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  • PROCEDIMENTOS EXIGIDOS NO TRANSPORTE TERRESTRE DE

    GASOLINA

    Itajub, 2012.

    LUIZ DUARTE

  • LISTA DE FIGURA

    Figura 1. Caracterizao do painel de segurana e rtulo de risco. ........................................ 17

    Figura 2. Exemplo Nmero de Risco Gs (Classe 2). ....................................................... 21

    Figura 3. Exemplo Nmero de Risco Slido (Classe 4). ................................................... 21

    Figura 4. Exemplo Nmero de Risco Lquido Inflamvel (Classe 3). .............................. 22

    Figura 5. Exemplo ausncia de risco subsidirio. ................................................................ 22

    Figura 6. Exemplo de rtulo de risco. ..................................................................................... 24

    Figura 7. Rtulos de Risco da Classe 1 Explosivos. ............................................................ 24

    Figura 8. Rtulos de Risco da Classe 2 Gases. .................................................................... 24

    Figura 9. Rtulo de Risco da Classe 3 Lquidos Inflamveis............................................... 25

    Figura 10. Rtulos de Risco da Classe 4 Slidos Inflamveis. ............................................ 25

    Figura 11. Rtulos de Risco da Classe 5 Substncias Oxidantes e Perxidos orgnicos. ... 25

    Figura 12. Rtulos de Risco da Classe 6 Substncias Txicas e Substncias infectantes. .. 25

    Figura 13. Rtulos de Risco da Classe 7 Materiais Radioativos. ......................................... 26

    Figura 14. Rtulo de Risco da Classe 8 Substncias Corrosivas. ........................................ 26

    Figura 15. Rtulo de Risco da Classe 9 Substncias e Artigos Perigosos Diversos. ........... 26

    Figura 16. Carga a Granel Um produto. ............................................................................... 27

    Figura 17. Carga a Granel Mais de Um Produto com Mesmo Risco. .................................. 27

    Figura 18. Carga a Granel Mais de Um Produto com Riscos Diferentes. ............................ 27

    Figura 19. Carga a Granel Produto Transportado Temperatura Elevada. ......................... 28

    Figura 20. Carga Fracionada Um Produto. ........................................................................... 28

    Figura 21. Carga Fracionada Produtos Diferentes com Mesmo Risco. ............................... 28

    Figura 22. Carga Fracionada Produtos Diferentes com Riscos Diferentes. ......................... 29

    Figura 23. Carga Fracionada Um Produto em Veculo Utilitrio. ....................................... 29

    Figura 24. Carga Fracionada Produtos Diversos com Mesmo Risco. .................................. 29

    Figura 25. Carga Fracionada Produtos Diversos com Riscos Diferentes. ............................ 30

  • Figura 26. Cargas Granel e Fracionada no Mesmo Veculo. .................................................. 30

    Figura 27. Veculo Combinado a Granel com Um Produto. ................................................... 31

    Figura 28. Veculo Combinado a Granel com Vrios Produtos. ............................................. 31

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Significado dos Algarismos dos Nmeros de Risco. ............................................... 17

    Tabela 2. Nmeros de Risco. ................................................................................................... 18

    Tabela 3. Exemplo da Relao numrica de um produto perigoso. ........................................ 35

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ................................................................................................................... 10

    2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 12

    3 REVISO BIBLIOGRFICA ........................................................................................... 13

    4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 16

    5 RESULTADOS E DISCUSSES ...................................................................................... 17

    6 CONCLUSES .................................................................................................................... 67

    7 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .............................................................................. 68

    APNDICE A Ficha de Informao de Segurana de Produto Qumico da Gasolina comum.

  • 10

    1 INTRODUO

    O desenvolvimento industrial que se tem verificado desde o incio do sculo tem

    determinado o aparecimento de uma enorme diversidade de indstrias e tem originado a

    necessidade cada vez maior de transportar produtos de uns locais para outros, quer se trate de

    matrias-primas, produtos acabados ou semi-acabado (COSTA, 2001).

    Essa gama de produtos, que cruzam e cruzavam, as rodovias diariamente fizeram com

    que as autoridades em meados da dcada de 1950, encabeassem programas de

    regulamentao, padronizao e fiscalizao tanto no mbito internacional, sendo a mais

    expressiva a Organizao das Naes Unidas (ONU), como no mbito nacional o Ministrio

    dos Transportes.

    O Setor de Transportes do Governo Federal, passou por uma reestruturao pela

    sano da Lei 10.233 de 5 de junho de 2001, onde o Ministrio dos Transportes recebeu a

    incubncia de ser rgo poltico e supervisor; o CONIT (Conselho Nacional de Integrao de

    Polticas de Transporte) um rgo ligado a Presidncia da Repblica recebeu a atribuio de

    propor polticas nacionais de integrao dos diferentes modais de transportes; o DNIT

    (Departamento Nacional de Transportes Terrestre) e a ANTAQ (Agncia Nacional de

    Transportes Aquavirios) foram estabelecidos como os rgos regulamentadores e

    fiscalizadores do sistema federal de viao.

    Tratando-se de transportes terrestres, mais especificamente, o transporte rodovirio, a

    ANTT tem como principal objetivo a implantao das polticas formuladas, pelos Ministrios

    dos Transportes. Tambm, supervisiona as atividades de explorao da infra-estrutura de

    transportes exercidas por terceiros para garantir a movimentao dentro de padres de

    eficincia, segurana e regularidade.

    A ANTT tambm responsvel pelo estabelecimento de padres e elaborao de

    normas tcnicas relativos ao transporte terrestre de produtos perigosos e compete a ela

    tambm fundamentar normas e regulamentos e fiscalizar operaes do transporte terrestre de

    produtos perigosos.

    A legislao pertinente ao transporte de produtos perigosos, no pas, iniciou com a

    publicao do Decreto n 2063 de 6 de outubro de 1983, que dispunha sobre a regulamentao

    do transporte rodovirio de cargas e/ou produtos perigosos e sobre as multas a serem

    aplicadas por infraes a esta regulamentao. Posteriormente, foi promulgado o Decreto n

    96044, em 18 de maio de 1988, que aprova o Regulamento para o Transporte de Produtos

  • 11

    Perigosos. O decreto especificava as condies de transporte dos veculos e dos

    equipamentos, a carga e seu acondicionamento, o pessoal envolvido na operao de

    transporte, a documentao necessria, entre outras.

    A Portaria n 204, de 20 de maio de 1997, trouxe as instrues complementarem ao

    regulamento do transporte rodovirio de produtos perigosos com a definio das diversas

    classes e subclasses dos produtos com recomendaes gerais para o seu transporte.

    Apresentou ainda a relao de produtos perigosos atualizada com base nas recomendaes da

    Organizao das Naes Unidas (ONU) e com orientao quanto a correta denominao do

    produto perigoso a ser transportado, no sentido de permitir uma uniformidade no

    cumprimento das exigncias regulamentares referentes documentao.

    Em 31 de maio de 2004 a ANTT baixou atravs da Resoluo n 420 (BRASIL, 2004),

    novas instrues que complementaram o Regulamento para o Transporte Terrestre de

    Produtos Perigosos. Para a preparao das instrues complementarem a ANTT tomou como

    referncia o trabalho elaborado pelo Comit de Peritos das Naes Unidas, alm de considerar

    dois Convnios Internacionais: Acordo Europeu sobre o Transporte de Produtos Perigosos por

    Rodovia e Regulamentos Internacionais sobre o Transporte de Produtos Perigosos por

    Ferrovia. A referida resoluo fornece as definies e informaes sobre os ensaios

    necessrios para enquadrar o produto perigoso nas diversas classes e subclasses, incluindo

    critrios para classificao daqueles que no constem nominalmente da relao que a integra.

    Estabelece sanes admitidas para determinados produtos, bem como apresenta prescries

    relativas s operaes de transportes (gerais e particulares) para cada classe de risco.

    Determina tambm, cuidados a serem observados e disposies relativas a embalagens,

    contentores intermedirios para granis, embalagens grandes e tanques portteis.

    Mais recentemente, a Resoluo n 420/04, foi alterada pela Resoluo n 701 em 20

    de agosto de 2004, onde foram aprovadas algumas instrues complementares ao

    Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.

  • 12

    2 OBJETIVOS

    Demonstrar o procedimento correto para transporte e acidentes relacionados ao

    transporte rodovirio de gasolina, para minimizar os riscos para a sade humana e ao meio

    ambiente.

  • 13

    3 REVISO BIBLIOGRFICA

    3.1 Classificao dos Produtos Perigosos

    De acordo com a resoluo ANTT 420/04, os produtos perigosos classificam-se em:

    Classe 1: Explosivos

    Subclasse 1.1: Substncias e artigos com risco de exploso em massa.

    Subclasse 1.2: Substncias e artigos com risco de projeo, mas sem risco de exploso em

    massa.

    Subclasse 1.3: Substncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de exploso ou

    de projeo, ou ambos, mas sem risco de exploso em massa.

    Subclasse 1.4: Substncias e artigos que no apresentam risco significativo.

    Subclasse 1.5: Substncias muito insensveis, com risco de exploso em massa.

    Subclasse 1.6: Artigos extremamente insensveis, sem risco de exploso em massa.

    Classe 2: Gases

    Subclasse 2.1: Gases inflamveis.

    Subclasse 2.2: Gases no-inflamveis, no-txicos.

    Subclasse 2.3: Gases txicos.

    Classe 3: Lquidos inflamveis

    Classe 4: Slidos inflamveis; substncias sujeitas combusto espontnea; substncias

    que, em contato com gua, emitem gases inflamveis

    Subclasse 4.1: Slidos inflamveis, substncias auto-reagentes e explosivos slidos

    insensibilizados.

    Subclasse 4.2: Substncias sujeitas combusto espontnea.

    Subclasse 4.3: Substncias que, em contato com gua, emitem gases inflamveis.

    Classe 5: Substncias oxidantes e perxidos orgnicos

    Subclasse 5.1: Substncias oxidantes.

    Subclasse 5.2: Perxidos orgnicos.

    Classe 6: Substncias txicas e substncias infectantes

    Subclasse 6.1: Substncias txicas.

    Subclasse 6.2: Substncias infectantes.

    Classe 7: Material radioativo

    Classe 8: Substncias corrosivas

  • 14

    Classe 9: Substncias e artigos perigosos diversos

    3.2 Inflamveis e Combustveis

    De acordo com a NR-20 SEGURANA E SADE NO TRABALHO COM

    INFLAMVEIS E COMBUSTVEIS:

    Lquidos inflamveis: so lquidos que possuem ponto de fulgor 60 C.

    Gases inflamveis: gases que inflamam com o ar a 20 C e a uma presso padro de 101,3

    kPa.

    Lquidos combustveis: so lquidos com ponto de fulgor > 60 C e 93 C.

