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Primeiros resultados das conclusões principais sobre Portugal P1 Elaborado por Dr Adam R Winstock, Dr Jason Ferris, Dr Larissa Maier e Dr Monica Barratt

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Primeiros resultados das conclusões principais sobre Portugal P1

Elaborado por Dr Adam R Winstock,

Dr Jason Ferris, Dr Larissa Maier e Dr Monica Barratt

O Global Drug Survey (GDS)

dirige o maior inquérito

mundial anual sobre drogas.

No total, 101.313* pessoas de

mais de 50 países participaram

no GDS2016 – 1,0% (1.008) das

quais vêm de Portugal.

*A análise de dados incidiu

sobre 97.000 destas pessoas

para efeitos da presente análise

preliminar.

Sobre o inquérito

O GDS consiste numa plataforma mundial

independente de troca de dados sobre o

consumo de drogas, que realiza inquéritos

anónimos online, aprovados pelas regras

académicas de ética. Colaboramos com

parceiros dos meios de comunicação

mundiais, que constituem plataformas

para a promoção do nosso trabalho.

O inquérito envolve peritos das áreas da

medicina, toxicologia, saúde pública,

psicologia, química, política pública,

criminologia, sociologia, redução do perigo

e dependência. Investigamos as principais

questões relevantes e importantes, tanto

para consumidores de drogas, como para

os responsáveis pela elaboração de

políticas de saúde pública e drogas.

A nossa missão

Procuramos tornar o consumo de drogas

mais seguro, independentemente do estatuto

jurídico do consumo, através da partilha de

informação por meios credíveis e

significativos.

Os últimos 3 inquéritos realizados em

finais de 2013, 2014 e 2015 receberam

perto de 300.000 respostas.

Nos últimos dez anos, o GDS ajudou, com

sucesso, a disseminar largamente

informação essencial entre consumidores de

droga, através dos nossos parceiros na

comunicação social, e profissionais médicos,

através de publicações académicas

apresentadas em conferências

internacionais, de reuniões consultivas de

peritos e do site www.drugsmeter.com

e www.drinksmeter.com

Recursos

Para mais informações e recursos gratuitos

que o ajudarão a refletir sobre as drogas e o

álcool, queira consultar outros recursos do

Global Drug Survey:

www.youtube.com/user/GlobalDrugSurvey

www.globaldrugsurvey.com

www.drinksmeter.com

www.drugsmeter.com

www.saferuselimits.com

www.onetoomany.com

www.globaldrugsurvey.com/brand/the-

highway-code/

APPS E ACONSELHAMENTO GRATUITO DO GDS

Utilização e comunicação de dados

Em qualquer cópia relativa aos dados fornecidos deve constar o

seguinte: o Global Drug Survey 2016 realizado em colaboração com

os parceiros dos meios de comunicação social mundiais. O presente

relatório não poderá ser partilhado com qualquer outra organização,

incluindo outras agências noticiosas, serviços de saúde ou outros

departamentos estatais.

Cada vez que os resultados forem divulgados em papel, online ou na

televisão, solicitamos aos nossos parceiros da comunicação social que

incluam as hiperligações para as nossas aplicações gratuitas,

anónimas e objetivas para a web e smart phones, Drinks Meter e

Drugs Meter.

CONTEXTO

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

ONDE NO MUNDO “Os inquéritos probabilísticos

informam acerca da dimensão

do problema de consumo de

drogas no seu país, enquanto o

GDS diz-nos o que fazer em

relação a ele” Dr Adam Winstock

Noruega 1,5% (1.461)

Canadá 1,3% (1 297)

México 1,2% (1 203)

Bélgica 1,1% (1 027)

Brasil 1,0% (1 012)

Portugal 1,0% (1 008)

Suécia 0,7% (706)

Escócia 0,7% (647)

República da Irlanda 0,7% (707)

Dinamarca 0,3% (296)

DISTRIBUIÇÃO POR PAÍS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Alemanha 30,8% (29.866)

Suíça 8,5% (8 174)

Nova Zelândia 7,9% (7 633)

Reino Unido 6,2% (6 015)

Estados Unidos 5,5% (5 367)

Países Baixos 5,2% (5 058)

Austrália 5,1% (4 931)

França 3,9% (3 858)

Itália 3,3% (3 189)

Hungria 3,2% (3 071)

Espanha 2,6% (2 520)

Colômbia 2,2% (2 095)

Áustria 2,1% (2 055)

GDS2016.5 Um inquérito de lançamento de 5 min

No verso do nosso comunicado para a comunicação social de 14 de

junho, pretendemos realizar um inquérito de 5 minutos que aborde 4

áreas que serão aprofundadas no GDS2017. Entre elas:

1) Como é que as substâncias psicadélicas mudaram a sua vida?

2) Que droga já alguma vez ‘vaporizou’?

3) Utilizaria salas de consumo assistido de drogas caso estejam

disponíveis?

4) O que faz quando o seu colega desfalece/desmaia?

5) Queira divulgar estes temas nas suas redes e partilharemos

consigo os resultados em Novembro. O link ficará disponível

em 13 de Junho de 2016 em

www.globaldrugsurvey.com/GDS2016.5

Principais áreas do GDS2017 – lançamento em novembro

de 2016

O GDS investiu este ano significativamente num design e tecnologia

novos. O GDS2017 poderá ser facilmente preenchido ao telemóvel e

no tablet e permitirá a atualização contínua de dados. Teremos um

pequeno inquérito de base, que demorará 20 minutos a preencher,

seguido de 4 áreas específicas, que o inquirido poderá optar por

preencher. Para além de explorar tendências de consumo de drogas, o

GDS2017 irá abordar 4 áreas que têm captado o significativo interesse

dos media e meios académicos e comerciais.

1) Em que medida é o consumo de drogas psicadélicas muda as

pessoas, drogas estas que são utilizadas por diferentes grupos para

diferentes fins, desde a microdosagem do LSD até à comercialização

da Ayahausca. 2) Enquanto a tecnologia de vaporização poderá ser uma forma

corrente de consumir nicotina e, cada vez mais, cannabis, a interação

entre esta tecnologia e as drogas está apenas a começar. O GDS2017

irá olhar para a forma como a 'vaporização’ está a alterar a experiência

de consumo de drogas e que outras drogas estão a ser consumidas

desta forma.

3) Como as pessoas usam MDMA para sentir o máximo de prazer

e reduzir o risco de problemas e como é que esta droga, em tempos

o arquétipo da droga de dança, abandonou as pistas de dança e

entrou pelas salas de estar e pelos jantares sociais. 4) Turismo de drogas– as pessoas viajam pelo mundo para

consumirem drogas, mas o consumo e o risco muda quando saem

das suas casas. O GDS2017 irá contar a verdadeira história do

consumo de droga no estrangeiro.

