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Principais Indicadores das Estatísticas da Justiça OS NÚMEROS DA JUSTIÇA 2016

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Prin

Principais Indicadores das Estatísticas da Justiça

OS NÚMEROS DA JUSTIÇA

2016

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Edição da

Av. D. João II, Lote 1.08.01-D/E, Torre H, Piso 2/3,

1990-097 Lisboa

http:// www.dgpj.mj.pt

E-mail: [email protected]

Dezembro de 2017

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Índice

Apresentação……….……………………………………..…………………………………………………………………………………………………7

1. Os tribunais e o seu funcionamento……….……………....……………………………………………………………………………………7

1.1. Pessoal ao serviço, por tipo de tribunal……..………………………………………………………………………………………………..9

Gráficos

Pessoal ao serviço, por tipo de tribunal (31 de dezembro 2007-2016)

1.2. Funcionamento do Tribunal de Contas.……….……..……….…………………………………………….………………………………9

Gráficos

Processos de visto findos no Tribunal de Contas, segundo a decisão (2016)

1.3. Funcionamento dos tribunais judiciais…..…….…………………………………………………………………………………….…….10

1.3.1. Profissionais da Justiça….......………………………………………………………………………………………………………………10

Gráficos

Profissionais da Justiça (2016)

Magistrados e funcionários judiciais em funções nos tribunais judiciais (31 de dezembro de 2007-2016)

Média de processos, por magistrado e por funcionário judicial (2016)

Advogados e advogados estagiários inscritos (31 de dezembro de 2007-2016)

Solicitadores, solicitadores estagiários e agentes de execução inscritos (31 de dezembro de 2007-2016)

1.3.2. Tribunais judiciais de 1ª instância (a partir de 2010 os dados não incluem os processos de execução de

penas)…………..……………………………………….…………….…………………………………………..…………………………………..15

Gráficos

Movimento de processos nos tribunais judiciais de 1ª instância (2007-2016)

Saldo processual (entrados - findos) nos tribunais judiciais de 1ª instância (2007-2016)

Volume de cada área processual no total de processos pendentes nos tribunais judiciais de 1ª instância (2016)

Duração média (em meses) dos processos findos nos tribunais judiciais de 1ª instância, por área processual

2016)

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1.3.3. A Justiça cível………….…..…………………………………………………………………………………………………………………….18

Gráficos

Processos cíveis entrados nos tribunais judiciais de 1ª instância, segundo o tipo de espécie (2016)

Ações executivas entradas nos tribunais judiciais de 1ª instância, segundo o objeto de ação (2016)

1.3.4. A Justiça penal…..…………………………………………………………………………………………………….…………………………19

1.3.4.1. Processos crime na fase de inquérito findos nos serviços do Ministério Público de 1.ª instância.……………….19

1.3.4.2. Processos crime na fase de julgamento findos nos tribunais judiciais de 1ª instância…….………………………20

Gráficos

Processos de inquérito findos (2010-2016)

Processos crime na fase de julgamento findos nos tribunais judiciais de 1ª instância, segundo os tipos de crime

(2016)

Arguidos em processos crime na fase de julgamento findos nos tribunais judiciais de 1ª instância, condenados e

não condenados (2007-2016)

1.3.5. A Justiça laboral………………………………………………………………………………………………………………….………………22

Gráficos

Processos laborais entrados nos tribunais judiciais de 1ª instância (2007-2016)

Processos laborais entrados nos tribunais judiciais de 1ª instância, segundo o tipo de objeto de ação (2016)

1.3.6. A Justiça tutelar………………………………..…………………………………………………………………………………………………23

Gráficos

Movimento de processos tutelares nos tribunais judiciais de 1ª instância, segundo a espécie (2016)

1.3.7. Tribunais judiciais superiores..………..……………………………………………………………………………………………………24

Gráficos

Movimento de processos nos tribunais judiciais superiores (2007-2016)

Peso de cada área processual nos processos pendentes nos tribunais judiciais superiores (2016)

Duração média (em meses) dos processos findos nos tribunais judiciais superiores, por área processual (2016)

1.4. Funcionamento dos julgados de paz.……..…………….…………………………………………………………………………………26

Gráficos

Processos entrados nos julgados de paz, segundo o objeto de ação (2016)

Processos findos nos julgados de paz, segundo o termo (2016)

1.5. Funcionamento dos centros de arbitragem…………………………….…………………………………………………………………27

Gráficos

Processos findos nos centros de arbitragem, segundo o objeto de litígio (2016)

2. Criminalidade registada..…..…………………………………………………….………………………………………………………………..28

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Gráficos

Criminalidade registada pelas autoridades policiais (2007-2016)

Alguns crimes registados pelas autoridades policiais (2016)

Crimes registados por 1.000 habitantes (2016)

2.1. Evolução de alguns tipos de crimes registados..…………………….………………………………………………………………..31

Gráficos

Crimes rodoviários registados pelas autoridades policiais (2007-2016)

Alguns crimes de furto e de roubo registados pelas autoridades policiais (2007-2016)

2.2. Intervenientes em crimes registados e tipo de crime registado..………………………………………….……………………..32

Gráficos

Notícias de crime e agentes / suspeitos (2016)

3. Cumprimento de penas e reinserção social………….……………………………………….…………………….……………………...33

3.1. Estabelecimentos prisionais…………………………………………………………………..………….…….……………………………..33

Gráficos

Movimento de reclusos nos estabelecimentos prisionais (2007-2016)

Reclusos condenados nos estabelecimentos prisionais, segundo o tipo de crime (31 de dezembro de 2007-

2016)

Reclusos nos estabelecimentos prisionais, segundo a situação jurídica (31 de dezembro de 2007-2016)

Reclusos nos estabelecimentos prisionais, segundo o país de origem (31 de dezembro de 2007-2016)

3.2. Centros educativos…………………………………………………………………………………………………………………………………36

Gráficos

Menores internados nos centros educativos a 31 de dezembro, por tipo de regime (2009-2016)

Menores internados nos centros educativos a 31 de dezembro, segundo o tipo de crime (2016)

Menores internados nos centros educativos a 31 de dezembro, segundo o sexo (2007-2016)

Menores internados nos centros educativos a 31 de dezembro, segundo a situação jurídica (2007-2016)

3.3.Vigilância eletrónica…..……………………………………………………………………………………………………………………………38

Gráficos

Penas e medidas aplicadas com recurso à vigilância eletrónica (2007-2016)

Penas e medidas aplicadas com recurso à vigilância eletrónica, segundo a situação e respetiva variação

percentual (2015-2016)

4. Registos e Notariado….………………………………………….………………………………………………………………………………….39

Gráficos

Atos de registo praticados, segundo a área (2016)

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4.1. Registo Civil………………….………………………………………………………………..……………………………………………………..40

4.1.1. Conservatórias do Registo Civil……..……………………………………………………………………………………………………..40

Gráficos

Assentos lavrados no Registo Civil, segundo o tipo de ato (2016)

4.2.Registo Predial……….……..……………………………………………………………………………………………………………………….41

Gráficos

Atos celebrados no Registo Predial ao abrigo do D.L. n.º 263-A/2007, de 23 de julho (2008-2016)

4.3. Registo Comercial….…..…………………………………………………………………………………..……………………………………..41

Gráficos

Inscrições efetuadas no Registo Comercial, segundo o tipo de ato (2016)

4.4.Registo Automóvel…….……………………………………………………………………………………………………………………………42

Gráficos

Atos praticados no Registo Automóvel, segundo o tipo de ato (2016)

4.5. Registo Nacional de Pessoas Coletivas……………..…….………………………………………………………………….………….43

Gráficos

Atos praticados no Registo Nacional de Pessoas Coletivas, segundo o tipo de ato (2016)

4.6. Notariado…….………………………………………………………………………………………………………………………….…………..44

Gráficos

Principais atos praticados por escritura pública (2016)

Principais atos praticados por escritura pública, segundo o distrito (2016)

NOTA TÉCNICA…………….…………..……………………………………………………………………………………………….……...…..….46

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Apresentação

As estatísticas permitem-nos conhecer a realidade através da análise e interpretação dos dados

numéricos recolhidos.

