princípios constitucionais do direito processual civil

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  • 7/23/2019 Princpios Constitucionais Do Direito Processual Civil

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    Princpios constitucionais do Direito Processual CivilRenata Malta Vilas-bas

    Resumo:O presente trabalho versa sobre os princpios constitucionais do direito processual civil. Dessafeita iniciamos o trabalho com a compreenso da importncia dos princpios para um ordenamento

    !urdico e depois apresentamos os especficos constitucionais do direito processual. "em a compreenso

    da sistem#tica processual atuar no !udici#rio em $ual$uer uma de suas posi%&es' como advo(ado'ma(istrado ou membro do minist)rio p*blico' a atua%o no ocorrer# de forma plena e ade$uada' dada arelevncia do tema ora proposto.

    Palavras-Chave:Princpio. Princpios constitucionais processuais.

    Sumrio: +. ,ntrodu%o. . Princpios Processuais erais ou Princpios /undamentais. 0. PrincpiosConstitucionais Processuais. 1. Concluso.

    1. Introduo

    Para entendermos a importncia dos princpios ) preciso res(atar o seu si(nificado e sua conceitua%o ebuscando melhor compreender utili2aremos dois instrumentos distintos.

    3 palavra princpio vem do latimprincipiu. 3ssociamos essa palavra 4 id)ia de come%o' ori(em' incio.5+6

    7sta no%o $ue nos tra2 o dicion#rio lei(o no ) suficiente para nos tradu2ir a densidade do seusi(nificado' especialmente em nosso universo !urdico $ue possui particulares e si(nificados bem distintosdos demais. O conceito $ue melhor tradu2 a no%o de princpio no mbito !urdico ) a de Celso 3ntnio8andeira de Mello'in verbis9

    Princpio , por definio, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposio

    fundamental que irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o esprito e servindo de critrio parasua exata compreenso e inteligncia, exatamente por definir a lgica e a racionalidade do sistema

    normativo, no que lhe confere a t!nica e lhe d" sentido harm!nico#[2].

    :$hegamos % concepo de que o princpio & sua idia ou conceituao & vem a ser a fonte, o ponto departida que devemos seguir em todo o percurso' ao mesmo tempo em que o incio, tambm o meio a

    ser percorrido e o fim a ser atingido( )essa forma, todo o ordenamento *urdico deve estar de acordo

    com os princpios, pois s eles permitem que o prprio ordenamento *urdico se sustente, se mantenha e

    se desenvolva(#[3]

    Os princpios so a coluna vertebral do Direito' tudo parte deles e tudo neles se encerram. ;o h# como

    trabalhar nem pensar !uridicamente sem os princpios e no nosso caso especfico os princpios processuaisso a estrutura b#sica de todo o processo sendo assim' no podemos deincia.

    ;o plano da teoria (eral do processo podemos classificar os princpios como sendo os princpios

    processuais (erais ou princpios fundamentais $ue se divide em constitucional e infraconstitucional e nosprincpios informativos.

    http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10180#_ftn1http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10180#_ftn1http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10180#_ftn2http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10180#_ftn2http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10180#_ftn3http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10180#_ftn2http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10180#_ftn3http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10180#_ftn1
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    2. Princpios Processuais !erais ou Princpios "undamentais

    ;esse trabalho iremos nos ater aos princpios (erais constitucionais processuais' ou se!a' os princpiosconstitucionais so a$ueles $ue podemos locali2ar na Constitui%o en$uanto $ue os princpios processuaisinfraconstitucionais podem ser locali2ados nas normas infraconstitucionais.

    Cumpre ressaltar $ue os princpios ora apresentados no devem ser vistos como os *nicos !# $ue aevolu%o do ser humano e a evolu%o do direito nos permite $ue essa apresenta%o' com o passar dostempos' sofra modifica%&es.