Seleção de publicações recentes Kaar, Stephen J., et al. "Up: the rise of nitrous oxide abuse. An international

survey of contemporary nitrous oxide use." Journal of Psychopharmacology

1 (2016): 7.

Bellis MA, Quigg Z, Hughes K, Ashton K, Ferris J, Winstock A. Harms from

other people’s drinking: an international survey of their occurrence, impacts on

feeling safe and legislation relating to their control. BMJ Open.

2015;5(12):e010112.

Freeman TP, Winstock AR. Examining the profile of high-potency cannabis

and its association with severity of cannabis dependence. Psychol Med.

2015;45(15):3181–9.

Garnett C, Crane D, West R, Michie S, Brown J, Winstock A. Normative

misperceptions about alcohol use in the general population of drinkers: a cross-

sectional survey. Addict Behav. 2015;42:203–6.

Shiner M, Winstock A. Drug use and social control: The negotiation of

moral ambivalence. Soc Sci Med. 2015;138:248–56.

Winstock A, Lynskey M, Borschmann R, Waldron J. Risk of emergency medical

treatment following consumption of cannabis or synthetic cannabinoids in a

large global sample. J Psychopharmacol. 2015;29(6):698–703.

Barratt MJ, Ferris JA, Winstock AR. Use of Silk Road, the online drug

marketplace, in the United Kingdom, Australia and the United States.

Addiction. 2014;109(5):774–83.

Lawn W, Barratt M, Williams M, Horne A, Winstock A. The NBOMe

hallucinogenic drug series: Patterns of use, characteristics of users and self-

reported effects in a large international sample. J Psychopharmacol.

2014;28(8):780–8.

Winstock AR, Borschmann R, Bell J. The non-medical use of tramadol in the UK: findings from a large community sample. Int J Clin Pract. 2014;68(9):1147–51.

Winstock AR, Kaar S, Borschmann R. Dimethyltryptamine (DMT): prevalence,

user characteristics and abuse liability in a large global sample. J.

Psychopharmacol. 2014;28(1):49–54.

GDS 2017 E PUBLICAÇÕES

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Metodologia

A nossa estratégia de recrutamento é típica da amostragem sem

propósito. Aceitamos que apresenta limitações significativas,

principalmente no que diz respeito ao enviesamento das respostas, uma

vez que existem diferenças inerentes aos que participam e aos que não

participam no inquérito. É mais provável que as pessoas respondam aos

inquéritos se os temas ou pontos lhes interessam, deste modo

divergindo, por definição, dos que não participam.

Portanto, os participantes no nosso inquérito podem ter um interesse

especial por ou ter experiência com drogas, e poderão não ser

representativos da população geral.

Não procure no GDS estimativas nacionais. O GDS foi concebido para

responder a perguntas de comparação que não se apoiam em

amostras probabilísticas. A amostra do GDS serve, portanto, para

comparar segmentos da população, jovens, idosos, homens, mulheres,

homossexuais, heterossexuais, frequentadores de discotecas, pessoas

magras, pessoas obesas, vegetarianos, pessoas com um diagnóstico

psicológico atual, estudantes, pessoas do norte, do sul, etc. O GDS

pode ajudar acrescentar números e profundidade às conclusões mais

rigorosas, baseadas em probabilidades, embora menos detalhadas e

mais reduzidas dos inquéritos.

Consequentemente, quando comparados com os critérios

epidemiológicos tradicionais de vigilância da saúde pública, o GDS

reconhece plenamente que os nossos métodos têm constrangimentos

potencialmente significativos. No entanto, como os inquiridos do

inquérito são populações mais jovens, consumidoras de drogas,

conseguimos identificar tendências de consumo de drogas antes de

elas atingirem a população geral.

O GDS complementa informação existente sobre o consumo de droga

e divulga dados essenciais e atuais relativamente a padrões de

consumo, danos, saúde e bem estar através do espetro de utilizadores

do seu país.

O fundador e Diretor do GDS é o Dr Adam R Winstock MD

Adam é Médico Psiquiatra especializado em toxicodependência e

investigador da universidade, sediado em Londres. Ele reflete no

presente relatório apenas as suas opiniões, que não têm nenhuma

relação com as dos seus atuais empregadores ou organizações

académicas afiliadas. O desenho do inquérito ou o conteúdo do relatório

não foram influenciados por nenhum governo, autoridade regulamentar,

organização comercial ou grupo de pressão.

Limitações

A amostra não é representativa da população nacional, mas constitui um dos maiores

estudos sobre o consumo de drogas alguma vez realizado em Portugal. Embora não

se possa dizer que as conclusões tenham sido representativas da população

portuguesa em geral, elas permitem ter uma imagem bastante útil sobre os fins do

consumo de drogas e como esse consumo está a afetar as vidas das pessoas em

Portugal.

As políticas e os avanços do serviço de saúde podem apoiar-se nestas conclusões,

que, mais importante ainda, permitem aconselhar as pessoas que bebem e/ou tomam

drogas sobre como se manterem saudáveis e minimizar os perigos associados ao

uso de substâncias.

No contexto temporal atual e com os recursos disponíveis, apresentamos apenas a

presente análise preliminar e, considerando o manancial de dados recolhidos, por ora

disponibilizamos resultados compostos relativos às principais questões. As narrativas

baseiam-se, portanto, nas conclusões preliminares e estão abertas a alterações à

medida que formos avançando nas análises. Em termos gerais, os resultados foram

arredondados para o ponto ou meio ponto percentual mais próximo.

Limitações em relação à comparação nacional

Ao longo do relatório, fazemos comparações em algumas das principais áreas que

possam ser de interesse para os leitores das nossas publicações. Como as

dimensões das amostras nacionais variam significativamente de país para país, a

sua representatividade, a demografia exata e outras características dos inquiridos

como idade, género, a frequência das saídas e os hábitos de consumo, qualquer

comparação deve ser feita com cautela.

Embora extraídos de centenas ou mesmo milhares de utilizadores de drogas no seu

país e em todo o mundo, os resultados não representam necessariamente a

comunidade de consumidores em geral. Se dissermos que perguntámos a 100

pessoas num país quanto custa uma droga, ou a um grupo de 25.000 utilizadores de

MDMA com que frequência procuram ajuda dos serviços médicos de emergência, as

conclusões não podem ser consideradas irrelevantes e inconsistentes com amostras

mais representativas.

Os constrangimentos das comparações entre países podem ser mais marcados para

alguns resultados

do que outros.

Em países com números baixos, as conclusões devem ser tratadas com ainda

mais precaução.

