primeiro aditivo ao acordo de acionistas...
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BM&A #7990 - v4
PRIMEIRO ADITIVO AO ACORDO DE ACIONISTAS DA COMPANHIA DE
BEBIDAS DAS AMÉRICAS - AMBEV
FUNDAÇÃO ANTONIO E HELENA ZERRENNER INSTITUIÇÃO NACIONAL DE
BENEFICÊNCIA, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida
Brigadeiro Faria Lima nº 3900, 11º andar, inscrita no CNPJ sob o nº 60.480.480/0001-
67, neste ato devidamente representada de acordo com seu estatuto social (doravante
simplesmente referida como “FZ”);
BRACO S.A., sociedade com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na
Avenida Brigadeiro Faria Lima nº 3.729, 7º andar (parte), inscrita no CNPJ sob o nº
35.756.022/0001-60, neste ato devidamente representada de acordo com seu estatuto
social (doravante simplesmente referida como “Braco”);
EMPRESA DE ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S.A., sociedade com sede na
Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima nº 3.729,
7º andar (parte), inscrita no CNPJ sob o nº 27.098.946/0001-99, neste ato devidamente
representada de acordo com seu estatuto social (doravante simplesmente referida como
“ECAP”);
e, na qualidade de intervenientes anuentes,
COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS – AMBEV, sociedade com sede na
Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Dr. Renato Paes de Barros nº 1017,
4º andar, Itaim Bibi, inscrita no CNPJ sob o nº 02.808.708/0001-07, neste ato
devidamente representada de acordo com seu estatuto social (doravante simplesmente
referida como “AmBev” ou “Companhia”);
JORGE PAULO LEMANN, brasileiro, casado, economista, residente e domiciliado na
Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, inscrito no CPF sob o nº 005.392.877-68 e
portador da carteira de identidade nº 1.566.020 expedida pelo IFP em 28.03.72
(doravante simplesmente referido como “JPL”);
MARCEL HERRMANN TELLES, brasileiro, casado, economista, residente e
domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, inscrito no CPF sob o nº
235.839.087-91 e portador da carteira de identidade nº 02.347.932-2 expedida pelo IFP
em 12.12.88 (doravante simplesmente referido como “MHT”); e
CARLOS ALBERTO DA VEIGA SICUPIRA, brasileiro, casado, administrador de
empresas, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo,
inscrito no CPF sob o nº 041.895.317-15 e portador da carteira de identidade nº
1.971.453 expedida pelo IFP em 15.09.64 (doravante simplesmente referido como
“CAS”);
e, ainda, como Interveniente Terceiro Beneficiário,
INTERBREW S.A., sociedade devidamente constituída e validamente existente de
acordo com as leis do Reino da Bélgica, neste ato representada na forma dos seus atos
constitutivos (doravante simplesmente referida como “Interbrew”);
Considerando que:
(i) FZ, Braco e ECAP (em conjunto referidas com as “Partes”) são
legítimas titulares e regulares possuidoras, em conjunto, de
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11.159.903.166 (onze bilhões, cento e cinqüenta e nove milhões,
novecentas e três mil, cento e sessenta e seis) ações ordinárias do
capital social total da Companhia;
(ii) FZ, Braco e ECAP, celebraram, em 1.7.99, com a intervenção de
JPL, MHT e CAS, um Acordo de Acionistas (doravante denominado
o “Acordo de Acionistas Original”);
(iii) desde a celebração do Acordo de Acionistas Original, o controle da
AmBev tem sido exercido de forma extremamente harmônica e
resultado em crescente desenvolvimento da Companhia e em
substanciais resultados para seus acionistas;
(iv) as Partes no Acordo de Acionistas Original, tendo em vista o sucesso
obtido com a implementação do mesmo, têm interesse em atualizar
determinadas disposições, bem como eliminar outras que a frutuosa
convivência de FZ e Braco demonstrou desnecessárias;
(v) existe relevante interesse de FZ em manter seu investimento na
AmBev e continuar compartilhando o controle com os Controladores
finais da Braco, bem como manter também e, se possível, aumentar o
fluxo de dividendos que servirá para a consecução de seus objetivos
institucionais permanentes; e
(vi) o acordo entre FZ, de um lado, e Braco e Ecap, de outra parte, no
sentido de ajustar o Acordo de Acionistas Original, visa a atender os
objetivos institucionais permanentes da FZ, através das seguintes
alterações, entre outras: (a) prorrogação do prazo do Acordo de
Acionistas Original; (b) eliminação das opções de compra e venda
recíprocas; (c) restrição à alienação das Ações das Acionistas, na
vigência do Acordo; (d) vinculação da vigência do Acordo de
Acionistas aos termos previstos no item 10.2.
Resolvem FZ, Braco e ECAP aditar o Acordo de Acionistas Original, para os fins e
efeitos do artigo 118 da Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976, na forma abaixo:
CLÁUSULA 1 – Termos e Definições do Acordo de Acionistas Original
1.1 Exceto se aqui expressamente definidos de forma distinta, aplicam-se ao
presente Primeiro Aditivo ao Acordo de Acionistas (o “Primeiro Aditivo”) as
definições e conceitos constantes da Cláusula I do Acordo de Acionistas Original.
CLÁUSULA 2 – Administração da Companhia
2.1 A Cláusula IV do Acordo de Acionistas Original (Eleição da
Administração da Companhia) passa a ter a seguinte redação:
CLÁUSULA IV - ELEIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA COMPANHIA
4.1 Os conselhos de administração da Companhia e das Controladas, quando
existente, serão, cada qual, compostos de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 15
(quinze) membros efetivos e igual número de suplentes, com mandato de 3 (três) anos,
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permitida a reeleição.
4.1.1 Cada uma das Acionistas poderá indicar até 2 (dois) observadores às
reuniões do Conselho de Administração da Companhia, sem direito a voto.
4.1.2 As Acionistas poderão, por consenso, determinar a criação de comitês
dentro do conselho de administração da Companhia, com o propósito de examinar
matérias específicas, cuja análise pressuponha conhecimentos técnicos peculiares de
seus integrantes. Ficam desde já constituídos o Comitê Financeiro e o Comitê de
Auditoria.
4.2 Independentemente da respectiva participação no capital votante, mas desde
que mantenha, no mínimo, o número de Ações do capital votante da Companhia de que
era titular em 01.07.99 (ajustado por bonificações, desdobramentos e grupamentos), FZ
terá o direito de indicar 4 (quatro) membros efetivos e respectivos suplentes para o
conselho de administração da Companhia e de cada uma das Controladas, neste caso
quando existente.
4.2.1 Braco e ECAP, conjuntamente, terão o direito de indicar membros efetivos,
e seus respectivos suplentes, para os conselhos de administração da Companhia e de
cada uma das Controladas, em número proporcional ao número de membros indicados
por FZ na forma do item 4.2 acima, tomando-se por base a relação entre, de um lado, a
participação de FZ e, de outro, as participações de Braco e ECAP no capital social da
Companhia, diante da soma dessas participações (arredondando-se para o número
inteiro imediatamente acima qualquer fração superior a 0,5 (meio)). Braco e ECAP
poderão eleger, entre os conselheiros cuja indicação lhe cabe na forma do item 4.2, um
membro efetivo e respectivo suplente, por indicação de Interbrew.
4.3 O conselho de administração da Companhia possuirá 2 (dois) co-presidentes
com idênticas prerrogativas e atribuições, cabendo, individualmente, à FZ, de um lado, e
a Braco e ECAP, de outro lado, indicar cada um dos co-presidentes do conselho de
administração da Companhia.
4.3.1 Nas deliberações do conselho de administração da Companhia não assistirá
a qualquer dos co-presidentes o voto de qualidade.
4.4 Cada uma das Acionistas terá o direito de requerer, a qualquer tempo, a
destituição de qualquer membro do conselho de administração da Companhia e/ou de
qualquer das Controladas que tenha sido por ela indicado, obrigando-se as Acionistas a
prontamente adotar ou, conforme for o caso, fazer com que os representantes da
Companhia adotem, todas as providências necessárias visando à destituição de tal
conselheiro.
4.5 Em caso de destituição, renúncia, substituição ou qualquer outro evento que
resulte na vacância do cargo de qualquer dos membros do conselho de administração da
Companhia ou de qualquer das Controladas, a Acionista que tiver indicado tal membro
terá o direito de indicar o respectivo substituto (ou um novo suplente, caso opte a
Acionista por confirmar o suplente originariamente indicado para o cargo vago),
obrigando-se as Acionistas a exercer seu direito de voto na assembléia de acionistas da
Companhia ou, conforme for o caso, a fazer com que os representantes da Companhia
exerçam seu direito de voto nas assembléias de acionistas das Controladas, de forma a
efetivar a eleição do membro indicado.
4.6 Nas deliberações relativas à eleição de membros de conselho de
administração, as Acionistas exercerão seu direito de voto nas assembléias de acionistas
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da Companhia, e adotarão as medidas necessárias para que os representantes da
Companhia exerçam seu direito de voto nas assembléias de acionistas das Controladas,
valendo-se de todas as ações que detenham, sempre com o objetivo de eleger o maior
número possível de conselheiros pelas Acionistas.
4.6.1 Em caso de instalação do processo de voto múltiplo, as Acionistas, em
Reunião Prévia a ser realizada nas 24 (vinte e quatro) horas que antecederem a
respectiva assembléia de acionistas da Companhia ou de qualquer das Controladas,
conforme o caso, deliberarão sobre a forma de utilização de seus votos de modo a
assegurar o cumprimento dos objetivos estabelecidos no item 4.6 acima e nos demais
itens desta Cláusula IV, sendo certo, no entanto, que nenhuma das Acionistas solicitará
a adoção do processo de voto múltiplo sem a prévia e expressa concordância da outra
Acionista.
4.6.2 A diretoria da Companhia será composta de um Diretor Geral, sendo os
demais Diretores sem designação específica, todos eleitos pelo conselho de
administração.
CLÁUSULA 3 – Exercício do Direito de Voto
3.1 A Cláusula V do Acordo de Acionistas Original (Reuniões Prévias e
Exercício do Direito de Voto) passa a ter a seguinte redação:
CLÁUSULA V – REUNIÕES PRÉVIAS E EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO
5.1 Ressalvadas as deliberações relativas à eleição de membros de conselho de
administração, com relação às quais aplicar-se-á o disposto na Cláusula IV acima, cada
uma das Acionistas exercerá seu direito de voto nas assembléias de acionistas da
Companhia, bem como fará com que seus representantes no conselho de administração
da Companhia e de cada uma das Controladas exerçam seus direitos de voto nos
respectivos órgãos corporativos, sempre de forma conjunta com a outra Acionista (ou,
conforme o caso, com os representantes da outra Acionista) e em consonância com o
disposto nesta Cláusula V.
