previdÊncia social: um comparativo entre trabalho formal...
TRANSCRIPT
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
ISSN 2525-9075 on-line
206
PREVIDÊNCIA SOCIAL: UM COMPARATIVO ENTRE TRABALHO FORMAL E
INFORMAL NO MUNICÍPIO DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE – ES
Andrieli Ferreira Coelho Almeida1 e André Guarçoni M.2
1Graduada em Administração pela Faculdade Venda Nova do Imigrante-FAVENI, Av. Ângelo Altoé, 888, Santa Cruz, Venda
Nova do Imigrante, ES; 2Professor orientador da FAVENI/ Pesquisador do Instituto Capixaba de Assistência Técnica e
Extensão Rural, [email protected].
RESUMO: Atualmente, o mercado de trabalho está mais rigoroso e seletivo, valorizando as
pessoas com qualificação e experiência profissional. Assim, os trabalhadores que não se
adequam a este perfil têm como consequência o desemprego. Para se inserir no mercado de
trabalho, alguns optam por qualificação profissional, outros optam pela informalidade e
alguns são expostos à marginalização. O objetivo do trabalho foi caracterizar os trabalhadores
informais do município de Venda Nova do Imigrante-ES, para que sejam apontados os
motivos que os levaram a esta condição e sejam apresentados, nesse contexto, os benefícios
da formalização. Foi realizada, então, uma pesquisa subdividida em duas etapas: pesquisa
bibliográfica e pesquisa descritiva de levantamento, com aplicação de questionários a 20
trabalhadores informais. Após a análise dos resultados, foi possível identificar que a faixa
etária prioritária de trabalhadores informais é de 20 a 40 anos, e que o grupo familiar é
pequeno; a jornada de trabalho está acima de 8 horas diárias; a renda varia de um a três salários
mínimos, com local de trabalho indefinido; a expansão do trabalho informal no Município de
Venda Nova do Imigrante-ES é decorrente da melhor renda na informalidade, do desemprego
e da não-subordinação; A maior parte dos entrevistados está satisfeita trabalhando na
informalidade e tem como objetivo transformar a informalidade em negócio próprio formal;
os trabalhadores não reconhecem a importância da contribuição do pagamento de INSS
autônomo.
PALAVRAS-CHAVE: Mercado de Trabalho. Qualificação. Experiência Profissional.
Seguridade e Contribuição Social. Impactos Econômicos
ABSTRACT: Currently, the labor market is more rigorous and selective, valuing people with
qualification and professional experience. Thus, workers who do not have this profile result
in unemployment. To enter in the labor market, some opt for professional qualification, others
opt for informality and some are exposed to marginalization. The aim of this work was to
characterize the informal workers of the Venda Nova do Imigrante-ES city, in order to indicate
the reasons that led them to this condition and, in this context, the benefits of formalization
are presented. It was made, then, a research subdivided into two stages: bibliographic research
and a descriptive survey, with the application of questionnaires to 20 informal workers from
the Venda Nova do Imigrante-ES city. After analyzing the results, it was possible to identify
that the priority age group of informal workers is between 20 and 40 years old and that the
family group is small; the working day is over 8 hours a day; the income varies from one to
three minimum wages, with an indefinite place of work; the expansion of informal work in
the Venda Nova do Imigrante-ES city is due to the better income in informality,
unemployment and non-subordination; most of the interviewees are satisfied working in
informality and have as objective to transform the informality in own formal business; the
workers do not recognize the importance of the autonomous contribution INSS payment.
KEYWORDS: Job market. Qualification. Professional experience. Security and Social
Contribution. Economic Impacts.
207
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
207
ISSN 2525-9075 on-line
1 INTRODUÇÃO
O trabalho informal não é um fenômeno novo, especialmente no Brasil, onde a
dualidade e a heterogeneidade do mercado de trabalho são problemas histórico-estruturais
(MELO; SOUTO, 2012). No Brasil, o mercado de trabalhadores informais representa 19% da
economia do país. De acordo com o Papp e Gerbelli (2016), que compilaram dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, existem atualmente no Brasil
aproximadamente 10 milhões de trabalhadores informais. Essa massa de trabalhadores
informais começou a ganhar força na década de 90. Com o aumento da competitividade, as
mudanças estruturais e financeiras, a reestruturação produtiva e a privatização das empresas.
A combinação desses fatores repercutiu negativamente sobre o mercado de trabalho e o que
se observou, durante a década de noventa, foi o crescimento das ocupações sem vínculo
empregatício e do trabalho por conta própria.
Como o mercado de trabalho não absorve pessoas que não possuem conhecimentos
específicos, os trabalhadores pouco qualificados não conseguem preencher os postos de
emprego formal que exigem qualificação técnica e elevado nível de instrução.
Desempregados, estes trabalhadores ficam marginalizados, e, muitas vezes, são conduzidos à
informalidade, sem as garantias e os direitos reservados aos trabalhadores formais (NUNES,
2013).
O contínuo avanço da economia global não pareceu garantir que as sociedades
gerassem postos de trabalho, compatíveis em qualidade e renda com as necessidades mínimas
dos cidadãos. A lógica da globalização e do fracionamento das cadeias produtivas, muito
oportuna para a vitalidade do capitalismo contemporâneo, oferecia trabalho barato sem elevar-
lhes a renda. Com o surgimento de oportunidades bem remuneradas no trabalho flexível, o
setor informal também acumulou o trabalho muito precário e a miséria. A ausência de
alternativas e outras oportunidades de emprego mantém os trabalhadores no setor informal.
