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Terça-feira, 11 de outubro de 2011 Edição 4 do 12º MINIONU Renata Fonseca Imprensa é barrada na ANURP página 08 Crise na OTAN polariza comitê página 05

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Edição 4 do Primal Times

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Terça-feira, 11 de outubro de 2011 Edição 4 do 12º MINIONU

Renata F

onseca

Imprensa é barrada na ANURPpágina 08

Crise na OTAN polariza comitê página 05

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Primal Times • Terça-feira, 11 de outubro de 201102

editorialCarlos Eduardo Alvim

Bruna CarmonaEditora-chefe

Carlos Eduardo AlvimSubeditor

Lila GaudêncioDiagramadora

Renata FonsecaFotógrafa

Fabrício Lima Repórter

Ígor PassariniRepórter

Fernanda MeloRepórter

Luisa FariaRepórter

Alan PiresVoluntário

Raphaella GarciaVoluntária

Rafaella ArrudaColaboração

09h00 às 12h00 Quarta sessão

09h30 às 10h00 Palestra Ignácio Martinez - CSNU (sala 504/43)

11h00 às 11h30 Palestra Jorge Lasmar - OTAN (sala 206/43)

12h00 às 13h00 Intervalo

13h00 às 16h00 Quinta sessão

16h30 Início da cerimônia de encerramento

Debates aflorados na OTAN,ameaças de guerras e discussõesdemoradas no FMI. Num mo-mento em que crises se instau-ram nos comitês, o Primal abre aedição de hoje lamentando amorte de um de nossos compa-nheiros, supostamente assassi-nado por um grupo terrorista. Ofato abre a discussão sobre opapel da mídia em um momentoque o mundo reflete sobre osseus rumos.................................

A imprensa sempre foi e sempreserá o canal mais direto poronde os cidadãos encontrarão asinformações que permeiam “aepiderme lisa da sociedade”. Aliberdade defendida só aconte-cerá com uma imprensa livre,portanto, os gritos que ecoaramdurante os protesto à ANURP,merecem aqui ser grafados:“Abaixo a opressão, liberdadede expressão”............................

Lamentamos este episódio e re-forçamos o nosso compromissocom a prática e a disseminaçãode um jornalismo que conte asmazelas, desacertos e inverda-des que destoam a harmonia so-cial. Nosso companheiro lutouaté o seus últimos momentospela prática de um jornalismodecente...............................

Continuando este trabalho ehonrando o nosso compromisso,os repórteres do Primal Timesmostram através de suas repor-tagens os principais destaquesdiscutidos nos comitês e am-pliam a reflexão sobre esses as-suntos. É esse o jornalismo quepraticamos. Ir atrás das notícias,com ou sem barreira, continuasendo o nosso ideal..............

PROGRAMAÇÃO

Ren

ata

Fon

seca

Confira as fotos do MINIONU na página do

Facebook: MINIONU 2011 FOTOGRAFIAS

ERRATA Na edição de ontem, a sigla do Comitê de Desarmamento foi grafada errada. CD é a sigla correta.

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Primal Times • Terça-feira, 11 de outubro de 2011 03R

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Dinâmica reúne delegados da FOCAC

Foto do Dia

Mauro Rebelo Barros

Os delegados do Fórum de Coopera-ção China África (FOCAC) passaram,na segunda feira, 10 de outubro, pormomentos de suma importância pararumo das discussões. Logo pelamanhã, o presidente da República doMalawi foi ao comitê para uma inter-venção. Mais tarde, já na segunda ses-são, o bacharel em RelaçõesInternacionais, Leonardo Duarte, seapresentou para a realização de umadinâmica de grupo...............................

Foi com o intuito de contextualizar

melhor os delegados e norteá-los nosdebates que o presidente da Repúblicado Malawi realizou um breve discursono FOCAC, em que falou sobre a im-portância de os delegados da Áfricaentrarem em consenso para que hajaresultados proveitosos tanto para aChina quanto para o continente africano.....................................

