Princípio da CONDICIONALIDADE Base da Agricultura de Futuro Condicionalidade A Reforma da PAC* de 2003 introduz o Princípio da Condicionalidade e estabelece uma relação entre o cumprimento de determinados requisitos em certos domínios e o pagamento integral das ajudas directas. Assim, todos os agricultores que apresentem, em 2005, pedidos de ajuda directos, ficam obrigados a cumprir as Boas Condições Agrícolas e Ambientais (BCAA's) e, dependendo da localização e orientação agronómica da exploração, a respeitar regras nos domínios do Ambiente, Registo e Identificação Animal:

- Conservação de Aves Selvagens e de Habitais Naturais e de Fauna e Flora Selvagens, caso as explorações ou parcela(s) das mesmas se localizem em áreas constantes da Lista Nacional de Sítios e/ou de Zonas de Protecção Especial.

- Garantir uma correcta utilização das Lamas de

Depuração, na valorização de solos agrícolas, caso as apliquem nas explorações ou parcela(s) das mesmas,

- Protecção das águas contra a poluição causada por

nitratos de origem agrícola, sempre que as explorações ou parcela(s) das mesmas, se situem em Zonas Vulneráveis com programas de acção em vigor (Esposende/Vila do Conde, Aveiro, Faro e Mira).

- Identificação e Registo Animal, quando detentores de

bovinos, suínos, ovinos e caprinos, mantendo na sua posse os mapas de registo de existências e deslocações (RED) dos últimos três anos e do ano em curso, correctamente preenchidos e actualizados.

* Reg (CE) n° 1782/2003 de 29 de Setembro do Conselho e do Reg (CE) n° 796/2004 de 21 de Abril da Comissão; Despacho Normativo n° 7/2005 de 1/02; Aviso n° 170/2005 (II série) de 10/01.

Sanções As penalizações a aplicar no âmbito da Condicionalidade incidirão sobre o montante global dos pagamentos directos à exploração, após redução de eventuais sanções resultantes da detecção de incumprimentos dos critérios de elegibilidade, associados a parcela(s) e/ou animais, definidos em cada um dos regimes de ajudas (cumulação de reduções, artigo 71° do Reg (CE) n° 796/2004 de 21 de Abril). A taxa de redução depende da gravidade, extensão e repetição das infracções detectadas. Em 2005, como regra geral, a redução poderá variar entre O e 5% do montante total das ajudas. Em casos excepcionais, de infracções cometidas de forma deliberada (ou mesmo fraudulenta) a taxa de redução poderá ser mais elevada e, no limite, atingir 100% do montante concedido ou a conceder. Boas Condições Agrícolas e Ambientais NORMAS DAS BOAS CONDIÇÕES AGRÍCOLAS E AMBIENTAIS (BCAA)

EROSÃO, ESTRUTURA E MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO

- A parcela de terra arável deve apresentar vegetação instalada ou espontânea, no período entre 15 de Novembro e l de Março seguinte. São excepção os trabalhos de preparação do solo para instalação de cultura.

- Nas parcelas de terra arável com IQFP 4, excepto em parcelas

armadas em socalcos ou terraços e nas áreas integradas em várzeas, não são permitidas as culturas anuais. A instalação de novas culturas arbóreas e arbustivas ou pastagens apenas é permitida nas situações em que os serviços regionais do MAPF as considerem tecnicamente adequadas,

- Nas parcelas de terra arável com IQFP 5, excepto em parcelas

armadas em socalcos ou terraços e nas áreas integradas em várzeas, não são permitidas as culturas anuais nem a instalação de novas pastagens. Apenas é permitida a melhoria das pastagens naturais sem mobilização do solo, e a instalação de novas culturas arbóreas e arbustivas apenas nas situações em que os serviços regionais do MAPF as considerem tecnicamente adequadas.

Boas Condições Agrícolas e Ambientais Queimadas Respeitar a legislação em vigor relativamente às queimadas (D.L. n° 156/2004, de 30 de Junho),

Resíduos de Origem Agrícola É obrigatório fazer a recolha e concentração dos materiais plásticos relativos ao processo produtivo agrícola, pneus e óleos.

Armazenamento dos Fertilizantes e Produtos Fitofarmacêuticos Os fertilizantes e os produtos fitofarmacêuticos devem estar armazenados num lugar:

• Resguardado, seco e com o piso impermeabilizado; • A mais de 10 metros de cursos de água, valas, condutas de drenagem, poços, furos ou nascentes, excepto no caso de depósitos de fertirega que tenham um sistema de protecção contra fugas. Informe-se nos Serviços do IFADAP/INGA da sua região Fonte: IFADAP/INGA