processo: 0703518-66.2016.8.07.0020 - procedimento...

08/03/2017

Número: 0703518-66.2016.8.07.0020

Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Órgão julgador: Juizado Especial Cível de Águas Claras

Última distribuição : 29/09/2016

Valor da causa: R$ 15000.0Relator: REGINALDO GARCIA MACHADO

Assuntos: Indenização por Dano Moral, Inclusão Indevida em Cadastro de Inadimplentes, ProtestoIndevido de Título

Segredo de justiça? NÃO

Justiça gratuita? SIM

Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos TerritóriosPJe - Processo Judicial EletrônicoConsulta Processual

Partes

Tipo Nome

ADVOGADO LIARA GOMES SANTOS

AUTOR AMERICO TEIXEIRA SANTOS

ADVOGADO CAMILA ROSA ALVES

RÉU CCB BRASIL S/A CREDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS

ADVOGADO MARCELO MICHEL DE ASSIS MAGALHAES

Documentos

Id. Data daAssinatura

Documento Tipo

5710056

06/03/2017 16:29 Sentença Sentença

4859121

12/12/2016 17:57 Certidão Certidão

4672106

24/11/2016 17:28 0703518 ATA Ata

4672108

24/11/2016 17:28 Ata Ata

4662606

24/11/2016 12:07 RÉPLICA CCB Réplica

4662597

24/11/2016 12:07 Réplica Réplica

4662581

24/11/2016 12:05 Réplica Réplica

4661596

24/11/2016 10:57 Substabelecimento Americo Teixeira Santos Procuração/Substabelecimento

4661594

24/11/2016 10:57 Carta de preposto Americo Teixeira Santos Carta de preposto

4661568

24/11/2016 10:57 Petição Petição

4269188

18/10/2016 15:59 ATOS CONSTITUTIVOS COMPLETOS EREDUZIDOS

Procuração/Substabelecimento

4269197

18/10/2016 15:59 pontualidade Outros Documentos

4269180

18/10/2016 15:59 Credit Bureau - Sintetico - AMERICO Outros Documentos

4269167

18/10/2016 15:59 CONTRATO Contrato

4269162

18/10/2016 15:59 AMÉRICO TEIXEIRA SANTOS - DEFESA Contestação

4269110

18/10/2016 15:59 Contestação Contestação

4256055

17/10/2016 16:45 AR ID 4084929 CCBB BRASIL S/A CRED. -CUMPRIDO

AR - Aviso de recebimento

4084929

29/09/2016 16:21 Mandado Mandado

4077926

29/09/2016 12:01 Compra Negada por Restrição em MG Documento de Comprovação

4077904

29/09/2016 12:01 Registros Indevidos Documento de Comprovação

4077898

29/09/2016 12:01 Comprovante de Pagamento Boleto Documento de Comprovação

4077892

29/09/2016 12:01 Procuração Procuração/Substabelecimento

4077886

29/09/2016 12:01 Petição Inicial Petição

4077816

29/09/2016 12:01 Petição Inicial Petição Inicial

Poder Judiciário da UniãoTRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOSTERRITÓRIOS

1JECIVAGCLJuizado Especial Cível de Águas Claras

Número do processo: 0703518-66.2016.8.07.0020Classe judicial: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)AUTOR: AMERICO TEIXEIRA SANTOSRÉU: CCB BRASIL S/A CREDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS

SENTENÇA

Vistos, etc.

Trata-se de processo de conhecimento proposto por em face de Américo Teixeira Santos CCB Brasil S.A., sob o fundamento de suposta cobrança indevida promovida pelaCrédito Financiamento e Investimentos

ré, geradora de danos morais.

Relatório dispensável, nos termos do artigo 38 da Lei 9.099/95.

Decido.

A questão posta sob apreciação é prevalentemente de direito, o que determina a incidência do comandonormativo do artigo 355, inciso I, do CPC/2015, não se fazendo necessária incursão na fase de dilaçãoprobatória.

A relação estabelecida entre as partes é, a toda evidência, de consumo, consoante se extrai dos artigos 2º e 3ºda Lei n. 8.078/90.

No caso dos autos, restou incontroverso que o autor realizou o pagamento de dívida em 22/07/2016, emboravencida desde 25/06/2016 (4077898 - Pág. 1).

Não obstante o pagamento, o nome do autor foi negativado pela ré (id nº 4077904 - Pág. 1), conformeconsulta realizada em 03/08/2016.

Trata-se, pois, de verdadeira falha no serviço prestado, devendo restar caracterizada a responsabilidade civilda ré, que não conseguiu demonstrar a existência do pretenso crédito.

Num. 5710056 - Pág. 1

O fato do consumidor autor possuir, supostamente, outra parcela vencida (parcela nº 10) não afasta referidoato ilícito, já que a ré manteve dívida paga inserida nos órgãos de proteção ao crédito, sem providenciar aimediata retirada do nome do autor, não havendo, também, notícias de que referida parcela nº 10 estivesse norol dos inadimplentes.

Acerca do tema, destaco as seguintes normas legais aplicáveis à espécie:

“Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dosdanos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informaçõesinsuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

Aplicáveis, também, pelo diálogo das fontes, as disposições contidas nos artigos 186 e 927 do Código Civil,in verbis:

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causardano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.

Desta forma, declaro inexistente todo o valor cobrado pela ré, no valor de R$1.118,25, vencida em25/06/2016, referente à parcela 28/48.

Passo à análise do pedido de danos morais.

Em vista da manutenção do apontamento indevido do nome da parte autora em órgão de proteção ao crédito,verifico o ato ilícito praticado pela ré contribuiu para seu abalo à imagem e honra.

Aliás, destaco que a jurisprudência consolidou o entendimento de que "a inscrição ou a manutenção indevidaem cadastro de inadimplentes gera, por si só, o dever de indenizar e constitui dano moral in re ipsa, ou seja,dano vinculado à própria existência do fato ilícito, cujos resultados são presumidos" (STJ - AgRg no Ag1.379.761/SP, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma).

Cabível, portanto, a indenização pleiteada.

A indenização, decorrente de atos ilícitos não tratados especificamente pela lei, será feita mediantearbitramento.

Nessa linha, tantas vezes já se ouviu dizer que tão tormentosa é a atividade jurisdicional tocante aoarbitramento do valor indenizatório em se tratamento de dano moral.

Para se evitar abusos e condutas despóticas, tanto a doutrina quanto a jurisprudência têm procurado aestabelecer alguns critérios, tais como: a condição pessoal da vítima; a capacidade econômica da ofensora; aefetiva prevenção e retribuição do mal causado; a natureza; e a extensão da dor, na tentativa de minorar opuro subjetivismo do magistrado.

No caso, o arbitramento da indenização por dano moral deve ser moderado e eqüitativo, atento àscircunstâncias de cada caso, evitando que se converta a dor em instrumento de captação de vantagem; mastambém deve ser suficiente para inibir e reverter o comportamento faltoso do ofensor.

Sopesadas as circunstâncias devidas, entendo bastante e razoável para se alcançar à Justiça o arbitramento daindenização por danos morais no valor de R$ 1.000,00 (três mil reais), ainda mais levando-se em conta aexistência de pequeno intervalo de tempo em que o nome do autor ficou negativado.

Num. 5710056 - Pág. 2

Dispositivo.

Ante o exposto, na forma do art. 487, I, do CPC, julgo PROCEDENTE EM PARTE o pedido para:

a) declarar inexistente a dívida constante do id nº 4077904 - Pág. 1, no valor de R$1.118,25;

b) condenar a ré ao pagamento da quantia de R$ 1.000,00 (mil reais) em favor do autor, a título de reparaçãopor danos morais, com incidência dos juros de mora de 1% ao mês e correção monetária a partir destasentença;

Sem custas e honorários, nos termos do art. 55 da Lei 9.099/95.

Cumpre à parte autora solicitar por petição o início da execução, instruída com planilha atualizada do cálculo,conforme regra do § 2º do artigo 509 do CPC/2015 e do art. 52, IV, da Lei nº 9.099/95.

Não sendo efetuado o pagamento voluntário da obrigação, advirto ao réu que poderá ser acrescido aomontante da dívida multa de 10% (dez por cento), conforme dicção do art. 523, §1º, do Código de ProcessoCivil.

Certificado o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquivem-se.

Sentença registrada nesta data. Publique-se e intimem-se.

Águas Claras/DF, 6 de março de 2017.

FELIPE VIDIGAL DE ANDRADE SERRA

Juiz de Direito Substituto

Num. 5710056 - Pág. 3


1JECIVAGCLJuizado Especial Cível de Águas Claras

Número do processo: 0703518-66.2016.8.07.0020Classe judicial: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)AUTOR: AMERICO TEIXEIRA SANTOS

RÉU: CCB BRASIL S/A CREDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que transcorreram os prazos para as PARTES, conforme deferido na Ata de Audiência.

Encaminho os autos, nesta data, ao MM Juiz de Direito, Dr. REGINALDO GARCIA MACHADO.

Águas Claras/DF, Segunda-feira, 12 de Dezembro de 2016 17:57:16.