Na segunda sessão do dia, os delega-dos foram convidados por LeonardoDuarte a irem para área externa ao au-ditório, onde realizaram uma dinâmicade grupo. O jogo era bem simples. Osparticipantes se organizaram em dois

círculos e cada turma possuía um rolode barbante, o qual deveriam arremes-sar uns para os outros. Ao fim da ro-dada, uma enorme rede foi formadaentre os delegados. Em seguida, elesforam desafiados a encaixar quatro ca-netas em diferentes garrafas PET.

“O objetivo principal foi que os de-legados trabalhassem a cooperação eque percebessem que, mesmo repre-sentando países diferentes, todos sãofundamentais para que o objetivo sejaatingido” disse Leonardo sobre a ati-vidade.

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Conférence de Berlin

La première résolution a été presentéeet les pays travaillent assiduementselon leurs interêts, en faisant des trai-tés entre eux. Ils discutent aussi surl'esclavage, qui est une question trèsimportante pour les Royames du Por-tugal et d'Espagne. Il faut remarquerque seulement ces deux pays ont uti-lisé ces moyèns d'enrichissement etont conquis de nouveaux marchés. Parailleurs, le fait que l'esclavage ne soitpas la même chose que le travail forcé,ces problèmes-là ont été beaucoup dis-cuté, mais, comment feront les diri-geants pour ce decider? Une abolitionpartielle serait-elle possible? L'EmpireOttoman est très preocupé avec ses in-

terêts, parce que la République Fran-çaise domine un territoire essentielpour les turques ottomans. Ils s'occu-pent, alors, tous, avec l'effectivité deces Actes. Il est enfin decidé pour unetentative d'abolition em 15 années, cetà dire, au 1er janvier 1900, au début.Cela a été presque approuvé par unani-mité (seule l'Italie n'a pas accordé). Ledébat était tellement animé que les dé-légués sont restés pendant une partiede la pause de déjeuner. A la fin desdiscussions, la conférence a témoignéun grand changement de position dela grande puissance commercille etmilitaire à l’époque: l’Angleterre. Lereprésentent du Royaume Uni a ac-cepté d’ouvrir le fleuve Nil à la librenavigation des puissances européenes

en changement d’un accés irrestrit àtouts les fleuves d’Afrique. La seuleexception du traité a était le fleuve Sé-negal. Ce grand changement peut re-presenter un gran bouleversement desrelations diplomatiques et sera essen-tiel pour les négiociations de demainquand la partition définitive des terri-toires africains aura lieu. Certains té-moignes de la conférence affirmentque la visitation du grand explorateurHenry Morton Stanley, a était décisif,en vue que le nord-américain a sou-tenu fortment la libéralisation des fleu-ves en Afrique, en utilisant descitations de ses lettres et cahiers devoyage et même des photos des lieusvisités par son expedition.

Primal Times • Terça-feira, 11 de outubro de 201104

Marcos Paulo de Almeida PantuzaLígia Caires SilvaLucas Cotrim Furtado da GamaUNSC

Pictures that showed possible evidenceof a war coming triggered extremelyhostile debates at the United NationsSecurity Council. After a weapons ins-pector analyzed a photo concerning anethnic conflict in Africa, the imme-diate conclusion was that the weaponsshown in the picture were manufactu-red in Russia. Apparently China is also

manufacturing a nuclear submarine,although it vehemently denies it. Suchevents led to rough critics towardsChina and Russia. Lots of countriesseemed to be extremely worried andoffended due to a strengthening possi-bility of a Water War. The delegationof the USA got to the point that theycalled China “dumb”, and declaredthat they could handle the situationmuch more wisely then the Chinese.An agreement hadn’t been closed untilthe moment that the delegates finallycame up with a resolution concerning

the environmental refugees issue crea-ting a sub-committee which is goingto be responsible for relocating anddistributing those in need of a land tocall home. With that taken care of, thesuspicious on Chinese military move-ments will be in the agenda togetherwith the water issue. Time is gettingshorter and the UN Security Councilmust hurry if they are to maintain theirintegrity and effectiveness. Until now,the Council has not even discussed thesimple question of water distribution.

