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PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS ELABORAÇÃO REVISÃO DATA PÁGINA DEZ/2015 00 00 1 1 ÍNDICE TERMOS E DEFINIÇÕES 3 1. INTRODUÇÃO 10 2. OBJETIVOS 12 3. GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS 12 3.1. O PROCEDIMENTO SEGUNDO A RESOLUÇÃO CONAMA 420 12 3.2. RESPONSABILIDADES 16 3.3. RISCO ACEITÁVEL 17 4. ESCOPO TÉCNICO PARA O PROCESSO DE GAC EM BASES OU TERMINAIS 17 4.1. IDENTIFICAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO 17 4.1.1. LEVANTAMENTO DE DADOS EXISTENTES 18 4.1.2. INSPEÇÃO PARA RECONHECIMENTO DA ÁREA 20 4.1.3. ESTABELECIMENTO DO MODELO CONCEITUAL INICIAL 21 4.1.4. SONDAGENS AMBIENTAIS 22 4.1.5. COLETA DE AMOSTRAS DE SOLO 24 4.1.6. INSTALAÇÃO DE POÇOS DE MONITORAMENTO 25 4.1.7. DEFINIÇÃO DE QUANTITAVITOS PARA SONDAGENS E POÇOS DE MONITORAMENTO 26 4.1.8. COLETA DE AMOSTRAS DE ÁGUA SUBTERRÂNEA 27 a) Método Convencional de Amostragem de Água Subterrânea 28 b) Método de Amostragem de Água Subterrânea pela Purga de Baixa Vazão 28 c) Método de Amostragem de Água Subterrânea pela Purga Mínima 29 4.1.9. PRODUTO EM FASE LIVRE 31 4.1.10. ATUALIZAÇÃO DO MODELO CONCEITUAL INICIAL 31 4.2. INVESTIGAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO 32 4.2.1. INVESTIGAÇÃO DETALHADA 33 4.2.1.1. Compilação dos Dados Existentes 34 4.2.1.2. Caracterização do Uso e Ocupação do Solo 35 4.2.1.3. Caracterização do Meio Físico 35 4.2.1.3.1. Aspectos Geológicos e Pedológicos 35 4.2.1.3.2. Aspectos Hidrogeológicos 36 4.2.1.4. Mapeamento da Contaminação 38 4.2.1.4.1. Solo 39 4.2.1.4.2. Água Subterrânea 41 4.2.1.5. Modelo Conceitual Detalhado 46 4.2.2. AVALIAÇÃO DE RISCO 47

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

ELABORAÇÃO REVISÃO DATA PÁGINA

DEZ/2015 00 00 1

1

ÍNDICE

TERMOS E DEFINIÇÕES 3

1. INTRODUÇÃO 10

2. OBJETIVOS 12

3. GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS 12

3.1. O PROCEDIMENTO SEGUNDO A RESOLUÇÃO CONAMA 420 12 3.2. RESPONSABILIDADES 16 3.3. RISCO ACEITÁVEL 17

4. ESCOPO TÉCNICO PARA O PROCESSO DE GAC EM BASES OU TERMINAIS 17

4.1. IDENTIFICAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO 17

4.1.1. LEVANTAMENTO DE DADOS EXISTENTES 18 4.1.2. INSPEÇÃO PARA RECONHECIMENTO DA ÁREA 20 4.1.3. ESTABELECIMENTO DO MODELO CONCEITUAL INICIAL 21

4.1.4. SONDAGENS AMBIENTAIS 22 4.1.5. COLETA DE AMOSTRAS DE SOLO 24 4.1.6. INSTALAÇÃO DE POÇOS DE MONITORAMENTO 25 4.1.7. DEFINIÇÃO DE QUANTITAVITOS PARA SONDAGENS E POÇOS DE MONITORAMENTO 26 4.1.8. COLETA DE AMOSTRAS DE ÁGUA SUBTERRÂNEA 27 a) Método Convencional de Amostragem de Água Subterrânea 28 b) Método de Amostragem de Água Subterrânea pela Purga de Baixa Vazão 28 c) Método de Amostragem de Água Subterrânea pela Purga Mínima 29 4.1.9. PRODUTO EM FASE LIVRE 31 4.1.10. ATUALIZAÇÃO DO MODELO CONCEITUAL INICIAL 31 4.2. INVESTIGAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO 32

4.2.1. INVESTIGAÇÃO DETALHADA 33 4.2.1.1. Compilação dos Dados Existentes 34 4.2.1.2. Caracterização do Uso e Ocupação do Solo 35 4.2.1.3. Caracterização do Meio Físico 35 4.2.1.3.1. Aspectos Geológicos e Pedológicos 35

4.2.1.3.2. Aspectos Hidrogeológicos 36

4.2.1.4. Mapeamento da Contaminação 38 4.2.1.4.1. Solo 39

4.2.1.4.2. Água Subterrânea 41

4.2.1.5. Modelo Conceitual Detalhado 46 4.2.2. AVALIAÇÃO DE RISCO 47

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

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4.2.2.1. Cenários de Exposição 48 4.2.2.1.1. Fonte de Contaminação 49

4.2.2.1.2. Substâncias Químicas de Interesse (SQI) 49

4.2.2.1.3. Receptores Potenciais 49

4.2.2.1.4. Pontos de Exposição (PDE) 49

4.2.2.1.5. Caminhos de Exposição 50

4.2.2.1.6. Vias de Ingresso 50

4.2.2.2. Modelo Conceitual de Exposição (MCE) 52 4.2.2.3. Caracterização do Risco 52 4.3. PLANO DE INTERVENÇÃO E GERENCIAMENTO AMBIENTAL 54 4.3.1. MEDIDAS DE INTERVENÇÃO 55 4.3.1.1. Medida de Remediação (MR) 55 4.3.1.2. Medida de Controle Institucional (MI) 56 4.3.1.3. Medida de Controle de Engenharia (ME) 57 4.3.1.4. Plano de Monitoramento para Encerramento 57

5. ENCERRAMENTO DE GAC EM BASES E TERMINAIS 59

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 60

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

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TERMOS E DEFINIÇÕES

Ambiente antrópico: ambiente modificado ou edificado pelo ser humano de modo a abrigar as atividades por ele desenvolvidas.

Área com Potencial de Contaminação (AP): área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria onde são ou foram desenvolvidas atividades que, por suas características, possam acumular quantidades ou concentrações de matéria em condições que a tornem contaminada;

Área com suspeita de contaminação (AS): área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria com indícios de ser uma área contaminada conforme resultado da avaliação preliminar;

Área Contaminada com Risco Confirmado (ACRi): área onde foi constatada, por meio de investigação detalhada e avaliação de risco, contaminação no solo ou em águas subterrâneas, a existência de risco à saúde ou à vida humana, ecológico, ou onde foram ultrapassados os padrões legais aplicáveis;

Área Contaminada em Processo de Remediação (ACRe): área onde estão sendo aplicadas medidas de remediação visando à eliminação da massa de contaminantes ou, na impossibilidade técnica ou econômica, sua redução ou a execução de medidas contenção e/ou isolamento;

Área Contaminada em Processo de Reutilização (ACRu): área contaminada onde se pretende estabelecer um uso do solo diferente daquele que originou a contaminação, com a eliminação, ou a redução a níveis aceitáveis, dos riscos aos bens a proteger, decorrentes da contaminação;

Área Contaminada sob Investigação (ACI): área onde foram constatadas por meio de investigação confirmatória concentrações de contaminantes que colocam, ou podem colocar, em risco os bens a proteger;

Área Contaminada: área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria que contenha quantidades ou concentrações de matéria em condições que causem ou possam causar danos à saúde humana, ao meio ambiente ou a outro bem a proteger;

Área em Processo de Monitoramento para Encerramento (AME): área na qual não foi constatado risco ou as metas de remediação foram atingidas após implantadas as medidas de remediação,

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

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encontrando-se em processo de monitoramento para verificação da manutenção das concentrações em níveis aceitáveis;

Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR): área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria anteriormente contaminada que, depois de submetida às medidas de intervenção, ainda que não tenha sido totalmente eliminada a massa de contaminação, tem restabelecido o nível de risco aceitável à saúde humana, ao meio ambiente e a outros bens a proteger;

Avaliação de risco: processo pelo qual são identificados, avaliados e quantificados os riscos à saúde humana ou de outras espécies expostas aos contaminantes gerados em uma área contaminada.

Cadastro de Áreas Contaminadas: conjunto de informações referentes aos empreendimentos e atividades que apresentam potencial de contaminação e às áreas suspeitas de contaminação e contaminadas, distribuídas em classes de acordo com a etapa do processo de identificação e remediação da contaminação em que se encontram;

Cenário de exposição: conjunto de variáveis relacionadas ao transporte de substâncias químicas desde sua liberação para o ambiente até seu ingresso no organismo de um dado receptor. Um cenário de exposição constitui uma situação única composta por uma fonte de contaminação, pelo mecanismo de liberação das substâncias químicas desta fonte para o ambiente, por mecanismos de transporte dessas substâncias no meio físico, pelo receptor e pela via de ingresso.

Classificação de área: ato administrativo por meio do qual o órgão classifica determinada área durante o processo de identificação e remediação da contaminação;

Declaração de Encerramento: ato administrativo pelo qual o órgão declara o cumprimento das condicionantes estabelecidas para o Plano de Desativação do Empreendimento e pela legislação pertinente e onde ficam assegurados os níveis aceitáveis de risco aos bens a proteger considerados;

Ecossistema natural: designa o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em determinada região e pelos fatores abióticos que atuam sobre essas comunidades, sendo sujeitas a pequena intervenção antrópica. Para efeito do

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gerenciamento de áreas contaminadas, além dos ecossistemas assim classificados, também são considerados os aquíferos subterrâneos, os recursos hídricos superficiais e as áreas de preservação permanente.

Fase livre: ocorrência de substância ou produto em fase separada e imiscível quando em contato com a água ou ar do solo;

Fonte Potencial de Contaminação: instalação ou material a partir dos quais os contaminantes podem ser liberados para o ambiente, mas cuja liberação ainda não pôde ser associada a um meio impactado;

Fonte primária de contaminação: instalação ou material a partir dos quais os contaminantes se originam e foram ou estão sendo liberados para os meios impactados;

Fonte secundária de contaminação: meio impactado por contaminantes provenientes da fonte primária, a partir do qual outros meios são impactados;

Gerenciamento de Áreas Contaminadas: conjunto de medidas que asseguram o conhecimento das características das áreas contaminadas e a definição das medidas de intervenção mais adequadas a serem exigidas, visando a eliminar ou minimizar os danos e/ou riscos aos bens a proteger, gerados pelos contaminantes nelas contidas;

Investigação Confirmatória: etapa do processo de gerenciamento de áreas contaminadas que tem como objetivo principal confirmar ou não a existência de contaminantes em concentrações acima dos valores de intervenção estabelecidos pela agência ambiental;

Investigação Detalhada: etapa do processo de gerenciamento de áreas contaminadas que consiste na avaliação detalhada das características da fonte de contaminação e dos meios afetados, determinando os tipos de contaminantes presentes e suas concentrações, bem como a área e o volume das plumas de contaminação, e sua dinâmica de propagação;

Mapa de Risco: representação das áreas em que os receptores nela situados estão submetidos a um risco superior aos níveis considerados aceitáveis.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

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Medidas de controle institucional: ações implementadas em substituição ou complementarmente às técnicas de remediação, visando a afastar o risco ou impedir ou reduzir a exposição de um determinado receptor sensível aos contaminantes presentes nas áreas ou águas subterrâneas contaminadas, por meio da imposição de restrições de uso, incluindo, entre outras, ao uso do solo, ao uso de água subterrânea, ao uso de água superficial, ao consumo de alimentos e ao uso de edificações, podendo ser provisórias ou não;

Medidas de engenharia: ações baseadas em práticas de engenharia, com a finalidade de interromper a exposição dos receptores, atuando sobre os caminhos de migração dos contaminantes;

Medidas de intervenção: conjunto de ações adotadas visando à eliminação ou redução dos riscos à saúde humana, ao meio ambiente ou a outro bem a proteger, decorrentes de uma exposição aos contaminantes presentes em uma área contaminada, consistindo da aplicação medidas de remediação, controle institucional e de engenharia;

Medidas de remediação: conjunto de técnicas aplicadas em áreas contaminadas, divididas em técnicas de tratamento, quando destinadas à remoção ou redução da massa de contaminantes, e técnicas de contenção ou isolamento, quando destinadas à prevenir a migração dos contaminantes;

Medidas emergenciais: conjunto de ações destinadas à eliminação do perigo, a serem executadas durante qualquer uma das etapas do gerenciamento de áreas contaminadas;

Meta de remediação: concentrações dos contaminantes nos meios impactados, determinadas em decorrência da avaliação de risco, que devem ser atingidas por meio da execução das medidas de remediação, para que a área seja considerada reabilitada para o uso declarado (AR), tendo em vista os cenários de exposição relacionados a esse uso, bem como para a preservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos;

Modelo Conceitual: o modelo conceitual é um relato escrito, acompanhado de representação gráfica, dos processos associados ao transporte das substâncias com potencial de contaminação identificadas na área investigada, desde as fontes potenciais, primárias e secundárias de contaminação, até os potenciais ou efetivos receptores. Esse relato deve conter a identificação das substâncias, das fontes de

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contaminação em suas diferentes localizações, dos mecanismos de liberação das substâncias, dos meios pelos quais as substâncias serão transportadas, dos receptores e das vias de ingresso das substâncias nos receptores.

Monitoramento para encerramento: etapa do gerenciamento de áreas contaminadas executada após serem atingidas as metas de remediação definidas para a área, por meio da realização de campanhas de amostragem e análise química dos meios afetados, com o objetivo de verificar se os valores de concentração dos contaminantes permanecem abaixo das metas de remediação definidas para a área, e se o processo de reabilitação da área pode ser encerrado. Esta etapa também será executada quando, em uma área inicialmente classificada como contaminada sob investigação (AI), não for caracterizada situação de perigo e não for determinada situação de risco à saúde igual ou superior aos níveis aceitáveis;

Perigo: situação em que estejam ameaçadas a vida humana, o meio ambiente ou o patrimônio público e privado, em razão da presença de agentes tóxicos, patogênicos, reativos, corrosivos ou inflamáveis;

Ponto de conformidade: pontos de monitoramento situados junto aos receptores potencialmente expostos aos contaminantes, cujas concentrações devam estar em conformidade com as metas estabelecidas;

Ponto de exposição: local onde ocorre a exposição de um dado receptor às substâncias químicas provenientes de uma fonte de contaminação.

