Primavera

Adenáuer Novaes

SETEMBRO DE 2016 ANO XIII • Nº 154

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A Corrupção e o Voto.

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Feira Harmonia2016.

Cidadania: Uma conquistapessoal.Espiritualidade - Um estadode espírito.

O sol da primavera alimenta a alma de vida e esperança. Todos precisamos renascer a cada dia, aproveitando os convites que a vida nos faz para o crescimento, a solidariedade e o amor. Que adianta passar pela vida sem degustar os momentos em que é possível sentir a maravilha oferecida pelo Criador para que possamos nos realizar? Viver é sentir, é compartilhar e aprender, na convivência, o verdadeiro sentido do existir. Como um presente de Deus, a primavera é um convite ao desabrochar do que existe de melhor dentro de cada ser humano para que se realize e encontre a razão de sua existência.

Dezembro04/12 (dom) 7hCaminhada pela Paz e Café da Manhã

10/12 (sáb) 19hXI Encontro das Religiões

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expedienteEdiçãoAdenáuer Novaes

TextosAdenáuer NovaesCristiane TeixeiraEliane CirinoMário Lago Júnior

Projeto GráficoDiego Novaes

Arte FinalIan Menezes

ImpressãoContraste Editora Gráfica

Tiragem1.000 exemplares

Rua Deputado Paulo Jackson, 560. Piatã. Salvador-Bahia-Brasil (71) 3286-7796www.larharmonia.org.bratendimento@larharmonia.org.br

Colabore com nossas obras assistenciaisCaso você queira contribuir com o trabalho da Fundação Lar Harmonia, mande um e-mail para atendimento@larharmonia.org.br. Você receberá em casa um exemplar do nosso jornal, onde poderá acompanhar nossas realizações, e um boleto bancário referente à sua contribuição. O valor a ser doado será estipulado por você.

programação

2016 4º Seminário “Psicologia do

Outubro23/10 (dom) 9h às 13h

Espírito” – Adenáuer Novaes

A CORRUPÇÃO E O VOTO Por Mário Lago Júnior, administrador e voluntário da Fundação Lar Harmonia

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Apesar da caracterização da corrupção enquadrar-se em pequenos atos decorrentes de práticas comuns do nosso dia-a-dia, colocando-nos acima dos interesses da coletividade, desrespeitando leis ou mesmo procurando, meramente, tirar vantagens pessoais, denominadas do “jeitinho brasileiro”, façamos um recorte sobre os casos de corrupção no contexto político, que vimos presenciando quase diariamente, nos últimos anos. Trata-se de uma verdadeira enxurrada de denúncias que desnudam a forma equivocada como é feita a política no nosso país, retratando um modelo ultrapassado que atravessa gerações, onde apenas o discurso é modificado, ao qual é agregado a modernidade e os jargões da retórica atual.

Obviamente, não podemos comparar o impacto e abrangência de um desvio de recursos para compra de merenda escolar com a compra de um produto pirata, mas a natureza é indiscutivelmente a mesma.

Certamente, fica evidente que acabar com a corrupção envolve um processo de transformação intelectual e moral profunda da sociedade, na qual o homem deve abraçar os princípios ensinados e vivenciados pelo Cristo. No entanto, enquanto esse estágio de evolução não permite que o homem não mais procure enganar outros homens, quando o egoísmo deixar de ser o paradigma dominante e prevaleça a noção consciente de justiça social e irmandade sentida por cada ser humano, é missão dos espíritos encarnados “instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais” (Questão nº 573 de O Livro dos Espíritos). Neste contexto, destaca-se a importância do voto, não apenas como a personificação da democracia, mas como um escudo para lutar contra a incapacidade moral dos governantes e representantes do povo em assumir compromissos voltados ao bem comum. Contudo, parte da população com menor acesso às informações e discernimento quanto à realidade econômica, social e politica, precisa ser conscientizada, não de forma partidária, pois estaríamos “jogando o mesmo jogo”, mas sendo educada e esclarecida para compreender as propostas dos candidatos, observar seu histórico de vida, sua experiência e competência em assumir tais responsabilidades e, acima de tudo, monitorar, cobrar e fazer cumprir o que foi prometido.