    #. Princpios Constitucionais Processuais

    3 nossa Carta Ma(na' promul(ada em @A de outubro de +B' tem como base a democracia e' por isso'disp&em de diversos instrumentos $ue visam prote(er a liberdade e o direito de todos. Dentre essesinstrumentos podemos ressaltar $ue a$ueles $ue visam tutelar os direitos fundamentais do homem tratam-se de instrumentos processuais.

    3l(umas obras !urdicas utili2am a e

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    3 partir de +B1 todas as Constitui%&es p#trias res(uardam o Princpio do Devido ProcessoIe(al. Fendo culminado com a Constitui%o /ederal de +B $ue e

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    3 li(erdaderefere-se a toda a liberdade ima(in#vel' isto )' de culto' de credo' de imprensa' deencia do processo' $ue apesar de formalista' no e o art. +A' , do CLdi(o de ProcessoCivil' verbis9

    :@rt( 8A;( + *ui dirigir" o processo conforme as disposi?es deste $digo, competindo-lhe/

    B - assegurar %s partes igualdade de tratamento?

    Por)m essa i(ualdade de tratamento constate desse inciso no se refere somente 4 i(ualdadeformal' mas principalmente 4 i(ualdade material.

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    3da Pelle(rini rinover defende $ue o princpio da i(ualdade formal' $ue a lei se confi(uracomo mera fic%o' !# $ue todos os seres humanos so desi(uais por sua prLpria nature2a' tendoo le(islador se recusado a manifestar sobre essa desi(ualdade. ;o entanto' ao defendermos oprincpio da i(ualdade material' por ser dinmica' observa-se $ue compete ao 7stado superar asdesi(ualdades de forma a se atin(ir uma i(ualdade real.5+06

    Dessa forma' al(umas normas !urdicas $ue poderiam parecer estar afrontando esse princpio narealidade estaria utili2ando a id)ia de i(ualdade material' tais como al(umas prerro(ativasencontradas no Direito Processual Civil. Por e na i(ualdade substancial o instrumento para a busca da se(uran%a e do!usto.5+16

    #.# Princpio do Contradit+rio e o Princpio da *mpla $eesaPodemos afirmar $ue o princpio do contraditLrio e da ampla defesa' na realidade' trata-se deuma das facetas do Princpio do Devido Processo Ie(al $ue tamb)m se encontram consolidadosem nossa Carta Ma(na' verbis/

    C & aos litigantes, em processo *udicial ou administrativo, e aos acusados em geral so

    assegurados o contraditrio e a ampla defesa, com os meios e os recursos a eles inerentes'#

    G importante destacar $ue apesar desses princpios serem tratados !untos no mesmo incisoconstitucional ) preciso dei

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    Ieo Rosenber( tradu2 bem essa situa%o $uando afirma $ue o princpio do contraditLrio vem aser opoder de deduir a ao em *uo, alegar e provar fatos constitutivos de seu direito e,quanto ao ru, ser informado sobre a existncia e conte>do do processo e faer-se ouvir([1"]

    Podemos assim dedu2ir $ue o direito ao contraditLrio vem a ser a oportunidade em $ue ossu!eitos de direito tem de se manifestarem acerca do fato eWou do direito $ue est# sendo$uestionado' em i(ualdade de condi%&es' se!a no mbito !udicial ou no mbito administrativo'em um determinado momento com o ob!etivo de asse(urar-lhes o trinmio vida-liberdade-propriedade.

    ;o entender de Milton "anseverino o princpio do contraditLrio pode ser compreendido comosendo uma combina%o entre o princpio da ampla defesa e o princpio da i(ualdade daspartes' verbis9

    :+ princpio constitucional da igualdade *urdica, do qual um dos desdobramentos o direitode defesa para o ru, contraposto ao direito de ao para o autor, est" intimamente ligado a

    uma regra eminentemente processual/ o princpio da bilateralidade da ao, surgindo, da

    composio de ambos, o princpio da bilateralidade da audincia(#[17]

    3o analisar o princpio do contraditLrio 7nrico Iiebman nos tra2 o se(uinte posicionamento9

    @ garantia fundamental da Dustia e regra essencial do processo o princpio do

    contraditrio, segundo este princpio, todas as partes devem ser postas em posio de expor ao

    *ui as suas ra?es antes que ele profira a deciso( @s partes devem poder desenvolver suas

    defesas de maneira plena e sem limita?es arbitr"rias, qualquer disposio legal que contraste

    com essa regra deve ser considerada inconstitucional e por isso inv"lida#([1#]

    O Princpio do Contradit+riono admite nenhuma e

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    determinada deciso !udicial recorrvel' desde $ue preencham os re$uisitos de admissibilidaderecursal.

