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  • 7/28/2019 Procedimento Seleccao de Epi

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    Procedimento Seleco de EPIs

    1. Procedimento de Seleco de Equipamentos de Proteco Individual1.1. ObjectivoDefinir o modo de actuao para que, na sequncia da avaliao dos riscosassociados s actividades e processos, se proceda:

    seleco criteriosa dos equipamentos de proteco individual (EPIs) em funodos riscos avaliados; escolha dos EPIs com as caractersticas tcnicas mais ajustadas s

    especificidades das condies de exposio dos trabalhadores aos riscos.

    1.2. mbitoEste procedimento abrange todas as actividades e processos realizados naOrganizao, ou pelas partes interessadas que realizem qualquer actividade cujaavaliao de riscos determine a utilizao de EPI.Agentes activos: servio de SHT, chefias, trabalhadores, subcontratados.

    1.3. Definio dos Termos UtilizadosPerigo Fonte ou situao com potencial para o dano, em termos de leses ou

    ferimentos para o corpo humano ou danos para a sade, perdas para o patrimnio,para o ambiente do local de trabalho, ou uma combinao destes.

    Risco - Combinao da probabilidade e da(s) consequncia(s) da ocorrncia deum determinado acontecimento perigoso. O risco , por definio, o produto daprobabilidade de uma ocorrncia pela severidade (consequncias provocadas pelaocorrncia).

    Equipamento de Proteco Individual Todo o equipamento, bem comoqualquer complemento ou acessrio, destinado a ser utilizado pelo trabalhador parase proteger dos riscos para a sua segurana e sade (Decreto-Lei n, 348/93, de 1de Outubro);A definio anterior no abrange:

    Vesturio vulgar de trabalho e uniformes no destinados proteco da seguranae da sade do trabalhador;

    Equipamentos de servios de socorro e salvamento; Equipamentos de proteco individual dos militares, polcias e pessoas dos servios

    de manuteno da ordem; Equipamentos de proteco individual utilizados nos meios de transporte

    rodovirios; Material de desporto; Material de autodefesa ou dissuaso; Aparelhos portteis para deteco e sinalizao de riscos e factores nocivos.

    1.4. Abreviaturas

    EPI Equipamento de Proteco Individual.1.5. Documentos relacionados

    Guia de seleco de calado de segurana; Guia de seleco de luvas; Exemplo

    1.6. Referncias normativasUtilizao de EPIs:Decreto-lei n. 348/93, de 01 de Outubro: Regime geral relativo s prescries

    mnimas de segurana e de sade para a utilizao pelos trabalhadores deequipamento de proteco individual no trabalho;

    Portaria n. 988/93 de 06 de Outubro: Normas relativas seleco de

    equipamento de proteco individual;Fabrico e comercializao de EPIs:Decreto-lei n. 128/93, de 22 de Abril: Regime relativo ao fabrico e

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    comercializao dos equipamentos de proteco individual;Portaria n. 1131/93, de 04 de Novembro: Normas relativas s exigncias

    tcnicas essenciais de segurana a observar pelos equipamentos deproteco individual;

    Portaria n. 109/96, de 10 de Abril: Altera os anexos I, II, IV e V da Portaria n.1131/93, de 4 de Novembro;

    Portaria 695/97, de 19/08: Altera os anexos I e V da Portaria n. 1131/93, de 4de Novembro;Despacho n. 13 495/2005 (2 srie) de 20 de Junho: Lista das normas

    harmonizadas no mbito da aplicao da Directiva n. 89/686/CEE, relativa aequipamentos de proteco individual.

    1.7. Modo OperativoFLUXOGRAMA DESCRIO DA ACTIVIDADE

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    1 Identificao do PerigoQualquer organizao que identifique um perigo, dever proceder deimediato a uma avaliao de riscos, a qual dever apontar medidasde eliminao do risco ou, se tal no for possvel, medidas decontrolo dos riscos e de proteco dos trabalhadores, entre as quais

    podero figurar tcnicas de Proteco Individual;

    2 Risco residualQuando as medidas de proteco colectiva no se revelamtotalmente eficazes, significa que ainda persiste um determinadorisco residual, que dever ser minimizado atravs da protecoindividual;

    3 Seleco do EPIDeve-se ter ateno o ambiente de trabalho, para apurar as

    caractersticas a que os mesmos equipamentos devem obedecer.

    4 Aquisio do EPIFaz-se a aquisio do equipamento, verificando-se se ascaractersticas dos mesmos satisfazem os requisitos da Normaaplicvel.

    5 FormaoDever obrigatoriamente ser dada formao ao trabalhador antes dese proceder distribuio do EPI.

    6 Distribuio do EPIProceder distribuio e/ou reposio do EPI ao trabalhador,garantindo o registo do equipamento entregue e a assinatura dadeclarao de recepo respectiva.

    7 SinalizaoSinalizar correctamente os locais onde existem riscos que obriguemao uso de EPI.

    8 Verificao e ControloAtravs de Inspeces formais e informais ao local de trabalho,garantir que o EPI utilizado, mantido regularmente limpo earmazenado no fim da sua utilizao.