Reabilitação: processo que tem por objetivo proporcionar o uso seguro de áreas contaminadas por meio da adoção de um conjunto de medidas que levam à eliminação ou redução dos riscos impostos pela área aos bens a proteger;

Receptor: indivíduo ou grupo de indivíduos expostos a uma ou mais substâncias químicas associadas a um evento de contaminação ambiental.

Recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original (conforme artigo 2º, inciso XIII, da Lei Federal N° 9.985, de 18 de julho de 2000, que regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I,

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II, III e Vll da Constituição Federal e institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e da outras providências).

Responsavel Legal: pessoa(s) fisica(s) ou juridica (s), de direito publico ou privado, responsavel(is), direta ou indiretamente, pela contaminacao, ou pela propriedade potencial ou efetivamente contaminada e , consequentemente, pelos estudos necessarios a sua identificacao , investigacao, avaliacao de risco e pela implementacao da intervencao , visando á reabilitacao da area para o uso declarado.

Responsável Legal: pessoa(s) física(s) ou jurídica(s), de direito público ou privado, responsável(is), direta ou indiretamente, pela contaminação, ou pela propriedade potencial ou efetivamente contaminada e, consequentemente, pelos estudos necessários a sua identificação, investigação, avaliação de risco e pela implementação da intervenção, visando à reabilitação da área para o uso declarado.

Responsavel Tecnico: pessoa fisica ou juridica contratada por um dos Responsaveis Legais para a elaboracao ou apresentacao de laudos, estudos, relatorios ou informacoes relacionadas as diferentes etapas do processo de gerenciamento de uma determinada area.

Revitalização: é o processo de requalificação de áreas ou regiões abandonadas que possam ter abrigado atividades com potencial de contaminação, propiciando a ocupação residencial ou comercial;

Risco: compreende o risco a saude e o risco ecologico . O risco a saude e definido como a probabilidade de ocorrencia de cancer em um determinado receptor exposto a contaminantes presentes em uma area contaminada ou a possibilidade de ocorrencia de outro s efeitos adversos a saude decorrentes da exposicao a substancias nao carcinogenicas. O risco ecologico e definido como a possibilidade de ocorrencia de efeitos adversos aos organismos presentes nos ecossistemas.

Risco: probabilidade de ocorrência de um efeito adverso em um receptor sensível a contaminantes existentes em uma área contaminada;

Seguro ambiental: contrato de seguro que contenha cobertura para assegurar a execução de Plano de Intervenção aprovado em sua

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totalidade e nos prazos estabelecidos, no valor mínimo de 125% (cento e vinte e cinco por cento) do custo estimado;

Solo: camada superior da crosta terrestre constituída por minerais, matéria orgânica, água, ar e organismos vivos;

Superficiário: detentor do direito de superfície de um terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no Cartório de Registro de Imóveis, nos termos da Lei federal nº 10.257, de 9 de julho de 2001;

Unidade de exposição: áreas que são estabelecidas durante a avaliação de risco e que se caracterizam por possuírem receptores expostos a cenários comuns de exposição, considerando as vias de exposição e contaminantes presentes.

Valor de Intervenção: concentração de determinada substância no solo e na água subterrânea acima da qual existem riscos potenciais diretos e indiretos à saúde humana, considerado um cenário de exposição genérico;

Valor de Prevenção: concentração de determinada substância acima da qual podem ocorrer alterações prejudiciais à qualidade do solo e da água subterrânea;

Valor de Referência de Qualidade: concentração de determinada substância no solo e na água subterrânea que define um solo como limpo ou a qualidade natural da água subterrânea.

Via de ingresso: mecanismo pelo qual uma substância química de interesse adentra o organismo do receptor.

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1. INTRODUÇÃO

O texto apresenta um procedimento para o gerenciamento de áreas contaminadas (GAC) por hidrocarbonetos derivados do petróleo em bases e terminais.

De acordo com a Resolução CONAMA 420, legislação federal em vigor, que trata sobre o GAC, no ato da solicitação da licença de operação, bem como para sua renovação e encerramento de operação, deve ser apresentado relatório técnico conclusivo sobre a qualidade do solo e das águas subterrâneas para áreas consideradas potencialmente contaminadoras.

No caso de bases e terminais, a avaliação da qualidade de solo e água subterrânea quanto à presença de hidrocarbonetos derivados do petróleo, deve ser efetuada com base em Valores Orientadores de Referência de Qualidade, de Prevenção e de Investigação recomendados pelo Anexo II da Resolução CONAMA 420. Caso o órgão ambiental estadual competente possuir Valores Orientadores Estaduais, devem ser estes utilizados.

Os procedimentos técnicos ora apresentados tiveram com base textos técnicos nacionais e internacionais relacionados com o tema, a saber:

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIAL - ASTM E 2081-00. Standard

Guide for Risk-Based Corrective Action;

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIAL - ASTM PS104 (2002)

Standard Guide for Risk-Based Corrective Action for Chemical Releases. EUA.

CONAMA (2009) – CONAMA 420. Gerenciamento de Áreas Contaminadas.

CETESB (2001) – Manual de gerenciamento de áreas contaminadas. São Paulo, SP.

CETESB (2014) – DD 045/2014/E/C/I. Valores Orientadores para Solos e Águas

Subterrâneas no Estado de São Paulo. São Paulo, SP.

CETESB (2006) – Procedimento para identificação de passivos ambientais em

estabelecimentos com sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis

(SASC).

CETESB (2007) – DD 103/2007. Gerenciamento de Áreas Contaminadas em SP.

CETESB (2009) – DD 263/2009. Investigação Detalhada e Plano de Intervenção para

Bases ou Terminais e Sistemas Retalhistas.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

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U.S. Environmental Protection Agency (U.S.EPA). (1989). Risk Assessment

Guidance for Superfund, Volume I, Human Health Evaluation Manual (Part A), Interim

Final. EPA/ 540/1-89/003. Washington, D.C. December .

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT, 1987. Norma NBR

10.004 (Revisão PN 1.603.06-008) - Resíduos Sólidos, Classificação.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT/NBR 15.495 – Poços

de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares – Parte 1: Projeto

e Construção e Parte 2: Desenvolvimento.

BRASIL. Ministério da Saúde. Procedimentos de controle e de vigilância da qualidade

da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, Portaria N° 2914 de 12

de dezembro de 2011. Brasília.

ABNT, NBR 15492 – Sondagem de reconhecimento para fins de qualidade ambiental

– Procedimento (Jun/07).

ABNT, NBR 15495-1 – Poços de monitoramento de água subterrânea em aquíferos

granulados. Parte 1: Projeto e Construção (Mai/05).

ABNT, NBR 15495-2 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos

granulares. Parte 2: Desenvolvimento (Jul/08);

ABNT NBR 15515-1:2007 Errata 1:2011- Passivo ambiental em solo e água

subterrânea Parte 1: Avaliação Preliminar;

ABNT NBR 15515-2:2011 - Passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 2:

Investigação confirmatória. Publicação em 22/03/11.

ABNT NBR 15515-3:2013 - Avaliação de passivo ambiental em solo e água

subterrânea Parte 3 — Investigação detalhada.

ABNT NBR 16209:2013 - Avaliação de risco à saúde humana para fins de

gerenciamento de áreas contaminadas.

ABNT NBR 16210:2013 - Modelo conceitual no gerenciamento de áreas

contaminadas — Procedimento.

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2. OBJETIVOS

O presente documento tem como objetivo apresentar uma orientação técnica para o gerenciamento de áreas contaminadas (GAC), a fim de promover a recuperação de áreas comprovadamente contaminadas por compostos derivados de hidrocarbonetos em bases e terminais.

3. GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS

3.1. O Procedimento segundo a Resolução CONAMA 420

Conforme descrito na Resolução CONAMA 420, uma área que está submetida ao processo de GAC deve ser classificada segundo sua qualidade ambiental, considerando a concentração de substâncias químicas:

Classe 1: Solos que apresentam concentrações de substâncias químicas menores ou iguais ao Valor de Referência de Qualidade (VRQ);

Classe 2: Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância química maior do que o VRQ e menor ou igual ao Valor de Prevenção (VP);

Classe 3: Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância química maior que o VP e menor ou igual ao Valor de Investigação (VI);

Classe 4: Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância química maior que o VI.

Ainda segundo a Resolução CONAMA 420, após a classificação do solo deverá se observar os seguintes procedimentos de prevenção e controle da qualidade do mesmo:

Classe 1: não requer ações;

Classe 2: poderá requerer uma avaliação do órgão ambiental, incluindo a verificação da possibilidade de ocorrência natural da substância ou da existência de fontes de poluição com indicativos de ações preventivas de controle, quando couber, não envolvendo necessariamente investigação;

Classe 3: requer identificação da fonte potencial de contaminação, avaliação da ocorrência natural da substância, controle das fontes de contaminação e monitoramento da qualidade do solo e da água subterrânea;

Classe 4: requer a implementação de ações para o processo de GAC.

informacao obtida em cada etapa e a base para a execucao da etapa posterior. Sendo

assim, este gerenciamento pode ser dividido em três fases, considerando as seguintes

etapas:

FASE 1 – Identificação da Contaminação: Nesta fase são identificadas as áreas

suspeitas de contaminação1 (AS) com base nos resultados da etapa de Avaliação

1 área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria com indícios de ser uma área contaminada conforme resultado da avaliação preliminar.

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Preliminar (EAP). Na Avaliação Preliminar são identificadas as regiões onde estão

localizadas as fontes primárias de contaminação, as quais deverão ser avaliadas

na etapa de Investigação Confirmatória (EIC). Na investigação confirmatória deve

ser executado o plano de investigação confirmatória desenvolvido ao final da

etapa de avaliação preliminar, visando à quantificação de anomalias de

substâncias químicas no meio físico associadas às fontes primárias. Caso sejam

identificados indícios de contaminação considerando o processo de classificação

do CONAMA 420 descrito anteriormente, a área deve ser classificada como Área

Contaminada Sob Investigação2 (ACI) e a fase de investigação da contaminação

deverá ser obrigatoriamente executada. Caso a contaminação não seja

constatada durante a etapa de investigação confirmatória a área será classificada

como Área com Potencial de Contaminação3 (AP).

FASE 2 – Investigação da Contaminação: Nesta fase serão investigadas as

áreas classificadas como ACI na fase anterior, devendo ser executada

inicialmente a etapa de Investigação Detalhada (EID). Na investigação detalhada

deve ser realizada a caracterização detalhada do meio físico local e sua

correlação com aspectos regionais, da distribuição espacial da contaminação por

meio do mapeamento das substâncias químicas contaminantes, do uso e

ocupação do solo dentro e fora da área de estudo. Esta etapa deverá gerar todas

as informações necessárias para subsidiar a etapa de Avaliação de Risco (EAR),

na qual serão calculadas as Concentrações Máximas Aceitáveis (CMA)

considerando a quantificação do risco à saúde humana. Ao fim desta etapa,

quando for constatada a existência de risco à saúde humana, a área será

Observação: Esta e as demais definições contidas nos rodapés desse capítulo foram extraídas do Decreto Lei 59.263 do Estado de São Paulo (Estado de SÃO PAULO, 2013), de normas ABNT destinadas ao gerenciamento de áreas contaminadas e do CONAMA 420. 2 área onde foram constatadas por meio de investigação confirmatória concentrações de contaminantes

que colocam, ou podem colocar, em risco os bens a proteger. 3 área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria onde são ou foram desenvolvidas atividades que, por suas características, possam acumular quantidades ou concentrações de matéria em condições que a tornem contaminada.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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classificada como Área Contaminada com Risco Confirmado4 (ACri), caso o risco

não seja constatado a área será classificada Área em Processo de Monitoramento

para Reabilitação5 (AME).

FASE 3 – Reabilitação da Área para o uso Pretendido: Nesta fase a primeira

etapa deve ser o desenvolvimento do Plano de Intervenção (EPI) que consolidará

todas as medidas de intervenção (institucionais, de engenharia e de remediação)

a serem aplicadas na área de interesse, considerando a execução de ações de

controle para a eliminação da exposição ou redução a níveis aceitáveis dos riscos

identificados na fase de Investigação da Contaminação. No Plano de Intervenção

também devem ser consideradas as ações de monitoramento da eficiência das

medidas executadas, considerando o uso atual e futuro da área. Considerando as

medidas previstas no Plano de Intervenção, deverão ser executadas as etapas de

Projeto Básico (EPB) de intervenção, Projeto Executivo (EPE) de Intervenção e

por fim a execução destes projetos. Ao fim da fase de reabilitação, quando for

eliminada a exposição e o risco for considerado aceitável, a área deverá ser

classificada como Área em Processo de Monitoramento para Encerramento

(AME) e a etapa de monitoramento para encerramento deverá ser iniciada. Ao

final do ciclo de monitoramento, caso as condições iniciais tenham sido mantidas,

a área deverá ser classificada como Área Reabilitada para Uso Declarado6 (AR) e

o GAC finalizado.

A Figura 1 apresenta o fluxograma do processo de Gerenciamento de Áreas

Contaminadas (Maximiano, 2013).

4 área onde foi constatada, por meio de investigação detalhada e avaliação de risco, contaminação no solo

ou em águas subterrâneas, a existência de risco à saúde ou à vida humana, ecológico, ou onde foram ultrapassados os padrões legais aplicáveis. 5 área na qual não foi constatado risco ou as metas de remediação foram atingidas após implantadas as

medidas de remediação, encontrando-se em processo de monitoramento para verificação da manutenção das concentrações em níveis aceitáveis. 6 área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria anteriormente contaminada que, depois de submetida às medidas de intervenção, ainda que não tenha sido totalmente eliminada a massa de contaminação, tem restabelecido o nível de risco aceitável à saúde humana, ao meio ambiente e a outros bens a proteger.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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Figura 1 – Processo de gerenciamento de áreas contaminadas (GAC).

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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Em função do nível das informações obtidas, dos riscos existentes ou das medidas de intervenção adotadas, o procedimento ora descrito prevê a classificação da área contaminada em processo de gerenciamento conforme abaixo:

Área com Potencial de Contaminação (AP);

Área Suspeita de Contaminação (AS);

Área Contaminada sob Investigação (ACI);

Área Contaminada com Risco Confirmado (Acri);

Área Contaminada em Processo de Remediação (ACRe);

Área Contaminada em Processo de Reutilização (ACRu);

Área em Processo de Monitoramento para Encerramento (AME);

Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR).

De acordo com a Resolução CONAMA 420, em caso de identificação de fase livre, a avaliação de risco deverá ser efetuada após a sua eliminação ou redução a níveis mínimos estabelecidos a critério do órgão ambiental competente, com base nos recursos tecnológicos disponíveis, sem prejuízo à implementação das etapas do processo de GAC.