    Por sua ve2 o Princpio da *mpla $eesa tem como fundamento o direito de ale(ar fatosrelevantes !uridicamente e a possibilidade de comprov#-los por $uais$uer meios de prova emdireito permitido.5@6

    Podemos assim concluir $ue' para $ue a parte possa usufruir desses dois princpios em tela )preciso $ue se tenha ci>ncia dos atos praticados pela outra parte e ainda pelo !ui2 da causa.7ncia dos atos' so elas9

    Cincia dos *tos Processuais

    Citao: 3rt. +0 Cita%o ) o ato pelo $ual se chama a !u2o o r)u ou o interessado a fim de sedefender CPCQ?

    Intimao:3rt. 01 ,ntima%o ) o ato pelo $ual se d# ci>ncia a al(u)m dos atos e termos do

    processo' para $ue fa%a ou dei

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    O nosso ordenamento !urdico adota o princpio da publicidade dos atos processual restrita,por$ue apesar de todo o interesse de $ue o maior n*mero de pessoas venham a conhecer osprocessos' eblico'

    Il- que diem respeito a casamento, filiao, separao dos c!n*uges, converso desta em

    divrcio, alimentos e guarda de menores(

    Par"grafo >nico( + direito de consultar os autos e de pedir certid?es de seus atos restrito %s

    partes e a seus procuradores( + terceiro, que demonstrar interesse *urdico, pode requerer ao

    *ui certido do dispositivo da sentena, bem como de invent"rio e partilha resultante do

    desquite(#

    ,nterpretando o art. +AA do CLdi(o de Processo Civil observamos $ue as eblico da administrao da *ustia, e, conseqNentemente, da imparcialidade do *ui(#[22]

    O princpio da publicidade ) uma forma de controle e

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    "upremo Fribunal /ederal. 3l)m de acompanhar os !ul(amentos o cidado tem tamb)m umafonte de informa%o e conhecimento $ue fa2 com $ue se torne mais crtico em rela%o 4 atua%odo Poder Eudici#rio.

    #./ Princpio da Inaasta(ilidade do 0udicirio ou do $ireito de *o

    Conforme o art. A' XXXV' temos $ue9

    :XXXV - a lei no encia !urdica pr)-processual. "endo assim' fa2-senecess#rio $ue o 7stado or(ani2a-se' devidamente' a carreira !urdica da Defensoria P*blica'ha!a vista serem os seus inte(rantes respons#veis para patrocinar as causas da$ueles $ue notem como arcar com os honor#rios advocatcios.

    #.3 Princpio da Inadmisso da Prova Ilcita ou Princpio da Proi(io da Prova Ilcita

    4 5ue 6 a Prova Ilcita 7

    @ prova ilegal, conforme a classificao de Ouvolone, ser" sempre quando houver violao

    do ordenamento como um todo Eleis e princpios gerais1, quer se*am de naturea material ou

    meramente processual( 4er" ilcita a prova quando a sua proibio for de naturea material,vale dier, quando for obtida ilicitamente. 516

    http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10180#_ftn23http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10180#_ftn24http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10180#_ftn23http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10180#_ftn24
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    E# ;elson ;er E*nior se pronuncia da se(uinte forma9

