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AINDA NESTA EDIÇÃO Boletim Informativo do SIMECS | Ano XXI | Nº 233 | Setembro de 2016 Ausente PARA USO DOS CORREIOS Falecido Recusado Mudou-se Outros Não existe número indicado Desconhecido Não procurado Informação escrita pelo carteito ou síndico Reintegrado no serviço postal em ___ /___ /___ ___ /___ /___ _____________________ Rubrica do carteiro PROBLEMAS E DESAFIOS DO MOTOR DA ECONOMIA A FORÇA DA INDÚSTRIA DEFINIDO O ACORDO PARA A CONVENÇÃO COLETIVA 2016

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AINDA NESTA EDIÇÃO

Boletim Informativo do SIMECS | Ano XXI | Nº 233 | Setembro de 2016

Ausente

PARA USO DOS CORREIOS

Falecido

Recusado

Mudou-se

Outros

Não existe número indicado

Desconhecido

Não procurado

Informação escrita pelo carteito ou síndico

Reintegrado no serviço postal em ___ /___ /___

___ /___ /___ _____________________ Rubrica do carteiro

PROBLEMAS E DESAFIOS DOMOTOR DA ECONOMIA

A FORÇA DA INDÚSTRIA

DEFINIDO O ACORDO PARA A CONVENÇÃO COLETIVA 2016

2 | Informativo SIMECS | Setembro 2016 Informativo SIMECS | Setembro 2016 | 3

PALAVRA DO DIRETOR CONVENÇÃO COLETIVA 2016

Convenção coletiva do bom senso e da responsabilidade

Reomar SlavieroPresidente do SIMECS

PRESIDENTE: Reomar Angelo Slaviero DIRETOR EXECUTIVO: Odacir ConteEDITOR RESPONSÁVEL: Moacir Luiz Brehn - MTB 6945FOTOGRAFIA: Assessoria de Comunicação do SIMECS,Júlio Soares, Moacir Brehn.

TIRAGEM: 2.600 exemplares PLANEJAMENTO GRÁFICO: BAG PublicaçõesIMPRESSÃO: Gráfica Editora Nordeste

O Informativo SIMECS é uma publicação mensal do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul.Rua Ítalo Victor Bersani, 1134 - Fone/Fax: (54) 3228.1855 - Bairro Jardim América - CEP 95050-520 - Caxias do Sul - RSwww.simecs.com.br - [email protected]

Como é do conhecimento de todos, no dia 12 de setem-bro, em reunião de mediação realizada no Tribunal Regio-nal do Trabalho - TRT da 4ª Região (RS), representantes do SIMECS e do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de-finiram o acordo para a Convenção Coletiva de 2016. Em função de um cenário econômico difícil e de uma nego-ciação exaustiva e complicada, estendendo-se por mais de três meses, o resultado foi a concessão do índice de 9,82% em três vezes. Além disso, conseguimos manter as cláu-sulas sociais por mais dois anos, o que significa um avanço importante na negociação. Para o SIMECS, a negociação de dis-sídio esteve focada na realidade econômica enfrentada pelas empresas do seu segmento. O ano de 2016 está mostrando a dimensão da crise econômica. Vendas em queda livre, esto-ques em alta, falta de financiamentos bancários para fo-mentar o setor industrial, produção ociosa, desemprego. Nesse cenário, as empresas têm lançado mão de todas as estratégias para seguir produzindo, evitando o máximo de demissões. É com esse pano de fundo que se desenrolou a negociação coletiva em nosso setor, uma questão impor-tante e que desafiou empresas, trabalhadores e sindicatos. Em virtude da quantidade de reivindicações solicitadas pe-los representantes dos trabalhadores, na maioria das vezes intangíveis, especialmente neste momento em que existe a ameaça da volta da temida inflação, invasão do mercado brasileiro por produtos importados e que acabam corroen-do o mercado interno gerando desemprego, a realidade

A Convenção Coletiva 2016 envolvendo as empresas metalúrgi-cas de Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, São Marcos, Nova Pádua e Nova Roma do Sul foi assinada no dia 22 de setembro. O acordo foi assinado pelos representantes do SIMECS e do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul. Após a oficialidade do acordo, o próximo passo é registrar a con-venção junto ao Ministério do Trabalho. Representaram o SIMECS na assinatura o presidente Reomar Slaviero e o diretor executivo Odacir Conte. Assinou em nome do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos o presidente em exercício Claudecir Monsani. O acor-

No que se refere ao reajuste sa-larial, o percentual de 4% será pago de 1º junho de 2016 até 30 de setembro de 2016. Em 1º de outubro de 2016 o percentual será de 6,50% e em 1º de dezembro de 2016 o percentual de 9,82%. Todos os reajustes limitados à parcela salarial de até R$ 5.600,00, a incidir sobre o salário resultante da aplicação do reajus-te integral da convenção coletiva anterior. Para o reajuste salarial do próximo ano, irá formar base os 9,82%. Fica assegurado o sa-lário normativo no valor de R$ 1.225,44 a partir de 1º de junho

As empresas dos segmentos automo-tivo, eletroeletrônico e metalmecânico representadas pelo SIMECS estão cada vez mais utilizando uma nova ferramen-ta lançada recentemente pela entidade. Trata-se do app do SIMECS, um meca-nismo de suporte e informação voltada especialmente para as 3.600 empresas do seu segmento e para a comunidade em geral. Com o lançamento deste im-portante serviço, o SIMECS está aten-dendo as necessidades dos utilitários com uma ampla gama de informações

Acordo foi assinado no SIMECS

Aplicativo do SIMECS tornou-se ferramenta de consulta

Como ficou a Convenção 2016

Temos que olhar para o futuro com responsabilidade

e preocupação coletiva.

econômica nos mostrou o que é possível e desejável. Na mesa de negociações e para a coletividade, o SIMECS sempre enfatizou que a indústria está passando por um dos piores momentos econômicos já registrados, e já não há dú-vidas de que estamos em plena recessão. Assim, é preciso reconhecer o grande esforço que as empresas metalúrgicas fizeram para buscar um acordo viável na questão coletiva. Nossas empresas não estão mais conseguindo pagar a con-ta de um ajuste fiscal necessário, mas fruto dos equívocos econômicos de um passado recente.