A Direção-Geral da Política de Justiça, entidade responsável pela informação estatística na área da

Justiça, propõe nas páginas que se seguem, uma viagem pelos principais números da Justiça,

procurando dar a conhecer de forma sucinta esta realidade.

Nesta pequena compilação terá oportunidade de conhecer melhor:

o funcionamento dos tribunais;

a criminalidade registada no nosso país;

o funcionamento das prisões, centros educativos e outras formas de cumprimento de penas;

o funcionamento dos registos e notariado.

Se pretender obter informações mais completas e aprofundadas convidamo-lo a consultar o Sistema

de Informação das Estatísticas da Justiça (SIEJ), uma base de dados interativa disponível online

em www.dgpj.mj.pt .

1. Os tribunais e o seu funcionamento

Em Portugal, os tribunais dividem-se pelas seguintes categorias:

Tribunal Constitucional que desempenha um papel de particular relevância, uma vez que

funciona como garante da Constituição da República Portuguesa verificando, em último

grau, se as normas jurídicas respeitam a Constituição. Para além disso, tem também

competências relacionadas com o processo eleitoral e com os partidos políticos,

nomeadamente o seu financiamento;

Tribunal de Contas, entidade à qual cabe a fiscalização da legalidade das despesas

públicas. Este tribunal está encarregado, por exemplo, de analisar e dar parecer sobre a

Conta Geral do Estado;

Tribunais judiciais que correspondem aos tribunais com maior número de processos no

nosso país e têm competência para julgar a maior parte dos litígios entre cidadãos e/ou

empresas.

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Das decisões dos tribunais judiciais de 1ª instância1 é possível, nalguns casos, recorrer para

um dos tribunais da Relação (que são 5 e estão localizados em Lisboa, Porto Coimbra,

Évora e Guimarães) e desses para o Supremo Tribunal de Justiça;

Tribunais administrativos e fiscais são os tribunais competentes na maior parte dos casos

em que uma das partes é o Estado ou outra entidade pública. Das decisões dos 16 tribunais

administrativos e fiscais de 1ª instância existentes é possível, nalguns casos, recorrer para

um dos 2 tribunais Centrais Administrativos (localizados em Lisboa e Porto) e daí para o

Supremo Tribunal Administrativo;

Julgados de Paz são entidades competentes para resolver alguns dos litígios da

competência dos tribunais judiciais, desde que o valor em causa não seja superior a €

15.000. Os Julgados de Paz têm uma filosofia que privilegia uma relação de proximidade e

informalidade com os cidadãos que a eles recorrem. Neste momento existem 25 julgados

de paz em funcionamento em Portugal.

Tribunais arbitrais são tribunais privados. Se em causa estiver um direito a que as partes

podem renunciar, estas podem optar por escolher um ou mais árbitros para decidirem o

caso, em vez de recorrerem ao tribunal do Estado. A decisão dos árbitros produz os mesmos

efeitos que uma sentença de um tribunal do Estado.

1 Estes tribunais são, em 2016, 31 no total. O território nacional divide-se em 23 comarcas e em cada comarca existe um tribunal judicial de 1.ª instância, designado pelo nome da comarca onde se encontra instalado. Existem, além destes 23 tribunais de comarca, 8 tribunais de competência alargada, como por exemplo o Tribunal da Propriedade Intelectual e o Tribunal Marítimo.

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1.1. Pessoal ao serviço, por tipo de tribunal

Ao observar o pessoal ao serviço por tipo de tribunal, verifica-se que entre os anos de 2009 e

2016 se registou uma diminuição de 12,2% do pessoal ao serviço nos tribunais judiciais (o seu

número passou de 11.554 no ano de 2009 para 10.294 no ano de 2016).

1.2. Funcionamento do Tribunal de Contas

Do total de processos de visto findos no Tribunal de Contas, a maioria finaliza como visados (88%)

e apenas uma pequena percentagem (1%) com recusa do visto.

11

.60

9

11

.40

2

11

.55

4

11

.43

5

11

.13

8

10

.93

2

10

.77

0

10

.28

3

10

.44

9

10

.29

4

61

5

67

3 66

6

65

1

66

9

67

8

67

5

69

4 70

7

71

2

9391

8385

7579

83

8484

87

9.500

10.000

10.500

11.000

11.500

12.000

12.500

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Tribunal Constitucional

Tribunais Administrativos e Fiscais

Tribunais Judiciais

Pessoal ao serviço, por tipo de tribunal (31 de dezembro 2007-2016)*

* Não está disponível a informação sobre o pessoal ao serviço no Tribunal de Contas

1806% 22

1%

2.53488%

632%

933%

Devolvidos não sujeito a visto

Recusado o visto

Visados *

Visto tácito

Cancelados

Processos de visto findos no Tribunal de Contas, segundo a decisão (2016)

* Inclui os processos com homologação de conformidade.

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1.3. Funcionamento dos tribunais judiciais

1.3.1. Profissionais da Justiça

* Incluem secretário de tribunal superior/ secretário de justiça, escrivão de direito ou adjunto, técnico de justiça principal ou

adjunto e escrivão auxiliar/técnico de justiça auxiliar.

A observação da figura anterior revela que, no ano de 2016, por larga vantagem, os advogados são

os profissionais da Justiça em maior número em Portugal, seguidos dos funcionários judiciais com

um valor correspondente a menos de um quarto dos primeiros.

1.763

1.397

6.664

30.475

2.886

3.559

862

1.429

0 10.000 20.000 30.000 40.000

Juízes

Magistrados do Ministério Público

Funcionários judiciais *

Advogados

Advogados estagiários

Solicitadores

Solicitadores estagiários

Agentes de execução

Profissionais da Justiça (2016)

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No que respeita aos juízes e magistrados do Ministério Público, verifica-se uma tendência

moderada, mas persistente, de aumento do seu número, entre 2007 e 2013, diminuindo no ano de

2014, seguida de um ligeiro aumento no ano de 2015, voltando a diminuir no ano de 2016. O número

de funcionários judiciais, isto é, os funcionários que trabalham nas secretarias dos tribunais e nos

0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

Ju

íze

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agis

trad

os

do

Min

isté

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blic

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ário

s ju

dic

iais

*

Masculino

Feminino

Magistrados e funcionários judiciais em funções nos tribunais judiciais (31 de dezembro de 2007-2016)

* Incluem secretário de tribunal superior/ secretário de justiça, escrivão de direito ou adjunto, técnico de justiça principal ou adjunto e escrivão auxiliar/técnico de justiça auxiliar.