Hostile discussions take over UNSC after possibility of a Water War

Sans esclavage au XXe. Siècle

Rafael FreitasCSNU

En el segundo día de trabajos en la MI-NIONU, el comité en español iniciósus actividades con el polémico debateentre los palestinos y israelís acercadel reconocimiento de Palestina comoun país libre e independiente. Las de-legaciones a favor o en contra de la

emancipación de los palestinos tuvie-ron un buen desempeño y supieron de-fender bien el posicionamiento de cadaestado al que representaban. Por latarde el comité fue sorprendido con lanoticia, publicada en el periódico Pri-mal Times, de que el ex presidenteegipcio, Hosni Mubarak, había sidoasesinado posiblemente por el gruporadical islámico Al-Gama'a al-Isla-

miyya, con fuertes influencias del aia-tolá iraní Ali Jamenei. Esta noticiacambió la dirección de los debates ylos delgados se dividieron en la opi-nión de hacer o no una intervenciónmilitar en Egipto para mantener la or-denen interna en el país. Esto por quesurgió la duda de la capacidad de con-trolar posibles rebeliones por parte delactual gobierno egipcio.

Asesinato lleva a tensiones

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Primal Times • Terça-feira, 11 de outubro de 2011 05

Alexandre SantosVinícius FigueiredoOTAN

As discussões acerca da questão terro-rista continuaram no segundo dia dedebate da OTAN. A reunião se mos-trou dinâmica e as discussões evoluí-ram, embora ainda existisse o conflitode interesses, principalmente entreBulgária e EUA. Porém, os delegadosda OTAN foram pegos de surpresa.Um vídeo foi interceptado pelo Ser-viço de Inteligência da Aliança, vindode grupos radicais islâmicos, em queum representante da UE e um da Rús-sia são torturados e mantidos reféns. O

comitê foi divido para tomada de deci-sões. Os radicais, localizados na regiãodo Iêmen, exigem a liberação de todosos prisioneiros islâmicos dos EUA, arevogação da lei do véu, a retirada detropas da OTAN do Afeganistão e ofim do Estado de Israel. Os ministrosde relações exteriores iniciaram umadiscussão sobre a invasão do Iêmen,que foi fortemente apoiada por EUA eFrança. Estes se recusam a fazer acor-dos com terroristas. De acordo comfontes sigilosas ligadas a OTAN, a or-ganização planeja um ataque surpresasem o consentimento de Rússia eIêmen. O posicionamento do delegadoda Bulgária, que já havia recusado a

participar das discussões e tambémvotado contra a invasão doIêmen,gerou grande revolta no comitê,principalmente por parte do delegadoda Noruega. O delegado da Repúblicada Bulgária em um discurso a im-prensa criticou os EUA e as posiçõestomada pela OTAN , dizendo “ Apóso 11 de setembro os EUA , iniciaramuma guerra contra os terroristas (…),os delegados da OTAN são todos vin-gativos, se recusam a usar de paz, e seesqueceram que haverá uma reação.Se estes delegados não se reconhece-rem incoerentes com a história eclo-dirá uma 3ª Guerra Mundial”.

Bulgária e Noruega aumentam crise na OTAN

Delegados se exaltam e discussões não evoluem Rebeca LimaVinícius LopezCD

As delegações do CD têm encontradodificuldades em desenvolver soluçõessobre o armamento convencional. Oassunto persistiu durante a segundasessão e os documentos de trabalhodesenvolvidos foram reprovados pelamaioria dos países. Durante um de-bate, o delegado da África do Sul seexaltou ao perguntar ao delegado daFederação Russa se o mesmo sabia ler,

uma vez que este, discordou da posi-ção apresentada no documento de tra-balho, que sugeria a proibição docomércio de armas à países não signa-tários da Carta das Nações Unidas. Odelegado russo alegou que o docu-mento é uma conspiração contra Esta-dos como a Palestina, que não éreconhecido pela ONU, e com isso,não é plausível a cobrança para quetais Estados assinem a Carta das Na-ções Unidas. A UE redigiu um docu-mento sugerindo que as delegaçõespermitam a retirada de uma taxa sobre

o lucro obtido com a exportação dearmas. O valor obtido seria deslocadopara a fiscalização de comércio ilegal.O debate sobre a questão nuclear fina-lizou as discussões do dia. Foram fei-tas acusações à Coreia do Norte.Pressionado, o delegado norte-coreanose exaltou, desagradando parte do co-mitê. “Nada mais típico que a Coreiado Norte tomando uma atitude anti-di-plomática, autoritária e contraditória”proferiu o delegado dos Estados Uni-dos.