    De acordo com a Resoluo ANTT 420/04:

    Lquidos inflamveis: so lquidos, misturas de lquidos ou lquidos que contenham

    slidos em soluo ou suspenso (p. ex., tintas, vernizes, lacas etc, excludas as substncias

    que tenham sido classificadas de forma diferente, em funo de suas caractersticas perigosas)

    que produzam vapor inflamvel a temperaturas de at 60,5C, em ensaio de vaso fechado, ou

    at 65,6C, em ensaio de vaso aberto, normalmente referido como ponto de fulgor. Esta classe

    inclui tambm:

    a) Lquidos oferecidos para transporte a temperaturas iguais ou superiores a seu ponto de

    fulgor;

    b) Substncias transportadas ou oferecidas para transporte a temperaturas elevadas, em estado

    lquido, que desprendam vapores inflamveis a temperatura igual ou inferior temperatura

    mxima de transporte.

    O ponto de fulgor a temperatura mnima necessria para que um combustvel

    desprenda vapores ou gases inflamveis, os quais, combinados com o oxignio do ar em

    contato com uma chama, comeam a se queimar, mas a chama no se mantm porque os

    gases produzidos so ainda insuficientes (FUNDACENTRO).

    O ponto de combusto a temperatura mnima necessria para que um combustvel

    desprenda vapores ou gases inflamveis que, combinados com o oxignio do ar e ao entrar em

    contato com uma chama, se inflamam, e, mesmo que se retire a chama, o fogo no se apaga,

    pois essa temperatura faz gerar, do combustvel, vapores ou gases suficientes para manter o

    fogo ou a transformao em cadeia (FUNDACENTRO).

  • 15

    A temperatura de ignio aquela em que os gases desprendidos dos combustveis

    entram em combusto apenas pelo contato com o oxignio do ar, independente de qualquer

    fonte de calor. O ponto de fulgor da gasolina -42,0C e a temperatura de ignio 257,0C

    (FUNDACENTRO).

    3.3 Gasolina

    A gasolina um combustvel constitudo basicamente por hidrocarbonetos (compostos

    orgnicos que contm tomos de carbono e hidrognio) e, em menor quantidade, por produtos

    oxigenados (produtos que possuem tomos de oxignio em sua formula qumica). Alm dos

    hidrocarbonetos e dos oxigenados a gasolina contm compostos de enxofre, compostos de

    nitrognio e compostos metlicos, todos eles em baixas concentraes.

    A gasolina bsica (sem oxigenados) possui uma composio complexa. A sua

    formulao pode demandar a utilizao de diversas correntes nobres oriundas do

    processamento do petrleo como nafta leve (produto obtido atravs da destilao direta do

    petrleo), nafta craqueada que obtida atravs da quebra de molculas de hidrocarbonetos

    mais pesados (gasleos), nafta reformada (obtidas de um processo que aumenta a quantidade

    de substncias aromticas ), nafta alquilada ( de um processo que produz isso-parafinas de alta

    octanagem a partir de iso-butanos e olefinas), etc.

    A gasolina atualmente disponibilizada em nosso pas para o consumidor final e que

    comercializada pelos postos revendedores aquela que possui compostos oxigenados em sua

    composio, normalmente lcool etlico anidro. Em pocas de crise no abastecimento do

    lcool etlico, outros compostos oxigenados, como o MTBE ( Metil, Terc-Butil-ter) e

    metanol (alcool metlico) podero, aps aprovao federal, estar presentes na gasolina

    disponvel aos consumidores (DMEC UFMG).

  • 16

    4 METODOLOGIA

    A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliogrfica sobre a legislao nos stios

    eletrnicos dos rgos governamentais relacionados normatizao e fiscalizao do

    transporte rodovirio de gasolina.

  • 17

    5 RESULTADOS E DISCUSSES

    5.1 Identificao do Risco

    A identificao de riscos de produtos perigosos para o transporte rodovirio

    realizada por meio da sinalizao da unidade de transporte, composta por um painel de

    segurana, de cor alaranjada, e um rtulo de risco, bem como pela rotulagem das embalagens

    interna e externa. Estas informaes obedecem aos padres tcnicos definidos na legislao

    do transporte de produtos perigosos.

    As informaes inseridas no painel de segurana e no rtulo de risco, conforme

    determina a legislao, abrangem o Nmero de Risco e o Nmero da ONU, no Painel de

    Segurana, e o Smbolo de Risco e a Classe/Subclasse de Risco no Rtulo de Risco, conforme

    mostra a Figura 1, abaixo.

    Figura 1. Caracterizao do painel de segurana e rtulo de risco.

    5.5.1 Painel de Segurana

    Nmero de Risco

    O nmero de risco fixado na parte superior do Painel de Segurana e pode ser

    constitudo por at trs algarismos (mnimo de dois), que indicam a natureza e a intensidade

    dos riscos, conforme estabelecido na Resoluo n 420, de 12/02/2004, da Agncia Nacional

    de Transporte Terrestre (ANTT)/Ministrio dos Transportes, conforme Tabela 1 abaixo.

    Tabela 1. Significado dos Algarismos dos Nmeros de Risco.

    Algarismo Significado

    2 Desprendimento de gs devido presso ou reao qumica.

  • 18

    Algarismo Significado

    3 Inflamabilidade de lquidos (vapores) e gases ou lquido sujeito a auto-

    aquecimento.

    4 Inflamabilidade de slidos ou slido sujeito a auto-aquecimento.

    5 Efeito oxidante (intensifica o fogo).

    6 Toxicidade ou risco de infeco.

    7 Radioatividade.

    8 Corrosividade.

    9 Risco de violenta reao espontnea.

    X Substncia que reage perigosamente com gua (utilizado como prefixo

    do cdigo numrico).

    Observaes

    1. O risco de violenta reao espontnea, representado pelo algarismo 9, inclui a

    possibilidade, decorrente da natureza da substncia, de um risco de exploso, desintegrao

    ou reao de polimerizao, seguindo-se o desprendimento de quantidade considervel de

    calor ou de gases inflamveis e/ou txicos;

    2. Quando o nmero de risco for precedido pela letra X, isto significa que no deve ser

    utilizada gua no produto, exceto com aprovao de um especialista.

    3. A repetio de um nmero indica, em geral, um aumento da intensidade daquele risco

    especfico;

    4. Quando o risco associado a uma substncia puder ser adequadamente indicado por um

    nico algarismo, este ser seguido por zero.

    O nmero de risco permite determinar imediatamente o risco principal (primeiro

    algarismo) e os riscos subsidirios do produto (segundo e terceiro algarismos). As diferentes

    combinaes, que formam os diferentes nmeros de risco, esto apresentadas na Tabela 2.

    Tabela 2. Nmeros de Risco.

    N de Risco Significado

    20 Gs asfixiante ou gs sem risco subsidirio

    22 Gs liqefeito refrigerado, asfixiante

    223 Gs liqefeito refrigerado, inflamvel

  • 19

    N de Risco Significado

    225 Gs liqefeito refrigerado, oxidante (intensifica o fogo)

    23 Gs inflamvel

    239 Gs inflamvel, pode conduzir espontaneamente violenta reao

    25 Gs oxidante (intensifica o fogo)

    26 Gs txico

    263 Gs txico, inflamvel

    265 Gs txico, oxidante (intensifica o fogo)

    268 Gs txico, corrosivo

    30

    Lquido inflamvel (23C< PFg < 60,5C), ou lquido ou slido inflamvel

    em estado fundido com PFg > 60,5C, aquecido a uma temperatura igual ou

    superior a seu PFg, ou lquido sujeito a auto-aquecimento

    323 Lquido inflamvel, que reage com gua, desprendendo gases inflamveis

    X323 Lquido inflamvel, que reage perigosamente com gua, desprendendo gases

    inflamveis(*)

    33 Lquido muito inflamvel (PFg < 23C)

    333 Lquido pirofrico

    X333 Lquido pirofrico, que reage perigosamente com gua(*)

    336 Lquido altamente inflamvel, txico

    338 Lquido altamente inflamvel, corrosivo

    X338 Lquido altamente inflamvel, corrosivo, que reage perigosamente com

    gua(*)

    339 Lquido altamente inflamvel, pode conduzir espontaneamente a violenta

    reao

    36 Lquido inflamvel (23C< PFg < 60,5C), levemente txico ou lquido

    sujeito a auto-aquecimento, txico

    362 Lquido inflamvel, txico, que reage com gua, desprendendo gases

    inflamveis

    X362 Lquido inflamvel, txico, que reage perigosamente com gua,

    desprendendo gases inflamveis(*)

    368 Lquido inflamvel, txico, corrosivo

  • 20

    N de Risco Significado

    38 Lquido inflamvel (23C< PFg < 60,5C), levemente corrosivo, ou lquido

    sujeito a auto-aquecimento, corrosivo.

    382 Lquido inflamvel, corrosivo, que reage com gua, desprendendo gases

    inflamveis

    X382 Lquido inflamvel, corrosivo, que reage perigosamente com gua,

    desprendendo gases inflamveis(*)

    39 Lquido inflamvel que pode conduzir espontaneamente violenta reao

    40 Slido inflamvel, ou substncia auto-reagente, ou substncia sujeita a auto-

    aquecimento

    423 Slido que reage com gua, desprendendo gases inflamveis

    X423 Slido que reage perigosamente com gua, desprendendo gases

    inflamveis(*)

    43 Slido espontaneamente inflamvel (pirofrico)

    44 Slido inflamvel, em estado fundido numa temperatura elevada

    446 Slido inflamvel, txico, em estado fundido a uma temperatura elevada

    46 Slido inflamvel ou sujeito a auto-aquecimento, txico

    462 Slido txico que reage com gua, desprendendo gases inflamveis

    X462 Slido que reage perigosamente com gua, desprendendo gases txicos(*)

    48 Slido inflamvel ou sujeito a auto-aquecimento, corrosivo

    482 Slido corrosivo que reage com gua, desprendendo gases inflamveis

    X482 Slido que reage perigosamente com gua, desprendendo gases corrosivos(*)

    50 Substncia oxidante (intensifica o fogo)

    539 Perxido orgnico inflamvel

    55 Substncia fortemente oxidante (intensifica o fogo)

    556 Substncia fortemente oxidante (intensifica o fogo), txica

    558 Substncia fortemente oxidante (intensifica o fogo), corrosiva

    559 Substncia fortemente oxidante (intensifica o fogo), pode conduzir

    espontaneamente violenta reao

    56 Substncia oxidante (intensifica o fogo), txica

    568 Substncia oxidante (intensifica o fogo), txica, corrosiva

  • 21

    N de Risco Significado

    58 Substncia oxidante (intensifica o fogo), corrosiva

    59 Substncia oxidante (intensifica o fogo), pode conduzir espontaneamente

    violenta reao

    60 Substncia txica ou levemente txica

    606 Substncia infectante

    623 Lquido txico que reage com gua, desprendendo gases inflamveis

    As Figuras 2 a 5 apresentam exemplos da aplicao da metodologia de identificao

    dos nmeros de risco.

    Figura 2. Exemplo Nmero de Risco Gs (Classe 2).

    Figura 3. Exemplo Nmero de Risco Slido (Classe 4).

