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Centro Universitário Hermínio Ometto UNIARARAS KARINA SILVA NUNES PREVALÊNCIA DOS PADRÕES FACIAIS I, II E III, SEGUNDO CAPELOZZA FILHO E SUAS REPERCUSSÕES ESTÉTICAS. ARARAS / SP DEZEMBRO/2006

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Centro Universitário Hermínio Ometto

UNIARARAS

KARINA SILVA NUNES

PREVALÊNCIA DOS PADRÕES

FACIAIS I, II E III, SEGUNDO

CAPELOZZA FILHO E SUAS

REPERCUSSÕES ESTÉTICAS.

ARARAS / SP DEZEMBRO/2006

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Centro Universitário Hermínio Ometto

UNIARARAS

KARINA SILVA NUNES

[email protected]

PREVALÊNCIA DOS PADRÕES

FACIAIS I, II E III, SEGUNDO

CAPELOZZA FILHO E SUAS

REPERCUSSÕES ESTÉTICAS

Dissertação apresentada ao Centro

Universitário Hermínio Ometto –

UNIARARAS, para obtenção do Título

de Mestre em Odontologia, Área de

Concentração em Ortodontia.

Orientadora: Professora Drª. Silvia

Amélia Scudeler Vedovello

e-mail: [email protected]

ARARAS/SP

DEZEMBRO/2006

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Campus Universitário “Duse Rüegger Ometo”.

UNIARARAS

CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO OMETTO

FOLHA DE APROVAÇÃO A Dissertação intitulada: “Prevalência dos padrões faciais I, II e III, segun do Capelozza

Filho e suas repercussões estéticas” , apresentada a UNIARARAS – Centro Universitário

Hermínio Ometto, para obtenção do grau de Mestre em Odontologia área de concentração em

Ortodontia em 18 de dezembro de 2006, à Comissão Examinadora abaixo nominada, foi

aprovada após liberação pela orientadora.

Profa. Dra. Gisela André Paganini – Presidente (Orientadora) Prof. Dra. Adriana Simoni Lucato – 1º Membro Prof. Dr. João Sarmento Pereira Neto – 2º Membro

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DEDICATÓRIA

A Melissa, minha filha amada. Você, meu presente

de Deus, é a razão maior que tenho na vida para sempre

continuar estudando, aprendendo, plantando e lutando,

pois é o estudo, o maior bem que um pai pode deixar para

seu filho.

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AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, que sempre me mostrou o

quanto sou sua filha amada, derramando sobre mim suas bênçãos e proteção,

me abençoando nessas estradas e provendo de maneira até inexplicável as

coisas necessárias para que eu pudesse cumprir a jornada. Obrigada Senhor,

por nas horas difíceis ter me dado serenidade para aceitar as coisas que não

podia mudar; coragem para mudar aquelas que podiam e sabedoria para

distinguir umas das outras.

A meu querido pai Mauro, que partiu deixando um imenso vazio. Se agora

conquisto mais essa vitória, é porque um dia esteve ao meu lado e me ensinou

a seguir pelo bom caminho. Sei que estará sempre ao meu lado, posso sentir

sua presença e ouvir seus aplausos.

A minha amada mãe Mercedes, minha amiga de todas as horas, aquela que

jamais mediu esforços para proporcionar a seus filhos o que há de melhor.

Sempre pronta a lutar pelos seus ideais, a senhora é um exemplo de

determinação. Obrigada pelos valores de responsabilidade com que me criou e

pelo seu apoio nos momentos difíceis.

A meu esposo, Luís Fernando, obrigado pelo amor incondicional, pelas longas

esperas, pela paciência despendida. Por mais árdua que parecesse a

caminhada, o que mais me encorajava era voltar e encontrar você à minha

espera. Seu incentivo foi primordial para que eu concluísse a jornada.

A minha amiga Profa. Dra. Mara Lúcia Sanchez, não tenho palavras para

expressar minha gratidão e amizade. Você é para mim um exemplo a ser

seguido, mestra nata, sempre pronta a ajudar, explicando com calma e muita

didática as ciências da especialidade. Você me encorajou a iniciar a prática

ortodôntica, me mostrando dentro de sua vasta experiência que eu também era

capaz. Querida amiga, certamente o melhor ensinamento desse curso foi

aprender com sua bondade de coração que podemos sim, ajudar as pessoas.

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Ao coordenador do Curso de Odontologia do Centro Universitário do Triângulo-

UNITRI, Prof. Dr. Caio Lúcio Marinho, que viabilizou minha participação no

curso de Mestrado, meu muito obrigada.

