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 Procedimento Selecção de EPI’s 1. Proce dimento de Se le ão de Eq ui pa ment os de Protec çã o Individual 1.1. Objectivo Definir o modo de actu ão para que, na se quência da av aliação dos riscos associados às actividades e processo s, se proceda:    À selecção criteriosa dos equipamentos de protecção individual (EPI’s) em função dos riscos avaliados;    À escolha dos EPI’s com as característica s técnicas mais ajustada s às especificidades das condições de exposição dos trabalhadores aos riscos. 1.2. Âmbito Este procedimento abra ng e todas as acti vi dades e pr ocessos realizad os na Org aniz ação , ou pel as par tes interessadas que realizem qua lque r actividade cuj a avaliação de riscos determine a utilização de EPI.  Agentes activ os: serviço de SH T, chefias, trabalhadores, subcontratados. 1.3. Definição dos Termos Utilizados Perigo – Fonte ou situação com potencial para o dano, em termos de lesões ou ferimentos para o corpo humano ou danos para a saúde, perdas para o património, para o ambiente do local de trabalho, ou uma combinação destes. Risco - Combin ação da probabili dade e da(s) consequê ncia(s) da ocorrênc ia de um determinad o ac ontecimento perigoso. O ri sc o é, por de fi nição, o pr od ut o da probabi lidade de uma ocorrência pela seve ridade (consequê ncias provoca das pela ocorrência). Equipamento de Protecção Individual  Todo o equipam ento, bem como qualque r complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger dos riscos para a sua segurança e saúde (Decreto-Lei n,º 348/93, de 1 de Outubro);  A definição anterior não abrange:   Vestuário vul ga r de tra balho e uniformes não des tin ad os à pr ote cçã o da segurança e da saúde do trabalhador;   Equipamentos de serviços de socorro e salvamento;   Equipamentos de protecção individual dos militares, polícias e pessoas dos serviços de manutenção da ordem;   Equipamentos de protecção individual utiliza dos nos meios de transporte rodoviários;   Material de desporto;   Material de autodefesa ou dissuasão;    Aparelhos portáteis para detecção e sinalização de riscos e factores nocivos.   1.4. Abreviaturas EPI – Equipamento de Protecção Individual. 1.5. Documentos relacionados   Guia de selecção de calçado de segurança;

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Procedimento Selecção de EPI’s

1. Procedimento de Selecção de Equipamentos de Protecção

Individual1.1. ObjectivoDefinir o modo de actuação para que, na sequência da avaliação dos riscosassociados às actividades e processos, se proceda:

 –   À selecção criteriosa dos equipamentos de protecção individual (EPI’s) emfunção dos riscos avaliados;

 –   À escolha dos EPI’s com as características técnicas mais ajustadas àsespecificidades das condições de exposição dos trabalhadores aos riscos.

1.2. ÂmbitoEste procedimento abrange todas as actividades e processos realizados na

Organização, ou pelas partes interessadas que realizem qualquer actividade cujaavaliação de riscos determine a utilização de EPI. Agentes activos: serviço de SHT, chefias, trabalhadores, subcontratados.

1.3. Definição dos Termos UtilizadosPerigo – Fonte ou situação com potencial para o dano, em termos de lesões ouferimentos para o corpo humano ou danos para a saúde, perdas para o património,para o ambiente do local de trabalho, ou uma combinação destes.

Risco - Combinação da probabilidade e da(s) consequência(s) da ocorrência de umdeterminado acontecimento perigoso. O risco é, por definição, o produto daprobabilidade de uma ocorrência pela severidade (consequências provocadas pelaocorrência).

Equipamento de Protecção Individual  – Todo o equipamento, bem como qualquer complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger dos riscos para a sua segurança e saúde (Decreto-Lei n,º 348/93, de 1 de Outubro); A definição anterior não abrange:

 –  Vestuário vulgar de trabalho e uniformes não destinados à protecção dasegurança e da saúde do trabalhador;

 –  Equipamentos de serviços de socorro e salvamento; –  Equipamentos de protecção individual dos militares, polícias e pessoas dos

serviços de manutenção da ordem; –  Equipamentos de protecção individual utilizados nos meios de transporterodoviários;

 –  Material de desporto; –  Material de autodefesa ou dissuasão; –   Aparelhos portáteis para detecção e sinalização de riscos e factores nocivos.