Num. 4859121 - Pág. 1

CEJUSC — AGC NUPEMEC GSVP TRIBUNAL DE JUSTIÇA Centro Judiciário de Solução Núcleo Permanente de Gabinete da Segunda DO DISTRITO FEDERAL de Conflitos e Cidadania de Mediação e Conciliação Vice-Presidência

Águas Claras E DOS TERRITÓRIOS TJDFT

Origem: Juizado Especial Ove] de Águas Claras - DF

Processo n°: 0703518-66.2016.8.07.0020 Requerente: AMÉRICO TEIXEIRA SANTOS, CPF: 098.392.671-91. Telefone(s):

(61)99969-2282 Advogado(a): LIARA GOMES SANTOS, OAB/DF 45231 Requerido(a): CCB BRASIL S/A CRÉDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS,

CNPJ: 92.764.489/0001-96. Telefone(s): (31)3505-5100 Preposto(a): LUIS FERNANDO RAMOS DOS PASSOS, CPF: 040.606.901-80 Advogado(a): FERNANDA ALVES PEREIRA BASTOS, OAB/DF 48091 Conciliador(a): FÁBIO DA SILVA MESQUITA Sala: 003

TERMO DE SESSÃO DE CONCILIAÇÃO

Aos 24 de novembro de 2016, feito o primeiro pregão às 15h3Omin., compareceram à sala acima indicada, do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Águas Claras-DF as partes acima qualificadas, as quais apresentaram documento de identificação. Aberta a sessão, esclarecidas quanto às vantagens de uma solução consensual para as questões, o acordo NÃO se mostrou VIÁVEL. As partes não pugnaram pela produção de prova oral. Portanto, ficam advertidas que a opção manifestada no que pertine à produção de prova unicamente documental, implica, necessariamente, a dispensa de prova oral e, consequentemente, a dispensa da designação de audiência de instrução e julgamento, facultando ao juiz proferir decisão com base exclusivamente nos documentos juntados, mostrando-se compatível a aplicação subsidiária do artigo 355 do CPC. DE ORDEM, fica deferido para a parte REQUERENTE o prazo de 2 (dois) dias para juntada de documentos, contado desta data. Logo após, prazo de 5 (cinco) dias para a parte REQUERIDA apresentar defesa c, se o caso, documentos. Em seguida, prazo de 2 (dois) dias para a parte REQUERENTE se manifestar acerca de eventuais documentos, pedido contraposto e preliminares. Neste ato, saem as partes intimadas dos prazos sucessivos deferidos. E nada mais havendo, encerrou-se a sessão, lavrando-se a presente ata a qual é firmada pelos presentes.

PEDIDO DE PUBLICAÇÃO

A Parte requerida requereu ano a ao do nodo(a), Dr.(a) : MARCELO MICHEL DE ASSIS MAGALHÃES OAB/MG-9.1045 - no istema, na capa dós autos e que as publicações sejam feitas em nome do(a) advoga ofa) ora indicado ).

Conciliador(a):

Requerente(s):

Adv. Reqte.:

niRequerido(a)/ preposto(a): jj' ,;,s -Veix.unu..3(49 , p s

Adv. Reqdo(a).: Grvsnot,-"01,0_, A ) /

17"‘t aSSV_5

Num. 4672106 - Pág. 1

Num. 4672106 - Pág. 2

Poder Judiciário da UniãoTRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

CEJUSCAGCLCEJUSC-ACL

Número do processo: 0703518-66.2016.8.07.0020

Classe judicial: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)

AUTOR: AMERICO TEIXEIRA SANTOS

RÉU: CCB BRASIL S/A CREDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS

CERTIDÃO

Certifico e dou fé, que nesta data ANEXEI o termo de sessão

referente à audiência de conciliação realizada neste CEJUSC/AGC

em 24/11/2016 15:30

Águas Claras/DF, 24/11/2016 17:25

FABIA CAROLINA MENDONCA GONDIM

Num. 4672108 - Pág. 1

Num. 4662606 - Pág. 1

Num. 4662606 - Pág. 2

EXCELENTÍSSIMO (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVELDE ÁGUAS CLARAS – DF.

Processo nº 0703518-66.2016.8.07.0020

AMÉRICO TEIXEIRA SANTOS, devidamente qualificado nos autos da Ação de Indenização por DanosMorais, que move em face de CCB Brasil S/A Credito Financiamentos e Investimentos (Sul Financeira S/A),com fundamento no art. 350 e 351 do Código de Processo Civil, apresentar sua

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

I- Breve resumo dos fatos:

O autor possui contrato de financiamento com a requerida e ingressou com Ação de Indenização por DanosMorais após ter seu nome negado indevidamente, o que lhe acarretou abalo à sua honra conforme fatosnarrados e provas juntadas. O réu tenta se eximir de sua responsabilidade com meras alegações.

II – Mérito

No mérito, infundadamente, a requerida tenta se eximir de sua responsabilidade tentando desabonar o autor.Frisa-se que o requerente está adimplente com suas obrigações e o fato de ter atrasado algumas parcelas nãojustifica o erro da requerente.

Num. 4662597 - Pág. 1

O autor, pessoa idônea que zela por sua honra, teve uma vergonhosa e constrangedora surpresa ao tentarcomprar matéria-prima para se seu trabalho em 03/08/16, de acordo com os documentos comprobatórios

qual foi negada por restrição Financeira.que acompanham a inicial,

A parcela em questão é a de N° 28/48 com vencimento em 25/06/2016 paga em 22/07/16 conforme A requerida apresentou planilha e informa que o pagamentocomprovante de pagamento .doc. ID nº 4077898

foi realizado em 26/07/16. Ocorre que a ré faltou com a verdade dos fatos ao informar em sua contestaçãoque ao tomar conhecimento do pagamento da parcela tratou de retirar o nome do Autor dos cadastros derestrição. Ressalto ainda, que mesmo que o pagamento tivesse sido na data informada pela ré, o prazo pararetirada dos órgãos de proteção é de 5 dias úteis, o que não ocorreu de acordo com o extrato juntado peloautor .doc ID nº4077904

Inclusive, nota-se a clara desorganização da financeira que anexa a planilha com registro do pagamento em26/07/16 porém, o comprova que as inclusões foram lançadas em 29/07 e 30/07,doc ID nº4077904contradizendo as alegações da ré que o nome do autor já estava nos órgãos de restrição.

Dessa maneira, é assunto pacífico em nossos Tribunais que a reparação por dano moral decorre da simplesinclusão indevida do nome do consumidor nos cadastros de inadimplentes, sendo, portanto o , damnum in re

e por isso não há o que se falar em mero aborrecimento. Para o arbitramento do valor de indenizaçãoipsa de danos morais, são levados em consideração o grau de lesividade da conduta ofensiva e a capacidadeeconômica da parte pagadora, a fim de se fixar uma quantia moderada, que não resulte inexpressiva para ocausador do dano.

Assim, aduz na contestação fatos incontroversos, sem qualquer argumento lógico, para fins manifestamenteprocrastinatórios, tumultuando o processo e altercando-lhe a verdade processual. Tentando mascarar averdade e embair a média argúcia.

Ante o exposto e reiterando os termos contidos na exordial, espera o autor que, seja a ação julgada procedente, condenado a requerida aos pedidos da inicial.

Nestes termos,

Pede deferimento,

Brasília, 24 de novembro de 2016.

Liara Gomes Santos Camila Rosa Alves

OAB-DF 45.231 OAB-DF 49.174

Num. 4662597 - Pág. 2

EXCELENTÍSSIMO (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVELDE ÁGUAS CLARAS – DF.

Processo nº 0703518-66.2016.8.07.0020

AMÉRICO TEIXEIRA SANTOS, devidamente qualificado nos autos da Ação de Indenização por DanosMorais, que move em face de CCB Brasil S/A Credito Financiamentos e Investimentos (Sul Financeira S/A),com fundamento no art. 350 e 351 do Código de Processo Civil, apresentar sua

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

I- Breve resumo dos fatos:

O autor possui contrato de financiamento com a requerida e ingressou com Ação de Indenização por DanosMorais após ter seu nome negado indevidamente, o que lhe acarretou abalo à sua honra conforme fatosnarrados e provas juntadas. O réu tenta se eximir de sua responsabilidade com meras alegações.

II – Mérito

No mérito, infundadamente, a requerida tenta se eximir de sua responsabilidade tentando desabonar o autor.Frisa-se que o requerente está adimplente com suas obrigações e o fato de ter atrasado algumas parcelas nãojustifica o erro da requerente.