5.2 Sempre que devidamente convocada nos termos desta Cláusula V, as
Acionistas realizarão, previamente a qualquer assembléia de acionistas da Companhia
e/ou de qualquer das Controladas, bem como a qualquer reunião do conselho de
administração da Companhia e/ou das Controladas, uma reunião (doravante
simplesmente referida como “Reunião Prévia”) com o objetivo de debater e estabelecer
a posição a ser uniformemente sustentada por ambas as Acionistas nas assembléias de
acionistas e/ou reuniões de conselho que tais Reuniões Prévias antecedam.
5.2.1 As Reuniões Prévias serão realizadas na sede da Companhia ou em outro
endereço a ser oportunamente definido, por consenso, entre as Acionistas.
5.2.2 Ressalvada a Reunião Prévia de que trata o item 4.6.1 acima, as Reuniões
Prévias serão realizadas, em primeira convocação, com uma antecedência mínima de 3
(três) dias da data da assembléia de acionistas ou da reunião do conselho de
administração na qual a decisão adotada na respectiva Reunião Prévia deva ser
manifestada.
5.2.3 As Reuniões Prévias poderão ser convocadas por qualquer das Acionistas ou
por qualquer representante das Acionistas no conselho de administração da Companhia
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e/ou de qualquer das Controladas, mediante comunicação à outra Acionista com
antecedência mínima de 4 (quatro) dias da data estabelecida para a sua realização. A
convocação terá forma escrita e informará a pauta de discussão para a Reunião Prévia a
que se referir e somente sobre a pauta constante da convocação poderá haver
deliberação.
5.2.4 Independentemente das disposições dos itens 5.2.1 a 5.2.3 acima, serão
reputadas como regularmente convocadas e realizadas as Reuniões Prévias que contem
com a presença de pelo menos 1 (um) representante de cada Acionista.
5.2.5 Na hipótese de qualquer das Acionistas deixar de comparecer a uma
Reunião Prévia regularmente convocada, será considerada automaticamente efetuada
uma segunda convocação para a referida Reunião Prévia que, neste caso, realizar-se-á
no mesmo local, 24 (vinte e quatro) horas após a data e hora constantes da primeira
convocação, ainda que não seja um dia útil.
5.2.6 As Reuniões Prévias realizar-se-ão, em primeira convocação, com a
presença das duas Acionistas e, em segunda convocação, com a presença de qualquer
delas.
5.3 As Acionistas neste ato obrigam-se a envidar seus melhores esforços para
definir nas Reuniões Prévias, sempre por consenso, a posição a ser adotada pelas
Acionistas na assembléia de acionistas ou reunião do conselho de administração
relacionada à respectiva Reunião Prévia. Não obstante, não sendo alcançado consenso, a
posição a ser adotada será definida pela Acionista que detiver o maior número de ações
com direito a voto de emissão da Companhia, desde que a matéria em discussão não
seja (i) a eleição de membros de conselho de administração, hipótese em que deverá ser
observado o procedimento descrito na Cláusula IV acima; ou (ii) qualquer das matérias
previstas no item 5.4. abaixo, hipótese em que a adoção de qualquer deliberação
dependerá de consenso das Acionistas.
5.4 As matérias a seguir discriminadas serão necessariamente submetidas à
aprovação da assembléia geral de acionistas e/ou das reuniões de conselho de
administração da Companhia e/ou das Controladas, conforme o caso, e somente serão
aprovadas nas Reuniões Prévias mediante o voto afirmativo de ambas as Acionistas:
(a) qualquer reforma do Estatuto Social da Companhia e/ou de qualquer
das Controladas a fim de alterar: (i) objeto social; (ii) prazo de
duração; e/ou (iii) composição, poderes e atribuições dos órgãos da
administração;
(b) aprovação do orçamento anual de investimento da Companhia e/ou
de qualquer das Controladas quando o valor dos investimentos
exceder 8,7% (oito virgula sete por cento) das vendas líquidas da
Companhia orçadas para o mesmo exercício social;
(c) nomeação, destituição ou substituição do Diretor Geral da
Companhia;
(d) aprovação ou alteração da política de remuneração do conselho de
administração e da diretoria da Companhia bem como das
Controladas;
(e) aprovação de Planos de Opção de Compra de Ações para os
administradores e empregados da Companhia e/ou das Controladas;
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(f) alteração da política estatutária de dividendos da Companhia e/ou de
qualquer das Controladas;
(g) aumentos de capital da Companhia e/ou de qualquer das
Controladas, com ou sem direito de preferência, por subscrição,
criação de uma nova classe de ações ou mudanças nas características
das ações existentes, bem como redução do capital, emissão de
debêntures, conversíveis ou não em ações, bônus de subscrição e
criação de partes beneficiárias pela Companhia e/ou por qualquer das
Controladas, exceto quando tais negócios jurídicos sejam realizados
entre a Companhia e suas Controladas ou entre Controladas;
(h) fusões, cisões, transformações, incorporações, aquisições e
desinvestimentos envolvendo a Companhia e/ou qualquer das
Controladas, neste último caso (x) quando envolver uma sociedade
que não seja Controlada, direta ou indiretamente, pela Companhia e
(y) desde que venha a resultar a redução dos dividendos médios
pagos pela Companhia nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores,
corrigidos pela variação do IGP-M calculado pela Fundação Getúlio
Vargas desde a data de cada pagamento;
(i) criação, aquisição, cessão, transferência, constituição de Gravame
e/ou Alienação, a qualquer título ou forma, de ações, quotas e/ou
quaisquer valores mobiliários de emissão de qualquer das
Controladas, exceto em favor da própria Companhia e/ou de outra
Controlada;
(j) contratação, pela Companhia e/ou por qualquer das Controladas, de
operação de endividamento que resulte em um índice
dívida/patrimônio líquido superior a 60/40;
(k) celebração, alteração, rescisão, renovação ou cancelamento de
quaisquer contratos, acordos ou similares envolvendo as marcas
registradas ou depositadas em nome da Companhia ou das
Controladas;
(l) concessão de empréstimos e prestação de garantias de qualquer
natureza pela Companhia e/ou por qualquer das Controladas, em
valor superior a 1% (hum por cento) do patrimônio líquido da
Companhia constante do último balanço auditado a quaisquer
terceiros, exceto em favor: (i) de empregados da Companhia e de
suas Controladas; (ii) das próprias Controladas;
(m) eleição de membros para os comitês do conselho de administração da
Companhia;
(n) cancelamento do registro de companhia aberta da Companhia e/ou
de qualquer das Controladas;
(o) pedido de concordata ou confissão de falência pela Companhia e/ou
por qualquer das Controladas;
(p) liquidação ou dissolução da Companhia e/ou de qualquer das
Controladas; e
(q) indicação dos auditores externos da Companhia e/ou de qualquer das
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Controladas.
5.4.1 Em razão do disposto no item 5.4 acima, fica desde já expressamente
pactuado que na hipótese de as Acionistas, em Reunião Prévia, não lograrem alcançar
consenso com relação à posição a ser adotada para a deliberação de qualquer das
matérias acima, obrigam-se, desde já, a exercer ou a fazer com que seja exercido o seu
direito de voto de modo a não aprovar a matéria objeto da assembléia geral ou reunião
de conselho de administração então convocada.
5.5 De cada Reunião Prévia será lavrada ata, a ser assinada pelas Acionistas
presentes, consubstanciando o resumo das deliberações tomadas e fixando a orientação
prevalecente, que será observada por ambas as Acionistas.
5.5.1 Cada uma das Acionistas se obriga a exercer seu direito de voto nas
assembléias de acionistas da Companhia, bem como a fazer com que seus representantes
no conselho de administração da Companhia e de cada uma das Controladas exerçam
seus respectivos direitos de voto em tais órgãos corporativos, sempre em consonância
com a orientação prevalecente sobre a respectiva matéria, aprovada na Reunião Prévia
eventualmente convocada, e, neste caso, em bloco único com a outra Acionista.
5.5.2 A Acionista que tiver eventualmente deixado de comparecer a qualquer Reunião
Prévia devidamente convocada e realizada na forma da presente Cláusula V
permanecerá obrigada a exercer seu direito de voto nas assembléias de acionistas da
Companhia, bem como a fazer com que seus representantes no conselho de
administração da Companhia e de cada uma das Controladas exerçam seus respectivos
direitos de voto em tais órgãos corporativos, sempre em consonância com a orientação
prevalecente sobre a respectiva matéria eventualmente aprovada na Reunião Prévia
correspondente.
5.5.3 Caso o representante de qualquer das Acionistas deixe de comparecer, às
reuniões do conselho de administração da Companhia e/ou de qualquer das Controladas,
ou de nelas manifestar seu voto em consonância com a orientação prevalecente sobre a
respectiva matéria aprovada na Reunião Prévia correspondente (inclusive mediante
abstenção), a parte prejudicada poderá votar com as ações pertencentes à Acionista
ausente ou omissa (por abstenção ou outro motivo) e, no caso de membro do conselho
de administração ausente ou omisso (por abstenção ou outro motivo) , tal direito de voto
será exercido por qualquer conselheiro eleito pela outra Acionista.
5.6 Pelo presente Acordo, as Acionistas reciprocamente se outorgam poderes
irrevogáveis e irretratáveis para representação uma da outra para que, em caso de
ausência de uma das Acionistas em qualquer assembléia de acionistas da Companhia, a
Acionista presente represente a Acionista ausente, na forma do artigo 126, § 1º, da Lei
das Sociedades por Ações, manifestando o voto estritamente nos termos da ata de
Reunião Prévia correspondente.
5.6.1 O mandato referido no item 5.6 acima terá, na forma do § 7º do art. 118 da
Lei nº 6.404/76, na redação que lhe deu a Lei nº 10.303/01, prazo de validade idêntico
ao deste Acordo.
5.6.2 Como alternativa, as Acionistas poderão nomear, por meio de instrumento
particular de mandato, um síndico do acordo de voto objeto deste Acordo, com a função
específica de:
(a) zelar pelo devido cumprimento de seu mandato;
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(b) informar as Acionistas das deliberações a serem tomadas em
assembléias de acionistas da Companhia e das Controladas,
consoante com a posição adotada nas Reuniões Prévias
correspondentes; e
(c) sempre que necessário, agir como representante único das Acionistas
nas assembléias de acionistas da Companhia e das Controladas.
5.6.3 Qualquer voto manifestado em assembléia de acionistas ou reunião do
Conselho de Administração da Companhia contrário às disposições de qualquer dos
itens deste Acordo será considerado inválido e ineficaz, incumbindo ao presidente da
assembléia ou da reunião do Conselho de Administração, conforme o caso, deixar de
computar o voto proferido com infração a tais disposições.
5.7 Não obstante as demais disposições desta Cláusula V, as deliberações em
Reunião Prévia não obrigarão o voto das Acionistas, ou dos membros por elas indicados
para o conselho de administração da Companhia e de qualquer das Controladas, nas
matérias relativas a:
(a) tomada das contas dos administradores da Companhia e de qualquer
das Controladas;
(b) exame, discussão e deliberação sobre o relatório da administração e
as demonstrações financeiras da Companhia e de qualquer das
Controladas;
(c) casos tipificados como exercício abusivo de poder, previstos no
artigo 117, §1º, da Lei das Sociedades por Ações; e
(d) práticas inerentes ao dever de diligência e lealdade e demais deveres
dos administradores, fixados nos artigos 153 a 158 da Lei das
Sociedades por Ações.
