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Bruno Baierle Maurício Furigo Prof.ª Sheila Regina Oro (orientadora) Edital 06/2013 - Produção de Recursos Educacionais Digitais PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADES PARTE I

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Bruno Baierle

Maurício Furigo

Prof.ª Sheila Regina Oro (orientadora)

Edital 06/2013 - Produção de Recursos Educacionais Digitais

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADES

PARTE I

Variável Aleatória

Por definição uma variável aleatória pode ser entendida como

sendo uma variável quantitativa, cujo resultado depende de

fatores aleatórios.

Exemplos:

número de coroas obtidos no lançamento de moedas;

número de defeitos de azulejo que sai da linha de produção;

tempo de resposta de um sistema computacional;

resistência ao desgaste de um tipo de aço, num teste padrão;

Variável Aleatória

Uma variável aleatória é uma função que associa elementos do

espaço amostral ao conjunto de números reais.

Exemplo 1. (BARBETTA, pg 117) No lançamento de 2 moedas, o

espaço amostral mais completo é Ω = {(cara, cara), (cara, coroa),

(coroa, cara), (coroa, coroa)}, enquanto que a variável aleatória

número de coroas assume valores no conjunto {0, 1, 2}.

A relação entre os dois conjuntos, é esquematizada a

seguir.

Variável Aleatória

Uma variável aleatória pode ser:

Discreta: onde os possíveis resultados estão

contidos em um conjunto finito ou enumerável.

Exemplo:

Variável Aleatória

Uma variável aleatória pode ser:

Contínua: onde os possíveis resultados abrangem

todo um intervalo de números reais.

Exemplo:

Variáveis Aleatórias Independentes

Variável aleatória independente, pode ser entendida quando o

conhecimento de uma variável não altera as distribuições de

probabilidade das demais variáveis (𝑋1, 𝑋2, … , 𝑋𝑛).

Para variáveis aleatórias independentes:

V X + Y = V X + V(Y)

V X − Y = V X + V(Y)

Variáveis Aleatórias Independentes

Exemplo 2. (MEYER), seja X e Y a duração da vida de doisdispositivos eletrônicos. Suponha que sua fdp conjunta sejadada por

𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒆−(𝒙+𝒚), 𝒙 ≥ 𝟎, 𝒚 ≥ 𝟎,

por fatoração temos

𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒆−𝒙𝒆−𝒚,

desta forma a independência de X e Y fica estabelecida.

Variáveis Aleatórias Independentes

Definição: seja (X, Y) uma variável aleatória discreta

bidimensional. Então X e Y serão variáveis aleatórias

independentes se, e somente se:

𝑃 𝑥𝑖 , 𝑦𝑗 = 𝑝(𝑥𝑖)𝑞(𝑦𝑗) para quaisquer 𝑖 e 𝑗.

Portanto,

P 𝑋 = 𝑥𝑖 , 𝑌 = 𝑦𝑗 = 𝑃 𝑋 = 𝑥𝑖 𝑃(𝑌 = 𝑦𝑗) para todo 𝑖 e 𝑗

Variáveis Aleatórias Independentes

Definição: seja (X, Y) uma variável aleatória contínuabidimensional. Então X e Y serão variáveis aleatóriasindependentes se, e somente se:

𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑔 𝑥 ℎ(𝑥) para todo 𝑥 e 𝑦,

onde 𝑓 é a fdp conjunta, e 𝑔 e ℎ são as fdp marginaisde X e Y, respectivamente.

Variável Aleatória Discreta

Variável Aleatória Discreta

Teorema 1: Se X é uma variável aleatória discreta com

distribuição de probabilidade 𝑓 𝑥 . Definindo Y = 𝑢 𝑋 a

transformação um a um entre os valores de X e Y, então a

equação 𝑦 = 𝑢 𝑥 pode ser unicamente resolvida por 𝑥 em função

de 𝑦, digamos 𝑥 = 𝑤 𝑦 .