    Conforme mencionado anteriormente, a repetio de um nmero indica, em geral, o

    aumento da intensidade daquele risco especfico, como mostra a Figura 4.

  • 22

    Figura 4. Exemplo Nmero de Risco Lquido Inflamvel (Classe 3).

    Tambm, conforme j mencionado, na ausncia de risco subsidirio, deve ser colocado

    como segundo algarismo o zero (Figura 5).

    Figura 5. Exemplo ausncia de risco subsidirio.

    Nmero da ONU

    O nmero ONU um nmero de quatro dgitos, atribudo pelo Comit de Peritos das

    Naes Unidas sobre Transporte de Produtos Perigosos, que tem por objetivo identificar

    internacionalmente substncias que representam risco ao ser humano e ao meio ambiente.

    As designaes da Relao de Produtos Perigosos so de quatro tipos, como a seguir:

    (Resoluo 420/04 ANTT)

    a) Designaes singelas para substncias e artigos bem definidos

    ex.:

    1090 acetona.

    1194 nitrito de etila, soluo.

    b) Designaes genricas para grupos bem definidos de substncias ou artigos

    ex.:

  • 23

    1133 adesivos.

    1266 perfumaria, produtos.

    2757 pesticida base de carbamatos, slido, txico.

    3101 perxido orgnico, tipo B, lquido.

    c) Designaes especficas N.E., abrangendo um grupo de substncias ou artigos de uma

    particular natureza qumica ou tcnica

    ex.:

    1477 nitratos, inorgnicos, N.E.

    1987 lcoois, N.E.

    d) Designaes gerais N.E., abrangendo um grupo de substncias ou artigos que se

    enquadram nos critrios de uma ou mais classes ou subclasses

    ex.:

    1325 slido inflamvel, orgnico, N.E.

    1993 lquido inflamvel, N.E.

    5.5.2 Rtulo de Risco

    Toda embalagem confiada ao transporte rodovirio deve portar o rtulo de risco,

    cujas dimenses devem ser estabelecidas de acordo com a legislao/normalizao vigente. O

    rtulo de risco utilizado no transporte deve ser correspondente classe ou subclasse de risco

    do produto. Os nmeros das classes e subclasses so fixados na parte inferior dos rtulos de

    risco e ou discriminados em campo especifico constante nos documentos fiscais portados pelo

    condutor do veculo. Os rtulos de risco tm a forma de um quadrado, colocado num ngulo

    de 45 (forma de losango), podendo conter smbolos, figuras e/ou expresses emolduradas,

    referentes classe/subclasse do produto perigoso. Os rtulos de risco so divididos em duas

    metades:

    1. A metade superior destina-se a exibir o pictograma, smbolo de identificao do risco.

    Exceto para as subclasses 1.4, 1.5 e 1.6;

    2. A metade inferior destina-se para exibir o nmero da classe ou subclasse de risco e grupo

    de compatibilidade, conforme apropriado, e quando aplicvel o texto indicativo da natureza

    do risco.

  • 24

    A Figura 6, abaixo, mostra a forma de aplicao do smbolo, texto e nmero da

    classe/subclasse no rtulo de risco.

    Figura 6. Exemplo de rtulo de risco.

    As Figuras 7 a 15 apresentam os rtulos de risco aplicado nas classes/subclasses de

    risco de 1 a 9, respetivamente.

    Figura 7. Rtulos de Risco da Classe 1 Explosivos.

    Obs:

    * Local para indicao do grupo de compatibilidade.

    ** Local para indicao da subclasse.

    Figura 8. Rtulos de Risco da Classe 2 Gases.

  • 25

    Figura 9. Rtulo de Risco da Classe 3 Lquidos Inflamveis.

    Figura 10. Rtulos de Risco da Classe 4 Slidos Inflamveis.

    Figura 11. Rtulos de Risco da Classe 5 Substncias Oxidantes e Perxidos orgnicos.

    Figura 12. Rtulos de Risco da Classe 6 Substncias Txicas e Substncias infectantes.

  • 26

    Figura 13. Rtulos de Risco da Classe 7 Materiais Radioativos.

    Figura 14. Rtulo de Risco da Classe 8 Substncias Corrosivas.

    Figura 15. Rtulo de Risco da Classe 9 Substncias e Artigos Perigosos Diversos.

    5.2 Sinalizao de veculos transportadores de produtos perigosos

    O veculo que transporta produtos perigosos, conforme a legislao vigente, deve fixar

    a sua sinalizao na frente (painel de segurana, do lado esquerdo do motorista), na traseira

    (painel de segurana, do lado esquerdo do motorista) e nas laterais (painel de segurana e o

    rtulo indicativo da classe ou subclasse de risco) colocados do centro para a traseira, em local

    visvel. Quando a unidade de transporte a granel trafegar vazia, sem ter sido descontaminada,

    est sujeita s mesmas prescries que a unidade de transporte carregada; devendo, portanto,

    estar identificada com os rtulos de risco e os painis de segurana. (Figuras 16).

  • 27

    Figura 16. Carga a Granel Um produto.

    Figura 17. Carga a Granel Mais de Um Produto com Mesmo Risco.

    Figura 18. Carga a Granel Mais de Um Produto com Riscos Diferentes.

  • 28

    Figura 19. Carga a Granel Produto Transportado Temperatura Elevada.

    Figura 20. Carga Fracionada Um Produto.

    Figura 21. Carga Fracionada Produtos Diferentes com Mesmo Risco.

  • 29

    Figura 22. Carga Fracionada Produtos Diferentes com Riscos Diferentes.

    Figura 23. Carga Fracionada Um Produto em Veculo Utilitrio.

    Figura 24. Carga Fracionada Produtos Diversos com Mesmo Risco.

  • 30

    Figura 25. Carga Fracionada Produtos Diversos com Riscos Diferentes.

    Figura 26. Cargas Granel e Fracionada no Mesmo Veculo.

  • 31

    Figura 27. Veculo Combinado a Granel com Um Produto.

    Figura 28. Veculo Combinado a Granel com Vrios Produtos.

    5.3 Relao de Produtos Perigosos

    A Resoluo ANTT 420/04, no captulo 3, apresenta uma relao de Produtos

    Perigosos baseada na 11 edio das Recomendaes para o Transporte de Produtos

    Perigosos das Naes Unidas e na edio de 2001 do Acordo Europeu para o Transporte

    Rodovirio de Produtos Perigosos, alm dos produtos perigosos que constam da 12 edio

    das referidas Recomendaes ONU.

    Constam desta relao os Produtos Perigosos mais comumente transportados.

    Pretendendo-se, tanto quanto praticvel, abranger todas as substncias perigosas de

    importncia comercial.

  • 32

    A relao de produtos perigosos apresenta artigos e substncias relacionadas

    especificamente pelo nome, as quais deveram ser transportadas de acordo com as disposies

    apropriadas quele artigo ou substncia, e outras designadas por genrico ou no-

    especificado, que podem ser usadas para permitir o transporte de substncias ou artigos que

    no estejam especificamente nominados na Relao de Produtos Perigosos. A substncia ou o

    artigo deve ser classificado de acordo com as definies e os critrios de ensaio da classe, e

    ser adotada a designao que mais apropriadamente descrever a substncia, dentre as

    includas na Relao de Produtos Perigosos.

    A Relao de Produtos Perigosos no inclui produtos to perigosos a ponto de seu

    transporte, exceto com autorizao especial, seja proibido. Tais produtos no foram

    relacionados porque o transporte de alguns produtos pode ser proibido em algumas

    modalidades de transporte e permitido em outras e, tambm, porque seria impossvel elaborar

    uma relao exaustiva. Alm disso, tal relao deixaria, a curto prazo, de ser exaustiva em

    razo da freqente introduo de novas substncias; e a ausncia de uma substncia dessa

    relao poderia dar a impresso errnea de que tal substncia poderia ser transportada sem

    restries especiais.(Resoluo ANTT 420/04).

    Uma mistura, ou soluo que contenha uma substncia perigosa identificada pelo

    nome na Relao de Produtos Perigosos e uma ou mais substncias no-sujeitas a este

    Regulamento, deve submeter-se s exigncias estabelecidas para a substncia perigosa (desde

    que a embalagem seja apropriada para o estado fsico da mistura ou soluo), exceto se:

    a) a prpria mistura ou soluo estiver identificada pelo nome neste Regulamento;

    b) a designao contida neste Regulamento indicar especificamente que se aplica apenas

    substncia pura;

    c) a classe de risco, o estado fsico ou o grupo de embalagem da mistura ou soluo for

    diferente do relativo substncia perigosa; ou

    d) houver alterao significativa nas medidas de atendimento a emergncias.

    O nome apropriado para embarque de misturas ou solues tratadas de acordo com as

    exigncias aplicveis substncia perigosa nelas contida deve conter o qualificativo

    SOLUO ou MISTURA, conforme o caso (p. ex., ACETONA, SOLUO). Alm

    disso, pode-se indicar, tambm, a concentrao da soluo ou mistura (p. ex., ACETONA,

    SOLUO a 75%) (Resoluo ANTT 420/04).

  • 33

    5.3.1 Estrutura da relao de produtos perigosos

    A Relao Numrica de Produtos Perigosos, em 3.2.4, divide-se em treze colunas,

    como segue:

    Coluna 1 Nmero ONU esta coluna contm o nmero de srie dado ao artigo ou

    substncia, de acordo com o sistema das Naes Unidas.

    Coluna 2 Nome e descrio esta coluna contm os nomes de embarque em letras

    maisculas, os quais se podem acompanhar de textos descritivos adicionais, em letras

    minsculas.

    Coluna 3 Classe de risco esta coluna contm a classe ou subclasse e, no caso da Classe

    1, o grupo de compatibilidade alocado ao artigo ou substncia, de acordo com o sistema de

    classificao.

    Coluna 4 Risco subsidirio esta coluna contm o nmero de classe ou subclasse de

    quaisquer riscos subsidirios significativos que tenham sido identificados pela aplicao do

    sistema de classificao.

    Coluna 5 Nmero de risco esta coluna contm um cdigo numrico que indica a

    natureza e a intensidade do(s) risco(s) . O fabricante do produto responsvel pela indicao

    do nmero de risco quando este no constar na Relao.

    Coluna 6 Grupo de embalagem esta coluna contm o nmero do grupo de embalagem

    das Naes Unidas (ou seja, I, II ou III), alocado ao artigo ou substncia. Se houver indicao

    de mais de um grupo de embalagem para a designao, o grupo de embalagem da substncia

    ou da formulao a ser transportada deve ser determinado, com base em suas propriedades,

    aplicando-se os critrios de classificao.

    Coluna 7 Provises especiais esta coluna contm um nmero que se refere a quaisquer

    provises especiais pertinentes ao artigo ou substncia. As provises especiais aplicam-se a

    todos os grupos de embalagem admitidos para determinada substncia ou artigo, exceto se

    indicarem o contrrio.