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serviços do Ministério Público, sofre um decréscimo entre 2007 e 2014, invertendo-se esta

tendência no ano de 2015, voltando a diminuir ligeiramente no ano de 2016.

É possível observar que tanto os juízes, como os magistrados do ministério público, como os

funcionários judiciais findaram, em média, mais processos do que aqueles que receberam2.

2 Não se incluem os processos de execução de penas. Não se incluem igualmente os processos transitados e findos no Ministério Público por remessa para outro serviço. Para a média de processos do Ministério Público apenas são contabilizados os processos de inquérito crime e os processos de inquérito tutelar educativo.

33

9

30

8

15

4

44

0

31

1

18

1

68

0

13

5

20

80

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Juízes Magistrados doMinistério Público

Funcionários judiciais *

Entrados

Findos

Pendentes a 31 de dezembro

Média de processos, por magistrado e por funcionário judicial (2016)

* Incluem secretário de tribunal superior/ secretário de justiça, escrivão de direito ou adjunto, técnico de justiça principal ou adjunto e escrivão auxiliar/técnico de justiça auxiliar.

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O número de advogados estagiários3 inscritos apresenta uma tendência de decréscimo entre 2007

e 2011, seguida de um aumento entre 20124 e 2014, voltando a decrecer nos anos de 2015 e 2016.

O número de advogados inscritos apresenta uma tendência constante de aumento.

3 No ano de 2009 está em falta a informação do círculo Judicial do Funchal.

4 O número de advogados estagiários inscritos em 31 de dezembro de 2012 foi alterado na atualização de dados de 6.3.2014. Esta alteração deveu-se a uma correção comunicada pela Ordem dos Advogados.

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007A

dvo

gad

os

Ad

voga

do

s Es

tagi

ário

s

Masculino

Feminino

Advogados e advogados estagiários inscritos (31 de dezembro de 2007-2016)

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O número de solicitadores inscritos aumenta em 2008 e decresce em 2009, volta a aumentar nos

anos de 2010 a 2015 e decresce ligeiramente no ano de 2016. O número de agentes de execução

apresenta uma tendência constante de aumento entre 2007 e 2013 registando-se um decréscimo

em 2014 e 2015 voltando a aumentar no ano de 2016.

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

Age

nte

s d

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xecu

ção

Solic

itad

ore

s Es

tagi

ário

sSo

licit

ado

res

Masculino

Feminino

Solicitadores, solicitadores estagiários e agentes de execução inscritos (31 de dezembro de 2007-2016)

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1.3.2. Tribunais judiciais de 1ª instância5 6 (a partir de 2010 os dados não

incluem os processos de execução de penas)

5 No ano de 2014, o número de processos entrados e findos foi invulgarmente elevado, consequência das transferências internas decorrentes da aplicação da Lei nº 62/2013, de 28 de agosto (Lei da Organização do Sistema Judiciário). “O número total de processos transitados em 2016 foi de 35.758 em 2015 foi de 39.199, em 2014 de 1.449.555, em 2013 de 28.410, em 2012 de 104.724, em 2011 de 50.209, em 2010 de 32.355, em 2009 de 147.730, em 2008 de 45.517 e em 2007 de 122.862.” 6 No que respeita à ação executiva, os resultados apresentados seguem o modelo legal vigente até 1 de setembro de 2013, data em que entrou em vigor o novo Código do Processo Civil, aprovado pela Lei n.º 41/2013, de 26 de junho. De acordo com o artigo 551.º, n.º 5, deste código, o processo de execução corre em tribunal quando seja requerida ou decorra da lei a prática de ato da competência da secretaria ou do juiz e até à prática do mesmo. Nestes termos, o processo de execução não deve, assim, ser considerado pendente em tribunal nas demais circunstâncias. Contudo, não tendo sido ainda possível fazer os desenvolvimentos técnicos e os ajustes necessários à implementação deste dispositivo legal, os resultados continuam a ser apresentados segundo o modelo anterior.

82

9.5

92

74

7.5

59

89

2.2

26

71

3.9

63

76

7.9

89

83

8.5

47

68

1.9

18

2.0

43

.19

6

60

7.3

01

55

7.4

68

86

4.9

88

78

7.5

66

79

5.6

42

65

3.7

65

73

7.5

99

82

0.6

32

85

7.7

69

2.1

19

.36

5

74

2.7

52

73

4.2

901

.54

7.6

07

1.5

07

.60

0

1.6

04

.18

4

1.6

50

.43

8

1.6

80

.82

8

1.6

98

.74

3

1.5

22

.89

2

1.4

46

.72

3

1.3

11

.27

2

1.1

34

.45

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

1.600.000

1.800.000

2.000.000

2.200.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Entrados Findos Pendentes a 31 de dezembro

Movimento de processos nos tribunais judiciais de 1ª instância (2007-2016)

Page 16: Prinos profissionais da Justiça em maior número em Portugal, seguidos dos funcionários judiciais com um valor correspondente a menos de um quarto dos primeiros. 1.763 1.397 6.664

- 16 -

Como é possível observar nas figuras anteriores, o número de processos findos é superior ao

número de processos entrados durante os anos de 2007, 2008, 2013, 2014, 2015 e 2016. Por isso,

o saldo processual (processos entrados – processos findos) durante esses anos é favorável, tendo-

se traduzido numa redução do número de processos pendentes.

-17

6.8

22

-13

5.4

51-7

6.1

69

-17

5.8

51

17

.91

5

30

.39

0

60

.19

8

96

.58

4

-40

.00

7

-35

.39

6

-180.000

-150.000

-120.000

-90.000

-60.000

-30.000

0

30.000

60.000

90.000

120.000

2016201520142013201220112010200920082007

Saldo processual (entrados - findos) nos tribunais judiciais de 1ª instância (2007-2016)

1.0

08

.80

9

56.328 31.246 36.897

1.1

33

.28

0

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

Justiça Cível Justiça Penal Justiça Laboral Justiça Tutelar Total

Volume de cada área processual no total de processos pendentes nos tribunais judiciais de 1ª instância (2016)

Page 17: Prinos profissionais da Justiça em maior número em Portugal, seguidos dos funcionários judiciais com um valor correspondente a menos de um quarto dos primeiros. 1.763 1.397 6.664

- 17 -

A figura anterior7 permitem observar que o número total de processos pendentes nos tribunais

judiciais de 1ª instância é claramente dominado pelo número de processos na área cível, área esta

que, de forma bastante simplificada, diz respeito à grande maioria dos litígios entre privados, exceto

os que respeitam às relações de trabalho (Justiça Laboral).

De igual modo a duração média dos processos findos8 é dominada pelo contributo da área cível.