Então a distribuição de probabilidade de Y é

𝒈 𝒚 = 𝒇 𝒘(𝒚)

Variável Aleatória Discreta

Teorema 2: Supondo que 𝑋1 e 𝑋2 são variáveis aleatórias

discretas com distribuição de probabilidade conjunta 𝑓 𝑥1, 𝑥2 ,definindo a transformação um a um entre os pontos 𝑥1, 𝑥2 e

𝑦1, 𝑦2 , então as equações

𝑦1 = 𝑢1 𝑥1, 𝑥2 e 𝑦2 = 𝑢2 𝑥1, 𝑥2 ,

podem ser unicamente solucionadas para 𝑥1 e 𝑥2 em função de 𝑦1e 𝑦2.

Variável Aleatória Discreta

Onde:

𝑥1 = 𝑤1(𝑦1, 𝑦2) e 𝑥2 = 𝑤2(𝑦1, 𝑦2)

Portanto a distribuição de probabilidade conjunta 𝑌1 e 𝑌2é:

𝒈 𝒚𝟏, 𝒚𝟐 = 𝒇[𝒘𝟏 𝒚𝟏, 𝒚𝟐 , 𝒘𝟐 𝒚𝟏, 𝒚𝟐 ]

Variável Aleatória Discreta – Função de

Probabilidade

Se X for discreta, com valores {𝑋1, 𝑋2, … }, então a distribuição de probabilidade de

X, pode ser apresentada pela função de probabilidade, a qual associa a cada

valor possível 𝑋𝑖 a sua probabilidade de ocorrência 𝑝(𝑋𝑖).

Ou seja

𝒑 𝒙𝒊 = 𝑷(𝑿 = 𝒙𝒊)

Satisfazendo:

𝑝 𝑥𝑖 ≥ 0

𝑖

.

𝑝 𝑥𝑖 = 1

Variável Aleatória Discreta – Função

de Probabilidade

Representação gráfica da distribuição de probabilidade da variável

aleatória X, a qual representa o número obtido no lançamento de

um dado comum.

Variável Aleatória Discreta – Função

de Distribuição Acumulada

Por definição:𝑭 𝒙 = 𝑷 𝑿 ≤ 𝒙 , ∀𝒙 ∊ ℜ

Assim, para todo 𝑥 ∊ ℜ, a função de distribuição acumulada

descreve a probabilidade de ocorrer um valor até 𝒙.

Exemplo:

Variável Aleatória Discreta – Função

de Distribuição Acumulada

X = número obtido no lançamento de um dado comum.

𝐹 𝑥

0 𝑠𝑒 𝑥 < 1 1 6 𝑠𝑒 1 ≤ 𝑥 ≥ 2

2 6 𝑠𝑒 2 ≤ 𝑥 ≥ 3

3 6 𝑠𝑒 3 ≤ 𝑥 ≥ 4

4 6 𝑠𝑒 4 ≤ 𝑥 ≥ 5

5 6 𝑠𝑒 4 ≤ 𝑥 ≥ 51 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 6

Variável Aleatória Discreta – Valor

Esperado e Variância

Valor esperado:

μ = 𝑬 𝑿 =

𝒋=𝟏

𝒌

𝒙𝒋𝒑𝒋

Variância:

σ𝟐 = 𝑽 𝑿 =

𝒋=𝟏

𝒌

(𝒙𝒋 − μ)𝟐𝒑𝒋

Ou

𝑽 𝑿 = 𝑬(𝑿𝟐) − μ𝟐

Variável Aleatória Discreta – Valor

Esperado e Variância

Propriedades:

a) 𝐸 𝑐 = 𝑐

b) 𝐸 𝑋 + 𝑐 = 𝐸 𝑋 + 𝑐

c) 𝐸 𝑐𝑋 = 𝑐𝐸(𝑋)

d) 𝐸 𝑋 + 𝑌 = 𝐸 𝑋 + 𝐸 𝑌

e) 𝐸 𝑋 − 𝑌 = 𝐸 𝑋 − 𝐸(𝑌)

f) V 𝑐 = 0

g) V 𝑋 + 𝑐 = 𝑉 𝑋

h) V 𝑐𝑋 = 𝑐2𝑉(𝑋)

i) DP 𝑐𝑋 = |𝑐|𝐷𝑃(𝑋)

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Bernoulli

A distribuição de Bernoulli tem somente 2

resultados possíveis: sucesso e fracasso.