Ren

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Primal Times • Terça-feira, 11 de outubro de 201106

Ane Hungaro da Cunha Júlia Elisa de Souza BittencourtOIM

O segundo dia de debates na OIM foimuito agitado devido a notícia dadapela diretora assistente logo no iníciodo dia na qual foi informado que umcomboio com 40 mulheres e criançastraficadas para o uso na exploração se-xual e trabalhista foi encontrado eapreendido na Tailândia. Esse aconte-cimento gerou uma grande polêmicaem torno do que fazer com as pessoasque no momento estavam sem abrigo e

precisavam de assistência imediata.Muitos não atentaram para o que era omais necessário no momento: uma re-solução rápida. Após algum tempo dediscussão, chegou-se a seguinte solu-ção: “A OIM destinará verbas dofundo já existente para que as vítimasresgatadas na Tailândia possam se rea-bilitar e posteriormente retornar aospaíses de origem. Essa reabilitaçãoserá realizada em abrigos provisórios,em Bangcoc, financiados pelos fundosda OIM. Investigar e julgar os envolvi-dos do Tráfico Humano, junto ao Tri-

bunal Internacional. (…)”, como ci-tado no Documento Provisório II. Oproblema foi resolvido relativamenterápido devido ao diálogo entre os dele-gados, que estão procurando se enten-der mesmo após desavenças, comoocorreu entre os delegados de Sudão eda Grécia. No comitê, como em todosos outros, há discussões e brigas gera-dos por opiniões diferentes, mas o queé percebido neste, em particular, é quea vontade de chegar à resolução final émaior que qualquer conflito.

Tráfico de mulheres é discutido na OIM

CPAR entra em crise devido à situação naRepública Democrática do CongoGabriela Brown

Maria Teles

CPAR

Na terceira reunião da Conferência deParis foi declarada uma crise visto queuma guerra civil irrompeu na Repú-blica Democrática do Congo com 20mil crianças soldado em campo de ba-talha e mais de 1500 mortes de crian-ças oficializadas. O comitê usufruía de

uma hora para entrar em um acordofinal. O documento de trabalho daEtiópia foi aprovado por votação pelamaioria qualificada do comitê. Tal do-cumento oferece refúgio as criançasque necessitarem, suprimentos ofere-cidos pelas ONG’s e tenta uma nego-ciação passiva com os gruposrebeldes. Caso a negociação sejaaceita, se aplicará o programa de De-sarmamento Desmobilização e Rein-

tegração (DDR). Se recusada, as ca-sualidades serão cortadas. O último tó-pico encerrava o fornecimento deenergia elétrica, comida e água por umdeterminado período de tempo, o quedesagradou alguns países do comitê.“Com tal proposta, objetivamos o en-fraquecimento dos revoltosos”, alegouo delegado da Etiópia em defesa doseu documento.

Marina PereiraThaís BrunelliFOCAC

No segundo dia da reunião doFOCAC, divergências entre interessesafricanos dificultaram as negociações.A enorme presença de trabalhadoresestrangeiros em empresas chinesasinstaladas na África tem sido um pro-blema e as discussões se focaram emuma solução. Há delegações contráriasao mínimo de trabalhadores africanosem empresas da China e aquelas que

se consideram incapazes de suprir anecessidade chinesa. Delegaçõescomo a de Mali e Uganda, exigiram30%, outras, como a Serra Leoa, apon-taram que não se deve oferecer umataxa que não pode ser atendida, casocontrário, tais empresas perderão o in-teresse no continente. Essas são duas,das várias opiniões apresentadas du-rante a discussão. A dificuldade emchegar a um consenso atrapalhou ostrabalhos, já que as opiniões foramressaltadas várias vezes e as exigên-