    Coluna 8 Quantidade limitada por veculo esta coluna fornece a quantidade mxima,

    em peso bruto, por veculo, de produto perigoso embalado e autorizado para transporte .

    A palavra zero, nesta coluna, significa que no permitido o transporte do produto em

    questo.

  • 34

    Coluna 9 Quantidade limitada por embalagem interna esta coluna fornece a

    quantidade mxima por embalagem interna que autorizada para o transporte da substncia

    em questo. A palavra zero, nesta coluna, significa que no permitido o transporte do

    artigo ou substncia.

    Coluna 10 Instrues relativas a embalagens esta coluna contm cdigos

    alfanumricos que se referem s instrues pertinentes. As instrues para embalagem

    indicam a embalagem (incluindo IBCs e embalagens grandes) que pode ser usada no

    transporte de substncias e artigos.

    Coluna 11 Provises especiais relativas a embalagens esta coluna contm cdigos

    alfanumricos que se referem s provises especiais. As instrues para embalagens especiais

    indicam as provises especiais de embalagens (incluindo IBCs e embalagens grandes).

    Coluna 12 Instrues relativas a tanques portteis esta coluna contm um nmero

    precedido pela letra T, referente s instrues pertinentes, que especificam o(s) tipo(s) de

    tanque(s) exigido(s) para o transporte da substncia em tanques portteis.

    Coluna 13 Provises especiais relativas a tanques portteis esta coluna contm um

    nmero precedido pelas letras TP, referente a quaisquer provises especiais aplicveis ao

    transporte da substncia em tanques portteis.

  • 35

    Exemplo:

    Tabela 3. Exemplo da Relao numrica de um produto perigoso.

    N

    ONU

    Nome e

    Descrio

    Classe

    de

    Risco

    Risco

    Subsidirio

    N de

    Risco

    Grupo de

    Embalagem

    Provises

    Especiais

    Quant. Limitada

    por

    Embalagens e

    IBCs Tanques

    Veiculo

    (kg)

    Emb.

    Interna

    Inst.

    Emb.

    Provises

    Especiais Instrues

    Provises

    Especiais

    1203

    COMBUSTVEL

    AUTO-MOTOR

    ou GASOLINA

    3 33 II 90,243 333 1l P001

    IBC02 T4 TP1

  • 36

    5.3.2 Embalagens

    Definies

    De acordo com a Resoluo ANTT 420/04, temos:

    Embalagens so recipientes e quaisquer outros componentes ou materiais necessrios para

    que o recipiente desempenhe sua funo de conteno.

    Embalagens prova de p so embalagens impermeveis a contedos seco, inclusive

    material slido fino produzido durante o transporte.

    Embalagens singelas so embalagens constitudas de um nico recipiente contentor e no

    necessitam de uma embalagem externa para serem transportadas.

    Embalagens combinadas so uma combinao de embalagens para fins de transporte,

    consistindo em uma ou mais embalagens internas acondicionadas numa embalagem externa.

    Embalagens compostas so embalagens que consistem numa embalagem externa e num

    recipiente interno construdos de tal modo que formem uma embalagem nica. Uma vez

    montada, passa a ser uma unidade integrada, que enchida, armazenada, transportada e

    esvaziada como tal.

    Embalagens de resgate so embalagens especiais que atendem s disposies aplicveis do

    referido Regulamento, nas quais se colocam, para fins de transporte, recuperao ou

    disposio, embalagens de produtos perigosos danificadas, defeituosas ou com vazamento, ou

    produtos perigosos que tenham derramado ou vazado.

    Embalagens grandes consistem numa embalagem externa que contm artigos ou

    embalagens internas e que:

    a) So projetadas para movimentao mecnica;

    b) Excedem 400 kg de massa lquida ou 450 litros de capacidade, mas cujo volume no

    excede 3 m3.

    Embalagens externas so protees externas de uma embalagem composta ou combinada

    juntamente com quaisquer materiais absorventes ou de acolchoamento e quaisquer outros

    componentes necessrios para conter e proteger recipientes internos ou embalagens internas.

    Embalagens intermedirias so embalagens colocadas entre embalagens internas ou artigos

    e uma embalagem externa.

    Embalagens internas so embalagens que, para serem transportadas, exigem uma

    embalagem externa.

  • 37

    Embalagens recondicionadas so embalagens que passam por processos de lavagem, de

    limpeza, de retirada de amassamentos, de restaurao de sua forma e contorno originais e de

    pintura, sem alterar suas caractersticas originais (dimensional e estrutural), de forma que

    possam suportar os ensaios de desempenho para serem novamente utilizadas. Entre essas,

    incluem-se: (Alterada pela Resoluo ANTT n. 2657, de 18/04/08)

    a) Tambores metlicos que:

    (i) perfeitamente limpos, a ponto de restarem apenas os materiais de construo originais, no

    apresentem quaisquer contedos anteriores, corroses internas e externas, revestimentos

    externos e rtulos;

    (ii) restaurada a sua forma e contorno originais, apresentem bordas (se houver) desempenadas

    e vedadas, as gaxetas que no sejam parte integrante da embalagem recolocadas;

    (iii) inspecionados aps a limpeza e antes da pintura, no apresentem buracos visveis,

    significativa reduo de espessura do material, fadiga do metal, roscas ou fechos danificados,

    ou outros defeitos importantes.

    b) Tambores e bombonas de plstico que:

    (i) perfeitamente limpos, a ponto de restarem apenas os materiais de construo originais, no

    apresentem quaisquer contedos anteriores, revestimentos externos nem rtulos;

    (ii) apresentem gaxetas recolocadas que no sejam parte integrante da embalagem;

    (iii) inspecionados aps a limpeza, no apresentem danos visveis, como rasgos, dobras,

    rachaduras, roscas ou fechos danificados, ou outros defeitos significativos.

    As embalagens recondicionadas esto sujeitas s mesmas exigncias deste

    Regulamento que se aplicam s embalagens novas.

    Embalagens refabricadas so embalagens que passam por processos de lavagem, de

    limpeza, de retirada de amassamentos, de alterao de suas caractersticas originais

    (dimensional e estrutural) e de pintura, de forma que possam suportar os ensaios de

    desempenho para serem novamente utilizadas. Entre essas, incluem-se: (Alterada pela

    Resoluo ANTT n. 2657, de 18/04/08)

    a) Tambores metlicos que tenham:

    (i) sido convertidos em um tipo UN a partir de um tipo no-UN;

    (ii) sido convertidos em um tipo UN a partir de um outro tipo UN; ou

    (iii) sofrido substituio completa de componentes estruturais (tais como tampas no-

    removveis).

    b) Tambores de plstico que tenham:

  • 38

    (i) sido convertidos em um tipo UN a partir de um outro tipo UN (p. ex., 1H1 para 1H2); ou

    (ii) sofrido substituio completa de componentes estruturais.

    As embalagens refabricadas esto sujeitas s mesmas exigncias deste Regulamento

    que se aplicam s embalagens novas.

    Embalagens reutilizveis so embalagens que podem ser utilizadas mais de uma vez por

    uma rede de distribuio controlada pelo expedidor, para transportar produtos perigosos

    idnticos ou similares compatveis, desde que inspecionadas e consideradas livres de defeitos

    que possam comprometer sua integridade e capacidade de suportar os ensaios de desempenho

    (Alterada pela Resoluo ANTT n. 2657, de 18/04/08).

    Engradados so embalagens externas com faces incompletas.

    Fechos so dispositivos que trancam uma abertura num recipiente.

    Forro um tubo ou saco inserido numa embalagem (incluindo IBCs e embalagens

    grandes), mas que no parte integrante dela, incluindo os fechos de suas aberturas.

    Tanque significa tanque porttil, incluindo continer-tanque, caminho-tanque, vago-

    tanque ou recipiente com capacidade superior a 450 litros, destinado a conter slidos, lquidos

    ou gases.

    Tanque porttil

    Para fins de transporte de substncias das Classes 3 a 9, usa-se um tanque porttil

    multimodal com capacidade superior a 450 litros. Inclui uma carcaa com os equipamentos

    estruturais e de servio necessrios ao transporte de substncias perigosas.

    O tanque porttil deve ser carregado e descarregado sem necessidade de remoo de

    seu equipamento estrutural. Deve ter dispositivos estabilizadores externos carcaa e poder

    ser iado quando cheio. Ele deve ser projetado primariamente para ser colocado num veculo

    de transporte ou num navio e ser equipado com correntes, armaes ou acessrios que

    facilitem o manuseio mecnico. Caminhes-tanque, vages-tanque, tanques no-metlicos,

    cilindros de gs, recipientes grandes e contentores intermedirios para granis (IBCs) no

    esto includos nesta definio.

    Do capitulo 6 da resoluo ANTT 420/04, no item exigncias de projeto, fabricao,

    inspeo e ensaio de tanques portteis destinados ao transporte de substncias das Classes 3 a

    9, temos:

    Ao de referncia: um ao com resistncia trao de 370N/mm2 e um alongamento na

    ruptura de 27%;

  • 39

    Ao doce: um ao com uma resistncia mnima trao garantida de 360N/mm2 a

    440N/mm2 e um alongamento na ruptura mnimo garantido;

    Carcaa ou corpo do tanque: o continente da substncia destinada ao transporte (tanque

    propriamente dito), incluindo aberturas e seus fechos, mas no incluindo os equipamentos de

    servio nem os equipamentos estruturais externos;

    Ensaio de estanqueidade: o ensaio que, utilizando gs, submete a carcaa e seu

    equipamento de servio a uma presso interna efetiva no-inferior a 25% da presso de

    trabalho mxima admissvel;

    Equipamento de servio: constitudo pelos dispositivos de carregamento, descarregamento,

    ventilao, segurana, aquecimento, resfriamento e isolamento trmico e pelos instrumentos

    de medida;

    Equipamento estrutural: compe-se dos elementos de reforo, fixao, proteo ou

    estabilizao externa carcaa;

    Faixa de temperatura de projeto: para a carcaa deve ser de -40C a 50C para substncias

    transportadas em condies ambientes. Para substncias transportadas em temperaturas

    elevadas, a temperatura de projeto no deve ser inferior temperatura mxima da substncia

    durante o carregamento, a descarga ou o transporte. Para tanques portteis sujeitos a

    condies climticas severas, devem ser consideradas temperaturas de projeto mais severas;

    Massa bruta mxima admissvel: a soma da massa da tara do tanque porttil com a maior

    carga autorizada para transporte;

    Presso de ensaio: a presso manomtrica mxima que ocorre no topo da carcaa, durante o

    ensaio de presso hidrulica, igual, no mnimo, a 1,5 vezes a presso de projeto. A presso

    mecnica de ensaio mnima para tanques portteis destinados a substncias especficas

    estipulada na instruo para tanques portteis aplicvel, contida em 4.2.4.2.6;

    Presso de projeto: a presso a ser utilizada nos clculos necessrios para a determinao

    das caractersticas do tanque. A presso de projeto no deve ser inferior maior das seguintes

    presses:

    a) A mxima presso manomtrica efetiva permitida na carcaa durante o carregamento ou o

    descarregamento; ou

    b) A soma de:

