processo criativo

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Trabalhos desenvolvidos na disciplina de Processo Criativo - Curso de Arteterapia - UNIP SP 2013. As vivências expressivas estão relacionadas com o repertório do participante seus valores e história de vida.

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Page 1: PROCESSO CRIATIVO
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PROCESSO CRIATIVO

OBJETIVO GERAL:Trabalhar a importância da linguagem expressiva em processos arteterapêuticos, como canal de criação desencadeando movimentos dialéticos entre: afeto e cognição; razão e emoção; subjetividade e objetividade; imitação e criação.

DOCENTES:Profª Ms. Lídia Lacava e Ricardo Rodrigues

Nesta apresentação estão os resultados da disciplina Processo Criativo, tomando a liberdade de incluir outros exemplos que envolvem o ato de criação utilizados no curso de Arteterapia.

DOCENTES:Profª Drª. Patrícia Pinna Bernardo, Oneide Depret e Sílvio Alvarez.

Crachá Lúdico em PET (Bernardo, 2008, p. 48).

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PROCESSO CRIATIVOINTRODUÇÃO

A completude dos resultados em Arteterapia envolvem a percepção do executante sobre o “objeto” criado e sua relação pessoal.

Neste sentido a preocupação técni-ca ou estética são irrelevantes, uma vez que o estado bruto da produ-ção permite este contato com o in-consciente individual.

Assim como a produção “naif” a ex-periência nos aproxima do ingênuo em nós, livre das amarras morais ou próprias de nosso intelecto que nos “protegem” deste encontro transformador para aquele que se desperta.

03 Visões do “EU” – Percepção Futuro / Desejo.

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03 VISÕES DO “EU”

Um labirinto é constituído por um conjun-to de percursos intrincados criados com a intenção de desorientar quem os percorre. A primeira citação desta construção envol-ve a civilização cretense e a lenda do Mino-tauro, na Grécia Antiga era um ambiente de experimentação, não uma prisão, onde seu percurso era mais importante que a saída.

O labirinto transforma se em um espaço de desafio a evolução quando percebemos que atos repetitivos nos levam aos mesmo resultados, o desafio de buscar novos ca-minhos e saídas promove um avanço e conquista de novos horizontes.

Renovando os caminhos encontramos por-tas a serem abertas na jornada. Percepção Interna – O Labirinto.

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“De todo o meu passadoBoas e más recordações

Quero viver meu presenteE lembrar tudo depois...”

Vivendo e não aprendendo, 1986. IRA!

Como camaleão que se adapta a paisagem, melhor é mostrar as flores e guardar os es-pinhos que sangram secretamente.

Sempre vai existir uma esperança até o fim, entre alegrias e tristezas as escolhas são minhas, pois não posso ser coadjuvan-te de minha própria história.

O presente é o único instante, nada de pla-nos ou desejos, deixando o agora ser a me-lhor percepção da vida, desfrutar o cami-nho e aprendendo a cada instante.

Justo é o agora!...Percepção Externa – Vejo Flores em Você.

03 VISÕES DO “EU”

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03 Visões do “EU” – Percepção Futuro / Desejo.

A espiral é um símbolo de evolução e de movimento ascendente e progressivo, nor-malmente positivo, auspicioso e construti-vo, sobretudo na sua forma.

Enquanto plana, a espiral pode ser associa-da ao movimento de evolução e de involu-ção. Na sua versão de espiral dupla, traduz o todo, a união dos contrários, o nascimen-to e a morte.

EU – o centro, o mundo, o outro em mim... Morrer a cada dia para o que não tem efei-to, nascer para o novo além do previsto, experimentar cada instante da presente passagem, entre as nuvens e o Sol ou pelas estrelas e a Lua.

Experimentar o guerreiro, o rei, o mago e o amante que existem em mim.

03 VISÕES DO “EU”

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Prof. Ricardo Rodrigues, orientador.

CORDÃO DE HISTÓRIAS

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12 Imagens / 12 Momentos.

