conseqüências negativas ao meio ambiente. Áreas agrícolas, ocupações residenciais em áreas de risco, entre outros, são fatores que contribuem para a contínua degradação ambiental. É por este e outros fatores que no Brasil, cada vez mais, estão sendo elaborados projetos de recuperação de áreas degradadas, visando não somente a recuperação em si, mas principalmente, a conscientização da população para a questão da preservação ambiental. O presente trabalho teve como área de atuação a Fazenda Experimental do Glória, localizada no município de Uberlândia-MG, onde foram desenvolvidas metodologias que aliavam a contenção da erosão na recuperação da área degradada com a utilização de materiais de baixo custo, porém eficazes. Para tal recuperação, foram instaladas barreiras de contenção de sedimentos feitas sacos de ráfia contendo terra. Foram estudados quatro canais (ravinas) onde em cada um desses foram colocados de 2 a 3 barreiras. Para obter resultados que comprovassem a efetividade das barreiras, foram instalados vergalhões de ferro em diversos pontos no interior dos canais, onde se coletava informações semanais sobre a quantidade de sedimentos que era depositado ou erodido. Os resultados foram bem satisfatórios. Observamos que as barreiras conseguiram segurar uma grande quantidade de sedimentos. As barreiras à montante dos canais foram as que seguraram a maior quantidade de sedimentos em relação às barreiras à jusante. Este fato já era esperado, pois os sedimentos que seriam carreados para a parte à jusante ficaram retidos na barreira que se encontra à montante. Devido a estes acontecimentos, foram se formando patamares nos canais, onde a declividade de cada canal foi sendo atenuada. Isto proporciona melhores condições para iniciar o processo de revegetação, pois com a diminuição da declividade no interior dos canais e o acúmulo de sedimentos, o ambiente em questão vai se tornando mais apto a receber espécies vegetais. PALAVRAS - CHAVE: Ravinamento, barreiras de contenção, erosão.

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ABSTRACT

The intensive exploration made by Humankind brought negative consequences to the environment. A lot of lands used in the agriculture, human residencies at risk areas, and others, are factors that contribute to continue environmental degradation. Because of these and others factors, the research Brazilian community is elaborating projects to recuperate degraded areas, targeting not just the recuperation, but mainly, the environmental learning and understanding by the different classes of the national population. The research area of this paper was the Experimental Glória Farm (UFU), localized in Uberlândia – MG, where were developed some methodologies for making the recuperation of degraded areas by means of the cheapest material, but effective. Some barriers, made of bamboos, rest of civil construction and plastic bags full of land, was constructed to contain sediments detached in the erosion process. Other material used was the anti-erosive covers, which was used at the surface of land to retain its largest parts. These covers also were used to retain the land moisture, helping the vegetation grow up near of the erosion process. For measure the effectiveness of the barriers some iron stakes were placed inside the gullies studied, where was collected the information about the quantity of sediments that was deposited or eroded. Key Words: recuperation of degraded areas, barriers to contain sediments, anti-erosive covers and gullies.

INTRODUÇÃO

O processo de desenvolvimento brasileiro é baseado em uma intensa exploração do

meio ambiente. A enorme demanda por recursos naturais ocasionou uma exploração

desmedida por parte do Homem, levando a uma rápida degradação do meio ambiente. Dentre

as regiões afetadas por tal processo, o Triângulo Mineiro, situado no estado de Minas Gerais,

sofreu intensa exploração. A conseqüência dessa intensa e desenfreada ação antrópica foi a

transformação negativa da paisagem, gerando impactos ambientais ligados ao desmatamento

e a urbanização.

A intervenção humana sobre o relevo requer a ocupação e consequentemente gera

transformações da superfície do terreno. Algumas destas intervenções, dependendo da forma

como é conduzida, podem acarretar impactos ambientais que por sua vez podem ocasionar

prejuízos imensos ao meio físico e aos seres humanos.

