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PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO
PRISCILA ANDERSON ARANDA DOS SANTOS
INTEGRAÇÃO PARQUE–ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA EM
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BAIRRO LOMBA DO PINHEIRO,
PORTO ALEGRE, RS
Canoas, 2008.
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PRISCILA ANDERSON ARANDA DOS SANTOS
INTEGRAÇÃO PARQUE–ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA EM
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BAIRRO LOMBA DO PINHEIRO,
PORTO ALEGRE, RS
Trabalho de conclusão apresentado à banca examinadora do curso de Ciências Biológicas, do Centro Universitário La Salle – Unilasalle, como exigência parcial para obtenção do grau de Licenciada em Ciências Biológicas sob orientação do Profa. Dra. Cristina Vargas Cademartori.
Canoas, 2008.
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TERMO DE APROVAÇÃO
PRISCILA ANDERSON ARANDA DOS SANTOS
INTEGRAÇÃO PARQUE–ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA EM
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BAIRRO LOMBA DO PINHEIRO,
PORTO ALEGRE, RS
Trabalho de conclusão aprovado como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciada em Ciências Biológicas, do Centro Universitário La Salle – UNILASALLE, pela seguinte avaliadora:
Profa. Dra. Cristina Vargas Cadematori
UNILASALLE
Canoas, 18 de novembro de 2008.
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Agradecimentos
Agradeço a minha família e ao meu noivo, por
terem muita paciência e compreensão nos
momentos mais difíceis dessa longa jornada que
foi a graduação.
Aos professores e colegas de graduação, por
colaborarem em minha formação acadêmica.
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RESUMO
O presente trabalho relata a experiência em educação ambiental desenvolvida na Escola Estadual Rafaela Remião, localizada no Bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, RS. Teve por conscientizar sobre a importância do Parque Municipal Sain´t Hilaire para a qualidade de vida da comunidade local. O parque está localizado em uma região urbanizada, entre os perímetros urbanos de Porto Alegre e Viamão. Devido a tal aproximação, o parque vem por décadas sofrendo com os impactos ambientais decorrentes da expansão populacional na região. O trabalho foi realizado com uma turma de alunos do Ensino Médio, em três etapas: aplicação de questionário, desenvolvimento de oficinas em sala de aula, saída a campo para o Parque Sain’t Hilaire. Como resultado do processo educativo, os alunos passaram a reconhecer e identificar as principais ameaças ao parque, decorrentes das atividades humanas, bem como seus benefícios à comunidade. Perceberam que a falta de conhecimento é um dos grandes problemas a serem enfrentados e, neste sentido, a escola exerce papel fundamental.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................
1.1 Breve Histórico da Educação Ambiental .........................................................
1.2 Conservação Ambiental no Brasil ....................................................................
1.3 Município de Porto Alegre .................................................................................
1.3.1 Turismo e Cultura em Porto Alegre..................................................................
1.4 Município de Viamão .........................................................................................
1.4.1Turismo e Cultura em Viamão...........................................................................
1.5 Parque Municipal Sain´t Hilaire ........................................................................
1.5.1 Contexto Histórico.............................................................................................
1.5.2 Caracterização dos Fatores Abióticos..............................................................
1.5.2.1 Clima..............................................................................................................
1.5.2.2 Geologia.........................................................................................................
1.5.2.3 Hidrografia.....................................................................................................
1.5.3 Caracterização dos Fatores Bióticos................................................................
1.5.3.1 Vegetação......................................................................................................
1.5.3.2 Fauna.............................................................................................................
1.5.4 Caracterização da População no Entorno do Parque.......................................
2 MATERIAIS E MÉTODOS .....................................................................................
2.1 Procedimentos Pedagógicos ............................................................................
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2.1.1 Cronograma das Atividades Desenvolvidas.....................................................
2.1.2. O Questionário Aplicado..................................................................................
2.1.3 Oficinas Teóricas: ............................................................................................
2.1.3.1 Oficina - “Conhecendo a Lomba”...................................................................
2.1.3.2 Oficina – “Passeando pelo Parque Municipal Sain´t Hilaire..........................
2.1.4 Visitação ao Parque..........................................................................................
2.1.5 Divulgação à Comunidade Escolar...................................................................
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..............................................................................
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................
REFERÊNCIAS.........................................................................................................
APÊNDICES..............................................................................................................
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1 INTRODUÇÃO
A cada dia o homem se afasta mais e mais da natureza, praticando ações que
muitas vezes provocam desequilíbrio ambiental, pondo em risco a dinâmica dos
sistemas naturais. As queimadas de mata nativa, ocupação indevida de áreas de
preservação, introdução de espécies exóticas, o comércio ilegal da fauna e flora
nativas, bem como as diversas formas de poluição do mundo moderno vêm
contribuindo para a deterioração dos habitats. E esse descaso com a natureza vem por
décadas se repetindo e passando de geração a geração, substituindo a paisagem
natural por uma paisagem mais pobre e homogênea, onde o que prevalece é o status, o
valor econômico e não a qualidade de vida e a preservação dos recursos naturais. E é
por esses motivos que a educação ambiental é de extrema importância tanto no
ambiente escolar como na sociedade.
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A escola é um instrumento fundamental no processo de educação ambiental,
oportunizando aos educadores e educandos uma melhor interação e compreensão dos
fenômenos ambientais que ocorrem em seu meio. Essa interação capacita-os a
relacionar os fenômenos de seu dia-a-dia com os conteúdos abordados em diversas
disciplinas. Neste contexto insere-se o Parque Sain’t Hilaire, localizado em uma região
urbanizada entre os perímetros urbanos de Porto Alegre e Viamão. Devido a tal
localização, o parque vem por décadas sofrendo com os impactos ambientais
decorrentes da expansão populacional na região. No sentido de colaborar com a
formação dos educandos e sensibilizá-los para alguns dos problemas ambientais que
atingem os centros urbanos, permitindo a construção de conhecimento contextualizado
sobre a importância ambiental e social do Parque Sain’t Hilaire para a comunidade,
realizou-se este estudo. Acredita-se que propostas como estas contribuem para que os
indivíduos exerçam o seu papel de cidadãos conscientes e ativos na sociedade.
1.1 Breve Histórico da Educação Ambiental
A década de 1960 pode ser considerada uma referência quanto à origem das
preocupações sobre a perda da qualidade ambiental, devido ao aumento da
industrialização, e foi neste período em que o conceito de impactos e riscos ambientais
surgiu nos debates no congresso dos EUA, principalmente após a Guerra do Vietnã e
os derrames de petróleo. Com isso, a legislação ambiental americana influenciou a
criação de medidas de proteção em todo o mundo, inclusive o Brasil. Após uma década
da criação da Política Nacional do Meio Ambiente, foi criado o CONAMA (Conselho
Nacional do Meio Ambiente), através da Lei No. 6.938, de 31/8/81.