METODOLOGIA E CONSTRANGIMENTOS Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Os dados do presente

relatório encontram-se

retidos até terça-feira,

14 de junho de 2016

Em qualquer cópia relativa aos dados

fornecidos deve constar a seguinte referência:

Global Drug Survey 2016 realizado em

colaboração com os meios de comunicação

social mundiais parceiros, incluindo o/a

xxxx em Portugal. O presente relatório não

poderá ser partilhado com qualquer outra

organização, incluindo outras agências

noticiosas, serviços de saúde ou outros

departamentos estatais.

O presente relatório aborda as

seguintes questões:

Demografia

Prevenção do

consumo de drogas

Álcool

Cannabis

Drogas e a internet

Substâncias psicoativas novas

Recurso a tratamento médico de

emergência

Dados adicionais sobre os

seguintes temas serão

disponibilizados num relatório

global separado:

Pós brancos

misteriosos MDMA

Cocaína

Relação custo/eficácia

ÍNDICE Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

DEMOGRAFIA

Foram utilizados dados de 1.008* inquiridos de

Portugal para esta análise. Este número varia

entre secções do inquérito.

Assuntos tratados:

• Sexo

• Idade

• Orientação sexual

• Etnia

• Escolaridade

• Trabalhador/ estudante

• Com quem vivem

• Localização geográfica

• Índice de massa corporal

• Outras atividades recreativas (frequência de

bares/discotecas e desporto)

QUEM PARTICIPOU NO INQUÉRITO GDS 2016

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Global Portugal

34,1% 65,5% 44,9% Mulheres: 448

54,4% Homens: 542

Educação e Emprego

Situação de emprego

Emprego pago 53,0% Desempregado (à procura de trabalho) 11,3%

Heterossexual 82,5%

Bissexual 9,9%

Homossexual 5,0%

Não responde 2,6%

Heterossexual 85,2%

Bissexual 8,3%

Homossexual 4,4%

Não responde 2,1%

Desempregado (não procura trabalho) 35,7%

Estudante (n=988)

Sim, a tempo inteiro 35,9%

Sim, a tempo parcial 12,6%

Etnia Global Portugal Não 51,5%

Branco 89% 89,0%

Mestiço 3,2% 1,6% Asiático (paquistanês, indiano,

bengalês)

0,5% 0,3% Grau Académico Mais Elevado (global)

Africano Negro/Negro das Caraíbas 0,4% 0,5% Latino Hispânico 4,5% 6,7% Ensino Secundário 19,2%

Americano Negro 0,1% 0,1% Qualificação Técnica ou Profissional 6,0%

Outros 1,5% 1,8% Grau médio 7,7%

Aborígene / Maori 0,3% - Bacharelato 32,0%

Americano Índio 0,1% - Pós-graduação 24,2%

DEMOGRAFIA

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Idade Idade média

Global

28,7

Portugal

29,35

<24 anos 46,7% 42,6%

25-34 anos 30,6% 30,1%

+35 anos 22,7% 27,4%

Atividades de Lazer Global Portugal

Com que frequência praticou

desporto/exercício físico em 2015?

Dieta

Nunca

Menos de 1 vez em 3

meses Uma vez a cada 3

meses Uma vez por mês

Uma vez 15/15 dias

7,4%

4,9%

5,2%

9,9%

12,1%

10,9%

9,1%

6,5%

11,9%

10,7%

Vegetariano

Não

Vegetariano

6,5%

93,5%

Uma ou duas vezes

por semana 3 a 4

vezes por semana

Mais de 4 vezes por semana

31,6%

18,5%

10,2%

27,4%

15,7%

7,9%

Mantém um peso saudável?

• O Índice de Massa Corporal é calculado dividindo o peso em kg pela altura

em metros2

65,3% da amostra portuguesa do GDS2016 respondeu que

frequentava bares/discotecas uma vez a cada 3 meses,

comparado com 61,9% da amostra global do GDS2016

Situação de Vida

Viver com (N=1,008)

• Mede a saúde do nosso peso

• O IMC médio da totalidade dos inquiridos do GDS2016 era de 24,2

• O IMC médio da amostra de inquiridos Portugueses era de 24,01

Parceiro

Amigos

Sozinho

Pais

Colegas de

casa Irmãos

Outros

familiares

Outros

Localização geográfica (N=991)

Cidade/Ur

bana

Regional

Remota

32,5%

11,1%

11,9%

34,9%

8,8%

12,1%

8,2%

2,2%

84,3%

14,4%

1,3%

ESTILO DE VIDA Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Classe de IMC

(classificação IMC)

Portuguesa

(%)

Global (%)

Baixo peso extremo (<18) 4,8 3,6

Baixo peso (20) 14,4 12,1

Peso normal /saudável (20-25) 52,9 52,2

Excesso de peso (>25) 19,8 22,0

Obesidade (>30) 8,1 10,0

HÁBITOS DE CONSUMO DE DROGA

Investigação da tendência do uso de drogas

Perguntámos aos inquiridos se alguma vez usaram alguma das

150 drogas elencadas no inquérito. Perguntámos se tinham usado

cada uma das drogas referidas nos últimos 12 meses e nos

últimos 30 dias. Publicamos aqui os dados sobre a frequência de

uso das 40 drogas mais consumidas.

Utilização dos dados

• Não procure no GDS prevalências nacionais.

• A nossa amostra permite antes comparar

tendências de consumo entre sub-amostras e

detetar tendências emergentes entre populações

consumidoras de drogas.

• Perguntámo-lhes que drogas é que alguma vez

consumiram, que usaram durante o ano e que

usaram no último mês.

• NOTA: O presente inquérito não se aplica à

população geral, portanto não se pode dizer que as

conclusões refletem um consumo de drogas mais

generalizado, embora traduzam novas tendências de

drogas, preços, padrões de consumo e aquisição por

um grande número de utilizadores regulares.

• Para comparação, o GDS sugere que consulte os

dados internos do seu país e outros dados sobre

tendências, assim como os nossos dados para o

país, caso os haja.

Experiência de consumo de drogas atual e

ao longo da vida

Ao longo da vida: 29,7% tinha consumido apenas drogas lícitas, 70,3% tinha

consumido pelo menos uma droga ilícita. 0% nunca

consumiu nenhuma droga

Últimos 12 meses:

44,1% respondeu ter consumido apenas drogas lícitas,

53,7% tinha consumido pelo menos uma droga ilícita. 2,2%

nunca consumiu nenhuma droga

Último mês:

53,2% respondeu ter consumido apenas drogas lícitas,

41,3% tinha consumido pelo menos uma droga ilícita, 5,5%

não consumiu qualquer droga

2,6% consumiram pelo menos uma vez drogas injetáveis:

0,3% consumiu drogas injetáveis pelo menos uma vez nos

últimos 12 meses, e 2,3% respondeu já ter usado drogas

injetáveis, embora não no último ano.