 – 

1.4. AbreviaturasEPI – Equipamento de Protecção Individual.

1.5. Documentos relacionados –  Guia de selecção de calçado de segurança;

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 –  Guia de selecção de luvas; –  Exemplo

1.6. Referências normativas – Utilização de EPI’s:

 – Decreto-lei n.º 348/93, de 01 de Outubro: Regime geral relativo às prescrições

mínimas de segurança e de saúde para a utilização pelos trabalhadores deequipamento de protecção individual no trabalho;

 – Portaria n.º 988/93 de 06 de Outubro: Normas relativas à selecção deequipamento de protecção individual;

 –  Fabrico e comercialização de EPI’s: –  Decreto-lei n.º 128/93, de 22 de Abril: Regime relativo ao fabrico ecomercialização dos equipamentos de protecção individual;

 –  Portaria n.º 1131/93, de 04 de Novembro: Normas relativas àsexigências técnicas essenciais de segurança a observar pelos equipamentos deprotecção individual;

 –  Portaria n.º 109/96, de 10 de Abril: Altera os anexos I, II, IV e V da

Portaria n.º 1131/93, de 4 de Novembro; –  Portaria 695/97, de 19/08: Altera os anexos I e V da Portaria n.º1131/93, de 4 de Novembro;

 –  Despacho n.º 13 495/2005 (2ª série) de 20 de Junho: Lista das normasharmonizadas no âmbito da aplicação da Directiva n.º 89/686/CEE, relativa aequipamentos de protecção individual.

1.7. Modo OperativoFLUXOGRAMA DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE

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1 – Identificação do PerigoQualquer organização que identifique um perigo, deverá proceder de imediato a umaavaliação de riscos, a qual deverá apontar medidas de eliminação do risco ou, se talnão for possível, medidas de controlo dos riscos e de protecção dos trabalhadores,entre as quais poderão figurar técnicas de Protecção Individual;

2 – Risco residualQuando as medidas de protecção colectiva não se revelam totalmente eficazes,significa que ainda persiste um determinado risco residual, que deverá ser minimizadoatravés da protecção individual;

3 – Selecção do EPIDeve-se ter atenção o ambiente de trabalho, para apurar as características a que osmesmos equipamentos devem obedecer.

4 – Aquisição do EPIFaz-se a aquisição do equipamento, verificando-se se as características dos mesmossatisfazem os requisitos da Norma aplicável.

5 – FormaçãoDeverá obrigatoriamente ser dada formação ao trabalhador antes de se proceder àdistribuição do EPI.

6 – Distribuição do EPIProceder à distribuição e/ou reposição do EPI ao trabalhador, garantindo o registo doequipamento entregue e a assinatura da declaração de recepção respectiva.

7 – SinalizaçãoSinalizar correctamente os locais onde existem riscos que obriguem ao uso de EPI.

8 – Verificação e Controlo Através de Inspecções formais e informais ao local de trabalho, garantir que o EPI éutilizado, mantido regularmente limpo e armazenado no fim da sua utilização.

9 - Desempenho – Reforço positivo/negativo A organização poderá estabelecer prémios que incentivem a utilização do EPI, bemcomo sanções disciplinares para a violação consecutiva do dever de uso de taisequipamentos.

Identificação do perigo: A identificação de fonte ou situação com potencial para o dano, em termos de

lesões ou ferimentos para o corpo humano ou danos para a saúde, perdas para o

património, para o ambiente do local de trabalho, ou que seja uma combinação destesfactores.

2 – Risco Residual

7 – Sinalização 

3 – Selecção do EPI

4 – Aquisição do EPI

5 – Formação do Trabalhador

6 – Distribuição do EPI

1 – Identificaçãodo Perigo

8 – Verificação eControlo

9 – DesempenhoReforço

Positivo/Negativo

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 – Risco residual:Para combater os riscos de acidente e de doença profissional, deverão ser aplicadasprioritariamente medidas técnicas e organizativas destinadas a eliminar os riscos ou, não sendotal possível, a proceder ao seu controlo. Se tais medidas não forem completamente eficazes ou

tecnicamente possíveis, devem definir-se os meios de protecção dos trabalhadores, priorizando-se as medidas de protecção colectiva sobre as medidas de protecção individual. As abordagens preventivas referidas podem, assim, ser apresentados através doesquema seguinte:

1º - Eliminação do Risco

2º - Isolamento do Risco

3º - Isolamento doTrabalhador (Protecçãocolectiva)

4º - Protecção do Trabalhador (Protecção Individual)

b) Selecção do EPIAconselha-se a utilização de uma lista de controlo tipo check-list  que analise os possíveis

factores de risco para cada situação, não se focando apenas na tarefa mas também no ambientede trabalho, para apurar as características a que os mesmos equipamentos devem obedecer.

Esta lista varia de acordo com os diferentes EPI’s, já que os riscos a proteger serão semprediferentes.

A utilização de um equipamento ou de uma combinação de EPI’s, embora proteja otrabalhador, também contempla alguns problemas. Por isso mesmo, na hora de escolher o EPIapropriado, não só há que ter em conta o nível de segurança necessário, mas também acomodidade de quem o vai utilizar.

A selecção deverá basear-se no estudo e avaliação dos riscos presentes no local de trabalho.Este estudo deve considerar a duração da exposição, a característica do risco, a sua frequênciae gravidade, as condições existentes no trabalho e o seu ambiente, o tipo de danos possíveispara o trabalhador e a sua constituição física.