3.2. Responsabilidades

Conforme estabelecido na Resolução CONAMA 420, como parte do processo de gerenciamento ambiental, o responsável legal pela contaminação da área deverá apresentar ao órgão ambiental competente, relatório contendo proposta de ação de intervenção a ser executada sob sua responsabilidade, onde deverão constar os seguintes itens:

O controle ou eliminação das fontes de contaminação;

O uso atual e futuro do solo da área objeto e sua circunvizinhança;

A avaliação de risco à saúde humana;

As alternativas de intervenção consideradas técnica e economicamente viáveis e suas consequências;

O programa de monitoramento da eficácia das ações executadas;

O cronograma para a execução das etapas propostas de serem realizadas. Quando a Base ou terminal for classificado como ACI, o responsável legal deverá proceder à averbação da informação da contaminação da área na respectiva matrícula imobiliária.

Após a eliminação dos riscos ou a sua redução a níveis toleráveis, o responsável legal deverá solicitar ao órgão ambiental competente a emissão do termo de Reabilitação de

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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Área para o Uso Pretendido. Obtido o Termo de Reabilitação o responsável legal deverá proceder à averbação da informação da contaminação da área na respectiva matrícula imobiliária.

3.3. Risco Aceitável

É fundamental para a adequada aplicação da política de GAC ora apresentada a definição do risco aceitável (RA) para exposição humana a substâncias cancerígenas e do quociente de risco (QR) para as substâncias não cancerígenas.

O RA e o QR são fundamentais para o processo de quantificação do risco a saude humana em áreas contaminadas, etapa que definirá a estratégia para a tomada de decisão quanto as medidas de intervenção definidas para reabilitação da área gerenciada, bem como na definição das Concentrações Máximas Aceitáveis.

Neste procedimento fica definido 10-5 (dez elevado a menos cinco) como risco aceitável (RA) para exposição humana a substâncias cancerígenas e 1 (um) como quociente de risco (QR) para as substâncias não cancerígenas.

4. ESCOPO TÉCNICO PARA O PROCESSO DE GAC EM BASES OU TERMINAIS

4.1. Identificação da Contaminação

4.1.1. Avaliação Preliminar

A etapa de avaliação preliminar tem como objetivo principal constatar evidências, indícios ou fatos que permitam suspeitar da existência de contaminação na área sob avaliação, por meio do levantamento de informações disponíveis sobre o uso atual e pretérito da área. A execução da etapa de avaliação preliminar será de responsabilidade do Responsavel Legal, o qual devera apresentar o ―Relatorio de Avaliacao Preliminar‖ nas seguintes situações:

No descomissionamento/desmobilização da área que possua atividade potencialmente contaminadora;

Na mudança de uso da área que possua atividade potencialmente contaminadora;

Na convocação por parte do órgão para apresentação desta etapa do processo de GAC;

No processo de licenciamento ambiental.

Para a identificação da contaminação, deve-se executar no mínimo o escopo técnico disposto na ABNT/NBR 15.515-1 – Passivo ambiental em solo e água subterrânea – Parte 1: Avaliação Preliminar e Parte 2: Investigação Confirmatória.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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Para a avaliação preliminar, deve ser executado no mínimo o escopo técnico disposto na ABNT/NBR 15.515-1 – Passivo ambiental em solo e água subterrânea – Parte 1: Avaliação Preliminar. A Identificação da Contaminação deverá ser desenvolvida considerando os seguintes objetivos:

Levantar informações pré-existentes e determinar as fontes com potencial de contaminação (AP) e suspeitas de contaminação (AS);

Desenvolver o Modelo Conceitual Inicial (MCI);

Elaborar o Plano de Investigação Confirmatória.

Para cumprimento dos objetivos supramencionados deverão ser executadas as tarefas:

Levantamento de Dados Existentes;

Inspeção para Reconhecimento da Área;

Estabelecimento do Modelo Conceitual Inicial;

O levantamento das informações pré-existentes deverá ser realizado por meio de pesquisa nos documentos existentes sobre a Base ou terminal, da inspeção de reconhecimento de suas instalações e vizinhança, da verificação das operações além de registro fotográfico das áreas consideradas.

A análise dos dados pré-existentes e inspeção da área de interesse deverão possibilitar o estabelecimento de um modelo conceitual inicial para a área que subsidiara a elaboração do plano de amostragem que será executado na área da Base ou terminal a fim de identificar a existência ou não de contaminação.

A etapa de Avaliação Preliminar deverá classificar a área de interesse conforme abaixo:

Área Potencial (AP);

Área Suspeita (AS); ou,

Área que deixa de ser potencial, neste caso esta deverá ser excluída do CAC;

4.1.1.1. Levantamento de Dados Existentes

Deverão ser verificados os documentos pré-existentes, por vezes disponíveis na Base ou terminal, que possibilitem a identificação do histórico de suas instalações, operações, bem como de eventuais eventos de acidentes7, derrames e/ou vazamentos ocorridos. Para isso levantar:

7 Deverá também ser avaliada a eventual necessidade de ações emergenciais, como exemplo, a identificação de fase livre e intrusão de vapores. Caso verificado a necessidade, aplicá-la em conjunto a etapa do GAC que está sendo desenvolvida no momento da identificação.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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Dados disponíveis sobre as atividades ocorridas na área de estudo e arredores antes da implantação da Base ou terminal, devendo considerar a interpretação de fotos aéreas histórica da área;

Histórico das unidades operacionais da Base ou terminal desde o inicio de sua operação, com descrição das instalações;

Planta atualizada da Base ou terminal com identificação de todas as unidades operacionais (tanques, bombas de abastecimento, área de lavagem de veículos, caixa separadora, área de abastecimento, área de carregamento, área de descarregamento, área de troca de óleo, filtro de diesel e tubulações);

Relatórios de investigações ambientais realizadas anteriormente na área com breve resumo sobre os resultados referentes a passivo ambiental no solo e água subterrânea, se disponível.

Realizar a descrição cronológica dos fatos ocorridos na área relativos a:

Instalação e operação de equipamentos;

Reformas e manutenções realizadas;

Tipos e volumes de produtos armazenados na área;

Geração, armazenamento temporário e destinação de resíduos;

Outras atividades desenvolvidas na área, como lavagem de veículos, troca de óleo, etc.;

Evolução do uso e ocupação do solo na vizinhança da Base ou terminal;

Posicionamento de receptor e bens a proteger.

A identificação da área deve conter as seguintes informações:

Razão social e nome fantasia da Base ou terminal, atual e histórico e respectiva bandeira fornecedora de combustível, informando-se a data em que passou a fornecer combustível ao posto;

Localização, com endereço completo da Base ou terminal, coordenadas geográficas em projeção UTM e respectivos datum, assim como planta de

localização com orientação espacial, escala gráfica e indicação da fonte do mapa-base e fonte de dados, legenda e convenções cartográficas;

Zoneamento da área/uso do solo com referência a fonte de consulta;

Apresentação das principais vias de acesso (ruas, avenidas etc.), em planta;

Indicação da existência de rede de esgoto, de água tratada e de águas pluviais e

de outras utilidades subterrâneas, com localização em planta;

Identificação e descrição em texto e mapa da geologia regional, hidrogeologia

regional, geomorfologia, meteorologia e bacia hidrográfica (BH), na qual está

inserida a área.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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4.1.1.2. Inspeção para Reconhecimento da Área

A inspeção para reconhecimento da área possibilita a identificação das instalações atualmente operadas na Base ou terminal, seus vizinhos, bem como determina as vias potenciais de transporte de contaminantes, além da localização e caracterização dos receptores e bens a proteger. Além da inspeção da área, devem ser realizadas entrevistas com funcionários da Base ou terminal, vizinhos da área. Para isso:

Identificar o tipo e locação dos equipamentos instalados na área, como tanques, bombas de abastecimento, área de lavagem de veículos, caixa separadora, área de abastecimento, área de carregamento, área de descarga, área de troca de óleo, filtro de diesel, tubulações, etc.;

Caracterizar e avaliar as condições de operação de cada equipamento, piso e canaletas;

Descrever as atividades desenvolvidas;

Identificar a geração, locais e modo de armazenamento temporário de resíduos;

Relatar acidentes ocorridos, incluindo perda de produto;

Reportar a paralisação de funcionamento da Base ou terminal descrevendo o motivo e época em que ocorreu;

Informar sobre manuseio e armazenamento de substâncias.

Nas entrevistas8, devem, no mínimo, serem questionados:

Ocorrência de acidentes e vazamentos;

Locais de disposição de resíduos;

Paralisação de funcionamento;

Reclamações;

Problemas com a qualidade do ar, água e solo;

Obras realizadas.

Presença de Captação de Água Subterrânea (Poço de Abastecimento, Poço Cacimba, Cisternas e Poços Artesianos).

Realizar, o levantamento de uso do solo para um raio de 200 metros a partir do limite da Base ou terminal, conforme proposto na DD 263/2009 CETESB, considerando:

O levantamento das atividades realizadas ao norte, sul, leste e oeste da Base ou

terminal, por nome e tipologia;

A identificação, em imagem de satélite, de receptores potenciais ou bens a

proteger, como por exemplo, áreas residenciais, áreas comerciais, áreas

8 O preenchimento das fichas do Anexo B da ABNT/NBR15515-1 é opcional. No entanto, todos os dados da

ficha pertinentes a atividade deverão estar descritos obrigatoriamente no relatório técnico a ser

apresentado para o Órgão Ambiental Competente.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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industriais, áreas de lazer, áreas de produção agropecuária, piscicultura, hortas,

escolas, hospitais, creches, etc.;

A representação na imagem de satélite da localização e a classificação de corpos

hídricos superficiais (vereda/brejo, córrego/rio, mar, lago/laguna/lagoa), Áreas de

Preservação Permanente (APP), Unidade de Conservação (UC) e áreas com

tombamento histórico;

A pesquisa e localização de poços de abastecimento ou poços cacimba,

cadastrados e não cadastrados no órgão ambiental;

A localização de Área com Potencial de Contaminação (AP), Área Suspeita de

Contaminação (AS), Área Contaminada sob Investigação (AI), Área Contaminada

sob Intervenção (ACI), Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação

(AMR) e Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR), eventualmente existentes

na região, conforme registro do órgão ambiental competente (CONAMA 420).

As instalações e áreas representadas na imagem de satélite devem ser referendadas em texto, sendo informado sobre o bem identificado e o modo de pesquisa onde se obteve a informação.

Na impossibilidade de se obter informações sobre o histórico de operação da área e de alterações no layout, todas as áreas da Base ou terminal onde exista a possibilidade de

terem sido desenvolvidas atividades de armazenamento e manejo de combustíveis, lubrificantes ou outras substâncias deverão ser investigadas.

4.1.1.3. Estabelecimento do Modelo Conceitual Inicial

Após o cumprimento do descrito nos itens 4.1.1 e 4.1.2 deste procedimento, deverá ser elaborado modelo conceitual inicial a partir da síntese do entendimento sobre a área, considerando a situação da área quanto à possível contaminação existente e sua relação com a vizinhança, incluindo os receptores potenciais, bens a proteger, as vias de transporte e contato com as substâncias químicas de interesse (SQI).

O modelo conceitual inicial será base para a elaboração do plano de amostragem, a fim de verificar a existência de contaminação no solo e água subterrânea.

Associados ao modelo conceitual da área estabelecido na identificação da contaminação, para definição do plano de amostragem, podem ser utilizados métodos de screenig a ser definido pelo responsável técnico. Quando de sua realização deve seguir o procedimento publicado pela CETESB (2006) para identificação de passivos ambientais em estabelecimentos com sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC).

A apresentação do modelo conceitual pode ser feito por meio de uma tabela, como a apresentada a seguir.

Tabela 2 – Exemplo de planilha para modelo conceitual inicial.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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Identificaçã

o da Área

Fontes

Primárias

Mecanismos Primários de

Liberação

Fontes

Secundári

as

Mecanismos

Secundários

de Liberação

Caminhos de

Transporte dos

Contaminantes

Receptore

s

AS-01

Nome da

Área

Identificada

como

Suspeita

Infiltração no solo e escoamento

superficial de substâncias

químicas provenientes das

atividades pretéritas realizadas

na área, por meio de supostos

vazamentos e/ou

derramamentos. (S)

Suspeita de

solo

contaminado

(S)

Dispersão no

meio (S)

Solo (S)

Água Subterrânea

(S)

Solo (S)

Água

Subterrânea

(S)

AP-01

Nome da

Área

Identificada

como

Potencial

Infiltração no solo e escoamento

superficial de substâncias

químicas provenientes das

atividades pretéritas realizadas

na área, por meio de supostos

vazamentos e/ou

derramamentos. (P)

Suspeita de

solo

contaminado

(P)

Dispersão no

meio (P)

Solo (P)

Água Subterrânea

(P)

Solo (P)

Água

Subterrânea

(P)

Legenda:

P – Potencial

S – Com Suspeita

4.1.2. Investigação Confirmatória

A etapa de investigação confirmatória tem como objetivo principal confirmar ou não a existência de contaminação nas AP e AS identificadas na etapa de avaliação preliminar, por meio da realização de coleta e análise químicas laboratoriais de amostras de solo e água subterrânea

segundo o plano de investigação confirmatória, bem como a interpretação dos resultados destas análises por meio da comparação com padrões legais aplicáveis (PLA).

Deverá ser atualizado o modelo conceitual inicial (MCI) e desenvolvido o modelo conceitual confirmatório (MCC) da área conforme ABNT/NBR 15.515-1: Parte 2 e ABNT/NBR 16.210.

A confirmação da contaminação nas AP e AS será avaliada pela comparação dos resultados das análises químicas laboratoriais, com os padrões legais aplicáveis (PLA) recomendados pela Resolução CONAMA 420 ou pelo órgão ambiental competente. Caso os resultados das analises químicas sejam superiores aos PLA, a área de interesse deverá ser classificado como área Contaminada Sob Investigação (ACI), sendo necessário o desenvolvimento da etapa de Investigação da Contaminação (Investigação Detalhada, Avaliação de Risco e Plano de Intervenção). Quando os resultados das analises químicas forem inferiores aos PLA, a área de interesse deverá ser classificada como área com potencial de contaminação (AP), sendo encerrado, neste caso, o processo de GAC.

Para cumprimento dos objetivos supramencionados deverão ser executadas as tarefas:

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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Malha de Avaliação de Gases no Solo;

Sondagens ambientais;

Coleta de Amostras de Solo;

Instalação de Poços de Monitoramento;

Coleta de Amostras de Água Subterrânea;

Atualização do Modelo Conceitual Inicial.