A amiga Profa. Ms. Marília Rodrigues Moreira, parceira de todas as horas, que

por várias vezes substituiu-me na docência, sua amizade é muito importante

para mim.

A querida aluna Rosemeire Lima dos Santos Souza, pela prestimosa

colaboração na aplicação dos questionários, meu muito obrigada.

Aos meus queridos alunos do Curso de Odontologia do Centro Universitário do

Triângulo-UNITRI, que se dispôs a participar da pesquisa.

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AGRADECIMENTOS

Ao Centro Universitário Hermínio Ometto; à Magnífica Reitora Prof. Drª. Miriam

de Magalhães Oliveira Levada; e ao Magnífico Pró-Reitor de Pós-Graduação;

Pesquisa Prof. Dr. Marcelo Augusto Marretto Esquisatto e ao Coordenador do

Curso de Odontologia Prof. Dr. Ricardo Bozzo, pela oportunidade de

aperfeiçoamento nos estudos.

Ao Prof. Dr. Mário Vedovello Filho, Coordenador do Programa de Mestrado da

UNIARARAS, pela oportunidade da realização desse trabalho.

A Profª. Drª. Sílvia Augusta Braga Reis, obrigada pela sua atenção e presteza

em ceder sua dissertação como referência para a realização deste trabalho.

Meu muito obrigada a todo corpo docente do Programa de Mestrado em

Ortodontia, e em especial à minha orientadora Professora Doutora Sílvia

Amélia Scudeler Vedovello.

“Mestres, vocês que um dia estiveram em meu lugar e hoje compreendem

minha alegria;

A vocês, que cresceram no seu saber e se dispuseram a dividi-los comigo;

A vocês, que guiaram minhas mãos enquanto elas ainda tremiam de

insegurança do meu aprender;

A vocês, que muitas vezes ocultaram as respostas, mostrando-me o quanto

sou capaz de encontrá-las;

A vocês, que são pessoas a quem eu muito devo pelo que hoje sou e pelo que

ainda poderei ser amanhã.”

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Saber por saber: isso é inumano... A tarefa do professor é a mesma da cozinheira: antes de dar

a faca e o queijo ao aluno, deve provocar a fome...

Se ele tiver fome, mesmo que não haja o queijo, ele acabará por fazer uma maquineta de

roubá-los. Toda tese acadêmica deveria ser isso: uma maquineta de roubar o objeto que se

deseja.... O conhecimento.

(Rubens Alves, 2002)

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RESUMO

A prevalência dos Padrões Faciais I, II e III foi avaliada em uma amostra

de 29 indivíduos, brasileiros, adultos, leucodermas, sem tratamento ortodôntico

ou ortopédico prévio, os quais nunca foram submetidos a nenhum tipo de

plástica facial. A classificação foi baseada na classificação de CAPELOZZA

FILHO (2004), sendo feita pela avaliação morfológica da face tanto em norma

frontal quanto lateral, por meio de fotografias padronizadas. O grau de

aceitabilidade estética e de oclusão foi avaliado através da aplicação de dois

questionários, sendo o primeiro respondido antes da avaliação fotográfica, e o

segundo após. Os resultados demonstraram que na avaliação frontal da face o

Padrão I representou a maioria da amostra (79,31%), e os Padrões II e III

representaram 10,34% respectivamente, sendo que, nessa norma os

indivíduos avaliados consideram-se esteticamente satisfeitos. Já na análise do

perfil, os resultados demonstraram uma maior tendência ao Padrão I (58,62%),

porém os Padrões II (37,93%) e III (3,44%) tiveram um maior incremento

quando comparados com a análise frontal. Do ponto de vista estético, os

indivíduos consideraram-se menos satisfeitos com seu perfil em relação ao seu

aspecto frontal. Em relação às quais estruturas faciais mais comprometeriam a

estética facial individual, o tamanho do queixo foi apontado como a estrutura

que mais comprometeria (44,82%), seguido pelo tamanho do nariz (41,37%).

Grande parte dos entrevistados (72,41%) considerou sua oclusão aceitável,

sendo significante em nível de 1%. Observou-se que 55,17% dos indivíduos

acreditaram não necessitar de tratamento ortodôntico, porém não houve

diferença estatística entre os que acreditaram e os que não. A maioria dos

indivíduos (93,10%) considerou como bom resultado de um tratamento

ortodôntico uma oclusão perfeita e um aspecto facial agradável e 100%

acreditaram que o tratamento ortodôntico poderia ter implicações estéticas,

porém, apenas 24,13% procurariam tratamento ortodôntico a fim de alterar seu

aspecto facial. Concluí-se que a avaliação dos critérios estéticos depende

primeiramente da percepção do observador, sendo, portanto, variável e de

caráter eminentemente subjetivo.