Estes processos duraram, em média, mais do dobro do que os processos em qualquer uma das

restantes áreas processuais.

7 Os dados apresentados na figura não incluem a Justiça Laboral Penal (1.117 processos) e a Justiça Militar (53 processos). 8 Os dados apresentados na figura não incluem a Justiça Laboral Penal (6 meses) e a Justiça Militar (6 meses). Não são contabilizados os processos transitados, apensados, incorporados ou integrados, remetidos a outra entidade, os processos com termo "N.E." e modalidade do termo "N.E.".

33

8

11

11

0 5 10 15 20 25 30 35

Justiça Cível

Justiça Penal

Justiça Laboral

Justiça Tutelar *

Duração média (em meses) dos processos findos nos tribunais judiciais de 1ª instância, por área processual (2016)

* Não se incluem as durações dos processos de promoção e proteção e dos tutelares educativos.

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- 18 -

1.3.3. A Justiça cível 9

Relativamente aos processos cíveis entrados em 2016, é importante constatar que 44%

correspondem a ações executivas, ou seja, ações destinadas a obter de forma coerciva o

pagamento de dívidas, a entrega de bens ou determinada atuação. Dessas ações executivas 68%

corresponde à cobrança de dívidas civis e comerciais.

9 Nos processos entrados não estão incluídos os processos transitados entre unidades orgânicas.

15%

44%

41%

Ações declarativas

Execuções

Outros *

* Os outros processos correspondem a ações especiais, a procedimentos cautelares e a outros.

Processos cíveis entrados nos tribunais judiciais de 1ª instância, segundo o tipo de espécie (2016)

68%

7%

11%

2%3%

9%

Dívida civil/comercial

Letras, livranças e cheques

Falta pagamento multas/coimas

Dívida prestação de serviços

Falta de pagamento de custas

Outros

Ações executivas entradas nos tribunais judiciais de 1ª instância, segundo o objeto de ação (2016)

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- 19 -

1.3.4. A Justiça penal

1.3.4.1. Processos crime na fase de inquérito findos nos serviços do Ministério

Público10

Relativamente ao número de inquéritos findos11 nos anos de 2010 e 2011, verifica-se uma tendência

moderada para o seu aumento, invertendo-se essa situação nos anos de 2012 a 2014. Em 2015 o

número de inquéritos findos volta a aumentar, seguindo-se uma descida no ano de 2016.

Nos processos de inquérito findos com dedução de acusação, verifica-se uma subida entre os anos

de 2010 e 2012, tendo este valor diminuído nos anos de 2013 e 2014, voltando a crescer

ligeiramente em 2015 e diminuindo novamente no ano de 2016.

10 Serviços do Ministério Público junto dos tribunais judiciais de 1.ª instância. 11 No ano de 2014, o número de processos findos foi invulgarmente elevado, consequência das transferências internas decorrentes da aplicação da Lei nº 62/2013, de 28 de agosto (Lei da Organização do Sistema Judiciário).

54

5.5

37

75

.08

5

55

5.8

65

76

.69

5

54

6.6

49

77

.42

6

52

0.9

22

70

.79

9

44

5.4

00

54

.41

6

47

4.3

27

56

.76

6

42

6.6

73

50

.44

0

18.510 17.275 21.735

14.997

199.982

13.169

21.965

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

Findos Findos

com

dedução

de

acusação

Findos Findos

com

dedução

de

acusação

Findos Findos

com

dedução

de

acusação

Findos Findos

com

dedução

de

acusação

Findos Findos

com

dedução

de

acusação

Findos Findos

com

dedução

de

acusação

Findos Findos

com

dedução

de

acusação

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Sem transferidos Por remessa/ transferidos

Processos de inquérito findos (2010-2016)

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- 20 -

1.3.4.2. Processos crime na fase de julgamento findos12 nos tribunais judiciais

de 1ª instância

Os tipos de crime apresentados são os mais frequentes entre os processos crime em fase de

julgamento findos nos tribunais judiciais de 1ª instância.

Os crimes com maior peso no total de processos crime na fase de julgamento findos em 2016 são

os crimes rodoviários, isto é, os crimes de condução com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 g/l,

de condução sem habilitação legal, de condução perigosa de veículo rodoviário e os outros crimes

contra a segurança das comunicações, seguidos dos crimes de ofensa à integridade física.

12 Nos processos crime na fase de julgamento não estão incluídos os processos transitados, apensados incorporados ou integrados, remetidos a outra entidade e os processos com termo "N.E." e modalidade do termo "N.E.".

5. 925

1. 88819. 303

8. 004

2. 972

13. 039

4. 690

2. 259

1. 856

3. 752

3. 116

556

9. 280

Furto

Burla

Crimes rodoviários

Ofensa à integridade física

Tráfico/cultivo estupefacientes

Outros

Contra a autoridade pública

Emissão de cheque sem provisão ecrimes tributários comuns e fiscaisRoubo ou violência depois dasubtraçãoViolência doméstica e maus tratos

Contra liberdade pessoal e de carizsexualHomicídio/ Homicídio tentado

Processos crime na fase de julgamento findos nos tribunais judiciais de 1ª instância, segundo os tipos de crime (2016)

Para cada processo é caracterizado o crime mais grave.

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- 21 -

O ano de 2014 quando comparado com os demais, revela-se aquele em que se verifica o menor

número de arguidos julgados em processos crime na fase de julgamento findos nos tribunais

judiciais de 1ª instância. Verifica-se igualmente que, em todos os anos, o número de condenados é

superior ao número de não condenados, variando entre uma proporção máxima de 63%

condenados (2011, 2014 e 2015) e uma proporção mínima de 61% (2007, 2008, 2009 e 2010). O

número de não condenados varia entre uma proporção máxima de 39% (2007, 2008, 2009 e 2010)

e uma proporção mínima de 36% no ano de 2012.

13

6.8

81

14

3.5

05

12

7.9

32

12

7.1

26

12

4.2

30

12

4.9

71

11

5.4

91

84

.42

5

93

.79

6

89

.35

9

83

.04

0

87

.62

9

77

.46

8

77

.00

7

77

.66

3

79

.37

1

71

.14

0

52

.84

4

59

.02

1

55

.65

8

53

.84

1

55

.87

6

50

.46

4

50

.11

9

46

.56

7

45

.60

0

44

.35

1

31

.58

1

34

.77

5

33

.70

1

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Arguidos Condenados Não condenados

Arguidos em processos crime na fase de julgamento findos nos tribunais judiciais de 1ª instância, condenados e não condenados (2007-2016)

Page 22: Prinos profissionais da Justiça em maior número em Portugal, seguidos dos funcionários judiciais com um valor correspondente a menos de um quarto dos primeiros. 1.763 1.397 6.664

- 22 -

1.3.5. A Justiça laboral 13

É possível observar, na figura anterior, uma tendência de estabilização do número de processos de

trabalho entrados nos tribunais judiciais de 1ª instância, variando entre um valor máximo de 58.071

processos entrados em 2009 e um valor mínimo de 40.764 processos entrados em 2015.