cias feitas por parte das delegaçõesnão podiam ser atendidas. A soluçãochinesa, que desde o início frisou nãopoder intervir na política empresarial,prevaleceu. Projetos para a qualifica-ção da mão de obra entrarão em vigor,e o empresariado chinês será encora-jado a debater com os governos astaxas de trabalhadores locais em seusnegócios. A dificuldade de entrar emum consenso tem atrapalhado tambéma entrada da União Africana naFOCAC.

“Queremos mais da China, porque queremos crescer”, afirma Delegado do Mali

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Primal Times • Terça-feira, 11 de outubro de 2011 07

Clara Andrade Pimentel

Matheus Azevedo Garcia

ASPA

Na tarde de hoje, os delegados da Cú-pula ASPA foram surpreendidos pelapresença de Muhamed Ali Sadiq, quediscursou de forma enérgica, ocasio-nando agitações no comitê. Ao dizerque a forma que os animais são abati-dos para consumo na América do Sul éofensiva aos costumes Islâmicos, a au-toridade religiosa muçulmana decla-rou que, se não fossem adotadasmedidas relativas a isso dentro de uma

hora, os oradores entrariam em greveem todos os países sul-americanos.Isso desencadeou uma crise no comitê.Dentre as exigências de Muhamedconstava que o abate dos animais de-veria ser feito com estes voltados paraMeca e a sangria dos frangos deveriaser feita apenas uma vez. Mais tarde,manifestantes árabes realizaram pro-testos em frente ao local de reunião.Ao fim do discurso de Muhamed apresença dos representantes da im-prensa foi proibida no local, e maistarde foi divulgada a notícia de que osmembros árabes do comitê foram im-

pedidos de orar a Alá no horário cor-reto. Por fim a crise foi resolvida coma criação de um órgão responsávelpela fiscalização de abatedouros quemanifestarem a vontade de exportarfrango para países árabes, tais instala-ções receberão o selo Halal de aprova-ção. Na sessão da manhã, a pautaprincipal da discussão foi a diminui-ção das tarifas alfandegárias entre ospaíses da ASPA e a criação de uma ta-rifa externa comum. No entanto, ospaíses não chegaram a um consenso arespeito do tema, adiando as soluçõesde caráter econômico.........................

Crise dos frangos abala a Cúpula ASPA

Bruno Almeida CostaThamiris Oliveira RezendeFMI

O FMI continuou a discutir a adapta-ção dos interesses globais no segundodia de reunião. Os delegados se dispu-seram a negociar a partir de dados con-cretos a redistribuição de cotas ereestruturação dos critérios de emprés-timos e votos básicos. Contudo, desa-venças interferiram no desenrolar daspropostas. Quanto aos projetos, foram

inicialmente idealizados e discutidos,valendo-se da transparência de contasdas nações envolvidas. As propostasprincipais diziam respeito ao aumentodas taxas de cotas dos países emergen-tes, cedidas pelos países centrais. Osemergentes, por sua vez, confirmaramsua importância na manutenção daeconomia mundial, buscando negocia-ção favorável ao desenvolvimento.Dentro desse processo, o aumento emporcentagem de cotas sugeridos porpaíses centrais não foi concretizado

para o fechamento do acordo. A distri-buição de votos e os empréstimos for-necidos para cessar a crise mundiallevaram as nações a um momento deindecisão. Ao final do dia a notíciasobre o terremoto que atingiu Schio,na Itália, levou as discussões paraoutro rumo. O desastre natural alertouainda mais os delegados da União Eu-ropeia, acarretando em um pedido deempréstimo imediato ao Fundo. A Itá-lia aumentou as tensões internas de-vido ao fato.