A etapa de Investigação Confirmatória deverá classificar a área de interesse conforme abaixo:

Área Potencial (AP);

Área Contaminada Sob Investigação (ACI); ou,

Área que deixa de ser potencial, neste caso esta deverá ser excluída do CAC;

4.1.2.1. Sondagens Ambientais

As sondagens ambientais deverão ser realizadas de acordo com Norma ABNT/NBR 15.492 – Sondagens de Reconhecimento para fins de Qualidade Ambiental: procedimento.

A execução das sondagens tem como objetivos a descrição da litologia local, coleta de amostras de solo e instalação de poços de monitoramento, quando necessário.

Para definição do quantitativo mínimo de sondagem verificar o item 4.1.7 deste procedimento. Os locais de realização das sondagens ambientais deverão ser definidos com base no modelo conceitual inicial, descrevendo o motivo da locação das sondagens. Caso as sondagens não possam ser realizadas nos pontos definidos, deverá ser apresentada a justificativa para o seu deslocamento. Para a locação das sondagens deverão ser adotados os seguintes critérios:

Locação das sondagens a jusante dos equipamentos subterrâneos, considerando-se o fluxo inferido de escoamento da água subterrânea;

A pelo menos 1,00 metro de distância de qualquer instalação subterrânea identificada.

Para as áreas de ocorrência de litologia resistente à penetração por equipamentos mecanizados, como granitos, basaltos, gnaisses e micaxistos, deverá ser considerada a interrupção da sondagem ao atingir-se o topo rochoso, mesmo que o nível de água não tenha sido alcançado. No entanto, esta condição deverá ser confirmada por meio da realização de outras 2 sondagens, a serem realizadas na mesma região, em forma de triângulo. Esta condição deve ser descrita no relatório técnico.

Durante a identificação da contaminação em áreas onde se tenha informação da ocorrência de sistema de fraturas de rochas e identificação da ocorrência de contaminação por produto em fase livre e/ou fase dissolvida na Base ou terminal ou

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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vizinhança, deverá ser empregado técnicas de investigação indireta, como a geofísica, para auxiliar na definição da locação dos pontos de sondagem.

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

Perfis das sondagens realizadas com a descrição do material observado9 durante a sondagem;

Tabela com a identificação das sondagens, coordenadas geográficas UTM, elevação, descrição do perfil de sondagem, entre outras;

Mapa em escala apropriada com locação e identificação das sondagens.

4.1.2.2. Coleta de Amostras de Solo

Durante a execução da sondagem, deverá ser realizada a coleta de amostras de solo a cada 0,5 metros de profundidade, em amostrador descartável de PVC, até se atingir o nível de água subterrânea.

Para cada amostra de solo coletada no amostrador descartável, deverá ser realizada a separação em 2 (duas) alíquotas, uma para medida de gases (COV) em campo e a outra, a ser mantida sob refrigeração, que poderá ser enviada para análise laboratorial.

A amostra a ser submetida a análise laboratorial, deve ser aquela representativa da profundidade onde se obteve a maior medida de COV ou da franja capilar em caso de resultados nulos de COV.

Não deve ser enviada para análise laboratorial a amostra utilizada para medida de gases em campo ou amostra coletada abaixo do nível de água.

Toda a amostra de solo coletada deverá ser identificada, relacionada em Cadeia de Custódia e acondicionada em recipiente apropriado, sendo encaminhado para análise laboratorial dentro dos prazos de validade das análises a serem solicitadas.

Para cada amostra de solo deverão ser realizadas as seguintes análises químicas laboratoriais10:

Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e isômeros de Xilenos (BTEX);

Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP);

Adicionalmente, em amostras coletadas na área de troca de óleo e caixas separadoras, deverão ser analisados os Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH fingerprint).

É obrigatória a apresentação dos seguintes itens no relatório de investigação confirmatória:

9 Descrição do solo, sedimento, rocha e/ou aterro de acordo com as recomendações do Manual de

Descrição e Coleta de Solos no Campo, da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. 10 As amostras de solo e água subterrânea deverão ser encaminhadas para análise química em laboratório acreditado de acordo com a ISO NBR 17.025 pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) para os parâmetros de interesse.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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Cadeia de custódia devidamente preenchida e assinada pelo responsável pela coleta e laboratório, para todas as amostras enviadas para analise;

Laudos analíticos laboratoriais dos resultados obtidos para as amostras coletadas;

Ficha de recebimento de amostras (check list) emitida pelo laboratório no ato do

recebimento das amostras, devidamente preenchida e assinada.

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

Perfis das sondagens realizadas, com a identificação da profundidade de coleta de amostras e respectivas medições de COV;

Tabela com a identificação das amostras, coordenadas geográficas UTM, elevação, descrição do perfil de sondagem, profundidade de coleta da amostra, data e hora de amostragem, número da cadeia de custódia, entre outros;

Mapa em escala apropriada com locação e identificação das sondagens onde se procedeu a coleta de amostras de solo.

4.1.2.3. Instalação de Poços de Monitoramento

Os poços de monitoramento deverão ser instalados de acordo com Norma ABNT/NBR 15.495 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulares – Parte 1: Projeto e Construção, conforme plano de trabalho estabelecido para a Base ou terminal.

Após a instalação dos poços de monitoramento, deve ser realizado o esgotamento e desenvolvimento de acordo com a Norma ABNT/NBR 15.495-1: 2007 – Poços de Monitoramento de Água Subterrânea em Aquíferos Granulares. Parte 2: Desenvolvimento.

Para definição do quantitativo mínimo de poços de monitoramento a serem instalados verificar o item 4.1.7 deste procedimento. Caso haja poços de monitoramento11 pré-existentes, estes poderão ser utilizados para compor a malha de poços destinados a investigação da contaminação, desde que esteja disponíveis seu perfil construtivo e que tenham sido construídos de acordo com a Norma ABNT/NBR 15.495 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulares – Parte 1: Projeto e Construção. Na ausência destas informações os poços de monitoramento pré-existentes deverão ser tamponados e descomissionados, de acordo com procedimento técnico vigente.

Após a instalação da malha de monitoramento, deverá ser realizada em um único dia, o monitoramento do nível de água e espessura de produto em fase livre, se existente.

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

Perfil construtivo dos poços de monitoramento instalados;

Tabela com a identificação dos poços de monitoramento instalados (pré-existentes e novos), coordenadas geográficas UTM, elevação, descrição da

11 Todos os poços de monitoramento instalados na área da Base ou terminal para fins de GAC deverão estar de acordo com a Norma ABNT/NBR 15.495 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulares – Parte 1: Projeto e Construção e Parte 2: Desenvolvimento.

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litologia em meio saturado, características da seção filtrante, data de instalação, entre outros;

Mapa em escala apropriada com locação e identificação dos poços de monitoramento instalados (pré-existentes e novos).

4.1.2.4. Definição de Quantitavitos para Sondagens e Poços de Monitoramento

Antes do desenvolvimento da etapa de campo, o responsável técnico deve elaborar o

plano de trabalho com base no Modelo Conceitual desenvolvido para a área conforme

item 4.1.3 deste procedimento. Neste plano de trabalho, deve ser definido o número de

sondagens ambientais e de poços de monitoramento a serem instalados.

Caso a água subterrânea seja atingida até a profundidade de 15,00 metros,

realizar a coleta de amostra de solo, de acordo com orientação apresentação no

item 4.1.5 e fazer a instalação do poço de monitoramento, de acordo com o

quantitativo apresentado na Tabela 3.

Caso o nível de água subterrânea não seja atingido até 15,00 metros de

profundidade, o plano de trabalho deverá prever a coleta de amostra de solo

nesta sondagem, e a execução de outras sondagens com profundidade de 5,0

metros na quantidade apresentada na Tabela 3. A critério do responsável técnico

ou solicitação do órgão ambiental competente poderá ser realizado um número

maior de sondagens.

Tabela 3 – Número mínimo de sondagens e poços de monitoramento a serem realizados.

A1 A2 A3 A4

T1 3 4 5 6

T2 4 5 6 7

T3 5 6 7 8

NOTA:

A1 = Estabelecimentos com área total do terreno menor que 2.000 m² (*).

A2 = Estabelecimentos com área total do terreno igual ou maior que 2.000 m² e menor que 5.000 m² (*).

A3 = Estabelecimentos com área total do terreno igual ou maior que 5.000 m² e menor que 10.000 m² (*).

A4 = Estabelecimentos com área total do terreno igual ou maior que 10.000 m² (*).

T1 = Estabelecimentos com até 4 tanques subterrâneos.

T2 = Estabelecimentos com 5 a 9 tanques subterrâneos.

T3 = estabelecimentos com 10 ou mais tanques subterrâneos. (*) Excetuando-se posto revendedor instalado em rodovias, postos de abastecimento e instalações retalhistas

onde deve-se considerar a somatória das áreas de tancagem, de abastecimento, de descarga, de lavagem de veículos e de troca de óleo. Caso estas áreas não sejam continuas, deve-se determinar a área da atividade,

acrescentando-se 10,00m a cada um de seus lados. Se apenas as áreas de lavagem e de troca de óleo estiverem isoladas das demais, deve ser adicionado um ponto de amostragem de solo e água subterrânea para cada uma destas áreas.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

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4.1.2.5. Coleta de Amostras de Água Subterrânea

Previamente à coleta das amostras de água subterrânea, deve ser realizada a purga do poço de monitoramento, não sendo aceitável que o desenvolvimento do poço de monitoramento substitua a purga. Com base no Modelo Conceitual da área de interesse e nas orientações/solicitação do órgão ambiental competente, o responsável técnico deverá definir o prazo mínimo entre a instalação dos poços de monitoramento e a amostragem de água subterrânea.

Deve-se proceder à coleta de uma amostra de água subterrânea, em cada poço de monitoramento instalado na área, inclusive os pré-existentes validados, como descrito no item 4.1.7.

Durante o processo de amostragem, devem-se gerar as amostras de controle de qualidade, a saber:

Coleta de amostra duplicata a partir de um poço de monitoramento escolhido aleatoriamente. Não deverá ser informado o poço onde a amostra foi coletada;

Branco de Viagem gerado com Água Deionizada;

Branco de Campo gerado com Água Deionizada;

Branco de Equipamento gerado com a lavagem, com água deionizada, da parte do equipamento que entra em contato com a amostra coletada;

Controle de Temperatura fornecido pelo laboratório;

Para cada amostra de água subterrânea deverão ser realizadas as seguintes análises químicas laboratoriais1:

Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e isômeros de Xilenos (BTEX);

Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP);

Adicionalmente, em amostras coletadas na área de troca de óleo e caixas separadoras, deverão ser analisados os Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH fingerprint).

Caso se tenha instalado na Base ou terminal ou vizinhança poços de captação de água subterrânea, deverá ser realizada a coleta de uma amostra de água por poço para análise laboratorial de BTEX, HAP e TPH fingerprint.

Toda a amostra de água subterrânea coletada deverá ser identificada, relacionada em Cadeia de Custódia e acondicionada em recipiente apropriado, sendo encaminhado para análise laboratorial dentro dos prazos de validade das análises solicitadas.

As amostras de água subterrânea coletadas devem ter sua qualidade preservada, independentemente do frasco, transporte, temperatura e tempo decorrido entre a coleta e a análise.

É obrigatória a apresentação dos seguintes itens no relatório de investigação confirmatória:

Cadeia de custódia devidamente preenchida e assinada pelo responsável pela coleta e laboratório, para todas as amostras enviadas para analise;

Laudos analíticos laboratoriais dos resultados obtidos para as amostras coletadas;

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Ficha de recebimento de amostras (check list) emitida pelo laboratório no ato do

recebimento das amostras, devidamente preenchida e assinada.

Deverá ser adotado para amostragem de água subterrânea um dos três métodos descritos a seguir:

Método Convencional de Amostragem de Água Subterrânea

Purgar 3 volumes da água existente no interior do poço de monitoramento, com a finalidade de assegurar que toda a água que por ventura esteja estagnada no poço seja removida, possibilitando a coleta de uma amostra representativa de água do aqüífero.

Esta purga deve ser realizada uniformemente em vazões compatíveis com a capacidade do poço em repor a água. A purga deve ser realizada sem causar grande rebaixamento do nível de água no interior do poço, evitando o efeito cascata que pode ocorrer na seção filtrante, o que causaria a aeração das amostras e perda de compostos orgânicos voláteis. Deve-se também evitar fluxo turbulento na área de recarga do poço de monitoramento (pré-filtro), o que causaria o arraste de sedimento para o seu interior.

Equipamentos como amostrador descartável e válvulas de pé devem ser evitados nesse procedimento. No entanto, se utilizados de cuidados necessários, o amostrador descartável pode ser empregado na coleta de amostras, devendo ser utilizado um amostrador descartável distinto do utilizado para a purga. As válvulas de pé não devem ser utilizadas na amostragem.

Método de Amostragem de Água Subterrânea pela Purga de Baixa Vazão

A purga de baixa vazão utiliza-se de vazões de bombeamento ligeiramente inferiores à capacidade de produção do poço, causando o mínimo de rebaixamento possível.

Durante esse procedimento, devem ser monitorados os parâmetros químicos indicadores da estabilidade hidrogeoquímica como temperatura, pH, condutividade específica, EH, oxigênio dissolvido (OD) e turbidez. Os parâmetros pH e temperatura são geralmente insensíveis para indicar o término da purga pois tendem a estabilizar rapidamente, ou mesmo não sofrem alterações perceptíveis.

A Tabela 5 apresenta os critérios de estabilização definidos pela Agência de Proteção

Ambiental dos Estados Unidos - USEPA.

A purga é concluída quando se atinge a estabilidade hidrogeoquímica, devendo ser realizada a coleta da água subterrânea.

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Tabela 5 – Critérios de estabilização (Fonte: EPA, 2000)

Parâmetro Variação Permitida

Ph 0,1 unidades

Condutividade elétrica 3%

Potencial oxi-redução (Eh) 10 milivolts

Turbidez 10% (quando a turbidez for maior que 10 UTN)

Oxigênio dissolvido 0,3 mg/L

O rebaixamento da coluna d’agua no poco durante a purga nao deve ser limitado a um valor arbitrário. O rebaixamento deve ser observado e registrado para cada poço da malha de monitoramento, sendo importante alcancar a estabilizacao do nivel d’agua durante a purga.

Nesse método de amostragem deve ser utilizada necessariamente uma célula de fluxo.

Método de Amostragem de Água Subterrânea pela Purga Mínima

Aplicável na situação em que os poços de monitoramento forem instalados em formações com baixa condutividade hidráulica.