5.8 O Plano Qüinqüenal Estratégico da Companhia será objeto de consultas
mútuas entre a FZ e a Braco.
5.9 FZ obriga-se, tendo em vista o fato de as alterações do Acordo haverem sido
estabelecidas contemplando a Reestruturação 2004, definida no item 6.4.(e), a (x) fazer
com que os conselheiros da AmBev por ela indicados votem a favor das resoluções
societárias a ela relacionadas ou dela decorrentes, no conselho de administração e na
assembléia geral, necessárias para a implementação da mesma Reestruturação 2004,
bem como a (y) votar a favor da mesma Reestruturação 2004 (e das mesmas resoluções
societárias antes referidas) na assembléia geral da AmBev. Obriga-se mais a fazer com
que os representantes de FZ no Conselho de Administração e nas assembléias gerais
extraordinárias da Companhia, bem como em eventuais reuniões prévias porventura
necessárias no âmbito deste Acordo, apreciem e votem sem ressalvas em favor da
proposta de Incorporação cujas condições gerais constam da minuta do Incorporação
Agreement submetida ao conselho de administração da Companhia em 1º e 2 de março
de 2004.
CLÁUSULA 4 – Restrições à Transferência das Ações
4.1 A Cláusula VI do Acordo de Acionistas Original (Transferência de Ações)
passa a ter a seguinte redação:
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CLÁUSULA VI - TRANSFERÊNCIA DE AÇÕES
6.1 De forma reconhecida pelas Acionistas ser totalmente compatível com o
disposto com seus objetivos de investimento e, no caso da FZ, também com seus
objetivos institucionais permanentes, que visam à sua respectiva participação no capital
da Companhia, FZ, Braco e Ecap se obrigam (i) a não Alienar, direta ou indiretamente,
suas Ações, em negociações privadas, em bolsa de valores ou mercado de balcão,
inclusive em função de ofertas públicas, voluntárias ou obrigatórias, ressalvado o
disposto nesta Cláusula VI, durante a vigência deste Acordo de Acionistas, bem como
(ii) a não constituir qualquer tipo de Gravame sobre suas Ações, em ambos os casos sem
o prévio consentimento, por escrito, da outra Acionista.
6.2 Na hipótese de as Ações de propriedade de qualquer das Acionistas virem a
ser objeto de arresto, seqüestro, penhora judicial ou qualquer outra medida constritiva, e
não sendo tal constrição sobre as Ações levantada dentro de 30 (trinta) dias contados da
efetivação da medida constritiva, tal fato deverá ser comunicado pela Acionista titular
das Ações objeto da medida constritiva à outra Acionista por meio de notificação, com
cópia para os dois co-presidentes do conselho de administração da Companhia, sendo tal
notificação considerada como uma oferta de venda das Ações objeto da constrição à
outra Acionista. Para os efeitos deste item, independentemente da notificação acima
referida, será igualmente considerada como oferta de venda das Ações objeto da medida
constritiva, a ciência da referida medida constritiva pela outra Acionista, sendo
considerada efetiva tal oferta 30 (trinta) dias após a efetivação da medida constritiva,
desde que as Ações não tenham sido liberadas de tal medida constritiva até tal data. Para
o caso de oferta de venda, nos termos deste item, o preço das Ações objeto da medida
constritiva deverá ser o Preço Estipulado e a Acionista que aceitar a oferta poderá pagar
tal preço em juízo para adquirir tais Ações. O valor que eventualmente sobejar, se
houver, será pago à Acionista cujas Ações tiverem sido objeto da constrição. No
entanto, caso as obrigações asseguradas pela constrição judicial excedam o Preço
Estipulado na forma do item 11.4, a Acionista cujas Ações tiverem sido objeto da
constrição será tida como responsável, perante a outra Acionista, pela diferença do
montante que a outra Acionista porventura tenha que depositar para adquirir as Ações.
O não reembolso de tal diferença dentro de 5 (cinco) dias sujeitará a Acionista cujas
Ações tiverem sido objeto da constrição à execução fundada em título extrajudicial.
6.3 Obrigam-se as Acionistas a exercer o direito de subscrição decorrente das
Ações de que forem titulares ou a alienar tal direito de subscrição à outra Acionista,
pelo valor de mercado, na forma abaixo:
(a) cada Acionista deverá confirmar à outra Acionista, por meio de
notificação com cópia aos co-presidentes do conselho de
administração da Companhia, que pretende exercer o direito de
preferência para a subscrição de novas ações a serem emitidas pela
Companhia no prazo de 10 (dez) dias a contar do termo inicial do
prazo de decadência fixado para o exercício desse direito;
(b) decorrido o prazo estabelecido na letra (a) deste item 6.3 sem que
haja manifestação positiva de uma das Acionistas, a outra Acionista
poderá, nos 10 (dez) dias subseqüentes, manifestar, também por
escrito, sua intenção de subscrever as novas ações que não serão
subscritas pela Acionista silente, depositando o valor referido no
item 6.3 na sede da Companhia; e
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(c) decorrido o prazo de 10 (dez) dias estabelecido para a manifestação
da outra Acionista na forma da letra (b) deste item 6.3, sem que a
referida Acionista tenha se manifestado, poderá a Acionista titular do
direito de subscrição Alienar tal direito a terceiros.
6.4 A obrigação de não Alienar as Ações estabelecida nesta Cláusula VI, não se
aplicará:
(a) à Alienação fiduciária de l (uma) Ação por qualquer das Acionistas
aos membros do conselho de administração da Companhia que
indicarem; ou
(b) à Alienação de Ações por qualquer das Acionistas a qualquer pessoa
que (i) exerça o Controle Societário sobre tal Acionista; (ii) se
encontre sob o Controle Societário de tal Acionista; ou (iii) esteja
sob o mesmo Controle Societário de tal Acionista; ou
(c) à Alienação de Ações de qualquer Acionista causa mortis; ou
(d) à eventual transferência de Ações entre os Controladores Braco e/ou
entre sociedades cujo Controle Societário seja exercido pelos
Controladores Braco; ou
(e) à Alienação indireta de Ações dos Controladores Braco, através da
Alienação de Ações de Braco ou da ECAP, diretamente ou através
de sociedades de controle comum (direto ou indireto) dos
Controladores Braco ou controladas por cada um deles, seja (i) entre
si ou (ii) para a Interbrew ou para sociedades ou fundações
(stichting) controladoras da Interbrew (a “Reestruturação 2004”),
caso em que as mesmas serão consideradas “Controladores Braco”
para os efeitos deste Acordo.
6.4.1 Observado o disposto no item 6.4.2 abaixo, as Ações que vierem a ser
objeto de Alienação por qualquer das Acionistas nas hipóteses estabelecidas nas letras
(a) a (e) do item 6.4 acima permanecerão inteiramente vinculadas a este Acordo, que
será estendido ao adquirente das respectivas Ações (doravante referido simplesmente
como “Adquirente”) em todos seus direitos e obrigações, inclusive o prazo de 20 (vinte)
anos estabelecido no item 10.1 abaixo.
6.4.2 Constituirá condição suspensiva para a eficácia da respectiva Alienação de
Ações nas hipóteses previstas nas letras (a), (b), (d) e (e) do item 6.4 acima a prévia
assinatura, pelo o respectivo Adquirente, de instrumento pelo qual adira ao presente
Acordo, obrigando-se, irrevogável e irretratavelmente, a respeitar incondicionalmente
todos os seus termos e disposições. Na hipótese de Alienação de Ações prevista na letra
(c) do item 6.4 acima, considerar-se-á automaticamente verificada a adesão ao presente
Acordo, pelo sucessor.
6.4.3 Caso qualquer das Acionistas venha a Alienar suas Ações de acordo com o
previsto nas letras (a), (b), (c), (d) ou (e) do item 6.4 para mais de um Adquirente, tais
Adquirentes serão todos tratados (conjuntamente com a Acionista alienante, caso ainda
permaneça tal Acionista como titular de parte das Ações) como uma só parte para os
efeitos deste Acordo, hipótese em que o termo “Acionista”, definido na letra (b) do item
1.1 acima, passará a significar todos os Adquirentes conjuntamente (e, também, a
Acionista alienante, caso ainda se mantenha como titular de parte das Ações).
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6.4.4 Na hipótese das letras (b), (c), (d) e (e) do item 6.4 acima, caso a Acionista
alienante deixe de manter qualquer participação no capital votante da Companhia, os
Adquirentes indicarão, por meio de notificação à outra Acionista com cópia para os dois
co-presidentes do conselho de administração da Companhia a ser realizada no prazo
máximo de 5 (cinco) dias a contar da data em que a Acionista alienante tiver deixado de
manter Ações na Companhia, o nome e endereço do Adquirente que individualmente
representará todos os demais Adquirentes perante a outra Acionista com relação a toda e
qualquer questão relacionada a este Acordo, incluindo — mas não se limitando a —
citações e notificações, tanto judiciais como extrajudiciais, de qualquer forma
relacionadas à qualidade dos Adquirentes de acionistas da Companhia.
6.4.5 Em caso de (i) venda de Ações entre os Controladores Braco; ou (ii) divisão,
entre os Controladores Braco (e/ou seus sucessores), por cisão ou qualquer outra forma
de reorganização societária, das participações acionárias detidas pelos mesmos, direta
ou indiretamente, em Braco e/ou na ECAP; aplicar-se-á o disposto nos itens 6.4. a 6.4.4,
sendo tratados os Controladores Braco (e/ou seus sucessores) como Adquirentes das
Ações.
6.5 Qualquer Alienação de Ações, direito de subscrição de ações ou
constituição de qualquer Gravame inconsistente com as disposições desta Cláusula VI
não será válida, ficando vedado aos administradores da Companhia efetuar os
lançamentos nos livros societários correspondentes, sob pena de sua responsabilidade
pessoal.
CLÁUSULA 5 – Opção de Compra e Venda
5.1 Fica revogada a Cláusula VII (Opção de Compra ou Venda) do Acordo de
Acionistas Original.
CLÁUSULA 6 – Partes Intervenientes
6.1 A Cláusula VIII do Acordo de Acionistas Original (Partes Intervenientes)
passa a ter a seguinte redação:
CLÁUSULA VIII - PARTES INTERVENIENTES
8.1 A Companhia firma este Acordo na qualidade de interveniente, neste ato
tomando ciência de todos os seus termos e se obrigando a cumprir todas as suas
disposições e, em particular, arquivá-lo conforme o disposto no artigo 118 da Lei das
Sociedades por Ações.
8.2 A Companhia somente estará obrigada a observar eventuais alterações nos
termos deste Acordo que tenham sido estabelecidas por instrumento escrito, firmado por
ambas as Acionistas e pela própria Companhia, na qualidade de interveniente.
8.3 A Companhia se obriga a comunicar imediatamente às Acionistas qualquer
ato, fato ou omissão que possa constituir uma violação deste Acordo, bem como a tomar
qualquer providência que possa vir a ser exigida por legislação posterior como condição
para a manutenção da validade e eficácia deste Acordo.