13 Não estão incluídos os processos de Justiça Laboral Penal. No ano de 2014, o número de processos entrados foi invulgarmente elevado, consequência das transferências internas decorrentes da aplicação da Lei nº 62/2013, de 28 de agosto (Lei da Organização do Sistema Judiciário).

51

.52

6

55

.11

5

58

.07

1

54

.86

9

54

.76

9

54

.84

5

46

.49

4

54

.62

5

40

.76

4

47

.45

9

9.231 3.2546.613

3.623 3.669 3.714

3.353

39.784

3.455

3.311

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

90.000

100.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Remetido outro serviço/ transferidos

Processos laborais entrados nos tribunais judiciais de 1ª instância (2007-2016)

1%

25%

72%

1%

0%1%

Cumprimento de contrato/outras obrigações

Contrato individual de trabalho

Acidente de trabalho e doenças profissionais

Procedimentos cautelares

Outros

N.E.

Processos laborais entrados nos tribunais judiciais de 1ª instância, segundo o tipo de objeto de ação (2016)

Page 23: Prinos profissionais da Justiça em maior número em Portugal, seguidos dos funcionários judiciais com um valor correspondente a menos de um quarto dos primeiros. 1.763 1.397 6.664

- 23 -

Fazendo incidir o foco sobre o tipo de objeto de ação dos processos entrados, é possível apurar

que a maioria corresponde a processos relacionados com acidentes de trabalho e doenças

profissionais bem como com os relativos a contrato individual de trabalho (72% e 25% do total,

respetivamente).

1.3.6. A Justiça tutelar

No que diz respeito aos processos tutelares, isto é, os processos relacionados com menores, torna-

se evidente que a maioria dos processos entrados, findos e pendentes são processos tutelares

cíveis, isto é, que têm por objeto, por exemplo, a regulação do exercício das responsabilidades

parentais ou a fixação de alimentos.

51.727

60.439

31.172

8.165 9.3235.204 2.017 2.051 521

1.458

1.458

339 339

68 68

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

Entrados Findos Pendentesa 31 de

dezembro

Entrados Findos Pendentesa 31 de

dezembro

Entrados Findos Pendentesa 31 de

dezembro

Tutelar cível Promoção/Proteção Tutelar educativo

Por remessa ao M.P. / transitados

Movimento de processos tutelares nos tribunais judiciais de 1ª instância, segundo a espécie (2016)

Page 24: Prinos profissionais da Justiça em maior número em Portugal, seguidos dos funcionários judiciais com um valor correspondente a menos de um quarto dos primeiros. 1.763 1.397 6.664

- 24 -

1.3.7. Tribunais judiciais superiores

34

.59

5

35

.23

8

35

.90

9

35

.14

8

34

.56

4

34

.20

2

33

.63

4

31

.88

1

35

.98

4

36

.66

1

35

.39

9

35

.20

3

36

.40

2

35

.26

9

34

.05

1

34

.43

6

33

.93

0

32

.45

9

34

.35

6

35

.77

7

10

.35

0

10

.48

5

8.5

15

8.3

94

8.9

07

8.6

73

8.3

77

7.7

99

9.4

27

10

.31

1

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Entrados Findos Pendentes a 31 de dezembro *

Movimento de processos nos tribunais judiciais superiores (2007-2016)

59%

34%

7%

Justiça Cível

Justiça Penal

Justiça Laboral

Peso de cada área processual nos processos pendentes nos tribunais judiciais superiores (2016)

Page 25: Prinos profissionais da Justiça em maior número em Portugal, seguidos dos funcionários judiciais com um valor correspondente a menos de um quarto dos primeiros. 1.763 1.397 6.664

- 25 -

O número de processos entrados e findos nos tribunais judiciais superiores apresenta uma ligeira

diminuição entre 2010 e 2014, invertendo-se essa tendência nos anos de 2015 e 2016.

Já o número de processos pendentes apresenta uma tendência de diminuição com exceção de um

ligeiro aumento em 2008, 2011, 2015 e 2016. Esses processos pendentes são dominados em 59%

pelas ações cíveis, seguidas das ações penais e laborais.

A duração média dos processos findos nos tribunais judiciais superiores apresenta um valor de 4

meses para os processos cíveis e 3 meses para os processos penais14.

14 Os recursos sociais, correspondentes à Justiça Laboral, estão incluídos na Justiça Penal ou na Justiça Cível consoante a sua matéria. Os recursos relativos à Justiça Tutelar não são estatisticamente caraterizados quanto à sua duração.

4

3

0 1 2 3 4

Justiça Cível

Justiça Penal

Duração média (em meses) dos processos findos nos tribunais judiciais superiores, por área processual (2016)

Page 26: Prinos profissionais da Justiça em maior número em Portugal, seguidos dos funcionários judiciais com um valor correspondente a menos de um quarto dos primeiros. 1.763 1.397 6.664

- 26 -

1.4. Funcionamento dos julgados de paz

Do total das ações entradas nos julgados de paz, 39% correspondem a ações resultantes de direitos

e deveres de condóminos.

Nos julgados de paz, 50% dos processos findam por julgamento e 15% por mediação, isto é, numa

fase anterior ao julgamento, em que um terceiro imparcial procura facilitar o diálogo entre as partes,

de modo a que estas alcancem um acordo que põe termo ao seu litígio.

14%

39%

4%

5%

19%

16%

3%

Ações destinadas a efetivar o cumprimento de obrigações

Ações resultantes de direitos e deveres de condóminos

Ações possessórias, usucapião e acessão

Ações relativas a arrendamento urbano

Ações relativas a responsabilidade civil contratual e extracontratual

Ações relativas a incumprimento contratual

Outros

Processos entrados nos julgados de paz, segundo o objeto de ação (2016)

15%

50%

35%

Por Mediação

Por Julgamento

Por outro motivo

Processos findos nos julgados de paz, segundo o termo (2016)

Page 27: Prinos profissionais da Justiça em maior número em Portugal, seguidos dos funcionários judiciais com um valor correspondente a menos de um quarto dos primeiros. 1.763 1.397 6.664

- 27 -

1.5. Funcionamento dos centros de arbitragem

Os tribunais arbitrais são tribunais privados. As partes optam por colocar a decisão na mão de

árbitros, obtendo uma sentença com o mesmo valor de uma decisão do tribunal do Estado.

Um centro de arbitragem institucionalizada é uma instituição especializada de carácter permanente,

à qual as partes se dirigem para resolver um litígio, por via de tribunal arbitral. Atendendo à

relevância social dos conflitos em matéria de consumo e de acidentes de viação, o Estado apoia

diversos centros de arbitragem voluntária que se dedicam a resolver conflitos nestas áreas

específicas. O Estado financia e apoia ainda centros de arbitragem institucionalizada nas áreas da

propriedade industrial e da justiça tributária e administrativa.

Na figura é possível observar que 28% dos processos findos nos centros de arbitragem

correspondem a ações relacionadas com seguros, fundos de pensões e outras atividades

complementares de Segurança Social.