    :3 prova pode ser ilcita em sentido material e em sentido formal. 3 ilicitude material ocorre$uando a prova deriva de um ato contr#rio ao direito e pelo $ual se conse(ue um dadoprobatLrio invaso domiciliar' viola%o do si(ilo epistolar' $uebra de se(redo profissional'subtra%o de documentos' escuta clandestina' constran(imento fsico ou moral na obten%o deconfiss&es ou depoimentos testemunhais etc.Q. # ilicitude formal $uando a prova decorre deforma ile(tima pela $ual ela se produ2' muito embora se!a lcita a sua ori(em. 3 ilicitudematerial di2 respeito ao momento formativo da prova? a ilicitude formal' ao momentointrodutLrio da mesma. 7m suma' ra2&es de le(alidade e de moralidade atuam como causasrestritivas da livre atividade probatLria do Poder P*blico.5A6

    O art. A' IV, da Constitui%o /ederal' determina $ue9

    :IV, - so inadmissveis' no processo' as provas obtidas por meios ilcitos?

    Mesmo antes do advento da Constitui%o de +B' o nosso CLdi(o de Processo Civil $ue ) de

    +BY0 !# tra2ia consi(nado esse princpio9

    :3rt. 00. Fodos os meios le(ais' bem como os moralmente le(timos' ainda $ue noespecificados neste CLdi(o' so h#beis para provar a verdade dos fatos' em $ue se funda a a%oou a defesa.

    ;o CLdi(o de Processo Penal' com a nova reda%o do art. +AY conforme a Iei ++.NB@W@@temos $ue

    :@rt( 8;( 4o inadmissveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilcitas,assim entendidas as obtidas em violao a normas constitucionais ou legais(

    Q 8o 4o tambm inadmissveis as provas derivadas das ilcitas, salvo quando no evidenciado

    o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por

    uma fonte independente das primeiras(

    Q Ao $onsidera-se fonte independente aquela que por si s, seguindo os tr=mites tpicos e de

    praxe, prprios da investigao ou instruo criminal, seria capa de conduir ao fato ob*eto

    da prova(

    Q Ho Preclusa a deciso de desentranhamento da prova declarada inadmissvel, esta ser"

    inutiliada por deciso *udicial, facultado %s partes acompanhar o incidente(#

    7sse tema ) bastante controvertido por)m temos adotado a )eoria dos "rutos da 8rvore9nvenenadainspirada na teoria norte-americana :fruits of the poisonous treeZ $ue determina$ue a prova obtida mediante viola%o de norma !urdica ir# contaminar todas as demais provasobtidas a partir da$uela. 3 essas provas chamamos de provas consideradas ilcitas por deriva%o.7ssa teoria contraria o pensamento de $ue os fins !ustificam os meios' a$ui o $ue se entende )$ue no podemos utili2ar uma prova obtida de forma ilcita seno estaramos sendo coniventescom a forma de obten%o dessa prova' contrariando assim os direitos individuais e 4s ve2es' at)res(uardados constitucionalmente. Caso vi)ssemos aceitar essas provas estaramos promovendoe incentivando condutas ilcitas o $ue na fa2 sentido.

    3 rela%o e

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    R@ cl"usula constitucional do due process of la. - que se destina a garantir a pessoa do

    acusado contra a?es eventualmente abusivas do Poder P>blico - tem, no dogma da

    inadmissibilidade das provas ilcitas, uma de suas pro*e?es concretiadoras mais expressivas,

    na medida em que o ru tem o imposterg"vel direito de no ser denunciado, de no ser *ulgado

    e de no ser condenado com apoio em elementos instrutrios obtidos ou produidos de forma

    incompatvel com os limites impostos, pelo ordenamento *urdico, ao poder persecutrio e ao

    poder investigatrio do 0stado(R Min. Celso de Mello' voto no acLrdo da 3P n 0@Y-0 - D/ -Pleno do "F/' !. +0.+.B1' DE [email protected]' Rel. Min. ,IM3R 3IVUOQ.