Terremoto na Itália estremece decisões monetárias no FMI

Natália Sereno

Joyce Ribeiro

AGNU

Após mais um dia de debate, os dele-gados responsáveis pela solução doproblema afegão promoveram um pe-queno avanço na Assembleia GeralDas Nações Unidas: agora já está acor-dado que o governo vigente é ilegí-timo. Em seguida, a reunião passou atratar da retirada das tropas, o tempo

que levará e o governo seguinte, alémda criação de um fundo monetáriopara ajuda ao Afeganistão. Durante adiscussão, a delegada soviética foi re-petidas vezes atacada por colegas decomitê. A primeira situação ocorreuquando ela afirmou ser primordial ofim das mortes no país, seguida em seudiscurso pela delegação do Gabão, quedeclarou insistentemente ser prepotên-cia soviética fazer tal afirmativa, vistoque é o seu exército que está causando

tais mortes. Tempos após o aconteci-mento, a delegação da Zâmbia afirmou que a delegada da União Sovié-tica era negligente por não se encon-trar presente durante o debate. Comojustificativa, foi dito pela delegada emquestão que ela se encontrava bus-cando a resolução da situação, redi-gindo um documento de trabalho, queseria o nono criado desde o começo dareunião: um criado no dia de ontem, eoito no dia de hoje...........................

Delegada da URSS é atacada

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Primal Times • Terça-feira, 11 de outubro de 201108R

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Luiza Dias

Isabella Magalhães

Um informante anônimo enviou umvídeo à Imprensa acusando o governoLibanês de dar suporte aos interessesdos Estados Unidos e de Israel. Eleafirmou, ainda, que o grupo políticoFatah não está envolvido com o queocorreu no campo de refugiados loca-lizado a 10 milhas de Trípoli. Na ten-tativa de buscar um depoimento dasdelegadas do Líbano, repórteres foramcensurados e expulsos da sessão daANURP, em duas ocasiões diferentes.Entretanto, o motivo real dessa repor-tagem foi que a redação do PrimalTimes recebeu a notícia de que o in-formante anônimo que aparece novídeo não é um integrante real dogrupo Fatah Al-Islam, tratando-se,portanto, de uma farsa.........................

Em resposta às acusações, a delega-ção Libanesa afirmou ser impossíveluma aliança entre tais países, devido

aos conflitos históricos entre Israel eLíbano. Os Estados Unidos, por suavez, afirmaram que a única ligaçãoque eles têm com o Líbano é atravésda ajuda humanitária. Os representan-tes da Cisjordânia esclareceram que oFatah não é um grupo terrorista, ape-nas busca a criação do Estado da Pa-lestina. O país declarou ainda que areconstrução do campo de Nahr El-Bared não é uma solução prática, masum desperdício de dinheiro.

Ao sugerir a criação de um fundomonetário para ajuda aos refugiados, aliga europeia foi criticada, sob a indi-cação de que já existe um órgão querecebe doações e as repassa aos refu-giados: a CERF (Central EmergencyResponse Fund). Porém, até então,2007 tem sido o ano em que a ANURPmenos recebeu doações em toda a suahistória. Enquanto as discussões trans-correm, o povo palestino continua asofrer com a falta de uma resolução.

Após horas em crise, toda a reda-ção do Primal Times resolveu res-ponder à afronta feita à liberdadede imprensa, invadindo a reuniãoda ANURP com gritos incessantesde: “Abaixo a opressão, liberdadede expressão!” Mais uma vez, osrepórteres foram expulsos da ses-são, mas o clamor pelo direito de seexpressar continuará ressoando en-quanto este for violado. Porém, talação não saiu sem um alto preço:um dos redatores foi brutalmenteassassinado dentro da sala do jor-nal.

Nosso companheiro morto foiAlan Pires, um dos responsáveispela reportagem sobre a farsa di-vulgada pela CNN. O corpo delefoi encontrado na madrugada dehoje, terça-feira, no chão da sala deimprensa. Sua morte é atribuída aogrupo Fatah Al-Islam, em respostaà matéria que denunciava a tenta-tiva de encobrir a verdade, ludi-briando os delegados da ANURP.

Vídeo divulgado pela CNNnão passava de uma farsa

O preço daexpressão

LUTO