HÁBITOS DE CONSUMO DE DROGAS Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Resumo de experiência de consumo de

droga durante a vida e no último ano por

situação legal e administração IV (Portugal

GDS2016)

Resumo de experiência com drogas durante a vida e no

último ano

por situação legal e administração IV (amostra global

M+F)

100

90

80

70

60

50

40

70,3

53,7

41,3

99,9 97,3

93,8

53,2

44,1

100

90

80

70

60

50

40

99,3 96,6 93,6

83,5

68,5

55,8

39,1

29,7

30

20

10

30

20

10

2,6 0,3 0

16,1

28,7

4 1,4

0 Consumiu

drogas

ilícitas

Consumiu

drogas

lícitas

Apenas

drogas

lícitas

Injetou

uma droga

Consumiu drogas

ilícitas

Consumiu drogas

lícitas

Apenas drogas

lícitas

Injetou uma droga

CONSUMO DE DROGAS EM PORTUGAL E EM TODO O MUNDO

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

% %

10

9 8,9

8

Média global de pessoas que

consumiram drogas injetáveis, mas

não nos últimos 12 meses era de

2,6%

Média global de pessoas que

consumiram drogas injetáveis nos

últimos 12 meses era de 1,4%

7

6

5

4

3

2 1,7

3

1

3,1

2,1

1,5

3,5

4,1 1,8 1,9

2,3

1,1

1,9

2,2

3,6

3

1,6 0,6

4,4

1,5

3,7

2,3

2,7

2,2

2,9

2,3

1,8

2,7

1,4

4,9

4,9

1 1

0

1,1 1

1,2 0,7 0,5 0,2

1,1 0,3

1,2 0,3

1 0,8 0,7

Injetada? (sim, mas não nos últimos 12 meses) Injetada? (sim, nos últimos 12 meses)

INJEÇÃO GLOBAL

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

%

Prevalência do consumo de drogas durante a vida Portugal N > 1.000

metadona canabinoide de síntese

viagra nitroso

efedrina ritalina

mefedrona mescalina

zdrug ópio

2cb tabaco snus

crack blotting trufas ketamina

cola heroína

cocaína outra tramadol

salvia divinorum todos

opióides todas anfetaminas

canábis sintético poppers

benzodiazepinas cogumelos mágicos

cigarros eletrónicos lsd

cocaína

1,69 1,69 1,69 1,88 1,88 2,08 2,28 2,28 2,68 2,68 2,98 3,08 3,67 3,77 4,17 4,37 4,56 4,66 5,16

7,14 7,54 7,84 7,94 8,83

11,61 13

14,48

19,25

20,14

25,69

% prevalência durante a vida

tabaco shisha todas

mdma pastilhas cafeína

bebidas energéticas de cafeína canábis todas

tabaco álcool

29,37 30,56

% prevalência durante a vida

51,59

60,22

67,26

79,46

96,83

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Prevalência do consumo de drogas no último ano Portugal N > 1.000

efedra

25i-nbome salvia divinorum

metadona mefedrona

mda nitroso

ópio ayahuasca

crack tabaco snus

dmt viagra

cola ritalina

zdrug heroína blotting

ketamina cocaína outra

2cb poppers

trufas tramadol

todas anfetaminas todos opioides

cogumelos mágicos benzodiazepinas

lsd cigarros eletrónicos

tabaco shisha cocaína

todas mdma bebidas energéticas de cafeína

todas cannabis pastilhas cafeína

tabaco álcool

0,5 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,79 0,79 0,89 0,99 0,99 0,99 0,99 1,09 1,19 1,19 1,19 1,59 1,79 2,28 2,28 2,98 3,47 3,87

4,96 7,34 8,04

10,71 11,41

15,87 18,75

% prevalência último ano

33,83 48,81 49,01

63,39

% prevalência último ano

91,47

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

ÁLCOOL BASEADO EM DADOS DE 902

CONSUMIDORES DE ÁLCOOL

PORTUGUESES E 87.925

CONSUMIDORES DE ÁLCOOL EM

ÁLCOOL E O AUDIT

Investigação sobre o álcool Com vista a compreender em termos gerais os perigos a que os inquiridos

se sujeitavam, foi introduzida a secção sobre o álcool com o teste de

identificação de distúrbios no consumo de álcool (Alcohol Use Disorders

Identification Test-AUDIT), um questionário da Organização Mundial de

Saúde que procura avaliar níveis nocivos de consumo de álcool e de

dependência. Inquire, entre outros, acerca da frequência do consumo de

álcool dos inquiridos e o número de bebidas que consomem num dia

normal.

Perguntávamos ainda às pessoas que tipo de bebida consumiam com

mais frequência e como é que os diferentes tipos afetavam o seu estado

de espírito e comportamento; e se já tinham procurado ajuda médica por

causa do consumo de álcool, por que motivos, quanto é que tinham bebido

e como é que esse consumo tinha influenciado o seu comportamento

futuro.

AUDIT sobre o álcool O teste de identificação de distúrbios no consumo de álcool (Alcohol Use

Disorders Identification test AUDIT) da OMS é muito utilizado para o

rastreio e intervenção rápida nos problemas de álcool. A versão integral é

composta por 10 elementos. Algumas breves declarações sobre a sua

interpretação retiradas do documento da OMS de 2006 de Babor et al. são

indicadas de seguida. A pontuação do teste é distribuída por 4 grupos: de

0- 7, 8-15, 16-19, 20 e superior.

Uma pontuação igual ou superior a 8 é considerada um padrão nocivo

e perigoso de consumo do álcool.

Em termos técnicos, uma pontuação mais elevada apenas indica maior

probabilidade de existir um padrão nocivo e perigoso de consumo do

álcool. No entanto, também pode refletir a maior gravidade de problemas

de consumo e dependência de álcool, assim como maior necessidade de

receber tratamento mas intensivo. Uma pontuação do AUDIT entre 8 e 15

representa um nível médio de problemas de álcool, enquanto uma

pontuação igual ou superior a 16 representa um nível elevado de

problemas de consumo de álcool. Uma pontuação do AUDIT igual ou

superior a 20

requer uma avaliação de diagnóstico mais aprofundada da

dependência do álcool.

11,1% dos homens portugueses obtiveram +16 pontos no AUDIT, em comparação com

13,5% dos homens em termos gerais. 7,3% das mulheres portuguesas obtiveram +16

pontos no AUDIT, em comparação com 10,4% das mulheres em termos gerais.