Nessas condições, a aplicação dos procedimentos normais de purga e amostragem levam ao completo esgotamento dos poços, levando a um aumento significativo do gradiente hidráulico em volta do poço, alterando o fluxo natural da água na formação e no pré-filtro, que passa a ser turbulento na região imediatamente adjacente ao poço, podendo arrastar sedimentos para seu interior. Neste caso durante a extração, contaminantes ligados à matriz sólida serão somados àqueles em fase dissolvida, uma vez que as amostras não podem ser filtradas.

Os procedimentos recomendados para a amostragem de poços de monitoramento deste tipo variam muito, mas, na a maioria dos casos, recomenda-se que seja feita a remoção de toda a água do poço de monitoramento durante a purga, e então se proceda à amostragem tão logo haja volume de água suficiente no poço de monitoramento, uma vez que a purga de vários volumes nesses poços não pode ser efetuada em tempo razoável devido à baixa recarga.

Desta forma, ainda que os procedimentos estabeleçam que deva ser efetuada a total remoção de água nestes poços, os resultados obtidos com este procedimento são incertos. Algumas agências reguladoras americanas sugerem que tal procedimento seja evitado devido aos efeitos que podem causar na qualidade das amostras coletadas para a determinação de parâmetros sensíveis.

A secagem dos poços de monitoramento pode causar uma série de problemas na qualidade das amostras de água subterrânea:

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O tempo necessário para a recuperação do volume de água subterrânea suficiente para a amostragem pode ser muito elevado, afetando as características químicas das amostras devido à exposição prolongada da água às condições atmosféricas. Em muitos casos, o poço pode não produzir volume de água suficiente em um período de tempo razoável.

O esgotamento pode causar um efeito cascata quando a água que está adentrando no interior do poço de monitoramento, resultando na oxidação de metais dissolvidos e da perda de compostos orgânicos voláteis;

A drenagem da água do pré-filtro localizado ao redor da seção filtrante pode ocasionar o aprisionamento de ar nos espaços porosos, causando um ligeiro aumento na concentração de oxigênio dissolvido e no estado de oxidação;

Resulta na elevação da turbidez da amostra pela alteração do regime de fluxo da formação e na suspensão de sólidos presentes no fundo do poço de monitoramento;

Dependendo de onde é à entrada de água no aparelho utilizado na purga, ele pode não ser capaz de remover toda a água do poço, resultando em uma mistura do volume remanescente de água com aquele que está entrando no poço durante a recuperação.

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4.1.2.6. Produto em Fase Livre

A identificação de produto em fase livre, combustível ou óleo lubrificante, no solo e/ou na água subterrânea deverá ser registrada por meio de fotos e Declaração de Identificação de Produto em Fase Livre, a ser emitida em campo e assinada pelo responsável pela execução do campo e o representante legal ou responsável pela Base ou terminal.

A identificação da ocorrência de fase livre é situação suficiente para que a área seja considerada contaminada. Nesse caso, deverão ser adotadas ações destinadas à delimitação da pluma de fase livre e sua extração, bem como a identificação do evento e/ou equipamento que propiciou o vazamento de produto, sendo implementadas medidas de eliminação imediata do vazamento.

Concomitantemente a essas ações, deverá ser realizada a investigação detalhada das plumas de fase dissolvida e retida no solo. Após a eliminação da fase livre deverá ser realizado o estudo de avaliação de risco, com o objetivo de definir a medida de intervenção a ser adotada na área.

A Declaração de Identificação de Produto em Fase Livre deverá ser apresentada ao órgão ambiental, para comunicado sobre a ocorrência e as medidas a serem implementadas para eliminação da fonte e remoção da fase livre, bem como informado no prazo de 60 dias da identificação. O Anexo 1, apresenta uma sugestão de modelo para declaração de ocorrência para produto em fase livre.

A remoção da fase livre deverá ser iniciada imediatamente após a sua identificação,

sendo que o projeto final de remoção e cronograma para atingir a espessura aparente

máxima de 5 (cinco) milímetros (película) deverá ser apresentado do Plano de

Intervenção a ser apresentado como parte da investigação detalhada a ser elaborada

para a área.

4.1.2.7. Atualização do Modelo Conceitual Inicial

A atualização do Modelo Conceitual Inicial deverá ser desenvolvida após a compilação dos dados de campo e analíticos, gerando uma nova versão deste. O modelo é a base para o planejamento e realização das etapas seguintes do GAC, tomando coma Base a comparação das concentrações dos parâmetros analisados com os VIs.

A Base ou terminal será considerado como área contaminada (AC), caso as concentrações obtidas sejam superiores aos VIs adotados, devendo-se proceder ao detalhamento da identificação da contaminação.

Caso as concentrações sejam inferiores aos VIs adotados, a Base ou terminal será classificado como área com Potencial de Contaminação (AP), quando da continuidade da operação do mesmo, podendo vir a ser excluído do cadastro de áreas contaminadas. Pode ainda ser classificado como Área Reabilitada para uso Declarado (AR) quando do encerramento das atividades.

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4.2. Investigação da Contaminação

A etapa de investigação detalhada tem como objetivo principal caracterizar espacialmente a contaminação confirmada na etapa de investigação confirmatória, considerando o fechamento das plumas de contaminação e caracterização dos hotspots

de contaminação nos diferentes compartimentos do meio físico, bem como caracterização detalhada das áreas fontes de contaminação, dos tipos litológicos que ocorrem em subsuperfície e da hidrogeologia local. A execução da etapa de investigação detalhada será de responsabilidade do Responsável Legal, o qual deverá apresentar o ―Relatorio de Investigacao Detalhada‖ nas seguintes situacoes:

Quando a etapa de Avaliação Preliminar ou Investigação Confirmatória indicar a necessidade de realização da etapa de Investigação Detalhada e a área de interesse for classificada como ACI;

Na convocação por parte do órgão ambiental competente para apresentação desta etapa do processo de GAC.

A Investigação da Contaminação deverá ser desenvolvida considerando os seguintes

objetivos1:

Detalhamento da extensão da contaminação no solo e água subterrânea

reportada no ―Relatorio de Investigacao Confirmatoria‖;

Avaliação do risco a saúde humana a partir das Concentrações Máximas

Aceitáveis (CMAs);

Definição do Plano de Intervenção.

Para cumprimento dos objetivos supramencionados deverão ser executadas as tarefas:

Investigação Detalhada que consiste na aquisição e interpretação de dados da área contaminada sob investigação (AI), a fim de entender a dinâmica da contaminação nos meios físicos afetados e identificar os cenários específicos de uso e ocupação do solo, os receptores de risco existentes, os caminhos de exposição e as vias de ingresso (CONAMA 420).

Avaliação de Risco a Saúde Humana que consiste em identificar, avaliar e quantificar os riscos à saúde humana ou bem de interesse ambiental a ser protegido (CONAMA 420).

O Plano de Gerenciamento de Intervenção com base no risco servirá de instrumento que orientará as ações que serão adotadas para o uso seguro da Base ou terminal. As medidas a serem aplicadas na área de interesse dependerão da sua classificação na etapa de Avaliação de Risco a Saúde Humana.

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4.2.1. Investigação Detalhada

Para a investigação detalhada, deve ser executado no mínimo o escopo técnico disposto na ABNT/NBR 15.515-1 – Passivo ambiental em solo e água subterrânea – Parte 3: Investigação Detalhada. A Identificação da Contaminação deverá ser desenvolvida considerando os seguintes serviços a serem executados:

Sondagens de solo para fins ambientais;

Amostragem de solo;

Instalação de poços de monitoramento;

Amostragem de água subterrânea;

Delimitar as fontes a ocorrência de contaminação (pluma) no solo, água subterrânea e vapor intersticial do solo da zona vadosa quando a contaminação seja composta por Compostos Orgânicos Voláteis (COV);

Caracterizar detalhadamente os litológicos litológicos e texturais que ocorrem na área de interesse;

Caracterizar detalhadamente hidrogeologia da área de interesse;

Caracterizar detalhadamente as regiões nos compartimentos do meio físico (solo e água subterrânea) onde ocorram as fontes secundárias de contaminação;

Desenvolver o Modelo Conceitual Detalhado (MCD) a partir da atualização do Modelo Conceitual Confirmatório (MCC).

As sondagens de solo para fins ambientais deverão ser realizadas de acordo com Norma ABNT/NBR 15.492 – Sondagens de Reconhecimento para fins de Qualidade Ambiental: procedimento. A execução das sondagens terão como objetivos a descrição da litologia local, coleta de amostras de solo e instalação de poços de monitoramento, quando necessário.

Os poços de monitoramento deverão ser instalados de acordo com Norma ABNT/NBR 15.495 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulares – Parte 1: Projeto e Construção, conforme plano de trabalho estabelecido para o posto de serviço. Após a instalação dos poços de monitoramento, deve ser realizado o esgotamento e desenvolvimento de acordo com a Norma ABNT/NBR 15.495-1: 2007 – Poços de Monitoramento de Água Subterrânea em Aquíferos Granulares. Parte 2: Desenvolvimento.

A amostragem de água subterrânea devera ser realizada de acordo com a ABNT/NBR 15.847 – Amostragem de Água Subterrânea em Poços de Monitoramento – Métodos de Purga.

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Deverão ser executadas as seguintes tarefas para a Investigação Detalhada:

Compilação dos Dados Existentes;

Caracterização do Uso e Ocupação do Solo;

Caracterização do Meio Físico o Aspectos Geológicos e Pedológicos; o Aspectos Hidrogeológicos;

Mapeamento da Contaminação o Solo; o Água Subterrânea; o Fase Livre, quando necessário;

Modelo Conceitual Detalhado da Área.

4.2.1.1. Compilação dos Dados Existentes

A compilação dos dados existentes deverá ser baseada no Relatório de Investigação Confirmatória de modo a estabelecer os requisitos necessários e suficientes para o detalhamento da contaminação. Para isso levantar:

a) Histórico e condições atuais da operação e dos equipamentos de armazenamento e distribuição;

b) Eventos de contaminação;

c) Sistemas de drenagem para captação de derrames, águas pluviais e esgoto;

d) Serviços de troca de óleo, lavagem de veículos, loja de conveniência, entres outros;

e) Existência de poços de captação de água subterrânea;

f) Os tipos de contaminação sejam por fase retida, fase dissolvida e fase livre e meios afetados;

g) Caracterização das fontes primárias de contaminação;

h) Caracterização dos poços de monitoramento;

i) Identificação dos potenciais receptores dentro e fora da Base ou terminal e bens a proteger.

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados12:

Planta da Base ou terminal em escala apropriada com locação e identificação de todas as informações descritas nos itens acima.

12 Na Investigação Detalhada deverá ser inclusas áreas que possivelmente não foram avaliadas em etapas anteriores, obedecendo aos critérios necessários em relação à etapa de investigação da contaminação.

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4.2.1.2. Caracterização do Uso e Ocupação do Solo

Na Investigação Detalhada a caracterização do uso e ocupação do solo visa a identificar os potenciais receptores expostos à contaminação detectada na área da Base ou terminal sob influência da mesma que podem estar sob situação de risco.

O levantamento das informações sobre o uso e ocupação do solo deverá ser realizado com raio de no mínimo 200 metros em relação aos limites da Base ou terminal, contendo os seguintes itens:

Identificação de área industrial, residencial e comercial, bem como, escola, creche, igreja, asilo, restaurantes, hospitais, parques, plantações, criações de gado, entre outros. Destacando a existência de edificações com piso ou garagem subterrânea;

Identificação de instalações subterrâneas como gás, esgoto, rede de distribuição de águas, redes elétricas, telefonia, entres outros;

Localização de Áreas Contaminadas cadastradas no órgão ambiental responsável;

Localização de corpos de águas superficiais e sua classificação; Deverá ser considerado um raio de 500 metros em relação aos limites da área da Base ou terminal para a localização de poços de rebaixamento do lençol freático, poços de captação de água subterrânea, cadastrados e/ou outorgados em órgão competente, quando possível e disponível os não cadastrados, destacando sua profundidade, perfil construtivo, aquífero explorado e uso.

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

Texto explicativo e mapas explicativos sobre o uso e ocupação da área e sua distribuição;

Mapa com a localização dos poços de rebaixamento e captação de água subterrânea, georreferenciados.

4.2.1.3. Caracterização do Meio Físico

A caracterização do meio físico em subsuperfície tem por objetivo avaliar as condições geológicas e hidrogeológicas do local, através de informações levantadas a partir de pesquisa bibliográfica e dados obtidos durante as etapas de campo.

4.2.1.3.1. Aspectos Geológicos e Pedológicos

A caracterização geológica do local deverá ser realizada com base na execução das sondagens ambientais de acordo com a norma ABNT/NBR 15.492, incluindo registros existentes no Relatório de Investigação Confirmatória, considerando os seguintes objetivos:

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a) Descrição do solo, sedimento, rocha e/ou aterro3 de todas as sondagens executadas13;

b) Coleta de amostras do material perfurado, para determinação de granulometria, porosidade total, porosidade efetiva, densidade do solo, umidade do solo e fração de carbono orgânico14. Estas amostras devem ser coletadas nos diferentes tipos de material observados na etapa de campo;

c) Validação da geologia regional por meio das analises descritas no item b acima. Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

Mapa em escala apropriada com locação e identificação das sondagens e dos pontos de coleta de amostras de solo;

Perfis das sondagens realizadas e no mínimo duas seções geológicas para representar o entendimento da geologia do local. Deve ser destacada a descrição do material identificado, sua cor, textura e granulometria;

Tabela com a identificação das amostras, coordenadas geográficas UTM, elevação, perfil de sondagem, profundidade da coleta de amostra, data e hora de amostragem, numero da cadeia de custódia, entre outros;

Texto explicativo com resumo da geologia local e relação com o contexto geológico regional.

4.2.1.3.2. Aspectos Hidrogeológicos

A caracterização da hidrogeologia deverá ser desenvolvida considerando os poços de monitoramento instalados na etapa de identificação da contaminação, bem como a instalação de novos poços de monitoramento conforme norma ABNT/NBR 15.495 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulares – Parte 1: Projeto e Construção e Parte 2: Desenvolvimento, de acordo com os critérios apresentados no item 4.2.1.4.2, deste procedimento, considerando os seguintes objetivos:

Entendimento do comportamento hidrodinâmico da água subterrânea na área investigada;

Identificação da ocorrência de fluxo vertical ascendente e descendente da água subterrânea na área investigada. Este item poderá ser desenvolvido apenas quando da instalação de poços multiniveis, os quais serão instalados a critério do responsável técnico ou por solicitação do órgão ambiental;

Consolidação do Modelo Conceitual da Área.