Palavras-chaves: Perfil; Fotografias; Estética Facial.

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ABSTRACT

The prevalence of Face Patterns I, II and III was evaluated in a sample of

29 adult Brazilian white patients, with no previous orthodontic or orthopedic

treatment, who had never been submitted to any type of plastic facial surgery.

Classification was made by morphologic evaluation of the face, both in front and

lateral norm, by means of standardized photographs. Esthetic acceptability

level was evaluated through the use of two questionnaires. The first one was

answered before the photographic evaluation, and the second one after it. The

results showed that in the frontal evaluation of the face, Pattern I represented

most of the samples (79.31%), while Patterns II and III represented 10.34% of

them, respectively. In this norm, the evaluated patients were esthetically

pleased. In the profile analysis, the results demonstrated a bigger trend toward

Pattern I (58.62%). However, Patterns II (37.93%) and III (3.44%) had more

increment when compared to frontal analysis. From the esthetic point of view,

patients were less satisfied with the frontal aspects of their profiles. Concerning

the facial structures which most impair individual facial esthetics, chin size was

presented as the most impairing structure (44.82%), followed by nose size

(41.37%). Most interviewers (72.41%) found that the occlusion was acceptable,

and was significant in 1% level. It was observed that 55.17% of the patients

believed that they did not need any orthodontic treatment. However, there was

no statistical difference between the patients who thought so and those who did

not. Most patients (93.10%) considered a perfect occlusion and a pleasing facial

aspect as a good result of an orthodontic treatment, and 100% of them thought

that it could have esthetic implications. Only 24.13% of the patients would seek

an orthodontic treatment in order to change their facial aspects. It was

concluded that the evaluation of esthetic criteria depends primarily on the

observer’s perception. Therefore, it is variable and its character is eminently

subjective.

Key words: Profile, Photographs, Facial Esthetics

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Fotografias em norma frontal dos indivíduos da amostra. A) Padrão

I B) Padrão II e C) Padrão III ............................................................................ 54

Figura 2 - Fotografias em norma lateral dos indivíduos da amostra. D) Padrão

I E) Padrão II e F) Padrão III ............................................................................ 55

QUADRO I - Distribuição dos tipos de Padrões Faciais em uma avaliação em

norma frontal. ................................................................................................... 57

Gráfico 1 - Distribuição dos diferentes Padrões Faciais avaliados em norma

frontal ............................................................................................................... 58

QUADRO II - Distribuição dos tipos de Padrões Faciais em uma avaliação em

norma lateral .................................................................................................... 59

Gráfico 2 - Distribuição dos diferentes Padrões Faciais avaliados em norma

lateral ............................................................................................................... 60

QUADRO III - Distribuição dos tipos de Padrões Faciais................................ 62

Gráfico 3 - Distribuição geral dos diferentes Padrões Faciais.......................... 63

QUADRO IV - Grau de satisfação em relação ao aspecto facial frontal........... 64

Gráfico 4 - Distribuição das freqüências das respostas presentes no quadro IV,

em relação ao grau de satisfação com o aspecto facial frontal ........................ 65

Quadro V – Resultado da escolha dos indivíduos e suas respectivas escolhas

transformadas em sinais .................................................................................. 66

QUADRO VI – Indivíduos que já se viram de perfil .......................................... 68

QUADRO VII - Grau de satisfação em relação ao aspecto facial lateral.......... 69

QUADRO VIII – Resultado da escolha dos indivíduos e suas respectivas

escolhas transformadas em sinais ................................................................... 70

Gráfico 5 - Distribuição da amostra em relação aos indivíduos que já se viram

de perfil ............................................................................................................ 70

QUADRO IX - Grau de comprometimento das estruturas anatômicas faciais na

estética facial.................................................................................................... 72

Gráfico 6 – Comparação entre o grau de comprometimento das estruturas

anatômicas faciais na estética facial ................................................................ 73

QUADRO X - Respostas dos pacientes com relação a sua oclusão................ 75

Gráfico 7 - Grau de aceitabilidade da oclusão dos indivíduos da amostra....... 76

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QUADRO XI - Opinião dos indivíduos sobre necessidade de tratamento

ortodôntico........................................................................................................ 78