    9 - Desempenho Reforo positivo/negativo

    A organizao poder estabelecer prmios que incentivem autilizao do EPI, bem como sanes disciplinares para a violaoconsecutiva do dever de uso de tais equipamentos.

    2 Risco Residual

    7 Sinalizao

    3 Seleco do EPI

    4 Aquisio do EPI

    5 Formao do

    Trabalhador

    6 Distribuio do EPI

    1 Identificaodo Perigo

    8 Verificao e

    Controlo

    9 Desempenho

    Reforo

    Positivo/Negativo

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    Identificao do perigo:A identificao de fonte ou situao com potencial para o dano, em termos de

    leses ou ferimentos para o corpo humano ou danos para a sade, perdas para o

    patrimnio, para o ambiente do local de trabalho, ou que seja uma combinaodestes factores. Risco residual:Para combater os riscos de acidente e de doena profissional, devero ser aplicadasprioritariamente medidas tcnicas e organizativas destinadas a eliminar os riscosou, no sendo tal possvel, a proceder ao seu controlo. Se tais medidas no foremcompletamente eficazes ou tecnicamente possveis, devem definir-se os meios deproteco dos trabalhadores, priorizando-se as medidas de proteco colectivasobre as medidas de proteco individual.As abordagens preventivas referidas podem, assim, ser apresentados atravs doesquema seguinte:

    1 - Eliminao do Risco

    2 - Isolamento do Risco

    3 - Isolamento doTrabalhador (Protecocolectiva)

    4 - Proteco doTrabalhador (ProtecoIndividual)

    b)Seleco do EPIAconselha-se a utilizao de uma lista de controlo tipo check-listque analise os

    possveis factores de risco para cada situao, no se focando apenas na tarefamas tambm no ambiente de trabalho, para apurar as caractersticas a que osmesmos equipamentos devem obedecer.

    Esta lista varia de acordo com os diferentes EPIs, j que os riscos a proteger

    sero sempre diferentes.A utilizao de um equipamento ou de uma combinao de EPIs, embora proteja

    o trabalhador, tambm contempla alguns problemas. Por isso mesmo, na hora deescolher o EPI apropriado, no s h que ter em conta o nvel de segurananecessrio, mas tambm a comodidade de quem o vai utilizar.

    A seleco dever basear-se no estudo e avaliao dos riscos presentes no localde trabalho. Este estudo deve considerar a durao da exposio, a caractersticado risco, a sua frequncia e gravidade, as condies existentes no trabalho e o seuambiente, o tipo de danos possveis para o trabalhador e a sua constituio fsica.

    A seleco de EPIs nem sempre fcil, devido sobretudo s limitaes tcnicasdos equipamentos face multiplicidade de riscos presentes no mesmo local detrabalho. As queixas de alguns trabalhadores relativamente ao conforto nautilizao dos equipamentos devem-se ainda ao facto de os equipamentos,enquanto elemento estranho ao homem, provocarem sensaes desagradveis,

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    sobretudo se no forem minimamente tidos em considerao na seleco eaquisio os nmeros e tamanhos utilizados pelos operadores.

    c)Aquisio do EPICom base na lista de controlo e seleco de EPIs faz-se a aquisio do

    equipamento, devendo verificar-se se as caractersticas dos mesmos satisfazem os

    requisitos da norma aplicvel. Em particular, deve controlar-se se cumprem osrequisitos seguintes: Marcao CE; Declarao de conformidade do fabricante, comprovativa da conformidade do

    equipamento com as exigncias de segurana legalmente estipuladas para o seufabrico e comercializao;

    Manual de instrues, normalmente sob a forma de folheto informativo.

    d) FormaoAntes de se proceder distribuio do equipamento dever proceder-se

    formao do trabalhador em matria de utilizao do EPI em causa. Aproveita-seesta oportunidade para se assumir e concretizar o direito que assiste ao trabalhadorde ser consultado a propsito desta matria.

    A estruturao da formao dever contemplar os requisitos seguintes: Natureza das actividades a desenvolver; Riscos associados a essas actividades; Medidas preventivas estabelecidas e consequncias provveis da sua no

    implementao efectiva; Equipamento de proteco individual a usar: tipo de equipamento, natureza dos

    riscos que protege; modo de utilizao; cuidados a observar na higienizao,armazenamento e substituio de componentes;

    Medidas de controlo e verificao aplicveis; Possveis medidas de controlo de desempenho (reforo positivo/negativo).

    e) Distribuio do EquipamentoS se consideram aptos para uso os equipamentos de proteco individual que seencontrem em perfeitas condies e possam assegurar plenamente a funoprotectora prevista.