1% 1%

12%

2%

12%

23%

28%

21%

Banca

Computadores e software

Eletricidade, gás e água

Eletrodomésticos, aparelhos de rádio e televisão, instrumentos musicais eprodutos similares

Comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis

Transporte, armazenamento e comunicações

Seguros, fundos de pensões e outras atividades complementares deSegurança Social

Outros objetos

Processos findos nos centros de arbitragem, segundo o objeto de litígio (2016)

Page 28: Prinos profissionais da Justiça em maior número em Portugal, seguidos dos funcionários judiciais com um valor correspondente a menos de um quarto dos primeiros. 1.763 1.397 6.664

- 28 -

2. Criminalidade registada

A criminalidade registada tem como objetivo observar a evolução da criminalidade que chegou ao

conhecimento das autoridades policiais, consoante o tipo de crime praticado, o tipo de arma ou

outros meios utilizados, bem como caracterizar o suspeito/agente e o lesado/ofendido.

Os valores contemplam dados registados pelas autoridades policiais: Polícia Judiciária (PJ), Polícia

de Segurança Pública (PSP), Guarda Nacional Republicana (GNR), Polícia Marítima (PM), Polícia

Judiciária Militar (PJM), Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Serviço de

Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e Autoridade Tributária Aduaneira (ATA). Esta última, até ao ano

de 2012 corresponde e congrega os seguintes serviços: Direção-Geral dos Impostos (DGI) e

Direção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGA). Até 2010 estava

também incluída a Inspeção-Geral de Jogos (IGJ).

Entre os anos de 2008 e 2014 observa-se um decréscimo de 23% na criminalidade registada,

verificando-se um ligeiro aumento no ano de 2015, seguido de uma ligeira decida em 2016.

40

0.3

32

43

1.9

77

42

7.7

87

42

4.2

52

41

5.3

25

40

4.9

17

37

6.4

03

35

1.3

11

35

6.0

32

33

0.8

72

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

450.000

500.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Criminalidade registada pelas autoridades policiais (2007-2016)

Page 29: Prinos profissionais da Justiça em maior número em Portugal, seguidos dos funcionários judiciais com um valor correspondente a menos de um quarto dos primeiros. 1.763 1.397 6.664

- 29 -

A figura anterior põe em destaque as categorias de crimes mais frequentes entre os crimes

registados. Em 2016, verifica-se que o crime com maior número de registos por parte das

autoridades policiais foi o de ”Ofensa à integridade física voluntária simples”, seguido do crime de

"Violência doméstica contra cônjuge ou análogos”.

4.311

4.472

5.431

5.592

6.492

6.777

8.448

8.476

8.779

9.301

11.531

12.451

13.879

14.246

14.369

20.849

21.424

22.773

23.173

0 10.000 20.000 30.000

Roubo por esticão

Furto em residência sem arrombamento,escalamento ou chaves falsas

Difamação, calúnia e injúria

Tráfico de estupefacientes

Roubo na via pública (exceto por esticão)

Furto em edifício comercial ou industrial semarrombamento, escalamento ou chaves falsas

Burla informática e nas comunicações

Furto em edifício comercial ou industrial comarrombamento, escalamento ou chaves falsas

Incêndio/fogo posto em floresta, mata, arvoredo ouseara

Condução sem habilitação legal

Furto de veículo motorizado

Furto de oportunidade/de objetos não guardados

Furto por carteirista

Ameaça e coação

Furto em residência com arrombamento,escalamento ou chaves falsas

Condução de veículo com taxa de álcooligual/superior a 1,2g/l

Furto em veículo motorizado

Violência doméstica contra cônjuge ou análogos

Ofensa à integridade física voluntária simples

Alguns crimes registados pelas autoridades policiais (2016)

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Fazendo incidir o foco sobre os crimes registados em 2016 por cada 1.000 habitantes, constata-se

que os crimes contra o património (por exemplo, o furto e o roubo) apresentam o valor mais elevado,

seguidos dos crimes contra as pessoas (por exemplo, a ofensa à integridade física). Por seu turno,

o valor mais baixo reporta-se a crimes contra a identidade cultural e integridade pessoal, seguidos

dos crimes contra animais de companhia e dos crimes contra o Estado (por exemplo, a

desobediência e a resistência e coação sobre funcionário).

8

17

0

4

1 0

3

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

(CP) Contra aspessoas

(CP) Contra opatrimónio

(CP) Contra aidentidadecultural e

integridadepessoal

(CP) Contravida em

sociedade

(CP) Contra oEstado

(CP) Contraanimais decompanhia

LegislaçãoAvulsa

Crimes registados por 1.000 habitantes (2016)

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- 31 -

2.1. Evolução de alguns tipos de crimes registados

Pela sua relevância social, nomeadamente por serem comuns e dizerem diretamente respeito aos

cidadãos, apresenta-se a evolução dos crimes rodoviários e de alguns crimes de furto e de roubo,

ao longo dos últimos anos.

Não obstante as flutuações anuais registadas, a evolução dos crimes rodoviários, entre 2007 a

2012, apresenta uma tendência relativamente estável. Já nos anos de 2013 e 2014 verifica-se uma

descida neste tipo de crimes, observando-se em 2015 uma ligeira subida seguida de novo

decréscimo em 2016. Os crimes de furto e roubo a partir de 2008 registam uma tendência

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Condução de veículo comtaxa de álcool igual/superiora 1,2g/l

Condução sem habilitaçãolegal

Crimes rodoviários registados pelas autoridades policiais (2007-2016)

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

50.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Furto em veículo motorizado

Furto de veículo motorizado

Furto em residência com arrombamento,escalamento ou chaves falsas

Furto em edifício comercial ou industrialcom arrombamento, escalamento ouchaves falsasFurto por carteirista

Roubo na via pública (sem esticão)

Alguns crimes de furto e de roubo registados pelas autoridades policiais (2007-2016)

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decrescente, à exceção do “furto por carteirista” que registou um aumento em 2014 e 2015, voltando

a diminuir no ano de 2016.

2.2. Intervenientes em crimes registados e tipo de crime registado

Verifica-se que nas notícias de crime contra o património, a maioria é com agente/suspeito15

desconhecido, enquanto nos crimes contra as pessoas, o agente/suspeito é identificado.

15 Considera-se agente/suspeito o indivíduo sobre quem recaem fortes indícios de ser o autor do crime, mesmo que menor de 16 anos ou incapaz. Considera-se o suspeito identificado sempre que a vítima o viu ou entreviu na altura

do crime, sendo capaz de referir o seu sexo e/ou, aproximadamente, a sua idade ou pertença aos escalões etários.

50. 000 100. 000 150. 000 200. 000

(CP) Contra as pessoas

(CP) Contra o património

(CP) Contra identidade cultural,integridade pessoal

(CP) Contra vida em sociedade

(CP) Contra o Estado

(CP) Contra animais companhia

Legislação Avulsa

Notícias de crime

Agente/ Suspeito identificado

Agente/Suspeito detido

Notícias de crime com Agente/Suspeito desconhecido

Notícias de crime e agentes / suspeitos (2016)

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- 33 -

3. Cumprimento de penas e reinserção social

3.1. Estabelecimentos prisionais

No que respeita ao movimento de reclusos nos estabelecimentos prisionais16 verifica-se, entre os

anos de 2008 e 2013, um aumento do número de reclusos existentes a 31 de dezembro, devido ao

número de reclusos entrados ser superior ao número de reclusos saídos. No ano de 2014 esta

tendência inverte-se, uma vez que o número de reclusos saídos superou o número de reclusos

entrados. No ano de 2015 a tendência é novamente de aumento do número de reclusos existentes

a 31 de dezembro, uma vez que o número de reclusos entrados superou o número de reclusos

saídos. No ano de 2016 volta a inverter-se a situação, verificando-se uma diminuição no número de

reclusos existentes a 31 de dezembro.