De acordo com a resolução 001 do Conama (23/1/86), pode se definir o
impacto ambiental como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causadas por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas (...), que afetam 1 – a saúde, a segurança e o bem estar da população; 2 - as atividades sociais e econômicas; 3 - a biota; 4 – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; 5 – a qualidade dos recursos ambientais. (FRANCO, 2001, p.28)
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De acordo com Pedrini (1997), em 1972 ocorreu a Conferência Mundial do Meio
Ambiente Humano em Estocolmo (Suécia), convocada pela ONU, sob o grande impacto
causado pelo relatório do Clube de Roma sobre o uso dos recursos naturais disponíveis
no planeta. O uso dos recursos naturais de uma forma mais equilibrada foi apontado
como uma das estratégias para a solução dos problemas ambientais. O Clube de
Roma, baseado nos estudos sobre o crescimento da população mundial e a exploração
dos recursos naturais, denunciou o provável colapso da humanidade.
Ela é um marco histórico na emergência de políticas ambientais em
muitos países, inclusive no Brasil. Pela primeira vez, a EA foi, nesta declaração, reconhecida como essencial para solucionar a crise ambiental internacional, enfatizando a priorização em reordenar suas necessidades básicas de sobrevivência na Terra. (PEDRINI, 1998)
A partir dessa conferência, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO) assumiu a coordenação de discussões regionais e
internacionais referentes à educação ambiental. Em 1975, no Seminário Internacional
sobre Educação Ambiental realizado em Belgrado (Iugoslávia), discutiu-se a
necessidade de desenvolver programas de educação ambiental em todos os países
membros da ONU. A Carta de Belgrado define princípios básicos da educação
ambiental, identificando o crescimento econômico e o controle ambiental como temas
de uma nova ética global. Os objetivos da educação ambiental expressos são:
conscientização, conhecimento, atitudes, habilidades, capacidade de avaliação e
participação. O documento propõe que a educação ambiental seja organizada como
educação formal e educação não formal, dirigida prioritariamente a crianças e jovens.
(CAMPOS, 2004)
Em 1977, ocorreu o primeiro grande evento internacional sobre educação
ambiental, a “Conferência de Tbilisi”, que definiu como função da educação ambiental
criar consciência e compreensão acerca dos problemas ambientais e estimular a
formação de comportamentos positivos. Além disso, propôs a educação formal e não
formal sem distinção de público. (CAMPOS, 2004)
Segundo Pedrini (1998), a educação ambiental deve basear-se na ciência e
tecnologia para a ampliação da consciência acerca dos problemas ambientais,
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procurando levar a população a uma mudança em relação ao consumo dos
recursos naturais. Com isso, foram formuladas quarenta e uma recomendações que
primam pela união dos esforços das nações para o bem comum (meio ambiente), tendo
a educação ambiental como fator primordial para que a riqueza e o desenvolvimento
sejam atingidos igualitariamente. Mais tarde, em 1987, a Conferência de Moscou
dedicou-se também às discussões sobre educação ambiental. Ainda conforme o autor,
a Conferência preocupou-se com a promoção da conscientização e transmissão de
informações, bem como com o desenvolvimento de hábitos e habilidades, promoção de
valores, estabelecimento de critérios e padrões, e orientações para a resolução de
problemas e tomadas de decisões. Isso exigiu a reorientação do processo educacional,
de acordo com o seguinte: a) desenvolvimento curricular; b) intercâmbio de
informações; c) desenvolvimento de novos recursos institucionais; d) capacitação de
docentes licenciados em educação ambiental; e) desenvolvimento de museus
interativos; f) capacitação de especialistas ambientais através da pesquisa e outros.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento
(Rio-92) elaborou a agenda 21, um plano de ação para o século XXI visando à
sustentabilidade da vida no planeta e promovendo, dessa forma, a conscientização
ambiental (DIAS, 2000). Nesse documento consta que a educação ambiental deve
estar voltada para o desenvolvimento sustentável: a integração entre desenvolvimento
e ambiente é o princípio básico e propulsor da educação ambiental. Com essa
proposta, pretendia-se reorientar a educação ambiental no ensino formal e não formal,
modificando atitudes e comportamentos pela aquisição de conhecimentos e valores.
Merece destaque nesse documento a integração de disciplinas pela organização multi e
interdisciplinar dos currículos. (CAMPOS, 2004)
De acordo com as idéias de Viola, Leis (2002), a RIO-92 causou um grande
impacto positivo na sociedade brasileira, fez com que o ambientalismo acelerasse sua
expansão e consolidação ideológica e organizativa. Mas após o termino da RIO-92,
esse processo deu lugar em destaque para o “impeachment” do presidente Collor.
...A sociedade civil que antes vinha recebendo uma enorme dose de informação sobre a problemática ambiental, por intermédio dos meios de comunicação, agora é bruscamente reorientada para outros temas (em especial para o processo de inpeachment do presidente Collor, que começou a esquentar após a RIO-92. (VIOLA, LEIS, 2002, p.142)
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Conforme Berna (2001), é fundamental que os países, escolas e outras
instituições adequadas, além de organizações internacionais e nacionais busquem:
- esforçar-se para garantir o acesso universal à educação básica;
- alcançar o objetivo de fornecer educação fundamental para no mínimo 80% das
meninas e 80% dos meninos em idades escolares, através da escolaridade formal ou
da educação não formal;
- reduzir os índices de analfabetismo adulto para no mínimo a metade dos níveis
registrados em 1990, com atenção particular para as mulheres;
- sancionar as recomendações da Conferência Mundial de Educação para Todos
(atendendo às necessidades básicas de aprendizado), realizada na Tailândia, em
março de 1990;
- fornecer educação ambiental e condições de desenvolvimento desde a idade da
escola fundamental até a idade adulta;
- integrar os conceitos de meio ambiente e de desenvolvimento, incluindo demografia,
em todos os programas educacionais, com ênfase particular à discussão de problemas
ambientais em um contexto local;
- criar uma comissão nacional, representativa de todos os interesses ambientais e de
desenvolvimento, para dar consultorias sobre educação;
- envolver crianças em estudos locais e regionais sobre saúde ambiental, incluindo
água potável segura, saneamento, alimentos e ecossistemas;
- promover programas de educação de adultos baseados em problemas locais
relacionados ao meio ambiente e ao desenvolvimento.
Durante a Rio-92, em paralelo à Conferência ocorreu “O Fórum Internacional das
Organizações não Governamentais”, que pactuaram o ”Tratado de Educação Ambiental
para as Sociedades Sustentáveis e Global”. O Fórum reconheceu a educação
ambiental como direito dos cidadãos e firmou posição na educação transformadora,
convocando as populações a assumirem suas responsabilidades individual e
coletivamente, e a cuidarem do ambiente local, nacional e planetário. (CAMPOS,2004)
Em 2002, realizou-se a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável em
Johannesburgo (África do Sul), que ficou conhecida como Rio + 10. Fez-se um balanço
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dos dez anos da Agenda 21 e constatou-se a permanência da insustentabilidade
do modelo econômico em curso. (CAMPOS, 2004)
Para Pedrini (1998), os avanços derivados dessas conferências, apesar do
contexto internacional apontar para descrédito da educação ambiental, são
inquestionáveis, tais como o PIEA/UNESCO, que possui uma publicação periódica que
dissemina experiências realizadas no Terceiro Mundo, editais e manuais para
educadores, e resultados de eventos realizados no mundo todo.