    Durao mdia do Equipamento de Proteco Individual

    Equipamento de Proteco IndividualDuraoprevista

    Capacete 3 anosBotas de proteco com palmilha e biqueira deao

    6 - 12 meses

    culos de proteco contra impactos 1 anoProtectores auriculares d 3 anosProtectores auriculares descartveis VarivelMscara de filtros fsicos VarivelMscara de filtros para gases VarivelLuvas de proteco mecnica VarivelBon 1 anoT-shirt 1 anoColete 3 anosFato impermevel simples 3 anos

    Colete retro reflector 3 anos

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    Sinalizao do Uso Obrigatrio de Equipamento de Proteco Individual

    Obrigatrio usarculos de

    proteco

    Obrigatrio usar

    capacete de

    proteco

    Obrigatrio usarprotector de ouvidos

    Obrigatrio usarmscara deproteco

    Obrigatrio usar

    calado deproteco

    Obrigatrio usarluvas de proteco

    Obrigatrio usarroupa deproteco

    Obrigatrio usar

    viseira de protecoObrigatrio usar protecoindividual contra quedas

    Cor de segurana (fundo) azul. Smbolo - Branco

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    2. Guias de Seleco de EPIs

    2.1. Guia de Seleco de Calado de Proteco2.1.1. Exposio ao RiscoNo local de trabalho os ps do trabalhador e o corpo inteiro podem encontrar-seexpostos a riscos de natureza diversa, os quais podem agrupar-se em trs grupos,segundo a sua forma de actuao:

    Leses nos ps produzidas por aces externas: Riscos trmicos (frio, calor, salpicaduras de metal fundido, etc.); Riscos qumicos (p, lquidos corrosivos, txicos ou irritantes, etc.); Riscos mecnicos (choque, esmagamento, entalamento, perfurao, picadas); Riscos para as pessoas por uma aco sobre a pele: Riscos de queda por escorregamento; Riscos elctricos (contactos com condutores em tenso, descargas

    electrostticas, etc.); Riscos derivados de radiaes, contaminao, etc.; Riscos para a sade ou doenas relacionadas com o uso do calado: M adaptao da pele, penetrao de humidade, falta de flexibilidade,

    transpirao; Riscos biolgicos (alergias, irritaes, desenvolvimento de germens

    patolgicos); Outros riscos relacionados com projeces, luxaes.

    2.1.2. Definio, Tipologia e Classificao

    Calado ProfissionalPor calado de uso profissional entende-se qualquer tipo de calado destinado aoferecer proteco contra os riscos derivados da realizao de uma actividadeprofissional.

    Segundo o nvel de proteco oferecido, o calado de uso profissional podeclassificar-se nas seguintes categorias:

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    - Calado de Trabalho: um calado de uso profissional que noproporciona proteco na parte dos dedos (no utilizada biqueira de ao); Calado de Proteco: um calado de uso profissional que proporcionaproteco na parte dos dedos. Incorpora testeira (biqueira) de segurana quegarante uma proteco suficiente perante um impacto, com uma energiaequivalente a 100 J no momento do choque e perante a compresso esttica

    (esmagamento) de uma carga de 10 KN; Calado de Segurana: calado de uso profissional que proporcionaproteco na parte dos dedos. Incorpora testeira (biqueira) de segurana quegarante uma proteco suficiente perante um impacto, com uma energiaequivalente a 200 J no momento do choque e perante a compresso esttica(esmagamento) de uma carga de 15 KN; Calado Condutor: calado de uso profissional, para quando for necessriominimizar a acumulao de electricidade electrosttica, por exemplo aquandodo manuseamento de explosivos em que exista o risco de choque elctrico comqualquer aparelho. O calado em estado novo tem como limite superior deresistncia 100 k; Calado Anti-esttico: calado de uso profissional, para quando fornecessrio minimizar a acumulao de electricidade electrosttica, evitando

    assim o risco de ignio por fasca de substncias inflamveis, ou quando orisco de choque elctrico provocado por aparelhos no possa sercompletamente eliminado. Resistncia elctrica entre 100 k e 1000 k.

    Os diferentes tipos de calado (trabalho, proteco e segurana) so classificadoscomo de tipo I ou II em funo do tipo de material e processo de fabrico.Os do tipo I so constitudos por materiais que no sejam de borracha natural(vulcanizado) ou de polmeros (moldados), e os de tipo II para os restantesmateriais.

    Quanto ao objectivo de proteco, podemos classificar o calado do seguintemodo:Classificao Objectivo de ProtecoSapato Resguardar o p abaixo do artelhoBota Resguardar o p e parte da perna ao nvel do artelhoBotim Resguardar o p e parte da perna acima do artelho

    Destacam-se como componentes do calado de segurana, os seguinteselementos:Biqueira deproteco

    Pea incorporada no calado para garantir proteco mecnica dazona dos dedos;

    Contraforte Reforo interior na zona do calcanhar;

    Gspea Pea dianteira do corte (parte do calado acima da sola) que cobre aparte dorsal do p;

    Sola ou solado Conjunto de peas que constituem a parte inferior do calado e que seinterpe entre p e o solo;Palmilha deproteco

    Pea incorporada na sola para eliminar a aco agressiva deelementos perfurantes;

    Rasto anti-derrapante

    Parte da sola que, pela sua construo ou pela natureza do materialempregado, possui aderncia especial ao solo;

    Talo ou cano Parte do corte adjacente gspea, que se desenvolve no sentidovertical e que em funo da altura e tamanho define quatro tipos decalado designado por A, B, C e D (EN 344:1992);

    Taco Pea saliente da zona do calcanhar em contacto com o solo,eventualmente integrada na sola, estando colocada por baixo docontraforte.