A selecção de EPI’s nem sempre é fácil, devido sobretudo às limitações técnicas dosequipamentos face à multiplicidade de riscos presentes no mesmo local de trabalho. As queixasde alguns trabalhadores relativamente ao conforto na utilização dos equipamentos devem-seainda ao facto de os equipamentos, enquanto elemento estranho ao homem, provocaremsensações desagradáveis, sobretudo se não forem minimamente tidos em consideração naselecção e aquisição os números e tamanhos utilizados pelos operadores.

c) Aquisição do EPICom base na lista de controlo e selecção de EPI’s faz-se a aquisição do equipamento,

devendo verificar-se se as características dos mesmos satisfazem os requisitos da normaaplicável. Em particular, deve controlar-se se cumprem os requisitos seguintes:

 –  Marcação CE; –  Declaração de conformidade do fabricante, comprovativa da conformidade do equipamento

com as exigências de segurança legalmente estipuladas para o seu fabrico e

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comercialização; –  Manual de instruções, normalmente sob a forma de folheto informativo.

d) FormaçãoAntes de se proceder à distribuição do equipamento deverá proceder-se à formação do

trabalhador em matéria de utilização do EPI em causa. Aproveita-se esta oportunidade para se

assumir e concretizar o direito que assiste ao trabalhador de ser consultado a propósito destamatéria.

 A estruturação da formação deverá contemplar os requisitos seguintes:• Natureza das actividades a desenvolver;• Riscos associados a essas actividades;• Medidas preventivas estabelecidas e consequências prováveis da sua não implementação

efectiva;• Equipamento de protecção individual a usar: tipo de equipamento, natureza dos riscos que

protege; modo de utilização; cuidados a observar na higienização, armazenamento e substituiçãode componentes;

• Medidas de controlo e verificação aplicáveis;• Possíveis medidas de controlo de desempenho (reforço positivo/negativo).

e) Distribuição do EquipamentoSó se consideram aptos para uso os equipamentos de protecção individual que se encontrem emperfeitas condições e possam assegurar plenamente a função protectora prevista.

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Duração média do Equipamento de Protecção Individual

Equipamento de Protecção Individual Duração prevista

Capacete 3 anosBotas de protecção com palmilha e biqueira de aço 6 - 12 meses

Óculos de protecção contra impactos 1 anoProtectores auriculares d 3 anosProtectores auriculares descartáveis VariávelMáscara de filtros físicos VariávelMáscara de filtros para gases VariávelLuvas de protecção mecânica VariávelBoné 1 anoT-shirt  1 anoColete 3 anosFato impermeável simples 3 anos

Colete retro reflector 3 anos

Sinalização do Uso Obrigatório de Equipamento de Protecção Individual

Obrigatório usar óculos de protecção

Obrigatório usar capacete de protecção

Obrigatório usar protector de ouvidos

Obrigatório usar máscara de protecção

Obrigatório usar calçado de protecção

Obrigatório usar luvas de protecção

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Obrigatório usar roupa de protecção

Obrigatório usar viseira de protecção

Obrigatório usar protecçãoindividual contra quedas

Cor de segurança (fundo) – azul. Símbolo - Branco

2. Guias de Selecção de EPI’s

2.1. Guia de Selecção de Calçado de Protecção2.1.1. Exposição ao RiscoNo local de trabalho os pés do trabalhador e o corpo inteiro podem encontrar-se expostos ariscos de natureza diversa, os quais podem agrupar-se em três grupos, segundo a sua forma deactuação:

 –  Lesões nos pés produzidas por acções externas: –  Riscos térmicos (frio, calor, salpicaduras de metal fundido, etc.);

• Riscos químicos (pó, líquidos corrosivos, tóxicos ou irritantes, etc.);• Riscos mecânicos (choque, esmagamento, entalamento, perfuração, picadas);

 –  Riscos para as pessoas por uma acção sobre a pele:• Riscos de queda por escorregamento;• Riscos eléctricos (contactos com condutores em tensão, descargas electrostáticas, etc.);• Riscos derivados de radiações, contaminação, etc.;

 –  Riscos para a saúde ou doenças relacionadas com o uso do calçado:• Má adaptação da pele, penetração de humidade, falta de flexibilidade, transpiração;• Riscos biológicos (alergias, irritações, desenvolvimento de germens patológicos);• Outros riscos relacionados com projecções, luxações.

2.1.2. Definição, Tipologia e Classificação

Calçado ProfissionalPor calçado de uso profissional entende-se qualquer tipo de calçado destinado a oferecer protecção contra os riscos derivados da realização de uma actividade profissional.