PONTUAÇÃO

AUDIT

0-7 8-15 16-19 +20

Homens

portugueses

50,4% 38,4% 6,4% 4,7%

Mulheres portuguesas

67% 25,7% 5,2% 2,1%

Perguntas de rastreio do AUDIT 1. Com que frequência toma bebidas com teor alcoólico?

Nunca =0 mês/menos =1 2-4/mês= 2 2-3/sem. = 3 4 ou mais/sem.=4

2. Quantas bebidas padrão é que consome num dia em que bebe?

1 ou 2 =0 3 ou 4 = 1 5 ou 6 =2 7-9=3 10 ou mais =4

3. Com que frequência é que toma 6 (M) / 8 (H) ou mais bebidas na mesma ocasião? Nunca =1 menos que mensal =1 mensal =2 semanal =3 diário/quase diário =4

4. Quantas vezes no último ano é que se encontrou numa situação em que não

conseguia parar de beber depois de começar?

Nunca =1 menos que mensal =1 mensal =2 semanal =3 diário/quase diário

=4

5. Quantas vezes é que no último ano não conseguiu fazer o que era esperado de si por

causa da bebida?

Nunca =1 menos que mensal =1 mensal =2 semanal =3 diário/quase

diário =4

6. Quantas vezes no último ano é que precisou de beber de manhã para poder funcionar após

uma ocasião de muita bebida?

Nunca =1 menos que mensal =1 mensal =2 semanal =3 diário/quase

diário =4

7. Quantas vezes no último ano é que lamentou ou sentiu culpa por ter bebido?

Nunca =1 menos que mensal =1 mensal =2 semanal =3 diário/quase

diário =4

8. Quantas vezes no último ano é que não conseguia lembrar-se do que se passou na

véspera por causa da bebida?

Nunca =1 menos que mensal =1 mensal =2 semanal =3 diário/quase

diário =4 9. Alguém (o inquirido ou outra pessoa) ficou ferido como resultado da bebida?

Não=0 Sim, mas não no último ano =2 Sim, no último ano=4 Algum amigo, familiar, médico ou profissional da saúde manifestou preocupação acerca do que bebe ou sugeriu que

10. reduzisse o consumo?

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Com que frequência consome

bebidas alcoólicas? Os que consumiram álcool no último ano

Quantas bebidas é que consome num dia em que bebe

álcool?

50,0

7

22,4

45,0

40,0

35,0

30,0

25,0

20,0

15,0

10,0

5,0

0,0

44,1

25,9

17,0

8,1

4,9

31,7 1-2 3-4 5-6 7-9 +10

45

40

30,6 35

30

25

Com que frequência é que toma 6 / 8* ou mais

bebidas?

41,7

21,1

20

15

Mensal ou menos 2-4 vezes por mês 10

2-3 vezes por semana 4 ou mais vezes por semana 5

0

18,3 17,4

1,7

Nunca Menos que mensal Mensal Semanal Diário ou quase diário

FREQUÊNCIA DE CONSUMO DE ÁLCOOL Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Respostas ao AUDIT selecionadas

Os que consumiram álcool no último ano

• 11,5% responderam que não conseguiam parar de beber

depois de começar, pelo menos uma vez por mês no último ano.

14 12,8

12 11,5

10

13,2

11 10,2

• 5,1% respondeu que não conseguiu fazer o que era 8

esperado de si pelo menos uma vez por mês no último 6

ano. 4 • 1,4% respondeu que precisava de tomar uma bebida de manhã

após uma ocasião de beber muito, pelo menos uma vez por mês no último ano. 2

• 7,4% respondeu sentir-se culpado ou lamentar ter bebido pelo 0

6,3 5,

1

7,4 7,2 7,4

last

antes pelo uma vez por mês no último ano.

• 7,4% respondeu que o inquirido ou outros haviam sofrido danos por

causa do que beberam no último ano.

• Outros 14,9% referiram terem já sofrido ou causado danos a

outros como resultado da bebida, embora não no último ano.

• 7,9% respondeu que outras pessoas haviam expressado

preocupação sobre o que o inquirido bebia nos últimos 12 meses.

Mais 8,7% referiram que outras pessoas haviam expresso essa

preocupação, embora não no último ano.

25,3% dos consumidores de álcool Portugueses indicaram que gostariam

de beber menos nos próximos 12 meses. Desses, 8,9% respondeu que

gostaria de ter ajuda para beber menos, enquanto 2,7% dizia que pretendia

procurar ajuda para reduzir a bebida.

PREOCUPAÇÕES COM BEBIDA

Global Portugal

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

menos uma vez por mês no último ano. Beber sem parar

Não cumprir as expetativas

Culpa/lamento posteriormente

Não se lembra da noite

Lesionado no último ano

• 7,2% não conseguia lembrar-se dos acontecimentos da noite anterior .

50 47,1

45

Gostaria de beber menos Dos que querem beber menos, % dos que querem ajuda

43,4 42,4

40

35

30

25 22,7

20

15

40,6

14,4 13,7

39 38,6

19,3

37,1

36

35,8 35,6

16,4

35 34,5 34,4

33,1

31,8 30,8 30,6

29,9 29,8 29,6

25,3 24,5

10 6,9

5

0

5,9

12,6

5

11,3 11,4

8,9

11,1 9,5 10,5

7,3

8,4

12,3 10,9

5,8

8,9

5,4

BEBER MENOS E PROCURAR AJUDA GLOBAL

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Méx

ico

Irla

nd

a

Au

strá

lia

No

rueg

a

Co

lôm

bia

Áu

stri

a

Escó

cia

Ale

man

h a

Bra

sil

Rei

no

Un

ido

Can

adá

MÉD

IA

No

va

Zelâ

nd

ia

Esp

a

nh

a

Itál

ia

Hu

ngr

ia

lgic

a

EUA

Fran

ça

Suíç

a

Po

rtu

gal

Paí

ses

Bai

xos

% de indivíduos que procuraram tratamento de emergência depois de consumirem álcool

3 Taxa de TME Global

foi de 1,1%

2,5 2,4

2,2 2,1

2,2

2 1,9

1,7 1,6

1,5 1,5 1,5 1,4

1,3

1

0,5

1,1 1,2

0,9

1,0

0,8

1,2

0,6

0,6

0,7

0,8

0,9

0

ÁLCOOL - PROCUROU TRATAMENTO MÉDICO DE EMERGÊNCIA NOS ÚLTIMOS

12 MESES (NÚMERO MÍNIMO DE CONSUMIDORES DE É DE 500/PAÍS)

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

% no último ano de consumidores de cada substância que procurou Tratamento Médico 4,5

Tratamento após o consumir dessa substância 4,2

4

3,6

3,5

3

2,5

2,6

2,5

2,7

2,4

2,1

2

1,5

1

0,5

1,1

1,1

1,1

1,2

1,1

1,2

0,6

0,6

0,6

0,8

0,6

1,2

0,4

0,3

0,6

0 Álcool Cannabis Cocaína Quaisquer NSP MDMA/Ecstasy Ketamina Canabinoides sintéticas

Qualquer

substância

Global Homem Mulher

n = 90K N = 47K n = 20K n = 4K n = 30K n = 6K

N = 1,5K

N = 100K

TODAS AS DROGAS - PROCUROU TRATAMENTO MÉDICO DE EMERGÊNCIA (TME) NOS

ÚLTIMOS 12 MESES (NÚMERO MÍNIMO DE CONSUMIDORES DE 500/PAÍS)

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

%

As bebidas alcoólicas são todas iguais?