Num. 4662581 - Pág. 1

O autor, pessoa idônea que zela por sua honra, teve uma vergonhosa e constrangedora surpresa ao tentarcomprar matéria-prima para se seu trabalho em 03/08/16, de acordo com os documentos comprobatórios

qual foi negada por restrição Financeira.que acompanham a inicial,

A parcela em questão é a de N° 28/48 com vencimento em 25/06/2016 paga em 22/07/16 conforme A requerida apresentou planilha e informa que o pagamentocomprovante de pagamento .doc. ID nº 4077898

foi realizado em 26/07/16. Ocorre que a ré faltou com a verdade dos fatos ao informar em sua contestaçãoque ao tomar conhecimento do pagamento da parcela tratou de retirar o nome do Autor dos cadastros derestrição. Ressalto ainda, que mesmo que o pagamento tivesse sido na data informada pela ré, o prazo pararetirada dos órgãos de proteção é de 5 dias úteis, o que não ocorreu de acordo com o extrato juntado peloautor .doc ID nº4077904

Inclusive, nota-se a clara desorganização da financeira que anexa a planilha com registro do pagamento em26/07/16 porém, o comprova que as inclusões foram lançadas em 29/07 e 30/07,doc ID nº4077904contradizendo as alegações da ré que o nome do autor já estava nos órgãos de restrição.

Dessa maneira, é assunto pacífico em nossos Tribunais que a reparação por dano moral decorre da simplesinclusão indevida do nome do consumidor nos cadastros de inadimplentes, sendo, portanto o , damnum in re

e por isso não há o que se falar em mero aborrecimento. Para o arbitramento do valor de indenizaçãoipsa de danos morais, são levados em consideração o grau de lesividade da conduta ofensiva e a capacidadeeconômica da parte pagadora, a fim de se fixar uma quantia moderada, que não resulte inexpressiva para ocausador do dano.

Assim, aduz na contestação fatos incontroversos, sem qualquer argumento lógico, para fins manifestamenteprocrastinatórios, tumultuando o processo e altercando-lhe a verdade processual. Tentando mascarar averdade e embair a média argúcia.

Ante o exposto e reiterando os termos contidos na exordial, espera o autor que, seja a ação julgada procedente, condenado a requerida aos pedidos da inicial.

Nestes termos,

Pede deferimento,

Brasília, 24 de novembro de 2016.


OAB-DF 45.231 OAB-DF 49.174

Num. 4662581 - Pág. 2

Scanned by CamScanner

Num. 4661596 - Pág. 1

Scanned by CamScanner

Num. 4661594 - Pág. 1

Segue, carta de preposto e substabelecimento.

Num. 4661568 - Pág. 1

Num. 4269188 - Pág. 1

Num. 4269188 - Pág. 2

Num. 4269188 - Pág. 3

Num. 4269188 - Pág. 4

Num. 4269188 - Pág. 5

Num. 4269188 - Pág. 6

Num. 4269188 - Pág. 7

Num. 4269188 - Pág. 8

Num. 4269188 - Pág. 9

Num. 4269188 - Pág. 10

Num. 4269188 - Pág. 11

Num. 4269188 - Pág. 12

Num. 4269188 - Pág. 13

Num. 4269188 - Pág. 14

Num. 4269188 - Pág. 15

Num. 4269188 - Pág. 16

Num. 4269188 - Pág. 17

Num. 4269188 - Pág. 18

Num. 4269188 - Pág. 19

Num. 4269188 - Pág. 20

Num. 4269188 - Pág. 21

Num. 4269188 - Pág. 22

Num. 4269188 - Pág. 23

Num. 4269188 - Pág. 24

Num. 4269188 - Pág. 25

Num. 4269188 - Pág. 26

Num. 4269188 - Pág. 27

Num. 4269188 - Pág. 28

Num. 4269188 - Pág. 29

Num. 4269188 - Pág. 30

Num. 4269188 - Pág. 31

Num. 4269188 - Pág. 32

Num. 4269188 - Pág. 33

Num. 4269188 - Pág. 34

Num. 4269188 - Pág. 35

Nr. Oper.: 54-26480/14 Modalidade: UTILITARIOS PF Cliente: AMERICO TEIXEIRA SANTOS(09839267191)

Ag/ filial: CCB FINANCEIRA Gerente: LECIO CARVALHO Promotora: F e I BRASILIA SERVI Filial loj: 022575-FUSCA AUTOMOVEI

Vendedor: FUSCA AUTOMOVEI Nr. Oper. Ext.: Bem Financ: SPRINTER 313-CDI - 2 CPF/CNPJ: 098.392.671-91 Matrícula:

Definir:

Status: Operação em aberto - Situação Contábil: Normal Rating Oper.: Rating Cliente: Data de classificação:

Dt. Base: 25/02/2014 Dt. Vcto.: 25/02/2018 Nr. Parcelas: 048 Prazo: 1461 Dias Indexador: R$ Vlr. Operação: 31.422,40 Valor Bruto: 53.676,00

Despesas / Tarifas Financ: 916,62 Despesas / Tarifas não Financ: 1080

JUROS P/ CÁLC. Tp. Calc.: 0 Tx. Jr. %aa: 33,5441 Tp.(S/C): C JUROS DE MORA Tx.Mr.%aa 144,0000 Ind. Mr.: 01 Tx. de ap.%aa 33,0842

Tx. OP. a.m: 2,4104 Tx. OP. a.a: 33,0842 TC: 495,00 IOF: 505,78 Vlr Seg Financ. 0,00 Tx.CET %am 2,6477 Tx.CET %aa 37,4300

PARCELAS

DT. VCTO. PARC. TX. AP. aa SLD. DATA VLR. FINAL VLR. EQUIV. MORA MLT/IOF DESP/TAR TOT. DIVIDA DT. PGTO VLR.LNC./PG. CEDIDO HIST. FINANC. DESC. SLD. DEV

25/03/2014 001/048 33,0842 1.118,25 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 1.118,25 25/03/2014 1.118,25Baixa NÃO 012 - BAIXA PGTO CARNE

0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00

25/01/2015 011/048 33,0842 1.118,25 1.118,25 1.118,25 17,89 22,74 0,00 1.158,88 29/01/2015 1.118,25Baixa NÃO 518 - RECEBIMENTO REJEIÇÃO

0,00 0,01


0,00 0,00


0,00 0,01


0,00 0,00

Continua ...

CCB BRASIL S.A. - CFIDemonstrativo de Operações

Pg. 1/4

Prc.: 18/10/2016 15:41:11

Data Referência: 18/10/2016 Posição: Final do Dia - Cart: Todas - Sit. Oper.: TodasCDC - C16041901

ADVOGADOS.MAGALHAES - MTRCDOPE

Sist.:18/10/2016 Cont.:17/10/2016

Num. 4269197 - Pág. 1




Definir:






PARCELAS


25/05/2015 015/048 33,0842 1.118,25 1.118,25 1.118,25 161,03 22,37 0,00 1.301,65 30/06/2015 1.243,50Baixa NÃO 015 - BAIXA PGTO ACORDOS

0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00

25/10/2015 020/048 33,0842 1.118,25 1.118,25 1.118,25 161,03 22,37 0,00 1.301,65 30/11/2015 1.237,23Baixa NÃO 015 - BAIXA PGTO ACORDOS

0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00

Continua ...


Pg. 2/4

Prc.: 18/10/2016 15:41:11



Sist.:18/10/2016 Cont.:17/10/2016

Num. 4269197 - Pág. 2




Definir:






PARCELAS



0,00 0,00


0,00 0,00


0,00 0,00

25/10/2016 032/048 33,0842 1.112,06 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 1.112,06 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/11/2016 033/048 33,0842 1.085,01 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 1.085,01 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/12/2016 034/048 33,0842 1.059,48 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 1.059,48 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/01/2017 035/048 33,0842 1.033,72 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 1.033,72 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/02/2017 036/048 33,0842 1.008,60 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 1.008,60 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/03/2017 037/048 33,0842 986,42 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 986,42 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/04/2017 038/048 33,0842 962,43 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 962,43 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/05/2017 039/048 33,0842 939,78 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 939,78 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/06/2017 040/048 33,0842 916,94 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 916,94 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/07/2017 041/048 33,0842 895,35 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 895,35 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/08/2017 042/048 33,0842 873,60 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 873,60 0,00 NÃO 0,00 0,00

Continua ...


Pg. 3/4

Prc.: 18/10/2016 15:41:11



Sist.:18/10/2016 Cont.:17/10/2016

Num. 4269197 - Pág. 3




Definir:






PARCELAS


25/09/2017 043/048 33,0842 852,36 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 852,36 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/10/2017 044/048 33,0842 832,29 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 832,29 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/11/2017 045/048 33,0842 812,06 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 812,06 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/12/2017 046/048 33,0842 792,94 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 792,94 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/01/2018 047/048 33,0842 773,67 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 773,67 0,00 NÃO 0,00 0,00

25/02/2018 048/048 33,0842 754,86 1.118,25 1.118,25 0,00 0,00 0,00 754,86 0,00 NÃO 0,00 0,00

Tot. da Oper. 31.422,40 Tot Pago 36.309,15 Tot. Atraso+Desp. 0,00 Tot. de Desp+Tarifa 0,00 Tot. a Venc 15.691,57

Total Geral: 15.691,57

Alerta:

Operação não tem parcelas cedidas.