Por outro lado, muitos trabalhadores formais complementam sua renda com atividades no
setor informal. As mulheres, por exemplo, representam uma fração majoritária no setor
informal, devido à flexibilidade desse setor e à ausência de oportunidades nas atividades
formais da economia (PORTAL EDUCAÇÃO, 2013).
Para Galizacig (2001), os trabalhadores informais se dividem em quatro grupos, sendo
eles, trabalhadores autônomos, pequenas empresas familiares e “quase-empresas capitalistas”
– são consideras quase-empresas capitalistas, as empresas que possuem mão de obra
assalariada, porém, possuem algumas peculiaridades que justificam a sua inclusão na
categoria dos informais - e cooperativas para a produção de mercadorias e prestação de
serviços.
Dentro desses grupos há vários tipos de trabalhadores que compõem a economia
informal. Há trabalhadores informais através de contratos atípicos, outros trabalham por
“conta própria”, há também aqueles que são revendedores ou prestadores de serviços
autônomos, vários trabalham em família. De modo geral, o trabalhador informal é percebido
como massa de trabalhadores em atividade produtiva sem emprego de carteira assinada
(NUNES, 2013). Geralmente, esses trabalhos informais são realizados em grandes cidades
devido às grandes migrações rurais e pelas mudanças de mercado que acontecem diariamente.
A título de exemplo, segundo Ramalho (1998), podem-se citar: os flanelinhas, os catadores
de papel, os ambulantes, os guardadores de carros, e os malabaristas nos sinais de trânsito.
O objetivo do trabalho foi caracterizar os trabalhadores informais do Município de
Venda Nova do Imigrante-ES, para que sejam apontados os motivos que os levaram a esta
condição e sejam apresentados, nesse contexto, os benefícios da formalização.
208
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
208
ISSN 2525-9075 on-line
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 TRABALHO INFORMAL
Basicamente, o trabalhador informal é visto como o empregado que não possui vínculo
empregatício ou benefícios fornecidos pelo empregador. Essa modalidade de trabalho é
representada, por exemplo, pelos camelôs, vendedores de porta em porta, flanelinhas, entre
outros.
Nas análises econômicas, diferentes conceitos ou definições de trabalho informal são
adotados, e a dificuldade de se estabelecer este conceito reside na impossibilidade de adequar
a mesma definição para diferentes situações como, por exemplo, flanelinhas, vendedores
ambulantes, mecânicos, médicos e consultores de informática (KON, 2015). As modificações
nos conceitos de informalidade vêm se sucedendo historicamente, acompanhando as
transformações nas economias mundiais, que levam a reformulações nas características das
atividades informais (OIT, 1972, citado por KON, 2004). Para este mesmo autor, o conceito
atual de informalidade foi descrito na 15ª Conferência Internacional de Estatísticas do
Trabalho em 1993, onde definiu-se o setor informal como um subconjunto de empresas
familiares, ou seja, empresas de propriedade e operadas por famílias ou membros de uma
família, seja de forma individual ou com a parceria de outros.
De forma oposta às corporações ou quase corporações, as empresas familiares são
definidas pelo System of National Accounts (SNA) da ONU como unidades de produção que
não são constituídas como entidades legais separadas de seus proprietários e não possuem um
conjunto completo de contabilidade dos negócios, que inclui os balancetes de ativos e
passivos. Dessa forma, o tipo de organização legal da unidade e o tipo de contabilidade
mantida são os dois critérios básicos da definição internacional de setor informal (OIT, 1993,
citado por KON, 2004).
2.1.2 ORIGEM DO TRABALHO INFORMAL
A expressão trabalho informal foi adotada pela primeira vez no ano de 1972 em um
Programa Mundial de Emprego. A mesma foi aplicada em alguns estudos realizados pela
Organização Internacional do Trabalho (OIT), sendo empregada para descrever as condições
de trabalho recorrentes em Gana e no Quênia, na África (ALBUQUERQUE, 2016).
A OIT utiliza como ponto de partida de exame e classificação do trabalho informal a
unidade econômica, caracterizada pela produção em pequena escala, pelo reduzido emprego
de técnicas e pela quase inexistente separação entre o capital e o trabalho (GLÓRIA et al.,
2007).
Muitos são os trabalhadores que se encaixam no perfil do trabalho informal, e as causas
determinantes da formação e crescimento do setor informal estão na excessiva regulação do
Estado, baseada em impostos, regulamentações, proibições e corrupção burocrática.
2.1.3 O TRABALHO INFORMAL NO BRASIL
As forças que determinaram a ampliação da informalidade no país se
originaram mais intensamente no período correspondente ao processo
de industrialização por substituição de importações, no final da década
de 1950. Neste período, apesar da incorporação de tecnologias
poupadoras de mão de obra, este processo contribuiu para a ampliação
de oportunidades de ocupações, que surgiam como complementação
às demais atividades e também como resultado do aumento médio dos
209
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
209
ISSN 2525-9075 on-line
rendimentos dos assalariados, que se expressavam através da elevação
do maior consumo de bens e serviços (KON, 2015).