A ideia de que os diferentes tipos de álcool têm qualidades diferentes ou "especiais" não é

novidade. Muitos países têm na raiz cultural mitos relacionados com as bebidas. Esses mitos não têm

fundamento científico. O álcool é sempre o mesmo, independentemente da forma de o produzir. Da

perspetiva química, o álcool é um conjunto de compostos orgânicos de origem natural, principalmente

na forma de álcool etílico ou etanol. O etanol aumenta a influência de um transmissor químico no

cérebro designado de GABA, que desacelera o cérebro ou serena a atividade cerebral, pelo que o

álcool é considerado um calmante. Enquanto o álcool produz vários outros efeitos subtis sobre o

cérebro, o ingrediente ativo é sempre o álcool etílico. Portanto, independentemente da forma como o

álcool é produzido, é sempre o álcool etílico que nos deixa embriagados. Embora o tipo de matéria

prima e a diferença entre fermentação e destilação determine o produto final, cerveja, cidra, vinho ou

bebida espirituosa, os diferentes sabores e aromas resultam da combinação de vários congéneres -

químicos que incluem acetona, acetaldeído, éster, óleos de fusel e aldeídos.

E é nestes congéneres que podem residir em parte a diferença de efeitos. O acetaldeído é um produto

de degradação do álcool, que provoca ressaca, e as bebidas mais escuras como o rum escuro, vinho

tinto, whisky e brandy contêm uma percentagem mais elevada de congéneres. Os estudos não são

coerentes, mas muitos relatórios sugerem que quanto mais escura a bebida, pior será a ressaca.

O GDS2016 procurou saber se as diferentes bebidas afetam as pessoas de maneiras diferentes de forma igual em todo o mundo. Antes de olhar para os resultados, vejamos rapidamente o que poderá explicar estas diferenças.

• Talvez os consumidores fiquem embriagados de maneiras diferentes, e portanto é mais fácil

de beber mais álcool em certas formas do que noutras.

• Talvez alguns consumidores fiquem embriagados mais facilmente em ambientes ou ocasiões

particulares

• Talvez algumas pessoas bebam determinadas bebidas quando se encontram num estado de

espírito específico

• Talvez algumas bebidas sejam mais consumidas por determinadas pessoas • Talvez certas bebidas sejam consumidas com misturas específicas que alteram o estado

de espírito ou comportamento (ex. bebidas energéticas)

• Talvez seja “à procura de uma desculpa”, na qual as pessoas tentam fazer sentido • do que aconteceu depois do sucedido (‘a turd in my pocket por causa do brandy, sabes o

efeito que tem em mim...), i.e. é uma desculpa que as pessoas arranjam para

não não terem de admitir que simplesmente beberam demasiado

• Ou pode ser tudo disparate

TIPO DE BEBIDA – HUMORES E COMPORTAMENTOS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Bebida mais consumida durante uma saída

ou em casa: Portugal (%)

Tipo de bebida/s com um maior efeito

energizante provável (%)

*pode escolher mais de um

60 Beber em casa Beber fora 60

52

50 50 47,7

45

Global Portugal

40

30 28,1

33,2

40

28,7

30

19,9

20 20

23,3

20

10 6,6

0

9,2

1,7

5,1 4,6

4,9 6,1 10

11

9 9,8

6 6

4,9

Cerveja Vinho tinto Vinho branco

Bebidas Cidra Outra 0 espirituosas

Bebidas espir. Cerveja Vinho branco Vinho tinto Cidra

TIPO DE BEBIDA – HUMORES E COMPORTAMENTOS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Tipo de bebida/s com maior probabilidade de o

fazer sentir-se cansado (%) *pode escolher mais de um

Tipo de bebida/s com maior probabilidade de

o fazer sentir-se agressivo (%) *pode escolher mais de um

Global Portugal

Global Portugal

30

50

45 45

41,8

40

35

30

25

20

15

10

5

0

36

16,5

18

17

13 13,7

6

2,2

25

25

20

16,9

15

10

5

0

6

4,1

3 3,1

5,4

2

1 0,9

Vinho tinto Cerveja Bebidas Vinho branco Cidra

espirituosas

Bebidas Cerveja Vinho branco Vinho tinto Cidra espirituosas

TIPO DE BEBIDA – HUMORES E COMPORTAMENTOS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Tipo de bebida/s com maior probabilidade de

o fazer sentir-se descontraído (%) *pode escolher mais de um

Tipo de bebida/s com maior probabilidade de o fazer sentir-se sexy

*pode escolher mais de um

50

45 43

40

35

30

25

28,2

Global Portugal

43,9

40

23

21,8 21

28,6

40

35 35

35

30

25

20

18

15,7

Global Portugal

17

20 15

15 11 10,4 10

10

5 5

0 0

14,3 15

12,3

5 5,2

Cerveja Vinho tinto Vinho branco

Bebidas Cidra

espirituosas

Bebidas espir. Vinho tinto Vinho branco Cerveja Cidra

TIPO DE BEBIDA – HUMORES E COMPORTAMENTOS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Tipo de bebida/s com maior probabilidade de

o fazer sentir-se indisposto (%) *pode escolher mais de um

Tipo de bebida/s com maior probabilidade de

o fazer sentir-se confiante (%) *pode escolher mais de um

50

45 43

40

35

30

25

20

15

10

5

0

32,5

Global Portugal

19 18,7 17

12,1

15,1 14

60

50

40

30

20

10

10 3,5

0

49

42,7

36

27,7

Global Portugal

21,6 20 20

17,7

10

6,8

Bebidas Vinho tinto Cerveja Vinho branco Cidra

espirituosas

Bebidas Cerveja Vinho tinto Vinho branco Cidra espirituosas

TIPO DE BEBIDA – HUMORES E COMPORTAMENTOS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Tipo de bebida/s com maior probabilidade de

o fazer sentir-se irrequieto (%) *pode escolher mais de um

Tipo de bebida/s com maior probabilidade de

o fazer sentir-se choroso (%) *pode escolher mais de um

25 23 22,6

Global Portugal Global Portugal

25

20

20 20

15 15

14,4

12 11,8

10,2

10 8

10 9

8

6 5,5

5

0

5

4,5

5

3 2,2

0

5,3

6

2 1,2

Bebidas Cerveja Vinho branco Vinho tinto Cidra Bebidas Vinho tinto Cerveja Vinho branco Cidra

espirituosas espirituosas

TIPO DE BEBIDA – HUMORES E COMPORTAMENTOS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