Portanto, defendemos sempre uma negociação do bom senso, fator fundamental no cenário em que vivemos. Reajustes irre-ais só iriam comprometer ainda mais a saúde financeira e o caixa das empresas, trazendo preju-ízos ainda maiores para os tra-

balhadores. É nessa perspectiva que o SIMECS pautou seu diálogo com a categoria dos metalúrgicos. O entendimen-to lúcido, o comportamento sóbrio e atitudes ponderadas nessa hora foram, sem dúvida, a melhor aposta do SIMECS para selar o acordo, mesmo que em muitos momentos te-nhamos sido surpreendidos com a retórica da provocação nos meios de comunicação.Entendemos que o acordo foi melhor do que uma decisão judicial para a grande maioria das empresas, as quais po-deriam enfrentar ainda mais dificuldades. Temos que olhar para o futuro com responsabilidade e preocupação coletiva. Esta não foi uma negociação de vencidos ou vencedores, mas sim a convenção do bom senso e da responsabilidade.

Reunião de mediação no TRT encaminhou o acordo

Assinatura da Convenção Coletiva 2016 aconteceu no SIMECS

Mais informações junto à Assessoria Trabalhista do SIMECS, fone: (54) 3228.1855.

de 2016. O pagamento do auxí-lio-creche a partir de 1º de junho de 2016 estará limitado ao valor de R$ 255,60; a partir de 1º de ou-tubro de 2016 estará limitado ao valor de R$ 261,77 e a partir de 1º de dezembro de 2016 está limi-tado a R$ 269,93. As cláusulas da convenção coletiva anterior, com exceção daquelas relativas ao re-ajuste salarial, salário normativo, contribuições assistenciais e as demais cláusulas que traduzem benefícios com valores expressos, bem como a da licença materni-dade, serão renovadas pelo perí-odo de dois anos.

do aconteceu após três reuniões de mediação realizadas no Tribunal Regional do Trabalho - TRT da 4ª Região - RS. As reuniões foram pre-sididas pelo desembargador João Pedro Silvestrin, vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região - RS. Segundo Reo-mar Slaviero, as empresas do segmento metalmecânico fizeram um grande esforço para compor o acordo deste ano, uma vez que ainda continuam amargando a perda de lucratividade e sem perspectivas de recuperação. “O ano de 2016 está sendo para o setor metalmecâ-nico um dos períodos mais difíceis dos últimos tempos”, enfatizou o dirigente.

sobre empresas, produtos e serviços do seu segmento. O app do SIMECS tem o propósito de facilitar o dia a dia do seu usuário, fornecendo-lhe as mais diversas funcionalidades com várias informações sobre a en-tidade. O aplicativo pode ser utiliza-do em qualquer dispositivo móvel e está disponível gratuitamente para download nas lojas virtuais Google Play e Apple Store. Ou acesse www.simecs.com.br do seu celular e clique no ícone do app.

4 | Informativo SIMECS | Setembro 2016 Informativo SIMECS | Setembro 2016 | 5

Evento realizado no auditório do SIMECS contou com a participação das empresas metalmecânicas

SIMECSpromovePrograma de Relações Trabalhistas

História do SIMECS e do segmentometalmecânico torna-se atrativo para alunosdo Cristóvão de Mendoza

Evento foi realizado no auditório do SIMECS

Alunos conheceram a estrutura de trabalho do SIMECS

O SIMECS realizou a primeira edição do Programa de Relações Traba-lhistas. Participaram profissionais

de recursos humanos das empresas repre-sentadas pela entidade e representantes dos escritórios contábeis. Na oportunidade, a assessora trabalhista do SIMECS, Kelem Keiber, abordou o tema sobre vínculos em-pregatícios. Processo admissional: docu-

A segunda-feira do dia 12 de setembro começou diferente para aproximadamente 50 alunos do Ensino Médio do Instituto Educa-cional Cristóvão de Mendoza, quando trocaram a sala de aula pelo auditório do SIMECS. Conforme a professora Denise Souza, o obje-tivo da visita foi colocar em prática o Projeto Processo Industrial e Sindical, implantado recentemente pela escola. Denise salienta que este projeto visa analisar o processo industrial historiográfico, ca-racterizando a transformação dos modelos produtivos, observando a importância econômica de inúmeros países, bem como investigar o amadurecimento dos movimentos sindicais. Segundo a educa-dora, esta iniciativa também pretende disponibilizar a reflexão e o crescimento intelectual e social através dos fatores locacionais in-dustriais e sindicais. Além disso, visa oportunizar a análise de fon-

Os desafios na hora de vender, a posição preferencial no relacionamento com os clientes, a identificação de oportunidades e a maximização de resultados foram alguns dos tópicos abordados no evento “Vendas, os desafios para a negociação”, realiza-do pelo SIMECS. O encontro foi realizado no auditório da entidade e contou com a apresentação de José Verno Seibel, admi-nistrador de empresas e formador de várias equipes de vendas e de gerenciamento de pessoas. “Falando sobre os desafios para vendas, ainda mais em momentos de mer-cados retraídos, vimos que relacionamento é palavra-chave para a busca de resultados.

EVENTO NO SIMECS ARTIGO

Segurança no trabalho -responsabilidade de todos

SIMECS promoveu evento sobre vendas

Muito se tem falado em segurança, conforto e bem-estar dos trabalha-dores. Muito se exige das empresas no que ser refere à saúde e segurança de seus colaboradores, mas pouco se considera quando necessitamos somar forças para equacionar a problemática existente. Instalamos sistemas de se-gurança em máquinas e equipamentos,

promovemos treinamentos, estabelecemos regras e procedimen-tos operacionais e de segurança e mesmo assim convivemos com ocorrências de acidentes e deflagrações de doenças profissionais e ocupacionais. Observamos com passividade preocupante que a con-figuração ideal das condições de trabalho consideradas plenamente seguras, muitas vezes parece ser inexequível, pois faltam recursos, falta integração, falta colaboração e falta conscientização. Ao fazer uma reflexão um pouco mais aprofundada, podemos observar que nossas ações parecem isoladas e quase dissociadas, a exemplo de planejamentos de sistemas de produção que visam mais e melhor a produtividade e, após ser consolidados, busca-se adequação de se-gurança, ou a exemplo de reivindicações de melhores condições de trabalho que não contemplam estudos de segurança. Temos ciência de que acidentes e doenças relacionadas ao trabalho têm relação direta com máquinas, equipamentos e processos de trabalho, mas também com as pessoas. Para que ocorra um acidente, ou seja, de-flagrada doença, há necessidade que todos os elementos envolvidos estejam presentes. Assim, devem existir máquinas e equipamentos desprotegidos ou processos de trabalho inadequados e pessoas que fiquem expostas a estas condições sem estarem atentas a todo o ce-nário. Não queremos dizer com isso que os acidentados devam ser responsabilizados pela infortunística laboral, o que preconizamos