Com o processo de industrialização, a força de trabalho urbana aumentou, pois os
trabalhadores rurais foram para a cidade em busca de melhores oportunidades de emprego e
renda. Como consequência, a maioria dos trabalhadores não encontrou ocupações nas
indústrias, “autocriando” ocupações de serviços, com baixos níveis de produtividade, que não
são relacionados ao processo de acumulação do capital e dependem das oportunidades que o
mercado oferece para vender um bem ou serviço que gere renda. Neste caso, o setor informal
tornou-se uma alternativa para o desemprego aberto, sendo determinado pelo excedente de
mão de obra e possibilitado pela facilidade de entrada, pois era composto por ocupações que
exigiam pouco capital e pequena escala de produção, pouca organização produtiva e processos
tecnológicos simples, acompanhado de baixa proteção oferecida pelas políticas
governamentais (KON, 2004).
Atualmente, no Brasil, esse tipo de trabalho vem ganhando força e mais adeptos, pois
evita o excesso de impostos e tributos que os empregadores precisam pagar ao governo. O
setor informal não é um bom negócio nem para o Estado nem para o trabalhador, afinal, esse
sistema atua como uma contraprestação. Se o trabalhador não contribui, além de não estar
amparado, o governo não vai poder investir em formas de desenvolver mais empregos, já que
a arrecadação com impostos será menor (ALBUQUERQUE, 2016).
Segundo Pastore (2007), o problema no Brasil, em relação ao trabalho informal, deve-
se a lei trabalhista que rege essa área, pois, nesse campo, utiliza-se uma única lei trabalhista.
Dessa forma, a mesma é aplicada tanto para uma grande empresa, quanto para uma
microempresa. Nesse caso, o mesmo autor defende a ideia de que situações distintas exigem
tratamentos diferenciados. A falta de flexibilidade das leis, a alta carga tributária ao se
contratar um funcionário e a ineficácia do governo para punir empresas com profissionais sem
registro em carteira, são os principais fatores que estimulam a informalidade trabalhista no
Brasil.
2.2 A INFORMALIDADE E A PREVIDÊNCIA SOCIAL
2.2.1 PREVIDÊNCIA SOCIAL
A instituição de um sistema previdenciário surgiu da constatação de que, sozinhos, os
cidadãos não seriam capazes de se prevenir de algum evento futuro, que poderia lhes colocar
em uma condição de pobreza. Dessa forma, o Estado buscou celebrar um contrato de seguro
com a sociedade, de modo que o trabalhador ao contribuir para a previdência ficasse
resguardado dos eventos futuros que pudessem prejudicar a capacidade de sustentar a si e a
sua família (PINTO, 2016). No entanto, reveste-se também em dever, uma vez que exige a
contraprestação direta do segurado para que ele e/ou seus dependentes possam fazer jus às
prestações previdenciárias. Sua missão é garantir proteção ao trabalhador e sua família, por
meio de sistema público de política previdenciária solidária, inclusiva e sustentável, com o
objetivo de promover o bem-estar social e tem como visão ser reconhecida como patrimônio
do trabalhador e sua família, pela sustentabilidade dos regimes previdenciários e pela
excelência na gestão, cobertura e atendimento (PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2012).
A previdência apresenta proteção obrigatória e facultativa. Por meio dos dois regimes,
o Estado viabiliza a todos os trabalhadores o acesso à previdência e, com isso, o trabalhador
estará protegido das contingências geradoras de necessidades, uma vez que será garantido
recurso quando o trabalhador, em virtude de sua incapacidade laboral, não os obtém com o
fruto de seu trabalho. A seguridade social é composta por dois processos, sendo que um visa
210
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
210
ISSN 2525-9075 on-line
garantir a saúde para todos e o outro tem por objetivo a garantia de recursos para a
sobrevivência digna das pessoas, nas situações de necessidades, quando não podem ser
obtidos pelo esforço próprio. Este segundo é subdividido em previdência social e assistência
social, sendo que a assistência é concebida apenas àqueles que não estão protegidos pela
previdência, dessa forma, a mesma garante recurso ao trabalhador e seu dependente quando
há a ausência da capacidade laboral (PIERDONÁ, 2011).
2.2.2 FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
Para garantir a proteção social, a Constituição prevê meios que correspondem ao
financiamento da seguridade social, cuja responsabilidade, conforme o caput do art. 195 da
Lei 8.212/1991, é de toda a sociedade de forma direta (contribuições sociais) e indireta
(recursos que as pessoas jurídicas de direito público interno destinarão dos seus orçamentos,
compostos de receitas provenientes da tributação). Entretanto, considerando as mudanças
econômicas e a ampliação do sistema protetivo, a Constituição estabeleceu o princípio da
diversidade de bases de financiamento, o qual impõe a utilização de outras bases de
financiamento, além da remuneração do trabalho, uma vez que somente esta já não é suficiente
para custear a totalidade dos benefícios de seguridade (BRASIL, 1991).