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    2.1.3. Garantia de conformidade (CE)Devero ser ostentadas nestes EPIs as seguintes marcaes:

    Marca CE; Nmero da Norma Europeia; Marca ou identificao do fabricante; Nome ou referncia do modelo;

    Data de fabrico (pelo menos trimestre e ano); Smbolos adicionais.

    2.1.4. Especificaes tcnicasCategorias de calado de trabalho, proteco e seguranaCategorias ExignciasTrabalho Proteco Seguran

    aBsicas Adicionais

    - PB SB I ou II(*)

    -

    O1 P1 S1 I Resistncia elctrica anti-esttica e absoro deenergia do taco (**)

    O2 P2 S2 I Como O1, P1 ou S1, mais penetrao de guaO3 P3 S3 I Como O2, P2 ou S2, mais resistncia

    perfurao total da sola e anti-derrapanteO4 P4 S4 II Resistncia elctrica anti-esttica e absoro de

    energia do taco (**)O5 P5 S5 II Como O4, P4 ou S4, mais resistncia

    perfurao total da sola e anti-derrapante* S para calado de proteco e segurana.** Para calado de trabalho considerar tambm resistncia ao petrleo e derivados.SB Segurana bsica necessria para estar de acordo com a EN 345.S1 Segurana bsica + anti-esttico + absoro de energia.S2 S1 + Penetrao e absoro gua.S3 S2 + Palmilha anti-perfurao.

    CI (Cold insulation) Isolamento ao frio.HRO (Heat Resistant Outsole) Sola resistente ao calor.

    Exemplo de aplicao: um calado com a especificao S1P CI cumpre ascaractersticas bsicas da norma EN 345, sendo anti-esttico, permitindo aabsoro de energia ao nvel do calcanhar, possuindo uma palmilha anti-perfuraoe uma sola que permite o isolamento ao frio.

    Segundo as Normas EN 344: a totalidade das exigncias bsicas asatisfazer para o calado do tipo I e II estabelecida por esta norma,salientando-se que, para as exigncias adicionais a serem verificadas, soatribudos smbolos:

    Smbolosadicionais

    Caractersticas do calado face aos riscos a que estexposto

    ORO Resistncia ao petrleo e derivados (hidrocarbonetos)A Resistncia elctrica anti-estticaC Resistncia elctrica de conduoE Absoro de energia ao tacoWRU Resistncia penetrao e absoro de guaP Resistncia perfurao

    HI Resistncia ao calorCI Resistncia ao frio

    HRO Sola resistente ao calorSM Proteco do metatarso

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    CR Resistncia ao corteAnti-derrapante

    Segundo as Normas EN 344, 345, 346 e 347: de acordo com oestabelecido nestas normas nas suas diferentes partes e revises, estampar-se-o diferentes marcas, segundo os nveis de segurana do calado, face aos

    diferentes riscos. Em qualquer caso, uma explicao das marcas, detalhada eclara, deve estar includa no folheto informativo de fornecimento obrigatriopor parte do fabricante.

    2.1.5. Como planear Dever elaborar-se uma lista de controlo dos factores de risco, com a

    participao dos trabalhadores; Esta lista dever contemplar cada sector da empresa ou mbito de actividade

    que apresente riscos distintos; As listas de controlo possibilitaro aos diversos fornecedores a elaborao de

    propostas de equipamentos que melhor se adeqem s condies dos postos detrabalho considerados;

    Tais listas de controlo tambm podero integrar os documentos que referem ascondies de aquisio (caderno de encargos).

    2.1.6. Como seleccionarA seleco de um equipamento de proteco dos membros inferiores requer,

    em qualquer caso, um conhecimento amplo do posto de trabalho e do seuambiente. por isso que a seleco deve ser realizada por pessoal tcnicocapacitado para o efeito e contar com o envolvimento dos trabalhadores, atravs deadequados processos de consulta.

    Algumas questes a ter em conta na metodologia de seleco dos EPIs: Antes de adquirir os equipamentos de proteco, complete a lista de controlo,

    fazendo referncia ao inventrio de riscos e influncias externas citadas; Em funo desta lista, estude as vrias propostas dos fabricantes para

    diferentes modelos (nas propostas devem incluir-se folhetos informativos e outrainformao de interesse para a seleco do equipamento); O folheto informativo deve conter todos os dados teis referentes a

    armazenamento, uso, limpeza, manuteno, desinfeco, acessrios,peas de substituio, classes de proteco, prazo de validade, explicaodas marcas;

    Antes de comprar um calado de uso profissional, este deve experimentar-se nolocal de trabalho. Para tomar em considerao as diferentes variaes damorfologia individual, o calado dever apresentar modelos e nmeros distintos;

    Quando se compra um calado de uso profissional, dever solicitar-se aofornecedor um nmero razovel de folhetos informativos na lngua oficial do pas;

    Quando os trabalhadores no compreenderem a lngua utilizada nos folhetos,dever o empregador colocar sua disposio a informao complementar

    necessria.