Uma área quase totalmente alterada pela ocupação humana é a bacia hidrográfica do

Córrego do Glória, localizada no município de Uberlândia (MG). O grande desmatamento na

área para a construção de estradas, para o cultivo e formação de pastagens, expôs o solo

diretamente aos agentes climáticos, trazendo com isso uma intensificação da erosão natural,

causando prejuízos ao meio ambiente.

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Devido a esses impactos ocorridos ao longo da bacia hidrográfica do Córrego do

Glória, despertou-se um grande interesse em pesquisa-los, mais especificamente uma

voçoroca localizada numa micro-bacia, afluente do Córrego do Glória, o qual é tributário do

rio Uberabinha, principal reserva de abastecimento da cidade de Uberlândia. Tal voçoroca foi

escolhida por se tratar de uma evolução desencadeada pelo desmatamento (ações antrópicas) e

acelerada pela ação intempérica (a chuva principalmente).

A voçoroca a ser analisada encontra-se num estágio de crescimento bem acentuado. A

idéia do projeto consiste em recuperar uma parcela da voçoroca, com o intuito de verificar

técnicas simples e eficazes de recuperação em áreas degradadas.

Os motivos pelos quais se propõe tal pesquisa giram em torno de um melhor

conhecimento a respeito do que é uma voçoroca, quais são seus mecanismos de formação,

qual o papel da ação do homem no que diz respeito ao agravamento da degradação da área,

quais as conseqüências de tais ações (ação humana), quais os possíveis métodos a serem

utilizados visando uma recuperação da área degradada, entre outros fatores que no decorrer da

pesquisa serão analisados.

O objetivo geral do projeto consiste em avaliar os problemas de degradação ambiental

decorrentes dos processos erosivos que atuam na área de estudo escolhida, buscando, com

isso, compreender o funcionamento do sistema ambiental, dos processos erosivos e

conseqüentemente se chegar à recuperação da área.

Para isso alguns objetivos específicos foram traçados, como a avaliação dos processos

hidrogeomórficos que condicionam os processos erosivos difusos que atuam na voçoroca, o

acompanhamento dos processos que ocorrem no experimento através de métodos

fotográficos, execução de mensurações físicas dos procedimentos de contenção de erosão e

medição da efetividade das medidas de contenção.

A área de estudo perfaz a região do município de Uberlândia, na Fazenda

Experimental do Glória. Uberlândia situa-se no Estado de Minas Gerais, na meso-região do

Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, entre as coordenadas latitude sul 18º55’23” e longitude

W.Gr. 48º17’19” (Fig. 1).

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Figura 1: Localização do Município de Uberlândia e do local de estudo. Org.: SERATO, 2007

O município de Uberlândia está inserido no Bioma Cerrado, sendo que seus principais

tipos fisionômicos são: vereda, campo limpo, campo sujo, Cerradão, mata de várzea, mata

galeria ou ciliar e mata mesofítica. A hidrografia do município pertence à Bacia Hidrográfica

do Rio Araguari, afluente do Rio Paranaíba tendo o rio Uberabinha e seu afluente Bom Jardim

como principais cursos d’água que são utilizados como fontes de abastecimento de água para

a cidade. A erosão a ser estudada localiza-se à margem esquerda do Córrego do Glória.(Fig.

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Figura 2: Área de estudo na fazenda do Glória, Uberlândia (MG). Org.: SERATO, 2007

Carrijo e Baccaro (2000, apud Brito 2007), afirmam que o município de Uberlândia

está situado no domínio dos Planaltos e Chapadas da Bacia Sedimentar do Paraná, estando

inserido na sub-unidade do Planalto Meridional da Bacia do Paraná, apresentando relevo

tabular, levemente ondulado, com altitude inferior a 1.000 m. O autor complementa

afirmando que as bases geológicas do município são os basaltos da Formação Serra Geral do

Grupo São Bento e rochas do Grupo Araxá nas proximidades da divisa com o município de

Araguari. Encontram-se recobertos pelos arenitos das formações Marília, Adamantina e

Uberaba do Grupo Bauru e ainda arenitos da formação Botucatu do Grupo São Bento.