    Famb)m no "uperior Fribunal de Eusti%a podemos verificar esse posicionamento' como pore

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    O Princpio do Duplo rau de Eurisdi%o nos revela a possibilidade de reviso' mediante orecurso cabvel' das causas !# !ul(adas pelo !ui2 de primeiro (rau ou primeira instnciaQ. Dessaforma' esse princpio nos (arante a possibilidade de reviso por uma instncia superior.

    3 rai2 desse princpio encontra-se na prLpria histLria do homem $ue insatisfeito com o resultadobusca sempre rever uma deciso ou se!a' pede uma se(unda opinio.

    De forma (eral' os princpios ficam a crit)rio das partes' para serem e

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    3 nossa !urisprud>ncia mostra-se bastante coesa com a id)ia do !ui2 natural e tem acatado esseprincpio conforme podemos verificar atrav)s de decis&es proferidas pelo nosso "upremoFribunal /ederal.

    O Princpio do Eui2 ;atural acaba se desdobrando em tr>s conceitos distintos' ve!amos9

    - ?r&os Competentes: "omente so Lr(os !urisdicionais a$ueles $ue foram institudos pelaConstitui%o /ederal?

    - ?r&os Pr6-Constitudos:;in(u)m pode ser !ul(ado por Lr(o $ue tenha sido criado ouconstitudo apLs a ocorr>ncia do fato?

    - 0unciaespecfica de tal sorte $ue al)m de ser !# um !ui2 ) preciso $ue tenha compet>ncia especficapara analisar a$uele caso concreto.50@6

    4 5ue 6 Competncia 7

    )i-se que um *ui competente quando, no =mbito de suas atribui?es, tem poderes

    *urisdicionais sobre determinada causa(50+6

    #.@ Princpio da Aotivao das $ecisBes 0udiciais ou Princpio da "undamentao das$ecisBes 0udiciais

    7sse princpio est# evida uma grande garantia da *ustia quando consegue

    reproduir exatamente, como num levantamento topogr"fico, o itiner"rio lgico que o *ui

    percorreu para chegar % sua concluso, pois se esta errada, pode facilmente encontrar-se,

    atravs dos fundamentos, em que altura do caminho o magistrado se desorientou(#[32]

    O !ui2 tem liberdade de escolher como ir# interpretar' $uais das t)cnicas de interpreta%o ) amais cabvel na$uele caso emsub *udicie' por)m' essa liberdade fica limitada no sentido $ue )necess#rio informar no processo $ual foi o raciocnio utili2ado.

    7sse princpio nos res(uarda dos arbtrios e desmandos $ue poderiam vir a ocorrer nas decis&es!udiciais' caso no houvesse essa (arantia da necessidade da motiva%o das decis&es !udiciais eainda !# determinando $ue caso esse princpio se!a ferido essa deciso ser# considerada nula.

    #.1 Princpio da Se&urana 0urdica

    7sse ) um princpio $ue se encontra e

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    Conforme Canotilho temos $ue a se(uran%a !urdica ) um elemento constitutivo do 7stado deDireito' !# $ue o homem necessita de se(uran%a' estabilidade para assim poder condu2ir'planificar de forma autnoma e respons#vel a sua vida.5006

    Para eraldo 3taliba a se(uran%a !urdica est# relacionada com a previsibilidade da a%oestatal5016.

    ;o mbito processual a id)ia de se(uran%a !urdica encontra-se assente na coisa !ul(ada. 7ssae

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    Conforme demonstrado ao lon(o desse trabalho os princpios processuais constitucionaisencontra-se inseridos em nossa Carta Ma(na' por)m' no ) pacfico entre os doutrinadores o seusi(nificado e o seu alcance.

    7stamos num processo de compreenso da sistem#tica processual' em $ue os temas afetos aosprincpios fundamentais e estruturantes de nosso processo' precisam ser analisados de formaplena permitindo assim $ue se concreti2e os direitos defendidos em nosso ordenamento !urdico.

    Dessa feita' toda e $ual$uer norma processual $ue venha a ser criada ou em seu momento deaplica%o deve-se passar pelo crivo dos princpios fundamentais do processo' para $ue essanorma este!a em consonncia com a estrutura processual adotada em nosso ordenamento!urdico.