Afinal, o problema não é a política, mas a forma como essa vem sendo exercida pela nossa classe política, cuja responsabilidade, no modelo democrático, em última instância é nossa.

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SETEMBRO DE 2016ANO XIII • Nº 154

1º Festival GastronômicoA Fundação Lar Harmonia e a Feira Harmonia

apresentam, este ano, uma novidade: o 1º Festival Gastronômico Harmonia. No

domingo, 25 de setembro, das 10 às 16 horas, deliciosas iguarias serão preparadas por Chefs de Cozinha, amigos voluntários de nossa instituição.

Risoto de camarão, carne do sol com purê de banana, siri catado, churrasquinho e o Pastel do

Carioca fazem parte do cardápio.

Tortas doces e salgadas, produtos sem glúten e sem lactose e café gelado também são deliciosas

opções que serão comercializadas em nosso evento.

No Brechó Harmonia e nas barracas de artesanato e de sebo, você encontrará lindos e

inéditos produtos.

Para as crianças, haverá atrações como pula-pula e cinema, este aos cuidados do Grupo de

Evangelização Infantil – GRUDI.

E durante as seis horas, teremos música ao vivo, que dará o toque de animação ao nosso evento.

Venha e traga sua família e amigos para desfrutarem de um domingo de muita alegria e de solidariedade, pois toda a renda de nosso evento

será revertida para a construção do Lar de Idosos Fabiano de Cristo.

Guardem esta data: Domingo, 25 de setembro, das 10 às 16h,

na Fundação Lar Harmonia.

Até lá!

Festival GastronômicoA Fundação Lar Harmonia e a Feira Harmonia

apresentam, este ano, uma novidade: o

domingo, 25 de setembro, das 10 às 16 horas, deliciosas iguarias serão preparadas por Cozinha, amigos voluntários de nossa instituição.

Risoto de camarão, carne do sol com purê de banana, siri catado, churrasquinho e o Pastel do

Tortas doces e salgadas, produtos sem glúten e sem lactose e café gelado também são deliciosas

opções que serão comercializadas em nosso

artesanato e de sebo, você encontrará lindos e

Para as crianças, haverá atrações como pula-pula e cinema, este aos cuidados do Grupo de

E durante as seis horas, teremos música ao vivo, que dará o toque de animação ao nosso evento.

desfrutarem de um domingo de muita alegria e de solidariedade, pois toda a renda de nosso evento

será revertida para a construção do

Domingo, 25 de setembro, das 10 às 16h,

CIDADANIA: UMA CONQUISTA PESSOALPor Eliane Cirino, advogada e coordenadora do Núcleo Jurídico e de Cidadania Mª Terezinha Ferraz Freire de Novaes, na Fundação Lar Harmonia

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SETEMBRO DE 2016ANO XIII • Nº 154

4PÁGINAESPIRITUALIDADE -UM ESTADO DE ESPÍRITOPor Cristiane Teixeira, médica e voluntária no Ambulatório Odonto-Médico Eurípedes Barsanulfo, na Fundação Lar Harmonia

Acredito que a maioria de nós quando inicia a jornada em busca da religiosidade o faz por estar vivenciando a experiência da dor, pela necessidade de autoaceitação, em direção ao melhoramento íntimo e ao fortalecimento da fé – em busca de RESPOSTAS. Compreender completamente os desígnios de Deus ainda está muito além da nossa capacidade de discernimento, do nosso intelecto. Entretanto, todo homem traz em si o impulso de avançar e, mesmo que de forma inconsciente, cada alma jornadeia para Deus a seu modo. Todos a Ele chegarão, e não importa qual o caminho. Neste sentido, a espiritualidade pode ser entendida aqui como sinônimo de religiosidade, como uma recusa a que a vida se esgote numa existência que tem sentido somente em si mesma.