Solos

Baseado em dados da Embrapa (1982, apud Brito 2007), os solos do município de

Uberlândia são do tipo LatossoloVermelho-Escuro Álico, Latossolo-Vermelho-Amarelo

Álico, Latossolo Vermelho-Escuro Distrófico, Latossolo Roxo Distrófico e Eutrófico,

Podzólico Vermelho-Cambissolo Eutrófico.

Alves (2007) afirma que na voçoroca estudada existem somente dois tipos de solos

bem estruturados, o Latossolo Vermelho Amarelo que ocorre na área à montante da cabeceira

da voçoroca e o Neossolo Litólico que se encontra à jusante da voçoroca, local onde se tem o

afloramento dos basaltos. A parte intermediária da voçoroca apresenta um material

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saprolizado a partir da decomposição dos arenitos, mostrando-se praticamente sem estrutura e

com baixa agregação.

Erosão dos solos

A erosão dos solos compreende a destruição física das estruturas do solo e seu

carregamento em geral é feito pela água da chuva e também pelo vento. A erosão pode ser

desencadeada por processos naturais ou antrópicos.

Lima et al.(2003 apud Camapum de Carvalho, 2006), afirmam que o processo erosivo

depende tanto de fatores externos, como o potencial de erosividade da chuva e escoamento

superficial, como de fatores internos, como desagregabilidade e erodibilidade do solo. E

complementam dizendo que a evolução da erosão ao longo do tempo depende de fatores

como características geológicas e geomorfológicas do local e evolução mineralógica do solo.

Alguns mecanismos são responsáveis pela erosão, dentre eles temos o splash erosion,

ou erosão por salpico. Este mecanismo de erosão tem seu início quando a gota da chuva

impacta o solo causando a compactação da superfície do terreno, por meio da remobilização

de silte e argila nos espaços intergranulares. Esta compactação pode implicar na redução da

capacidade de infiltração, acarretando o aumento do escoamento superficial. (OLIVEIRA,

2005).

Neste trabalho, em especial, foi estudada a erosão por voçorocamento, definida como

um processo erosivo associado com erosão acelerada e com a instabilidade da paisagem,

desencadeado pelo acúmulo de água proveniente do escoamento superficial e subsuperficial,

influenciados pelas propriedades dos solos, regime pluviométrico, características das

encostas, uso do solo e desmatamento da vegetação, gerando estreitos canais que removem o

solo da região em consideráveis profundidades. (MORGAN, 2005 apud FEITOSA, 2005).

Com relação às causas que levam à erosão por voçorocamento, Coelho Netto (1998,

apud OLIVEIRA, 1999) coloca que o ravinamento e o voçorocamento são causados por

diversos fatores que atuam em diferentes escalas temporais e espaciais. Todos derivam de

rotas tomadas pelos fluxos de água, que podem ocorrer superficialmente ou

subsuperficialmente.

Os relatos de algumas experiências nos dão uma idéia sobre o que é uma

requalificação ambiental de voçoroca. Como exemplo podemos citar as obras das empresas

Vertical Green® e da Deflor Bioengenharia, atuantes no setor de recuperação ambiental e

contenção de erosões. Tais empresas utilizam de tecnologias como sistemas para plantio de

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grama - forração vegetal, sistemas de drenagem e captação de água, sistemas para reforço de

terreno, paliçada, estacas vivas, mantas antierosivas, também conhecidas como biomantas ou

geotexteis), entre outras.

A biomanta e a geotextil são mantas antierosivas que, de acordo com a empresa

Geogreen Desenvolvimento Ambiental, têm como uma de suas características a proteção da

superfície do solo, evitando a erosão superficial e conseqüentemente o ravinamento. Outra

propriedade é quanto ao favorecimento da germinação das sementes, pois ela proporciona um

sombreamento e retenção da umidade, trazendo um melhoramento no trabalho de

revegetação.