1.2 Aspectos sobre a Conservação e Educação Ambient al no Brasil
De acordo com Franco (2002), no séc. XVII já existia uma certa preocupação em
relação à conservação do meio ambiente. As autoridades coloniais eram centradas no
Rio de Janeiro e nesta época tomaram medidas eventuais para proteger a qualidade e
a abundância das águas contra o uso predatório das nascentes e cursos de rios. Em
1817, o príncipe regente Dom João foi responsável por editar as principais normas
legais e conservacionistas em defesa de mananciais que, durante mais de um século,
vigoraram no Brasil.
O decreto estabeleceu que não deveriam ser derrubadas as árvores existentes em torno das nascentes dos rios Cariocas e Paineiras (Floresta da Tijuca), nas matas silvestres, nem ao longo do aqueoduto de Santa Tereza e, para tanto, deveriam ser avaliadas e indenizadas as propriedades localizadas nas áreas preservadas. (FRANCO, 2002, p.129)
Em 1886, Alberto Loefgren, cientista sueco radicado no Brasil, foi contratado para
dirigir as seções de meteorologia e botânica da Comissão Geológica e Geográfica no
país. De acordo com Franco (2002), encantado com a natureza brasileira recusou-se a
voltar ao seu país, com o propósito de continuar suas pesquisas a respeito da flora.
Loefgren fez inúmeras descobertas no campo da botânica e meteorologia. Suas
pesquisas chegaram a um cálculo sobre a chuva e a temperatura, e o levaram a
acreditar que o desmatamento provocava as mudanças climáticas e que o
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reflorestamento era remédio necessário e inquestionável. Sua Seção de Botânica
no Serviço Florestal e Botânico mais tarde viria a originar o Instituto Florestal de São
Paulo.
Conforme as informações de Franco (2002), Loefgren tinha um bom
relacionamento com a elite da época, mas mesmo assim não foi lhe dada a devida
importância em relação aos seus estudos sobre a preservação das florestas.
O código brasileiro só veio a ser criado em 1934, no governo Vargas, juntamente com o Código das Águas. Antes da aprovação do Código Florestal, as únicas reservas florestais do Brasil eram a do Alto da Serra, localizada acima da Vila de Cubatão no estado de São Paulo, e de Itatiaia, na Serra da Mantiqueira, no estado do Rio de Janeiro. (FRANCO, 2002, p.141)
Segundo Pedrini (1998), antes da década de 1970 a educação ambiental era
denominada como educação conservacionista, sanitária, ecológica, entre outros. No
início dos anos setenta, ocorre a emergência de um ambientalismo. Neste período
surgem os primeiros cursos de especialização em educação ambiental. O processo de
institucionalização da educação ambiental iniciou em 1973, com a criação do Poder
Executivo e da SEMA (Secretaria Especial do Meio Ambiente). Em 1981 houve a
necessidade da inclusão da educação ambiental em todos os níveis de ensino,
incluindo a educação de comunidades. (PRONEA, 2004)
A educação ambiental no Brasil, segundo Pedrini (1998), foi citada numa
constituição brasileira em 1988. Assim, somente a partir da década de 1980 a educação
ambiental passou a ser implementada. Em 1997, depois de anos de debates, os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) foram aprovados pelo Conselho Nacional de
Educação. Os PCN têm por objetivo auxiliar os professores em relação à elaboração de
projetos e aulas, inserindo procedimentos, atitudes e valores no convívio escolar, bem
como tratar de assuntos mais polêmicos, denominados temas transversais.
Em 1999 foi criada a Diretoria do Programa Nacional de Educação Ambiental
(ProNEA), em consonância com os objetivos fundamentais da educação ambiental da
Lei No. 9.795/99, a seguir discriminados:
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- desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente e suas
complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos,
científicos, culturais e éticos;
- garantia de democratização das informações ambientais;
- estímulo e fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e
social;
- incentivo à participação das diversas regiões do País, em níveis micro e
macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente
equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia,
justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
- fomento e fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;
- fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como
fundamentos para o futuro da humanidade.
Em relação à educação ambiental nas escolas, de acordo com os Parâmetros
Curriculares Nacionais e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (PCNEM,
2000), foi determinada, pelo Ministério da Educação, em 1998, a introdução da temática
ambiental no currículo escolar do Ensino Médio. Essa nova temática tem por objetivo
relacionar todas as disciplinas “tradicionais”, promovendo na educação uma nova
pedagogia, onde todos os temas devem ser tratados de forma interdisciplinar, deixando
de lado os limites das disciplinas “tradicionais”, promovendo uma maior compreensão
da aplicabilidade da teoria à prática por parte do educando.
Para o estudo da dinâmica ambiental, contribuem outros campos do conhecimento além da Biologia, como a Física, Química, Geografia, História e Filosofia, possibilitando ao aluno relacionar conceitos aprendidos nessas disciplinas, numa conceituação mais ampla de ecossistema. (PCNEM, 2000)
Segundo PCN (2000), ao se tratar de educação ambiental, boa parte dos
educadores limita-se a trabalhar somente a questão biológica, não interligando o meio
ambiente a questões sociais, políticas e educacionais, desconsiderando o ser humano
e suas relações sociais, embora um dos objetivos da educação ambiental seja auxiliar
na resolução de problemas e conflitos associados às formas socialmente diferenciadas
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de acesso e uso dos bens ambientais. Ao se trabalhar a educação ambiental,
promove-se nos educandos a competência em desenvolver a consciência ambiental,
onde a democracia e a participação na cidadania colaboram para a construção de uma
sociedade justa e igualitária. Nesta, todos os cidadãos terão o direito à qualidade de
vida, sem nenhuma restrição ou exclusão.
1.3 Município de Porto Alegre
Porto Alegre possui uma área de 496,83 km², com 1.420.667 (IBGE, 2007), o que
representa 0,17% da área estadual. A cidade encontra-se a 10 m acima do nível do
mar, em uma planície, e é rodeada por 40 morros que ocupam 65% de sua área total.
(MORTARI, 2002)
O clima é subtropical úmido com as quatro estações definidas. A temperatura
média anual é de 19,5°C, mas o clima é instável, po dendo haver variações de
temperatura entre 20°C e 39°C no verão e, no invern o, de 1°C a 15°C. (MORTARI,
2002)
Conforme Mortari (2002, p.24, 25, 29), a economia de Porto Alegre é baseada na
prestação de serviços, que representa 68,28% do PIB (Produto Interno Bruto). Em
segundo lugar, vem o setor industrial, com 29,43% do PIB, e em último lugar a
agricultura, com 1,75%. A produção de frutas e hortigranjeiros também é expressiva,
pois a cidade possui a maior zona rural das capitais brasileiras.
1.3.1 Turismo e Cultura em Porto Alegre
Porto Alegre possui nove grandes parques, 659 praças, uma reserva biológica e
um parque fluvial (estadual). Os morros da cidade são cobertos por vegetação
característica da Mata Atlântica. Possui inúmeros museus, teatros, feiras, atrações
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náuticas, memoriais. Os eventos culturais que mais agitam Porto Alegre são a
Bienal do Mercosul, a Feira do Livro e o Porto Alegre em Cena. (MORTARI, 2002, p.29)
Conforme Mortari (2002, p. 25 e 29), a cultura preservacionista é típica do gaúcho.
