problema da liberdade e determinismo

8/18/2019 Problema Da Liberdade e Determinismo

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PROBLEMA DA LIBERDADE E DETERMINISMO:

SEREMOS EFECTIVAMENTE LIVRES?

2 Respostas possíveis para o probe!a:

1 – Liberdade

2 - Determinismo

Liber"a"e:

E! se#ti"o abso$to o$ ra"i%a – Designa a possibilidade de agir na ausência

de constrangimentos (internos ou externos). Aproxima-se muito da noção de

lire – arb!trio.

E! se#ti"o reativo – Designa a possibilidade de dispor de si mesmo" de se

auto determinar" atra#s da ontade" mas num campo limitado de

possibilidades.

Deter!i#is!o:

Doutrina" $re%uentemente associada a uma isão determinista do mundo"

segundo a %ual todos os acontecimentos do &nierso" incluindo as pr'prias

acçes umanas" estão submetidos a leis de car*cter causal. +sto signi$ica %ue

todos os eentos" sem excepção" são e$eitos, proocados por eentos

anteriores.

PROBLEMA DO LIVRE & ARB'TRIO:

COMPATIBILI(AR A LIBERDADE )*MANA COM AS O*TRAS FOR+AS ,*EA PARECEM AN*LAR?

- Respostas possíveis para o probe!a:

1 - Determinismo (radical ou absoluto)

2 - +ndeterminismo


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- ompatibilismo

/ - Libertismo

Ca$sa → E.eito

Rea/0o #e%ess1ria

(%ue não se podia $a0er de outra maneira) de dependência mtua

DETERMINISMO

RESPOSTA AO PROBLEMA DO LIVRE ARB'TRIO – A liberdade não #

compat!el com a $orça %ue a anula, a causa.

ese %ue de$ende %ue as acçes umanas são determinadas por causas

necess*rias (imposs!eis de ser alteradas)" são preis!eis e ineit*eis"

portanto o ser 3$!a#o #0o 4 ivre.

55 AR6*MENTOS

555 3e o ser umano $a0 parte do mundo natural" então ter* %ue obedecer

4s mesmas leis %ue os restantes $en'menos e seres. Desta $orma" não *

%ual%uer tipo de liberdade e" conse%uentemente" lire-arb!trio.

5525 3e o passado controla o $uturo" ou se5a" se a uma causa se segue

necessariamente um e$eito e n's não podemos controlar as causas" isso

signi$ica %ue o ser umano não tem o poder para inter$erir no processo ausa-

6$eito (não pode controlar a $orma como a causa gera um e$eito). Logo" não #

lire.

525 CONSE,*7NCIAS IMPLICADAS NA DEFESA DESTA TESE

5255 As acçes umanas são ineit*eis7

52525 As acçes umanas são meros e$eitos de causas %ue não controlamos7


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52585 8ão podemos ser responsabili0ados pelas acçes7

525-5 3e não podemos ser responsabili0ados pelas nossas acçes" então a

noção de 5ustiça e as ideias de 9em e :al não $a0em sentido7

N9O RESOLVE O PROBLEMA DO LIVREARB'TRIO

2 INDETERMINISMO

RESPOSTA AO PROBLEMA DO LIVRE ARB'TRIO - A liberdade não #

compat!el com as $orças %ue a anulam, o acaso e o aleat'rio.

ese %ue de$ende %ue as acçes umanas são o resultado impreis!el do acaso

e são indeterminadas" portanto o ser 3$!a#o #0o 4 ivre.

255 AR6*MENTOS

2555 Assim como num sistema micro$!sico não podemos preer o

comportamento das part!culas por%ue sobre elas actua o acaso" tamb#m não

podemos preer as acçes umanas – são impreis!eis ou apenas pro*eis.

Assim" se o acaso controla as acçes umanas" então tais acçes não

dependem da ontade lire do agente.


25255 As acçes umanas são aleat'rias ou $ruto do acaso.

252525 As acçes umanas são impreis!eis" portanto não são lires.

252585 ; agente não pode ser responsabili0ado.