Segundo o nível de protecção oferecido, o calçado de uso profissional pode classificar-se nasseguintes categorias:

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- Calçado de Trabalho: é um calçado de uso profissional que não proporciona protecçãona parte dos dedos (não é utilizada biqueira de aço);Calçado de Protecção: é um calçado de uso profissional que proporciona protecção naparte dos dedos. Incorpora testeira (biqueira) de segurança que garante uma protecçãosuficiente perante um impacto, com uma energia equivalente a 100 J no momento dochoque e perante a compressão estática (esmagamento) de uma carga de 10 KN;

Calçado de Segurança: calçado de uso profissional que proporciona protecção na partedos dedos. Incorpora testeira (biqueira) de segurança que garante uma protecção suficienteperante um impacto, com uma energia equivalente a 200 J no momento do choque eperante a compressão estática (esmagamento) de uma carga de 15 KN;Calçado Condutor : calçado de uso profissional, para quando for necessário minimizar aacumulação de electricidade electrostática, por exemplo aquando do manuseamento deexplosivos em que exista o risco de choque eléctrico com qualquer aparelho. O calçado emestado novo tem como limite superior de resistência 100 kΩ;Calçado Anti-estático: calçado de uso profissional, para quando for necessário minimizar aacumulação de electricidade electrostática, evitando assim o risco de ignição por faísca desubstâncias inflamáveis, ou quando o risco de choque eléctrico provocado por aparelhosnão possa ser completamente eliminado. Resistência eléctrica entre 100 kΩ e 1000 kΩ.

Os diferentes tipos de calçado (trabalho, protecção e segurança) são classificados como de tipo Iou II em função do tipo de material e processo de fabrico.Os do tipo I são constituídos por materiais que não sejam de borracha natural (vulcanizado) oude polímeros (moldados), e os de tipo II para os restantes materiais.

Quanto ao objectivo de protecção, podemos classificar o calçado do seguinte modo:Classificação Objectivo de ProtecçãoSapato Resguardar o pé abaixo do artelho

Bota Resguardar o pé e parte da perna ao nível do artelhoBotim Resguardar o pé e parte da perna acima do artelho

Destacam-se como componentes do calçado de segurança, os seguintes elementos:Biqueira de protecção Peça incorporada no calçado para garantir protecção mecânica da zona dos

dedos;Contraforte Reforço interior na zona do calcanhar;

Gáspea Peça dianteira do corte (parte do calçado acima da sola) que cobre a parte dorsaldo pé;

Sola ou solado Conjunto de peças que constituem a parte inferior do calçado e que se interpõeentre pé e o solo;

Palmilha de protecção Peça incorporada na sola para eliminar a acção agressiva de elementosperfurantes;Rasto anti-derrapante Parte da sola que, pela sua construção ou pela natureza do material empregado,

possui aderência especial ao solo;Talão ou cano Parte do corte adjacente à gáspea, que se desenvolve no sentido vertical e que

em função da altura e tamanho define quatro tipos de calçado designado por A,B, C e D (EN 344:1992);

Tacão Peça saliente da zona do calcanhar em contacto com o solo, eventualmenteintegrada na sola, estando colocada por baixo do contraforte.

2.1.3. Garantia de conformidade (CE)Deverão ser ostentadas nestes EPI’s as seguintes marcações: –  Marca CE;

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 –  Número da Norma Europeia; –  Marca ou identificação do fabricante; –  Nome ou referência do modelo; –  Data de fabrico (pelo menos trimestre e ano); –  Símbolos adicionais.

2.1.4. Especificações técnicasCategorias de calçado de trabalho, protecção e segurançaCategorias ExigênciasTrabalho Protecção Segurança Básicas Adicionais- PB SB I ou II (*) -O1 P1 S1 I Resistência eléctrica anti-estática e absorção de energia

do tacão (**)O2 P2 S2 I Como O1, P1 ou S1, mais penetração de águaO3 P3 S3 I Como O2, P2 ou S2, mais resistência à perfuração total

da sola e anti-derrapanteO4 P4 S4 II Resistência eléctrica anti-estática e absorção de energia

do tacão (**)O5 P5 S5 II Como O4, P4 ou S4, mais resistência à perfuração total

da sola e anti-derrapante* Só para calçado de protecção e segurança.** Para calçado de trabalho considerar também resistência ao petróleo e derivados.SB Segurança básica necessária para estar de acordo com a EN 345.S1 Segurança básica + anti-estático + absorção de energia.S2 S1 + Penetração e absorção à água.S3 S2 + Palmilha anti-perfuração.

CI (Cold insulation) – Isolamento ao frio.HRO (Heat Resistant Outsole) – Sola resistente ao calor.

Exemplo de aplicação: um calçado com a especificação S1P CI cumpre as característicasbásicas da norma EN 345, sendo anti-estático, permitindo a absorção de energia ao nível docalcanhar, possuindo uma palmilha anti-perfuração e uma sola que permite o isolamento ao frio.