Na década de 1970, a cidade foi precursora do movimento ecológico. Em Porto Alegre
nasceu a primeira Secretaria Municipal do Meio Ambiente do país; também surgiu a
AGAPAN (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural), que inspirou muitas
organizações não governamentais do gênero no Estado e no Brasil.
1.4 Município de Viamão
Viamão é o maior município da região metropolitana e o quadragésimo sexto do
estado do Rio Grande do Sul em extensão territorial. Segundo IBGE (2007), Viamão
possui 253.264 habitantes em uma área de 1.494km², onde 82,78% são considerados
território rural, com grande potencial para o ecoturismo.
De acordo com Mortari (2002, p.30), a economia é baseada na agropecuária e
serviços, o município conta com uma infra-estrutura que possibilita a extensão industrial
e comercial. A produção agrícola é baseada no plantio de arroz, mas o município
também planta milho, feijão e hortifrutigranjeiros. Na agropecuária, destacam-se os
rebanhos de bovinos de corte e leite, e ovinos. Possui também uma importante bacia
leiteira da região metropolitana.
1.4.1 Turismo e Cultura em Viamão
Viamão possui áreas de lazer náutico e lazer junto à natureza. No centro da
cidade encontram-se edificações antigas de arquitetura colonial portuguesa. O
Autódromo Internacional de Viamão (Tarumã) é um dos mais importantes do país. Entre
os diversos locais para visitação e lazer, há os que se localizam junto a bosques e
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lagoas, que são um atrativo da região. Os eventos culturais mais importantes são o
Natal Mágico, o Carnaval Participativo e o Rodeio Crioulo no ETA. MORTARI (2002,
p.31)
1.5 Parque Sain´t Hilaire
Segundo Vilarino (2000, p.174), o Parque Sain’t Hilaire é de importância regional,
pois se trata de uma das últimas grandes reservas ecológicas do município de Porto
Alegre, com 1180 ha de área preservada, sendo que cerca de 240 ha estão destinados
ao lazer e o restante está dividido em áreas de acesso restrito e preservação
permanente. Possui também três viveiros da SMAM, com o objetivo de conservar
intacto o ambiente natural, a barragem Lomba do Sabão, que atualmente é refúgio para
nidificação de várias espécies de peixes e é considerada uma fonte estratégica de água
potável para a região. É no parque que nascem os arroios que alimentam as águas da
Barragem Lomba do Sabão e do Dilúvio Ipiranga.
O Parque Sain’t Hilaire encontra-se a dezessete quilômetros do centro da capital.
Embora pertença à Porto Alegre, essa área se situa em Viamão. De acordo com Graça
(2000, p.175), ficou estabelecido um acordo entre as prefeituras dos municípios, para
que o parque não perca o auxílio do “Fundo de Auxílio Monetário”, proveniente da
União, que beneficia locais de situação fronteiriça peculiar de uma propriedade contígua
ao território de um município, dentro de outro município. Com a anexação, a divisa entre
Viamão e Porto Alegre passou do Arroio Taquara para o perímetro oeste do parque.
1.5.1 Contexto Histórico
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Assim, conforme Vilarino (2000, p.174), o nome do parque é uma homenagem
ao francês August François César Provensal de Sain’t Hilaire, que retratou Porto Alegre
e o Brasil do século XIX.
Em 1945, a Prefeitura de Porto Alegre comprou a área da Compainha Hidráulica
Porto Alegrense. O lago que ali existia abastecia o centro da capital com suas águas
desde 1898, as quais não necessitavam de tratamento, tamanha a sua pureza.
(VILARINO, 2000)
O parque foi criado através do Decreto Municipal No. 16 de 29 de Setembro de
1947. A administração municipal começou a explorar a área por meio da Diretoria de
Águas e Esgotos. Na época, foi criado também o Jardim Botânico, com um horto de 450
mil mudas de eucaliptos, cuja madeira serviria como combustível para as máquinas que
bombeavam água para a capital. Em 1951, ergueu-se a Barragem Lomba do Sabão
para represar o lago, 150 ha do parque. A idéia de preservação culminou com o
Decreto No. 6.223, de Dezembro de 1977, através do qual a área foi seccionada em
duas (lazer e preservação). Foi a partir desse momento que o parque passou a ser visto
como área a ser preservada, mas somente em 2000 foi considerado como unidade de
conservação. (VILARINO, 2000, p.174)
1.5.2 Caracterização dos Fatores Abióticos
Todo embasamento teórico e científico em relação à flora, fauna, geografia,
geologia e hidrologia a respeito do Parque Sain’t Hilaire, apresentado a seguir, foi
baseado em Mortari (2002).
1.5.2.1 Clima
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O parque está inserido em uma região denominada Depressão Central. As
chuvas nessa região climática são superiores a 1.300mm e inferiores a 1.800mm
anuais. As normas mensais estão entre 90 e 190mm, sendo que no verão ocorrem
períodos de seca. É uma região quente com temperatura média anual de 19,4°C,
porém as máximas absolutas já ultrapassaram 40,5°C. A velocidade média dos ventos
é de 1,2–2,0 m/s e predominam, acentuadamente, os quadrantes leste, norte e sul.
1.5.2.2 Geologia
A região ocupada pelo parque é constituída por elevações suaves, sem grandes
declives, cuja altitude média encontra-se em torno de 60 a 80m. O relevo local é
composto por colinas arredondadas, cobertas por vegetação rasteira, sendo a cobertura
arbustiva e arbórea mais abundante ao longo dos corpos d´água e em locais de plantio
de vegetação secundária.
Hidrografia
A bacia hidrográfica do parque é responsável pela alimentação da barragem
Lomba do Sabão; é constituída de riachos de pequena intensidade, mas com vazão
suficiente para supri-las. A área de preservação permanente do parque é menor do que
a área de captação da bacia hidrográfica. Esta bacia é formada pelos arroios Taquara e
Pequeno Dilúvio, que nascem, respectivamente, a sudoeste e a sudeste, e fora dos
limites da unidade de conservação, enquanto que o Dilúvio nasce no sul, já dentro da
área. O de menor importância é o Arroio Casa Velha, cujas nascentes situam-se a leste
da área de lazer.
Os aspectos de qualidade da água dos arroios contribuintes da barragem Lomba
do Sabão e que cruzam internamente as áreas do parque exercem grande influência
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sobre os parâmetros físico-químicos que constituem indicadores de possíveis
fontes poluidoras.
1.5.3 Caracterização dos Fatores Bióticos
1.5.3.1 Vegetação
O parque está inserido na área de Domínio Mata Atlântica, a segunda maior
floresta em diversidade biológica e também a segunda mais devastada do planeta,
sendo considerada área prioritária para conservação da biodiversidade.
Foram identificados no Parque Sain’t Hilaire hortos de Pinnus sp. e de Eucalyptus
sp., bem como quatro comunidades vegetais nativas (campo, butiazal, mata mesófila,
mata higrófila e banhados), formando um complexo mosaico paisagístico, típico da
região. Em Porto Alegre, caracterizam-se seis formações florestais de composição
específica e com origem fitogeográfica híbrida, ainda pouco estudadas. Destas,
destacam-se no parque as matas mesófilas e as mata higrófilas. Elementos de mata
ripária, capoeira e campos pedregosos estão também presentes, porém de forma
esparsa e pouco representativa.