Uma das vantagens do geotextil, segundo Lekha (2003 apud BEZERRA e

RODRIGUES, 2006) é que: Os geotexteis protegem as sementes e o solo até a encosta ficar estabilizada com a cobertura vegetal, formando uma proteção entre as partículas do solo e as águas das chuvas, minimizando o escoamento superficial e sua velocidade, mantendo a capacidade do solo de absorver água. (LEKHA, 2003 apud BEZERRA e RODRIGUES, 2006. p. 169).

Lepsh (2002), coloca que devido à falta de vegetação natural, o solo fica exposto a

uma série de fatores que ocasionalmente o empobrecem. O autor ainda afirma que os

processos de empobrecimento e lixiviação, erosão hídrica, erosão eólica, excesso de sais ou

salinização, degradação física e degradação biológica, contribuem drasticamente para o

empobrecimento e provável perda de solo.

MATERIAL E MÉTODO

No decorrer da pesquisa, as atividades foram desenvolvidas em duas fases, sendo uma

fase de campo e outra pós-campo. A fase de campo iniciou-se com a construção das barreiras

de contenção de sedimentos, feitas da seguinte maneira: em primeiro lugar houve a escolha

dos pontos onde seriam colocadas as barreiras. Os critérios adotados para a escolha dos

pontos de construção das barreiras basearam-se quanto ao estreitamento do canal, o que

facilita a construção das barreiras e a distância entre uma barreira e outra. Os materiais

utilizados para a construção das barreiras foram escolhidos seguindo um critério de eficiência

e baixo custo.

A área de estudo foi dividida em quatro canais, os quais receberam tratamentos

diferenciados, porém procurando alcançar os mesmos objetivos. No Canal A foram utilizados

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sacos de ráfia contendo terra nas barreiras. Neste canal não foi colocada nenhuma proteção

nas bordas; no Canal B foram utilizados sacos de ráfia contendo terra nas barreiras, as arestas

das alcovas de regressão foram retiradas e as bordas receberam proteção com a colocação das

mantas antierosivas. No Canal C foram utilizadas telhas e bambus nas barreiras e as bordas

não receberam proteção. No Canal D foram utilizadas telhas, bambus e placas de ferro nas

barreiras. As bordas receberam proteção com a colocação das mantas antierosivas.

Os sacos de ráfia foram doados por panificadoras, lojas de materiais agrícolas e pelos

próprios trabalhadores da fazenda. Os bambus foram retirados da área de estudo, pois se

encontra uma grande quantidade no local. As telhas também foram conseguidas no local da

pesquisa, o mesmo servindo anteriormente como depósito de entulhos. O intuito de se colocar

os bambus como barreira foi que os mesmos ao serem plantados conseguissem se desenvolver

e formar uma barreira natural.

Outra etapa da fase de campo foi a instalação de vergalhões de ferro em pontos onde

fosse possível, através de monitoramentos, entender como se dá a evolução dos sedimentos no

canal. Estes vergalhões possuíam um metro de altura, sendo que 40 centímetros ficaram

fincados no solo e os outros 60 centímetros expostos, os quais serviram de referência para

monitorar a altura dos sedimentos nos pontos. Os pontos foram distribuídos, em sua maioria,

em locais próximos às barreiras, para que fosse possível verificar a eficiência das mesmas.

(fig. 3). Outros vergalhões foram colocados em pontos próximos às cabeceiras dos canais com

a finalidade de observar a altura dos sedimentos próximos às cabeceiras e a partir disso

relacionar com os dados obtidos nos pontos próximos às barreiras. (fig. 4). O monitoramento

desses pontos ocorreu semanalmente a partir da medição dos vergalhões. Concluímos que

quanto maior fosse o tamanho do vergalhão exposto, mais intenso foi o processo erosivo em

detrimento da sedimentação.

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Figura 3: Vergalhão de ferro servindo como ponto de coleta. Autor: SERATO, 2007.

Figura 4: Barreiras (em preto) e pontos de coleta de informações (em amarelo). Org.: SERATO, 2008.