    (i) a presso de vapor absoluta (em pascal ou bar) da substncia a 65C, menos 100 kPa

    (1bar);

  • 40

    (ii) a presso parcial (em pascal ou bar) do ar ou de outros gases no espao vazio, determinada

    a temperatura, nesse espao, no superior a 65C com uma expanso do lquido devida ao

    aumento da temperatura mdia do tanque de tr - tf (tf = temperatura de carregamento,

    usualmente 15C; tr = 50C, mxima temperatura mdia do tanque);

    (iii) uma presso total determinada com base nas foras dinmicas especificadas em

    6.7.2.2.12, mas no inferior a 35 kPa (0,35bar);

    c) Dois teros da presso de ensaio mnima especificada na instruo para tanques portteis

    aplicvel, contida em 4.2.4.2.6;

    Presso Mxima de Trabalho Admissvel (PMTA): a mais elevada das duas seguintes

    presses, medidas no topo da carcaa, enquanto em posio de operao:

    a) A mxima presso manomtrica efetiva admissvel na carcaa durante o carregamento ou o

    descarregamento; ou

    b) A mxima presso manomtrica efetiva para a qual a carcaa projetada, que no ser

    inferior soma de:

    (i) a presso de vapor absoluta (em pascal ou bar) da substncia a 65C menos um bar;

    (ii) a presso parcial (em pascal ou bar) do ar ou de outros gases na folga de enchimento,

    determinada por uma temperatura, nesse espao, no superior a 65C e uma expanso do

    lquido devida ao aumento da temperatura mdia do tanque de tr - tf (tf = temperatura de

    carregamento, usualmente 15C; tr = 50C, mxima temperatura mdia do tanque);

    Para levar em conta progressos cientficos e tecnolgicos, as exigncias tcnicas

    podem ser alteradas pelo Inmetro. Tais alteraes devem oferecer nvel de segurana

    equivalente em termos de compatibilidade com as substncias transportadas e de capacidade

    de suportar impacto, ao fogo e s operaes de carregamento. Para o transporte internacional,

    esses tanques portteis alternativos devem ser aprovados pelas autoridades competentes.

    Quando da Relao de Produtos Perigosos, se determinada substncia no for

    associada a uma instruo para tanque porttil (T1 a T23,T50 ou T75), a autoridade

    competente do pas de origem poder emitir autorizao provisria de transporte. A

    autorizao deve constar da documentao de expedio e conter, pelo menos, as informaes

    normalmente fornecidas nas instrues para tanques portteis e as condies em que a

    substncia ser transportada. A autoridade competente dever tomar providncias junto

    Agncia Nacional de Transportes Terrestres ANTT, para incluir essa mudana na Relao

    de Produtos Perigosos (Alterado pela Resoluo ANTT n. 1644, de 29/12/06).

  • 41

    Exigncias gerais de projeto e fabricao

    As carcaas devem ser projetadas e construdas de acordo com a presso de ensaio

    reconhecida pela autoridade competente. As carcaas devem ser feitas de materiais metlicos

    apropriados para moldagem. Os materiais devem, em princpio, conformar-se a normas

    nacionais ou internacionais relativas a materiais. Em carcaas soldadas, s devem ser

    empregados materiais cuja soldabilidade tenha sido plenamente demonstrada. As soldas

    devem ser bem feitas e oferecer completa segurana. Quando o processo de manufatura ou os

    materiais o exigirem, as carcaas devem receber adequado tratamento trmico, para assegurar

    tenacidade adequada na solda e nas reas afetadas pelo calor. Na escolha do material, deve-se

    levar em conta a faixa de temperatura de projeto com referncia a risco de friabilidade, a

    fissuramento pelas tenses de corroso e a resistncia a impacto. Quando for utilizado ao de

    granulao fina, o valor garantido da tenso de escoamento no deve ser superior a

    460N/mm2, e o valor garantido do limite superior da tenso de trao no deve ultrapassar

    725N/mm2 de acordo com a especificao do material. O alumnio s pode ser usado como

    material de fabricao quando indicado em proviso especial para tanque porttil, para uma

    substncia especfica, da Relao de Produtos Perigosos, ou quando aprovado por autoridade

    competente. Nos casos em que o alumnio for autorizado, deve haver isolamento trmico para

    evitar perda significativa de suas propriedades fsicas quando submetido a uma carga de calor

    de 110kW/m2 por perodo mnimo de 30 minutos. O isolamento deve permanecer efetivo a

    qualquer temperatura inferior a 649C e deve ser revestido por material com ponto de fuso

    no inferior a 700C. Os materiais do tanque porttil devem ser adequados ao ambiente

    externo em que possam ser transportados.

    Carcaas de tanques portteis, acessrios e tubulaes devem ser feitos com material

    que seja:

    a) Substancialmente imune a ataque pela(s) substncia(s) transportada(s);

    b) Adequadamente tratado ou neutralizado por reao qumica; ou

    c) Revestido com material resistente a corroso diretamente colado carcaa ou fixado por

    meio equivalente.

    Gaxetas devem ser feitas de materiais no sujeitos a ataque pelas substncias a serem

    transportadas.

    Quando as carcaas forem revestidas, o revestimento deve ser substancialmente imune

    a ataque pela(s) substncia(s) transportada(s), homogneo, no-poroso, isento de perfuraes,

  • 42

    suficientemente elstico e compatvel com as caractersticas de dilatao trmica da carcaa.

    O revestimento de qualquer carcaa, acessrio e tubulao devem ser contnuos e

    estender-se em torno da superfcie de quaisquer flanges. Quando acessrios externos forem

    soldados ao tanque, o revestimento deve ser contnuo, estendendo-se sobre os acessrios e ao

    longo da superfcie de flanges externos.

    Juntas e costuras no revestimento devem ser feitas por fuso dos materiais ou por

    outro mtodo igualmente eficaz.

    Deve-se evitar contato de metais diferentes que possam resultar em danos por ao

    galvnica.

    Os materiais do tanque porttil, incluindo quaisquer dispositivos, gaxetas,

    revestimentos e acessrios, no devem afetar adversamente as substncias a serem

    transportadas.

    Os tanques portteis devem ser projetados e construdos com suportes que

    proporcionem a eles base segura durante o transporte e com dispositivos de iamento e de

    fixao adequados.

    Os tanques portteis devem ser projetados para suportar, sem perda de contedo, no

    mnimo a presso interna gerada pelo contedo e as cargas estticas, dinmicas, e trmicas,

    em condies normais de manuseio e transporte. O projeto deve demonstrar que os efeitos da

    fadiga, provocados pela aplicao repetida dessas cargas ao longo da vida til do tanque

    porttil foram levados em considerao.

    Carcaas equipadas com dispositivo de alvio de vcuo devem ser projetadas para

    suportar, sem deformao permanente, presso externa de, no mnimo, 21kPa (0,21bar) acima

    da presso interna. O dispositivo de alvio de vcuo deve ser calibrado para no mais que

    21kPa (0,21bar) negativo, exceto se a carcaa for projetada para sobrepresso externa

    superior, caso em que a presso de alvio de vcuo no deve ser superior presso de vcuo

    do projeto do tanque. Carcaas sem dispositivo de alvio de vcuo devem ser projetadas para

    suportar, sem deformao permanente, presso externa de pelo menos 40kPa (0,4bar) acima

    da presso interna.

    Dispositivos de alvio de vcuo de tanques portteis destinados ao transporte de

    substncias que atendam aos critrios de ponto de fulgor da Classe 3, incluindo substncias

    transportadas em alta temperatura ou em temperatura superior a seu ponto de fulgor, devem

    evitar a passagem imediata de chama para o interior da carcaa, ou o tanque porttil deve ter

  • 43

    carcaa capaz de suportar, sem vazamento, eventual exploso interna resultante da passagem

    de chama para seu interior.

    Os tanques portteis e suas fixaes, quando carregados com a carga mxima

    admissvel, devem poder absorver as seguintes foras estticas aplicadas separadamente:

    a) Na direo de viagem: duas vezes a massa bruta mxima admissvel multiplicada pela

    acelerao devida gravidade (g)(*);

    b) Horizontalmente, em direo perpendicular direo de viagem: a massa bruta mxima

    admissvel (se a direo de viagem no for claramente determinada, as foras devem ser

    iguais a duas vezes a massa bruta mxima admissvel) multiplicada pela acelerao devida

    gravidade (g)(*);

    c) Verticalmente, de baixo para cima: a massa bruta mxima admissvel multiplicada pela

    acelerao devida gravidade (g)(*);

    d) Verticalmente, de cima para baixo: duas vezes a massa bruta mxima admissvel (carga

    total, incluindo o efeito da gravidade) multiplicada pela acelerao devida gravidade (g)(*).

    O coeficiente de segurana a ser considerado, sob cada uma das foras citadas, ser

    como a seguir:

    a) Para metais com limite de escoamento claramente definido, um coeficiente de segurana de

    1,5 em relao tenso de escoamento garantida; ou

    b) Para metais sem limite de escoamento claramente definido, um coeficiente de segurana de

    1,5 em relao tenso mecnica de ensaio de 0,2% garantida e, para aos austenticos, a

    tenso mecnica de ensaio de 1%.

    O valor da tenso de escoamento ou da tenso mecnica de ensaio deve conformar-se

    a padres nacionais ou internacionais de materiais. Quando forem empregados aos

    austenticos, os valores mnimos de tenso de escoamento ou tenso mecnica de ensaio

    especificados pelos padres podem ser acrescidos de at 15%, quando esses valores maiores

    forem atestados no certificado de inspeo do material. Quando no houver padro para o

    metal em questo, o valor adotado para a tenso de escoamento ou a tenso mecnica de

    ensaio deve ser aprovado pela autoridade competente.

    Devem ser aterrados eletricamente os tanques portteis destinados ao transporte de

    substncias que atendam aos critrios de ponto de fulgor da Classe 3, incluindo substncias

    transportadas em alta temperatura ou em temperatura superior a seu ponto de fulgor. Devem-

    se tomar providncias para evitar descarga eletrosttica perigosa.

  • 44

    Quando exigido para certas substncias pela instruo para tanques portteis aplicvel,

    ou por uma proviso especial para tanque porttil indicada na Relao de Produtos Perigosos,

    os tanques portteis devem ser providos de proteo adicional, a qual pode ser a maior

    espessura da carcaa ou a presso mecnica de ensaio mais elevada, qualquer dessas

    protees determinadas em funo dos riscos inerentes ao transporte das substncias em

    questo.

    5.3.3 Documentos Exigidos para o Transporte Terrestre

    mbito Nacional

    Transporte Rodovirio

    a) Documento exigido para o condutor, inciso I do art. 22 do Decreto 96044/88:

    - Documento original, vlido, que comprove a realizao do curso Movimentao e Operao

    de Produtos Perigosos - MOPP, que um treinamento especfico para o condutor do veculo,

    conforme modelo regulamentado pelo Conselho Nacional de Trnsito - CONTRAN

    (Resoluo n 168/CONTRAN/MJ, de 14 de dezembro de 2004 e suas alteraes).

    b) Documento exigido para o veculo e equipamento, inciso I e pargrafos 1 a 4 do art.