A mata mesófila ocupa a porção média ou baixa dos morros, ou terrenos planos,
onde as condições não sejam extremas. A altura do dossel atinge entre 10 e 15m, e
estão presentes de dois a três estratos arbóreos. Já a mata higrófila é característica das
vertentes sul dos morros e do fundo dos vales, onde as condições ambientais são mais
amenas e, principalmente, há disponibilidade de água. A mata atinge entre 12 e 20m de
altura, e possui três a quatro estratos arbóreos.
O butiazal distribui-se de forma esparsa. Entretanto, verificam-se adensamentos
no cume das coxilhas e regiões mais áridas. É considerada uma das formações
vegetais mais ameaçadas de extinção.
21
A mata exótica é composta por hortos de Pinnus sp. e de Eucalyptus sp. Com
um volume de madeira de 967,45m³, somam 163,12 ha divididos em oito manchas
espalhadas pelo parque. Segundo Vitorino (2000), um dos grandes impactos antrópicos
ocorreu em 1944 e 1946, antes da criação do parque, quando foram plantadas cerca de
450 mil mudas dessas espécies, cujas madeiras eram utilizadas como combustível para
as máquinas que faziam o bombeamento de água da barragem Lomba do Sabão para
o centro de Porto Alegre desde 1890.
Os banhados são áreas de elevada produtividade primária e formados por solos
hidromórficos. Alguns setores destes ficam secos durantes a estiagem. A formação
vegetal consiste em gramíneas, plantas enraizadas na lama com folhagens emersas e
plantas flutuantes.
A vegetação do Parque Sain’t Hilaire é uma representativa amostra da complexidade estrutural da paisagem natural porto-alegrense, onde se alternam áreas de campo com diversos tipos florestais. A presença de butiazais é de prioritária relevância conservacionista, tendo em vista tratar-se de uma comunidade relictual na região metropolitana de Porto Alegre. (MORTARI, 2002, p.255)
1.5.3.2 Fauna
O Parque Sain´t Hilaire, pela diversidade de ambientes que apresenta, é de
grande importância, uma vez que atua como refúgio para a vida silvestre nesta região.
O parque possui 12 espécies registradas de mamíferos, 47 espécies de répteis, 23
espécies de anfíbios, 131 espécies de aves e 14 espécies de peixes (boa parte da
ictiofauna é encontrada na barragem Lomba do Sabão).
A área do parque é isolada por um cinturão urbano, o que não permite a entrada
de novos indivíduos e, conseqüentemente, a troca gênica, o que reduz ainda mais a
probabilidade de sobrevivência das populações. A introdução de fauna exótica como os
cães, gatos, tartarugas, entre outros animais, também contribui para o decréscimo no
número de indivíduos do parque.
22
1.5.4 Caracterização da População no Entorno do Parque
Conforme IBGE (1991), o número de casas no entorno do parque pode ser
superior a 9.000 habitações. Acredita-se que atualmente a população total do entorno
pode ser superior a 21.406 pessoas, o que fornece a média de 2,7 habitantes por
moradia. Ressalta-se que cerca de 1.050 casas estejam dentro do território pertencente
ao parque. Se estima que existam cerca de 4.500 pessoas habitando essas
residências, o que é considerado um número bem elevado.
A origem da população local é, sem dúvida, proveniente de êxodo rural ou de
famílias oriundas de outras vilas da cidade, que chegaram em busca de terrenos e
novos loteamentos. Não existe uma atividade específica desenvolvida pelos moradores
das comunidades, tendo em vista que a maioria trabalha na cidade, em comércio, e
muitos são desempregados.
Muitas das comunidades e vilas circunvizinhas ao parque possuem situação
fundiária regularizadas perante suas prefeituras.
23
2 MATERIAIS E MÉTODOS
O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Rafaela Remião, pertencente à
periferia do município de Porto Alegre, localizada no bairro Lomba do Pinheiro. A escola
foi escolhida devido a sua importância histórica para a região, pois de acordo com
Vilarino (2002, p.224) foi a primeira escola pública de toda a Lomba do Pinheiro. A
escola atende cerca de 800 alunos (entre os turnos da manhã, tarde e noite) e possui
três pavilhões.
2.1 Procedimentos Pedagógicos
O projeto foi desenvolvido, por meio de oficinas, com 21 alunos da turma 102 do
primeiro ano do Ensino Médio, entre 15 e 20 anos de idade. As oficinas foram
24
ministradas por um único educador, autor deste trabalho, que abordou aspectos
referentes à região da Lomba do Pinheiro e do Parque Municipal Sain’t Hilaire. O
projeto foi realizado em três etapas: aplicação de questionário, desenvolvimento de
oficinas em sala de aula, saída a campo para o Parque Sain’t Hilaire.
2.1.1 Cronograma das Atividades Desenvolvidas
- 10/10/2008 – Aplicação de questionário
- 24/10/2008 – Oficina: “Conhecendo a Lomba”
Apresentação do bairro aos alunos, através da exposição de painéis ilustrativos
com fotos da época e curiosidades a respeito do bairro.
- 29/10/2008 – Oficina: “Passeando pelo Parque Sain’t Hilaire”
Apresentação dos aspectos naturais, históricos e sócio-econômicos em relação ao
parque.
- 31/10/2008 – Continuação da oficina “Passeando pelo Parque Sain’t Hilaire”
- 05/11/2008 (tarde) – Saída a campo ao Parque Sain’t Hilaire
- 05/11/2008 (noite) – Oficina “Abstração dos Sentimentos”
- 07/11/2008 – Finalização do trabalho com a apresentação dos resultados à
comunidade escolar, através de cartazes expostos nos corredores da escola; aplicação
do mesmo questionário utilizado no início da execução do projeto.
2.1.2 Questionário
O questionário foi aplicado para alunos do 1° ano d o Ensino Médio. A escolha da
turma deu-se em função da disponibilidade dos alunos em participar da saída a campo
ao Parque Sain’t Hilaire no mês de novembro.
25
Antes de iniciar as oficinas, aplicou-se um questionário com quatorze
questões com o propósito de verificar o conhecimento prévio dos alunos em relação ao
parque. Este procedimento foi repetido após a conclusão das oficinas com o objetivo de
fornecer parâmetro comparativo em relação ao conhecimento e consciência acerca da
importância ecológica do parque, agregados com a realização do trabalho.
Foram disponibilizados dois períodos da disciplina de Biologia para a
apresentação dos objetivos e defesa da importância do projeto na turma amostrada.
2.1.3 Oficinas Teóricas
Inicialmente, buscou-se, por meio de oficinas, fornecer elementos e informações a
respeito da história, economia, cultura do Bairro Lomba do Pinheiro, bem como de
aspectos relacionados à história, biodiversidade e ação antrópica no Parque Sain’t
Hilaire, com o objetivo de levar o aluno a construir sua própria opinião em relação à
importância do parque para a comunidade.
Oficina - “Conhecendo a Lomba”
Esta oficina apresentou informações de forma cronológica, referentes às questões
econômicas, históricas, naturais e geográficas da região da Lomba do Pinheiro. Seu
objetivo foi apresentar à comunidade escolar a história de sua região e destacar a
importância histórica e natural do bairro para a capital Porto Alegre.