A fixação de mantas antierosivas na superfície das cabeceiras de dois canais, também

foi parte da fase de campo. Os materiais usados foram mantas antierosivas de nylon e

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grampos de ferro para fixá-las ao solo. Antes de colocá-las, as arestas das bordas dos canais

foram retiradas, deixando-as menos irregulares. (fig. 5).

Figura 5: Retirada das arestas das bordas do canal. Autor: SERATO, 2007.

As organizações do banco de dados, o tratamento destes dados, assim como um

aprofundamento teórico fizeram parte da etapa pós-campo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a colocação das barreiras de contenção nos canais estudados e através das

mensurações da evolução dos sedimentos, os quais tiveram início no dia 18 de Outubro de

2007, observou-se que tais barreiras alcançaram o objetivo que era conter os sedimentos e

fazer com que o nível de base dos canais aumentasse e também fazer com que a inclinação

dos canais diminuísse, ocasionando um fluxo de água menos intenso e com menos potencial

erosivo.

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Canal A

No canal A foram colocadas barreiras feitas com sacos de ráfia cheios de terra e

notou-se que no ponto 1 houve uma maior deposição de sedimentos, onde a deposição chegou

a 35,5 centímetros de sedimentação. O ponto 2 foi o segundo com maior deposição,

alcançando 24,5 centímetros de deposição e o ponto 3 o que menos recebeu sedimentos,

apenas 3 centímetros. Isso demonstra que a presença da barreira colocada no ponto 1,

localizada à montante do canal, reteve os sedimentos que seriam carreados para os pontos

mais a jusante, ocasionando menores variações dos valores nos pontos mais à jusante.

As barreiras do canal A foram as que obtiveram os melhores resultados, retendo

melhor os sedimentos. Devido à efetividade das barreiras foi possível observar a acumulação

da água e consequentemente, após à infiltração e evaporação da mesma, a deposição dos

sedimentos suspensos na base da barreira. (Fig.6)

Figura 6: Acúmulo da água devido à colocação da barreira e aparecimento de vegetação. Autor: SERATO, 2007.

Nas paredes dos canais próximas às barreiras, percebeu-se o desenvolvimento de

espécies vegetais próprias de ambientes bastante úmidos. Este crescimento só foi possível

graças à barreira, que além de conter os sedimentos ainda reteve a umidade. (Fig. 6)

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Canal B: No canal B foram colocadas barreiras feitas com sacos de ráfia contendo terra, além de

mantas antierosivas nas bordas da cabeceira do canal. As mantas foram colocadas com a

finalidade de segurar os materiais grosseiros como, por exemplo, os seixos e também dar

suporte à vegetação que futuramente será inserida no local.

Entre os dia 20 de dezembro de 2007 e 10 de janeiro de 2008, houve uma grande

quantidade de deposição de sedimentos no ponto 3. Esta se deve ao fato de que no trecho de

canal onde se encontra o ponto 3 houve o desmoronamento de uma alcova de regressão e,

consequentemente, a retenção e deposição deste sedimento que foi erodido. Tal rompimento e

posteriormente transporte de sedimentos está relacionado com a grande quantidade de chuvas

registradas entre o dia 18 e 22 de dezembro de 2008 (cerca de 140 mm de chuva), sendo que a

maior pluviosidade aconteceu no dia 20 de dezembro de 2008. Na semana do dia 3 ao dia 10

de janeiro de 2008 observou-se que este material que a priori havia sido depositado, acabou

por ser erodido posteriormente, fazendo com que o leito deste trecho voltasse próximo ao

nível anterior.

No geral, os pontos 2 e 4 foram os que mais sofreram deposição de sedimentos neste

canal sendo, respectivamente, 18 e 19 centímetros de sedimentação. Os pontos 1 e 3 variaram

em 5,5 centímetros de sedimentação cada um. Isto demonstra que as barreiras foram eficazes

na contenção dos sedimentos, pois os pontos 2 e 4 estavam localizados bem próximos às

barreiras.