é a necessidade de as pessoas avaliarem os riscos envolvidos em suas atividades, de adotarem uma postura defensiva em relação ao ambiente de trabalho, independentemente de ele ser considerado seguro, pois existem inúmeras variáveis sobre as quais não temos controle total, a exemplo de um operador de empilhadeira que, ao conduzir o equipamento e não observar o entorno, pode ir de encon-tro a objetos dispostos ao longo de corredores ou de pessoas que atravessem passagens de forma inadvertida, mesmo que a máquina por ele conduzida esteja em plenas condições de operação. Embora sejam investidos recursos na adequação dos ambientes de trabalho e na conscientização das pessoas, há necessidade de ampliar a res-ponsabilidade pelo cumprimento de normas e procedimentos. Não basta as empresas e seu pessoal de segurança ocupacional imple-mentarem sistemas e procedimentos, há necessidade de todos os trabalhadores envolverem-se nesse processo. Há também necessi-dade de responsabilização legal de todos, desde os administradores até os trabalhadores da área produtiva. É fundamental, para a redução de acidentes e doenças relaciona-das ao trabalho, que seja normatizada a responsabilização pelo não cumprimento das Normas de Segurança, extensiva a todos os envolvidos e que ninguém seja considerado apenas vítima das condições existentes, sem considerar-se sua efetiva participação na eclosão do acidente ou deflagração da doença. Os dispositivos legais existentes permitem que empresas apliquem punições a tra-balhadores que descumpram tais Normas e Procedimentos, entre-tanto não são educativos (são punitivos). Entendemos que isso não contribui para a ampliação da consciência de segurança, nem para a conscientização da existência de riscos existentes ou provocados por ações individuais. Acreditamos que esta ampliação da respon-sabilidade seja a forma mais adequada de criar uma consciência de segurança nos ambientes de trabalho.

Arlindo Marçal dos SantosCoordenador da Comissãode Segurança e Saúde Ocupacional – SIMECS

tes de pesquisa (oral, escrita, iconográfica, sonora e tecnológica). A atividade consiste em desenvolver o movimento crítico e analítico de cada aluno, instigando o mesmo a observar, averiguar, sondar e indagar seus direitos e deveres. Os alunos conheceram a história do SIMECS, a maneira como a entidade atua no dia a dia e a importân-cia de sua representatividade no meio em que atua. Um dos temas que chamou a atenção dos alunos foi o das relações do trabalho. O coordenador administrativo do SIMECS, Volnei de Azevedo, fez uma abordagem geral sobre a participação do sindicato patronal neste campo. O Cristóvão completou 86 anos de fundação em 15 de junho deste ano. A escola possui 100 professores e um total de 1673 alunos em um prédio de 8.314 metros quadrados, que o torna o maior colégio construído do Estado.

mentos, exames, integração, readmissão; contratos de trabalho: contrato de experi-ência, prazos; menor aprendiz; estagiário e temporários. Kelem, que também é profes-sora de Legislação Trabalhista, afirmou que o Programa tem a finalidade de propiciar às empresas do SIMECS e escritórios contábeis a oportunidade de debater temas relevan-tes, relacionados à área das relações traba-

lhistas. A ideia da entidade é realizar encon-tros expositivos e práticos pelo menos uma vez por mês, sendo abordado um assunto da área de relações trabalhistas, baseado na demanda de atendimentos da assesso-ria trabalhista do SIMECS ou que esteja em pauta no momento. Entre os assuntos a se-rem focados estão contratos, folha de paga-mento e férias, entre outros.

Somos desafiados a assumir a liderança da negociação, buscando praticar a empatia para trabalharmos com o cliente na pers-pectiva pessoal dele. Para isso, é necessário sair da zona de conforto e atuarmos com consciência e planejamento. Sair da nos-sa percepção, a percepção seletiva, para a percepção objetiva, isto é, a percepção do cliente”, salientou. Conforme Seibel, para gerenciarmos pro-dutivamente esta relação e, portanto, com uma liderança eficaz, o ponto de partida para o planejamento é a posição. “Vimos e trabalhamos o Modelo de Progressão de Posição, que nos ajuda a identificar o ponto

de partida, a nossa posição atual no relacio-namento com o cliente. Precisamos saber claramente onde estamos para planejar e praticar as ações que nos levarão onde que-remos chegar”. O Modelo de Progressão de Posição foi pos-to em prática em uma atividade, onde os participantes puderam ver o modelo fun-cionando para balizar as ações de vendas na busca dos resultados, isto é, na satisfação mútua cliente/vendedor. Seibel ainda falou sobre os comportamentos que precisamos evitar conscientemente e quais aperfeiçoar para praticar a empatia, construindo relacio-namentos produtivos e duradouros.

6 | Informativo SIMECS | Setembro 2016 Informativo SIMECS | Setembro 2016 | 7

POLÍTICA INDUSTRIAL

AMBIENTE DE NEGÓCIOS PRODUTIVIDADE COMPETITIVIDADE

INDUSTRIAL

Problemas e desafios do motor da economia

Por que a indústria é tão importante?