Antes de iniciar a oficina, os alunos foram convidados a participar da atividade
denominada “entreviste seu colega”. Cada aluno escolhido aleatoriamente entrevistou
seu colega e o apresentou para o grande grupo. Essa apresentação foi feita de forma
criativa e de acordo com a curiosidade de cada um. A atividade desenvolvida teve por
finalidade estimular a curiosidade dos alunos, uns em relação aos outros. Os materiais
26
utilizados na oficina foram: cartazes elaborados com papel “craft”, fotos e imagens
da época do início da urbanização do bairro.
Da mesma forma foi apresentada a região da Lomba do Pinheiro para os alunos,
procurando mostrar os aspectos mais curiosos e engraçados da história da região. A
atividade consistiu na elaboração de desenhos a partir do que foi apresentado na
oficina, considerando os períodos pré e pós-urbanização, segundo a perspectiva de
cada aluno. Para tanto, foram utilizados: papel A4 e giz de cera colorido.
Oficina – “Passeando pelo Parque Municipal Sain’t H ilaire”
Essa oficina consistiu na apresentação prévia do Parque Municipal Sain’t Hilaire,
momento em que se abordaram aspectos referentes à origem do nome do parque, suas
características geográficas, flora e fauna nativas e exóticas, sua hidrografia, seu
contexto histórico e a ação antrópica no parque.
A partir do conhecimento adquirido nessa oficina, construiu-se uma tabela com
dados referentes ao que se pretendia encontrar no parque em relação aos temas
tratados. Na mesma tabela, os alunos, durante a visitação ao parque, deveriam
identificar quais dos itens citados previamente haviam sido encontrados ou avistados
durante o percurso das trilhas e descrever se, ao longo deste, era possível perceber a
ação antrópica. Na oficina foram elaborados cartazes com papel “craft”, papel A4, giz de
cera, fotos e imagens do Parque Sain’t Hilaire, visando à sua exposição na escola.
2.1.4 Visitação ao Parque
Com o objetivo de relacionar idéias discutidas em sala de aula com a realidade,
tais como impacto urbano, introdução de espécies exóticas, flora e fauna nativas e
algumas curiosidades relacionadas à história do parque, foi realizada uma visita
27
orientada. A visitação às trilhas foi conduzida e monitorada pelo guia do parque e
pelo educador, autor deste trabalho.
Após a visitação, foi realizada uma atividade denominada “Corrida Ecológica”,
adaptada de Berna (2000). A atividade é uma adaptação de um jogo de tabuleiro, cujos
participantes vão saltando casas com seus peões de acordo com o número que cair
após o lançamento de um dado. Os alunos montaram o tabuleiro em cartolina, papel
craft ou material reciclado, com o percurso da corrida. Esse percurso tinha, ao todo, de
40 a 50 casas. Três casas consecutivas continham aspectos positivos da natureza e as
três casas seguintes, problemas ambientais. Foram atribuídos valores aos pontos
positivos e negativos, de acordo com o quadro abaixo:
Pontos positivos Pontos negativos
Saneamento – 5 Poluição do ar – 2
Educação ambiental - 2 Lixo – 3
Área verde conservada - 2 Animais em extinção – 5
Após a definição dos pontos positivos e negativos referentes ao meio ambiente, os
alunos foram questionados em relação à escolha e aos valores atribuídos a cada ponto
positivo e negativo. Esse foi o momento mais importante da atividade, pois a partir
desse debate os alunos puderam construir seus próprios conceitos em relação às áreas
verdes urbanas e sua importância. A idéia era instigar a percepção e os valores dos
participantes. Após a construção do tabuleiro e a realização do debate em relação aos
pontos positivos e negativos.
Com o propósito de despertar a percepção, sensibilidade e abstração dos alunos
em relação à oficina, foi utilizado, ainda, após a saída de campo ao Parque Sain’t
Hilaire, o jogo dos “slaids”, adaptado de Berna (2000). Solicitou-se aos alunos que
refletissem sobre as imagens vistas durante a saída a campo e, a partir disso,
elaborassem um desenho, esquema ou texto, em uma folha A4 (as lâminas
transparentes foram substituídas por uma folha A4, devido à indisponibilidade de
retroprojetor na escola). A imagem ou texto representou uma síntese do que os alunos
28
sentiram em relação ao trabalho e seu principal objetivo: salientar a importância do
parque para a comunidade do bairro Lomba do Pinheiro.
2.1.5 Divulgação à Comunidade Escolar
Os resultados das atividades desenvolvidas com os alunos no decorrer do trabalho
foram apresentados para a comunidade escolar na forma de cartazes.
29
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
São apresentados a seguir os resultados da análise das respostas do
questionário aplicado antes e após a realização das oficinas. A análise refere-se
somente às questões de maior relevância para a temática do projeto, com o objetivo de
se evidenciar as possíveis mudanças de concepção dos alunos após a conclusão das
oficinas.
Todos os trabalhos, desenhos, fotos produzidas, bem como todos os dados
levantados durante as oficinas foram expostos à comunidade escolar, com o objetivo de
compartilhar essa experiência positiva, atingir um público maior e disseminar na
comunidade o senso de preservação e conservação das áreas verdes como o Parque
Municipal Sain´t Hilaire.
A turma estudada era composta por alunos jovens, entre 15 a 20 anos,
prevalecendo a maioria do sexo masculino (Fig. 1).
30
13
9
0
5
10
15
respostas
N° d
e al
unos
MASCULINO FEMININO
Figura 1. Distribuição dos alunos, por sexo, na turma do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Rafaela Remião, Porto Alegre, RS, em 2008.
Dos 22 alunos entrevistados, 19 são naturais de Porto Alegre, um de Pelotas e um
de Uruguaiana (Fig. 2).
19
1 1 10
5
10
15
20
1
respostas
N° d
e al
unos
Porto Alegre Guaíba Uruguaiana Pelotas
Figura 2. Naturalidade dos alunos da turma do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Rafaela Remião, Porto Alegre, RS, em 2008.
Em relação ao tempo de residência na Lomba do Pinheiro, há uma variação de um
a dezenove anos, sendo que predominam os alunos que moram há mais de 10 anos no
bairro (figura 3).
31
1
6
1
4
7
1
0
2
4
6
8
respostasN
° de
alun
os
1a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 11 anos
12 a 15 anos 16 a 19 anos 20 a 23 anos
Figura 3. Tempo de residência na Lomba do Pinheiro dos alunos do 1° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Rafaela Remião, Porto Alegre, RS, 2008.
Os resultados obtidos em relação à figura 4 foram preocupantes, pois a maioria
dos participantes que já havia visitado o parque enfatizaram a presença de lixo e
apenas em segundo lugar a diversidade como ponto mais marcante. Porém, na figura 5
os resultados se inverteram. A diversidade ficou em primeiro lugar e, em segundo, o
lixo, em decorrência da visita ao parque.
6
10
1 14
0
5
10
15
respostas
N° d
e al
unos
Diversidade natural Lixo
Invasão Animais nas trilhas
Outros
Figura 4. Resultados obtidos na primeira entrevista, em relação ao que mais chamou a atenção dos alunos do 1° ano do Ensino Médio da Escola Esta dual Rafaela Remião, durante a visita ao Parque Municipal Sain´t Hilaire, Porto Alegre, RS, em 2008.