Como pulsão de vida, está vinculada à necessidade que temos de transcender, construindo sentido para além do material, do imediato, para a percepção do espírito que somos. Espiritualizar-se é alcançar um estado íntimo de graça, de amor por si mesmo e por tudo ao redor. É sentir-se bem independente do que lhe acontece. Como uma atitude inerente a todo ser humano, pode-se dizer também que ela representa a busca pelo si mesmo e por não tornar a vida pequena.

Caminhando nesta direção, podemos concluir que a espiritualidade independe de dogmas, cultos ou rituais. Embora de essencial valor para o nosso desenvolvimento em coletividade, de uma forma geral aprendemos na religião a seguir preceitos e a nos enquadrar em determinados padrões de comportamento, negando ou escondendo o que de fato somos. Mais importante do que fazer parte de um núcleo religioso, a espiritualidade nos aponta um horizonte do que é possível naquele momento evolutivo em que nos encontramos, sem olvidarmos, no entanto, da nossa vinculação com o divino que habita em nós.

A espiritualidade, como reconhecimento da dimensão misteriosa e ilimitada da existência humana, se manifesta na forma de vibração amorosa, convivência fraterna, partilha e gratidão à singularidade da vida. Quando estamos sintonizados, o universo inteiro conspira a nosso favor. Seja intuindo, fortalecendo ou amparando, somos incentivados para que sigamos firmes, unidos às pessoas de mesmo propósito, nas causas cada vez mais nobres. E as coisas simplesmente ACONTECEM. E isso não representa viver sem dificuldades, conflitos ou atribulações. Significa que, apesar de tudo, vale a pena viver.

“Decida que você não será mais afetado pelos problemas; que não será mais tão sensível; que não será mais vítima de hábitos e humores; decida que você será livre como

um pássaro.” (Paramahansa Yogananda)

O exercício da cidadania é uma conquista diária e passa por simples atos do cotidiano (observar a ordem numa fila, respeitar as vagas reservadas para idosos e deficientes) a questões mais complexas relativas à busca por direitos sem prescindir das obrigações, no trato social.

Tornar-se um cidadão na pureza da acepção da palavra, por mais simples que pareça, não é algo simples; é uma conquista pessoal e cotidiana. É necessário acima de tudo ter consciência de seus direitos, igualmente de seus deveres, equilibrando as situações que a vida nos apresenta de modo claro. Muitos levantam as mais diversas bandeiras todos os dias, mas poucos vivem a cidadania de forma plena, pois essa é uma conquista do indivíduo em sociedade, é ter em mente que lutar por nossos direitos é muito importante, mas não dar a contrapartida social destes direitos, que nada mais é que a observância de nossos deveres, nem sempre é uma atitude simples.

Entender não só o seu lugar mas também o do outro em sociedade, valorizando a individualidade sem prescindir do coletivo, enxergando-o como um ser também detentor de direitos e digno de respeito que, mesmo pensando de forma diferente deve e merece ser ouvido, é essencial.

Valorizar o outro sem ignorar as demandas pessoais é uma conquista construída no dia-a-dia, de forma consciente. Contribui de forma direta no exercício desta conquista, a educação recebida no meio em que se vive, em especial, no ambiente familiar, que nos ensina as primeiras regras de exercício em sociedade, e, por consequência, o exercício da cidadania.

“Desculpe”, “por favor”, “com licença” e “obrigado” é uma das primeiras lições no exercício da cidadania; são palavras do cotidiano que trazem em si grande importância para a formação do cidadão, mas que, na sociedade atual, estão cada vez mais esquecidas, sendo substituídas pelo “eu quero”, “eu preciso”, “eu tenho direitos”.

Ser cidadão é equilibrar o EU com o NÓS. Isto para que o exercício dos direitos e obrigações sociais se faça de uma forma equilibrada, harmoniosa e saudável, lutando pelos próprios direitos, sem jamais esquecer de suas obrigações e deveres.

A cidadania como uma conquista pessoal, em verdade, é construída dia após dia, nos pequenos atos, que são potencializados nas grandes buscas de direitos pessoais ou coletivos. Ser cidadão é ser consciente de seu papel na sociedade.