    22 do Decreto 96044/88:

    - Certificado de Inspeo para o Transporte de Produtos Perigosos - CIPP, original do veculo

    e dos equipamentos destinados ao transporte de produtos perigosos a granel, expedido pelo

    Inmetro ou entidade por ele acreditada.

    c) Documentos referentes ao produto perigoso:

    - Documento Fiscal, inciso II do art. 22 do Decreto 96044/88; itens 5.4.1.1 e 5.4.1.1.11.1 da

    Resoluo ANTT n 420/04. O Documento Fiscal deve conter ou ser acompanhado de uma

    declarao de que o produto est adequadamente acondicionado para suportar os riscos

    normais das etapas necessrias a uma operao de transporte e que atende a regulamentao

    em vigor;

    - Ficha de Emergncia e Envelope para o Transporte, inciso III do art. 22 do Decreto

    96044/88, item 5.4.2.1 (d) da Resoluo ANTT n. 420/04. Emitidos pelo fabricante, ou

  • 45

    preenchidos pelo expedidor conforme instrues fornecidas pelo fabricante ou importador do

    produto transportado;

    - Licenas ou autorizaes especiais podem ser exigidas por meio de Provises Especiais.

    Tais Provises podem ser verificadas na Coluna 7 da Relao de Produtos Perigosos, Cap.

    3.2.4 da resoluo ANTT n 420/04.

    d) Documentos exigidos em outros instrumentos legais:

    - Registro Nacional de Transportadores Rodovirios de Carga RNTRC, nos termos da

    Resoluo ANTT n 3056, de 12 de maro de 2009. Para o transporte de carga prpria, no

    necessrio inscrio no RNTRC;

    - Licena Ambiental, conforme o estabelecido no 1 do art. 2, da Resoluo CONAMA n.

    237, de 19 de dezembro de 1997, a ser emitida pelo rgo de meio ambiente responsvel pelo

    trecho a ser percorrido.

    Informaes exigidas no documento fiscal

    O documento fiscal de produtos perigosos deve conter para cada substncia e artigo objeto do

    transporte as informaes a seguir:

    a) o nome apropriado para embarque;

    b) a classe ou a subclasse do produto;

    c) o nmero ONU, precedido das letras UN ou ONU e o grupo de embalagem da

    substncia ou artigo;

    d) a quantidade total por produto perigoso abrangido pela descrio (em volume, massa, ou

    contedo lquido de explosivos, conforme apropriado).

    Obs: quando se tratar de embarque com quantidade limitada por unidade de transporte,

    o documento fiscal deve informar o peso bruto do produto expresso em quilograma.

    No caso de resduos de produtos perigosos a serem transportados para fins de

    disposio, ou de processamento para disposio, o nome apropriado para embarque deve ser

    precedido da palavra RESDUO.

    Quando forem transportados produtos perigosos com as disposies para quantidades

    limitadas, a descrio da expedio deve incluir uma das seguintes expresses: quantidade

    limitada ou QUANT. lTDA.

  • 46

    Quando forem transportados produtos perigosos numa embalagem de resgate, as

    palavras VOLUME DE RESGATE devem ser acrescentadas descrio dos produtos no

    documento de transporte.

    Para as embalagens vazias e no limpas que contiveram produtos perigosos que

    apresentem valor de quantidade limitada por veculo diferente de zero, o documento fiscal

    deve conter a expresso VAZIA, NO LIMPA.

    Se um documento fiscal listar tanto produtos perigosos quanto no perigosos, os

    produtos perigosos devem ser relacionados primeiro, ou ser enfatizados de outra maneira.

    Declarao do expedidor

    O documento fiscal de produtos perigosos, emitido pelo expedidor, deve tambm

    conter ou ser acompanhado de uma declarao de que o produto est adequadamente

    acondicionado para suportar os riscos normais das etapas necessrias a uma operao de

    transporte e que atende a regulamentao em vigor.

    A declarao deve ser assinada e datada pelo expedidor. Ficam dispensados de

    apresentar a assinatura no documento fiscal de produtos perigosos os estabelecimentos que

    usualmente forneam produtos perigosos, desde que apresentem documento com a declarao

    impressa de que o produto esteja adequadamente acondicionado para suportar os riscos

    normais das etapas necessrias a uma operao de transporte e que atende regulamentao

    em vigor.

    Quando se tratar de exportao ou importao, a declarao do expedidor ser aceita

    no idioma oficial dos pases de origem acompanhado de traduo no idioma do pas destino.

    Quando se tratar de transporte internacional no mbito do Mercosul, ser aceita no

    idioma oficial dos pases de origem ou de destino.

    Ficha de Emergncia

    A ficha de emergncia um documento de porte obrigatrio para o transporte de

    produtos perigosos, regulada pela NBR 7503 da ABNT e acompanha o produto desde o

    acondicionamento da carga at o destinatrio do produto.

    No transporte rodovirio de produtos perigosos, a ficha de emergncia dever estar

    num envelope para transporte, conforme padro estabelecido pela ABNT, devendo ser

    mantida a bordo junto ao condutor do veculo.

  • 47

    As informaes devem ser colocadas longe dos volumes contendo produtos perigosos

    de maneira a permitir acesso imediato, no caso de um acidente ou incidente.

    A ficha de emergncia ou guia de procedimentos de emergncia, nos casos de

    exportao ou importao, devero ser redigidos nos idiomas oficiais dos pases de origem,

    trnsito e destino.

    Dever haver no veculo uma ficha de emergncia para cada produto transportado e

    um envelope para cada expedidor de produto perigoso, nos casos em que o veculo tenha sido

    carregado em mais de um lugar, por responsveis diferentes.

    A ficha de emergncia deve conter:

    Na rea A

    a) O ttulo: FICHA DE EMERGNCIA;

    b) A identificao do expedidor, tanto para produtos nacionais quanto para

    importados, e nmero do telefone (disponvel 24 h por dia) da equipe que possa

    fornecer informaes tcnicas sobre o produto em caso de emergncia.

    c) Os ttulos: Nmero de risco; Nmero da ONU ou Nmero ONU; Classe ou

    subclasse de risco; Descrio da classe ou subclasse de risco e Grupo de

    embalagem, devidamente preenchidos.

    d) O ttulo: Nome apropriado para embarque. O nome apropriado para embarque do

    produto deve ser preenchido conforme Anexo da Resoluo n 420 da ANTT e suas

    modificaes.

    Na rea B, destinada ao ttulo Aspecto

    Descrio do estado fsico do produto, podendo-se citar cor e odor, descrio do risco

    subsidirio do produto, quando existir, incompatibilidades qumicas no previstas na

    NBR 14619, bem como os produtos no perigosos que possam acarretar reaes

    qumicas que ofeream risco.

    Na rea C destinada ao ttulo EPI de uso exclusivo da equipe de atendimento a

    emergncia.

    Devem ser mencionados, nica e exclusivamente, os equipamentos de proteo

    individual para o(s) integrante(s) da equipe que for atender a emergncia, devendo-se

    citar a vestimenta apropriada (por exemplo, roupa, capacete, luva, bota etc.) e o

    equipamento de proteo respiratria: tipo de mscara (pea semi-facial etc.) tipo de

    filtro (qumico, mecnico ou combinado).

  • 48

    Neste campo no pode ser includo o EPI do motorista, constante na ABNT NBR

    9735.

    Aps a relao dos equipamentos deve ser includa a seguinte frase: O EPI do

    motorista est especificado na ABNT 9735.

    Na rea D deve conter o seguinte:

    a) O ttulo: RISCOS;

    b) O ttulo: Fogo. Essa rea destinada descrio dos riscos que o produto

    apresenta em relao ao fogo. Devem ser mencionadas as caractersticas intrnsecas do

    produto em incendiar-se e/ou explodir, alm dos riscos que o produto possa oferecer

    quando submetido a condies externas envolvendo calor, fasca, fogo, outras fontes

    de ignio e contatos com outros produtos no compatveis com o(s) produto(s)

    transportado(s), se puderem gerar fogo / exploso. No caso de risco de risco de

    inflamabilidade, deve-se citar o ponto de fulgor. Devem ser citados os limites de

    explosividade, quando aplicvel, de modo a facilitar o atendimento emergncia.

    c) O ttulo: Sade. Essa rea destinada descrio dos riscos que o produto

    apresenta em relao sade. Devem ser mencionados os efeitos imediatos

    exposio e/ou contato do produto com o corpo humano, tais como queimadura,

    irritao nas vias respiratrias e digestivas, asfixia, narcose, citando vias de absoro

    (inalao, contato ou ingesto), leses agudas e/ou crnicas. Deve ser indicada a

    toxicidade inalatria (CL50 em ppm) dos produtos da subclasse 2.3 (gases txicos).

    Para os produtos da subclasse 6.1 (substncias txicas) devem ser indicadas a

    dosagem letal (DL50 em mg/kg) e a concentrao letal (CL50 em mg/L);

    d) O ttulo: Meio ambiente. Esta rea destinada descrio dos riscos que o

    produto apresenta em relao ao meio ambiente. Devem ser relacionados os danos

    causados devido possvel alterao da qualidade do ar, da gua e do solo, e se o

    produto solvel em gua. Se aplicvel, informar a densidade relativa dos lquidos, de

    vapores e de gases, se so mais pesados ou mais leves que a gua ou o ar, e a reao

    com outros materiais.

    Na rea E destinada ao ttulo: EM CASO DE ACIDENTE.

    Na rea F reservada s providncias a serem tomadas em caso de acidente, devendo conter:

    a) o ttulo: Vazamento. Em caso de vazamento, devem ser mencionados os

    procedimentos a serem tomados tais como:

  • 49

    Isolamento da rea: indicar, caso necessrio, a distncia mnima de isolamento ou

    evacuao inicial;

    Estancamento do vazamento do recipiente: indicar procedimentos e equipamentos

    / materiais a serem utilizados;

    Conteno das pores vazadas: indicar formas de conteno e citar os materiais

    incompatveis;

    Precaues que devem ser tomadas na realizao de transbordo e as possveis

    restries do manuseio do produto;

    b) o ttulo: Fogo. Essa rea destinada descrio dos procedimentos a serem

    tomados em caso de fogo. Devem ser mencionadas as precaues quanto

    possibilidade de exploso, os agentes extintores ou outros meios de extino

    recomendados, os contra-indicados e os meios de resfriamento;

    c) o ttulo: Poluio. Devem ser mencionados os procedimentos em caso de poluio

    ambiental: citar quando necessrio, agentes neutralizantes para o risco do produto e

    proporo recomendada em relao quantidade vazada;

    d) o ttulo: Envolvimento de pessoas. Devem ser mencionados os primeiros-

    socorros a serem prestados no caso de ingesto, inalao e contato com os olhos e

    pele;

    e) o ttulo: Informaes ao mdico. Deve ser mencionado o correspondente

    tratamento ao paciente e, quando recomendado, os antdotos e contra-indicaes. Estas

    informaes devem ser fornecidas por um servio mdico especializado;

    f) o ttulo: Observaes. Neste campo deve ser includa a frase: As instrues ao

    motorista, em caso de emergncia, encontram-se descritas exclusivamente no envelope

    para transporte. O campo pode conter informaes complementares quando houver

    necessidades especficas para o produto, tais como:

    Incluso do nome do fabricante, com endereo e telefone, caso o fabricante do

    produto no seja o expedidor. Neste caso deve ser acrescentada a palavra

    Fabricante;

    A ficha de emergncia do fabricante, importador ou distribuidor, desde que sejam

    colocados neste campo o nome, o endereo e o telefone do expedidor, nmero do

    telefone (disponvel 24 h por dia) da equipe que possa fornecer informaes

    tcnicas sobre o produto em caso de emergncia.