Onde:

𝟎 ≤ 𝒑 ≤ 𝟏

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Bernoulli

Função da probabilidade p(x)

X 𝑝 𝑥

0

1

1 − 𝑝𝑝

total 1

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Bernoulli

Função acumulada F(x)

𝑭 𝑿 = 𝟎

𝟏 − 𝒑𝟏

𝒔𝒆 𝒙 < 𝟎𝒔𝒆 𝟎 ≤ 𝒙 ≤ 𝟏𝒔𝒆 𝒙 ≥ 𝟏

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Bernoulli

Esperança E(X)

𝑬 𝑿 = 𝒑

Variância V(X)

𝐕 𝑿 = 𝒑. 𝟏 − 𝒑

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Bernoulli

Exemplos.

Lançamento de uma moeda:

Caso obtenha-se uma cara: sucesso

Caso obtenha-se uma coroa: fracasso

A direção que segue um veículo em bifurcação (caminho A e B):

Se segue o caminho A: sucesso

Se segue o caminho B: fracasso

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Bernoulli

Exemplo 3. Uma urna tem 30 bolas brancas e 20 verdes. Retira-se umabola dessa urna. Seja X: nº de bolas verdes. Calcular E(X) e V(X).

Solução

X = {1 → p = 2050 = 2 5

E X = p = 𝟐 𝟓 = 𝟎, 𝟒 𝐛𝐨𝐥𝐚𝐬 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐞𝐬

V X = p ∙ 1 − p = 2 5 ∙ 1 − 2 5 𝟔 𝟐𝟓 = 𝟎, 𝟐𝟒 𝐛𝐨𝐥𝐚𝐬 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐞𝐬𝟐

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

Considere n experimentos independentes identicamente distribuídos,cada um com distribuição Bernoulli de parâmetro p. Se a variável deinteresse x corresponde ao número de sucessos obtidos nestes nexperimentos, então x é conhecida como uma variável aleatóriabinomial de parâmetros n e p.

Onde:

n é o número de ensaios independentes;

e P (sucesso) = p, constante para todo ensaio 0 < 𝑝 < 1

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

Função da probabilidade p(x)

𝒑 𝒙 =𝒏𝒙

∙ 𝒑𝒙 ∙ (𝟏 − 𝒑)𝒏−𝒙 x = 0,1, 2, … , n

Onde:𝑛𝑥

=𝑛!

𝑛 − 𝑥 ! 𝑥!

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

Função acumulada F(x)

𝑭 𝒙 = 𝑷 𝑿 ≤ 𝒙𝒊 =

𝒊=𝟏

𝒏𝒊

𝒇(𝒙𝒊)

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

Esperança E(x)

𝑬 𝑿 = 𝒏 ∙ 𝒑

Variância V(X)

𝑽 𝑿 = 𝒏 ∙ 𝒑(𝟏 − 𝒑)

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

Exemplos.

Lançar uma moeda 5 vezes e observar o número de

caras;

Verificar o número de bits que não estão afetados por

ruídos, em um pacote com n bits;

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

Representação gráfica com n = 5 e p = 0,5

E(X)=25

Modelos de Distribuição DiscretaDistribuição Binomial

Exemplo 4. (DÍAZ) Um médico aplica um teste em dez alunos de umcolégio, para detectar uma enfermidade cuja incidência sobre umapopulação de crianças é de 10%. A sensibilidade do teste é de 80% ea especificidade é de 75%. Qual a probabilidade de que 4 pessoasapresentem um resultado positivo?

Dados:

P E = 0,1

𝑃(𝑇+|𝐸) = 0,8

𝑃(𝑇−|𝐸) = 0,75

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

Solução:

Pelo Teorema da Probabilidade Total

𝑃(𝑇+) = 𝑃(𝑇+|𝐸) ∙ 𝑃 𝐸 + 𝑃(𝑇+|𝐸) ∙ 𝑃 𝐸 = 𝑂, 8 ∙ 0,1 + 0,25 ∙ 0,9 = 0,305

seja 𝑋1 a v.a que contabiliza o número de resultados positivos ,

e chamando 𝑝1 = 𝑃(𝑇+), então X segue uma distribuição binomial.