8.4 Os Controladores Braco firmam o presente Acordo na qualidade de
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intervenientes, neste ato tomando ciência de todos os seus termos e obrigando-se,
irrevogável e irretratavelmente, a observar e cumprir todas as suas disposições, em
especial aquelas referentes ao direto de preferência para a aquisição direta ou indireta de
Ações.
8.5 As Partes reconhecem que as disposições constantes deste Acordo
representam estipulações a favor de terceiro, no tocante à Interbrew, nos termos do art.
436 do C. Civil Brasileiro, renunciando as mesmas Partes ao direito de inovar a
estipulação em detrimento desse terceiro beneficiário, sem a sua respectiva anuência
prévia, por escrito. Concedem, ainda, as Partes, à Interbrew, o direito de pleitear o
cumprimento da obrigação conforme o art. 437 do mesmo C. Civil.
8.6 Interbrew, a seu turno, intervém para reconhecer a validade do presente
Acordo e das disposições dele constante, obrigando-se a respeitá-las, por Si e Afiliadas,
e respectivos sucessores.
CLÁUSULA 7 – Notificações
7.1 A Cláusula IX do Acordo de Acionistas Original (Notificações) passa a ter
a seguinte redação, por força da alteração de endereços das partes:
CLÁUSULA IX - NOTIFICAÇÕES
9.1 Qualquer comunicação, notificação e/ou aviso a ser realizado em conexão
com as disposições deste Acordo deverá ser obrigatoriamente por escrito e destinado
aos endereços abaixo indicados, sendo considerado devidamente efetuado (i) 48
(quarenta e oito) horas após o despacho, se enviado por serviço de malote especial com
confirmação de recebimento; (ii) 24 (vinte e quatro) horas após a transmissão por
facsímile, desde que haja expressa confirmação de recebimento; ou (iii) na data
constante da confirmação de entrega, no caso de carta registrada:
(a) se dirigida à FZ, para:
Av. Brigadeiro Faria Lima nº 3900, 11º andar
São Paulo – SP
CEP 04538-132
fax: (011) 3708-0110
At.: Sr. Victorio De Marchi
(b) se dirigida à Braco e/ou à ECAP, para:
Av. Brigadeiro Faria Lima nº 3729, 7º andar
São Paulo – SP
CEP 04538-905
fax: (011) 3049-5577
At.: Marcel Herrmann Telles
(c) se dirigida à Companhia, para:
Rua Dr. Renato Paes de Barros nº 1017, 4º andar
São Paulo – SP
CEP 04530-001
fax: (11) 2122 1523
At.: Luiz Felipe Dutra Leite
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(d) se dirigida aos Controladores Braco, para:
Av. Brigadeiro Faria Lima nº 3729, 7º andar
São Paulo – SP
CEP 04.538-905
fax: (011) 3049-5577
At.: Marcel Herrmann Telles
(e) se dirigida à Interbrew, para:
Vaartstraat 94
B-3000 Leuven
Bélgica
fax: 32 16 31 54 46
At: Corporate Secretary
9.2 Qualquer das partes poderá alterar o endereço para notificações constante do
item 9.1 acima, desde que notifique as demais partes, informando tal alteração de
endereço, de acordo com as disposições desta Cláusula IX.
CLÁUSULA 8 – Vigência
8.1 A Cláusula X do Acordo de Acionistas Original (Vigência) passa a ter a
seguinte redação:
CLÁUSULA X - VIGÊNCIA
10.1 Este Acordo entrará em vigor no ato de sua assinatura e vigerá até 1º de
julho de 2019, ressalvado o disposto no item 10.2, sendo prorrogado automaticamente
por períodos sucessivos de 10 (dez) anos, desde que nenhuma das Acionistas o tenha
denunciado expressamente com antecedência mínima de 180 (cento e oitenta) dias para
o final do prazo de 10 (dez) anos, ou suas respectivas prorrogações, conforme o caso.
10.2 Braco e Ecap terão a opção unilateral de rescindir antecipadamente o
Acordo de Acionistas se o procedimento estatutário atual de eleição dos membros do
Conselho Orientador da FZ for alterado ou deixar de ser seguido por qualquer outro
motivo exceto a mudança da regulamentação legal aplicável às fundações de direito
privado.
CLÁUSULA 9 – Execução Específica
9.1 A Cláusula XI do Acordo de Acionistas Original (Execução Específica)
passa a ter a seguinte redação:
CLÁUSULA XI - EXECUÇÃO ESPECÍFICA
11.1 As Acionistas reconhecem e declaram que o mero pagamento de perdas e
danos não constituirá compensação adequada para eventual inadimplência de qualquer
obrigação aqui assumida.
11.2 As disposições deste Acordo estarão sujeitas a execução específica, nos
termos do artigo 118, § 3°, da Lei das Sociedades por Ações, reconhecendo as
Acionistas que este instrumento constitui título executivo extrajudicial para o
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cumprimento de todos os fins dos artigos 461, 462, 639 e seguintes do Código de
Processo Civil.
11.3 As Acionistas não renunciam, mas, pelo contrário, podem recorrer a
qualquer ação ou medida legal (incluindo a cobrança de perdas e danos) às quais
poderão fazer jus nos termos da lei, obrigando-se expressamente a aceitar sanções,
ordens judiciais e outras ações de tal natureza, que visem proibir ou prevenir a violação
deste Acordo.
11.4 Sem prejuízo do disposto nos demais itens desta Cláusula e no item 6.1, fica
estabelecido que qualquer iniciativa no sentido de violar, direta ou indiretamente, por
ação ou omissão, a obrigação bilateral assumida pelas Acionistas de não Alienar as
Ações (ou de sobre elas criar Gravame), ainda que tal obrigação seja declarada inválida,
dará à Acionista inocente a opção (não revogável pela desistência da Acionista
infratora) de, ao invés de declarar a nulidade ou ineficácia da operação, exercer o direito
de preferência sobre as Ações oferecidas à Alienação, pelo preço de mercado das
mesmas Ações (ajustado na forma do item 11.4.1), definido como o preço médio
ponderado de cotação das mesmas nos últimos 20 pregões imediatamente anteriores à
data em que as ações tiverem sido oferecidas à Alienação, na bolsa onde forem mais
negociadas (sendo certo que, na falta de negociação de tais ações em pelo menos metade
desses pregões, o prazo será ampliado para 40 pregões; prevalecendo ainda a falta de
negócios em metade ou mais desses pregões, será sucessivamente (x) adotado o preço
médio ponderado das ações preferenciais da Companhia na mesma bolsa, nos mesmos
20 ou 40 pregões, conforme haja ou não tal negociação em mais de metade dos pregões
ou (y) adotado o preço médio ponderado das Ações ou das ações preferenciais da
Companhia em outra bolsa de valores, nos mesmos períodos de apuração).
11.4.1 O preço de mercado apurado na forma do item 11.4 será multiplicado por
0,9 (nove décimos), a título de cláusula penal meramente moratória.
11.4.2 Para esse efeito, deverá a administração da Companhia, sem prejuízo de sua
obrigação de não registrar a Alienação pretendida (ou consumada) em violação ao
disposto neste Acordo, dar notícia à outra Acionista.
11.4.3 O preço de mercado definido na forma do item 11.4 corresponderá ao Preço
Estipulado para os fins do item 6.2 supra.
CLÁUSULA 10 – Confirmação das demais disposições e Consolidação
10.1 Permanecem em pleno vigor as demais disposições do Acordo de
Acionistas Original, que é consolidado e firmado pelas partes na forma do Anexo I.
CLÁUSULA 11 – Estatuto social da Companhia
11.1 O dividendo mínimo obrigatório previsto no estatuto social da Companhia
será aumentado para 35% (trinta e cinco por cento), mantida a mesma regra atual
sobre a estabilidade desse percentual durante o prazo de 30 anos, obrigando-se as
partes a proceder a tal alteração na primeira assembléia geral que vier a se realizar.
Estando, assim, justas e contratadas, as Acionistas celebram este instrumento em 5
(cinco) vias de igual forma e teor.
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[página de assinaturas do Primeiro Aditivo ao Acordo de Acionistas da Companhia de Bebidas das
Américas – AMBEV firmado na data abaixo]
São Paulo, 2 de março de 2004
Fundação Antonio e Helena Zerrenner
Instituição Nacional de Beneficência
Braco S.A.
Empresa de Administração e Participações S.A.
Companhia de Bebidas das Américas - Ambev
Jorge Paulo Lemann
Marcel Herrmann Telles
Carlos Alberto da Veiga Sicupira
Interbrew S.A.