Fatores-chave da competitividade industrial

A indústria em desafio

A força da indústria

Desde que a Revolução Industrial moldou o mundo e a sociedade, na segunda metade do século XVIII, a indústria transformou-se no gran-de pilar do crescimento econômico. Hoje, é pacífica a constatação de que uma estrutura produtiva diversificada e competitiva é ponto fundamental para que um país pontue bem no ranking do desen-volvimento. A indústria, ainda, é condição necessária para o bem-estar social, por sua importância de base para as outras atividades econômicas, como a agricultura, o varejo e os serviços. Não obstante essa relevância, te-mos observado nos últimos anos a inequívoca perda de participação da indústria brasileira na economia do país. A chamada “desindustrialização” é fato, e contribui para que a indústria venha recuando em termos de geração de emprego e renda. Uma rea-lidade que vai na contramão do que assistimos ocorrer em países mais

O mundo assistiu a uma explosão dos serviços nos últimos vinte anos, ao mesmo tempo em que o varejo desenvolveu novos formatos, principalmente com o advento da internet. Também o agronegócio avançou de forma marcante em tecnologia e produtividade. Não se pode esquecer, no entanto, que a base para todo esse crescimento nestes três segmentos tem um só nome: indústria. É ela quem ali-menta os outros setores da economia, servin-

Falar de uma indústria forte é falar de uma indústria competitiva. E competitividade, por sua vez, repousa em produtividade. Sa-bemos, ainda, que uma indústria produtiva é resultado de um ambiente saudável para a economia. Em outras palavras: melhorar a produtividade depende de investimentos e políticas governamentais. Um contexto em que o Brasil tem que melhorar, e muito, como veremos a seguir.• Política industrial. O governo falhou siste-maticamente nos últimos anos em relação a uma política industrial sólida. Não foi feita a reforma trabalhista, tampouco a tributária, nem se criou mecanismos para melhorar a segurança jurídica para as empresas. Em resultado, a indústria de transformação tor- A nova ordem econômica mundial impõe uma atividade produtiva re-

formada. O advento da indústria 4.0 (tema de nosso artigo de abril/16) está aí para confirmar essa realidade. Automatização dos processos, uso intensivo de robótica e de tecnolo-gia da informação, são apenas alguns aspectos da mudança que se anuncia. Tudo isso pede novas respostas por parte do governo e empresas. Estamos longe, no entanto, de entrarmos com o pé direito nesta corrida. A indústria nacional ainda está ao largo da 4ª Re-volução Industrial. Na verdade, ainda nos encontramos na virada da fase 2.0 (linha de montagem tradicional) para a 3.0 (automação, eletrônica e roboti-zação). A lacuna brasileira, portanto, é gritante. A competitividade industrial compõe um círculo que se retroalimen-ta. E ele será virtuoso ou vicioso, dependendo do ambiente em que es-tiver inserido. Um contexto competitivo favorável torna as empresas mais aptas a concorrer no mercado cada vez mais dinâmico. Isso eleva

• Ineficiência do Estado. O Estado brasileiro gasta muito e mal, e acaba sempre recorrendo ao aumento de impostos para tapar o rombo. O governo despende demais com seu próprio custeio, e resolve isso onerando as empresas e a produção interna pela sanha tributária, que já abocanha quase 1/3 (32,7%) do PIB. Trata--se da maior carga tributária de toda a Amé-rica Latina e Caribe, muito acima da média de 21,7% do PIB dos países latino-americanos. Este, no entanto, é um problema que está lon-ge de ser resolvido. Basta ver que neste ano o déficit primário será de R$ 170 bilhões, e já se estima um estouro no orçamento para 2017 da ordem de R$ 140 bilhões. O certo é que o Brasil precisa fazer uma verdadeira revolução na gestão do gasto público, e de forma ur-gente. Como se diz, o orçamento público não pode seguir sendo apenas uma peça de fic-ção. A alta carga tributária incidente sobre as empresas e a sociedade, no Brasil, é um fator comprovado de perda de competitividade de nossa indústria e da baixa inserção do país no mercado mundial.• Relações de trabalho. A legislação trabalhis-ta brasileira é defasada, rígida e juridicamente insegura. Como resultado disso, ela retira re-cursos das empresas e contribui para diminuir as contratações. A urgência por uma reforma trabalhista de base, que torne a norma mais moderna, clara e segura é mandatória. A modernização das relações do trabalho é um fator-chave relevante para melhorar o investi-mento em capital humano e a própria produti-vidade das empresas. • Custo do trabalho. O Brasil onera por demais as empresas via encargos trabalhistas, resul-tando em um Custo Unitário do Trabalho dos mais altos do mundo. Isso faz com que, em

Investimentos públicos consolidados em uma política industrial geram um ambien-te de negócios saudável para a indústria, em termos de condições humanas, tecno-lógicas e de infraestrutura. Esses fatores, aliados aos investimentos das próprias em-presas, propiciam a melhora nos índices de produtividade, com redução dos custos de produção, aprimoramento da mão de obra e aumento da qualidade dos produtos e serviços. Essa produtividade de alto nível, finalmente, será o pilar básico de uma indústria competitiva com chances de participação efetiva no mercado mundial.

desenvolvidos, os quais continuam a apostar em uma indústria forte como motor do crescimento perene e sustentável. Nesta edição do Informativo, o assessor de planejamento do SIMECS,

Rogério Gava, analisa os desafios e dificulda-des da indústria nacional. O artigo reflete sobre as condições e necessidades do setor industrial a partir do presente, e as implicações dessas questões para o futuro. Que políticas indus-triais são urgentes para que a indústria nacio-nal volte aos patamares de representatividade que ostentava há vinte anos? Que condições sociais, políticas, tecnológicas e econômicas

devem dar respaldo a essa reconquista? Como estamos hoje e quais são os desafios mais urgentes? São perguntas difíceis e complexas, mas que não podem ficar sem resposta. A indústria, como “motor da econo-mia”, deve entrar novamente para a agenda estratégica do Brasil.

Uma estrutura produtiva diversificada e competitiva é

ponto fundamental para que um país pontue bem no ranking do

desenvolvimento

“Hoje, a indústria nacional tem a mes-ma participação no Produto Interno Bruto que detinha nos anos 1940.”