16 Inclui o movimento de reclusos civis e militares

5.4

35

5.0

70

5.7

56

5.8

98

6.2

94

6.6

10

6.1

57

5.4

26

5.5

74

5.3

20

6.4

77

5.8

56

5.4

64

5.3

85

5.2

22

5.6

77

5.4

86

5.6

99

5.3

56

5.7

61

11

.59

9

10

.81

3

11

.10

5

11

.61

8

12

.69

0

13

.62

3

14

.29

4

14

.02

1

14

.23

9

13

.79

8

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Entrados Saídos Existentes em 31 de dezembro

Movimento de reclusos nos estabelecimentos prisionais (2007-2016)

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- 34 -

Não obstante as variações observadas no número absoluto de reclusos condenados, nos

estabelecimentos prisionais a 31 de dezembro de cada ano, por cada tipo de crime, a sua proporção

mantem-se relativamente estável.

2.454 2.371 2.638 2.488 2.535 2.690 2.904 2.900 3.051 2.893

868 684 759 726 751 806 894 1.161 1.184 1.158

2.9102.475

2.737 2.573 2.888 3.1133.398 3.212 3.150 3.236

2.524

1.8492.026

1.9502.075

2.2522.290 2.217 2.294 2.208

504

1.320798 1.569

1.9622.092

2.206 2.183 2.240 2.167

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Crimes contra as pessoas Crimes contra a vida em sociedade

Crimes contra o património Crimes relativos a estupefacientes

Outros

Reclusos condenados nos estabelecimentos prisionais, segundo o tipo de crime (31 de dezembro de 2007-2016)

2.327 2.108 2.141 2.307 2.470 2.661 2.592 2.330 2.303 2.117

9.0108.443 8.708 9.069

9.97910.722 11.441 11.534 11.645 11.396

250256 250

237232

231251 139 274 266

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Medidas desegurança

Condenados

Preventivos

Reclusos nos estabelecimentos prisionais, segundo a situação jurídica (31 de dezembro de 2007-2016)

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- 35 -

A figura relativa ao número de reclusos segundo a situação jurídica permite observar uma

diminuição do número de reclusos, tanto em prisão preventiva como condenados em 2008. Entre

2009 e 2015 esta tendência é invertida, observando-se um aumento. Nos quatro últimos anos o

número de reclusos condenados aumenta, com exceção do ano de 2016, mas o número de reclusos

preventivos diminui.

A proporção de reclusos com origem em Portugal e de reclusos com origem em outros países

manteve-se essencialmente constante ao longo do período em análise, com cerca de 81% e 19%,

respetivamente.

2.371 2.190 2.263 2.390 2.548 2.602 2.647 2.469 2.495 2.295

9.216 8.617 8.836 9.223 10.133 11.012 11.637 11.534 11.727 11.484

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Outros Portugal

Reclusos nos estabelecimentos prisionais, segundo o país de origem (31 de dezembro de 2007-2016)

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- 36 -

3.2. Centros educativos17

A grande maioria dos menores internados em centro educativo, entre 2009 e 2016, encontra-se em

regime semiaberto.

17 A partir de 2008 não se incluem os jovens em internamento em regime de fim de semana (art.º 145º LTE) pela curta duração (um a quatro fins de semana – art.º 138º LTE).

27

23

32

37

36

27

27

26

130

155

207

191

168

128

99

93

47

48

35

33

47

40

25

19

0 50 100 150 200 250 300

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

Aberto

Semiaberto

Fechado

Menores internados nos centros educativos a 31 de dezembro, por tipo de regime (2009-2016)

52%

38%

4%

0% 5%1%

Crimes contra as pessoas

Crimes contra o património

Crimes contra a vida em sociedade

Crimes contra o Estado

Crimes em legislação avulsa

Dado omisso ou não preenchido

Menores internados nos centros educativos a 31 de dezembro, segundo o tipo de crime (2016)*

* Cada jovem pode ter praticado mais que um crime.

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- 37 -

Em 2016, o peso dos menores internados nos centros educativos por crimes contra as pessoas

atingiu 52% do total.

No que diz respeito ao sexo dos menores internados em centros educativos, facilmente se conclui

que a vasta maioria dos mesmos é do sexo masculino, em qualquer dos anos considerados na

figura.

184 161 181 203 242 232 229 170 132 123

19 20 23 23 32 29 22 25 19 15

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Feminino

Masculino

Menores internados nos centros educativos a 31 de dezembro, segundo o sexo (2007-2016)

336 31 33 29

18 16 14 5 11 4

142148 170 194 254 245 235 189 140 133

25

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Internamento em fim de semana

Medida de internamento

Medida cautelar de guarda

Internamento para perícia

Menores internados nos centros educativos a 31 de dezembro, segundo a situação jurídica (2007-2016)

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A figura anterior permite verificar que a maioria dos menores internados em centros educativos,

entre 2007 e 2016, se encontra ao abrigo de uma medida de internamento.

3.3. Vigilância eletrónica

O sistema de vigilância eletrónica, mais conhecido como “pulseira eletrónica”, pode ser utilizado

para fiscalizar o cumprimento da medida de coação de obrigação de permanência na habitação, o

cumprimento da pena de prisão em regime de permanência na habitação e na adaptação à

liberdade condicional. Pode, ainda, ser utilizado na fiscalização da proibição de contactos entre

vítima e agressor, no âmbito do crime de violência doméstica.

Considerando as penas e medidas de vigilância eletrónica aplicadas, observa-se uma tendência de

aumento entre os anos de 2007 e 2008, seguida de uma diminuição entre 2008 e 2010. Nos anos

de 2011 a 2016 a aplicação destas penas e medidas aumenta.

578

796746 738

812884 892

932

1.1571.205

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1.000

1.100

1.200

1.300

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Penas e medidasaplicadas duranteo ano

Penas e medidas aplicadas com recurso à vigilância eletrónica (2007-2016)

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Entre 2015 e 2016, verifica-se um aumento do número de medidas de coação aplicadas com recurso

à vigilância eletrónica no caso da obrigação de permanência na habitação, da adaptação à liberdade

condicional e em contexto de violência doméstica - fiscalização da proibição de contatos. Observa-

se uma diminuição do número nos casos da pena de prisão na habitação e da modificação da

execução da pena de prisão.