As emendas constitucionais também têm sido utilizadas como instrumento para
aumentar as bases de financiamento. Dessa forma, a Constituição arrola, no art. 195: fatos
geradores de contribuições de seguridade social: contribuição da empresa sobre a folha de
salário e demais rendimentos do trabalho pagos à pessoa física, mesmo que sem vínculo
empregatício - contribuições dos trabalhadores, as quais são destinadas exclusivamente ao
pagamento dos benefícios do regime geral de previdência social (PIERDONÁ, 2011).
2.2.3 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA E EXCLUSÃO DOS TRABALHADORES
INFORMAIS
Desde 1923, com a denominada Lei Eloy Chaves, os trabalhadores (sujeitos passivos
das contribuições para a previdência social) foram chamados a contribuir para o sistema
protetivo. No âmbito constitucional, a Carta de 1934 estabeleceu o Poder Público, os
empregadores e os empregados como partícipes do custeio da previdência social. Essa forma
de participação no custeio teve por fundamento o modelo alemão de seguro social.
Considerando que todo trabalhador tem direito à previdência (direito fundamental);
considerando, ainda, que para ter direito aos benefícios previdenciários, há a necessidade de
contribuição por parte do segurado, o legislador infraconstitucional deve instituir contribuição
para todos os trabalhadores. Os trabalhadores, no regime geral, são denominados segurados
obrigatórios, justamente porque a Constituição garante a proteção a todos os trabalhadores por
meio da previdência social, exigindo deles contribuições para ter acesso à mencionada
proteção (PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2012).
Em relação à contribuição na área previdenciária, além de ser exigida, a mesma é
também essencial para assegurar a saúde financeira de todo o regime. Assim é de tal sorte que
quem não contribui formalmente para o sistema dele não pode se beneficiar, porque não fará
jus à condição de segurado. Quão mais excludente e restritivo é o acesso à previdência social,
maior é a demanda por benefícios assistenciais. Sabemos que os não segurados da previdência,
porque não podem ou querem contribuir com ela, provavelmente buscarão amparo estatal –
em situações de pobreza ou indigência – na forma de assistência social (PINTO, 2016).
A Lei nº 8.212 de julho de 91, no art. 12, estabelece que, em matéria previdenciária,
os trabalhadores são classificados em cinco grupos (empregado, empregado doméstico,
avulso, segurado especial e contribuinte individual). A referida lei estabelece a contribuição
211
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
211
ISSN 2525-9075 on-line
de cada uma das espécies de trabalhadores referidos acima: o empregado, o doméstico e o
avulso contribuem com 8, 9 e 11% sobre a remuneração auferida; já para o contribuinte
individual a alíquota é de 20% sobre a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou
por conta própria (BRASIL, 1991).
Com base no valor da alíquota, Pierdoná (2011) defende a ideia de que esta, quando
aplicável ao contribuinte individual, gera a exclusão do trabalhador e seus dependentes do
sistema previdenciário, visto que o trabalhador só está assegurado se houvera contribuição.
No momento em que o trabalhador informal não possuir mais capacidade laboral, o mesmo
não terá acesso aos benefícios previdenciários, os quais visam substituir a renda auferida pelo
trabalhador, o que irá gerar consequências não apenas para o mesmo, mas para seus
dependentes também, já que vivem com os recursos provenientes do trabalho.
3 MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa realizada pode ser classificada como aplicada, quantitativa e descritiva. O
estudo foi desenvolvido utilizando duas pesquisas complementares. Inicialmente foi realizada
uma pesquisa bibliográfica, para melhor explorar o assunto, entender os problemas
relacionados e elaborar um objetivo mais abrangente e factível. Após essa fase, foi realizada
uma pesquisa descritiva de levantamento, viando o alcance do objetivo proposto.
Segundo Lakatos e Marconi (2005), a pesquisa bibliográfica abrange toda bibliografia
já tornada pública em relação ao estudo e com a finalidade de colocar o pesquisador em
contato direto com tudo o que já foi dito sobre determinado assunto.
Para Cervo e Bervian (1983) e Gil (2010), na pesquisa descritiva se observa, registra,
analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. Busca-se conhecer
as diversas situações e relações que ocorrem na vida social, política, econômica e demais
aspectos do comportamento humano, tanto do indivíduo tomado isoladamente como de grupos
e comunidades complexas.
A pesquisa bibliográfica foi realizada na biblioteca da Faculdade Venda Nova do
Imigrante – FAVENI, e em sites de busca como Google Acadêmico e Scielo, além de páginas
oficiais de órgão como IBGE. Foram utilizados na busca, além das palavras do título, os
seguintes termos: Mercado de Trabalho, Qualificação, Experiência Profissional, Seguridade e
Contribuição Social e Impactos Econômicos. Após a coleta da literatura, foi realizada sua
organização em pastas eletrônicas no computador. Essas pastas ficaram organizadas por título
e a literatura pertinente separada e adicionada a cada pasta específica, visando facilitar o
trabalho. Foram elaboradas fichas do material coletado por meio da técnica de fichamento.