    2.1.7. Como usar A comodidade no uso e a aceitabilidade so factores que se valoram de modo

    muito distinto segundo indivduos diferentes. Convm, por isso, experimentar vriosmodelos de calado.A forma do calado varia mais ou menos de um fabricante para outro e dentro damesma coleco. No caso de uma testeira (biqueira) de proteco ser demasiadoestreita, basta mudar de nmero ou verificar a largura do modelo.

    A comodidade v-se reforada mediante: A incorporao de almofadado na zona maleolar (tornozelo); O recheio da lingueta; Um tratamento anti-microbiano;

    O mercado disponibiliza calado profissional sob a forma de sapatos e botas. Emgeral, recomenda-se o uso de botas j que resultam mais prticas, oferecem maior

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    proteco, asseguram uma melhor sujeio da pele, no permitem torceduras e,portanto, diminuem o risco de leses;

    Tendo em conta a transpirao dos ps, devero ser observados os devidoscuidados de higiene diria (lavagem dos ps e mudana de meias). Por vezes, osuor absorvido pelo calado pode no ser eliminado durante o tempo de descanso,pelo que, em tais casos, se recomenda a utilizao alternada de dois pares de

    calado; A vida til do calado de uso profissional est directamente relacionada com as

    condies de trabalho e a qualidade da sua manuteno. O calado deve serobjecto de um controlo regular. Se o seu estado deficiente (e.g., sola rota,manuteno defeituosa da testeira, deteriorao, deformao ou cana descosida),este dever ser reparado ou retirado de utilizao. Aconselha-se o empregador adeterminar, na medida do possvel, o prazo de utilizao do calado tendo em contaas respectivas caractersticas, as condies de trabalho e do ambiente. Taisindicaes devem constar das instrues de trabalho, junto com as normas dearmazenamento, manuteno e utilizao;

    Os artigos de couro adaptam-se forma da pele do primeiro utilizador e, por essemotivo, bem como por razes elementares de higiene, deve evitar-se a reutilizaodo calado por outra pessoas. As botas de borracha ou de material plstico podem,

    em certos casos, ser reutilizadas, desde que seja garantida uma prvia limpeza edesinfeco;

    O suor da pele tem um odor desagradvel devido decomposio das bactrias econtribui ainda para a destruio rpida do interior do calado. Pode-se evitar oaparecimento de bactrias e fungos mediante um tratamento anti-microbianoefectuado no momento da fabricao do calado, bem como na manutenoregular durante a sua utilizao.

    2.1.8. Cuidados a terO calado deve poder resistir a numerosas aces e influncias de modo a garantirdurante toda a sua vida til a funo de proteco requerida. Entre estasinfluncias que podem ameaar a eficcia protectora do calado, cabe citar:

    Seleco incorrecta, Utilizao incorrecta (desgaste, deteriorao, engorduramento); Armazenamento, manuteno, limpeza inadequada; Aces mecnicas (choque, esmagamento, perfurao, picada); Aco trmica (projeco de partculas fundidas, contacto com slidos quentes); Aco qumica (leos, dissolventes, cidos, etc.); Outras aces (humidade, calor, frio, radiaes, envelhecimento).

    2.1.9. ManutenoPara a manuteno do calado de uso profissional, recomenda-se:

    Limpeza regular; Secagem quando est hmido, mas no junto a uma fonte de calor para evitar uma

    mudana demasiado brusca de temperatura susceptvel de afectar as

    caractersticas do couro; Utilizao de produtos de limpeza correntes disponveis no mercado adequados aos

    artigos de couro utilizados em meio hmido, como, por exemplo, nos trabalhos deconstruo. desejvel a utilizao de produtos de manuteno que tenhamtambm uma aco de impregnao hidrfuga.

    2.1.10. Simbologia

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    Nveis de segurana do calado

    S1

    reas sem humidade,com elevado risco deelectricidade esttica.(armazns, drogarias,postos de gasolina, indstriatxtil).

    S2

    reas de elevados nveisde humidades e/ouhidrocarbonetos.(Refinarias, indstria deplsticos, indstriasqumicas e colas,cimenteiras,transportadoras, serraes).

    S3

    Como S2 mas com

    proteco de objectosperfurantes. (Construocivil, metalomecnica,estaleiros navais, fundies,cervejarias).

    Exigncias

    Classificao

    SmboloI II

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    Caladocompleto

    Resistncia perfurao total dasola

    x x P

    Resistncia elctrica de conduo x x C

    Resistncia elctrica anti-esttica x x A

    Resistncia ao calor x x HI

    Resistncia ao frio x x CI

    Absoro de energia ao taco x x E

    Talo Penetrao e absoro de gua x WRU

    Sola

    rea anti-derrapante x x

    Espessura x x

    Altura da rugosidade x xResistncia ao calor de contacto x x HRO

    Resistncia ao petrleo ederivados

    x x ORO

    Tipos:I - Fabricado em pele ou outro material, excluindo calado em borracha ou polmero(SB, S1, S2, S3);II - Fabricado em borracha ou polmero (SB, S4, S5).Marcaes:

    SB - Requisito mnimo da norma (SB=Safety Basic), biqueira de ao ou materialsimilar;S1 - Igual a SB + a propriedade antiesttica e a capacidade de absoro de energiano calcanhar;S2 - Igual a S1 + impermeabilidade;S3 - Igual a S2 + palmilha de ao ou equivalente e sola com salto;S4 - Igual a S1+ a propriedade antiesttica e a capacidade de absoro de energiano calcanhar;S5 - Igual a S3 + palmilha de ao ou equivalente e sola com saltoEstas marcaes podem ser acompanhadas das letras:A - Calado antiesttico;E - Absoro de energia no salto;WRU - Impermevel;

    P - Palmilha de ao ou equivalente;CI - Isolamento contra o frio;

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    HI - Isolamento contra o calor;C - Calado condutor;HRO - Resistncia ao calor por contactoNotas:A sola antiderrapante obrigatria para a marcao S3.