4. Registos e Notariado

428

11431

577

485

10334

57813%

-10%

10%

0%

-57%

0

100

200

300

400

500

600

Medida de coaçãode obrigação depermanência na

habitação

Pena de prisão nahabitação

Adaptação àliberdade

condicional

Violênciadoméstica-

fiscalização daproibição de

contatos

Modificação daexecução da Pena

de Prisão

2015

2016

Penas e medidas aplicadas com recurso à vigilância eletrónica, segundo a situação e respetiva variação percentual (2015-2016)

4%

18%

6%

12%

24%

14%

22% Registo Comercial

Registo Civil

Notariado

Registo Predial

Registo Automóvel

Identificação Criminal

Identificação Civil

Atos de registo praticados, segundo a área (2016)

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No que respeita aos atos de registo praticados em 2016, destaca-se o registo automóvel com 24%

do peso total de atos, seguido da identificação civil com 22%. Já o registo comercial apresenta o

peso mais reduzido com 4%.

4.1. Registo Civil

4.1.1. Conservatórias do Registo Civil

Em 2016 o número de assentos lavrados no registo civil é dominado pelo número de assentos de

óbito e de assentos de nascimento, que perfazem um total de cerca de 82%.

88.77136%

112.52946% 36

0% 7620%

27.99012%

15.4736%

43.46318%

Assentos - Nascimento

Assentos - Óbito

Assento/declaração maternidade

Perfilhação

Assentos - Casamento civil

Assentos - Casamento católico

Assentos lavrados no Registo Civil, segundo o tipo de ato (2016)

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4.2. Registo Predial

É possível observar um crescimento do número de atos entre 2008 e 2010, seguido de uma redução

entre 2010 e 2013 e de um ligeiro aumento em 2014, 2015 e 2016.

4.3. Registo Comercial

10

.71

8

58

.57

1

76

.07

5

35

.13

5

15

.55

1

14

.52

1

15

.66

4

21

.19

1

24

.92

0

7.6

12

42

.10

5 66

.39

1

52

.90

3

40

.98

6

37

.78

1

38

.01

5

43

.97

0

46

.87

6

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Mútuo com hipoteca voluntária Compra e venda de prédios

Atos celebrados no Registo Predial ao abrigo do D.L. n.º 263-A/2007, de 23 de julho (2008-2016) *

* Apenas estão incluídos os atos de compra e venda e de mútuo com hipoteca voluntária celebrados ao abrigo do D.L.n.º 263-A/2007, de 23 de Julho, não se incluindo atos da mesma natureza celebrados por

escritura pública ou por documento particular autenticado.

35.24322%

43.03726%

36.84723%

70%

46.87329% Constituição pessoa coletiva/ entidade equiparada

Alteração do pacto social/ estatutos de pessoa coletiva ou entidadeequiparada

Dissolução de pessoa coletiva/ entidade equiparada

Inscrições extratadas

Outras

Inscrições efetuadas no Registo Comercial, segundo o tipo de ato (2016)

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- 42 -

No registo comercial, constata-se que 26% das inscrições respeitam a alteração ao pacto social ou

aos estatutos de pessoa coletiva ou entidade equiparada, enquanto 23% se referem a dissolução

de pessoa coletiva ou entidade equiparada e 22% a constituição de pessoa coletiva ou entidade

equiparada.

4.4. Registo Automóvel

Não considerando a categoria “outros”, que inclui as certidões e fotocópias, o tipo de ato mais

comum no âmbito do registo automóvel em 2016 é o de inscrição de propriedade com 34% do

peso total dos atos.

255.8915%207.079

4%

123.6962%

3.051.47555%

1.509.61328%

295.5195%

63.4551%

1.868.58734%

Inscrições diversas

Inscrições de cancelamento de registo

Inscrições de alteração de nome ou de residência

Outros

Inscrições de propriedade - transferências

Inscrições de propriedade - Registo inicial ligeiros

Inscrições de propriedade - Registo inicial deoutros veículos

Atos praticados no Registo Automóvel, segundo o tipo de ato (2016)

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- 43 -

4.5. Registo Nacional de Pessoas Coletivas

No Registo Nacional de Pessoas Coletivas, o tipo de ato mais praticado em 2016 corresponde à

emissão de certificados de admissibilidade de firma ou denominação emitidos, com um peso de

82% no total de atos.

44.46082%

8.13615%

3321%

2520%

1.3352%

540%

Certificados de admissibilidade de firma/ denominação emitidos

Inscrição de entidades não sujeitas a registo

Inscrição de pessoas coletivas religiosas

Aceitação de registo de nomes comerciais

Certidões emitidas

Informações escritas prestadas a tribunais e outras entidades

Atos praticados no Registo Nacional de Pessoas Coletivas, segundo o tipo de atos (2016)

Page 44: Prinos profissionais da Justiça em maior número em Portugal, seguidos dos funcionários judiciais com um valor correspondente a menos de um quarto dos primeiros. 1.763 1.397 6.664

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4.6. Notariado

O principal ato de notariado praticado por escritura pública é o de compra e venda de imóveis cujo

número ascende em 2016 a 100.107, seguido do ato de habilitação com o valor de 37.377.

8.2514%

100.10746%

21.62510%

37.37717%

18.8659%

11.3685%

1.7041%

12.2806%

4.2402%

6570%

1340%

17.3169%

Constituição/alteração/dissolução sociedades comerciais/civis ou equiparadas

Compra e venda de imóveis

Mútuo com hipoteca voluntária

Habilitação

Doação

Justificação

Constituição propriedade horizontal

Partilha

Hipoteca

Mútuo com abertura de crédito e outros

Outros

Principais atos praticados por escritura pública (2016)

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A observação da distribuição geográfica dos principais atos por escritura pública permite concluir

que existe uma tendência para maiores volumes nos distritos mais populosos.

Principais atos praticados por escritura pública, segundo o distrito (2016)

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NOTA TÉCNICA

Processos pendentes:

Os processos pendentes correspondem a processos que, tendo entrado, ainda não findaram, ou

seja, não tiveram decisão final. Os processos pendentes são assim processos que aguardam a

prática de atos ou de diligências pelo tribunal, pelas partes ou por outras entidades, podendo ainda

em certos tipos de processos aguardar a ocorrência de determinados factos ou o decurso de um

prazo. Um processo suspenso é, por exemplo, um processo pendente, qualquer que seja a causa

da suspensão.

Processos findos:

Entende-se por processo findo o processo em que é proferida decisão final, na forma de acórdão,

sentença ou despacho na respetiva instância, independentemente, do trânsito em julgado. São

ainda considerados findos, numa determinada unidade orgânica, os processos transferidos ou

remetidos a outra unidade orgânica, na qual são dados como entrados.

Duração média dos processos findos:

A duração média dos processos findos corresponde ao tempo que medeia, entre a data da entrada

do processo e a data da decisão final (acórdão, sentença ou despacho) na instância respetiva,

independentemente do trânsito em julgado. Na área da Justiça Penal é considerada apenas a

duração da fase de julgamento. Na área da Justiça Tutelar está apenas a ser contabilizada a

duração dos processos tutelares cíveis, não se incluindo as durações dos processos de promoção

e proteção e dos processos tutelares educativos. Não são contabilizados os processos transitados,

apensados, incorporados ou integrados, remetidos a outra entidade, os processos com termo "N.E."

e modalidade do termo "N.E.".

Saldo processual:

O saldo processual corresponde à diferença entre o número de processos entrados e o número de

processos findos.