A pesquisa descritiva de levantamento foi realizada no Município de Venda Nova do
Imigrante-ES, utilizando-se o questionário para obtenção de dados. Este, continha 13
perguntas e foi adaptado de Nunes (2013), sendo aplicado a uma amostra de 20 pessoas, cuja
característica em comum era “trabalhar no setor informal”. O questionário foi preenchido
pelos próprios trabalhadores no ato da entrega. Posteriormente foi realizada a codificação e a
tabulação dos dados, sendo apresentados os resultados em forma de gráficos para melhor
visualização e interpretação das relações pertinentes.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre os trabalhadores entrevistados, 60% possuem idade de 20 a 40 anos, 30%
possuem idade de 40 a 60 anos e 10% idade de 15 a 20 anos (FIGURA 1). Com isso, percebe-
se que a maioria dos trabalhadores informais do Município de Venda Nova do Imigrante não
é representada por jovens ou tampouco idosos, configurando uma força de trabalho no auge
de sua capacidade laboral.
212
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
212
ISSN 2525-9075 on-line
Figura 1 – Faixa etária dos trabalhadores informais do Município de Venda Nova do Imigrante, ES
Fonte: Autores
Avaliando resultados da Síntese de Indicadores Sociais do IBGE (2011), Saraiva e
Martins (2012) relatam que o trabalho informal é uma característica da população idosa com
60 anos ou mais, e da população jovem de 16 a 24 anos. Ainda, para os mesmos autores, o
idoso adere ao trabalho informal para complementar a aposentadoria ou mesmo visando a
socialização, não sendo, nesse caso, a carteira assinada uma prioridade. Para os jovens, o
interesse maior seria de adquirir experiência quanto ao mercado. No caso de Venda Nova do
Imigrante, mesmo que estes fatores estejam presentes, parece haver uma incapacidade de
colocação em vagas formais por grande parte dos trabalhadores informais, seja por baixa
qualificação, seja por reduzida oferta de trabalho no mercado local, uma vez que estes se
encontram na faixa de idade intermediária.
Dos mesmos trabalhadores, 30% estão cursando ensino superior, 30% estudaram entre
a 5ª e 8ª série, 20% estão cursando ensino médio, 15% estudaram até a 4ª série, mas apenas
5% possuem ensino superior (FIGURA 2).
Figura 2 – Nível de escolaridade dos trabalhadores informais do Município de Venda Nova do Imigrante, ES.
Fonte: Autores
É evidente que 55% dos trabalhadores informais apresentam um bom nível de
instrução, ou seja, possuem ou cursam ensino médio ou ensino superior e, apesar de um bom
nível de instrução, estão na informalidade, ao contrário do que Nunes (2013) relata. Este autor
afirma que os trabalhadores mais qualificados conseguem empregos melhores, e os
trabalhadores com pouca escolaridade ocupam cargos inferiores ou integram o setor informal.
10%
60%
30%15 a 20 anos
20 a 40 anos
40 a 60 anos
15%
30%
20%
5%
30% Até a 4ª série
De 5ª a 8ª série
Ensino Médio
Ensino Superior
Cursando Ensino Superior
213
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
213
ISSN 2525-9075 on-line
Isso revela que o mercado de Venda Nova do Imigrante pode apresentar características
diferenciadas daqueles avaliados por Nunes (2013).
O fato de 30 % dos trabalhadores informais estarem cursando o ensino superior em
Venda Nova do Imigrante, pode ser explicado pala existência de uma faculdade particular no
Município. Seus cursos são ministrados no período noturno, o que proporciona o trabalho
informal de parte dos seus discentes no período diurno, visando complementação de renda
para custear as mensalidades, uma vez que o mercado de trabalho formal parece não ser
suficiente para absorver toda a mão de obra disponível.
As causas que levaram os trabalhadores ao mercado informal são definidas como: 45%
devido à renda, 23% por causa do desemprego, 18% outros e 14% pela não subordinação
(FIGURA 3). Esses resultados reforçam que os trabalhadores não estão na informalidade
devido, diretamente, ao baixo grau de escolaridade ou pouca qualificação, como afirma Nunes
(2013). Mesmo que parte do “desemprego” seja causada por esses fatores, a renda gerada pelo
trabalho informal parece ser, nesse caso, superior à que é auferida nos empregos formais,
atraindo a maioria dos trabalhadores componentes da amostra para a informalidade.
Figura 3 – Motivo que levou trabalhadores do Município de Venda Nova do Imigrante ao mercado informal.
Fonte: Autores
Fato importante é revelado na informação de que 70% dos trabalhadores informais já
trabalharam com carteira assinada (CTPS) e que apenas 30% nunca trabalharam com carteira
assinada (FIGURA 4).
Isso evidencia que a maior parte da amostra já esteve no outro lado da situação, o que
proporciona aos mesmos um conhecimento sobre a importância da contribuição e o amparo
prestado pela Previdência Social. Dessa forma, percebe-se que, apesar do desamparo que os
mesmos têm na informalidade, o trabalho informal está sendo mais atrativo que o trabalho
formal, devido, provavelmente, à expectativa de se obterem maiores rendimentos (FIGURA
3).
23%
45%
14%
18%Desemprego
Renda
Não subordinação
Outro
214
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
214
ISSN 2525-9075 on-line
Figura 4 – trabalhadores informais do Município de Venda Nova do Imigrante que já trabalharam de carteira
assinada.