Testemunhas:
1. ______________________ 2. _______________________
Nome: Nome:
CPF: CPF:
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ANEXO I
Consolidação do Acordo de Acionistas da Companhia de Bebidas das Américas – AMBEV
(vide documento anexo contendo 17 páginas)
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ACORDO DE ACIONISTAS DA
COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS - AMBEV
FUNDAÇÃO ANTONIO E HELENA ZERRENNER INSTITUIÇÃO NACIONAL DE
BENEFICÊNCIA, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, Avenida
Brigadeiro Faria Lima nº 3900, 11º andar, inscrita no CNPJ sob o nº 60.480.480/0001-
67, neste ato devidamente representada de acordo com seu estatuto social (doravante
simplesmente referida como “FZ”);
BRACO S.A., sociedade com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na
Avenida Brigadeiro Faria Lima nº 3.729, 7º andar (parte), inscrita no CNPJ sob o nº
35.756.022/0001-60, neste ato devidamente representada de acordo com seu estatuto
social (doravante simplesmente referida como “Braco”);
EMPRESA DE ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S.A., sociedade com sede na
Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima nº 3.729,
7º andar (parte), inscrita no CNPJ sob o nº 27.098.946/0001-99, neste ato devidamente
representada de acordo com seu estatuto social (doravante simplesmente referida como
“ECAP e, em conjunto com FZ e Braco, como partes”);
e, na qualidade de intervenientes anuentes,
COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS – AMBEV, sociedade com sede na
Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, Rua Dr. Renato Paes de Barros nº 1.017, 4º
andar, Itaim Bibi, inscrita no CNPJ sob o nº 02.808.708/0001-07, neste ato devidamente
representada de acordo com seu estatuto social (doravante simplesmente referida como
“AmBev” ou “Companhia”);
JORGE PAULO LEMANN, brasileiro, casado, economista, residente e domiciliado na
Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, inscrito no CPF sob o nº 005.392.877-68 e
portador da carteira de identidade nº 1.566.020 expedida pelo IFP em 28.03.72
(doravante simplesmente referido como “JPL”);
MARCEL HERRMANN TELLES, brasileiro, casado, economista, residente e
domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, inscrito no CPF sob o nº
235.839.087-91 e portador da carteira de identidade nº 02.347.932-2 expedida pelo IFP
em 12.12.88 (doravante simplesmente referido como “MHT”); e
CARLOS ALBERTO DA VEIGA SICUPIRA, brasileiro, casado, administrador de
empresas, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo,
inscrito no CPF sob o nº 041.895.317-15 e portador da carteira de identidade nº
1.971.453 expedida pelo IFP em 15.09.64 (doravante simplesmente referido como
“CAS”);
e, ainda, como Interveniente Terceiro Beneficiário,
INTERBREW S.A., sociedade devidamente constituída e validamente existente de
acordo com as leis do Reino da Bélgica, neste ato representada na forma dos seus atos
constitutivos (doravante simplesmente referida como “Interbrew”);
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Considerando que as partes identificadas no preâmbulo celebraram, em 2 de março de
2004, o Primeiro Aditivo ao Acordo de Acionistas da Companhia, resolvem FZ, Braco e
ECAP, consolidar o Acordo de Acionistas da Companhia celebrado em 1.7.99, o qual
passa a vigorar com a seguinte e nova redação:
CLÁUSULA I - DEFINIÇÕES
1.1 Salvo se grafadas apenas em letras minúsculas, as expressões abaixo, no
singular ou plural, terão o significado que lhes é dado a seguir:
(a) “Ações” são (i) todas as ações ordinárias de emissão da Companhia detidas
atualmente pelas Acionistas; bem como (ii) quaisquer outras ações
ordinárias de emissão da Companhia que venham a ser detidas por
qualquer das Acionistas por qualquer motivo, incluindo — mas não se
limitando a — compra, subscrição, desdobramentos, distribuição de
bonificações e capitalização de lucros ou outras reservas; (iii) ações
ordinárias de emissão da Companhia que sejam subscritas em qualquer
aumento de capital; (iv) ações ordinárias recebidas por qualquer das
Acionistas como resultado de fusões e incorporações envolvendo a
Companhia; (v) o direito de subscrever novas ações ordinárias e os valores
mobiliários que assegurem tal direito ou que sejam conversíveis em ações
ordinárias; e (vi) outras ações às quais venha a ser atribuído direito de voto
por força de dispositivo legal e/ou estatutário;
(b) “Acionista” é (i) individualmente FZ ou; (ii) conjuntamente Braco e
ECAP;
(c) “Acordo” é o presente Acordo de Acionistas;
(d) “Adquirente” tem o significado que lhe é atribuído no item 6.4.1
abaixo;
(e) “Alienar” é o ato de vender, ceder, incorporar ao capital de outra
companhia e/ou qualquer outro ato que resulte na transferência ou
disposição de qualquer Ação, entendendo-se “Alienação” como o
efeito de qualquer de tais atos;
(f) “Controlada” é qualquer sociedade que se encontre sob o Controle
Societário da Companhia, incluindo — mas não se limitando a —
Antarctica e Brahma;
(g) “Controlador Braco” é JPL, MHT ou CAS, indistintamente;
(h) “Controle Societário” significa participação societária direta ou
indireta superior a 50% (cinqüenta por cento) do capital votante, que
assegure a maioria dos votos nas deliberações da assembléia geral e
o poder de eleger a maioria dos administradores da entidade
controlada;
(i) “Gravame” é a denominação genérica de qualquer tipo de encargo,
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ônus, dívida ou gravame, independentemente de título e/ou natureza,
incluindo — mas não limitado a — penhor, caução, usufruto e
alienação fiduciária;
(j) “IGP-M” é o Índice Geral de Preços do Mercado, divulgado pela
Fundação Getúlio Vargas;
(k) “Lei das Sociedades por Ações” é a Lei nº 6.404/76 com suas
respectivas alterações;
(l) “Plano Qüinqüenal Estratégico” é o plano aprovado pelo Conselho
de Administração da Companhia definindo as atividades estratégicas
da Companhia e o seu plano de desenvolvimento nos 5 (cinco) anos
seguintes;
(m) “Preço Estipulado” é o menor entre (i) o valor patrimonial das
Ações, conforme determinado no último balanço auditado, corrigido
tal valor pela variação do IGP-M ou índice que venha a substituí-lo,
da data do referido balanço auditado até a data do requerimento para
levantamento da medida constritiva referida no item 6.2 abaixo; e (ii)
o valor de cotação das Ações em bolsa de valores, considerada a
média ponderada dos 20 (vinte) pregões que antecederem a data do
requerimento para levantamento da medida constritiva referida no
item 6.2, nos quais tenha havido negociação com as Ações;
(n) “Reestruturação 2004” tem o significado que lhe é atribuído no item
6.4(e); e
(o) “Reunião Prévia” tem o significado que lhe é atribuído no item 5.2
abaixo.
CLÁUSULA II – PRINCÍPIOS BÁSICOS
2.1 As Acionistas convencionam que os seguintes princípios básicos deverão
orientar sua atuação como acionistas da Companhia, bem como a atuação da Companhia
como acionista das Controladas, naquilo em que aplicável:
(a) o controle acionário, representado pela soma das Ações, será
exercido de forma compartilhada durante a vigência do presente
Acordo no tocante àquelas matérias cuja deliberação está sujeita a
quorum qualificado, observados os direitos atribuídos a cada uma
das Acionistas, isoladamente, nos termos do presente Acordo;
(b) as decisões estratégicas referentes às Controladas deverão ter sempre
como objetivos básicos a manutenção e o crescimento da atividade
de indústria de bebidas das Controladas, com a expansão de sua
atuação em mercados internacionais;
(c) a gestão dos negócios da Companhia e das Controladas será exercida
por profissionais experientes, independentes e capacitados, que
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atendam às qualificações necessárias para os cargos por eles
ocupados; e
(d) cada Acionista adotará todas as medidas necessárias para que sejam
realizadas as Reuniões Prévias em tempo hábil, abstendo-se de
praticar atos que, de qualquer modo, impeçam, posterguem ou
dificultem a realização das ditas Reuniões Prévias.
2.2 Cada uma das Acionistas se obriga a exercer seu direito de voto nas
assembléias de acionistas da Companhia, bem como a fazer com que seus representantes
nos conselhos de administração da Companhia e das Controladas atuem e votem em tais
órgãos corporativos, sempre de forma a assegurar a observância dos princípios básicos
estabelecidos no item 2.1 e o cumprimento de todos os demais termos deste Acordo,
vedada a prática de qualquer ato que não esteja em total conformidade com este Acordo.
CLÁUSULA III - CAPITAL SOCIAL E RESPECTIVAS PARTICIPAÇÕES DAS
ACIONISTAS
3.1 O Capital Social é de R$3.124.058.673,54 (três bilhões, cento e vinte e
quatro milhões, cinqüenta e oito mil, seiscentos e setenta e três reais e cinqüenta e
quatro centavos), dividido em 15.735.878.391 (quinze bilhões, setecentos e trinta e
cinco milhões, oitocentos e setenta e oito mil, trezentas e noventa e uma) ações
ordinárias e 22.801.455.371 (vinte e dois bilhões, oitocentos e um milhões, quatrocentos
e cinqüenta e cinco mil, trezentas e setenta e uma) ações preferenciais, todas sem valor
nominal.
3.2 As Ações encontram-se distribuídas entre as Acionistas da seguinte forma:
Acionista % de Ações Ordinárias
Nº de Ações Ordinárias
FZ 24,11% 3.794.204.726
Braco 21,14% 3.326.130.215
ECAP 25,67% 4.039.568.225
Total 70,92% 11.159.903.166
CLÁUSULA IV - ELEIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA COMPANHIA
4.1 Os conselhos de administração da Companhia e das Controladas, quando
existente, serão, cada qual, compostos de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 15
(quinze) membros efetivos e igual número de suplentes, com mandato de 3 (três) anos,
permitida a reeleição.
4.1.1 Cada uma das Acionistas poderá indicar até 2 (dois) observadores às
reuniões do Conselho de Administração da Companhia, sem direito a voto.
4.1.2 As Acionistas poderão, por consenso, determinar a criação de comitês
dentro do conselho de administração da Companhia, com o propósito de examinar
matérias específicas, cuja análise pressuponha conhecimentos técnicos peculiares de
seus integrantes. Ficam desde já constituídos o Comitê Financeiro e o Comitê de
Auditoria.
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4.2 Independentemente da respectiva participação no capital votante, mas desde
que mantenha, no mínimo, o número de Ações do capital votante da Companhia de que
era titular em 01.07.99 (ajustado por bonificações, desdobramentos e grupamentos), FZ
terá o direito de indicar 4 (quatro) membros efetivos e respectivos suplentes para o
conselho de administração da Companhia e de cada uma das Controladas, neste caso
quando existente.
4.2.1 Braco e ECAP, conjuntamente, terão o direito de indicar membros efetivos,
e seus respectivos suplentes, para os conselhos de administração da Companhia e de
cada uma das Controladas, em número proporcional ao número de membros indicados
por FZ na forma do item 4.2 acima, tomando-se por base a relação entre, de um lado, a
participação de FZ e, de outro, as participações de Braco e ECAP no capital social da
Companhia, diante da soma dessas participações (arredondando-se para o número
inteiro imediatamente acima qualquer fração superior a 0,5 (meio)). Braco e ECAP
poderão eleger, entre os conselheiros cuja indicação lhe cabe na forma do item 4.2, um
membro efetivo e respectivo suplente, por indicação de Interbrew.
4.3 O conselho de administração da Companhia possuirá 2 (dois) co-presidentes
com idênticas prerrogativas e atribuições, cabendo, individualmente, à FZ, de um lado, e
a Braco e ECAP, de outro lado, indicar cada um dos co-presidentes do conselho de
administração da Companhia.
4.3.1 Nas deliberações dos conselho de administração da Companhia não assistirá
a qualquer dos co-presidentes o voto de qualidade.
4.4 Cada uma das Acionistas terá o direito de requerer, a qualquer tempo, a
destituição de qualquer membro do conselho de administração da Companhia e/ou de
qualquer das Controladas que tenha sido por ela indicado, obrigando-se as Acionistas a
prontamente adotar ou, conforme for o caso, fazer com que os representantes da
Companhia adotem, todas as providências necessárias visando à destituição de tal
conselheiro.
4.5 Em caso de destituição, renúncia, substituição ou qualquer outro evento que
resulte na vacância do cargo de qualquer dos membros do conselho de administração da
Companhia ou de qualquer das Controladas, a Acionista que tiver indicado tal membro
terá o direito de indicar o respectivo substituto (ou um novo suplente, caso opte a
Acionista por confirmar o suplente originariamente indicado para o cargo vago),
obrigando-se as Acionistas a exercer seu direito de voto na assembléia de acionistas da
Companhia ou, conforme for o caso, a fazer com que os representantes da Companhia
exerçam seu direito de voto nas assembléias de acionistas das Controladas, de forma a
efetivar a eleição do membro indicado.
4.6 Nas deliberações relativas à eleição de membros de conselho de
administração, as Acionistas exercerão seu direito de voto nas assembléias de acionistas
da Companhia, e adotarão as medidas necessárias para que os representantes da
Companhia exerçam seu direito de voto nas assembléias de acionistas das Controladas,
valendo-se de todas as ações que detenham, sempre com o objetivo de eleger o maior
número possível de conselheiros pelas Acionistas.