Para cumprimento dos objetivos supramencionados deverão ser executadas as tarefas:

13

A profundidade final de investigação deverá possibilitar a identificação e caracterização de todas as camadas importantes para a movimentação das SQIs no local investigado e consolidação do modelo conceitual da área. 14

A amostra para determinação de fração de carbono orgânico deve ser coletada em local onde exista a possibilidade de não haver contaminação. 9 A metodologia de poços com seção afogada deverá ser aplicada quando não for detectado presença de fase livre sobrenadante ao aqüífero local, na presença desta proceder com a instalação de poços de monitoramento de seção plena.

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Instalação de poços de monitoramento com seção filtrante afogada com comprimento máximo de 2,0 metros, a serem definidos em função do modelo conceitual da área, locada obrigatoriamente na mesma camada de solo. O filtro deve ser posicionado cerca de 25 cm abaixo do nivel d’agua estabilizado9;

A critério do responsável técnico ou solicitação do órgão ambiental poderá ser realizada a instalação de conjunto de poços multiníveis, que deve ser formado por, no mínimo, por um par de poços com seção filtrante instalada em duas profundidades diferentes, no aqüífero local. Um dos poços deve ter a seção filtrante posicionada proxima e abaixo do nivel d’agua estabilizado e o outro poço deverá ter a seção filtrante a uma distância não superior 5 metros entre a base da seção filtrante do poço de monitoramento raso e o topo da seção do poço de monitoramento profundo. O poço de monitoramento profundo deve ter seção filtrante de até 1m, em mesmo tipo litológico, locados preferencialmente em camadas condicionantes de fluxo.

Levantamento topográfico para determinação da cota topográfica dos poços de monitoramento em relação ao nível do tubo de revestimento do poço para verificação da potenciometria do local com base medições de nível de água para o cálculo do potencial hidráulico. As medições de nível de água deverão ser realizadas preferencialmente no mesmo dia;

Realizar ensaios de recuperação do nível d'água no poço de monitoramento para determinação da condutividade hidráulica em quantidade suficiente considerando a distribuição litológica e eixos da pluma de contaminação, de modo a avaliar as diferenças na condutividade de cada poço de monitoramento;

Calcular a velocidade média de escoamento da água subterrânea e gradiente hidráulico;

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

Perfil construtivo dos poços de monitoramento e poços multiníveis instalados, o último quando necessário;

No mínimo duas seções hidrogeológicas, sendo uma transversal e outra longitudinal ao eixo principal do fluxo da água subterrânea, podendo ser apresentada junto às seções geológicas descritas no item 4.2.1.3.1.

Tabela com a identificação dos poços de monitoramento (pré-existentes e novos) e poços multiníveis instalados, coordenadas geográficas UTM, elevação, material predominante em meio saturado, localização da seção filtrante, data de instalação, entre outros;

Mapa em escala apropriada com locação e identificação dos poços de monitoramento (pré-existentes e novos) e poços multiníveis instalados;

Mapa potenciométrico;

Texto explicativo com resumo da hidrogeologia local e relação com o contexto hidrogeológico regional.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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4.2.1.4. Mapeamento da Contaminação

O mapeamento da contaminação deverá ser desenvolvido com o objetivo de:

Promover a completa delimitação da contaminação por fase retida (solo superficial e subsuperficial), fase dissolvida e fase livre;

Possibilitar o entendimento da distribuição da contaminação.

Para cumprimento dos objetivos supramencionados deverão ser executadas as tarefas:

Coletar as amostras de solo e água subterrânea conforme itens 4.1.6 a 4.1.8 deste procedimento;

Realizar análise química laboratorial10 para Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e isômeros de Xilenos (BTEX); Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP), em todas as amostras coletadas;

Realizar análise química laboratorial10 para Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH), somente em amostras coletadas na área de troca de óleo e caixas separadoras;

Promover a delimitação das plumas de contaminação (fase retida e fase dissolvida) considerando os Valores de Investigação (VI), mesmo que para isto tenha que ser executada mais de uma etapa de coleta de amostras. Para o mapeamento das plumas dissolvidas os parâmetros a serem determinados são os BTEX e PAH.

Promover a delimitação da pluma de fase livre, por meio da instalação de poços de monitoramento com seção plena.

As amostras15 da etapa de investigação da contaminação devem, preferencialmente, ser coletadas em uma única campanha de amostragem. Se após a avaliação dos resultados analíticos se verificar que as plumas de contaminação estão abertas, deve ser realizada nova etapa de campo e consequentemente, nova coleta de amostras. Neste caso, amostras coletadas em campanhas distintas podem ser utilizadas em uma mesma etapa de investigação ambiental, se a coleta for realizada em um intervalo de no máximo 90 dias corridos contados da data da primeira amostra, comprovados pelo adequado preenchimento da Cadeia de Custódia.

Para esta etapa é necessária a apresentação dos seguintes itens:

Cadeia de Custódia devidamente preenchida e assinada pelo responsável pela coleta das amostras, bem como funcionário do laboratório responsável pelo recebimento das amostras;

Ficha de recebimento das amostras (check list), devidamente preenchida e

assinada pelo responsável, no laboratório, pela verificação das condições de recebimento e acondicionamento das amostras;

15 As amostras de solo e água subterrânea deverão ser encaminhadas para análise química em laboratório acreditado junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), de acordo com a ISO NBR 17.025, para os parâmetros de interesse.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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Laudos analíticos laboratoriais, assinados pelo responsável técnico do laboratório emitidos de acordo com o especificado na ABNT NBR ISO/IEC 17025;

Tabelas comparativas entre os resultados analíticos para as analises realizadas e os VI;

Representação das plumas de contaminação em fase retida, conforme item 4.2.1.4.1 deste procedimento;

Representação das plumas de contaminação em fase dissolvida, conforme item 4.2.1.4.2 deste procedimento;

Representação da pluma de contaminação em fase livre, conforme item 4.2.1.4.3 deste procedimento;

Texto explicativo com resumo do mapeamento da contaminação, sua relação com as fontes primárias de contaminação identificadas no modelo conceitual da área.

4.2.1.4.1. Solo

Realizar o mapeamento da fase retida no solo a partir das sondagens onde foi verificada a SQI acima dos VIs, considerando os seguintes itens:

No plano horizontal a partir da sondagem onde identificada a contaminação executar sondagens em malha aproximada de 5 x 5 metros, podendo esta ser alterada a critério do responsável técnico e em função do modelo conceitual da área;

No plano vertical coletar pelo menos 02 (duas) amostras de solo, sendo uma na franja capilar e outra na maior medição de COV (item 4.1.6). Caso a medição de COV seja nula justificar tecnicamente a escolha da profundidade da amostra de solo coletada;

O mapeamento horizontal deve ser realizado para cada SQI, onde o limite da pluma será interpolado na metade da distância entre o ponto de amostragem que apresentar concentração acima de VI e o ponto de amostragem que apresentar concentração abaixo de VI;

Para o mapeamento de fase retida no solo em plano vertical, o ponto limite será a metade da distância entre a amostra em profundidade que apresentar concentração acima de VI e a amostra que apresentar concentração abaixo de VI. Quando a amostra de solo coletada na franja capilar apresentar concentrações acima dos VIs para as SQIs, considerar como delimitação da contaminação a profundidade do nível de água do local. Na ausência de amostras superficiais com concentração inferior a VI, o limite superior deve ser a fonte primária mais próxima.

O tratamento e interpretação dos resultados analíticos laboratoriais obtidos para as

amostras de solo e água subterrânea associados as características do meio físico devem

conduzir ao adequado mapeamento da ocorrência da contaminação conforme descrito

anteriormente. O entendimento desta distribuição pode ser obtido pela utilização de

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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métodos de interpolação matemática para definição de curvas de isoconcentrações das

SQI em planta e profundidade ou o modelamento matemático de fluxo e transporte de

contaminantes.

O mapeamento da fase retida no solo a partir das sondagens ambientais onde foi

identificada concentrações acima dos PLA, considerando uma estratégia conservadora

de interpolação, pode ser feito da seguinte forma:

No plano horizontal a partir da sondagem onde identificada a contaminação

executar sondagens em malha com espaçamento aproximado de 5 x 5 metros,

podendo este ser alterado com base no modelo conceitual da área ou a critério do

técnico responsável pela investigação;

No plano vertical coletar pelo menos 03 (três) amostras de solo, sendo uma em

até nos 50 centímetros iniciais da sondagem (amostra superficial), a segunda na

franja capilar e a outra na maior medição de COV. Caso a medição de COV seja

nula ao longo de todo o perfil de sondagem a terceira amostra poderá ser

coletada em profundidade estabelecida pelo técnico responsável pela

investigação considerando outros critérios como por exemplo indícios visuais de

contaminação;

Com base nos resultados analíticos laboratoriais das amostras de solo obtidas seguindo

os critérios de mapeamento acima, deverá ser considerado como limite da ocorrência de

fase retida em planta o ponto interpolado na metade da distância entre o ponto de

amostragem que apresentar concentração acima do PLA escolhido para o mapeamento e

o ponto de amostragem que apresentar concentração abaixo de PLA. Para o

mapeamento de fase retida no solo em plano vertical, o ponto limite será a metade da

distância entre a amostra em profundidade que apresentar concentração acima de PLA e

a amostra que apresentar concentração abaixo de PLA. Quando a amostra de solo

coletada na franja capilar apresentar concentrações acima dos VIs para as SQIs, deverá

ser realizada a coleta de amostras de solo da zona saturada em maiores profundidades

até que o critério acima seja satisfeito. Na ausência de amostras superficiais com

concentração inferior a VI, o limite superior deve ser a fonte primária mais próxima ou a

superfície do terreno. A FIGURA 2 apresenta o modelo conceitual proposto para o

mapeamento de fase retida de contaminação no solo.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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FIGURA 2 – Modelo conceitual para o mapeamento de fase retida no solo

4.2.1.4.2. Água Subterrânea

Realizar o mapeamento da fase dissolvida a partir dos poços de monitoramento16 onde foi verificada a SQI acima dos VIs, considerando os seguintes itens:

16

A instalação do nível mais profundo do poço multinível deve ser realizada com encamisamento para evitar que a contaminação verificada em níveis mais rasos migrem para níveis mais profundos. Para isso a sondagem ambiental deve ser realizada com diâmetro maior que 4" até a profundidade do poço de nível mais raso. Nesta sondagem deve ser instalado um tubo de PVC, com preenchimento externo de bentonita. Após a secagem da bentonita deve-se dar continuidade à sondagem, com diâmetro de 4", até a profundidade definida pelo responsável técnico para a instalação do nível mais profundo do poço

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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No plano horizontal instalar poços de monitoramento a partir do poço onde foi

identificada a contaminação, conforme o modelo conceitual da área;

Caso o modelo conceitual da área justifique a delimitação da pluma de

contaminação no plano vertical, esta poderá ser realizada com a instalação de

poços multiniveis11. Quando assim definido, deverão ser instalados dois

conjuntos de poços multiníveis, localizados internamente aos limites da área de

interesse, dispostos no centro de massa da pluma de contaminação da pluma em

fase dissolvida, ou seja, onde forem verificadas as maiores concentrações das

substâncias químicas de interesse, considerando a direção do fluxo de água

subterrânea. A instalação de poços multiníveis externos aos limites da área de

interesse deve ser realizado quando a pluma de contaminação em fase dissolvida

ultrapassar os limites da área ou quando ocorrer fluxo vertical descendente.

O mapeamento horizontal deve ser realizado para cada SQI, onde o limite da

pluma será interpolado a ¾ da distância entre o ponto de amostragem que

apresentar concentração acima de VI e o ponto de amostragem que apresentar

concentração abaixo de VI;

Caso o modelo conceitual da área justifique a delimitação da pluma de

contaminação no plano vertical, esta deverá ser realizada para cada SQI, onde o

limite da pluma será interpolado na metade da distância entre a base da seção

filtrante do poço que apresente concentração abaixo do VI e a base da seção

filtrante do poço adjacente que apresente concentração da SQI acima de VI.

O mapeamento da fase dissolvida das SQI a partir dos poços de monitoramento que

apresentaram amostras de água subterrânea com concentrações acima dos PLA,

considerando uma estratégia conservadora de interpolação, pode ser feito da seguinte

forma:

No plano horizontal distribuir a localização dos poços de monitoramento a serem

instalados, partindo do poço onde foi identificado concentrações de SQI acima do

PLA, conforme o modelo conceitual da área e considerando as fontes primárias

de contaminação;

multinível. Deve-se então proceder à instalação do poço. Para aplicação desta metodologia não é recomendado trado manual.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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No plano vertical a delimitação da pluma de contaminação em profundidade

deverá ser realizada com a instalação de poços multiníveis, ou seja, com seções

filtrantes em diferentes profundidades e com comprimento máximo de 1 (um)

metro. Inicialmente deverão ser instalados conjuntos de poços multiníveis partindo

do centro de massa da pluma de contaminação seguindo ao longo do eixo

longitudinal de dispersão considerando a direção preferencial de fluxo da água

subterrânea. A partir dos limites externos limites externos da pluma de

contaminação mapeada no plano horizontal, deverão ser instalados conjuntos de

poços de monitoramento multiníveis para definição da profundidade da

contaminação nas bordas desta pluma. Onde forem quantificadas as maiores

concentrações das SQI dentro da pluma de contaminação mapeada no plano

horizontal, também deverão ser instalados conjuntos de poços multiníveis. A

quantidade de níveis de monitoramento dos conjuntos de poços multiníveis

deverá ser suficiente para mapear a contaminação no plano vertical, ou seja, o

ultimo nível sempre deverá apresentar concentrações das SQI abaixo do PLA

utilizado para o mapeamento.

Com base nos resultados analíticos laboratoriais das amostras de água subterrânea

obtidas seguindo os critérios de mapeamento acima, deverá ser considerado como limite

da ocorrência de fase dissolvida em planta o ponto interpolado a ¾ da distância entre o

ponto de amostragem que apresentar concentração acima do PLA escolhido para o

mapeamento e o poço de monitoramento que apresentar amostras com concentração

abaixo do PLA. Para o mapeamento de fase dissolvida na água subterrânea em plano

vertical, o ponto limite será interpolado na metade da distância entre a base da seção

filtrante do poço que apresente concentração abaixo do PLA e a base da seção filtrante

do poço adjacente que apresente concentração da SQI acima de PLA. A FIGURA 3

apresenta o modelo conceitual proposto para o mapeamento de fase dissolvida de

contaminação na água subterrânea.