Fim de Impressão


Pg. 4/4

Prc.: 18/10/2016 15:41:11



Sist.:18/10/2016 Cont.:17/10/2016

Num. 4269197 - Pág. 4

Credit Bureau - Sintético 13 de Outubro de 2016 - 12:25:28

Confidencial para:

ELTON Y AOYAMA 07487

Identificação

Nome CPF Nome da MãeData de Nascimento Sexo

AMERICO TEIXEIRA SANTOS 098.392.671-91 20/04/1950 MILIANA LAPA SANTOS MASCULINO

Status do Documento

Situação do CPF em 24/08/2016: REGULAR

Melhor Endereço e Telefone

Endereço Bairro Cidade UF CEP

Telefone residencial Telefone comercial Ramal Celular

SHA ST HABITACIONAL ARNI BRASILIA DF 71996-360

(61)3328-7798 - - -

Nomes Semelhantes

Não consta(m) nome(s) semelhante(s)

Anotações Negativas

Resumo

Ocorrências Quantidade Período Valor (R$) Mais Recente

Pendências Comerciais (PEFIN) nada consta - - -

Pendências Bancárias (REFIN) nada consta - - -

nada consta - - -Cheques sem fundos

Protestos nada consta - - -

Ações Judiciais nada consta - - -

Participação em Falências nada consta - - -

Dívidas Vencidas nada consta - - -

Pendências Internas nada consta - - -

Anotações do SPC nada consta - - -

Registro de Consultas Realizadas para o CPF na Serasa Experian

Data Empresa

Simples consulta ao CPF: 098.392.671-91 sem indicar efetiva operação.

TOTAL DE CONSULTAS CRÉDITO = 0 (OUT=0 SET=0 AGO=0 JUL=0)

TOTAL DE CONSULTAS CHEQUE = 0 (OUT=0 SET=0 AGO=0 JUL=0)

Participação Societária

Empresa CNPJ Participação (%) UF

06.956.736/0001-14 100.0 DFPROGAR MOBILIFICIO E TRANSPORTE EIRELI M

SITUACAO DO CNPJ EM 08/10/2016: ATIVA Desde: ABR/2016 Última Atualização: JUL/2016

25.485.160/0001-07 95.0 MGMOBILIFICIO ATHOS INDUSTRIA E COMERCIO L

SITUACAO DO CNPJ EM 09/10/2016: ATIVA Desde: SET/2000 Última Atualização: AGO/2016

25.192.303/0001-84 90.0 MGAMERICO TEIXEIRA SANTOS CIA LTDA

Num. 4269180 - Pág. 1

Empresa CNPJ Participação (%) UF

SITUACAO DO CNPJ EM 30/09/2016: BAIXADA Desde: MAI/1988 Última Atualização: FEV/2013

03.830.468/0001-00 49.0 DFATHOS MOBILI COMERCIO E SERVICOS LTDA ME

SITUACAO DO CNPJ EM 08/10/2016: ATIVA Desde: FEV/2001 Última Atualização: SET/2016

70.947.965/0001-71 4.0 MGGERTAN REPRESENTACOES LTDA ME

SITUACAO DO CNPJ EM 08/10/2016: ATIVA Desde: FEV/1990 Última Atualização: FEV/2013

Endereços e Telefones Alternativos

DataEndereçoDDD / Telefone

10/05/2016SHA CJ 06 CH 472 LT 01 00000 - ST HABITACIONAL ARNI - BRASILIA - DF - 71996-360(00)0000-0000

22/10/2012B 6 0 00000 - TAGUATINGA SUL - BRASILIA - DF - 72015-565(00)0000-0000

Informações Cadastrais Complementares

Mais Recentes Data da última alteração cadastral: 11/10/2016

Identificação

Nome:

RG:

Data de Emissão:

Estado Civil:

CPF:

UF:

UF Nasc:

Escolaridade:

Orgão:

Cidade Nasc:

Dependentes:

AMERICO TEIXEIRA SANTOS

-

-

-

-

-

0

098.392.671-91

-

-

-

"As informações acima, de uso exclusivo do destinatário, são protegidas por sigilo contratual. Sua utilização por outra pessoa, ou parafinalidade diversa da contratada, caracteriza ilícito civil, tornando a prova inútil para o processo".

Num. 4269180 - Pág. 2

Num. 4269167 - Pág. 1

Num. 4269167 - Pág. 2

Num. 4269167 - Pág. 3

Num. 4269167 - Pág. 4

_______________________________________________________________________________________________

COBRAR - Magalhães Advogados Associados

Rua Jaguari, 519 B - Bairro Bonfim - CEP: 31.210-430 - Belo Horizonte - MG. Telefones: (31) 3505 5100

1

EXMO SR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ÁGUAS CLARAS/DF Autos nº 0703518-66.2016.8.07.0020

O CCB BRASIL S/A, CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO (atual denominação de SUL FINANCEIRA S/A – CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO), devidamente qualificado nos autos da ação cuja numeração segue em epígrafe, em que contende com AMÉRICO TEIXEIRA SANTOS, vem à presença de V. Exa., através de procurador devidamente constituído, apresentar tempestivamente sua CONTESTAÇÃO, as alegações constantes da exordial. O que faz pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

Igualmente, requer a V. Exa. que determine a anotação na capa dos autos, para

que passe a constar o nome e número da OAB do DR. MARCELO MICHEL DE ASSIS MAGALHÃES – OAB/MG 91.045, CPF 012.215.246-82, com intenção de que as posteriores publicações sejam expedidas em nome do mesmo, SOB PENA DE NULIDADE, conforme art. 272, § 5 do NCPC.

1 - DOS FATOS ALEGADOS PELO AUTOR

O presente caso trata de ação indenizatória, ajuizada pelo Autor em face do Réu, sob o argumento de ver seu nome negativado indevidamente.

O autor afirmou que devido a problemas financeiros, a parcela 28/48, vencida em

25/06/2016, somente foi paga em 22/07/2016. Informou que em 03/08/2016, tentou efetivar compra de materiais para fabricação de móveis, mas teve o crédito negado face a negativação de seu nome pelo Réu.

Alegou que ao efetuar a consulta no SPC/Serasa verificou que o Réu procedeu à

negativação de seu nome em 29/07/2016 e 30/07/2016, contudo, as duas negativações referem-se à parcela 24/48, que já havia sido paga em 22/07/2016.

Aduziu que o prazo para compensação do pagamento era de 72 horas e o Réu negativou seu nome por duas vezes após o pagamento da parcela 24/48, permanecendo assim até dia 03/08/2016.

Diante disso, requereu a inversão do ônus da prova, a procedência da ação para

declarar indevida a negativação de seu nome, bem como condenar o Réu ao pagamento de verba indenizatória, no importe de R$ 15.000,00.

Num. 4269162 - Pág. 1

_______________________________________________________________________________________________



2

Entretanto, as referidas alegações não merecem prosperar, senão vejamos.

2 – DO MÉRITO

2.1 – RESTABELECENDO A VERDADE DOS FATOS

Autor e Réu firmaram contrato de financiamento nº 54-26480/14, para pagamento em 48 parcelas de R$ 1.118,25.

Frise-se que o Réu cumprira todas as obrigações assumidas quando da realização

do empréstimo, inclusive, disponibilizando ao autor o valor contratado. Entretanto, o Autor pagou apenas as 06 primeiras parcelas do contrato de

financiamento, na data do vencimento. Pelo demonstrativo de operações em anexo, verifica-se que as parcelas do

contrato de financiamento estão sendo pagas com um mês de atraso. E foi o que ocorreu com a parcela vencidas em 25/06/2016.

A parcela vencida em 25/06/2016 somente foi paga em 26/07/2016, conforme

demonstrativo de débito anexo. Contudo, o nome do Autor já havia sido negativado face a sua inadimplência. Por diversas vezes o Réu tentou entrar em contato com o Autor para confirmar o

pagamento da parcela, entretanto, sem sucesso. Posteriormente, quando o Réu tomou conhecimento do pagamento da parcela,

tratou de retirar o nome do Autor nos cadastros de restrição ao crédito. Assim sendo, a inserção do nome da parte autora nos cadastros de restrição ao

crédito foi feita de forma lícita, haja vista que se encontrava em atraso com o pagamento do empréstimo e seu nome ficou negativado por porcos dias.