Outro fato acontecido no canal B foi que as mantas realmente seguraram os materiais

grosseiros fazendo com que a ação erosiva da água, ao passar pela geomanta, transportasse

basicamente os materiais menos grosseiros como, por exemplo, areias, siltes e argilas, e

alguns seixos menores. Estas mantas, apesar de não serem completamente biodegradáveis,

apresentaram um tempo de degradação relativamente curto, aproximadamente seis meses.

(Fig. 7).

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Figura 7: Ação da manta antierosiva segurando os materiais grosseiros e ela em seu estado de degradação. Autor: SERATO, 2008.

Canal C:

No canal C foram colocadas barreiras feitas com bambu e telhas. Estas barreiras

mostraram-se eficientes até certo ponto, pois praticamente em todas as barreiras feitas com

esse material a água mudava seu percurso e começava a escavar as laterais da barreira até

chegar ao ponto de ultrapassá-la e seguir seu curso. Tal acontecimento ocasionava um

problema na mensuração dos dados coletados, pois com a mudança de percurso da água e sua

conseqüente ultrapassagem da água, alguns pontos onde foram colocados os vergalhões de

ferro ficavam fora da área de atuação do processo erosivo-sedimentológico ocasionado pelo

canal da água.

O ponto 1 à montante, apresentou uma variação final de 2 centímetros, na qual foi

possível observar que o processo de erosão superou o processo de sedimentação. Este fato

ficaria mais em destaque caso as barreiras mais à jusante estivessem contendo bem os

sedimentos, pois através disso seria possível observar com mais clareza a diferença entre os

valores obtidos nas barreiras.

O ponto 2, devido à falha encontrada na barreira 2 apresentou pequena variação

equivalente à 6,5 centímetros de deposição. Mesmo com a constatação de falha da barreira e

posteriormente o ajuste da mesma, a água continuava a procurar um caminho de passagem e

com isso escavava as laterais do canal. O mesmo aconteceu no ponto 3, onde a barreira não

conseguiu segurar os sedimentos de forma completa e a variação foi de 6 centímetros de

sedimentação.

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Canal D:

No canal D foram implantadas barreiras de bambu com telha e também colocadas as

mantas antierosivas nas bordas da cabeceira do canal. Dentro deste canal, a barreira 1 foi a

que mais variou, apresentando 21 centímetros de deposição de sedimentos enquanto que na

barreira 2 a variação foi de 6 centímetros de sedimentação.

A boa contenção dos sedimentos fez com que os mesmo atingissem o topo da

barreira, ocasionando a passagem da água e de sedimentos por cima da mesma. (Fig. 08).

Figura 08: Sedimentos alcançando o topo da barreira 1 no canal D. Autor: SERATO, 2007

A variação da evolução dos sedimentos aconteceu basicamente no início da coleta dos

dados. O ponto à jusante apresentou a menor variação neste canal perfazendo um total de 6

centímetros de deposição, devido ao fato de que no começo a barreira não funcionou

corretamente. Foram feitas alterações na barreira, porém com o seu ajuste, o ponto de coleta

ficou fora da área de atuação dos processos.

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Na barreira à jusante, os bambus acabaram por se desenvolver. A idéia da colocação

dos bambus como barreiras é que os mesmos, ao se desenvolverem, formem uma barreira

natural fechando a passagem de sedimentos, além de proporcionar matéria orgânica ao solo

através da serrapilheira. (Fig.09)

Figura 09: Desenvolvimento do bambu. Autor: SERATO, 2008

As mantas antierosivas colocadas no canal D desempenharam sua função e seguraram

os materiais grosseiros, além de servirem como micro barreiras para a erosão laminar. Elas

formaram áreas de acúmulo de sedimentos provenientes da erosão laminar que ocorre na área

de contribuição do canal. (Fig. 10).