Fonte: Autores
É curioso notar que 60% optaram por continuar na informalidade e 40% optaram pelo
trabalho com carteira assinada (FIGURA 5). Dessa forma, tem-se a informação de que a maior
parte dos trabalhadores já trabalhou com carteira assinada (FIGURA 4), mas, ainda assim,
optaram livremente pela informalidade (FIGURA 5). Isso mostra claramente que grande parte
dos trabalhadores considerados está na informalidade por opção. Segundo Albuquerque
(2016), o mercado de trabalho informal vem ganhando força por evitar o pagamento de
impostos e tributos ao governo, o que incrementa a renda do trabalhador. Esse é,
provavelmente, o grande responsável pela atração dos trabalhadores formais para o setor da
informalidade, em Venda Nova do Imigrante-ES.
Figura 5 – Opção dos trabalhadores informais do Município de Venda Nova do Imigrante-ES em relação ao
registro da carteira.
Fonte: Autores
Observou-se, além disso, que 35% já trabalham na informalidade de 1 a 5 anos, 30%
trabalham na informalidade há mais de 10 anos, 20% trabalham até 1 ano e 15% trabalham de
5 a 10 anos na informalidade (FIGURA 6). Demonstra-se, dessa forma, que o trabalho
informal não é algo novo para essas pessoas. Conforme Kon (2004), o mercado de trabalho
informal vem ganhando força desde o final da década de cinquenta, onde houve intensa
industrialização e, como consequência, o mercado não absorveu a todos, e as pessoas foram
criando seus próprios postos de trabalho.
70%
30%
Sim
Não
40%
60%Carteira de Trabalho
Continuar na Informalidade
215
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
215
ISSN 2525-9075 on-line
Figura 6 – Período em que o trabalhador do Município de Venda Nova do Imigrante está na informalidade.
Fonte: Autores
Em relação à jornada de trabalho, 50% possuem uma jornada acima de 8 horas, 30%
de até 6 horas e 20% de 6 a 8 horas (FIGURA 7). Segundo Santos (2016), o funcionário que
está exposto à alta jornada de trabalho, gera, como consequência, o desemprego de outro
trabalhador. Pois, enquanto um funcionário está executando alta jornada de trabalho, as horas
excedentes poderiam ser cumpridas por outro. Além disso, a elevada carga de trabalho pode
ser exaustiva para aquele que a cumpre, afetando diretamente sua saúde e sua qualidade de
vida, pois, devido ao cansaço, o trabalhador fica indisposto para o lazer e para a família.
Ressalta-se com base na CLT, Art. 58, que a duração normal do trabalho para os empregados
em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja
fixado expressamente outro limite. Podendo haver horas suplementares como rege o Art. 59,
porém, essas não podem exceder 2 (duas) horas diárias (BRASIL, 1943).
Figura 7 – Jornada dos trabalhadores informais do Município de Venda Nova do Imigrante.
Fonte: Autores
Dentro dessa perspectiva, é importante ressaltar que 45% dos trabalhadores possuem
local de trabalho variável, 30% possuem local de trabalho próprio, 15% outro, e apenas 10%
fixo (FIGURA 8). Assim, pode-se afirmar que o local de trabalho não é relevante para o
trabalhador informal ou, mais provavelmente, essa é uma característica própria da
informalidade. A situação pode gerar graves consequências, pois, dependendo do serviço a
ser realizado, o trabalhador não possui os equipamentos necessários e nem a segurança
exigida, podendo, dessa forma, colocar a própria vida em risco.
20%
35%15%
30% Até um 1 ano
De 1 a 5 anos
De 5 a 10 anos
Acima de 10 anos
30%
20%
50% Até 6 horas
De 6 a 8 horas
Acima de 8 horas
216
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
216
ISSN 2525-9075 on-line
Figura 8 – Local de trabalho dos trabalhadores informais do Município de Venda Nova do Imigrante-ES.
Fonte: Autores
Pode-se destacar, também, que, 55% possuem renda mensal de 1 a 3 salários mínimos,
25% possuem renda acima de três salários mínimos, 10% ganham até um salário mínimo e
10% optaram por não responder (FIGURA 9). Com base nesses resultados, percebe-se que
80% alcança boa renda com o a informalidade, quando comparada à renda per capita do
Município. Nesse caso, apenas 4,46 % da população de Venda Nova do Imigrante aufere mais
de cinco salários mínimos mensais (IBGE, 2010). Isso reforça a afirmativa de que a renda é o
maior atrativo para o trabalho informal no Município de Venda Nova do Imigrante-ES.
Figura 9 – Renda mensal dos trabalhadores informais do Município de Venda Nova do Imigrante-ES.
Fonte: Autores
Em relação à contribuição previdenciária propriamente dita, 85% dos trabalhadores
informais não contribuem para o INSS (FIGURA 10). Essa característica não é exclusiva do
Município de Venda Nova do Imigrante, sendo, entretanto, maior do que a média brasileira,
que foi de 76% em 2014 (IBGE, 2014).
Dessa forma, entende-se que o sistema previdenciário é excludente, já que a grande
parte da população não está gozando de seus benefícios. Algumas das pessoas que não
contribuem, não possuem conhecimento da importância do mesmo como um “investimento
futuro”. Dessa forma, terão que trabalhar a vida toda na informalidade, já que não estarão
assegurados pela Previdência. Pastore (2007) relata que o problema é da lei trabalhista que
10%
45%30%
15%
Fixo
Variável
Próprio
Outro
10%
55%
25%
10%Até 1 salário
De 1 a 3 salários
Mais de 3 salários
Sem resposta
217
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
217
ISSN 2525-9075 on-line
rege essa área. Para ele, situações diferentes devem ter tratamento distinto e, sendo assim, a
falta de flexibilidades das leis e a alta carga tributária estimulam a informalidade.