 – Segundo as Normas EN 344: a totalidade das exigências básicas a satisfazer para ocalçado do tipo I e II é estabelecida por esta norma, salientando-se que, para asexigências adicionais a serem verificadas, são atribuídos símbolos:

Símbolos adicionais Características do calçado face aos riscos a que está exposto

ORO Resistência ao petróleo e derivados (hidrocarbonetos) A Resistência eléctrica anti-estática

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C Resistência eléctrica de conduçãoE Absorção de energia ao tacãoWRU Resistência à penetração e absorção de águaP Resistência à perfuração

HI Resistência ao calor  CI Resistência ao frioHRO Sola resistente ao calor  SM Protecção do metatarsoCR Resistência ao corte

 Anti-derrapante

 – Segundo as Normas EN 344, 345, 346 e 347: de acordo com o estabelecido nestasnormas nas suas diferentes partes e revisões, estampar-se-ão diferentes marcas, segundoos níveis de segurança do calçado, face aos diferentes riscos. Em qualquer caso, umaexplicação das marcas, detalhada e clara, deve estar incluída no folheto informativo defornecimento obrigatório por parte do fabricante.

2.1.5. Como planear  –  Deverá elaborar-se uma lista de controlo dos factores de risco, com a participação dos

trabalhadores; –  Esta lista deverá contemplar cada sector da empresa ou âmbito de actividade que apresente

riscos distintos; –   As listas de controlo possibilitarão aos diversos fornecedores a elaboração de propostas de

equipamentos que melhor se adeqúem às condições dos postos de trabalho considerados; –  Tais listas de controlo também poderão integrar os documentos que referem as condições de

aquisição (caderno de encargos).

2.1.6. Como seleccionar A selecção de um equipamento de protecção dos membros inferiores requer, em qualquer 

caso, um conhecimento amplo do posto de trabalho e do seu ambiente. É por isso que aselecção deve ser realizada por pessoal técnico capacitado para o efeito e contar com oenvolvimento dos trabalhadores, através de adequados processos de consulta.

Algumas questões a ter em conta na metodologia de selecção dos EPI’s: –   Antes de adquirir os equipamentos de protecção, complete a lista de controlo, fazendo

referência ao inventário de riscos e influências externas citadas; –  Em função desta lista, estude as várias propostas dos fabricantes para diferentes modelos

(nas propostas devem incluir-se folhetos informativos e outra informação de interesse para aselecção do equipamento);

 –  O folheto informativo deve conter todos os dados úteis referentes a armazenamento, uso,limpeza, manutenção, desinfecção, acessórios, peças de substituição, classes deprotecção, prazo de validade, explicação das marcas;

 –   Antes de comprar um calçado de uso profissional, este deve experimentar-se no local detrabalho. Para tomar em consideração as diferentes variações da morfologia individual, ocalçado deverá apresentar modelos e números distintos;

 –  Quando se compra um calçado de uso profissional, deverá solicitar-se ao fornecedor umnúmero razoável de folhetos informativos na língua oficial do país;

 –  Quando os trabalhadores não compreenderem a língua utilizada nos folhetos, deverá oempregador colocar à sua disposição a informação complementar necessária.

2.1.7. Como usar  –   A comodidade no uso e a aceitabilidade são factores que se valoram de modo muito distinto

segundo indivíduos diferentes. Convém, por isso, experimentar vários modelos de calçado. A forma do calçado varia mais ou menos de um fabricante para outro e dentro da mesmacolecção. No caso de uma testeira (biqueira) de protecção ser demasiado estreita, basta mudar 

de número ou verificar a largura do modelo. –   A comodidade vê-se reforçada mediante:•  A incorporação de almofadado na zona maleolar (tornozelo);

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• O recheio da lingueta;• Um tratamento anti-microbiano;

 –  O mercado disponibiliza calçado profissional sob a forma de sapatos e botas. Emgeral, recomenda-se o uso de botas já que resultam mais práticas, oferecemmaior protecção, asseguram uma melhor sujeição da pele, não permitemtorceduras e, portanto, diminuem o risco de lesões;

 –  Tendo em conta a transpiração dos pés, deverão ser observados os devidoscuidados de higiene diária (lavagem dos pés e mudança de meias). Por vezes, osuor absorvido pelo calçado pode não ser eliminado durante o tempo dedescanso, pelo que, em tais casos, se recomenda a utilização alternada de doispares de calçado;

 –   A vida útil do calçado de uso profissional está directamente relacionada com ascondições de trabalho e a qualidade da sua manutenção. O calçado deve ser objecto de um controlo regular. Se o seu estado é deficiente (e.g., sola rota,manutenção defeituosa da testeira, deterioração, deformação ou canadescosida), este deverá ser reparado ou retirado de utilização. Aconselha-se oempregador a determinar, na medida do possível, o prazo de utilização docalçado tendo em conta as respectivas características, as condições de trabalhoe do ambiente. Tais indicações devem constar das instruções de trabalho, juntocom as normas de armazenamento, manutenção e utilização;

 –  Os artigos de couro adaptam-se à forma da pele do primeiro utilizador e, por esse motivo, bem como por razões elementares de higiene, deve evitar-se areutilização do calçado por outra pessoas. As botas de borracha ou de materialplástico podem, em certos casos, ser reutilizadas, desde que seja garantida umaprévia limpeza e desinfecção;

 –  O suor da pele tem um odor desagradável devido à decomposição das bactériase contribui ainda para a destruição rápida do interior do calçado. Pode-se evitar oaparecimento de bactérias e fungos mediante um tratamento anti-microbianoefectuado no momento da fabricação do calçado, bem como na manutençãoregular durante a sua utilização.