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CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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FIGURA 3 – Modelo conceitual para o mapeamento de fase dissolvida na água

subterrânea

4.2.1.4.3. Fase Livre

Realizar o mapeamento da fase livre a partir dos poços de monitoramento onde foi verificada sua ocorrência, considerando os seguintes itens:

O mapeamento da fase livre deverá ser realizado por meio da instalação de poços de monitoramentos17 com seção plena, locados estrategicamente em função do

17 Todos os poços de monitoramento instalados na área da Base ou terminal para fins de GAC deverão estar de acordo com a Norma ABNT/NBR 15.495 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulares – Parte 1: Projeto e Construção e Parte 2: Desenvolvimento.

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CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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modelo conceitual da area, bem como dos resultados apresentados no ―Relatorio de Investigação Confirmatoria‖.

Os poços de monitoramento onde foram verificada presença de fase livre não devem ser desenvolvidos.

As medidas do nível de produto em fase livre, tomadas com o equipamento interface de óleo e água, representam a espessura aparente de fase livre sobrenadante ao aquífero local.

Será considerada película de produto em fase livre, espessura aparente menor ou igual a 5,00 milímetros.

A pluma de produto em fase livre será considerada delimitada horizontalmente quando se tiver poços de monitoramento instalados na borda da pluma, sem a ocorrência produto.

A delimitação da pluma em fase livre no plano horizontal será definida considerando a metade da distância entre o poço de monitoramento que apresentar presença de produto em fase livre e o poço de monitoramento onde for observada a ausência de fase livre.

O mapeamento de fase livre18 em plano vertical deverá ser apresentado em seções hidrogeológicas, onde o limite superior da pluma será referente a cota superior do nível de fase livre medido no poço de monitoramento e o limite inferior será a cota do nível de água local medido no poço de monitoramento.

Para esta etapa é necessária a apresentação dos seguintes itens:

Calculo do volume de produto em fase livre mapeado, considerando as espessuras aparente e real.

Calculo da espessura real de produto em fase livre, a partir da espessura aparente medida em área, por meio da formula empírica do método de Pastrovich:

dadottg /1

onde: tg – Espessura real de fase livre t – Espessura aparente do – Densidade do produto da – Densidade da água

18 A partir da confirmação da existência de fase livre é necessária a implementação de medidas emergenciais para remoção da substância em fase livre conforme os procedimentos técnicos aplicáveis.

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CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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4.2.1.5. Modelo Conceitual Detalhado

O Modelo Conceitual Detalhado deverá ser desenvolvido com base na compilação dos

dados obtidos nas etapas desenvolvidas até o momento, que atualizara e complementara

o modelo conceitual confirmatório. Este modelo dever conter informações quanto à

identificação das fontes primárias e secundárias de contaminação, dinâmica de

transporte, vias de exposição e potenciais receptores expostos a contaminação detectada

na área da Base ou terminal.

Após a atualização do modelo conceitual a área de interesse deverá ser gerenciada,

conforme apresentado na Figura 4:

Figura 4 – Fluxograma para Gerenciamento da Área de Interesse após Investigação Detalhada

A etapa de Investigação Detalhada deverá ter com base o Plano de Investigação

Detalhada que deverá contemplar a indicação dos locais escolhidos para investigação

com base no Modelo Conceitual Confirmatório (MCC), descrição detalhada das técnicas

de investigação ambiental de solo e água subterrânea, coleta de amostras para análise

química laboratorial e aquisição de dados de campo.

Os resultados das análises realizadas deverão ser comparados com os valores de

investigação para solo e água subterrânea estabelecidos pelo CONAMA 420, ou na que

vier substitui -la. Para substâncias não contempladas na tabela citada, deverão ser

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CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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utilizados os valores a serem indicados pelo <XX>, que se baseara em listas de valores

orientadores produzidas por entidades reconhecidas. Na definição do valor a ser adotado

para efeito de comparação das concentrações observadas nas amostras , devera ser

considerado o cenário de ocupação do solo mais restritivo existente na área e na

vizinhança.

Caso as concentrações observadas na área sejam superiores aos valores fixados pelo

CONAMA 420, o Responsável Legal dar início as etapas de Avaliação de Risco e Plano

de Intervenção. Caso estas concentrações sejam inferiores aos valores fixados pelo

CONAMA 420, a área deverá ser classificada com AP.

A area sera classificada como Área Contaminada em Processo de Remediação (ACRe)

caso seja constatada a presencia de produtos ou substâncias com reconhecido potencial

poluidor em fase livre, ou quando for constatada a presenca de substancias , condicoes

ou situacoes que , de acordo com parametros especificos, a critério do <XX>, possam

representar perigo.

O ―Relatorio de Investigacao Detalhada‖ devera ser conclusivo acerca do fechamento das

plumas de contaminação e caracterização dos hotspots de contaminação nos diferentes

compartimentos do meio físico, bem como caracterização detalhada das áreas fontes de

contaminação, dos tipos litológicos que ocorrem em subsuperfície e da hidrogeologia

local, bem como do Modelo Conceitual Detalhado (MCD) atualizado a partir do MCC. A

apresentação destas informações deverá seguir o descrito na ABNT/NBR 15.515-1: Parte

3.

4.2.2. Avaliação de Risco

Deverão ser executadas as seguintes tarefas para a Avaliação de Risco:

Desenvolvimento do Modelo Conceitual de Exposição (MCE);

Caracterização do Risco.

Na etapa de avaliação de risco a saúde humana, deverá ser avaliado o risco a partir da

comparação entre as Concentrações Máximas Aceitáveis (CMA) e as concentrações

obtidas nas amostras de solo e água subterrânea para cada SQI. As CMAs estão

sumarizadas nas Tabelas de Referencia do Anexo 2, que foram adotadas da DD

263/2009 CETESB e as revisões que venham a complementá-la ou substituí-la.

Conforme DD 263/2009 (CETESB, 2009), para avaliação do risco deverá ser adotado

valor inferior a 10-5 como risco aceitável à saúde para exposição a substâncias

carcinogênicas (RAC) e para as substâncias não carcinogênicas, serão considerados

aceitáveis valores iguais ou inferiores a 1 para o risco aceitável não carcinogênico

(RANC).

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CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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As tabelas de referência utilizam os Padrões Legais Aplicáveis (PLA) para cenários

relacionados a presenca de corpo d’agua superficial ou existencia de poco de

abastecimento, fonte, nascente, etc., que propicie a ingestão de água subterrânea, entre

os valores definidos para as SQIs existentes na Resolução CONAMA 357/2005 e Portaria

2914/11 do Ministério da Saúde.

O Modelo Conceitual de Exposição (MCE) deverá servir coma Base para utilização das

Tabelas de Referência, o qual deverá ser desenvolvido considerando a relação entre a

fonte primária, fonte secundária de contaminação, caminhos de exposição e os

receptores potencialmente expostos, onde os pontos de exposição (PDE) e as vias de

ingresso (ingestão, inalação e contato dérmico) devem ser identificados para cada

caminho de exposição. O MCE deverá ser elaborado com base na seqüência de passos

apresentada nos itens a seguir.

4.2.2.1. Cenários de Exposição

A elaboração dos cenários de exposição deverá representar todos os caminhos que

permitem a evolução do contaminante partindo da origem da contaminação (fonte de

contaminação) até chegar aos receptores potenciais. Os cenários de exposição são

divididos em cenários de exposição direta e cenários de exposição indireta.

Exposição Direta: quando o receptor está diretamente em contato com o compartimento do meio físico contaminado, ou com a fonte de contaminação.

Exposição Indireta: quando as SQIs atingem o receptor por meio de outros compartimentos do meio físico, que não estão contaminados, mas que poderá afetá-los em decorrência do transporte da SQI.

Os cenários de exposição devem ser sempre relacionados aos seguintes elementos:

a) Fonte de Contaminação;

b) Substância Química de Interesse (SQI);

c) Receptores Potenciais;

d) Ponto de Exposição (PDE);

e) Caminho de Exposição;

f) Via de Ingresso.

Estes elementos devem ser identificados e caracterizados para que um cenário de

exposição seja considerado completo. A caracterização de cada um desses elementos

servirá coma Base para identificação de eventos de exposição atuais e futuros

relacionados aa Base ou terminal. Caso um ou mais destes elementos estejam ausentes,

o cenário será incompleto e não será considerado na avaliação de risco.

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CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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4.2.2.1.1. Fonte de Contaminação

A fonte de contaminação (Área Fonte) esta relacionada a um determinado processo

operacional que ocasionou a origem da contaminação, liberando a SQI no meio físico.

A caracterização da fonte de contaminação deve permitir avaliar quais compartimentos

do meio físico podem ser impactados e como as SQIs chegarão aos receptores

potencialmente expostos. Cada área fonte compreende um ponto ou área onde ocorre ou

ocorreu à liberação da SQI para o meio físico.

Para esta etapa é necessária a identificação e relação das fontes de contaminação.

4.2.2.1.2. Substâncias Químicas de Interesse (SQI)

As substâncias químicas de interesse (SQI) que devem ser consideradas na Avaliação de

Risco a Saúde Humana são todas aquelas identificadas nas amostras de solo e água

subterrânea em concentrações superiores aos VIs.

A SQI será selecionada desde que ocorra pelo menos em uma única vez em

concentração superior ao VI adotado. Para esta etapa deve ser relacionadas às SQIs

consideradas na avaliação de risco.

4.2.2.1.3. Receptores Potenciais

A identificação de receptores potenciais a serem considerados na avaliação de risco visa

a representar indivíduos humanos expostos as SQIs, considerando situações atuais e

futuras de exposição, sendo classificados em:

Receptores Residenciais: todo residente que possa estar potencialmente

exposto direta ou indiretamente às SQIs identificadas nos compartimentos do meio físico, localizados na área investigada ou em suas proximidades.

Receptores Trabalhadores (Comercial/Industrial): todo funcionário que

possa estar potencialmente exposto direta ou indiretamente às SQIs identificadas nos compartimentos do meio físico, localizados na área investigada ou em suas proximidades.

Para esta etapa devem ser relacionados os receptores potenciais consideradas na

avaliação de risco.

4.2.2.1.4. Pontos de Exposição (PDE)

Os pontos de exposição (PDE) são pontos onde ocorre a exposição do receptor à SQI. Os PDEs devem ser identificados para cada compartimento do meio físico impactado ou

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CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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potencialmente impactado, considerando os cenários atuais e futuros de uso e ocupação do solo.

Os seguintes compartimentos devem ser considerados para a identificação de PDEs:

Água Subterrânea: se ocorrer a utilização de poços e nascentes para

abastecimento municipal, industrial, doméstico e agrícola, bem como para atividades recreacionais.

Solo: se ocorrer contato com as SQIs presentes no solo superficial e

subsuperficial.

Água superficial: se ocorrer sua utilização para abastecimento municipal, industrial, doméstico e agrícola, bem como para atividades recreacionais e de pesca.

Ar: na ocorrência de cenários de exposição em ambientes abertos e espaços

fechados contemplando todos os potenciais receptores.

Para esta etapa devem ser relacionados os PDEs considerados na avaliação de risco.

4.2.2.1.5. Caminhos de Exposição

Um caminho de exposição descreve o curso de uma SQI, desde a área fonte até o receptor, no ponto de exposição (PDE). São considerados caminhos de exposição às seguintes situações:

Emissão de vapores e partículas a partir do solo superficial;

Lixiviação do solo para água subterrânea;

Transporte em meio saturado de água subterrânea contaminada;

Transporte em meio não saturado de vapores a partir do solo subsuperficial;

Transporte em meio não saturado de vapores a partir da água subterrânea;

As seguintes informações deverão ser consideradas na análise dos caminhos de exposição:

Os compartimentos do meio físico que estão impactados (ar, água e solo);

Os mecanismos de transporte das SQIs desde a área fonte até os PDEs;

A localização dos PDEs;

Os receptores potencialmente expostos.

Para esta etapa devem ser relacionados os caminhos de exposição considerados na avaliação de risco.

4.2.2.1.6. Vias de Ingresso

Os potenciais receptores identificados podem entrar em contato com as SQIs por meio de determinadas vias de ingresso, que são:

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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Ingestão de contaminantes presentes na água subterrânea, água superficial, solo.

Inalação de contaminantes presentes no ar, incluindo vapores emitidos a partir da água subterrânea, água superficial, solo superficial e solo subsuperficial.

Contato dérmico com contaminantes presentes na água subterrânea, água superficial e solo.

Para esta etapa devem ser relacionadas às vias de ingresso consideradas na avaliação de risco.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

ELABORAÇÃO REVISÃO DATA PÁGINA

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52

4.2.2.2. Modelo Conceitual de Exposição (MCE)

O Modelo Conceitual de Exposição (MCE) deverá ser elaborado, objetivando a apresentação de uma síntese das informações relativas à área de interesse, incluindo a localização da contaminação, o transporte e distribuição das SQIs desde as fontes primárias até os PDE e a relação com a exposição dos receptores existentes, representando o conjunto de cenários de exposição presentes na área de interesse. O MCE deverá ser desenvolvido para a área de interesse considerando suas características específicas.

A consolidação do MCE deverá ser apresentada por meio de fluxograma ou texto explicativo.

4.2.2.3. Caracterização do Risco

Realizar a interpretação do risco a saúde humana de acordo com o MCE elaborado para a área de interesse, a partir das Tabelas de Referência (CETESB, 2009) apresentas no Anexo 2.

Para o cumprimento desta etapa deve-se:

Definir o Modelo Conceitual de Exposição (MCE);

Identificar e quantificar as Concentrações Máximas Aceitáveis no Ponto de Exposição (CMAs-POE). As CMAs-POE são referentes aos receptores que estão sobre a pluma de contaminação, bem como aqueles distantes até 10 metros do limite da pluma (CETESB, 2009);

Identificar e quantificar as Concentrações Máximas Aceitáveis no Hot-Spot (CMAs-HS) para cada SQI. As CMAs–HS são referentes aos receptores localizados fora dos limites da pluma de contaminação (11 a 100metros), os quais estão expostos a influência ocasionada pelas máximas concentrações de cada SQI (CETESB, 2009);

Para quantificar o risco deve-se utilizar o quadro comparativo SQIs x CMAs/PLAs, apresentadas no Anexo 3, que levará as duas situações:

1) Situação de Risco

Quando para cada SQI cujas concentrações determinadas no solo ou na água subterrânea tenham ultrapassado pelo menos uma das CMAs ou PLAs em função do cenário de exposição avaliado, o risco a saúde humana será efetivo para determinado receptor ou para todos receptores.