Figura 10 – Trabalhadores informais do Município de Venda Nova do Imigrante que contribuem para o INSS.
Fonte: Autores
Em relação ao núcleo familiar, 75% possuem de um a três habitantes na mesma casa,
15% possuem mais de cinco integrantes e 10% possuem de três a cinco integrantes (FIGURA
11). Nota-se, com isso, que o grupo familiar do trabalhador informal é composto
prioritariamente por um a três membros, afinal, a insegurança ronda constantemente esse
mercado de trabalho e a opção por famílias menos numerosas é uma escolha até certo ponto
óbvia. Mas este não é único fator, uma vez que a tendência é mesmo de redução no tamanho
das famílias em geral. Em 2014, segundo Calixtre e Vaz (2015), as famílias com três membros
já eram a maioria dentre as famílias brasileiras.
Figura 11 - Grupo familiar dos trabalhadores informais do Município de Venda Nova do Imigrante-ES
Fonte: Autores
É importante ressaltar que 90% dos trabalhadores estão satisfeitos na informalidade
(FIGURA 12). Portanto, mesmo considerando a instabilidade provocada pelo modelo de
trabalho informal, os trabalhadores sentem que este traz benefícios em relação ao mercado
formal, especialmente em relação à renda gerada (FIGURA 3).
Como objetivo de vida, os trabalhadores de Venda Nova do Imigrante, que estão
inseridos no mercado de trabalho informal, esperam conseguir, a partir do mesmo, o próprio
negócio (55%), casa própria (15%) ou carro (5%), mas apenas 5% pensam em progredir para
o emprego com carteira assinada (FIGURA 13). Dessa forma, pode-se afirmar que os
trabalhadores informais na verdade estão aprendendo como gerir e se preparando para criar o
15%
85%
Sim
Não
75%
10%15% De 1 a 3
De 3 a 5
Mais de 5
218
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
218
ISSN 2525-9075 on-line
próprio negócio, pois, na informalidade, eles são os próprios patrões, enfrentam e assumem
os riscos dos serviços que prestam, trabalham com prazos estipulados e com a qualidade do
produto e/ou serviço prestado.
Figura 12 – Grau de satisfação dos trabalhadores informais do Município de Venda Nova do Imigrante-ES em
relação ao trabalho informal exercido.
Fonte: Autores
Figura 13 – Objetivo/Meta dos trabalhadores informais do Município de Venda Nova do Imigrante-ES, a ser
cumprido a partir do trabalho informal.
Fonte: Autores
5 CONCLUSÕES
a) A faixa etária prioritária de trabalhadores informais é de 20 a 40 anos, e o grupo
familiar é pequeno, composto por um a três membros.
b) A jornada de trabalho está acima de 8 horas diárias, e os trabalhadores possuem renda
de um a três salários mínimos, com local de trabalho variável.
90%
10%
Sim
Não
15% 5%
55%
5%20% Casa própria
Carro
Próprio negócio
Emprego
Outro
219
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
219
ISSN 2525-9075 on-line
c) Os motivos que geram a expansão do trabalho informal na cidade de Venda Nova do
Imigrante-ES, em nível de importância são: maior renda na informalidade,
desemprego e não-subordinação.
d) Apesar de grande parte dos informais já terem trabalhado com a CTPS assinada, a
maioria opta por continuar na informalidade, mesmo apresentando bom nível de
instrução e capacitação.
e) A maior parte dos entrevistados está satisfeita trabalhando na informalidade e tem
como objetivo transformar a informalidade em negócio próprio formal.
f) Os trabalhadores informais do Município de Venda Nova do Imigrante possuem
conhecimento sobre o pagamento autônomo do INSS, porém não reconhecem a
importância da contribuição.
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, D.S. Saiba o que é o trabalho informal. 2016. Disponível em
<http://brasil.thebeehive.org/content/7/4956>. Acesso em: 04 nov. 2016.
BRASIL. Decreto-Lei N.º 5.452, DE 1º de maio de 1943 (Consolidação das Leis
Trabalhistas – CLT). Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del5452.htm>. Acesso em 08 nov. 2016.
BRASIL. Lei 8.212, de 24 de julho de 1991. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm>. Acesso em: 08 nov. 2016.
CERVO, A.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica: para uso dos estudantes
universitários. 3. Ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983.
CALIXTRE, A.; VAZ, F. PNAD 2014: breves análises. Brasília: IPEA, 2015. (Nota
Técnica). Disponível em:
<http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/6777/1/Nota_n22_pnad_2014.pdf>. Acesso
em: 11 nov. 2016.
CORREA, R.O.; LOPES, J.L. Mercado de trabalho informal: um comparativo entre Brasil e
Paraná numa trajetória de “10” anos. IV Encontro de produção Científica e Tecnológica,
2009. Disponível em:
<http://www.fecilcam.br/nupem/anais_iv_epct/PDF/ciencias_sociais/11_CORREA_LOPES.
pdf >. Acesso em 08 nov. 2016.