2.1.8. Cuidados a ter O calçado deve poder resistir a numerosas acções e influências de modo a garantir durante todaa sua vida útil a função de protecção requerida. Entre estas influências que podem ameaçar aeficácia protectora do calçado, cabe citar:

 –  Selecção incorrecta, –  Utilização incorrecta (desgaste, deterioração, engorduramento); –   Armazenamento, manutenção, limpeza inadequada; –   Acções mecânicas (choque, esmagamento, perfuração, picada); –   Acção térmica (projecção de partículas fundidas, contacto com sólidos quentes); –   Acção química (óleos, dissolventes, ácidos, etc.); –  Outras acções (humidade, calor, frio, radiações, envelhecimento).

2.1.9. Manutenção

Para a manutenção do calçado de uso profissional, recomenda-se: –  Limpeza regular; –  Secagem quando está húmido, mas não junto a uma fonte de calor para evitar 

uma mudança demasiado brusca de temperatura susceptível de afectar ascaracterísticas do couro;

 –  Utilização de produtos de limpeza correntes disponíveis no mercado adequadosaos artigos de couro utilizados em meio húmido, como, por exemplo, nostrabalhos de construção. É desejável a utilização de produtos de manutençãoque tenham também uma acção de impregnação hidrófuga.

2.1.10. Simbologia

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Níveis de segurança do calçado

S1

 

Áreas sem humidade, comelevado risco de electricidadeestática.

(armazéns, drogarias, postos degasolina, indústria têxtil).

S2

 

Áreas de elevados níveis dehumidades e/ouhidrocarbonetos.(Refinarias, indústria deplásticos, indústrias químicas ecolas, cimenteiras,transportadoras, serrações).

S3

 

Como S2 mas com protecçãode objectos perfurantes.(Construção civil,metalomecânica, estaleirosnavais, fundições, cervejarias).

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Exigências

Classificação

SímboloI II

Calçadocompleto

Resistência à perfuração total da sola x x P

Resistência eléctrica de condução x x C

Resistência eléctrica anti-estática x x A

Resistência ao calor x x HI

Resistência ao frio x x CI

 Absorção de energia ao tacão x x E

Talão Penetração e absorção de água x WRU

Sola

 Área anti-derrapante x x

Espessura x x Altura da rugosidade x x

Resistência ao calor de contacto x x HRO

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Resistência ao petróleo e derivados x x ORO

2.2. Guia de Selecção de Luvas

2.2.1. Exposição ao RiscoNo local de trabalho os ferimentos das mãos são, em geral, dos mais frequentes em virtude deestes membros constituírem as partes mais vulneráveis do corpo, já que são eles quetransportam objectos, manipulam ferramentas, operam equipamentos e contactam com produtosagressivos. As mãos do trabalhador e, através delas, todo o corpo, pode ficar em exposição ariscos de natureza diversa que podemos classificar em três grupos, segundo a sua forma deactuação:

 –  Lesões nas mãos devidas a acções externas; –  Riscos para as pessoas por acções sobre as mãos; –  Riscos para a saúde ou doenças associadas ao uso de luvas de protecção. As agressões às mãos podem ser  lentas (provocando dermatoses) ou rápidas (provocandocortes, arranhões, picadelas, queimaduras, etc.).

A protecção individual das mãos contra agressões lentas pode ser realizada por cremes oupelículas siliconadas. Todavia, seja para estas agressões, seja para as agressões rápidas, asluvas constituem o principal meio de protecção.Existem no mercado diversos tipos de luvas em função dos diferentes tipos de risco e de trabalhoem que a sua utilização se torna necessária. Podem ser constituídas de diferentes materiais,nomeadamente, couro, tecido, borracha natural ou sintética e, ainda, malhas metálicas.

2.2.2. Definições, Tipologia e ClassificaçãoLuvas de Protecção

 – Segundo a Norma NP EN-420 (que estabelece os requisitos gerais para luvas) uma luva é umtipo de protecção individual que protege a mão ou uma parte dela contra determinados riscos.Nalguns casos pode cobrir parte do antebraço e o braço.

 – Para trabalhos eléctricos deve consultar-se a Norma EN 60903:2003 (trabalhos em tensão –luvas em material isolante). – Para os trabalhos cirúrgicos deve consultar-se a Norma EN 455-1:2000 (Medical gloves for single

use).

Norma Testes e exigênciasEN 420 Exigências geraisEN 388 Riscos mecânicosEN 511 Riscos de exposição ao frioEN 407 Riscos térmicos de exposição ao calor e fogoEN 421 Riscos de radiação ionizante ou contaminação radioactivaEN 374-2 Riscos de microorganismos

EN 374-3 Riscos químicos

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Essencialmente, os diferentes tipos de riscos face aos quais existem luvas de protecção são: –  Riscos mecânicos; –  Riscos térmicos; –  Riscos químicos; –  Riscos biológicos; –  Riscos eléctricos;

 –  Riscos físicos: vibrações e radiações.