    Resumo de todas as normas CEAs normas segurana, S, P e O S: norma EN ISO 20345 proteo de dedos (testeira) com resistncia 200

    joules ( impacto de massa de 20 Kg a cair de 1 metro) P: norma EN ISO 20346 testeira com resistncia 100 joules O: norma EN ISO 20347 sapatos de trabalho sem testeira em aoQuadro de sntese :

    EN ISO20345

    ENISO

    20346

    EN IS020347

    Piso AntiDerrapante

    Resistncia Humidade

    PalmilhaAntiperfura

    o

    Resistnciaa

    cidos

    SB(Proteobase)

    PB OB

    S1 P1 O1 Sim

    S1P Sim Sim

    S2 P2 O2 Sim Sim

    S3 P3 O3 Sim Sim Sim

    S4 P4 O4 Sim Sim Sim

    S5 P5 O5 Sim Sim Sim Sim

    Acomodao:A acomodao do calado de segurana de extrema importncia; este tipo de

    calado quando mal acomodado poder no proteger da forma como foi desenhadopara funcionar.1) importante que o calado a utilizar oferea a proteo adequada atividade aser efetuada.2) Fator a ter em conta o ajuste dos cordes e/ou tiras e velcros; crucial queestes fiquem bem amarrados e recolhidos.3) A adequao sapato-p deve ser tima, estes devem casar de forma confortvelpara que o utilizador possa operar com os sapatos durante o perodo de trabalhosem transtornos, deve ser feita uma rigorosa confirmao daacomodao.4) Tal como o restante calado, o calado de segurana deve ser experimentadocom as meias que se usam para executar a tarefa a que se destinam, evite aceitarcalado apenas baseado no tamanhoque utiliza normalmente, experimente para secertificar.5) Em caso de acidente, como por exemplo queda de objeto na testeira, queda deelementos qumicos ou exposio a calor extremo os sapatos devem sersubstitudos, ainda que aparentem estar em condies; os sapatos podem tersofrido danos estruturais no visveis, comprometendo desta forma o seu corretofuncionamento.

    2.2. Guia de Seleco de Luvas

    2.2.1. Exposio ao RiscoNo local de trabalho os ferimentos das mos so, em geral, dos mais frequentes emvirtude de estes membros constiturem as partes mais vulnerveis do corpo, j queso eles que transportam objectos, manipulam ferramentas, operam equipamentos

    e contactam com produtos agressivos. As mos do trabalhador e, atravs delas,todo o corpo, pode ficar em exposio a riscos de natureza diversa que podemosclassificar em trs grupos, segundo a sua forma de actuao:

    http://calcadodesportivo.com/acomodacao.htmhttp://calcadodesportivo.com/acomodacao.htmhttp://calcadodesportivo.com/acomodacao.htmhttp://calcadodesportivo.com/tabela_convercao.htmhttp://calcadodesportivo.com/tabela_convercao.htmhttp://calcadodesportivo.com/acomodacao.htmhttp://calcadodesportivo.com/acomodacao.htmhttp://calcadodesportivo.com/tabela_convercao.htm
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    Leses nas mos devidas a aces externas; Riscos para as pessoas por aces sobre as mos; Riscos para a sade ou doenas associadas ao uso de luvas de proteco.

    As agresses s mos podem ser lentas (provocando dermatoses) ou rpidas(provocando cortes, arranhes, picadelas, queimaduras, etc.).A proteco individual das mos contra agresses lentas pode ser realizada por

    cremes ou pelculas siliconadas. Todavia, seja para estas agresses, seja para asagresses rpidas, as luvas constituem o principal meio de proteco.Existem no mercado diversos tipos de luvas em funo dos diferentes tipos de riscoe de trabalho em que a sua utilizao se torna necessria. Podem ser constitudasde diferentes materiais, nomeadamente, couro, tecido, borracha natural ousinttica e, ainda, malhas metlicas.

    2.2.2. Definies, Tipologia e ClassificaoLuvas de Proteco

    Segundo a Norma NP EN-420 (que estabelece os requisitos gerais para luvas) umaluva um tipo de proteco individual que protege a mo ou uma parte dela contradeterminados riscos. Nalguns casos pode cobrir parte do antebrao e o brao.

    Para trabalhos elctricos deve consultar-se a Norma EN 60903:2003 (trabalhos emtenso luvas em material isolante).