4.6.2 Em caso de instalação do processo de voto múltiplo, as Acionistas, em
Reunião Prévia a ser realizada nas 24 (vinte e quatro) horas que antecederem a
respectiva assembléia de acionistas da Companhia ou de qualquer das Controladas,
conforme o caso, deliberarão sobre a forma de utilização de seus votos de modo a
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assegurar o cumprimento dos objetivos estabelecidos no item 4.6 acima e nos demais
itens desta Cláusula IV, sendo certo, no entanto, que nenhuma das Acionistas solicitará
a adoção do processo de voto múltiplo sem a prévia e expressa concordância da outra
Acionista.
4.6.2 A diretoria da Companhia será composta de um Diretor Geral, sendo os
demais Diretores sem designação específica, todos eleitos pelo conselho de
administração.
CLÁUSULA V – REUNIÕES PRÉVIAS E EXERCÍCIO DO DIREITO DE
VOTO
5.1 Ressalvadas as deliberações relativas à eleição de membros de conselho de
administração, com relação às quais aplicar-se-á o disposto na Cláusula IV acima, cada
uma das Acionistas exercerá seu direito de voto nas assembléias de acionistas da
Companhia, bem como fará com que seus representantes no conselho de administração
da Companhia e de cada uma das Controladas exerçam seus direitos de voto nos
respectivos órgãos corporativos, sempre de forma conjunta com a outra Acionista (ou,
conforme o caso, com os representantes da outra Acionista) e em consonância com o
disposto nesta Cláusula V.
5.2 Sempre que devidamente convocada nos termos desta Cláusula V, as
Acionistas realizarão, previamente a qualquer assembléia de acionistas da Companhia
e/ou de qualquer das Controladas, bem como a qualquer reunião do conselho de
administração da Companhia e/ou das Controladas, uma reunião (doravante
simplesmente referida como “Reunião Prévia”) com o objetivo de debater e estabelecer
a posição a ser uniformemente sustentada por ambas as Acionistas nas assembléias de
acionistas e/ou reuniões de conselho que tais Reuniões Prévias antecedam.
5.2.1 As Reuniões Prévias serão realizadas na sede da Companhia ou em outro
endereço a ser oportunamente definido, por consenso, entre as Acionistas.
5.2.2 Ressalvada a Reunião Prévia de que trata o item 4.6.1 acima, as Reuniões
Prévias serão realizadas, em primeira convocação, com uma antecedência mínima de 3
(três) dias da data da assembléia de acionistas ou da reunião do conselho de
administração na qual a decisão adotada na respectiva Reunião Prévia deva ser
manifestada.
5.2.4 As Reuniões Prévias poderão ser convocadas por qualquer das Acionistas ou por
qualquer representante das Acionistas no conselho de administração da Companhia e/ou
de qualquer das Controladas, mediante comunicação à outra Acionista com
antecedência mínima de 4 (quatro) dias da data estabelecida para a sua realização. A
convocação terá forma escrita e informará a pauta de discussão para a Reunião Prévia a
que se referir e somente sobre a pauta constante da convocação poderá haver
deliberação.
5.2.4 Independentemente das disposições dos itens 5.2.1 a 5.2.3 acima, serão
reputadas como regularmente convocadas e realizadas as Reuniões Prévias que contem
com a presença de pelo menos 1 (um) representante de cada Acionista.
5.2.5 Na hipótese de qualquer das Acionistas deixar de comparecer a uma
Reunião Prévia regularmente convocada, será considerada automaticamente efetuada
uma segunda convocação para a referida Reunião Prévia que, neste caso, realizar-se-á
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no mesmo local, 24 (vinte e quatro) horas após a data e hora constantes da primeira
convocação, ainda que não seja um dia útil.
5.2.6 As Reuniões Prévias realizar-se-ão, em primeira convocação, com a
presença das duas Acionistas e, em segunda convocação, com a presença de qualquer
delas.
5.3 As Acionistas neste ato obrigam-se a envidar seus melhores esforços para
definir nas Reuniões Prévias, sempre por consenso, a posição a ser adotada pelas
Acionistas na assembléia de acionistas ou reunião do conselho de administração
relacionada à respectiva Reunião Prévia. Não obstante, não sendo alcançado consenso, a
posição a ser adotada será definida pela Acionista que detiver o maior número de ações
com direito a voto de emissão da Companhia, desde que a matéria em discussão não
seja (i) a eleição de membros de conselho de administração, hipótese em que deverá ser
observado o procedimento descrito na Cláusula IV acima; ou (ii) qualquer das matérias
previstas no item 5.4. abaixo, hipótese em que a adoção de qualquer deliberação
dependerá de consenso das Acionistas.
5.4 As matérias a seguir discriminadas serão necessariamente submetidas à
aprovação da assembléia geral de acionistas e/ou das reuniões de conselho de
administração da Companhia e/ou das Controladas, conforme o caso, e somente serão
aprovadas nas Reuniões Prévias mediante o voto afirmativo de ambas as Acionistas:
(r) qualquer reforma do Estatuto Social da Companhia e/ou de qualquer
das Controladas a fim de alterar: (i) objeto social; (ii) prazo de
duração; e/ou (iii) composição, poderes e atribuições dos órgãos da
administração;
(s) aprovação do orçamento anual de investimento da Companhia e/ou
de qualquer das Controladas quando o valor dos investimentos
exceder 8,7% (oito virgula sete por cento) das vendas líquidas da
Companhia orçadas para o mesmo exercício social;
(t) nomeação, destituição ou substituição do Diretor Geral da
Companhia;
(u) aprovação ou alteração da política de remuneração do conselho de
administração e da diretoria da Companhia bem como das
Controladas;
(v) aprovação de Planos de Opção de Compra de Ações para os
administradores e empregados da Companhia e/ou das Controladas;
(w) alteração da política estatutária de dividendos da Companhia e/ou de
qualquer das Controladas;
(x) aumentos de capital da Companhia e/ou de qualquer das
Controladas, com ou sem direito de preferência, por subscrição,
criação de uma nova classe de ações ou mudanças nas características
das ações existentes, bem como redução do capital, emissão de
debêntures, conversíveis ou não em ações, bônus de subscrição e
criação de partes beneficiárias pela Companhia e/ou por qualquer das
Controladas, exceto quando tais negócios jurídicos sejam realizados
entre a Companhia e suas Controladas ou entre Controladas;
(y) fusões, cisões, transformações, incorporações, aquisições e
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desinvestimentos envolvendo a Companhia e/ou qualquer das
Controladas, neste último caso (x) quando envolver uma sociedade
que não seja Controlada, direta ou indiretamente, pela Companhia e
(y) desde que venha a resultar a redução dos dividendos médios
pagos pela Companhia nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores,
corrigidos pela variação do IGP-M calculado pela Fundação Getúlio
Vargas desde a data de cada pagamento;
(z) criação, aquisição, cessão, transferência, constituição de Gravame
e/ou Alienação, a qualquer título ou forma, de ações, quotas e/ou
quaisquer valores mobiliários de emissão de qualquer das
Controladas, exceto em favor da própria Companhia e/ou de outra
Controlada;
(aa) contratação, pela Companhia e/ou por qualquer das Controladas, de
operação de endividamento que resulte em um índice
dívida/patrimônio líquido superior a 60/40;
(bb) celebração, alteração, rescisão, renovação ou cancelamento de
quaisquer contratos, acordos ou similares envolvendo as marcas
registradas ou depositadas em nome da Companhia ou das
Controladas;
(cc) concessão de empréstimos e prestação de garantias de qualquer
natureza pela Companhia e/ou por qualquer das Controladas, em
valor superior a 1% (hum por cento) do patrimônio líquido da
Companhia constante do último balanço auditado a quaisquer
terceiros, exceto em favor: (i) de empregados da Companhia e de
suas Controladas; (ii) das próprias Controladas;
(dd) eleição de membros para os comitês do conselho de administração da
Companhia;
(ee) cancelamento do registro de companhia aberta da Companhia e/ou
de qualquer das Controladas;
(ff) pedido de concordata ou confissão de falência pela Companhia e/ou
por qualquer das Controladas;
(gg) liquidação ou dissolução da Companhia e/ou de qualquer das
Controladas; e
(hh) indicação dos auditores externos da Companhia e/ou de qualquer das
Controladas.
5.4.1 Em razão do disposto no item 5.4 acima, fica desde já expressamente
pactuado que na hipótese de as Acionistas, em Reunião Prévia, não lograrem alcançar
consenso com relação à posição a ser adotada para a deliberação de qualquer das
matérias acima, obrigam-se, desde já, a exercer ou a fazer com que seja exercido o seu
direito de voto de modo a não aprovar a matéria objeto da assembléia geral ou reunião
de conselho de administração então convocada.
5.5 De cada Reunião Prévia será lavrada ata, a ser assinada pelas Acionistas
presentes, consubstanciando o resumo das deliberações tomadas e fixando a orientação
prevalecente, que será observada por ambas as Acionistas.
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5.5.1 Cada uma das Acionistas se obriga a exercer seu direito de voto nas
assembléias de acionistas da Companhia, bem como a fazer com que seus representantes
no conselho de administração da Companhia e de cada uma das Controladas exerçam
seus respectivos direitos de voto em tais órgãos corporativos, sempre em consonância
com a orientação prevalecente sobre a respectiva matéria, aprovada na Reunião Prévia
eventualmente convocada, e, neste caso, em bloco único com a outra Acionista.
5.5.2 A Acionista que tiver eventualmente deixado de comparecer a qualquer Reunião
Prévia devidamente convocada e realizada na forma da presente Cláusula V
permanecerá obrigada a exercer seu direito de voto nas assembléias de acionistas da
Companhia, bem como a fazer com que seus representantes no conselho de
administração da Companhia e de cada uma das Controladas exerçam seus respectivos
direitos de voto em tais órgãos corporativos, sempre em consonância com a orientação
prevalecente sobre a respectiva matéria eventualmente aprovada na Reunião Prévia
correspondente.
5.5.3 Caso o representante de qualquer das Acionistas deixe de comparecer, às
reuniões do conselho de administração da Companhia e/ou de qualquer das Controladas,
ou de nelas manifestar seu voto em consonância com a orientação prevalecente sobre a
respectiva matéria aprovada na Reunião Prévia correspondente (inclusive mediante
abstenção), a parte prejudicada poderá votar com as ações pertencentes à Acionista
ausente ou omissa (por abstenção ou outro motivo) e, no caso de membro do conselho
de administração ausente ou omisso (por abstenção ou outro motivo), tal direito de voto
será exercido por qualquer conselheiro eleito pela outra Acionista.
5.6 Pelo presente Acordo, as Acionistas reciprocamente se outorgam poderes
irrevogáveis e irretratáveis para representação uma da outra para que, em caso de
ausência de uma das Acionistas em qualquer assembléia de acionistas da Companhia, a
Acionista presente represente a Acionista ausente, na forma do artigo 126, § 1º, da Lei
das Sociedades por Ações, manifestando o voto estritamente nos termos da ata de
Reunião Prévia correspondente.