Denota-se, assim que, o Réu agiu no exercício regular de seu direito em face do

inadimplemento do Autor. A propósito:

2007.001.46082 – APELACAO DES. DENISE LEVY TREDLER – Julgamento: 11/12/2007 – DECIMA NONA CAMARA CIVEL Direito Civil. Empréstimos realizados com instituição financeira, a serem quitados mediante desconto em folha de pagamento. Rescisão do contrato de trabalho da autora,

Num. 4269162 - Pág. 2

_______________________________________________________________________________________________



3

impossibilitando os descontos mensais. Celebrado o contrato de empréstimo, não pode o devedor ignorar sua obrigação, bem assim as conseqüências da inadimplência, tais como o vencimento da dívida, o acréscimo dos encargos devidos e a inclusão de seu nome nos cadastros de inadimplentes, como ocorreu in casu. Competia à autora-apelante tomar as medidas cabíveis, no momento oportuno, a fim de evitar as conseqüências do seu inadimplemento, sem quedar-se inerte, apenas, aguardando o envio de boletos de cobrança, pela credora. Ação de consignação em pagamento tardiamente ajuizada. Aplicação da Súmula nº. 90, deste Tribunal de Justiça, segundo a qual a inscrição de consumidor inadimplente em cadastro restritivo de crédito configura exercício regular de direito. Desprovimento do recurso. Nessa linha de raciocínio, não merece guarida a pretensão autoral, sendo descabível o pedido de indenização por dano moral. Isto posto, nego seguimento ao recurso, com /amparo no artigo 557, do Código de Processo Civil. (Décima Sexta Câmara Cível Apelação Cível nº: 2008.001.65056 Apelante : RAQUEL DE BARCELLOS PAGANI Apelado : BANCO BMG AS Relator: Desembargador MARCO AURÉLIO BEZERRA DE MELO.)

Veja o que preconiza o Art. 14, §3º, II do Código de Defesa do Consumidor:

“Art. 14 – O fornecedor de serviços responde independentemente da existência de culpa pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços bem como por informações insuficientes ou inadequados sobre sua fruição e riscos. (...) § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.”(Grifo acrescido)

No caso em tela é patente que a conduta do próprio Autor não a favorece, uma vez

que ele não efetuou o pagamento da parcela em seu devido vencimento. Ao contrário do que alega a parte Autora, verifica-se claramente que em nenhum

momento foi estabelecido contato direto com o Réu para tentar resolver a pendência extrajudicialmente. Portanto, conclui-se que a parte Autora pretende auferir vantagens ilícitas.

Como é de conhecimento público, o Réu é uma renomada instituição financeira

que sempre ofereceu serviços de alta qualidade, atuando com boa-fé e respeitando os direitos básicos do consumidor e o seu procedimento para realizar o contrato acima citado foi pautado nos mais elementares e basilares princípios do Direito.

A instituição financeira disponibiliza aos clientes meios próprios para resolver

quaisquer questões relacionadas aos contratos celebrados, através do Serviço de Atendimento ao Cliente.

Num. 4269162 - Pág. 3

_______________________________________________________________________________________________



4

Salienta-se ainda que, qualquer contato via SAC gera número de protocolo que é repassado ao cliente.

Assim, NÃO HÁ NOS AUTOS QUALQUER PROVA DE QUE O AUTOR EFETIVAMENTE

entrou em contato com o Réu para resolver a situação. Ressalta-se que em nenhum momento o Réu se obstou a imediata regularização da

situação da parte Autora, muito pelo contrário, sempre esteve à disposição para resolver qualquer litígio extrajudicialmente. Inclusive, apurar o que realmente aconteceu.

Entretanto, não foi o que ocorreu. A parte autora quis sim auferir vantagens, pois

manteve-se inerte, não fazendo a menor questão de tentar resolver pessoalmente a pendência extrajudicialmente nem ao menos procurando o Réu .

Como se não bastasse, vem a juízo requerer indenização por danos morais quando

na verdade, não logrou êxito em provar qualquer abalo sofrido, o que afasta por derradeiro qualquer abalo moral alegado pelo Autor.

Veja que tão logo o Réu tomou conhecimento do pagamento da parcela vencida

em 25/06/2016, tratou de excluir o nome do Autor dos cadastros de restrição ao crédito. Não houve qualquer prejuízo ao Autor. Ademais, se não queria ter o nome negativado, deveria cumprir em dia com as

obrigações assumidas. Desta feita, não há que se falar em procedência da ação.

2.2 – DA RESPONSABILIDADE CIVIL

Mesmo em sede de responsabilidade objetiva é ônus do consumidor provar a narrativa fática, que deve ser descrita na inicial, o dano e o nexo causal entre aqueles dois elementos, sem prejuízo da verossimilhança do direito alegado, a teor do que dispõe o Artigo 373, I do Código de Processo Civil.

Assim, incumbe ao Autor a demonstração dos fatos constitutivos de seu direito, e a

ausência de prova acarreta a improcedência da pretensão indenizatória. Nesta linha, a orientação jurisprudencial recente dos nossos Tribunais:

Num. 4269162 - Pág. 4

_______________________________________________________________________________________________



5

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL C/C INDENIZAÇÃO - JUROS REMUNERATÓRIOS - LIMITAÇÃO INDEVIDA - CAPITALIZAÇÃO MENSAL - DESCONTO INDEVIDO EM CONTA-SALÁRIO - DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. (...) - Os descontos efetuados em conta-salário, ainda que realizados de forma indevida, por si só, não têm o condão de ensejar a reparação pelo alegado dano moral, tratando-se de meros aborrecimentos. (TJMG Apelação Cível 1.0024.12.273662-2/0001 – Relatora Desa. Valdez Leite Machado – Data Julg. 06/02/2014 – Data Pub. 14/02/2014) Grifos nossos.

APELAÇÃO - DECLARATÓRIA C/C INDENIZAÇÃO - CONTRATO DE EMPRÉSTIMO - PAGAMENTO ANTECIPADO - COBRANÇA INDEVIDA DE PARCELA QUITADA - REPETIÇÃO EM DOBRO - TARIFA DE LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA - ABUSIVIDADE - RECONHECIMENTO - DANO MORAL - AUSÊNCIA - MEROS ABORRECIMENTOS - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - COMPENSAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - VOTO VENCIDO.(...) Para a configuração do dano moral, o Magistrado deve se pautar pela lógica do razoável, reputando dano somente à dor, ao vexame, ao sofrimento ou à humilhação que, FUGINDO À NORMALIDADE, interfiram intensamente no comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e desequilíbrio em seu bem estar. Não há que se falar em condenação a título de dano moral quando nos autos não restar demonstrado que a autora foi aviltada com incômodos anormais. (TJMG Apelação Cível 1.0439.08.086843-3/001 – Desa. Relatora Electra Benevides; Data Julg. 03/11/2009; Data Pub. 26/11/2009) Grifos nossos.

Na feliz conceituação de Savatier, a responsabilidade civil consiste na obrigação

que incumbe alguém de REPARAR O PREJUÍZO causado a outrem pela sua atuação, ou em virtude de danos provocados por pessoas ou coisas dele dependentes.

A teoria da responsabilidade civil assenta, em nosso direito codificado, em torno

de que o dever de reparar é uma decorrência de TRÊS elementos: antijuridicidade da conduta do agente, dano à pessoa ou coisa da vítima, relação de causalidade entre o dano e a conduta.

A culpa ou antijuridicidade da conduta do agente seria a inobservância de uma

atuação razoavelmente exigível para o caso concreto, tendo em vista padrões medianos. O dano é o elemento essencial da responsabilidade civil. Ausente a lesão a um

bem jurídico experimentado pela vítima, impraticável o ressarcimento.

Num. 4269162 - Pág. 5

_______________________________________________________________________________________________



6

Exa., qual o dano experimentado pelo Autor? Não há dano, pois foi o próprio Autor quem deu causa à negativação, pois estava inadimplente e após o pagamento da parcela vencida 25/06/2016, realizado em 26/07/2016 o Réu procedeu à baixa da negativação!!!

Ao deixar de pagar a parcela contratada, gerou ao Réu o direito de cobrá-la,

exercendo assim um direito, podendo inclusive negativar seu nome pela ausência de pagamentos.

No caso em análise, verifica-se a AUSÊNCIA DE TODOS OS REQUISITOS

ENSEJADORES DA RESPONSABILIDADE CIVIL! Não existindo, sequer, a figura do dano! Portanto, mesmo tendo-se em mente a responsabilidade objetiva, ainda assim a

inicial deve ser julgada pela improcedência. 2.3 – DA BOA-FÉ DA RÉ

Por boa-fé entende-se uma qualificação de um comportamento leal, ou seja, é a

exigência de conduta ética nas relações sociais e jurídicas. O próprio Código Civil consagra tal princípio, estabelecendo normas gerais de boa-

fé, que devem ser interpretadas sistematicamente na aplicação concreta da lei. No caso em análise, é cristalina a verificação da boa-fé do Réu, que atuou,

consciente e convencidamente, em conformidade ao direito aplicável, sem intenção de lesar ou prejudicar alguém.

2.4 – DA INEXISTÊNCIA DE DANOS MORAIS Na eventualidade de serem ultrapassadas as matérias acima descritas, o Réu

assevera que, in casu, a parte Autora nem sequer comprovou a ocorrência dos danos, limitando-se a alegá-los.

Nesse sentido, uma vez que, nos termos do artigo 373, inciso I, do Código de

Processo Civil, incumbe ao Autor provar os fatos constitutivos de seu direito, a ele cabia a comprovação dos alegados danos. Como meramente procedeu a alegação desses danos, não juntando sequer a prova da negativação, o Réu limita-se, por ora, a contestá-los clara e veementemente.