“O governo despende demais com seu próprio custeio, e acaba onerando as empresas e a produção interna pela sa-nha tributária, que já abocanha quase 1/3 (32,7%) do PIB.”

do como um esteio para que atividades intan-gíveis como os serviços se desenvolvam. Da indústria saem também os bens de consumo duráveis que serão vendidos no varejo, as má-quinas e equipamentos que tornam o agrone-gócio mais produtivo, gerando a renda que irá alimentar os mercados de diferentes segmen-tos. No Brasil, no entanto, a indústria vem per-dendo representatividade de forma saliente. Hoje, a indústria nacional tem a mesma parti-cipação no Produto Interno Bruto que detinha nos anos 1940. Isso significa dizer que o peso da indústria no PIB é atualmente em torno de 9%, quando já chegou a mais de 22% nos anos 80. Uma queda que se acentuou a partir da vi-rada do milênio: no início dos anos 2000 a re-presentatividade média do setor industrial era de 16%. A verdade é que estamos voltando a patamares pré-industrialização. Para reverter esse quadro, faz-se necessário que o governo coloque novamente a indústria na pauta de uma política urgente e consolidada.

nou-se pequena, de baixa tecnologia e pouco investimento.• Investimento público. Nesse quesito, nos-sa média é bem mais baixa do que países emergentes com os quais competimos di-retamente, como China, Índia e México. No período 2003-2011, a taxa de investimento no Brasil (formação bruta de capital fixo/PIB) foi de 17,5% do Produto Interno Bruto. Na Chi-na, no mesmo período, esse índice ficou em 42,4%, na Índia 31,6% e no México 24,7%. O aumento dos investimentos públicos na pro-dução são, portanto, mandatórios. Isso por-que, uma política de investimentos públicos estruturada é o primeiro passo no processo de competitividade industrial (veja quadro, “A Flecha da Competitividade Industrial”).

A FLECHA DA COMPETITIVIDADE INDUSTRIAL

nosso país, o custo real de um trabalhador chegue a quase três vezes (considerando en-cargos, benefícios, burocracia e gestão do tra-balho) o salário de carteira, tendo por base o período de 12 meses. Uma realidade que rou-ba competitividade das empresas e prejudica o trabalhador, que poderia ter maiores ganhos se a fonte pagadora de renda fosse menos tri-butada pelo Estado. • Infraestrutura logística. As condições de transporte e escoamento da produção, no Brasil, são reconhecidamente precárias. Da malha rodoviária total – principal modal logís-tico do país, responsável por 2/3 do transporte

de cargas –, menos de 15% é pavimentada e, desse montante, 60% apresenta condições desfavoráveis ao tráfego. Somada às con-dições ruins também em portos, ferrovias e aeroportos, tem-se um contexto logístico preocupante e que inibe o desenvolvimento da indústria, refém de toda essa problemática.

a competitividade da indústria, o que, por sua vez, contribui para o au-mento da competitividade global de nossa economia. Economias for-tes podem destinar maiores recursos para fomentar a competitividade

e a inovação. E assim vai, em um círculo virtuoso que é marca registrada de to-das as economias mais avançadas do planeta. Esse círculo, no entanto, não se constrói por decreto ou acaso. A in-dústria brasileira padece das condições desfavoráveis citadas, não é de hoje. Isso fez com que a desindustrialização ganhasse força, reduzindo a participa-ção do setor industrial na geração de riqueza e renda. Uma realidade que não será fácil de ser revertida, mas que ao mesmo tempo não pode ser ignorada. Reformas urgentes e um maior investi-mento para a indústria nunca se fizeram

tão necessárias. Só assim, e quem sabe em futuro não tão longínquo, a atividade industrial retorne ao importante posto de “motor da eco-nomia”. Um desafio gigantesco e que não pode ser mais postergado.

8 | Informativo SIMECS | Setembro 2016 Informativo SIMECS | Setembro 2016 | 9

O SIMECS selecionou algumas informações referentes às áreas trabalhista, segurança e saúde no trabalho. Mais informações junto à Assessoria Trabalhista do SIMECS, fone (54)3228.1855. Leia as notícias na integra: www.granadeiro.adv.br

FALTA DE REGISTRO DO EMPREGADO E AS CONSEQUÊNCIAS ATRIBUÍDAS À EMPRESAO vínculo empregatício se caracteriza pelo que estabelece o art. 3º da CLT, ou seja, uma vez presente os requisitos dis-postos no referido dispositivo, a empresa estará obrigada a atender todas as obrigações trabalhistas e previdenciá-rias legalmente previstas para com o empregado que teve o vínculo reconhecido. A Constituição Federal preconiza a valorização do trabalho (arts. 1º, IV e 170) e a dignidade da pessoa humana (art. 1º, III), direitos indisponíveis os quais não se admite sua renúncia e tampouco, a imposição de obrigações com fins puramente econômicos em detrimen-to do empregado, situação que extrapola os limites do po-der de direção, disciplina e fiscalização dos serviços presta-dos por parte do empregador.

REFORMA TRABALHISTA FICA PARA SEGUN-DO SEMESTRE DE 2017A reforma da legislação trabalhista vai ficar para o segundo semestre de 2017. A prioridade do governo do presidente Michel Temer é resolver o problema fiscal do país. Hoje, a Justiça do Trabalho invalida em muitos casos as negocia-ções feitas entre sindicatos e empresas, por entender que elas desrespeitam a legislação. O governo quer permitir que acordos negociados por sindicatos e empresas preva-leçam sobre a legislação em alguns casos, o que pode abrir caminho para reduzir garantias que a lei oferece aos tra-balhadores hoje. Pela proposta, convenções coletivas po-derão acordar a possibilidade de um trabalhador cumprir jornada de até 12 horas por dia, com a limitação semanal de 48 horas (44 horas mais 4 horas extras).

MINISTROS JULGAM DESCANSO DE 15 MINU-TOS PARA AS MULHERESO Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nova-mente processo que discute se as mulheres têm direito a 15 minutos de descanso antes de hora extra. O assunto já havia sido analisado pelos ministros em 2014. Mas por uma

COLUNA TRABALHISTA

A Comissão de Meio Ambiente do SIMECS informa que a Associação Brasileira de Normas Técnicas -

ABNT publicou a nona edição da NBR 7503 – Transporte Terrestre de Produtos Perigo-sos – Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte – Características, Dimensões e Preenchimento. As principais alterações referem-se à inclusão de instruções adicio-nais para o preenchimento da área “A” da Ficha de Emergência, campos “Expedidor”, “Número de risco”, “Número ONU”, “Classe

O presidente do SIMECS Reo-mar Slaviero e o diretor Getu-lio Fonseca participaram, no dia 27 de setembro em Vaca-ria, de uma reunião que teve como objetivo discutir o Proje-to do Terminal de Transbordo Ferroviário para o Aço naquele município. Conforme Reomar, a participação do SIMECS nes-te assunto tem sido constan-te, uma vez que as empresas do segmento metalmecânico de Caxias do Sul e região ab-sorvem 60% do aço consu-

Transporte terrestre de produtos perigosos

questão processual – um dos advogados do caso não foi in-timado -, o julgamento foi cancelado. Por ora, há apenas um voto, pela manutenção do período de descanso. Em 2014, a maioria dos ministros foi favorável à manutenção do benefício. Porém, poderá haver mudança de entendi-mento. O ministro Gilmar Mendes, que tinha votado a fa-vor do descanso, resolveu pedir vista para analisar melhor a questão.