4

Tipo de bebida que provoca a pior ressaca (%) Portugal

Tipo de bebida que provoca a pior

ressaca por género (%) Portugal

60

Cidra, 0

Nenhum, 19,7

50

40

%

30

49,4 48,9

Homens

Mulheres

Outro, 5,2

Vinho branco, 6,3

Cerveja, 6,3

Vinho tinto, 13,2

Bebidas espirituosas, 49

20

10

0

14,2

12

6,6 6,9

7,6

4,7

0,2 0,5

5,6 .7

23,5

16,7

Bebidas Vinho

espirituosas tinto

Vinho

branco

Cerveja Cidra Outro Nenhum

TIPO DE BEBIDA – HUMORES E COMPORTAMENTOS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

CA ABIS

CANNABIS EM PORTUGAL- CONSU-

MIDORES NO ÚLTIMO ANO (N=492)

Do que trata esta secção

Dias de consumo nos últimos 12 meses Formas de consumo

Dias de consumo nos últimos 12 meses

• Com que frequência é que as pessoas que

fumam cannabis a consumiram no último

ano

• Dados sobre os principais motivos para o

consumo da cannabis (prazer ou auto-

medicação ou ambos)

• Quais os tipos de cannabis mais

consumidos nos diferentes países

• As formas de consumo mais frequentes no seu

país, que percentagem de consumidores a

misturam com tabaco, e quantos charros ou

bongos é que se consegue fazer com um

grama

• *Prevalência de diferentes tipos de cannabis e o

custo por grama do tipo mais comum

(comparado com o preço global)

• Informação sobre onde é que se obtém

cannabis e, se for paga, quanto é que

normalmente custa um grama

• Internamento hospitalar para receber tratamento médico de

emergência

• O risco e experiência de violência associado à

obtenção de cannabis

48,8

3,3

13,9

18

16,1

Charro

Bong

Cachimbo

Cig. marijuan

Bebida

Comida

Vaporizador

Bongo Bucket

4,10

0,30 0,30

0,30 0,50

0,30

10,20

0,00 0,00

1,10 0,00

0,50 0,00

0,00 0,00

82,40

1 2-10 11-50 51-100 >100

0 50 100

Sem tabaco Com tabaco

HÁBITOS DE CONSUMO DE CANNABIS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Portugal - Consumidores de Cannabis nos

Últimos Anos (N=492) Razões para o consumo

• 75,8% consomem unicamente por razões recreativas/ pelo prazer

• 19,8% consomem principalmente pelo prazer, mas às vezes por motivos

médicos

• 3,9% consomem principalmente por motivos médicos, mas às vezes por

razões recreativas

• 0,6% consumiu cannabis exclusivamente por motivos médicos

Risco de violência Numa escala de 1 (quase nenhum) a 10 (muito elevado), o risco de

violência ao adquirir cannabis em Portugal foi classificado por pessoas que

consumiram no último ano. 92,8% de consumidores de cannabis no último

ano nunca estiveram expostos a violência quando adquiriram cannabis.

5,5% estiveram uma vez, e 1,7% estiveram em duas ou mais ocasiões.

60

50

40

30

20

10

0

Cannabis – Procurou Tratamento Médico de Emergência nos Últimos 12 Meses

Taxa de TME Global foi de 1,2%

Escócia

Nova Zelândia

Hungria

Reino Unido

Países Baixos

Austrália

Estados Unidos

Alemanha

Suíça

França

Áustria

Espanha

Portugal

Irlanda

Bélgica

Itália

Canadá

Brasil

Colômbia

Dinamarca

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

0 0,5

% Consumidores no no último ano

2 2,5 3

CANNABIS, VIOLÊNCIA E DANOS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Comparação global de formas de preparação da cannabis preferidas em todo o

mundo

90

80

70

60

% 50

40

30

20

10

0

Skunk Resina Erva Óleo Outras de haxixe

FORMAS PREFERENCIAIS DE CANNABIS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Comparação global de formas de consumo de cannabis em todo o mundo

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Charro com tabaco Charro sem tabaco Cachimbo Cachimbo Bong com tabaco Bong sem tabaco Vapor. Outra

com tabaco sem tabaco

FORMAS MAIS COMUNS DE CONSUMO DA CANNABIS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Cannabis – Procura Global de

Tratamento Médico de Emergência

(N=556)

Sintomas apresentados com:

Preparação da cannabis (%)

2,9

13,5

53,5

30,1

Alta potência/ hidropónico Erva

Resina / Haxixe Óleo de haxixe

bexiga

agressão

crise

acidente

alucinações auditivas

perturbação da fala

alucinações visuais

humor

transpiração

dor torácica

náusea

outra

agitação

dificuldade em respirar

paranoia

sensação de medo

ansiedade

0 10 20 30 40 50 60 70

%

PROCURA DE AJUDA RELACIONADA COM A CANNABIS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

DROGAS E A INTERNET

Amostra de base: Todos os inquiridos, menos os que

responderam ter consumido apenas alcool/tabaco/

cafeína, que admitiram ter comprado drogas online nos

últimos 12 meses.

Contexto da secção

• A internet é o mercado das drogas sem fronteiras (ou

muitas vezes sem alfândegas). A compra de drogas online é

uma extensão natural do comércio eletrónico. As pessoas

compram online porque é conveniente, por causa da

variedade e qualidade de produtos e, em alguns casos, a

relação entre qualidade-custo é boa. Os sistemas de

pontuação de vendedores também foram bem acolhidos por

compradores no mercado negro da net.

• A internet (tanto a aberta como a darknet) enquanto fonte

de fornecimento de substâncias psicoativas, medicinais e

ilícitas cresceu significativamente nos últimos anos.

• Enquanto o executivo jurídico, os meios de comunicação

social e a saúde pública se tem centrado nos ‘legal highs’,

pouco se tem feito para estudar a prevalência do uso da

internet como meio de acesso a drogas por parte do público

em geral, e determinar quais as substâncias procuradas.