  • 50

    Incluso do nome do expedidor, nos casos de devoluo de embalagens vazias e

    contaminadas acompanhadas da nota fiscal de simples remessa. Neste caso deve

    ser acrescentada, aps a identificao (citada no pargrafo anterior) da empresa

    que est devolvendo as embalagens, a palavra Expedidor Devoluo de

    Embalagem;

    A ficha deve conter, no seu verso:

    O telefone de emergncia 193 da corporao de bombeiros;

    O telefone de emergncia 190 da polcia militar;

    O telefone de emergncia 199 da defesa civil;

    O telefone dos rgos de meio ambiente estadual (no mnimo ao longo do itinerrio);

    O telefone de emergncia 191 da polcia rodoviria federal.

    No Apndice A encontra-se a FISPQ da gasolina como exemplo.

    Envelope de Emergncia

    O(s) envelope(s) deve(m) conter apenas a(s) ficha(s) de emergncia do(s) produto(s)

    que est(o) acondicionado(s) na unidade de transporte.

    O envelope deve ser usado para as fichas de emergncia com tarja vermelha e pode ser

    usado para produto no classificado como perigoso (ficha com tarja verde). Se forem

    transportados no mesmo veculo produtos perigosos e no perigosos, e se houver a

    ficha verde, esta pode ser colocada no mesmo envelope.

    O envelope deve ser composto por :

    rea A - destinada impresso dos seguintes textos:

    a) em letra legvel, na cor preta, em letra maiscula negrito e corpo mnimo 16:

    ESTE ENVELOPE CONTM INFORMAES IMPORTANTES. LEIA-O

    CUIDADOSAMENTE ANTES DE INICIAR A SUA VIAGEM.

    b) em letra legvel, na cor preta, em letra maiscula, negrito e corpo mnimo 12.

    EM CASO DE EMERGNCIA, ESTACIONE, SE POSSVEL, EM REA VAZIA, AVISE

    A POLCIA (190), AOS BOMBEIROS (193), E AO(S) TELEFONE(S) DE EMERGNCIA

    N

    O(s) telefone(s) para atendimento emergncia deve(m) ser do expedidor, do

    transportador, do fabricante, do importador, do distribuidor ou de qualquer outra equipe

    contratada para atender emergncias.

    rea B - destinada identificao do expedidor, devendo conter:

  • 51

    a) O logotipo e/ou razo social;

    b) O(s) telefone (s) para contato com o(s) ponto(s) de apoio do expedidor.

    Podem ser includos nesta rea os telefones dos rgos de meio ambiente, da defesa

    civil (199) e da Polcia Rodoviria Federal (191), bem como outros telefones

    complementares.

    O envelope do fabricante, importador ou distribuidor do produto pode ser utilizado

    pelo novo expedidor, desde que sejam colocados nesta rea a frase NOVO EXPEDIDOR

    (em letra maiscula) e os dados citados nas alneas a) e b desta subseo, no cancelando

    os dados do expedidor anterior. Este caso aplica-se somente a uma nica remessa de produto.

    rea C - destinada identificao do transportador, devendo conter:

    a) o ttulo: TRANSPORTADOR, em letra legvel, na cor preta, em letra maiscula, negrito

    e corpo mnimo 10;

    b) o nome, o endereo (pode ser includo o CEP) e o telefone do transportador, podendo ser

    impressos, datilografados, carimbados ou manuscritos em caractere legvel e indelvel, na cor

    preta ou azul;

    c) no caso de redespacho, caso o transportador seja alterado, deve ser escrito ou impresso o

    ttulo REDESPACHO (em letra maiscula) na rea B, prxima a rea C. Quando ocorrer o

    redespacho, os dados devem ser citados na alnea b), no cancelando o nome do

    transportador anterior. No caso de impresso, deve atender ao definido na alnea a)desta

    seo.

    Esta rea se destina identificao do transportador que deve ser acionado no caso de

    emergncia. Logo, no necessrio que o nome, o endereo e o telefone do transportador

    sejam os mesmos do Certificado de Registro e Licenciamento do Veculo (CRLV) ou

    Certificado de Licenciamento Anual (CLA).

    rea D (no verso do envelope) - reservada impresso dos seguintes textos:

    a) em letra legvel, na cor preta, em letra maiscula, negrito e corpo mnimo 16: OUTRAS

    PROVIDNCIAS

    Podem ser acrescentadas outras instrues consideradas desejveis e necessrias ao

    motorista sobre os produtos transportados, em caso de emergncia;

    b) Em letra legvel, na cor preta e corpo mnimo 12, devem constar as seguintes informaes,

    na seqncia:

    Usar Equipamentos de Proteo Individual (EPI) (conforme ABNT NBR 9735);

    Isolar a rea, afastando os curiosos;

  • 52

    Sinalizar o local do acidente;

    Eliminar ou manter afastadas todas as fontes de ignio;

    Entregar a(s) fichas de emergncia aos socorros, assim que chegarem;

    Avisar imediatamente ao transportador, ao expedidor do produto, ao corpo de

    bombeiros e polcia;

    Avisar imediatamente ao(s) rgo(s) ou entidade(s) de trnsito.

    5.3.4 Responsabilidades

    Do Fabricante

    O fabricante deve fornecer ao expedidor:

    Informaes relativas aos cuidados a serem tomados no transporte e manuseio do produto

    e quanto ao preenchimento da ficha de emergncia;

    Especificaes para o acondicionamento do produto e o conjunto de equipamentos para

    emergncias.

    Do Contratante, do Expedidor e do Destinatrio

    O contratante do transporte dever exigir do transportador o uso de veculo e equipamento

    em boas condies operacionais e adequados para a carga a ser transportada, cabendo ao

    expedidor, antes de cada viagem, avaliar as condies de segurana.

    Quando o transportador no os possuir, dever o contratante fornecer os equipamentos

    necessrios s situaes de emergncia, acidente, ou avaria, com as devidas instrues do

    expedidor para sua utilizao.

    No carregamento de produtos perigosos o expedidor adotar todas as precaues relativas

    preservao dos mesmos, especialmente quanto compatibilidade entre si.

    O expedidor exigir do transportador o emprego dos rtulos de risco e painis de

    segurana correspondentes aos produtos a serem transportados.

    OBS:

    So de responsabilidade:

    Do expedidor, as operaes de carga;

    Do destinatrio, as operaes de descarga.

  • 53

    Do Transportador

    So deveres do transportador:

    Dar adequada manuteno e utilizao aos veculos e equipamentos;

    Vistoriar o funcionamento e segurana do veculo e equipamento, na periodicidade

    regulamentar;

    Acompanhar as operaes executadas pelo expedidor ou destinatrio de carga, adotando

    as medidas necessrias para prevenir riscos;

    Providenciar para que o veculo porte o conjunto de equipamentos necessrios s

    situaes de emergncia, acidente ou avaria, assegurando-se do seu bom funcionamento;

    Instruir o pessoal envolvido na operao de transporte quanto correta utilizao dos

    equipamentos necessrios s situaes de emergncia, acidente ou avaria, conforme as

    instrues do expedidor;

    Garantir a adequada qualificao profissional do pessoal envolvido na operao de

    transporte, curso MOPP (Movimentao e Operao de Produtos Perigosos), exames de

    sade peridicos e condies de trabalho conforme preceitos de higiene, medicina e

    segurana do trabalho;

    Fornecer a seus propostos os trajes e EPIs necessrios;

    Providenciar a correta utilizao, nos veculos e equipamentos, dos rtulos de risco e

    painis de segurana;

    Realizar as operaes de transbordo observando os procedimentos e utilizando os

    equipamentos recomendados pelo expedidor ou fabricante do produto.

    Quando o transporte for realizado por transportador comercial autnomo, os deveres e

    obrigaes citadas acima constituem responsabilidade de quem o tiver contratado.

    O transportador solidariamente responsvel com o expedidor na hiptese de receber,

    para transporte, produtos cuja embalagem apresente sinais de violao, deteriorao, mau

    estado de conservao ou de qualquer forma que infrinja o Regulamento e demais Normas

    ou Instrues aplicveis.

    5.4 Prescries gerais para o transporte de produtos perigosos

    Segundo a Portaria do Ministrio do Transporte n 204/1997, qualquer unidade de

    transporte, se carregada com produtos perigosos, deve portar:

  • 54

    a) extintores de incndio portteis e com capacidade suficiente para combater princpio de

    incndio:

    (i) do motor ou de qualquer outra parte da unidade de transporte (conforme previsto

    na legislao de trnsito);

    (ii) do carregamento, caso o primeiro seja insuficiente ou inadequado.

    Os agentes de extino devem ser tais que no possam liberar gases txicos, nem na

    cabine de conduo, nem sob influncia do calor de um incndio. Alm disso, os extintores

    destinados a combater fogo no motor, se utilizados em incndio da carga, no devem agrav-

    lo. Da mesma forma, os extintores destinados a combater incndio da carga no devem

    agravar incndio do motor.

    Um reboque carregado de produtos perigosos deixado em local pblico, desatrelado e

    longe do veculo trator, dever ter, pelo menos, um extintor adequado ao combate de princpio

    de incndio na carga.

    Em relao s prescries particulares para cada classe de produtos perigosos, a

    Portaria 204/97 recomenda observar para a classe 3 Lquidos Inflamveis:

    a) Veculos e equipamentos

    Os tanques e contineres-tanques que tenham contido produtos da Classe 3, que se

    encontrem vazios e sem terem sido descontaminados ou desgaseificados, para serem

    mobilizados, devem estar fechados da mesma maneira e com as mesmas garantias de

    estanqueidade que deveriam apresentar se estivessem carregados.

    O motor, bem como os canos de escapamento, dos veculos-tanques destinados ao

    transporte de lquidos com ponto de fulgor inferior a 23C devem ser colocados ou protegidos

    de forma a evitar qualquer risco para a carga em decorrncia de aquecimento.

    b) Prescries de servio

    proibido entrar numa carroceria coberta, carregada com produtos desta Classe,

    portando aparelhos de iluminao a chama. Alm disso, no devem ser utilizados aparelhos e

    equipamentos capazes de produzir ignio dos produtos ou de seus gases e vapores.