2.2.3. Especificações Técnicas –   As luvas devem exercer a protecção sem afectar a saúde do utente,

nomeadamente, deve-se ter em consideração a natureza dos materiais que asconstituem e que podem ser causadores de alergia;

 –  O pH deve aproximar-se o mais possível da neutralidade, devendo as luvas decouro ter pH compreendido entre 3,5 e 9,5 e o teor em cromatos ser inferior a 2mg/kg para evitar alergias;

 –  Os materiais devem permitir que a pele respire, devendo, por isso, quandopossível, oferecer fraca resistência à passagem do vapor de água. Se foremestanques, a capacidade de absorção da transpiração deverá ser a mais elevadapossível (devem ter um revestimento interior adequado, constituído, por exemplo, por algodão);

 –  De acordo com o uso a que se destinam, as luvas devem permitir a máximadestreza, avaliada em 5 níveis (1 a 5). Assim, por exemplo, são classificadas nonível 1 as luvas que, nas condições de ensaio previstas, permitam pegar numvarão de aço inoxidável com 11 mm de diâmetro, 3 vezes consecutivas em 30

segundos. As luvas de nível 5 permitem o mesmo mas com varão de 5 mm dediâmetro, sendo os restantes níveis para varões de 6.5, 8.0 e 9.5 mm; –  Considerando os aspectos de conforto e eficácia, as dimensões das luvas são

caracterizadas fundamentalmente por  6 tamanhos (6 a 11) aos quaiscorrespondem os respectivos perímetros das mãos expressos em polegadas. Asluvas correspondentes a esses tamanhos têm longitudes (distância entre a pontado dedo médio e o fim da luva) de 220 a 270 mm com intervalos de 10 mm.

Luvas de protecção contra riscos mecânicos, térmicos, químicos e biológicosEste guia vai abordar as luvas que protegem contra os riscos mecânicos, térmicos, químicos ebiológicos, uma vez que estes são os mais frequentes na maioria dos locais de trabalho.Em função dos riscos enumerados apresentam-se vários tipos de luvas de protecção, contra umou contra a combinação de diversos riscos.

Podem ser consideradas várias categorias de luvas consoante o nível geral de protecçãooferecido:Categoria Nível de protecção

I

De concepção simples, protegem contra pequenos riscos. Acções mecânicas cujos efeitos sejam superficiais (luvas de jardineiro). Acções provocadas por produtos de limpeza, mas com acção ligeira. Acções térmicas até 50º.C.

 –   Agentes atmosféricos que não sejam excepcionais ou de naturezaextrema.

II –  Protegem de riscos intermédios. –  Estas luvas terão de ser testadas e certificadas por um laboratório ou

organismo notificado. –  Protecção contra perigos mortais ou que possam prejudicar gravemente e de

maneira irreversível a saúde, sendo para tal necessária a conformidade das luvas

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III às normas estabelecidas para cada categoria de risco. –  São certificadas por um organismo notificado que deverá ser reforçado por um

controlo interno da fabricação.

Luvas contra riscos mecânicos (EN 388)São quatro os níveis de prestação estabelecidos, que se apresentam de forma crescente

(4 é o de maior protecção) para cada um dos parâmetros que se indicam:3 5 1 2

 – 

 –  Resistência à abrasão; – 

 –  Resistência ao corte por lâmina (neste caso, existem 5 níveis); – 

 –  Resistência ao rasgão; – 

 –  Resistência à perfuração.

Luvas contra riscos térmicosDefinem-se quatro níveis de prestação para cada um dos parâmetros que se indicam:

1 3 2 1 1 0

Comportamento à chama (inflamabilidade);

Resistência ao calor de contacto;

Resistência ao calor de convexão;

Resistência ao calor radiante;

Resistência a pequenas projecções de metal fundido;

Resistência a grandes projecções de metal fundido.

Luvas contra riscos químicos (EN 374-3)Definem-se seis níveis de desempenho para cada um dos parâmetros em função de umparâmetro de ensaio denominado “tempo de passo” o qual indica o tempo que o produtoquímico demora a penetrar na luva.

Índices que se testam:• Resistência a degradação;• Permeabilidade.

2.2.4. Garantia de Conformidade

 As luvas deverão apresentar as seguintes marcações: –  Marca ou identificação do fabricante; –  Nome ou referência do modelo; –  Número/tamanho; –  Data da validade na embalagem e nas luvas; –  Marca CE; –  Número da Norma Europeia; –  Símbolos com o nível de desempenho definido na Norma Europeia.