CORDÃO DE HISTÓRIAS

Em 12 flashes se entrelaçam, passado e presente: gibis, séries de televisão, livros, música, dança, cinema, teatro, arte e espi-ritualidade.

Tudo junto e misturado: POP e Erudito, só para confundir ou experimentar, o gosto do trivial ao exótico, sem exageros.

Um conjunto de momentos que se trans-formaram em valores nesta jornada, ainda como pagina em branco esperendo para ser escrita...

Bom mesmo é não saber nada, mas ter vontade de aprender, porque a vida é um livro aberto nos convidando todo dia para um novo desafio.

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A Dança com o outro.

EROS E A CRIAÇÃO

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A Dança dos Arabescos.

Os arabescos são uma inspiração na Cultu-ra Islâmica que é muito rica em simbologia e significados.

Para os mais religiosos essa forma de com-posição é uma forma de simbolizar o infini-to criado por Alá o único Deus da Criação.

Outro grande significado dos arabescos pa-ra os muçulmanos é que eles são uma fon-te de iconografia espiritual que não se util-iza de símbolos cristãos.

O conjunto dos arabescos saltaram aos meus olhos, associados a simbologia da cor me inspiraram os encontros e desencon-tros da vida. A Dança com o outro.

EROS E A CRIAÇÃO

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RESGATANDO SEU GRANDE PODER

“Ser artista significa: não calcular nem contar; amadurecer como uma árvore que não apressa a sua seiva e permanece con-fiante durante a tempestade da primavera, sem o temor de que o verão não possa vir depois. Ele vem apesar de tudo.”

Rainer Maria Rilke, poeta alemão.

Nas tempestades da vida nossa razão acre-ditava que poderia ser o fim, mas nossa al-ma já sabia que ainda não era a hora do grande encontro.

Então percebo que existe um grande poder que faz enxergar depois da tempestade a bonança do novo dia.

Todos tem seu poder interior basta aces-sar o nível espiritual e crer que tudo tem sentido.

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VIVÊNCIAS E RESULTADOS O fechamento de cada disciplina

em Arteterapia requer uma refle-xão maior sobre as vivências e seus resultados, aliando teoria e prática em um conjunto harmôni-co.

“...o fazer criativo sempre se des-dobra numa simultânea exteriori-zação e interiorização da experiên-cia de vida, numa compreensão maior de si próprio e numa const-ante abertura de novas perspecti-vas do ser.” (OSTROWER)

O registro do resultado amplia a busca do sentido individual do fa-zer e representar, desdobrando assim uma nova percepção sobre a realidade individual e a significa-ção de sua história.

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OLHO DE DEUS

Os “olhos de Deus” eram confecciona-dos por povos ancestrais da África e da América Central (México , Peru), sendo também encontrados no Oriente.

Utilizados como amuletos de proteção podiam ser colocados na porta de en-trada de uma casa , os nos berços de re-cém nascidos.

As cores do fios podem representar pe-didos como: sorte, saúde, amor entre outros.

Contas, plumas e outros adereços po-dem enfeitar o Olho de Deus tornando-o uma peça rica ao nosso olhar. Olho de Deus. BERNARDO, 2008.

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MANDALA DE SEMENTES

“A semente carrega o simbolismo da transformação, pois precisa morrer para que uma nova planta possa sur-gir na natureza.” (Bernardo, 2008).

Muitos sonhos são como sementes hibernado em nosso interior, precisa-mos fertilizar nossos pensamentos, refletir sobre nossos atos e por fim aceitar o desafio de materializar o no-vo em nossas vidas.

Como na metáfora do labirinto para achar a saída necessitamos seguir ou-tros caminhos, deixando para trás al-gumas atitudes e medos que nos im-pedem de crescer.

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

2 Coríntios 5:17Mandala de Sementes. BERNARDO, 2008.

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PORTA DOS SONHOS

Na vivência “Janela dos sonhos” (BERNARDO, 2011), optei por uti-lizar como elemento de transpo-sição a porta, por ser um vinculo de entrada e saída.