DILEMA DO DETERMINISMO:


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anto a tese Determinista como a tese +ndeterminista" apesar de partirem de

argumentos contr*rios" cegam 4 mesma conclusão, a negação da liberdade e

da responsabilidade. 3e o Determinismo $or erdadeiro" as acçes estão

dependentes de causas %ue o agente não domina" logo não são lires. 3e o

+ndeterminismo $or erdadeiro" então as acçes estão dependentes do acaso e

não da ontade do agente" logo não são lires.

8 COMPATIBILISMO

RESPOSTA AO PROBLEMA DO LIVRE ARB'TRIO - A liberdade # compat!el

com o determinismo ($orças %ue a anulam).

ese %ue de$ende %ue # poss!el compatibili0ar o determinismo com a ontade

lire" ou se5a" aceita-se o determinismo do mundo natural mas tamb#m %ue *

espaço para a liberdade e responsabilidade umana.

Assim" mesmo %ue as nossas acçes se5am determinadas ou causadas"

podemos sempre agir de maneira di$erente" se assim escolermos.

AR6*MENTO PRINCIPAL DA TESE


8555 3e" apesar de determinados podemos agir liremente" então não s'

somos lires como responsabili0ados.

RESOLVE O DO PROBLEMA DO LIVREARB'TRIO

- LIBERTISMO

RESPOSTA AO PROBLEMA DO LIVRE ARB'TRIO – 8ão * compatibilidade

entre a liberdade e o determinismo" pois somos abso$ta!e#te ivres.


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ese %ue de$ende" de modo radical" a liberdade e a responsabilidade umanas"

ou se5a" o ser umano não # determinado" pois ele tem o poder de se auto

determinar atra#s da sua mente.

-55 AR6*MENTO

-555 A ontade do ser umano não # causalmente determinada nem

aleat'ria" pois o agente tem o poder de inter$erir no curso normal das coisas"

atra#s da sua mente.

Assim" de$ende-se uma separação entre o corpo e a mente" sendo %ue esta

ltima est* $ora do dom!nio das leis da 8ature0a %ue determinam o ser

umano. A mente # capa0 de se auto determinar.

-525 CONSE,*7NCIA IMPLICADA NA DEFESA DESTA TESE

-5255 3e o ser umano # capa0 de se auto determinar" então ele #

absolutamente lire e respons*el.


TIPOS DE CONDICIONANTES

;8D++;8A86 AMBIENTAL emos de estir um casacopor%ue est* muito $rio.

;8D++;8A86 )EREDIT;RIA eno os olos castanospor%ue os


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;8D++;8A86 ECONa as %o#"i%io#a#tes "a a%/0o 3$!a#a5

6xistem dois tipos de condicionantes,

Co#"i%io#a#tes .ísi%o & bio psi%o@i%as:

on5unto de $actores relacionados com as leis $!sicas" %u!micas" biol'gicas e

psicol'gicas" %ue nos goernam en%uanto corpos ios. 6stes $actores limitam a

liberdade do ser umano mas tamb#m le abrem um enorme le%ue de

possibilidades" condicionando o %ue podemos $a0er e como o podemos $a0er.

Co#"i%io#a#tes 3istri%o s%io & %$t$rais:

on5unto de $actores relacionados com o mundo ist'rico" social e cultural

(*bitos" crenças" alores" padres de conduta" normas")" a partir dos %uais

se constr'i a nossa Bumanidade e se de$inem os nossos modos de ser" estar e

sentir. al como as condicionantes anteriores" estas tamb#m limitam a liberdade

do agente e" ao mesmo tempo" le abrem um enorme le%ue de possibilidades.

8o entanto" apesar de estas condicionantes existirem" são elas %ue nos

tornam nicos" constituindo assim tamb#m um $actor da nossa liberdade.

Ser1 $e apesar "as %o#"i%io#a#tes "a a%/0o 3$!a#a o 3o!e! 4ivre?

3im" pois apesar de o Bomem estar limitado por *rios tipos de condicionantes"

ele pode sempre escoler entre *rias possibilidades" tornando a sua liberdade

uma con%uista constante.


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Assim" o Bomem precisa de reconecer os seus limites para de poder a$irmar"

auto determinar e construir-se a si pr'prio.

omo o Bomem nasce imper$eito e inacabado" tem de criar-se a si pr'prio e ao

mundo atra#s da sua ontade lire. 3' estas caracter!sticas # %ue tornam a

liberdade uma con%uista poss!el para o Bomem.

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