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

Portanto

𝑋1 𝑛1 = 10, 𝑝1 = 0,305 ↔ 𝑃 𝑋1 = 𝑥 =𝑛1𝑥

𝑝1𝑥 (1 − 𝑝)𝑛1−𝑥

Logo a probabilidade de que o resultado do teste dê positivo para 4pessoas é de:

𝑃(𝑋1 = 4) =104

0,3054 ∙ 0,6956 = 0,2048 ≡ 𝟐𝟎, 𝟒𝟖%

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

Exemplo 5. (WALPOLE) A probabilidade de que um paciente serecupere de uma doença sanguínea rara é de 0,4. Se 15 pessoascontraíram essa doença, calcule:

a) A probabilidade de que pelo menos 10 pessoas sobrevivam.

b) A probabilidade de que 3 a 8 pessoas sobrevivam.

c) A probabilidade de que exatamente 5 pessoas sobrevivam.

d) A esperança.

e) A variância.

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

Solução: seja X o número de pessoas que sobreviverão

a)

P X ≥ 10 = P X = 10 + P X = 11 +⋯+ P X = 15

Onde:

𝑝 𝑥 =𝑛𝑥

∙ 𝑝𝑥 ∙ (1 − 𝑝)𝑛−𝑥

Modelos de Distribuição DiscretaDistribuição Binomial

Portanto

P x = 10 →1510

∙ 0,410 ∙ (0,6)5 = 0,0245

P x = 11 →1511

∙ 0,411 ∙ (0,6)4 = 7,42X10−3

P x = 12 →1512

∙ 0,412 ∙ (0,6)3 = 1,65X10−3

P x = 13 →1513

∙ 0,413 ∙ (0,6)2 = 2,54X10−3

P x = 14 →1514

∙ 0,414 ∙ (0,6)1 = 2,42X10−5

P x = 15 →1515

∙ 0,415 ∙ (0,6)0 = 1,07X10−6

𝐩 𝐱 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟔𝟏 ≡ 𝟑, 𝟔𝟏%

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

Solução: seja X o número de pessoas que sobreviverão

b) 𝑃 3 ≤ 𝑋 ≤ 8 = 𝑃(𝑋 ≤ 8) − 𝑃(𝑋 ≤ 3) →

P X = 8 + P X = 7 +⋯+ P X = 3 + P X = 2 + P X = 1+P X = 0 − [P X = 3 + P X = 2 + P X = 1 + P X = 0 ]

Modelos de Distribuição DiscretaDistribuição Binomial

Portanto

𝑃 3 ≤ 𝑋 ≤ 8 = P X = 8 + P X = 7 + 𝑃 𝑋 = 6 + 𝑃 𝑋 = 5 + 𝑃 𝑋 = 4

Onde:

P x = 8 →158

∙ 0,48 ∙ (0,6)7 = 0,12 P x = 7 →157

∙ 0,47 ∙ (0,6)8 = 0,18

P x = 6 →156

∙ 0,46 ∙ (0,6)9 = 0,21 P x = 5 →155

∙ 0,45 ∙ (0,6)10 = 0,19

P x = 4 →154

∙ 0,44 ∙ (0,6)11 = 0,13

𝐩 𝐱 = 𝟎, 𝟖𝟑 ≡ 𝟖𝟑%

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

Solução: seja X o número de pessoas que sobreviverão

c)

p x = P X = 5 →155

0,45 ∙ 0,610 = 𝟎, 𝟏𝟖𝟔 ≡ 𝟏𝟖, 𝟔%

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Binomial

d)

𝐸 𝑋 = 𝑛 ∙ 𝑝 → 15 ∙ 0,4 = 𝟔 pessoas

e)

𝑉 𝑋 = 𝑛. 𝑝 1 − 𝑝 → 15 ∙ 0,4 1 − 0,4 = 𝟑, 𝟔 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚𝐬𝟐

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Hipergeométrica

A distribuição hipergeométrica não necessita de independência e

se baseia na amostragem feita sem reposição.

O número X de sucessos de um experimento hipergeométrico é

chamado de variável aleatória hipergeométrica.