5.6.1 O mandato referido no item 5.6 acima terá, na forma do § 7º do art. 118 da
Lei nº 6.404/76, na redação que lhe deu a Lei nº 10.303/01, prazo de validade idêntico
ao deste Acordo.
5.6.2 Como alternativa, as Acionistas poderão nomear, por meio de instrumento
particular de mandato, um síndico do acordo de voto objeto deste Acordo, com a função
específica de:
(d) zelar pelo devido cumprimento de seu mandato;
(e) informar as Acionistas das deliberações a serem tomadas em
assembléias de acionistas da Companhia e das Controladas,
consoante com a posição adotada nas Reuniões Prévias
correspondentes; e
(f) sempre que necessário, agir como representante único das Acionistas
nas assembléias de acionistas da Companhia e das Controladas.
5.6.3 Qualquer voto manifestado em assembléia de acionistas ou reunião do
Conselho de Administração da Companhia contrário às disposições de qualquer dos
itens deste Acordo será considerado inválido e ineficaz, incumbindo ao presidente da
assembléia ou da reunião do Conselho de Administração, conforme o caso, deixar de
computar o voto proferido com infração a tais disposições
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5.7 Não obstante as demais disposições desta Cláusula V, as deliberações em
Reunião Prévia não obrigarão o voto das Acionistas, ou dos membros por elas indicados
para o conselho de administração da Companhia e de qualquer das Controladas, nas
matérias relativas a:
(e) tomada das contas dos administradores da Companhia e de qualquer
das Controladas;
(f) exame, discussão e deliberação sobre o relatório da administração e
as demonstrações financeiras da Companhia e de qualquer das
Controladas;
(g) casos tipificados como exercício abusivo de poder, previstos no
artigo 117, §1º, da Lei das Sociedades por Ações; e
(h) práticas inerentes ao dever de diligência e lealdade e demais deveres
dos administradores, fixados nos artigos 153 a 158 da Lei das
Sociedades por Ações.
5.8 O Plano Qüinqüenal Estratégico da Companhia será objeto de consultas
mútuas entre a FZ e a Braco.
5.9 FZ obriga-se, tendo em vista o fato de as alterações do Acordo haverem
sido estabelecidas contemplando a Reestruturação 2004, definida no item 6.4.(e), a (x)
fazer com que os conselheiros da Companhia por ela indicados votem a favor das
resoluções societárias a ela relacionadas ou dela decorrentes, no conselho de
administração e na assembléia geral, necessárias para a implementação da mesma
Reestruturação 2004, bem como a (y) votar a favor da mesma Reestruturação 2004 (e
das mesmas resoluções societárias antes referidas) na assembléia geral da Companhia.
Obriga-se mais a fazer com que os representantes de FZ no Conselho de Administração
e nas assembléias gerais extraordinárias da Companhia, bem como em eventuais
reuniões prévias porventura necessárias no âmbito deste Acordo, apreciem e votem sem
ressalvas em favor da proposta de Incorporação cujas condições gerais constam da
minuta do Incorporação Agreement submetida ao conselho de administração da
Companhia em 1º e 2 de março de 2004.
CLÁUSULA VI - TRANSFERÊNCIA DE AÇÕES
6.1 De forma reconhecida pelas Acionistas ser totalmente compatível com o
disposto com seus objetivos de investimento e, no caso da FZ, também com seus
objetivos institucionais permanentes, que visam à sua respectiva participação no capital
da Companhia, FZ, Braco e Ecap se obrigam (i) a não Alienar, direta ou indiretamente,
suas Ações, em negociações privadas, em bolsa de valores ou mercado de balcão,
inclusive em função de ofertas públicas, voluntárias ou obrigatórias, ressalvado o
disposto nesta Cláusula VI, durante a vigência deste Acordo de Acionistas, bem como
(ii) a não constituir qualquer tipo de Gravame sobre suas Ações, em ambos os casos sem
o prévio consentimento, por escrito, da outra Acionista.
6.2 Na hipótese de as Ações de propriedade de qualquer das Acionistas virem a
ser objeto de arresto, seqüestro, penhora judicial ou qualquer outra medida constritiva, e
não sendo tal constrição sobre as Ações levantada dentro de 30 (trinta) dias contados da
efetivação da medida constritiva, tal fato deverá ser comunicado pela Acionista titular
das Ações objeto da medida constritiva à outra Acionista por meio de notificação, com
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cópia para os dois co-presidentes do conselho de administração da Companhia, sendo tal
notificação considerada como uma oferta de venda das Ações objeto da constrição à
outra Acionista. Para os efeitos deste item, independentemente da notificação acima
referida, será igualmente considerada como oferta de venda das Ações objeto da medida
constritiva, a ciência da referida medida constritiva pela outra Acionista, sendo
considerada efetiva tal oferta 30 (trinta) dias após a efetivação da medida constritiva,
desde que as Ações não tenham sido liberadas de tal medida constritiva até tal data. Para
o caso de oferta de venda, nos termos deste item, o preço das Ações objeto da medida
constritiva deverá ser o Preço Estipulado e a Acionista que aceitar a oferta poderá pagar
tal preço em juízo para adquirir tais Ações. O valor que eventualmente sobejar, se
houver, será pago à Acionista cujas Ações tiverem sido objeto da constrição. No
entanto, caso as obrigações asseguradas pela constrição judicial excedam o Preço
Estipulado na forma do item 11.4, a Acionista cujas Ações tiverem sido objeto da
constrição será tida como responsável, perante a outra Acionista, pela diferença do
montante que a outra Acionista porventura tenha que depositar para adquirir as Ações.
O não reembolso de tal diferença dentro de 5 (cinco) dias sujeitará a Acionista cujas
Ações tiverem sido objeto da constrição à execução fundada em título extrajudicial.
6.3 Obrigam-se as Acionistas a exercer o direito de subscrição decorrente das
Ações de que forem titulares ou a alienar tal direito de subscrição à outra Acionista,
pelo valor de mercado, na forma abaixo:
(d) cada Acionista deverá confirmar à outra Acionista, por meio de
notificação com cópia aos co-presidentes do conselho de
administração da Companhia, que pretende exercer o direito de
preferência para a subscrição de novas ações a serem emitidas pela
Companhia no prazo de 10 (dez) dias a contar do termo inicial do
prazo de decadência fixado para o exercício desse direito;
(e) decorrido o prazo estabelecido na letra (a) deste item 6.3 sem que
haja manifestação positiva de uma das Acionistas, a outra Acionista
poderá, nos 10 (dez) dias subseqüentes, manifestar, também por
escrito, sua intenção de subscrever as novas ações que não serão
subscritas pela Acionista silente, depositando o valor referido no
item 6.3 na sede da Companhia; e
(f) decorrido o prazo de 10 (dez) dias estabelecido para a manifestação
da outra Acionista na forma da letra (b) deste item 6.3, sem que a
referida Acionista tenha se manifestado, poderá a Acionista titular do
direito de subscrição Alienar tal direito a terceiros.
6.4 A obrigação de não Alienar as Ações estabelecida nesta Cláusula VI, não se
aplicará:
(f) à Alienação fiduciária de l (uma) Ação por qualquer das Acionistas
aos membros do conselho de administração da Companhia que
indicarem; ou
(g) à Alienação de Ações por qualquer das Acionistas a qualquer pessoa
que (i) exerça o Controle Societário sobre tal Acionista; (ii) se
encontre sob o Controle Societário de tal Acionista; ou (iii) esteja
sob o mesmo Controle Societário de tal Acionista; ou
(h) à Alienação de Ações de qualquer Acionista causa mortis; ou
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(i) à eventual transferência de Ações entre os Controladores Braco e/ou
entre sociedades cujo Controle Societário seja exercido pelos
Controladores Braco; ou
(j) à Alienação indireta de Ações dos Controladores Braco, através da
Alienação de Ações de Braco ou da ECAP, diretamente ou através
de sociedades de controle comum (direto ou indireto) dos
Controladores Braco ou controladas por cada um deles, seja (i) entre
si ou (ii) para a Interbrew ou para sociedades ou fundações
(stichting) controladoras da Interbrew (a “Reestruturação 2004”),
caso em que as mesmas serão consideradas “Controladores Braco”
para os efeitos deste Acordo.
6.4.1 Observado o disposto no item 6.4.2 abaixo, as Ações que vierem a ser
objeto de Alienação por qualquer das Acionistas nas hipóteses estabelecidas nas letras
(a) a (e) do item 6.4 acima permanecerão inteiramente vinculadas a este Acordo, que
será estendido ao adquirente das respectivas Ações (doravante referido simplesmente
como “Adquirente”) em todos seus direitos e obrigações, inclusive o prazo de 20 (vinte)
anos estabelecido no item 10.1 abaixo.
6.4.2 Constituirá condição suspensiva para a eficácia da respectiva Alienação de
Ações nas hipóteses previstas nas letras (a), (b), (d) e (e) do item 6.4 acima a prévia
assinatura, pelo respectivo Adquirente, de instrumento pelo qual adira ao presente
Acordo, obrigando-se, irrevogável e irretratavelmente, a respeitar incondicionalmente
todos os seus termos e disposições. Na hipótese de Alienação de Ações prevista na letra
(c) do item 6.4 acima, considerar-se-á automaticamente verificada a adesão ao presente
Acordo, pelo sucessor.
6.4.3 Caso qualquer das Acionistas venha a Alienar suas Ações de acordo com o
previsto nas letras (a), (b), (c), (d) ou (e) do item 6.4 para mais de um Adquirente, tais
Adquirentes serão todos tratados (conjuntamente com a Acionista alienante, caso ainda
permaneça tal Acionista como titular de parte das Ações) como uma só parte para os
efeitos deste Acordo, hipótese em que o termo “Acionista”, definido na letra (b) do item
1.1 acima, passará a significar todos os Adquirentes conjuntamente (e, também, a
Acionista alienante, caso ainda se mantenha como titular de parte das Ações).
6.4.4 Na hipótese das letras (b), (c), (d) e (e) do item 6.4 acima, caso a Acionista
alienante deixe de manter qualquer participação no capital votante da Companhia, os
Adquirentes indicarão, por meio de notificação à outra Acionista com cópia para os dois
co-presidentes do conselho de administração da Companhia a ser realizada no prazo
máximo de 5 (cinco) dias a contar da data em que a Acionista alienante tiver deixado de
manter Ações na Companhia, o nome e endereço do Adquirente que individualmente
representará todos os demais Adquirentes perante a outra Acionista com relação a toda e
qualquer questão relacionada a este Acordo, incluindo — mas não se limitando a —
citações e notificações, tanto judiciais como extrajudiciais, de qualquer forma
relacionadas à qualidade dos Adquirentes de acionistas da Companhia.
6.4.5 Em caso de (i) venda de Ações entre os Controladores Braco; ou (ii) divisão,
entre os Controladores Braco (e/ou seus sucessores), por cisão ou qualquer outra forma
de reorganização societária, das participações acionárias detidas pelos mesmos, direta
ou indiretamente, em Braco e/ou na ECAP; aplicar-se-á o disposto nos itens 6.4. a 6.4.4,
sendo tratados os Controladores Braco (e/ou seus sucessores) como Adquirentes das
Ações.