Num. 4269162 - Pág. 6

_______________________________________________________________________________________________



7

No que toca especialmente ao dano moral, o Réu assevera que, conforme entendimento consolidado pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, “não há dano moral quando os fatos narrados estão no contexto de meros dissabores, sem abalo à honra do autor” (REsp. 664.115, Des. Rel. Carlos Alberto Menezes Direito, Terceira Turma do STJ. DJ 02/05/2006).

Frise-se que não houve qualquer fato que tenha ultrapassado a normalidade,

sendo capaz de embasar um pedido de indenização em dano moral. Ademais, a condenação ao pagamento de verba indenizatória está vinculada à

comprovação da existência do dano, que este ocorreu em decorrência de ato ilícito e o nexo de causalidade entre este dano e a conduta, o que não ocorreu no presente caso.

Ante o exposto, requer seja julgado completamente improcedente o pedido

autoral referente à condenação do Réu ao pagamento de indenização compensatória de danos morais, uma vez que não restou provado nos autos qualquer tipo de dano causado a Autora.

2.5 – DA NEGLIGÊNCIA DO AUTOR Imperioso ressaltar a conduta da parte Autora no caso em comento. Veja que o Autor tinha pleno conhecimento de que encontrava-se inadimplente e

permaneceu inerte. Se não queria ser cobrado deveria ter efetuado o pagamento da parcela de em

atraso. Assim, se hoje o Autor se vê nessa situação é culpa exclusivamente sua.

2.6 – DA EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE - CULPA EXCLUSIVA DO CONSUMIDOR - ART. 14, § 3º DO CDC

Pelos esclarecimentos acima narrados, vê-se que a conduta da parte autora deu

ensejo aos fatos.

Nessa esteira, é a disposição contida no CDC. Senão, vejamos:

“Art. 14...

Num. 4269162 - Pág. 7

_______________________________________________________________________________________________



8

§ 3º - O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: II - A culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.”

Assim, estando provado nos autos a culpa do consumidor/Autor, não há que se

falar em condenação em danos morais.

2.7 – DA INEXISTENCIA DE DANO POR EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO RECONHECIDO Verifica-se assim que o Réu encontra-se amparada pelos termos do Artigo 188, I do

Código Civil, inexistindo a antijuridicidade de sua conduta:

“Artigo 188 do Código Civil. Não constituem atos ilícitos: I – os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido”.

Ao proceder com a negativação do nome do Autor, o Réu exerce seu direito

regular de cobrar pelas parcelas que se encontram em aberto. Não há abuso de direito e nem configuração de dano causado ao Autor, porque a

parcela nº 10 estava em aberto no momento da negativação e os dias em que assim permaneceu não são capazes de gerar dano.

O fato do Autor ver seu o nome inscrito nos cadastros restritivos de crédito, de per

si não é capaz de configurar ocorrência de dano moral. Assim sendo, improsperável o pedido de indenização por dano material ou moral

supostamente sofrido pelo Autor. Devendo este D. Juízo entender pela improcedência do mesmo.

2.8 – DO QUANTUM INDENIZATÓRIO

Conjugando-se três requisitos, a capacidade econômica das partes, a extensão do dano e a intensidade da culpa, o valor da reparação deve ser fixado com ponderação e equilíbrio. A indenização não é fonte de enriquecimento do Autor.

É o que vem decidindo nossos Tribunais:

Num. 4269162 - Pág. 8

_______________________________________________________________________________________________



9

“O arbitramento da condenação a título de dano moral deve operar-se com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa, ao porte empresarial das partes, suas atividades comerciais, e, ainda, ao valor do negócio, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e do bom senso, atento à realidade da vida, notadamente à situação econômica atual, e às peculiaridades de cada caso” (STJ – Resp. 173.366 – SP – 4 T. – Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira – DJU 3/5/1999).

No caso em apreço, observa-se que não existe qualquer intensidade de culpa do

Réu, que agiu, como já dito, balizado por justos critérios. E mesmo que se presuma sua culpabilidade, não há que se falar em relação de causa e efeito entre sua conduta e os alegados danos.

Na eventual e remotíssima possibilidade de acolhimento de referido valor, isto só a

título de argumentação, é claro, estar-se-ia permitindo o enriquecimento ilícito do Autor. Ressalte-se que a sua estimativa, se devida fosse tal reparação na espécie, deveria

representar para a vítima tão somente uma satisfação compensatória da dor sofrida, de rigorosa avaliação pecuniária, sem jamais se traduzir num enriquecimento sem causa.

3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS E PEDIDOS

POR TODO O EXPOSTO, contestada a ação, pugna pela improcedência de todos os pedidos formulados pelo Autor, condenando-o às custas processuais, honorários advocatícios e demais cominações de estilo.

Contudo, demonstrando sua boa-fé, o Réu informa que está aberto a composição

amigável. Protesta por provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,

notadamente o documental e depoimento pessoal da parte Autora. Nestes termos pede deferimento. Curitiba, 18 de outubro de 2016.

MARCELO MICHEL DE ASSIS MAGALHÃES OAB/MG 91.045

Num. 4269162 - Pág. 9

DEFESA EM PDF

Num. 4269110 - Pág. 1

CCB BRASIL S/A CREDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS PAULISTA, 1048, ANDAR 5, BELA A, PAULO - SP - CEP: 01310-100

"jf")Asisin°atura le

fv-

Data da Entregal 6

recebedor / Identificação 4-j--Valrei a ilva

Matr.: :.878.96-O arte ir

Assinatura do regado da ECT / Matrícula

so Judicial Eletrônico - 1° Grau: https://pje.tjdft.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentol

AVISO DE RECEBIMENTO AR [ X I MP [ 1

Endereço para Devolução do AR: Destinatário:

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS Juizado Especial Cível de Águas Claras Quadra 202 - Praça Irerê da cidade - Juizado Especial Cível de Águas Claras, Sul (Águas Claras), BRASÍLIA - DF - CEP: 71937-720

0703518-66.2016.8.07.0020

ia Tentativa: / /

2a Tentativa:

3a Tentativa:

JR 93343668 5 BR

Num. 4256055 - Pág. 1

Num. 4256055 - Pág. 2

AVISO DE RECEBIMENTO AR [ X ] MP [ ]

Endereço para Devolução do AR:

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL EDOS TERRITÓRIOSJuizado Especial Cível de Águas ClarasQuadra 202 - Praça Irerê da cidade - Juizado EspecialCível de Águas Claras, Sul (Águas Claras), BRASÍLIA -DF - CEP: 71937-720

0703518-66.2016.8.07.0020

1ª Tentativa: ____/____/________

2ª Tentativa: ____/____/________

3ª Tentativa: ____/____/________

Destinatário:

CCB BRASIL S/A CREDITOFINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOSPAULISTA, 1048, ANDAR 5, BELA VISTA,SÃO PAULO - SP - CEP: 01310-100

Data da Entrega: ____/____/________

________________________________________

Assinatura legível do recebedor / Identificação

________________________________________

Assinatura do empregado da ECT / Matrícula

CÓDIGO DO OBJETO

00000000000000000000000

Num. 4084929 - Pág. 1


1JECIVAGCLJuizado Especial Cível de Águas ClarasQuadra 202 - Praça Irerê da cidade - Juizado Especial Cível de Águas Claras,Sul (Águas Claras), BRASÍLIA - DF - CEP: 71937-720Telefone: (61) 3103-8513/3103-8517

Horário de atendimento: 12:00 às 19:00

CITAÇÃO E INTIMAÇÃO DE AUDIÊNCIA - CEJUSC

Número do processo: 0703518-66.2016.8.07.0020Classe judicial: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)AUTOR: AMERICO TEIXEIRA SANTOSRÉU: CCB BRASIL S/A CREDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS

: CCB BRASIL S/A CREDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOSDestinatárioPAULISTA, 1048, ANDAR 5, BELA VISTA, SÃO PAULO - SP - CEP: 01310-100

O Dr. REGINALDO GARCIA MACHADO, Juiz de Direito,

no uso de suas atribuições e na forma da Lei, etc. determina a

, para tomar ciência da presente ação, de CITAÇÃO CCB BRASIL S/A CREDITO FINANCIAMENTOS, bem como, a sua para comparecimento na data designada para E INVESTIMENTOS INTIMAÇÃO

de em no seguinte endereço:AUDIÊNCIA Conciliação 24/11/2016 15:30, Centro Judiciário de Solução deConflitos e Cidadania de Águas Claras, Quadra 202, Sala 1.23, Praça Irerê.

*Advertências:

1. As partes estão cientes de que a ausência implicará, para a parte AUTORA, extinção do feito por desídia, epara a parte RÉ, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar aconvicção do juiz;

Num. 4084929 - Pág. 2

2. Comparecer PESSOALMENTE na hora e local indicados, não sendo permitidos atrasos. Alertamos que aparte não poderá ser representada em audiência por advogado ou procurador, mesmo que este tenha poderespara fazer acordo;

3. A pessoa jurídica poderá ser representada por preposto munido de carta de preposição e dos atosconstitutivos da empresa, devendo tais documentos juntados aos autos ANTES da audiência de Conciliação;

4. A primeira audiência é de CONCILIAÇÃO e visa a compor um acordo entre as partes;

5. Nas causas de valor até 20 salários, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas poradvogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória para a apresentar defesa/contestação e, se houveraudiência de instrução e julgamento, para assisti-lo neste ato;

6. Se antes da data designada para as audiências as partes chegarem a um acordo, o fato deverá sercomunicado à Secretaria do Juizado imediatamente;

7. A parte deverá comunicar ao Juízo eventuais mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, sobpena de reputar-se eficaz a intimação enviada ao local anteriormente indicado;

8. É necessária a apresentação de documento de identificação.