• Como o comércio nas ruas continua a ser o alvo principal

dos esquadrões da droga, os médicos estão cada vez mais

atentos à prescrição irresponsável e à pureza das drogas, e

muitas drogas ilícitas são obtidas através da adulteração, a

aquisição de drogas online é um meio claramente atrativo.

• Nesta secção investigámos o tempo e prevalência do uso

da internet ‘aberta’ para a compra de drogas e depois, especificamente, o uso dos mercados da “darknet” – Silk Road e os que vieram depois

• Na presente secção exploramos o uso de qualquer forma de

internet para a aquisição de qualquer tipo de drogas, ilícitas,

medicamentos de prescrição ou novas (NSP).

Entre os consumidores recentes de drogas Portugueses, que compraram drogas online, que drogas é que compraram?

100

90 87 81

80

70

60

50

40 30,8

30 26,1

20 17,6 13

10

0 Drogas ilícitas Medicamentos sujeitos NSP

a receita médica

Todas Portugal

.

HÁBITOS DE CONSUMO DE DROGAS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

e

Título Gráfico

100%

90%

80%

Título Gráfico 70%

100%

60%90%

50%80%

70% 40%

60% % 30 50%

20%40%

10%30%

20% 0%

10% Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3 Categoria 4 0%

Série 1 Série 2 Série 3 Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3 Categoria 4

Série 1 Série 2 Série 3

Já comprou drogas fora da internet*? (%)

60

50 44,5

N Válida

40

28,9 21,7

30

17,2 16,7 15,3

14,3 13,5

9,8 7

9,8

10 8,1 7,8 7,2 7 6,5 6,3 5,4 5,1

7,8 6,3 12,8 6 6,7 6,3 3,9 4,6 4,6 3,7 3,5 3,6 2,3 6,9 2,1 3,5 2,9 3,2 14..31 22..48 31..94 11..99 4 0

Sim (não nos último 12 meses) Sim (nos últimos 12 meses)

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

Amostra de base: Todos os inquiridos, menos os que responderam ter consumido apenas álcool/tabaco/cafeína. * Embora não especificado, a internet inclui a darknet. São referidos apenas os países com mais de N=500.

20

Alemanha 29633

Suíça 8058

Nova Zelândia 7576

Reino Unido 5962

Estados Unidos 5267

Países Baixos 5017

Austrália 4876

França 3804

Itália 3145

Hungria 3054

Espanha 2495

Colômbia 2066

Áustria 2034

Noruega 1448

Canadá 1283

México 1188

Bélgica 1020

Brasil 1001

Portugal 1001

Suécia 702

Irlanda 702

Escócia 642

TODOS 95966

DADOS REGIONAIS SOBRE AS NOVAS SUBS-

TÂNCIAS PSICOATIVAS (NSP) & LEGAL HIGHS

Contexto

• Nos últimos 5 anos, o GDS tem estudado o consumo das “Novas Substâncias

Psicoativas”, os “legal highs” e os “químicos de investigação”.

• Embora estejam identificadas muitas novas substâncias todas as semanas, só porque

as drogas estão disponíveis online ou nas “head shops” não significa que sejam

consumidas.

• Em termos gerais, a percentagem Global de inquiridos do GDS que compraram

NSP nos últimos 12 meses cresceu de 4,2% para 4,8%, muitos países tendo

registado um aumento significativo do consumo.

• O GDS considera que sempre que as pessoas têm acesso facilitado a drogas tradicionais

de qualidade, o interesse por NSP é em geral baixo (por exemplo na Suíça). A secção

sobre as Drogas nas Ilhas Desertas e as motivações de uso desenvolve esta hipótese.

• A redução do consumo no último ano em países como a Nova Zelândia indicia que o

encerramento das “head shops” pode conduzir a menos vendas, uma questão que é

importante, porque parece ter existido um aumento na percentagem de inquiridos do

GDS globais que compram nas lojas – embora se verifique uma variação regional

acentuada.

• Parece também existir um aumento do consumo de pastilhas e pós, comparado com as

misturas fumadas, onde também se verificam variações regionais acentuadas.

CONTEXTO DAS NSP Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

4,8% dos inquiridos globais do GDS2016 responderam ter comprado NSP nos últimos 12

meses (comparado com 4,2% no GDS2015)

Qual o aspeto / forma

% das NSP adquiridas?

GDS2016 Qual o aspeto / forma

das NSP consumidas?

GDS2016 Qual o aspeto /

Onde é que adquiriu estas substâncias

GDS2016 Onde é que adquiriu estas substâncias?

% GDS2015 Onde é que adquiriu estas substâncias?

52,1

49,7

50,5

44,95

37,5

31,4

30,2 29,5

23,7

27,6

32

29,2

10,1

7,4

15,2

17,5

Erva Pó/

Cristal

3 3

Pastilh./cáps. Líquidos

Online Loja Amigo Dealer Outro

GLOBAL – ADQUIRIU ALGUMA DROGA COMERCIALIZADA COMO “LEGAL HIGH” OU

“QUÍMICO DE INVESTIGAÇÃO” OU “SAIS DE BANHO” NOS ÚLTIMOS 12 MESES? (%)

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

8,0% dos inquiridos Portugueses do GDS2016 responderam ter consumido NSP nos

últimos 12 meses (comparado com 4,0% no GDS2015)

Qual o aspeto / forma da NSP consumida?

% Onde é que adquiriu estas substâncias?

70

64,4

60

80

68,9

70

60 50

40 50 40

40

30 28,9

30

Onde é que

adquiriu estas

substâncias?

20

10

0

Erva Pó/

2,2

Pastilh./cáps. Líquido

20

8,9

10

0

15,6

8,9

0

Cristal Online Loja Amigo Dealer Outro

PORTUGAL– ADQUIRIU ALGUMA DROGA COMERCIALIZADA COMO “LEGAL HIGH” OU

“QUÍMICO DE INVESTIGAÇÃO” OU “SAIS DE BANHO” NOS ÚLTIMOS 12 MESES? (%)

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores

%

Tipo de bebida que provoca a pior ressaca

(%) (GLOBAL)

Tipo de bebida que provoca a pior ressaca

por género (%) (GLOBAL)

Homens Mulheres

Cidra, 2

Outra,4

Nenhum, 15

49,6

45,1

Vinho branco, 7

Bebidas espirituosas, 48

Cerveja, 10

Vinho

tinto, 15

1515,7

10,9

5,1

11

6,8

1,8 1,6

3,6

4,2

15,8

14

Bebidas Vinho espirit. tinto

Vinho

branco

Cerveja Cidra Outro Nenhum

TIPO DE BEBIDA – HUMORES E COMPORTAMENTOS

Global Drug Survey GDS2016 © Não reproduzir sem a autorização dos autores