A representação das 12 pedras somam as tribos espalhadas pela Terra, o aperto de mão junto ao arco-íris tanto sela a aliança de harmonia entre os homens assim como o pacto com o Criador.

O céu azul entre nuvens traz em seus raios a esperança do dia em que os homens deixarão de ser levados pelo seu Ego e se trans-formarão em um grande consci-ente coletivo de Paz, Amor e Ver-dade em evolução.

Entre sonhos e utopias a Terra segue seu curso...Janela dos Sonhos. BERNARDO, 2011.

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MANDALA 04 ELEMENTOS

Só mesmo o tempo / Vai poder provar / A eternidade das canções / A nossa música está no AR / Emocionando os corações / Pois tudo que é amor/ Pare-ce com você / Pense, lembre / Nunca vou te esquecer.

Um mistério infinito de FOGO, de luz e paixão / Aventura sem tino / Mergulha-da em fantasia / Sou um cometa vadio.

O amor é como um raio / Galopando em desafio / Abre fendas, cobre vales / Re-volta as ÁGUAS dos rios / Quem ten-tar seguir seu rastro / Se perderá no ca-minho / Na pureza de um limão / Ou na solidão do espinho.

Ressuscita-me / Para que a partir de ho-je / A família se transforme / E o pai / Seja pelo menos / O Universo / E a mãe / Seja no mínimo / A TERRA.

04 Elementos nas letras de Gal Costa.

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COLAGEM 01

O Prof. Sílvio Alvarez ministrou a vivência sobre a técnica de colagem.

Neste exemplo esta representada a luxú-ria (do latim luxuriae) que trata o desejo passional instintivo por todo prazer sen-sual e erótico. Também pode ser enten-dido em seu sentido original: “deixar-se dominar pelas paixões”.

Quais são as paixões, os amores e valo-res que guiam nosso destino através dos desejos, para que porto seguro ou abis-mo iremos nos defrontar.

Coração que pulsa no compasso das ba-tidas, imita a vida louca deste dia ou a calma da sábia natureza.

Thot pesava os desejos e feitos dos nos-sos corações!

Luxury, Colagem.

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COLAGEM 02“À procura de algo em que podemos confiar ,

tem que haver alguma coisa melhor lá foraAmor e compaixão, seu dia está chegando.Tudo o mais são castelos construídos no ar

me pergunto quando nós vamos mudar isso”

We Don't Need Another Hero.Mad Max Beyond Thunderdome, 1985.

O homem preencheu o mundo com as ima-gens de seus pensamentos, o virtual se tor-nou “real”, os bandidos parecem ser mais atraentes que os heróis.

Estamos salvos ou perdidos, talvez simples-mente buscando o sentido para cada dia, fortes pelas aquisições materiais ou fracos pela distância espiritual.

Olhamos para o céu para entender o que nos reserva o Infinito.

We don’t need another hero. Colagem.

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COLAGEM

Para receber o corpo discente do 1º se-mestre apliquei esta atividade expressiva com objetivo de integração.

Deveria ser representado em papel Kraft, no tamanho natural as mãos (qualquer gesto) e a cabeça (qualquer ângulo) permi-tindo que fossem agregados elementos da seguinte forma:

• Cabeça – quais são os meus desejos para o futuro através deste curso, o que quero da minha vida.

• Mãos – o que estou trazendo para ofere-cer ao grupo, quais são meus potenciais que somam valor ao conjunto.

O resultado permitiu conhecer os anseios e projetos da nova turma escolar.

“EU desejo” / “EU ofereço”

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERNARDO, P. P. A Prática da Arteterapia: correlações entre temas e recursos. Vol I: Temas Centrais em Arteterapia. São Paulo: edição do autor, 2008.

GRINBERG, L. P. Jung, o homem criativo. São Paulo: Ed. FTD, 2003. NACHMANOVITCH, S. Ser criativo. São Paulo: Summus, 1993. OSTROWER, F. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes, 1978. SALIS, V. D. Ócio Criador, Trabalho e Saúde. São Paulo: Claridade, 2004.

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