GALIZACIG – ACTUALIDADE. O trabalho informal no Brasil. 2001. Disponível em: <
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:8Sdw3GCHIxoJ:www.galizacig.gal
/actualidade/200112/cut_o_trabalho_informal_no_brasil.htm+&cd=1&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 08 nov. 2016.
220
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
220
ISSN 2525-9075 on-line
GIL, A.C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GLÓRIA, E.; et al. Trabalho na sociedade contemporânea: trabalho informal. Belo
Horizonte: Faculdade Novos Horizontes, 2007. Disponível em:
<http://www.unihorizontes.br/pi/pi_1sem_2007/inter_1sem_2007/admistracao/trabalho_info
rmal.pdf;>. Acesso em: 08 nov. 2016.
IBGE. Censo Demográfico 2010: características da população e dos domicílios. 2010.
Disponível em:
<Censohttp://ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default_resultados_amostra.
shtm>. Acesso em: 10 nov. 2016.
IBGE. Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população
brasileira. Número 34, 2014. Disponível em:
<http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv91983.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2016.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Economia informal
urbana. Rio de Janeiro: IBGE, 2003. (Série Relatórios Metodológicos, v. 35).
KON, A. Diversidades nas condições de informalidade do trabalho brasileiro.
XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, João Pessoa-PB, 2004. Disponível
em <http://www.anpec.org.br/encontro2004/artigos/A04A156.pdf;>. Acesso em: 10 set.
2016.
KON, A. Panorama da informalidade do trabalho no brasil na virada do século. In: KON, A.;
BORELLI, E. (Org.). Aportes do desenvolvimento da economia brasileira. Blucher open
access, p. 283-309, 2015. Disponível em: < http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/openaccess/9788580391237/14.pdf>. Acesso em: 08 nov. 2016.
LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.A. Fundamentos da metodologia científica. 6. Ed. São
Paulo: Atlas, 2005.
MELO, J.A.; SOUTO, J.V. O espaço do trabalho informal na sociabilidade capitalista. In:
PROCEDINGS OF XIII JORNADA DO TRABALHO, 1., 2012, Presidente
Prudente. Proceedings online... Centro de Estudos de Geografia do Trabalho, 2012.
Disponível em:
<http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000142012
000100051&lng=en&nrm=abn>. Acesso em: 08 nov. 2016.
NORONHA, E.G. "Informal", ilegal, injusto: percepções do mercado de trabalho no Brasil.
REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS SOCIAIS, vol. 18, n. 53, p. 111-129, 2003.
Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v18n53/18081.pdf >. Acesso em: 08 nov.
2016.
NUNES, T.C.G. A discriminação em relação ao trabalhador informal. Âmbito Jurídico,
2013. Disponível
em:<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artig
o_id=7139>. Acesso em: 10 set. 2016.
PAPP, A.C.; GERBELLI, L.G. Trabalhadores informais chegam a 10 milhões no País.
Estadão Online – Economia & Negócios, 2016. Disponível em:
221
Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, n.2, 2016 p.206-221
221
ISSN 2525-9075 on-line
<http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,trabalhadores-informais-chegam-a-10-
milhoes-no-pais,10000071200>. Acesso em: 08 nov. 2016.
PASTORE, J. O pior é a informalidade. Jornal O Globo. 2007. Disponível em:
<http://www.josepastore.com.br/artigos/ti/ti_015.htm>. Acesso em: 08 nov. 2016.
PIERDONÁ, Z.L. A proteção social na constituição de 1988. E-GOV, 2011. Disponível
em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/prote%C3%A7%C3%A3o-social-na-
constitui%C3%A7%C3%A3o-de-1988>. Acesso em: 08 nov 2016.
PINTO, E.G. Informalidade e previdência social: o desafio da inclusão. Domtotal (online),
2016. Disponível em:
<http://www.domtotal.com/direito/pagina/detalhe/23702/informalidade-e-previdencia-
social-o-desafio-da-inclusao>. Acesso em: 08 nov. 2016.
PORTAL EDUCAÇÃO. Capitalismo global e o trabalho informal, 2013. Disponível em:
<http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/32897/capitalismo-global-e-o-trabalho-
informal>. Acesso em: 08 nov. 2016.
PREVIDÊNCIA SOCIAL. Aos 89 anos serve de modelo para o Governo Federal. 2012.
Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/2012/01/previdencia-social-aos-89-anos-
serve-de-modelo-para-o-governo-federal/>. Acesso em: 08 nov. 2016.
RAMALHO, J. R. Precarização do trabalho e impasses da organização coletiva no Brasil.
São Paulo: Bom tempo, 1998.
SANTOS, D.R. Problemas do Excesso de Jornada de Trabalho, 2016. Disponível em <
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/excessodejornada.htm>. Acesso em: 08 nov.
2016.
SARAIVA, A.; MARTINS, D. País ainda tem 44,2 milhões de trabalhadores informais,
estima IBGE. Valor Econômico, 2012. Disponível em:
<http://www.valor.com.br/brasil/2919914/pais-ainda-tem-442-milhoes-de-trabalhadores-
informais-estima-o-ibge>. Acesso em: 09 nov. 2016.
Recebido para publicação:05 de maio de 2016
Aprovado:14 de agosto de 2016.