Neste caso a área será classificada como Área Contaminada sob Intervenção (ACI) e o próximo passo será definir a medida de intervenção a ser adotada, considerando as seguintes etapas:

Elaborar mapa de risco para cada SQI cujas concentrações determinadas no solo ou na água subterrânea tenham ultrapassado pelo menos uma das

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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CMAs–POE ou PLAs, apresentando as curvas de isoconcentração correspondentes as CMAs–POE e PLAs que foram superadas;

Para os cenários de exposição à inalação de vapores provenientes do solo e da água subterrânea, ampliar em 10 metros os limites da curva de isoconcentração da CMA–POE.

No caso da existência de pluma de fase livre será necessário o preenchimento do quadro de intervenção e elaboração de mapa de risco para todas as SQIs (BTEX e PAHs).

Os limites da pluma em fase livre, estabelecidos conforme item 2.4.1, deverão ser utilizados para representar os limites da área onde as concentrações das SQIs não identificadas em fase dissolvida superam os valores das CMAs–POE ou PLAs nos mapas de risco.

Deverá ser recomendada a restrição ao uso da água subterrânea, quando a CMA ou PLA relacionada ao cenário de ingestão de água subterrânea for superada, ainda que não tenha sido caracterizada a utilização da mesma. Entretanto, caso se tenha identificado na área a existência poço de abastecimento público, nascente e rio classe I, deve-se promover o tratamento da água subterrânea até níveis aceitáveis.

2) Situação de Não Risco

Se todos os valores de concentração das SQIs obtidas no solo e na água subterrânea forem iguais ou menores que as CMAs–POE ou PLAs para todos os cenários de exposição avaliados, os potenciais receptores não estarão sob situação de risco.

Neste caso a área será classificada diretamente como Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação (AMR).

A necessidade de adoção de medidas de intervenção será definida com base no preenchimento do Quadro de Intervenção apresentado no Anexo 4, seguindo as premissas:

Verificar se há receptor posicionado sobre os mapas de risco (solo e água subterrânea). Em caso positivo, deverá ser indicada a necessidade de implantação de medida de intervenção, marcando no quadro de intervenção S (sim) no campo ―Intervencao POE‖, ou N (não) caso contrário, considerando as seguintes opções:

a) receptores residenciais (R), b) receptores comerciais (C),

c) poço de abastecimento de água, nascentes ou fontes de água (P) d) água superficial (A sup).

Verificar se há receptor posicionado fora das plumas de contaminação na água subterrânea, que possam futuramente estar expostos ao risco. Em caso positivo

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE

INTERVENÇÃO

Situação de Risco

NÃO SIM

AMR Área Monitorada para Reabilitação

MONITORAMENTO

Concentrações das SQIs abaixo de CMA ou PLA

ACI Área Contaminada

sob Intervenção

INTERVENÇÃO

NÃO SIM

AR

Área Reabilitada

indicar no campo “Hot Spot” do quadro de intervenção, a concentração da SQI determinada no hot spot, o ponto de amostragem onde a concentração foi detectada e a distância entre este e o receptor.

Caso exista fase livre, indicar ―FL‖ (fase livre) no campo ―concentracao‖ e sera necessário o preenchimento do quadro de intervenção para todas as SQIs.

Caso seja indicada a necessidade de adoção de medidas de intervenção, deverá ser indicado o tipo de intervenção a ser aplicado no respectivo campo do quadro de intervenção, dentre as seguintes opções

a) MR (medida de remediação);

b) MCI (medida de controle institucional);

c) MCE (medida de controle de engenharia).

Neste momento deverá ser elaborado para a área de interesse um plano de intervenção visando ao gerenciamento do risco.

4.3. Plano de Intervenção e Gerenciamento Ambiental

O Gerenciamento Ambiental com base no risco servirá de instrumento para orientar as ações que deverão ser adotadas visando à utilização segura da área da Base ou terminal, considerando a classificação realizada ao fim da etapa de Avaliação de Risco a Saúde Humana. A Figura 5 apresenta o fluxograma de classificação.

O plano de intervenção e gerenciamento ambiental com base no risco deverá ser viabilizado pelo responsável legal da área, com base na aplicação das melhores técnicas, definidas pelo responsável técnico, para o gerenciamento da CMA ou PLA.

Figura 5 – Fluxograma de Plano de Gerenciamento de Intervenção

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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4.3.1. Medidas de Intervenção

A adoção de medida de intervenção deverá considerar a proteção dos receptores presentes sobre a fonte de contaminação, bem como os receptores fora da fonte de contaminação, mas que estejam potencialmente expostos por influência da mesma.

Dentre as ações de intervenção podem ser adotadas uma ou mais das seguintes alternativas:

Medidas de remediação (MR);

Medidas de controle institucional (MI);

Medidas de controle de engenharia (ME);

Monitoramento para reabilitação (AMR).

Quando as CMAs e PLAs forem atingidas pelas MR, esta deverá ser desmobilizada e a área passará a ser classificada como área em processo de monitoramento para reabilitação (AMR), sendo iniciado o monitoramento para encerramento.

Caso o processo de gerenciamento esteja em sua fase final, com o desenvolvimento do monitoramento para encerramento e se verifique a ocorrência de concentrações acima das CMAs e PLAs estabelecidas para a área, deverão ser implementadas as intervenções cabíveis a fim de gerenciar o risco, podendo ainda ser ampliado o período do monitoramento para encerramento, de acordo com o exposto no item 4.3.1.4.

Na eventualidade de um poço de monitoramento passar a integrar o sistema de remediação, a sua utilização como poço de amostragem para monitoramento, será definido pelo responsável técnico.

Para o cumprimento desta etapa é necessária a apresentação dos seguintes itens:

Texto com o objetivo e o escopo das medidas de intervenção definidas para serem implementadas na área;

Definição da periodicidade dos monitoramentos de performance para verificar a eficiência da técnica implementada, independentemente da intervenção a ser empregada;

Cronograma de execução das atividades do plano de intervenção;

Indicar no Quadro de Intervenção o tipo de intervenção a ser aplicado.

O Responsável Legal não deverá aguardar por uma aprovação do órgão ambiental competente para implementar o plano de intervenção.

4.3.1.1. Medida de Remediação (MR)

Quando definida a necessidade das medidas de remediação (MR), deverá ser apresentado em texto, a justificativa para a escolha da técnica de remediação a ser

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

ELABORAÇÃO REVISÃO DATA PÁGINA

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implementada na Base ou terminal, podendo vir a ser aplicável uma ou mais técnicas de remediação, em função das características do meio físico e da contaminação identificada.

Independentemente da técnica de remediação escolhida para a área, estas devem ser implantadas obrigatoriamente nos hot spots, podendo ser empregadas:

Técnicas para tratamento ou descontaminação da área;

Técnicas para contenção ou isolamento do contaminante, entres outras.

Para o cumprimento desta etapa é necessária a apresentação dos seguintes itens:

Texto explicativo sobre a realização ensaios pilotos e de bancada, quando aplicável;

Descrição da(s) técnica(s) de remediação selecionada(s), incluindo a justificativa para sua escolha;

Mapa com a área de influência da MR a ser implementada;

Mapa com a definição de pontos de conformidade (PCs), para acompanhamento da evolução das concentrações próximas ao receptor, considerando a instalação de um PC sobre o hot spot, quando os receptores

ali estiverem localizados ou imediatamente a montante do primeiro receptor, caso os receptores estejam situados fora do hot spot.

4.3.1.2. Medida de Controle Institucional (MI)

As medidas de controle institucional (MI) poderão ser implementadas em substituição ou em conjunto às Medidas de Remediçao (MR), quando for identificada a necessidade de impedir ou reduzir a exposição de um receptor aos contaminantes presentes na área.

Dentre as medidas para controle institucional podem ser consideradas:

Restrição ao uso de água subterrânea;

Restrição ao uso de água superficial;

Restrição ao consumo de alimentos;

Restrição ao uso de edificações, dentre outras.

Para a definição da área de restrição, considerar a distância entre o hot spot e o limite da área onde a CMA–POE ou PLA foi ultrapassada. Quando o limite a jusante do hot spot, for menor que 100 metros, a área de restrição deverá ser expandida, de acordo com os seguintes itens:

Verificar a concentração da SQI no hot spot indicada no quadro de

intervenção;

Verificar na tabela de CMAs (POE e HS), no cenário de exposição de ingestão de água subterrânea, qual é o primeiro intervalo de distâncias no qual a concentração da SQI no hot spot é menor que a concentração da CMA–HS;

Expandir os limites da área de restrição a jusante da área onde a CMA–POE ou PLA foi ultrapassada, a partir do hot spot até a maior distância do

intervalo correspondente ao item anterior ou ate encontrar um corpo d’agua superficial, se este estiver dentro da referida distância.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

ELABORAÇÃO REVISÃO DATA PÁGINA

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A definição da área de restrição de uso de água subterrânea deverá se basear na SQI que gerou a maior pluma de contaminação em fase dissolvida.

Para o cumprimento desta etapa é necessária a apresentação dos seguintes itens:

Texto informando sobre a recomendação da implementação da restrição;

Mapa com a representação da área de restrição, em forma de retângulo ou um trapézio, em cujos vértices devem ser apresentadas as coordenadas geográficas UTM.

4.3.1.3. Medida de Controle de Engenharia (ME)

O emprego de Medidas de Controle de Engenharia (ME) tem como objetivo a interrupção da exposição dos receptores aos contaminantes presentes na área, por intermédio de técnicas usualmente empregadas no setor da construção civil. Podendo vir a ser empregadas em complemento ou substituição à técnica de remediação.

Dentre as medidas para controle de engenharia podem ser consideradas:

Impermeabilização da superfície do solo, de modo a evitar o contato de receptores com o meio contaminado.

Utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI), em casos de escavação e remoção do solo.

Quando da implementação de medidas de controle de engenharia, o Representante Legal deverá assegurar sua manutenção enquanto necessária.

4.3.1.4. Plano de Monitoramento para Encerramento

O plano de monitoramento para encerramento deve ser empregado após se verificar que as concentrações das SQIs são inferiores às CMA ou PLAs definidas para a área.

Para o cumprimento desta etapa devem ser realizados os seguintes itens:

Definição de cronograma de amostragem para monitoramento, com periodicidade semestral, coincidentes com os períodos de maior e menor elevação do nível d’agua subterranea, durante pelo menos 02 (dois) anos;

Definição do plano de amostragem, relacionando o meio físico de interesse que será amostrado e as SQIs a serem analisadas;

Ao fim de cada campanha de amostragem deve ser emitido relatório, contendo, texto, mapas e tabelas com os resultados das campanhas de monitoramento para encerramento, comparados com a CMA e PLA definidas para área de interesse.

Nas campanhas de monitoramento para encerramento deve-se verificar se as plumas de contaminação estão fechadas, considerando o VI para cada SQI.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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Se durante as campanhas de monitoramento forem observadas concentrações das SQIs em valor superior ao CMA ou PLA, deve-se verificar se essa concentração é:

Superior em até 50% da CMA e PLA. Caso isto ocorra, realizar uma campanha adicional de amostragem, onde a concentração máxima deve ser inferior ao CMA ou PLA, para considerar o encerramento do monitoramento.

Superior a 50% da CMA e PLA. Caso isso ocorra, devem-se rever as medidas de intervenção aplicável a fim de gerenciar o risco na área de interesse.

.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

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5. ENCERRAMENTO DE GAC EM BASES E TERMINAIS

O encerramento do processo de gerenciamento ambiental deve ser considerado, quando se observar a manutenção das concentrações abaixo das CMAs e PLAs, durante o monitoramento para encerramento.

Neste caso, a área deve ser classificada como Área Reabilitada para o Uso Proposto (AR), devendo o Responsável Legal solicitar ao órgão ambiental competente a emissão do Termo de Reabilitação.

A comprovação técnica da reabilitação da área deverá ser demonstrada, por meio da evolução do decaimento das concentrações ao longo do processo de monitoramento, reportadas em ―Relatório para Encerramento de GAC‖.

Para o cumprimento desta etapa devem ser apresentados os seguintes itens:

Tabelas e Gráficos com o comparativo histórico entre os resultados analíticos obtidos em todas as etapas desenvolvidas, comparadas com as CMAs e PLAs estabelecidas para a área;

Texto sobre a evolução do decaimento das concentrações, justificando o pedido para encerramento do processo de gerenciamento.

O órgão ambiental responsável deverá avaliar o pedido de encerramento de GAC e emitir o Termo de Reabilitação.

Após a obtenção do Termo de Reabilitação, o Responsável Legal poderá realizar a

averbação do conteúdo deste Termo na matrícula do imóvel, o qual deverá ser emitido até 90 dias após o protocolo do ultimo relatório de monitoramento para encerramento.

Tendo sido emitido o termo de reabilitação da área os poços utilizados no monitoramento e na remediação deverão ser obturados com calda de cimento ou bentonita umedecida.

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

ELABORAÇÃO REVISÃO DATA PÁGINA

DEZ/2015 00 00 60

60

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). 1986. NBR 9603.

Sondagem a Trado: Procedimento (Set/86).

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). 2007. NBR 15492.

Sondagem de reconhecimento para fins de qualidade ambiental – Procedimento (Jun/07).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). 2007. NBR 15495-1.

Poços de Monitoramento de Águas Subterrâneas em Aqüíferos Granulares – Parte 1:

Projeto e Construção (Jun/07).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). 2008. NBR 15495-2.

Poços de Monitoramento de Águas Subterrâneas em Aquíferos Granulares – Parte 2:

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

ELABORAÇÃO REVISÃO DATA PÁGINA

DEZ/2015 00 00 61

61

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

ELABORAÇÃO REVISÃO DATA PÁGINA

DEZ/2015 00 00 62

62

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

ELABORAÇÃO REVISÃO DATA PÁGINA

DEZ/2015 00 00 63

63

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1. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE ÁREAS

CONTAMINADAS PARA BASES E TERMINAIS

ELABORAÇÃO REVISÃO DATA PÁGINA

DEZ/2015 00 00 64

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ANEXO 1 – DECLARAÇÕES

Ocorrência De Fase Livre

O NOME DO EMPREENDIMENTO, em conjunto com NOME DO RESPONSAVEL

TÉCNICO vem declarar a ocorrência de produto em fase livre identificada em sua área,

durante a investigação de passivo ambiental.

O produto foi identificado nos poços de monitoramento (relacionar poços), com

espessuras de (relacionar espessuras) e aspecto de (informar tipo de produto).

Informamos que será realizado o detalhamento da investigação desta ocorrência, bem

como elaborado um plano de intervenção para extração do produto e recuperação da

área a ser apresentado em um prazo de (especificar prazo) dias.

Assinatura do Responsável Legal

Assinatura do Responsável Técnico