CONHEÇA 10 PRAZOS PARA FACILITAR AS ROTINAS TRABALHISTAS DA SUA EMPRESAA produtividade das empresas é cada dia mais determinan-te para a competitividade de um país. Neste contexto, é fundamental a boa organização e gestão das rotinas tra-balhistas, lidando-se da forma mais eficiente possível com todas as leis que devem ser cumpridas. Contudo, é fato que a legislação trabalhista brasileira é complexa e, portanto, ter conhecimento das leis pode ser um bom começo para alcançar mais produtividade. Tomem-se os prazos que as empresas devem cumprir, por exemplo. Entre admissões, contratações, afastamentos e todas as outras rotinas tra-balhistas ocorrendo simultaneamente no dia-a-dia, é fácil se perder em meio a tantas regras.1 – Prazo para assinatura e entrega da CTPS2 – Prazo para anotação no livro de registro3 – Prazo para realização dos exames médicos4 – Prazo para o pagamento do salário5 – Prazo para pagamento do 13º salário6 – Prazo para pagamento das férias e do abono7 – Prazo para recolhimentos do INSS e do FGTS8 – Prazo para recolhimento da contribuição sindical do empregado9 – Prazo para pagamento das verbas rescisórias10 – Prazo para concessão do aviso prévioAfinal, as relações de trabalho hoje precisam conjugar tan-to a sustentabilidade das empresas quanto o trabalho pro-dutivo, gerando mais oportunidades e melhores condições de trabalho.

OPINIÃO

Velhos moços

Transbordo Vacaria

Odacir ConteDiretor executivo do SIMECS

ou subclasse de risco” e “Grupo de emba-lagem”. Inclusão de instruções adicionais para o preenchimento do campo “Fogo” da área “D”. Para o transporte pelo modal ferroviário, foram incluídos novos termos e definições. Também foi incluída a possibili-dade de inclusão da data da versão da Ficha de Emergência, novas instruções sobre pre-enchimento do Envelope para o Transporte e exclusão da Ficha de Emergência (tar-ja verde) para produtos não classificados como perigoso para o transporte terrestre.

mido no Rio Grande do Sul e em nível nacional o consumo local corresponde a aproxima-damente 3% do aço plano co-mercializado no Brasil. A utili-zação do Terminal de Vacaria pode se tornar uma opção importante para o transporte desta matéria-prima. Após a reunião, que foi coordenada pela Câmara de Indústria, Co-mércio, Agricultura e Serviços de Vacaria (CIC,) houve uma visita às áreas disponíveis para investimento do terminal.

Em tempos que já vão longe havia três entidades que mereciam total respeito: os pais, os professores e os mais velhos. Os pais por nos proporcionar acolhida, mesmo sendo esta singela; os profes-sores que, juntamente com os pais, por nos transmitir o aprender e os mais ve-lhos, a experiência vivida.Hoje os cabelos brancos são sinônimo de pouco valor, quase tratados como

“res nullius”, como os romanos tratavam a coisa de ninguém, isto é, que a ninguém pertence (ou em resumo, de pouco ou nenhum valor).Esquecem-se estes que assim o fazem, que um dia, se tiverem sorte de uma vida mais longa, daquela forma poderão ser tratados.Que dizer dos professores, em que via de regra os valores se inver-tem em sala de aula, em que o respeito a eles há tempo foi esqueci-do, mas também o sublime mister de educar e transmitir aprendiza-do quase perdeu-se junto? Os pais, bem, estes hoje se retraem em função do poder crescente dos filhos. Creio seriamente que o trinô-mio mais velhos - professores - pais precisa ser reconduzido ao lugar que lhe compete, tanto nas relações de trabalho, quanto na família e na escola. Até pouco tempo acreditava-se que os jovens eram o futuro do país. Não que não sejam, mas há que se observar que o Brasil deixou de ser um país jovem e que pelas previsões do IBGE em 2025, estaremos na sexta posição entre os países com maior popu-lação idosa. Destarte este prognóstico nos diz que o futuro será da experiência. Em recente viagem à Alemanha, capitaneando uma das tantas missões que o SIMECS realiza, onde oportuniza às médias e pequenas empresas estreitar contato com as principais feiras técni-cas, visitamos também empresas alemãs para conhecer um pouco das relações sindicais e trocar experiências. Naquela ocasião, notei que havia muitas pessoas de mais idade, tanto nas áreas de opera-ções, mas também nas áreas burocráticas, bem o oposto do que ve-mos aqui.Informou então o recepcionista da empresa que nos acom-panhava, que os mais velhos trazem mais capacidade de análise e maior maturidade na tomada de decisões, além de agregar valor ao negócio, trazer credibilidade à empresa e mais facilmente conquistar a confiança dos demais, além de manter conhecimentos preciosos.Aqui, na maioria das vezes os idosos são excluídos ou taxados de im-produtivos e encabeçam o rol dos descartáveis quando se fala em