    Para os trabalhos cirrgicos deve consultar-se a Norma EN 455-1:2000 (Medicalgloves for single use).

    Norma Testes e exignciasEN 420 Exigncias geraisEN 388 Riscos mecnicosEN 511 Riscos de exposio ao frioEN 407 Riscos trmicos de exposio ao calor e fogoEN 421 Riscos de radiao ionizante ou contaminao radioactiva

    EN 374-2 Riscos de microorganismosEN 374-3 Riscos qumicos

    Essencialmente, os diferentes tipos de riscos face aos quais existem luvas deproteco so:

    Riscos mecnicos; Riscos trmicos; Riscos qumicos; Riscos biolgicos; Riscos elctricos; Riscos fsicos: vibraes e radiaes.

    2.2.3. Especificaes Tcnicas

    As luvas devem exercer a proteco sem afectar a sade do utente,nomeadamente, deve-se ter em considerao a natureza dos materiais que asconstituem e que podem ser causadores de alergia;

    O pH deve aproximar-se o mais possvel da neutralidade, devendo as luvas decouro ter pH compreendido entre 3,5 e 9,5 e o teor em cromatos ser inferior a 2mg/kg para evitar alergias;

    Os materiais devem permitir que a pele respire, devendo, por isso, quando possvel,oferecer fraca resistncia passagem do vapor de gua. Se forem estanques, acapacidade de absoro da transpirao dever ser a mais elevada possvel (devemter um revestimento interior adequado, constitudo, por exemplo, por algodo);

    De acordo com o uso a que se destinam, as luvas devem permitir a mximadestreza, avaliada em 5 nveis (1 a 5). Assim, por exemplo, so classificadas nonvel 1 as luvas que, nas condies de ensaio previstas, permitam pegar num varo

    de ao inoxidvel com 11 mm de dimetro, 3 vezes consecutivas em 30 segundos.

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    As luvas de nvel 5 permitem o mesmo mas com varo de 5 mm de dimetro, sendoos restantes nveis para vares de 6.5, 8.0 e 9.5 mm;

    Considerando os aspectos de conforto e eficcia, as dimenses das luvas socaracterizadas fundamentalmente por 6 tamanhos (6 a 11) aos quaiscorrespondem os respectivos permetros das mos expressos em polegadas. Asluvas correspondentes a esses tamanhos tm longitudes (distncia entre a ponta do

    dedo mdio e o fim da luva) de 220 a 270 mm com intervalos de 10 mm.

    Luvas de proteco contra riscos mecnicos, trmicos, qumicos ebiolgicosEste guia vai abordar as luvas que protegem contra os riscos mecnicos, trmicos,qumicos e biolgicos, uma vez que estes so os mais frequentes na maioria doslocais de trabalho.Em funo dos riscos enumerados apresentam-se vrios tipos de luvas deproteco, contra um ou contra a combinao de diversos riscos.

    Podem ser consideradas vrias categorias de luvas consoante o nvel geral deproteco oferecido:Categori

    a

    Nvel de proteco

    I

    De concepo simples, protegem contra pequenos riscos.Aces mecnicas cujos efeitos sejam superficiais (luvas de jardineiro).Aces provocadas por produtos de limpeza, mas com aco ligeira.Aces trmicas at 50.C.Agentes atmosfricos que no sejam excepcionais ou de naturezaextrema.

    IIProtegem de riscos intermdios.Estas luvas tero de ser testadas e certificadas por um laboratrio ouorganismo notificado.

    III

    Proteco contra perigos mortais ou que possam prejudicargravemente e de maneira irreversvel a sade, sendo para tal necessria

    a conformidade das luvas s normas estabelecidas para cada categoria derisco.So certificadas por um organismo notificado que dever ser reforado

    por um controlo interno da fabricao.

    Luvas contra riscos mecnicos (EN 388)So quatro os nveis de prestaoestabelecidos, que se apresentam de formacrescente (4 o de maior proteco) para cada um dos parmetros que seindicam:

    3 5 1 2

    Resistncia abraso;

    Resistncia ao corte por lmina (neste caso, existem 5 nveis);

    Resistncia ao rasgo;

    Resistncia perfurao.

    Luvas contra riscos trmicosDefinem-se quatro nveis de prestaopara cada um dos parmetros que seindicam:

    1 3 2 1 1 0

    Comportamento chama (inflamabilidade);

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    Resistncia ao calor de contacto;

    Resistncia ao calor de convexo;

    Resistncia ao calor radiante;

    Resistncia a pequenas projeces de metal fundido;

    Resistncia a grandes projeces de metal fundido.

    Luvas contra riscos qumicos (EN 374-3)Definem-se seis nveis de desempenho para cada um dos parmetros emfuno de um parmetro de ensaio denominado tempo de passo o qualindica o tempo que o produto qumico demora a penetrar na luva.

    ndices que se testam: Resistncia a degradao; Permeabilidade.

    2.2.4. Garantia de ConformidadeAs luvas devero apresentar as seguintes marcaes:

    Marca ou identificao do fabricante; Nome ou referncia do modelo; Nmero/tamanho; Data da validade na embalagem e nas luvas; Marca CE; Nmero da Norma Europeia; Smbolos com o nvel de desempenho definido na Norma Europeia.