QUADRO XII – Padrão das respostas à questão 8: O que você consideraria

como um bom resultado de um tratamento ortodôntico? ................................. 80

QUADRO XIII - Questão 9: Você acredita que o tratamento ortodôntico pode

ter implicações em mudanças faciais?............................................................ 82

QUADRO XIV - Questão: Considerando suas fotos, você procuraria tratamento

ortodôntico a fim de alterar algum aspecto facial? ........................................... 83

Quadro XV - Considerando sua condição facial atual, você gostaria que fossem

modificadas algumas das estruturas anatômicas faciais abaixo

relacionadas?................................................................................................... 85

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resultado do teste de Kruskal-Wallis.............................................. 58

Tabela 2 – Comparação entre as médias dos postos das amostras................ 58

Tabela 3 - Resultado do teste de Kruskal-Wallis.............................................. 60

Tabela 4 – Comparação entre as médias dos postos das amostras................ 60

Tabela 5 – Comparação entre as médias dos postos das amostras dos dois

grupos .............................................................................................................. 61

Tabela 6 – resultado do teste de Kruskall-Wallis.............................................. 63

Tabela 7 – comparação duas a duas das amostras......................................... 63

Tabela 8 - Contingência dos dados amostrais: ................................................ 66

Tabela 9 – Resultado do teste de McNemar .................................................... 67

Tabela 10 - Contingência dos dados amostrais: .............................................. 71

Tabela 11 – Resultado do teste de McNemar .................................................. 71

Tabela 12 - Resultado do teste de Kruskall-Wallis ........................................... 74

Tabela 13 - Comparação entre as médias ....................................................... 74

Tabela 14 - Resultado do teste de Kruskal-Wallis............................................ 76

Tabela 15 - Transformação em postos............................................................. 76

Tabela 16 – comparação entre as médias ....................................................... 77

Tabela 17 - Resultado do teste de Mann-Whytney .......................................... 79

Tabela 18 - Resultado do teste de Kruskall-Wallis ........................................... 81

Tabela 19 - Comparação entre as médias ....................................................... 81

Tabela 20 - Resultado do teste de Mann-Whitney ........................................... 84

Tabela 21 – resultado do teste de Cochran ..................................................... 86

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13

SUMÁRIO Resumo.............................................................................................................. 8

Abstract ............................................................................................................. 9

Lista de Ilustrações .......................................................................................... 10

Lista de Tabelas ............................................................................................... 12

Introdução ........................................................................................................ 14

Objetivo ............................................................................................................ 16

Revisão da Literatura ....................................................................................... 17

Materiais e Métodos ......................................................................................... 51

Materiais....................................................................................................... 51

Métodos........................................................................................................ 52

Resultados ....................................................................................................... 56

Análise de prevalência dos padrões faciais.................................................. 57

Análise das repercussões estéticas ............................................................. 64

Discussão......................................................................................................... 87

Conclusões....................................................................................................... 95

Considerações Clínicas.................................................................................... 97

Referências Bibliográficas................................................................................ 98

Anexos ........................................................................................................... 104

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INTRODUÇÃO

A classificação das más oclusões preconizada por ANGLE é brilhante no

seu objetivo, que é a definição das mesmas com base na relação sagital dos

primeiros molares. Tornou-se clássica e é adotada até os dias de hoje por

ortodontistas ao redor do mundo (CAPELLOZA FILHO, 2004). Embora limitada,

porque é restrita em sua essência à relação sagital dos molares, permitiu a

troca de conhecimento e experiências além da comparação de procedimentos

adotados em pacientes com más oclusões semelhantes, consagrando algumas

abordagens terapêuticas como sendo as mais eficientes para cada má oclusão

(REIS; CAPELOZZA FILHO; MANDETTA, 2002).

As más oclusões passaram a ser classificadas como Classe I, Classe II,

suas divisões e em Classe III. Com o passar do tempo, inúmeros equívocos

foram cometidos em virtude desta simplificação, uma vez que é simplista tentar

enquadrar más oclusões que são tridimensionais, apenas pela observação de

um elemento clínico: a relação sagital dos molares (CAPELLOZA FILHO,

2004).

Com a percepção de que as relações espaciais e dimensionais dos

ossos basais deveriam ser consideradas na descrição das más oclusões,

passou-se a utilizar o sufixo esquelético, quando se pretendia indicar a relação

sagital das bases apicais. Foi um avanço, mas ainda continuava-se

denominando a má oclusão por um detalhe, a relação molar (CAPELLOZA

FILHO, 2004).