Pictograma Riscos associados

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Riscos mecânicos

Riscos por exposição ao calor 

Riscos químicos

Riscos por frio

Radiações ionizantes e contaminação radioactiva

Riscos bacteriológicos

Risco por impacto

Electricidade estática

2.2.5. Como planear  –   A lista de controlo dos factores de risco deverá ser estabelecida pelo empregador, mas com

a participação dos trabalhadores; –  Deverá estabelecer-se uma lista de controlo por cada sector da empresa ou âmbito de

actividade que apresente riscos distintos; –   As listas de controlo possibilitarão aos fornecedores a apresentação de propostas de

equipamentos que melhor se adeqúem às condições do posto de trabalho considerado; –   As listas de controlo também devem fazer parte do documento que refere as condições de

aquisição (caderno de encargos).

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2.2.6. Como seleccionar  A selecção de luvas de protecção requer um conhecimento aprofundado do posto de trabalho edo seu ambiente. Por isso, a selecção deve ser realizada por pessoal capacitado e contar com oenvolvimento dos trabalhadores através de adequados processos de consulta. Algumas regras básicas a ter em conta na selecção destes equipamentos: –  Elaborar previamente uma lista de controlo, fazendo referência ao inventário de riscos e

influências externas citadas; –  Em função desta lista, estudar as várias propostas dos fornecedores para diferentes

modelos (nas propostas devem incluir-se folhetos informativos e outra informação deinteresse para a selecção do equipamento);

 –  O folheto informativo deve conter todos os dados úteis referentes a armazenamento, uso,limpeza, manutenção, desinfecção, classes de protecção, prazo de validade eexplicação das marcas;

 –  Deverá ser dada uma especial atenção à higiene das mãos, preferencialmente com água esabão, seguindo-se uma massagem com creme protector se necessário;

 –   Antes de se comprarem as luvas de uso profissional, estas devem experimentar-se no localde trabalho;

 –  Solicitar-se ao fornecedor um número suficiente de folhetos informativos na língua oficial do

país; –  Quando os trabalhadores não compreenderem a língua utilizada nos folhetos, deverá oempregador colocar à sua disposição a informação complementar necessária.

2.2.7. Como usar  –   A pele é, por si mesma, uma boa protecção contra as agressões do exterior. Por isso, há que

prestar muita atenção a uma adequada higiene das mãos com água e sabão e juntar a essalimpeza um creme protector, caso seja necessário;

 –   Ao seleccionar umas luvas de protecção deve avaliar-se, por um lado, a sensibilidade aotacto e a capacidade de agarrar e, por outro lado, a necessidade de obter o maior nível deprotecção possível;

 –   As luvas de protecção devem ser do tamanho correcto. A utilização de umas luvas

demasiado estreitas pode, por exemplo, diminuir as suas propriedades isolantes ou dificultar a circulação sanguínea; –  Na selecção de luvas de protecção química deverão ser tidos em conta os seguintes

elementos:•  Alguns materiais proporcionam uma protecção muito boa contra alguns produtos

químicos, mas protegem muito mal contra outros;•  A mistura de alguns produtos pode, por vezes, provocar reacções diferentes das que

seria de esperar, em função do conhecimento das propriedades de cada um deles; –   As luvas de PVA (Álcool Polvinil) não são resistentes à água; –   Ao utilizar luvas de protecção pode produzir-se suor. Este problema resolve-se utilizando

luvas com forro absorvente. Não obstante este elemento poder reduzir o tacto e aflexibilidade dos dedos, assim como a capacidade de agarrar;

 –   Ao utilizar luvas com forro, reduzem-se igualmente problemas como a irritação da pele

produzida pelo contacto constante com as costuras.

2.2.8. Cuidados a ter Para oferecer uma protecção eficaz contra os riscos, as luvas devem manter-se utilizáveis,duradouras e resistentes face às numerosas acções e influências, de modo que a sua funçãoprotectora fique garantida durante toda a sua vida útil. Entre estas influências que podemameaçar a eficácia protectora da luva, destacam-se as seguintes:

 –  Selecção errada do EPI; –  Utilização incorrecta; –  Utilização, por desgaste, deterioração e sujidade; –  Estado de conservação; –   Acção térmica (calor e frio); –   Acção química (óleos, ácidos, etc.); –   Acção do tempo.

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2.2.9. Manutenção –  Deve-se verificar periodicamente se as luvas estão rotas, furadas ou dilatadas. Se isso

ocorrer, há que proceder à sua substituição dado que a sua acção protectora se teráreduzido;

 –  Nas luvas de protecção química deverá ter-se em conta:• Um plano que preveja a substituição periódica das luvas a fim de garantir que se

substituem antes de se tornarem permeáveis aos produtos químicos;•  A utilização de luvas contaminadas pode ser mais perigosa do que a sua falta de

utilização, devido à possibilidade de o contaminante se poder acumular no materialcomponente da luva;

 –   As luvas de couro, algodão ou similares deverão ser conservadas limpas e secas do ladoque está em contacto com a pele. De qualquer forma, as luvas de protecção deverão limpar-se seguindo as instruções do fornecedor.