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO JUIZADO: 12:00 às 19:00 Horas.

Águas Claras, 29 de setembro de 2016

Documentos associados ao processo

ID Título Tipo Chave de acesso**4077816 Petição Inicial Petição Inicial 160929120041017000000039113794077886 Petição Inicial Petição 160929115825238000000039114484077892 Procuração Procuração/Substabelecimento 16092911584015900000003911454

4077898Comprovante de PagamentoBoleto

Documento de Comprovação 16092911593634400000003911460

4077904 Registros Indevidos Documento de Comprovação 16092911594423200000003911466

4077926Compra Negada por Restriçãoem MG

Documento de Comprovação 16092912001755600000003911488

Obs: Os documentos/decisões do processo, cujas chaves de acesso estão acima descritas, poderão seracessados por meio do link: (ouhttps://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seampelo site do TJDFT: " " > Aba lateral direita "Advogados" > item "Processowww.tjdft.jus.brEletrônico - PJe" > item "Autenticação de documentos"; ou também pelo site do TJDFT: "

Num. 4084929 - Pág. 3

" > Aba lateral direita "Cidadãos" > item "Autenticação de Documentos" > itemwww.tjdft.jus.br"Processo Judicial Eletrônico - PJe [Documentos emitidos no PJe]).

Num. 4084929 - Pág. 4

Num. 4077926 - Pág. 1

Num. 4077904 - Pág. 1

Num. 4077898 - Pág. 1

Num. 4077892 - Pág. 1

Num. 4077886 - Pág. 1

Num. 4077886 - Pág. 2

Num. 4077886 - Pág. 3

Num. 4077886 - Pág. 4

Num. 4077886 - Pág. 5

Num. 4077886 - Pág. 6

Num. 4077886 - Pág. 7

Num. 4077886 - Pág. 8

Num. 4077886 - Pág. 9

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DEÁGUAS CLARAS – DF.

AMÉRICO TEIXEIRA SANTOS, brasileiro, casado, autônomo, portador da cédula de identidade Nº176.400SSP/DF, CPF: nº098.392.671-91, endereço eletrônico [email protected], residente edomiciliado à SHA conjunto 06, chácara 472, Lote 01, CEP: 71.996-360, Águas Claras/DF, por suasadvogadas, constituídas por meio de instrumento particular de procuração em anexo, com escritórioprofissional à SHA conjunto 06, chácara 472, Lote 01, CEP: 71.996-360, Águas Claras/DF, onde recebemintimações e notificações inerentes ao seu ofício, vem “data vênia” perante Vossa Excelência, com fulcro nosarts. 186 e 927 do Código Civil, no inciso X do artigo 5º da Constituição Federal, inciso VI do art. 6 doCódigo de Defesa do Consumidor e demais dispositivos legais aplicáveis à espécie, propor.

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Em desfavor de ,CCB Brasil S/A Credito Financiamentos e Investimentos (Sul Financeira S.A)sociedade anônima, inscrita no CNPJ sob o número 92.764.489/0001-96, com sede na Avenida Paulista nº1048, 5º andar, bairro Bela Vista São Paulo/SP, CEP 01310-100, endereço eletrônico

, telefone: (11) 3106-8403 e filial na Rua Sete de Setembro nº 723 – [email protected]órico – Porto Alegre/RS, CEP: 90010-190.

1-DOS FATOS

Num. 4077816 - Pág. 1

O requerente possui contrato de financiamento de um veículo com a requerida sob o nº 54-26480/14 em 48parcelas de R$ 1.118,25 (Mil cento e dezoito reais e vinte e cinco centavos).

Ocorre que, por motivos de dificuldades financeira, a parcela 28/48 com vencimento em 25/06/2016foi paga em 22/07/16 com os devidos valores de multa e encargos totalizando R$ 1.238,94 (Mil duzentos etrinta e oito reais e noventa e quatro centavos), conforme anexo.

No dia 03/08/16 o requerente morador de Brasília-DF, que trabalha com móveis, foi até aDistribuidora Domingues Com. E Ind. Ltda localizada em Uberlândia-MG, a fim de comprar materiaisessenciais para a produção de um serviço. Porém, sua compra no valor de R$4.857,13 (quatro mil oitocentose cinquenta e sete reais e treze centavos) foi recusada por constar em seu nome“Restrição Financeira”como se verifica nos comprovantes juntados.

O autor sentiu-se completamente constrangido, pois, embora passe por dificuldades financeiras, prezapor sua honra e, mesmo com eventual atraso, cumpre todos seus compromissos. O autor preza por seu nome epelo crédito na praça pois, no ramo em que trabalha é necessário utilizar de compras a prazo medianteconsulta de crédito.

Em seguida, dirigiu-se ao serviço de proteção ao crédito para realizar consulta sobre a referidarestrição. Verifica-se que a desordem da requerida é tão grande que além de incluir o nome indevidamente ofez duas vezes, conforme anexo juntado na presente exordial. As duas inclusões ao SERASA referem-se aparcela nº 28/48 com vencimento em 25/06/16, a primeira foi lançada em 29 de julho de 2016 e a segunda nodia seguinte, 30 de julho de 2016.

Ou seja, o boleto foi pago em 22 de julho de 2016 e de acordo com os regulamentos definidos pelo Sistemade Pagamentos Brasileiro -SPB o prazo para compensação bancária de boletos é de até 72 horas úteis após odia da transação.

Dessa maneira, resta demonstrado que a requerida incluiu o nome do requerente no cadastro de proteção aocrédito, em 29 de julho , , 6 (seis) dias úteis após o pagamento do boleto confirmando a negativação

no SERASA. Verifica-se que até o indevida dia 03 de agosto, 9 (nove) dias úteis após o pagamento doboleto, dia em que o requerente tentou realizar compra em estabelecimento comercial seu nome aindaconstava indevidamente no SERASA tornando tal situação injusta e vexatória.

2-DO DIREITO

2.1. Do ato ilícito

Num. 4077816 - Pág. 2

Diante dos fatos anteriormente explicitados, percebe-se claramente a configuração do ato ilícito, pois, arequerida agiu de maneira imprudente ao incluir indevidamente o nome do autor junto aos órgãos deproteção ao crédito, conforme documentos juntados.

Portanto, pode-se inferir que a requerida foi negligente por não cancelar os apontamentos realizados nosdias 29 e 30 de julho do ano presente, tendo acarretado danos morais, já que o seu nome foi indevidamentenegativado, por uma parcela que foi paga.

Importante ressaltar que os atos e omissões da ré acabaram por gerar danos ao autor. Esta conduta nos remeteao seu enquadramento em uma previsão legal, qual seja, artigo do :186 Código Civil de 2002

"Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causardano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito."

Assim, clara a negligência e má-fé da requerida, as quais geraram danos ao autor, demonstrado, portanto,nexo causal entre as atitudes negativas do primeiro e o dano causado, notadamente por ter mantido no nomedo autor indevidamente negativado junto aos órgãos de proteção ao crédito, sendo que com este fato, o autorteve problemas com seu crédito na praça, ademais, o dano moral é não precisando ser“in re ipsa”,comprovado o abalo, já que é intrínseco ao ato ilícito perpetrado pelo agente, ora requerida.

2.2. Da responsabilidade objetiva da ré

Como se pôde olvidar, é notória a responsabilidade objetiva da requerida, uma vez que ocorreu uma falhasubstancial e, por tratar-se deao manter indevidamente o nome do autor negativado junto ao SERASAuma relação consumerista, a ser regida, portanto, pelas normas do , cabeCódigo de Defesa do Consumidorimputar às instituições fornecedoras de serviço tal tipo de responsabilização.

Dessa maneira, fica evidente o dever de indenizar da requerida, pois de acordo com o exposto anteriormente,restou comprovada a existência do ato ilícito, e seguindo os ditames do artigo do ,927 Código Civil de 2002temos que:

Num. 4077816 - Pág. 3

“Art. 927 Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.

Ainda, acerca da responsabilidade objetiva, quando não evidenciada qualquer excludente de causalidade, mostra-se irrelevante a averiguação de culpa daquele que assumiu os riscos da atividade empresarial,devendo tão-somente o consumidor comprovar a ocorrência do dano, bem como o nexo causal com aconduta adotada pelo fornecedor do serviço.

Tem-se, pelo exposto, como imperioso imputar à instituição financeira a responsabilidade pelos danosdecorrentes da negativação indevida do nome do autor nos órgãos de proteção ao crédito.