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Figura 10: Sedimentos retidos pela manta antierosiva. Autor: SERATO, 2008

Cumprindo com o que foi proposto para a utilização das mantas antierosivas, as

mesmas obtiveram sucesso quanto à retenção de umidade no solo, possibilitando o

aparecimento de vegetação no entorno dos canais. Esta vegetação atua como barreiras de

sedimentos e também ajuda o solo a recuperar seus componentes como, por exemplo, os

constituintes minerais, água no solo, ar no solo e matéria orgânica que haviam sido levados

pelos processos erosivos que atuam no canal. (Fig. 11).

Figura 11: Crescimento da vegetação por debaixo das mantas antierosivas e sobressaindo acima as mesmas. Autor: SERATO, 2007

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Para que se tenha uma visão mais clara das variações ocorridas nos canais, o gráfico a

seguir mostra os valores finais de variação nos pontos dos canais. (Observar fig. 4 e 12).

Valores de variação nos pontos dos canais

0 10 20 30 40 50 60 70

Ponto 1/A

Ponto 2/A

Ponto 3/A

Ponto 1/B

Ponto 2/B

Ponto 3/B

Ponto 4/B

Ponto 1/C

Ponto 2/C

Ponto 3/C

Ponto 1/D

Ponto 2/D

Pont

os d

e co

leta

Variação em cm

Valor finaldos pontos

Valor inicialdos pontos

Figura 12: Gráfico dos valores finais de variação nos pontos dos canais. Autor: SERATO, 2009.

CONCLUSÃO

Com o término do trabalho algumas conclusões foram depreendidas. De início é importante

reforçar a necessidade de cada vez mais desenvolvermos projetos voltados à recuperação de áreas

degradadas e ao estudo da erosão, pois é notória a necessidade de obter mais informação que possam

contribuir para o controle dos processos erosivos e recuperação do meio ambiente.

É necessário salientar que mesmo em alguns pontos de coleta onde se teve a deposição de

sedimentos, ocorreu também a erosão, pois a todo o momento os dois processos estão atuando, o que

acontece é que um se sobressai em relação ao outro.

Quanto às barreiras, foi observado que de fato é um método de trabalho necessário para

contenção de erosão, porém sua construção tem que ser feita de maneira que favoreça o

desenvolvimento do projeto, ou seja, vários fatores têm que ser analisados como, por exemplo, altura

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da barreira, largura, entre outros, pois caso não haja esta análise prévia será bem provável que mais

tempo seja gasto em manutenções para as barreiras.

As mantas antierosivas sintéticas podem gerar polêmica quanto à sua utilização em

experimentos relativos à recuperação do meio ambiente. Questionamentos podem ser feitos quanto à

liberação de componentes químicos prejudiciais ao solo, porém tem-se que levar em consideração que

o objetivo do trabalho em questão é recuperar a área degradada utilizando metodologias eficazes e de

baixo custo.

Um fato que comprova a eficiência das mantas antierosivas sintéticas é que, neste experimento

em questão, houve o desenvolvimento de plantas por debaixo das mantas, além de que tais materiais

apresentaram um tempo de degradação de cerca de seis meses, restando apenas partes mais resistentes

do material, futuramente retiradas da área. (Fig.7 e 10)

Todos os dias, toneladas de materiais sintéticos são jogados em aterros sanitários, quando não,

em locais proibidos como, por exemplo, nas ruas, terrenos baldios, entre outros. Enquanto estes

materiais estiverem nos lixões, não possuirão utilidade alguma. Baseando nesta potencial utilidade, tais

materiais tornam-se ferramentas importantes no processo de recuperação de áreas degradadas e, por

isso, devem de maneira consciente, serem utilizados para tal processo.

É importante colocar que o processo de recuperação ambiental demanda tempo, esforço,

dedicação e conhecimento. Visto isso, tem-se que entender que os resultados mais concretos serão

observados mais tarde, pois os resultados de momento proporcionam tal convicção.

AGRADECIMENTOS

À FAPEMIG, pela bolsa do projeto de pesquisa intitulado “Avaliação e Recuperação de Área

Degrada (Voçoroca) no Interior da Fazenda Experimental do Glória no Município de Uberlândia-MG”

REFERÊNCIAS

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