32
9
5
24
1
0
5
10
respostas
N° d
e al
unos
Diversidade natural Lixo
Invasão Animais nas trilhas
Outros
Figura 5. Resultados obtidos na segunda entrevista, em relação ao que mais chamou a atenção dos alunos do 1° ano do Ensino Médio da Escola Esta dual Rafaela Remião, durante a visita ao Parque Municipal Sain´t Hilaire, Porto Alegre, RS, em 2008.
Os resultados obtidos em relação à figura 6 dividiram-se, basicamente, entre duas
categorias. Dos 22 alunos entrevistados, nove responderam que o parque é um “local
perigoso”, enquanto outros 10 o consideram área de lazer; apenas um aluno percebe a
função do parque como área de preservação e pesquisa. Já na figura 7 é possível
perceber uma pequena mudança na percepção dos alunos em relação ao parque.
Nesta segunda entrevista, percebe-se um aumento de 20% entre os alunos que
consideram o parque uma área de lazer. Entretanto, aumentou também o percentual
dos que consideram o parque uma área de mata ainda não ocupada pela população
(200%). Esta mudança de opinião decorre das discussões durante as oficinas, em que
os alunos reconheceram o crescimento desordenado da região e a invasão de
moradias localizadas dentro da área pertencente ao parque.
33
10
2
9
1 00
5
10
15
respostas
N° d
e al
unos
Lazer
Área ainda não ocupada
Local perigoso
Área de preservação e pesquisa
Outros
Figura 6. Resultados obtidos na primeira entrevista, em relação à percepção dos alunos do 1° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Rafaela Remião, quanto à utilidade das áreas pertencentes ao Parque Municipal Sain´t Hilaire, Porto Alegre, RS, em 2008.
12
6 6 5
00
5
10
15
respostas
N° d
e al
unos
Lazer
Área ainda não ocupada
Local perigoso
Área de preservação e pesquisa
Outros
Figura 7. Resultados obtidos na segunda entrevista, em relação à percepção dos alunos do 1° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Rafaela Remião, quanto à utilidade das áreas pertencentes ao Parque Municipal Sain´t Hilaire, Porto Alegre, RS, em 2008.
A maioria dos entrevistados desconhecia totalmente os benefícios de uma área de
preservação como o Parque Municipal Sain’t Hilaire (fig. 8). Apenas oito entrevistados
afirmaram estar cientes dos benefícios do parque para a comunidade da Lomba do
Pinheiro. Na segunda entrevista (fig. 9), contudo, já foi possível perceber uma mudança
a esse respeito. Houve um aumento de 62,5% no número de alunos que passaram a
reconhecer a importância do parque e exemplificaram alguns de seus benefícios para a
comunidade, tais como: qualidade da água, lazer, a importância do viveiro para a
34
cidade de Porto Alegre, a conservação da fauna e flora nativas, qualidade do ar,
entre outros.
8
2
12
0
5
10
15
respostas
N° d
e al
unos
SIM NÃO NÃO SEI
Figura 8. Resultados obtidos na primeira entrevista, em relação à percepção dos alunos do 1° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Rafaela Remião, quanto aos benefícios do Parque Municipal Sain´t Hilaire para a comunidade da Lomba do Pinheiro, Porto Alegre, RS, em 2008.
13
8
00
5
10
15
respostas
N° d
e al
unos
SIM NÃO NÃO SEI
Figura 9. Resultados obtidos na segunda entrevista, em relação à percepção dos alunos do 1° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Rafaela Remião, quanto aos benefícios do Parque Municipal Sain´t Hilaire para a comunidade da Lomba do Pinheiro, Porto Alegre, RS, em 2008.
Dos entrevistados pela primeira vez, 14 alunos afirmaram ser importante a
preservação de áreas verdes em centros urbanos (fig.10). Argumentaram ser de
extrema importância devido à melhoria da qualidade do ar e à necessidade de
preservação da flora e fauna nativas. Porém, na segunda entrevista (fig.11) houve um
decréscimo de 14% no número de alunos que consideram importante a preservação de
áreas verdes nos centros urbanos. Essa diferença deve-se ao grande número de
alunos que não responderam ou não sabiam responder a questão. Enquanto no
35
primeiro questionário este número correspondeu a apenas dois alunos, no segundo
passou para oito.
14
6
2
0
5
10
15
respostas
N° d
e al
unos
SIM NÃO NÃO SEI
Figura 10. Resultados obtidos na primeira entrevista, em relação ao que os alunos do 1° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Rafaela Remião julgam sobre a importância da preservação de áreas verdes nos centros urbanos, Porto Alegre, RS, em 2008.
12
1
8
0
5
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15
respostas
N° d
e al
unos
SIM NÃO Não sei / não respondeu
Figura 11. Resultados obtidos na segunda entrevista, em relação ao que os alunos do 1° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Rafaela Remião julgam sobre a importância da preservação de áreas verdes nos centros urbanos, Porto Alegre, RS, em 2008.
É perceptível aos alunos a ação antrópica no parque, principalmente a poluição
das sangas que atravessam diversas vilas da Lomba do Pinheiro até chegar ao seu
destino, a Barragem Lomba do Sabão. Na primeira entrevista (fig.12), a poluição das
sangas estava em evidência e, em segundo lugar, a falta de conhecimento da
população. Já na segunda entrevista (fig.13) os alunos consideraram a falta de
36
conhecimento da população o maior problema enfrentado pelo parque e, em
segundo lugar, a poluição das sangas.
13
13
64
0
5
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15
respostas
N° d
e al
unos
Introdução espécies exôticas
Crescimento das vilas
Poluição das sangas
Falta de conhecimento da população
Outros
Figura 12. Resultados obtidos na primeira entrevista, em que os alunos do 1° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Rafaela Remião classificaram as principais ameaças ao Parque Municipal Sain´t Hilaire, Porto Alegre, RS, em 2008. Priscila, corrige o 1º item da legenda do gráfico para: Introdução de espécies exóticas
36
11 12
1
0
5
10
15
respostas
N° d
e al
unos
Introdução espécies exôticas
Crescimento das vilas
Poluição das sangas
Falta de conhecimento da população
Outros
Figura 13. Resultados obtidos na segunda entrevista, em que os alunos do 1° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Rafaela Remião classificaram as principais ameaças ao Parque Municipal Sain´t Hilaire, Porto Alegre, RS, em 2008.
37
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho teve como objetivo mostrar aos alunos a importância histórica, social,
cultural e econômica da região em que moram, focalizando sempre a relevância do
Parque Municipal Sain´t Hilaire desde os primórdios da urbanização do bairro Lomba do
Pinheiro até os dias de hoje. Essa integração entre parque e escola vem ao encontro
dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNEM) e da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), que afirmam que a educação ambiental deve ser transversal
e interdisciplinar, e que os educadores não devem somente focalizar as questões
biológicas das problemáticas ambientais, mas mostrar para os alunos a conexão e a
importância de todos os seres no ambiente em que vivem. Essa conexão evidencia a
interdependência entre as espécies e sua importância no funcionamento do sistema
ecológico.