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6.5 Qualquer Alienação de Ações, direito de subscrição de ações ou constituição de
qualquer Gravame inconsistente com as disposições desta Cláusula VI não será válida,
ficando vedado aos administradores da Companhia efetuar os lançamentos nos livros
societários correspondentes, sob pena de sua responsabilidade pessoal.
CLÁUSULA VII – OPÇÃO DE COMPRA E VENDA
[Cláusula revogada por força do Primeiro Aditivo ao Acordo de Acionistas da
Companhia celebrado em 2 de março de 2004]
CLÁUSULA VIII - PARTES INTERVENIENTES
8.1 A Companhia firma este Acordo na qualidade de interveniente, neste ato
tomando ciência de todos os seus termos e se obrigando a cumprir todas as suas
disposições e, em particular, arquivá-lo conforme o disposto no artigo 118 da Lei das
Sociedades por Ações.
8.2 A Companhia somente estará obrigada a observar eventuais alterações nos
termos deste Acordo que tenham sido estabelecidas por instrumento escrito, firmado por
ambas as Acionistas e pela própria Companhia, na qualidade de interveniente.
8.3 A Companhia se obriga a comunicar imediatamente às Acionistas qualquer ato,
fato ou omissão que possa constituir uma violação deste Acordo, bem como a tomar
qualquer providência que possa vir a ser exigida por legislação posterior como condição
para a manutenção da validade e eficácia deste Acordo.
8.4 Os Controladores Braco firmam o presente Acordo na qualidade de
intervenientes, neste ato tomando ciência de todos os seus termos e obrigando-se,
irrevogável e irretratavelmente, a observar e cumprir todas as suas disposições, em
especial aquelas referentes ao direto de preferência para a aquisição direta ou indireta de
Ações.
8.5 As partes reconhecem que as disposições constantes deste Acordo representam
estipulações a favor de terceiro, no tocante à Interbrew, nos termos do art. 436 do C.
Civil Brasileiro, renunciando as mesmas partes ao direito de inovar a estipulação em
detrimento desse terceiro beneficiário, sem a sua respectiva anuência prévia, por escrito.
Concedem, ainda, as partes, à Interbrew, o direito de pleitear o cumprimento da
obrigação conforme o art. 437 do mesmo C. Civil.
8.6 Interbrew, a seu turno, intervém para reconhecer a validade do presente Acordo
e das disposições dele constante, obrigando-se a respeitá-las, por Si e Afiliadas, e
respectivos sucessores.
CLÁUSULA IX - NOTIFICAÇÕES
9.1 Qualquer comunicação, notificação e/ou aviso a ser realizado em conexão
com as disposições deste Acordo deverá ser obrigatoriamente por escrito e destinado
aos endereços abaixo indicados, sendo considerado devidamente efetuado (i) 48
(quarenta e oito) horas após o despacho, se enviado por serviço de malote especial com
confirmação de recebimento; (ii) 24 (vinte e quatro) horas após a transmissão por
facsímile, desde que haja expressa confirmação de recebimento; ou (iii) na data
constante da confirmação de entrega, no caso de carta registrada:
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(f) se dirigida à FZ, para:
Av. Brigadeiro Faria Lima nº 3900, 11º andar
São Paulo – SP
CEP 04538-132
fax: (011) 3708-0110
At.: Sr. Victorio De Marchi
(g) se dirigida à Braco e/ou à ECAP, para:
Av. Brigadeiro Faria Lima nº 3729, 7º andar
São Paulo – SP
CEP 04538-905
fax: (011) 3049-5577
At.: Marcel Herrmann Telles
(h) se dirigida à Companhia, para:
Rua Dr. Renato Paes de Barros nº 1017, 4º andar
São Paulo – SP
CEP 04530-001
fax: (11) 2122 1523
At.: Luiz Felipe Dutra Leite
(i) se dirigida aos Controladores Braco, para:
Av. Brigadeiro Faria Lima nº 3729, 7º andar
São Paulo – SP
CEP 04.538-905
fax: (011) 3049-5577
At.: Marcel Herrmann Telles
(j) se dirigida à Interbrew, para:
Vaartstraat 94
B-3000 Leuven
Bélgica
fax: 32 16 31 54 46
At: Corporate Secretary
9.2 Qualquer das partes poderá alterar o endereço para notificações constante do
item 9.1 acima, desde que notifique as demais partes, informando tal alteração de
endereço, de acordo com as disposições desta Cláusula IX.
CLÁUSULA X - VIGÊNCIA
10.1 Este Acordo entrará em vigor no ato de sua assinatura e vigerá até 1º de
julho de 2019, ressalvado o disposto no item 10.2, sendo prorrogado automaticamente
por períodos sucessivos de 10 (dez) anos, desde que nenhuma das Acionistas o tenha
denunciado expressamente com antecedência mínima de 180 (cento e oitenta) dias para
o final do prazo de 10 (dez) anos, ou suas respectivas prorrogações, conforme o caso.
10.2 Braco e Ecap terão a opção unilateral de rescindir antecipadamente o
Acordo de Acionistas se o procedimento estatutário atual de eleição dos membros do
Conselho Orientador da FZ for alterado ou deixar de ser seguido por qualquer outro
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motivo exceto a mudança da regulamentação legal aplicável às fundações de direito
privado.
CLÁUSULA XI - EXECUÇÃO ESPECÍFICA
11.1 As Acionistas reconhecem e declaram que o mero pagamento de perdas e
danos não constituirá compensação adequada para eventual inadimplência de qualquer
obrigação aqui assumida.
11.2 As disposições deste Acordo estarão sujeitas a execução específica, nos
termos do artigo 118, § 3°, da Lei das Sociedades por Ações, reconhecendo as
Acionistas que este instrumento constitui título executivo extrajudicial para o
cumprimento de todos os fins dos artigos 461, 462, 639 e seguintes do Código de
Processo Civil.
11.3 As Acionistas não renunciam, mas, pelo contrário, podem recorrer a
qualquer ação ou medida legal (incluindo a cobrança de perdas e danos) às quais
poderão fazer jus nos termos da lei, obrigando-se expressamente a aceitar sanções,
ordens judiciais e outras ações de tal natureza, que visem proibir ou prevenir a violação
deste Acordo.
11.4 Sem prejuízo do disposto nos demais itens desta Cláusula e no item 6.1, fica
estabelecido que qualquer iniciativa no sentido de violar, direta ou indiretamente, por
ação ou omissão, a obrigação bilateral assumida pelas Acionistas de não Alienar as
Ações (ou de sobre elas criar Gravame), ainda que tal obrigação seja declarada inválida,
dará à Acionista inocente a opção (não revogável pela desistência da Acionista
infratora) de, ao invés de declarar a nulidade ou ineficácia da operação, exercer o direito
de preferência sobre as Ações oferecidas à Alienação, pelo preço de mercado das
mesmas Ações (ajustado na forma do item 11.4.1), definido como o preço médio
ponderado de cotação das mesmas nos últimos 20 pregões imediatamente anteriores à
data em que as ações tiverem sido oferecidas à Alienação, na bolsa onde forem mais
negociadas (sendo certo que, na falta de negociação de tais ações em pelo menos metade
desses pregões, o prazo será ampliado para 40 pregões; prevalecendo ainda a falta de
negócios em metade ou mais desses pregões, será sucessivamente (x) adotado o preço
médio ponderado das ações preferenciais da Companhia na mesma bolsa, nos mesmos
20 ou 40 pregões, conforme haja ou não tal negociação em mais de metade dos pregões
ou (y) adotado o preço médio ponderado das Ações ou das ações preferenciais da
Companhia em outra bolsa de valores, nos mesmos períodos de apuração).
11.4.1 O preço de mercado apurado na forma do item 11.4 será multiplicado por
0,9 (nove décimos), a título de cláusula penal meramente moratória.
11.4.2 Para esse efeito, deverá a administração da Companhia, sem prejuízo de sua
obrigação de não registrar a Alienação pretendida (ou consumada) em violação ao
disposto neste Acordo, dar notícia à outra Acionista.
11.4.3 O preço de mercado definido na forma do item 11.4 corresponderá ao Preço
Estipulado para os fins do item 6.2 supra.
CLÁUSULA XII – DISPOSIÇÕES GERAIS
12.1 Será sempre assegurado a qualquer das Acionistas o acesso a informações
BM&A #7990 - v4
acerca de quaisquer negócios em andamento ou propostos à Companhia, bem como o
direito de promover, às suas expensas, auditoria técnica, contábil ou financeira de
quaisquer procedimentos e registros mantidos pela Companhia, obrigando-se as
Acionistas, por si e também por seus representantes, prepostos, empregados ou terceiros
contratados, a manter sigilosas e confidenciais as informações obtidas, salvo
determinação legal ou de autoridade competente, não as utilizando para qualquer outra
finalidade estranha à sua condição de Acionista.
12.2 Caso qualquer disposição deste Acordo se torne nula ou ineficaz, a validade
ou eficácia das disposições restantes não será afetada, permanecendo em pleno vigor e
efeito e, em tal caso, as Acionistas entrarão em negociações de boa-fé visando a
substituir a disposição ineficaz por outra que, tanto quanto possível e de forma razoável,
atinja a finalidade e os efeitos desejados.
12.3 O fato de uma das Acionistas deixar de exigir a tempo o cumprimento de
qualquer das disposições deste Acordo ou de quaisquer direitos relativos a este
instrumento ou não exercer quaisquer faculdades aqui previstas não será considerado
uma renúncia a tais disposições, direitos ou faculdades, não constituirá novação e não
afetará de qualquer forma a validade deste Acordo.
12.4 Exceto quando expressamente estipulado em contrário neste instrumento, as
disposições deste Acordo são irrevogáveis e irretratáveis e obrigam as Acionistas, seus
sucessores, representantes legais e cessionários independentemente de título, ressalvado
o disposto no item 6.5 acima.
12.5 Este Acordo não poderá ser transferido ou cedido, no todo ou em parte, a
terceiros, exceto nas hipóteses previstas neste instrumento.
12.6 O presente Acordo será arquivado na sede da Companhia e ficará disponível
a qualquer acionista.
12.7 O presente Acordo poderá ser alterado somente por escrito, sendo que tais
alterações só entrarão em vigor após assinatura das Acionistas e da Companhia, na
qualidade de interveniente.
12.8 O presente Acordo reger-se-á pelas leis brasileiras, ficando eleito o foro
central da comarca da capital do Estado de São Paulo, para dirimir quaisquer
divergências relacionadas ao mesmo, com exceção de qualquer outro, por mais
privilegiado que seja.
Estando assim, justas e contratadas, as Acionistas celebram este Acordo em 5 (cinco)
vias de igual forma e teor.
São Paulo, 2 de março de 2004
Fundação Antonio e Helena Zerrenner
Instituição Nacional de Beneficência
Braco S.A.