Assim sendo, tem-se por inquestionável que a conduta adotada pela instituição financeira, especialmente aausência de precaução em retirar a negativação no momento da compensação do pagamento, fatos quepor si, operam o dever de indenizar.

Assim, com base nos fatos narrados e na legislação vigente, podemos constatar que a requerida cometeu umato ilícito e deve ser responsabilizada por ele, pois este é o entendimento que se revela a partir da análise dosinstitutos anteriormente elencados.

2.3. Do Dano Moral

Segundo a doutrina, o dano moral configura-se quando ocorre lesão a um bem que esteja na esferaextrapatrimonial de um indivíduo, e a reparação do mesmo tem o objetivo de possibilitar ao lesado umasatisfação compensatória pelo dano sofrido, atenuando, em parte, as consequências da lesão.

Tem-se que, diante das circunstâncias evidenciadas anteriormente, é irrefragável que o autor sofreu um danomoral, pois se sentiu e ainda se sente constrangido por todo abalo por ver seu nome indevidamente

e por ter sua compra negada em razão da restrição, gerando um abalo enorme à sua honra nonegativadocomércio.

Em relação ao dano efetivamente causado, podemos recorrer à legislação pátria a fim de embasarmos a causade pedir em relação ao dano moral, na presente ação, tendo em vista o artigo , inciso , da 5º X Constituição

, que dispõe:Federal

" Art. 5º, X: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado odireito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação."

Num. 4077816 - Pág. 4

O também ampara o consumidor que se viu lesionado por um fornecedorCódigo de Defesa do Consumidorde serviços, com a justa reparação dos danos morais e patrimoniais causados por falha no vínculo deprestação de serviço, como se pode constatar em seu artigo , que no inciso VI explicita tal proteção:6º

"Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais emorais, individuais, coletivos e difusos..."

Com relação ao dano moral, ficou igualmente provado que o réu com sua conduta negligente violoudiretamente direito sagrado do autor, o de ter sua paz interior e exterior inabalado por situações com as quaisnão deu causa.

2.4. Do valor da indenização

A indenização por dano moral tem caráter dúplice, ou seja, ressarcitório e punitivo. É o que nos ensina ajurisprudência pátria, vejamos:

“A indenização por dano moral tem caráter dúplice, pois tanto visa à punição do agente quanto acompensação pela dor sofrida...” (RT 000/000)

Com efeito, Excelência, quando falamos em efetiva prevenção pensamos, necessariamente no caráterpunitivo que deve ter a indenização por danos morais.

E, se falamos no caráter punitivo que deve ter a indenização por danos morais, observamos que, paradissuadir o agressor de novas faltas, a mesma deve ser exemplar.

Sobre o caráter condenatório que deve ter a indenização, este é o entendimento do Egrégio Tribunal deJustiça de São Paulo:

INDENIZAÇÃO - DANOS MORAIS AçãoNegativação de nome nos cadastros de inadimplentes declaratória anteriormente ajuizada Procedência - Reconhecimento da utilização de encargos abusivos Hipótese em que o autor tornou-se credor do Banco Danos morais configurados em razão da falha na

Questão incontroversa ante a ausência de irresignação por parte do réu Elevação doprestação dos serviçosmontante indenizatório para Correção monetária desde o arbitramento - Recurso parcialmenteR$ 50.000,00provido.*(TJ-SP - APL: 00158840320128260664 SP 0015884-03.2012.8.26.0664, Relator: Mario deOliveira, Data de Julgamento: 13/10/2014, 19ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 22/10/2014)

Num. 4077816 - Pág. 5

Em que pese o caráter compensatório que deve ter a indenização, entendemos devam ser levados em contaque o autor é um cidadão idôneo, trabalhador, pai de família, sendo arrimo no sustento de sua família.

Assim, por todo o exposto, levando-se em consideração, ainda, os princípios da razoabilidade e daproporcionalidade e ainda o valor da negativação indevida e todo o transtorno por se deslocar para outroEstado a trabalho e passar por situação constrangedora e vexatória, requer o autor, seja a requerida condenadaa indenizar-lhe em como forma de compensar os danos causados pelo atoR$ 15.000,00 (quinze mil reais), ilícito lhe impingido.

3. Da Jurisprudência

Diante do caso concreto, acima relatado, percebe-se que grande parte de nossa jurisprudência tem convergidopara a mesma solução nos casos em que as instituições financeiras violam os direitos de pessoas íntegras quesão prejudicadas por apontamentos indevidos.

Assim tem sido o entendimento de nossos tribunais:

Ementa: RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. REPARAÇÃO DE DANOS. INSCRIÇÃO QUANTUMINDEVIDA NO SPC/SERASA. PARCELA PAGA. DANO MORAL IN RE IPSA.

INDENIZATÓRIO MANTIDO. Reconhecida a inexistência de débito, eis que a parcela já se encontrava O documento de fl. 10 comprova que oquitada, indevida a inscrição da parte autora no SPC/SERASA.

débito foi pago em 28/02/2013 e a autora foi inscrita no SERASA/SPC em 01/04/2013 (fl. 14). Condenaçãoem danos morais arbitrada em , em agosto de 2013. Mantida a condenação, que não comportaR$6.780,00redução, pois, dentro dos parâmetros utilizados pelas Turmas Recursais Cíveis em casos análogos.RECURSO NÃO PROVIDO. UNÂNIME. (TJ-RS -Recurso Cível Nº 71004641064, Primeira TurmaRecursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Fabiana Zilles, Julgado em 26/08/2014).

Adiante, julgado recente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal:

JUIZADO ESPECIAL. CONSUMIDOR. COBRANÇA DE DÍVIDA. COMPROVAÇÃO DE DÍVIDAINEXISTENTE. NEGATIVAÇÃO INDEVIDA DO NOME NOS CADASTROS RESTRITIVOS DE

IMPOSSIBILIDADE DECRÉDITO. COBRANÇA INDEVIDA. DANO MORAL CARACTERIZADO.REDUÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE NAINDENIZAÇÃO FIXADA EM R$ 5.000,00. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. I. Restandoevidenciado nos autos que a dívida era inexistente, impõe-se a reparação a título de danos morais em

Num. 4077816 - Pág. 6

decorrência da negativação indevida do nome do consumidor nos cadastros restritivos de crédito, namodalidade “ pois o desgaste enfrentado suplanta liame de mero dissabor,damnum in re ipsa”,irritação ou mágoa para ingressar e interferir de forma intensa na dignidade da pessoa humana. A

Os critérios consideradosresponsabilidade do recorrente é objetiva, na forma do artigo 14 do CDC. II.pelo MM. Juiz, ao quantificar o valor da indenização por danos morais no patamar de R$ 5.000,00, bemcomo multa cominatória por descumprimento da antecipação dos efeitos da tutela, atendem à tríplicefinalidade da reparação dos danos morais, compensar a vítima, sancionar o ofensor e evitar a reiteração daconduta lesiva, razão pela qual não merecem reforma. III. Recurso conhecido e não provido. IV. Condeno orecorrente nas custas e honorários advocatícios que fixo em 10% do valor da condenação. Julgamento naforma do art. 46 da Lei 9.099/95. (Acórdão n.966134, 07019523620168070003, Relator: EDILSONENEDINO 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do DF, Data de Julgamento:16/09/2016, Publicado no DJE: 21/09/2016).

Com base nos fatos narrados, e se comparados com as decisões supra explicitadas, pode-se constatar que oréu cometeu um ato ilícito do qual resultou um dano ao autor, e, segundo nossos Tribunais, caberá ao réureparar o dano provocado por sua negligência e má-fé.

4. DA VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES

A verossimilhança das alegações esta materializada pelo despropósito da requerida, já que o valor danegativação de R$1.118,25 (Mil cento e dezoito reais e vinte e cinco centavos), junto ao SERASA se mostraindevida. Ademais, ao tentar realizar a compra 9 (nove) dias úteis após o pagamento do boleto seu nomeainda constava negativado, indevidamente, nos registros do SERASA, conforme anexo.

5. DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto acima, requer a Vossa Excelência:

I. O recebimento da presente petição inicial com os documentos que a instruem;

II. Que seja determinada a inversão do ônus da prova em favor do autor;

III. Pela citação e intimação da requerida, já qualificada no preâmbulo desta inicial na pessoa de seurepresentante legal, por carta citatória, para que apresente sua defesa, dentro do devido prazo legal, sob penade revelia;

IV. Pela Procedência da ação para declarar indevida a negativação em nome do requerente, realizada pelarequerida.

Num. 4077816 - Pág. 7

V. Condenar a requerida em danos morais, pela indevida negativação, constrangimento e situação vexatóriano importe de R$ 15.000,00 (Quinze mil reais).

VI. A produção de todos os meios de prova em direitos admitidos;

6. VALOR DA CAUSA

Dá-se a presente causa o valor de R$ 15.000,00 (Quinze mil reais)

Termos em que,

Pede deferimento.


OAB/DF 45.231 OAB/DF 49.174

Num. 4077816 - Pág. 8

processo: 0703518-66.2016.8.07.0020 - procedimento...

Documents