reestruturação de empresa, especialmente.Em nosso país, o idoso aposentado contribui para a Previdência Social sem que esta lhe dê qualquer contrapartida. Portanto é van-tagem para o sistema, hoje absolutamente deficitário, empregar aposentados. Ao auferir ainda renda do seu trabalho, contribui para movimentar a economia. Um caminho que poderia ser seguido seria reduzir a contribuição previdenciária tanto do empregado quanto do empregador, quando se trata de trabalhador aposentado, mantendo estes economicamente ativos por mais tempo. Diminuindo o custo, se estimularia a manutenção ou mesmo a contratação de idosos.Se o idoso não pode fazer esta opção hoje, somos nós que não pode-remos fazê-la amanhã.Para refletir: há três anos estive juntamente com o presidente do SIMECS em Nairóbi, no Quênia, realizando vários contatos, com o objetivo de divulgar nossas empresas e consequentemente seus produtos. Ao final do programa oficial de três dias, visitamos o Par-que Nacional de Nairobi, nos arredores da cidade. Sua extensão é de pouco mais de 120km² e lá os animais selvagens vivem soltos e se autossustentam (lei da selva).Vimos uma pequena manada de zebras e uma delas, mais atrás, ca-minhava com alguma dificuldade, não podendo mais acompanhar o grupo. Este animal certamente era um dos mais velhos e será inva-riavelmente trucidado pelos predadores, nos disse o guia. O compor-tamento dos animais selvagens é primeiro, atacar os mais fracos, os feridos e os mais velhos. Não é possível que nos dois mundos, racio-nal e irracional, só sobrevivam os mais fortes. Há que se dar guari-da, pelo menos no mundo racional, aos mais frágeis também, caso contrário seremos como os povos primitivos e indígenas que tinham o comportamento de deixar para trás os velhos e os fracos, deixan-do-os ao abandono e isolamento. Nos tempos atuais, não devemos deixar que a lei da selva funcione do mesmo modo. Caso contrário os mais fracos, ou que vierem a fra-quejar, serão trucidados impiedosamente, exatamente como ocor-re naquele Parque Nacional, onde o animal enfraquecido, ferido ou velho é abandonado à mercê dos predadores. Será assim quando a idade chegar? Abandonado, discriminado, isolado? Ao concluir, é importante refletir a diferença entre idoso e velho, que não está só na aparência física, está no intelecto e no comportamen-tal. Não podemos olvidar que amanhã todos seremos idosos ou ve-lhos. E aí, como será?

Dirigentes do SIMECS participaram do encontro em Vacaria

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Hyva amplia exportações

Volare anuncia desenvolvimento de novo modelo 100% elétrico

Vídeos estão alavancando as vendas de produtos da Soprano

MEC-RUL completa 60 anosFras-le recebe recomendação para a ISO 17.025

A Volare, líder nacional na produção de veículos leves para o transporte de passageiros, anuncia que está desenvolven-do um novo modelo, com motorização 100% elétrica.

A montadora prevê apresentar o protótipo do novo miniônibus no início de 2017. O projeto do novo Volare elétrico conta com a parce-ria da BYD, empresa líder mundial no desenvolvimento de power-train para veículos elétricos e prevê a produção no Brasil. O desenvolvimento teve início em 2014 e faz parte da estratégia da fabricante de oferecer veículos com as mais avançadas tecnologias e que atendam a demanda brasileira e internacional, sobretudo com relação à emissão de poluentes. O veículo é totalmente novo e está sendo projetado para oferecer maior espaço interno, com a configu-

A Fras-le teve seu laboratório de ensaios de produtos auditado pelo Instituto Na-cional de Metrologia, Qualidade e Tec-nologia (Inmetro), cumprindo satisfato-riamente mais esta etapa do processo de acreditação na Norma ISO 17025. A norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 é adotada mundialmente para reconhe-cer a competência técnica de laborató-rios de ensaios e calibração que exige uma maior confiabilidade metrológica dos resultados e confidencialidade dos relatórios e certificados emitidos. Além disso, estabelece uma referência que amplia o seu sistema de gestão para qualidade, através de padrões interna-

A MEC-RUL, fundada em 21 de setembro de 1956, é um bra-ço forte em muitas terras. O esforço constante da empresa ajuda quem planta a colher, o que faz cada dia ter o propósito de buscar um amanhã melhor. Em 1956, a empresa nasceu da união dos irmãos Francisco e Ferdinando, iniciando os processos de produção com apenas um torno. Atualmente, a empresa é norteada pelo profissionalismo e pela seriedade, com grande foco na qualificação dos serviços. Mesmo com o crescimento, a essência do olhar que passa de geração em geração continua intacta. Depois de 60 anos em atividade, a serra gaúcha não é mais uma turista quando se fala em mer-cado internacional. Caxias do Sul foi com a MEC-RUL até a China, voltou ao México e se espalhou por toda a América do Sul, mostrando ao Brasil que a qualidade gaúcha desconhe-

Com duas plantas fabris no polo metalme-cânico de Caxias do Sul, a Hyva do Brasil aumentou as suas exportações como forma de compensar a queda das vendas no mer-cado interno. As exportações, que repre-sentavam 25% do faturamento brasileiro da empresa em 2013, passaram para 45% em 2016. Tradicional fabricante de cilindros, kits hidráulicos, pisos móveis e guindastes articulados, a Hyva tem nos Estados Unidos, Argentina, Peru e Chile oseus grandes mer-cados externos. O principal produto exportado continua a ser o cilindro hidráulico, que está direta-mente ligado ao mercado de caminhões e implementos rodoviários. Com queda acu-mulada até agosto de 37% no mercado de implementos basculantes, a compensação é feita com as exportações e com a ampliação de sua participação nos mercados da cons-trução civil e mineração. Com a estabilidade em suas vendas, a Hyva mantém o mesmo número de funcionários do final de 2015, com 170 colaboradores, sem precisar flexi-bilizar a jornada de trabalho.