    =otas:5+6/7RR7,R3' 3ur)lio 8uar$ue de olanda.Oovo )icion"rio da lngua portuguesa(Rio de

    Eaneiro9 7ditora ;ova /ronteira' +BN' p. +.0B0.56M7IIO' Celso 3ntnio 8andeira de.0lementos de )ireito @dministrativo. "o Paulo97ditora Revista dos Fribunais' +BB+' p. [email protected],I3"-8]3"' Renata Malta.Uermenutica e Bnterpretao Durdica & Uermenutica$onstitucional( 8raslia9 Jniversa' @@0' p. +.516R,;OV7R' 3da Pele(rini. +s princpios $onstitucionais e o $digo de Processo $ivil."o Paulo9 8ushatas^' +BYA' p. e B.5A6Constitui%o da Rep*blica /ederativa do 8rasil. Cmara dos Deputados. 8raslia' @@1' p.+.5N6Podemos citar dentre eles9 ;elson ;er Er.' Cndido Ran(el Dinamarco' Paulo Ran(el'Paulo Roberto Dantas de "ou2a Ieo dentre outros.5Y6;7R_ E*nior' ;elson.Princpios de processo civil na $onstituio 7ederal. "o Paulo97ditora Revista dos Fribunais' +BBA' p. 0B.56F3V3R7"' 3ndr) Ramos. $urso de )ireito $onstitucional. "o Paulo9 7ditora "araiva'@@N' p. N0B.5B6O_O"' 3rturo.@pud H38,7R' Iui2 Rodri(ues.@nota?es sobre o princpio do devido

    processo legal. Revista dos Fribunais. "o Paulo' a. Y' v. N1N' p. 00-1@' a(o +BB p. 01.5+@63R3`EO C,;FR3' 3ntnio Carlos de? R,;OV7R' 3da Pelle(rini? D,;3M3RCO'Cndido Ran(el. Ieoria Seral do Processo. "o Paulo9 Malheiros' +BB' p. AN.5++6PORF3;OV3' Rui.Princpios do processo civil. Porto 3le(re9 7ditora Iivraria do3dvo(ado' @@0' p. A0.5+6M7IIO' Celso 3ntnio 8andeira de. $onte>do Durdico do princpio da Bgualdade ."oPaulo9 Malheiros 7ditores' +BB0' p. +.

    5+06R,;OV7R' 3da Pelle(rini.Oovas tendncias do direito processual(Rio de Eaneiro9/orense Jniversit#ria' +BB@' p. N@P5) V,I3"-8]3"' Renata Malta.@?es afirmativas e oprincpio da igualdade. Rio de Eaneiro9 3m)rica Eurdica' @@0' p. 5+16;7R_ Er.' ;elson.Princpios do processo na constituio federal( "o Paulo9 7ditoraRevista dos Fribunais' @@B' p. +@@.5+A63R3`EO C,;FR3' 3ntnio Carlos de? R,;OV7R' 3da Pelle(rini? D,;3M3RCO'Cndido Ran(el. Ieoria Seral do Processo. "o Paulo9 Malheiros' +BB' p. AA.5+N6RO"7;87R' Ieo.@P5);7R_ E`;,OR' ;elson.Princpios do Processo $ivil na$onstituio 7ederal( 4oPaulo9 Revista dos Fribunais' +BBN' p. +0+.5+Y6"3;"7V7R,;O' Milton.Procedimento 4umarssimo. "o Paulo9 Revista dos Fribunais'+B0' p. Y.5+6I,78M3;' 7nrico F*lio.@P5) M3RC3FO' 3ntnio Carlos.Preclus?es/ imitao ao

    $ontraditrio V Revista de Processo' "o Paulo' ano A' n +Y' +B@' p. +++.

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  • 7/23/2019 Princpios Constitucionais Do Direito Processual Civil

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    para uma teoria geral( Dus Oavegandi(KKK+.!us.com.brWdoutrinaWte