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Hipergeométrica

A distribuição de probabilidade de uma variável hipergeométrica échamada de distribuição hipergeométrica, onde seus valores sãodenotados por (x, N, n, r).

Onde:

N: O número de itens na população.

r: O número de itens na população que são classificados como sucessos.

n: O número de itens na amostra.

X: O número de itens na amostra que são classificados como sucesso.

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Hipergeométrica

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Hipergeométrica

Função da probabilidade p(x)

𝒑 𝒙 =

𝒓𝒙

∙𝑵 − 𝒓𝒏 − 𝒙𝑵𝒏

[𝑥 = 0,1,… ,min 𝑟, 𝑛 ]

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Hipergeométrica

Função acumulada F(x)

𝑭 𝒙 =

𝒊=𝟎

𝒙 𝒓𝒙

𝑵 − 𝒓𝒏 − 𝒙𝑵𝒏

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Hipergeométrica

Esperança E(x)

𝑬 𝑿 = 𝒏 ∙ 𝒑

Variância V(X)

𝑽 𝑿 = 𝒏 ∙ 𝒑 ∙ (𝟏 − 𝒑) ∙𝑵− 𝒏

𝑵 − 𝟏

Onde:

𝒑 =𝒓

𝑵

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Hipergeométrica

Exemplo 6. (BARBETTA, pg 133) Placas de vidro são expedidas em lotesde 30 unidades. Antes que a remessa seja aprovada, um inspetor escolhealeatoriamente 5 placas do lote e as inspeciona. Se nenhuma das placasfor defeituosa, o lote é aprovado. Se uma ou mais forem defeituosas, todolote é inspecionado. Supondo que haja 3 placas defeituosas no lote:

a) Qual é a probabilidade de que o controle da qualidade aponte para ainspeção total?

b) Encontre a esperança e variância.

Modelos de Distribuição DiscretaDistribuição Hipergeométrica

Solução: Seja X o número de placas defeituosas na amostra.

𝑃 𝑋 ≥ 1 = 1 − 𝑃(𝑋 = 0),

então:

a) p X = p 0 →30∙30−35−0305

=80,730

142,506= 𝟎, 𝟓𝟔𝟔𝟓

Logo, P X ≥ 1 = 1 − 0,5665 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟑𝟓 ≡ 𝟒𝟑, 𝟑𝟓%

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Hipergeométrica

b)

E X = n ∙ p → 5 ∙ 0,1 = 𝟎, 𝟓 𝐩𝐥𝐚𝐜𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐯í𝐝𝐞𝐨𝐬

V X = n ∙ p ∙ 1 − p ∙N−n

N−1→ 5 ∙ 0,1 ∙ 0,9 ∙ 0,86 𝟎, 𝟑𝟗 𝐩𝐥𝐚𝐜𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐯í𝐝𝐞𝐨𝐬𝟐

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Hipergeométrica

Exemplo 7. No fichário de um hospital, estão arquivados os prontuários

de 20 pacientes, que deram entrada no PS apresentando algum problema

cardíaco. Destes 5 sofreram infarto. Retirando‐se uma amostra ao acaso

de 3 destes prontuários, qual a probabilidade de que dois deles sejam de

pacientes que sofreram infarto?

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição Hipergeométrica

Solução:

N = 20; r = 5; n = 3; x = 2

p X =

52

∙20 − 53 − 2203

=150

1140= 𝟎, 𝟏𝟑𝟏 ≡ 𝟏𝟑, 𝟏%

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Poisson

Propriedades

1- O número de resultados que ocorrem em um intervalo de tempo

ou em uma região específica é independente do número de

resultados que ocorre em outro intervalo de tempo disjunto ou

região do espaço disjunta – Processo de Poisson não tem

memória.

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Poisson

Propriedades

2- A probabilidade de que um único resultado ocorrerá durante

um breve intervalo de tempo ou em uma região pequena é

proporcional à extensão do intervalo de tempo ou ao tamanho

da região, e não depende do número de resultados que ocorrem

fora desse intervalo de tempo ou dessa região.