O homem não é o centro do universo, de modo que todas as ações tenham por
objetivo satisfazer suas necessidades. Contudo, embora não seja a causa única de
todas as problemáticas ambientais, é um potencializador dos problemas. Assim, é
fundamental repensar atitudes, condutas e hábitos para não nos tornarmos os
responsáveis pela extinção em massa da biodiversidade.
Durante o projeto foi possível perceber que os alunos participantes desconheciam
muitas informações em relação ao seu bairro e sobre a importância do Parque
Municipal Sain´t Hilaire à cidade de Porto Alegre.
No período de quatro semanas, foram trabalhados diversos aspectos da região da
Lomba do Pinheiro e do Parque Municipal Sain´t Hilaire, através de discussões em sala
de aula, trabalhos escritos, desenhos e saída a campo. Em todas as atividades os
38
alunos participaram ativamente, principalmente nas discussões referentes à história
da região, durante as quais contribuíam com relatos de lendas e histórias locais.
Em relação à percepção ambiental do parque, os alunos consideravam-no como
uma área de risco muito perigosa para ser visitada. Poucos reconheceram o parque
como área de preservação ou pesquisa. Essa percepção negativa deve-se à falta de
conhecimento e integração entre o parque e a comunidade. Através das oficinas do
projeto, foi possível realizar essa aproximação entre os alunos e o parque, o que
proporcionou certa mudança de conceitos. Os alunos passaram a perceber alguns
benefícios do parque para a comunidade, tais como: melhoria da qualidade do ar,
estabilidade térmica, fornecimento de mudas destinadas à arborização das vias
públicas (decorrente da preservação da flora nativa em viveiro) e lazer. A barragem,
muito citada pelos alunos durante as oficinas, é considerada a única fonte de água
potável não provinda do lago Guaíba, tida como uma reserva estratégica de água
potável. Também passaram a reconhecer e identificar as principais ameaças ao parque,
decorrentes das atividades humanas. Perceberam que a falta de conhecimento é um
dos grandes problemas a serem enfrentados. Neste sentido, a escola tem papel
fundamental, constituindo-se em fórum de construção e divulgação do conhecimento à
comunidade.
“A Educacão Ambiental é pensar localmente, mas agir globalmente” (Autor desconhecido).
39
REFERÊNCIAS
BACK, João Miguel. Manual para apresentação de trabalhos acadêmicos: graducação e pos-graducaçã o. 3. ed. Canoas: Salles, 2007. BERNA, Vilmar. Como fazer Educação Ambiental. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2001. BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEB, 2000. BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA. 2. ed. Brasília: MMA, 2004. CAMPOS, Maria Freitas. Educação Ambiental, Natureza, Razão e História . Local: Autores associados, 2004. Falta local! DADOS estatísticos de Porto Alegre. In: Instituto Brasileiro de Estatistica e Geografia. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/default.php.> Acesso em: 04 de out. de 2008. DADOS estatísticos de Viamão. In: Instituto Brasileiro de Estatistica e Geografia. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/default.php.> Acesso em: 04 de out. de 2008. FRANCO, Maria Assunção. Planejamento ambiental para a cidade. 2. ed. São Paulo: Edifurb, 2002. MORTARI, Márcio. Manejo participativo: em busca da integridade do Parque Sain’t Hilaire. Porto Alegre: Promoarte, 2002. PEDRINI, Alexandre Gusmão. Educação Ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
40
VILARINO, Maria da Graça. Memória dos bairros: Lomba do Pinheiro. Porto Alegre: Unidade Editorial, 2000. VIOLA, Eduardo J. Meio Ambiente, Desenvolvimento e Cidadania: desafios para as Ciências Sociais. 4. ed. Florianópolis - SC: Córtex, 2002.
42
APÊNDICE A - Questionário aplicado antes e após a c onclusão do projeto, na
turma 102 do 1° do Ensino Médio da Escola Estadual Rafaela Remião, Porto
Alegre, RS, em 2008.
1) Idade: ( )10 a 20 anos ( ) 21 a 35 anos ( ) 36 a 50 2) Sexo ( ) F ( ) M 3) Você é natural de Porto Alegre? ( ) sim ( ) não Qual ? ________________________________________________ 4) Quanto tempo reside na Lomba do Pinheiro 5) Você já ouviu falar no Parque Sain’t Hilaire? O que você sabe sobre o parque? 6) Na escola você já recebeu alguma informação a respeito do Parque Sain’t Hilaire? ( ) sim ( ) não 7) Alguma vez você já visitou o parque? ( ) sim ( ) não 8)Se a sua resposta foi afirmativa na questão anterior, o que mais lhe chamou a atenção no parque? ( ) A diversidade de flores, árvores, arbustos. ( ) O lixo existente em algumas trilhas. ( ) A invasão de casas dentro do parque. ( ) A diversidade de animais visíveis nas trilhas. 9) Para você, esse parque é uma área de: ( ) lazer ( ) mata nativa ainda não ocupada pela população ( ) local perigoso ( ) área de preservação e estudo científico 10) Em relação à flora, o parque é formado por vegetação característica de algum bioma conhecido? ( ) sim ( ) não Qual? ____________________________________________________________ 11) O parque fornece algum benefício à comunidade? ( ) sim. Qual(is)? __________________________________________________________ ( ) não ( ) não sei 12) Você considera importante preservar áreas de vegetação nos centros urbanos, ao invés de se construir condomínios, shoppings, postos, etc.? Por quê? 13) Para você, qual é o maior problema enfrentado pelo parque? ( ) Introdução de animais e vegetação diferente da nativa. ( ) Crescimento das vilas no entorno do parque. ( ) Poluição das sangas que desaguam na barragem. ( ) Falta de conhecimento da população em relação à necessidade de preservação da natureza. ( ) Outro: ________________________________________________________________. 14) O que você faria para modificar a situação atual do parque em relação ao problema citado acima?
43
APÊNDICE B - Fotos do Parque Municipal Sain´t Hilai re, Porto Alegre, RS,
2008.
Figura 1. Entrada oficial do Parque Sain´t Hilaire em Viamão.
Fonte: Priscila Anderson
44
APÊNDICE C - Área de lazer do Parque Municipal Sain ´t Hilaire, Porto Alegre, RS,
2008.
Figura 2. Campos de futebol e vôlei, próximos a entrada do Parque Municipal Sain’t Hilaire.
Fonte: Priscila Anderson
Figura 3. Área de lazer próxima a entrada do Parque Municipal Sain’t Hilaire.
Fonte: Priscila Anderson
45
APÊNDICE D - Foto da turma 102 do 1º ano do Ensino Médio da Escola
Estadual Rafaela Remião, Porto Alegre, RS, 2008.
Figura 4. Alunos desenvolvendo atividades propostas em uma das oficinas do projeto.
Fonte: Priscila Anderson
46
APÊNDICE E - Fotos das oficinas realizadas na Escol a Estadual Rafaela Remião
com a turma 102 do 1° ano do Ensino Médio, Porto Al egre, RS, 2008.
Figura 5. Atividade desenvolvida na oficina “Passeando pelo Parque”: descrição das ameaças
ao parque.
Fonte: Priscila Anderson
Figura 6. Aluno da turma 102 elaborando desenhos, segundo sua perspectiva em relação ao
passado e presente da Lomba do Pinheiro, na oficina “Conhecendo a Lomba”.