A Soprano Fechaduras e Ferragens conta com um grande mix de produtos como fe-chaduras, ferragens, acessórios para mó-veis, molas aéreas e molas de piso, entre outros que são distribuídos em todo o mer-cado brasileiro. Como forma de alavancar as vendas e instruir o mercado, a empresa tem

utilizado o seu canal no YouTube para lançar vídeos técnicos que mostram como utilizar e instalar os produtos Soprano. Segundo Cristine Duso, coordenadora de marketing da unidade Fechaduras e Ferragens, a em-presa está investindo forte nesta estraté-gia. “Os vídeos de passo a passo são muito importantes para nosso cliente e instalador e também para a divulgação do mix de pro-dutos que possuímos. Desde 2014, quando iniciamos o canal, já contamos com quase 400 mil visualizações nos nossos vídeos”, explica. Pesquisas mostram que quando a empresa fornece informações em vídeo sobre determinado produto, a chance de o consumidor comprar o item aumenta em mais de 60%. Isso porque o conteúdo audio-visual se torna a melhor forma de conhecer

cionais de operações técnicas e admi-nistrativas em laboratórios de ensaios. Para o coordenador dos laboratórios e infraestrutura de pesquisa e desenvolvi-mento da Fras-le, Marcos Roberto Soa-res, este deverá ser mais um reconheci-mento do compromisso que a empresa tem com a qualidade de seus produtos. “Esta acreditação confirmará a nossa competência técnica, atestando a capa-cidade do sistema de gestão dos labo-ratórios Fras-le de produzir resultados de ensaio confiáveis, dentro de padrões internacionais, atendendo tanto a legis-lação brasileira quanto a internacional de certificação de produtos”, revela.

ce fronteiras. A exportação do sul do país para o mundo ajuda a suprir necessidades de diversos tipos de produção, aumen-tando o fluxo agrícola e oferecendo acesso a mercadorias de melhor qualidade. Nesse tempo, a objetividade em fazer mais esteve sempre presente na empresa. A importância de cada grão que é levado da terra tem grande valor para a MEC-RUL. Por isso, usando a tecnologia como aliada, ela cria soluções inovadoras que plantam um novo futuro todos os dias. Um dos principais diferenciais presente em sua linha de produtos é a customização. O maquinário de alto nível torna possível entregar produtos que atendam a necessidades muito espe-cíficas, cada cliente tem um atendimento único. Nesses 60 anos, a maior herança que a MEC-RUL deixa de geração para geração é a cultura do trabalho sério, honesto e profissional.

o item antes da compra. “Através de víde-os, o consumidor consegue ter uma melhor noção de características do produto (como movimento, proporções e funcionamento) e, assim, consegue decidir mais facilmente se é aquilo o que está buscando. No caso do nosso produto, o vídeo também auxilia o consumidor e o instalador com o passo a passo de instalação e dúvidas frequentes que possam surgir”, explica Cristine. Recen-temente a unidade de Fechaduras e Ferra-gens lançou um vídeo que explica como instalar a fechadura elétrica, que conta com cilindro fixo, bipartido ou regulável. No au-diovisual é possível conferir detalhadamen-te a instalação do produto, além de verificar todos os componentes que acompanham os modelos de fechaduras elétricas.

ração das baterias e do powertrain em posição que proporcionem o máximo de eficiência, redução de custos operacionais e de pesos total (um dos grandes desafios dos veículos elétricos). O novo veículo terá 9.095mm de comprimento, 2.985mm de altura e 2.360mm de largura, com piso baixo, motores nas rodas traseiras e capacidade para cerca de 45 passageiros (20 sentados e 25 em pé). A motorização será BYD, com 90 kW de potência e 450 Nm de tor-que máximo, com as baterias no teto e na traseira. Outro diferencial é que a recarga total poderá ser feita em apenas três horas. Para tornar mais eficiente a utilização da energia, o novo veículo contará ainda com sistema de regeneração da energia da frenagem.

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GALERIA DE HONRA

Para a históriada indústriametalúrgica da região

Metalúrgica Vabene LTDA

A Metalúrgica Vabene Ltda. é uma empresa de pequeno porte que atua na fabricação de compo-nentes para esquadrias de madeira, alumínio, pa-rafusos, rebites e fixadores especiais com capaci-dade para atender as diversas linhas da indústria moveleira, setores elétrico e metalmecânico. Está localizada em área própria, na Estrada Velha da Vacaria,1333, Sapupema, no município de Ve-ranópolis, em um prédio de 2000m². A empresa foi fundada no dia 08 de novembro de 1995, nascendo de uma maneira muito simples. Iniciou suas atividades em um pavilhão alugado, em que a maior parte dos processos era manual. Seu foco inicial consistia na fabricação de uma pequena linha de roldanas para esquadrias de madeira com o objetivo de prestar serviço para a indústria regional. Em 1998, o portfólio de pro-dutos foi ampliado, passando a utilizar novos processos para conformação de metais, o que proporcionou à empresa a oportunidade de in-gressar no mercado mais fortemente, atendendo uma nova gama de clientes. Os fundadores Ama-rildo Antonio Benetti e Valdir Rigo, acreditando no potencial e buscando condições para o cres-cimento e sustentabilidade, adquiririam em 2000 a área onde está atualmente instalada a fábrica e iniciaram a construção com recursos próprios e de programas de investimento, transferindo-se em definitivo no ano de 2002.

A Metalúrgica Vabene tem como valores e prin-cípios: o Cliente, porque procura atender suas expectativas; a Inovação, como forma de per-petuação e qualidade para gerar potencial de competitividade; a Credibilidade, para gerar confiança na marca Vabene; o Reconhecimento e a Valorização do funcionário; o Lucro essencial, como fator de crescimento e o Meio Ambiente, sendo que obedece as especificações solicita-das pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente como forma de prevenir e combater formas de poluição, sendo também forma de educação.

A Empresa conta com máquinas e ferramentas de alta qualidade e investe no desenvolvimento e fa-bricação de ferramentais necessários. Tem condi-ções para desenvolver itens de 1,50mm até 16mm de diâmetro tubulares, semitubulares, escalona-dos, maciços e, a partir de 2017, até 205mm de comprimento. Fabrica itens como roldanas, do-bradiças, cremones, varetas, pivotantes e fechos. A trajetória de 20 anos de atuação deve-se ao bi-nômio qualidade e atendimento das diferentes ne-cessidades de cada cliente e ao setor no qual estes estão inseridos.

VALORES, MISSÃO E VISÃO

PRODUTOS

A Missão da empresa é buscar o aperfeiçoamen-to constante através da tecnologia, treinamento profissional, preocupação com o meio ambiente e acompanhamento ao cliente num processo contí-nuo de qualidade. Oferecer solução em componen-tes para esquadrias e elementos de fixação, asse-gurando a satisfação de clientes, colaboradores, sócios e a comunidade. A empresa tem como Visão iniciar a elaboração de novos produtos com valor compatível ao mercado, atendendo as necessida-des dos clientes. Oferecer soluções, assegurando a satisfação dos clientes, colaboradores, sócios e da comunidade.