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Poisson

Propriedades

3- A probabilidade de que mais de um resultado ocorrerá em um

intervalo de tempo muito breve ou em uma região muito pequena é

desprezível.

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Poisson

A distribuição de Poisson é empregada quando se estáinteressado no número de sucessos ocorridos durante umintervalo contínuo (tempo, espaço, etc...). Exemplos:

Carros que passam por um cruzamento por minuto, durantecerta hora do dia;

O número de suicídios ocorridos em uma cidade durante umano;

Número de chegadas a um caixa automático de um bancodurante um período de 15 minutos.

Modelos de Distribuição DiscretaDistribuição de Poisson

Uma variável aleatória X admite distribuição de Poisson se:

1. X = 0, 1, 2, … (não tem limites)

2. P X = x =e−λλ

x

x!, x = 0, 1, 2, … n.

3. E X = μ = λ

4. V X = σ2 = λ

Modelos de Distribuição DiscretaDistribuição de Poisson – Uma justificativa

X= número de ocorrência em [t, t+1]

n = intervalos de amplitude 1/n

p = probabilidade de ocorrência em cada intervalo

𝑷 𝑿 = 𝒙 ≈𝒏𝒙

∙ 𝒑𝒙 ∙ 𝟏 − 𝒑 𝒏−𝒙

𝒏 → ∞𝒑 → 𝟎

𝒏 𝒑 → λ >0

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Poisson

Função da probabilidade p(x)

𝒑 𝒙 =𝒆−λ λ𝒙

𝒙!𝑥 = 0, 1, 2…

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Poisson

Função acumulada F(x)

𝑭 𝒙 =

𝒊=𝟎

𝒙λ𝒊 𝒆λ

𝒊!para x = 0,1,2…

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Poisson

Esperança E(x)

𝑬 X = λ

Variância V(X)

𝑽 X = λ

Onde:

𝑬 X = 𝑽 X = λ

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Poisson

Exemplo 8. (BARBETTA, pg. 135) Supondo que as consultas em

um banco de dados ocorrem de forma independentes e aleatórias,

com uma taxa média de 3 consultas por minuto. Calcule a

probabilidade de que no próximo minuto ocorram menos do que 3

consultas.

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Poisson

Solução: Seja X o número de consultas por minuto.

p x = P X < 3 = p 0 + p 1 + p(2) →

𝑒−3 30

0!+𝑒−3 31

1!+𝑒−3 32

2!= 𝟎, 𝟒𝟐𝟑𝟐 ≡ 𝟒𝟐, 𝟑𝟐%

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Poisson

Exemplo 9. (BARBETTA, pg. 136) Mensagens chegam a umservidor de acordo com uma distribuição de Poisson, com taxamédia de cinco chegadas por minuto.

a) Qual é a probabilidade de que duas chegadas ocorram em umminuto?

b) Qual é a probabilidade de que uma chegada ocorra em 30segundos?

Modelos de Distribuição Discreta

Distribuição de Poisson

Solução

a)

𝑝 𝑥 =𝑒−5 52

2!= 𝟎, 𝟎𝟖𝟒 ≡ 𝟖, 𝟒%

b)

𝑝 𝑥𝑒−2,5 2,51

1!= 𝟎, 𝟐𝟎𝟓𝟐 ≡ 𝟐𝟎, 𝟓𝟐%

Referências

BARBETTA, P. A. REIS, M. M. BORNIA, A. C. Estatística para Cursos de Engenharia e Informática. 3ª Edição. Atlas S.A. São Paulo - SP, 2010.

COLCHER, Sérgio. Algumas Distribuições Discretas. Disponível em:

<http://www.inf.pucrio.br/~inf2511/inf2511_files/menu/material/transparencias/07-Distribuicoes.pdf>. Acesso em: 17 de Outubro de 2013.

DÍAZ, F. R. LÓPEZ, F. J. B. Bioestatística. Thonson. São Paulo – SP, 2007.

MEYER, P. L. Probabilidade: Aplicação à estatística. 2ª Edição. LTC. Rio de Janeiro – RJ, 2012.

WALPOLE, R. E. et. al. Probabilidade e Estatística para Engenharia e Ciências. 8ª Edição. Pearson. São Paulo – SP, 2009.