    Materiais facilmente inflamveis no devem ser utilizados para estivar as

    embalagens nos veculos.

    Durante as operaes de carga e descarga de lquidos inflamveis a granel, os

    tanques devero estar aterrados.

  • 55

    5.5 Curso para Condutores de Veculos de Transporte de Produtos Perigosos

    5.5.1 Carga horria: 50 (cinqenta) horas aula

    5.5.2 Requisitos para matrcula

    - Ser maior de 21 anos;

    - Estar habilitado em uma das categorias B, C, D e E;

    - No ter cometido nenhuma infrao grave ou gravssima ou ser reincidente em infraes

    mdias durante os ltimos doze meses;

    - No estar cumprindo pena de suspenso do direito de dirigir, cassao da Carteira Nacional

    de Habilitao - CNH, pena decorrente de crime de trnsito, bem como no estar impedido

    judicialmente de exercer seus direitos.

    5.5.3 Estrutura Curricular

    5.5.3.1 Mdulo I - Legislao de trnsito 10 (dez) horas aula

    Determinaes do CTB quanto a:

    - Categoria de habilitao e relao com veculos conduzidos;

    - Documentao exigida para condutor e veculo;

    - Sinalizao viria;

    - Infraes, crimes de trnsito e penalidades;

    - Regras gerais de estacionamento, parada conduta e circulao.

    LEGISLAO ESPECFICA E NORMAS SOBRE TRANSPORTE DE PRODUTOS

    PERIGOSOS

    - Cargas de produtos perigosos

    - Conceitos, consideraes e exemplos.

    - Acondicionamento: verificao da integridade do acondicionamento (se h vazamentos ou

    contaminao externa); verificao dos instrumentos de tanques (manmetros, e outros);

  • 56

    - Proibio do transporte de animais, produtos para uso humano ou animal (alimentos,

    medicamentos e embalagens

    afins), juntamente com produtos perigosos;

    - Utilizao do veculo que transporta produtos perigosos para outros fins; descontaminao

    quando permitido.

    RESPONSABILIDADE DO CONDUTOR DURANTE O TRANSPORTE

    - Fatores de interrupo da viagem;

    - Participao do condutor no carregamento e descarregamento do veculo;

    - Trajes e equipamentos de proteo individual.

    DOCUMENTAO E SIMBOLOGIA

    - Documentos fiscais e de trnsito;

    - Documentos e smbolos relativos aos produtos transportados:

    - Certificados de capacitao;

    - Ficha de emergncia;

    - Envelope para o transporte;

    - Marcao e rtulos nas embalagens;

    - Rtulos de risco principal e subsidirio;

    - Painel de segurana;

    - Sinalizao em veculos.

    - REGISTRADOR INSTANTNEO E INALTERVEL DE VELOCIDADE E TEMPO:

    - Definio;

    - Funcionamento;

    - Importncia e obrigatoriedade do seu uso.

  • 57

    DAS INFRAES E PENALIDADES (CTB e legislao especfica)

    - Tipificaes, multas e medidas administrativas.

    5.5.3.2 Mdulo II Direo Defensiva 15 (quinze) horas aula

    - Acidente evitvel ou no evitvel;

    - Como ultrapassar e ser ultrapassado;

    - O acidente de difcil identificao da causa;

    - Como evitar acidentes com outros veculos;

    - Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trnsito (motociclista, ciclista,

    carroceiro, skatista);

    - A importncia de ver e ser visto;

    - A importncia do comportamento seguro na conduo de veculos especializados;

    - Comportamento seguro e comportamento de risco diferena que pode poupar vidas;

    - Comportamento ps-acidente.

    - Estado fsico e mental do condutor, conseqncias da ingesto e consumo de bebida

    alcolica e substncias psicoativas;

    5.5.3.3 Mdulo III Noes de Primeiros Socorros, Respeito ao meio Ambiente e Preveno

    de Incndio - 10 (dez) horas aula

    PRIMEIROS SOCORROS

    Primeiras providncias quanto a acidente de trnsito:

    - Sinalizao do local de acidente;

    - Acionamento de recursos: bombeiros, polcia, ambulncia, concessionria da via e outros.;

    - Verificao das condies gerais de vtima de acidente de trnsito;

    - Cuidados com a vtima de acidente, ou contaminao (o que no fazer) em conformidade

    com a periculosidade da carga, e/ou produto transportado.

  • 58

    MEIO AMBIENTE

    - O veculo como agente poluidor do meio ambiente;

    - Regulamentao do CONAMA sobre poluio ambiental causada por veculos;

    - Emisso de gases;

    - Emisso de partculas (fumaa);

    - Emisso de rudos;

    - Manuteno preventiva do veculo / ;

    - O indivduo, o grupo e a sociedade;

    - Relacionamento interpessoal;

    - O indivduo como cidado;

    - A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB;

    - Conceitos de poluio: causas e conseqncias.

    - PREVENO DE INCNDIO

    - Conceito de fogo;

    - Tringulo de fogo;

    - Fontes de ignio;

    - Classificao de incndios;

    - Tipos de aparelhos extintores;

    - Agentes extintores;

    - Escolha, manuseio e aplicao dos agentes extintores.

    5.5.3.4 Mdulo IV Movimentao de Produtos Perigosos 15 horas aula

    PRODUTOS PERIGOSOS

    - Classificao dos produtos perigosos;

  • 59

    - Simbologia;

    - Reaes qumicas (conceituaes);

    - Efeito de cada classe sobre o meio ambiente. EXPLOSIVOS:

    - Conceituao;

    - Diviso da classe;

    - Regulamentao especfica do Ministrio da Defesa;

    - Comportamento preventivo do condutor;

    - Procedimentos em casos de emergncia.

    GASES:

    - Inflamveis, no-inflamveis, txicos e no-txicos:

    - Comprimidos;

    - Liquefeitos;

    - Mistura de gases;

    - Refrigerados.

    - Em soluo;

    - Comportamento preventivo do condutor;

    - Procedimentos em casos de emergncia.

    LQUIDOS INFLAMVEIS E PRODUTOS TRANSPORTADOS A TEMPERATURAS

    ELEVADAS

    - Ponto de fulgor;

    - Comportamento preventivo do condutor;

    - Procedimentos em casos de emergncia.

  • 60

    SLIDOS INFLAMVEIS; SUBSTNCIAS SUJEITAS A COMBUSTO

    ESPONTNEA; SUBSTNCIAS

    QUE, EM CONTATO COM A GUA, EMITEM GASES INFLAMVEIS

    - Comportamento preventivo do condutor;

    - Procedimentos em casos de emergncia;

    - Produtos que necessitam de controle de temperatura.

    SUBSTNCIAS OXIDANTES E PERXIDOS ORGNICOS

    - Comportamento preventivo do condutor;

    - Procedimentos em casos de emergncia;

    - Produtos que necessitam de controle de temperatura.

    SUBSTNCIAS TXICAS E SUBSTNCIAS INFECTANTES

    - Comportamento preventivo do condutor;

    - Procedimentos em casos de emergncia.

    SUBSTNCIAS RADIOATIVAS

    - Legislao especfica pertinente;

    - Comportamento preventivo do condutor;

    - Procedimentos em casos de emergncia.

    - CORROSIVOS

    - Comportamento preventivo do condutor;

    - Procedimentos em casos de emergncia.

    - SUBSTNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS:

    - Comportamento preventivo do condutor;

    - Procedimentos em casos de emergncia.

  • 61

    - RISCOS MLTIPLOS

    - Comportamento preventivo do condutor;

    - Procedimentos em casos de emergncia.

    - RESDUOS

    - Legislao especfica pertinente;

    - Comportamento preventivo do condutor;

    - Procedimentos em casos de emergncia.

    5.6 Riscos ambientais relacionados ao transporte terrestre da gasolina

    5.6.1 Caracterizao da gasolina

    A gasolina brasileira possui na sua formulao 20% em mdia de etanol anidro (teor

    este que varia de acordo com a poltica energtica momentnea) para aumentar a octanagem e

    reduzir a emisso de monxido de carbono na atmosfera. No entanto, esta adio, aumenta

    sua solubilidade, uma vez que o etanol solvel em gua e na prpria gasolina, aumentando

    tambm a mobilidade do contaminante, consequentemente dos compostos BTEX (benzeno,

    tolueno, etilbenzeno e xileno) e hidrocarbonetos monoaromticos altamente nocivos sade

    humana. A gasolina utilizada no Brasil apresenta um diferencial da maioria dos pases: a

    adio do etanol. Este fato torna invlida a aplicabilidade da maioria dos modelos j

    desenvolvidos no exterior, em contaminaes por hidrocarbonetos para os casos encontrados

    no pas (TROVO, 2006).

    importante comentar que o gerenciamento de uma contaminao envolve a remoo

    de fase livre de produto, a investigao da contaminao remanescente, a avaliao e

    gerenciamento dos riscos e finalmente as medidas de remediao (TROVO, 2006).

    A possvel contaminao de aqferos ou reservas importantes de guas subterrneas,

    que podem servir de abastecimento pblico e/ou domiciliar, um grande risco para a

    segurana das pessoas e das propriedades, bem como sade pblica e dos ecossistemas

    (TROVO, 2006).

  • 62

    A gasolina composta por uma mistura bastante complexa de hidrocarbonetos volteis

    com 3 a 12 carbonos. As parafinas com cadeias ramificadas e cicloparafinas, hidrocarbonetos

    aromticos e olefinas tambm so seus componentes majoritrios (SAX; LEWIS, 1987 apud

    FERREIRA, 2000). A composio final depender da origem do petrleo, do mtodo de

    produo e dos processos de destilao, bem como dos compostos diversos que a ela so

    adicionados com a finalidade de melhorar o desempenho do motor, reduzir o desgaste

    mecnico e controlar a poluio do ar. Pode variar de 20 a 24% e sofre a adio de lcool no

    momento em que transferida das bases aos caminhes-tanque (FERREIRA, 2003). A

    gasolina um produto menos denso que a gua, por isto, conforme afirmao de Ferreira

    (2000) e Ferreira (2003), classificada como light non-aqueous phase liquids (LNAPL), isto

    , fase lquida imiscvel leve ou menos densa que a gua.

    O lcool etlico anidro adicionado gasolina para melhorar o desempenho desta e

    minimizar o desgaste do motor, conforme lembra Ferreira (2003).

    5.6.2 Autorizao Ambiental para o Transporte interestadual de Produtos Perigosos

    A partir de 11 de junho de 2012, os veculos transportadores de produtos perigosos

    sero fiscalizados pelo IBAMA e podero ser autuados, caso no estejam portando a referida

    AUTORIZAO.

    Por meio da Instruo Normativa (IN) 05/2012, o IBAMA instituiu a

    AUTORIZAO AMBIENTAL PARA O EXERCCIO DA ATIVIDADE DE

    TRANSPORTE INTERESTADUAL, TERRE