    Pictograma Riscos associados

    Riscos mecnicos

    Riscos por exposio ao calor

    Riscos qumicos

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    Riscos por frio

    Radiaes ionizantes e contaminao radioactiva

    Riscos bacteriolgicos

    Risco por impacto

    Electricidade esttica

    2.2.5. Como planear A lista de controlo dos factores de risco dever ser estabelecida pelo

    empregador, mas com a participao dos trabalhadores; Dever estabelecer-se uma lista de controlo por cada sector da empresa ou

    mbito de actividade que apresente riscos distintos; As listas de controlo possibilitaro aos fornecedores a apresentao de

    propostas de equipamentos que melhor se adeqem s condies do posto detrabalho considerado;

    As listas de controlo tambm devem fazer parte do documento que refere ascondies de aquisio (caderno de encargos).

    2.2.6. Como seleccionar

    A seleco de luvas de proteco requer um conhecimento aprofundado do postode trabalho e do seu ambiente. Por isso, a seleco deve ser realizada por pessoalcapacitado e contar com o envolvimento dos trabalhadores atravs de adequadosprocessos de consulta.Algumas regras bsicas a ter em conta na seleco destes equipamentos:

    Elaborar previamente uma lista de controlo, fazendo referncia ao inventriode riscos e influncias externas citadas;

    Em funo desta lista, estudar as vrias propostas dos fornecedores paradiferentes modelos (nas propostas devem incluir-se folhetos informativos e outrainformao de interesse para a seleco do equipamento);

    O folheto informativo deve conter todos os dados teis referentes aarmazenamento, uso, limpeza, manuteno, desinfeco, classes deproteco, prazo de validade e explicao das marcas;

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    Dever ser dada uma especial ateno higiene das mos, preferencialmentecom gua e sabo, seguindo-se uma massagem com creme protector senecessrio;

    Antes de se comprarem as luvas de uso profissional, estas devem experimentar-se no local de trabalho;

    Solicitar-se ao fornecedor um nmero suficiente de folhetos informativos na

    lngua oficial do pas; Quando os trabalhadores no compreenderem a lngua utilizada nos folhetos,

    dever o empregador colocar sua disposio a informao complementarnecessria.

    2.2.7. Como usar A pele , por si mesma, uma boa proteco contra as agresses do exterior. Por

    isso, h que prestar muita ateno a uma adequada higiene das mos com gua esabo e juntar a essa limpeza um creme protector, caso seja necessrio;

    Ao seleccionar umas luvas de proteco deve avaliar-se, por um lado, asensibilidade ao tacto e a capacidade de agarrar e, por outro lado, a necessidade deobter o maior nvel de proteco possvel;

    As luvas de proteco devem ser do tamanho correcto. A utilizao de umasluvas demasiado estreitas pode, por exemplo, diminuir as suas propriedadesisolantes ou dificultar a circulao sangunea;

    Na seleco de luvas de proteco qumica devero ser tidos em conta osseguintes elementos:

    Alguns materiais proporcionam uma proteco muito boa contra algunsprodutos qumicos, mas protegem muito mal contra outros;

    A mistura de alguns produtos pode, por vezes, provocar reacesdiferentes das que seria de esperar, em funo do conhecimento das propriedadesde cada um deles;

    As luvas de PVA (lcool Polvinil) no so resistentes gua; Ao utilizar luvas de proteco pode produzir-se suor. Este problema resolve-se

    utilizando luvas com forro absorvente. No obstante este elemento poder reduzir otacto e a flexibilidade dos dedos, assim como a capacidade de agarrar; Ao utilizar luvas com forro, reduzem-se igualmente problemas como a irritao

    da pele produzida pelo contacto constante com as costuras.

    2.2.8. Cuidados a terPara oferecer uma proteco eficaz contra os riscos, as luvas devem manter-seutilizveis, duradouras e resistentes face s numerosas aces e influncias, demodo que a sua funo protectora fique garantida durante toda a sua vida til.Entre estas influncias que podem ameaar a eficcia protectora da luva,destacam-se as seguintes:

    Seleco errada do EPI;

    Utilizao incorrecta; Utilizao, por desgaste, deteriorao e sujidade; Estado de conservao; Aco trmica (calor e frio); Aco qumica (leos, cidos, etc.); Aco do tempo.

    2.2.9. Manuteno Deve-se verificar periodicamente se as luvas esto rotas, furadas ou dilatadas.

    Se isso ocorrer, h que proceder sua substituio dado que a sua acoprotectora se ter reduzido;

    Nas luvas de proteco qumica dever ter-se em conta: Um plano que preveja a substituio peridica das luvas a fim de garantir

    que se substituem antes de se tornarem permeveis aos produtos qumicos;

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    A utilizao de luvas contaminadas pode ser mais perigosa do que a suafalta de utilizao, devido possibilidade de o contaminante se poder acumular nomaterial componente da luva;

    As luvas de couro, algodo ou similares devero ser conservadas limpas e secasdo lado que est em contacto com a pele. De qualquer forma, as luvas de protecodevero limpar-se seguindo as instrues do fornecedor.