Considerando que encontramos as mais diversas combinações de maus

posicionamentos dentários em indivíduos com relações de bases apicais

semelhantes ou não, tornou-se necessário um novo conceito no que diz

respeito à morfologia e tipologia facial. Assim sendo, CAPELLOZA FILHO

(2004) propôs uma nova denominação para as relações sagitais entre maxila e

mandíbula, bem como às deformidades esqueléticas no sentido vertical,

denominada Padrão. Essa classificação é dividida no sentido ântero-posterior

em: Padrão I, II, III e no sentido vertical em: Face Longa e Face Curta.

Partindo do conceito de classificação das más oclusões, inúmeros

autores tais como SILVA FILHO et al. (1990a); TOMITA et al. (1998) têm

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investigado qual a prevalência destes acontecimentos nas diversas

populações, porém desconsiderando na maioria das vezes que o mesmo tipo

de problema oclusal pode estar presente em pacientes com características

morfológicas faciais diferentes, que conseqüentemente terão repercussões

faciais adversas tomando-se por base o mesmo protocolo de tratamento. Assim

sendo, a literatura é escassa no que diz respeito à prevalência dos diferentes

Padrões Faciais.

Sabe-se que 80% dos adultos que procuram tratamento ortodôntico para

si ou para seus filhos, o fazem motivados pelo desejo de melhorar a aparência,

independente de considerações funcionais ou estruturais (GIDDON, 1995).

Uma estética facial agradável associada a uma função oclusal ideal

devem ser os objetivos constantes dos planejamentos ortodônticos, devendo

os profissionais estarem atentos às características faciais, enaltecendo as

várias nuances de percepção de estética e as alterações faciais ocorridas com

o crescimento e tratamento ortodôntico.

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OBJETIVO

Em virtude da necessidade de conhecimento de quão prevalente é cada

Padrão Facial, e quais os aspectos diretamente envolvidos na estética da face,

direcionando o ortodontista a buscar resultados mais satisfatórios tanto do

ponto de vista estético quanto funcional, bem como estabelecer limites e

prognóstico de tratamento, o objetivo do presente trabalho foi:

• Avaliar por meio de análise morfológica da face no sentido ântero-

posterior, a prevalência dos padrões faciais I, II e III, segundo

CAPELOZZA FILHO, (2004).

• Determinar o grau de aceitabilidade estética facial nas normas

frontal e lateral.

• Apontar quais estruturas anatômicas faciais mais comprometem a

estética facial.

• Identificar o desejo de modificação de algumas estruturas

anatômicas faciais dos indivíduos da amostra, em virtude da

satisfação pessoal com a estética facial.

• Avaliar o grau de aceitabilidade em relação à oclusão de cada

indivíduo.

• Identificar o desejo pessoal de realização de tratamento

ortodôntico.

• Coletar as opiniões dos indivíduos da amostra, em relação a que

consideram um bom resultado de um tratamento ortodôntico.

• Investigar se os indivíduos da amostra acreditam em mudanças

faciais provenientes do tratamento ortodôntico.

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REVISÃO DA LITERATURA

RIEDEL (1950) estudou o perfil facial e sua relação com o padrão

dentário e esquelético de vinte e quatro crianças com oclusão normal, em

estágio de dentadura mista e limite de idade entre oito e onze anos. O traçado

do perfil facial dessa amostra foi submetido à avaliação de diversos

ortodontistas, que classificaram os perfis em três tipos: bom, aceitável e pobre.

Trinta medidas angulares e dez lineares dos perfis considerados bons e pobres

foram comparadas, demonstrando uma diferença na relação sagital das bases

apicais, no grau de convexidade do perfil esquelético e no relacionamento dos

incisivos com suas respectivas bases. Os resultados permitiram concluir que o

equilíbrio facial está relacionado a um posicionamento harmonioso do perfil do

tecido ósseo, representado pelos pontos A, B e Pg, e pelos incisivos superiores

e inferiores.

RIEDEL (1957) estudou as medidas cefalométricas, lineares e

angulares, dos tecidos ósseo e mole, de trinta mulheres escolhidas para serem

as “princesas” de uma festa tradicional de Seattle. Comparando os resultados

obtidos com os da amostra com ‘’oclusão normal’’, publicado pelo mesmo autor

em 1950 [RIEDEL (1950)], concluiu-se que os padrões esqueléticos e do tecido

mole foram muito semelhantes, comprovando que o conceito do público sobre

estética facial agradável está aparentemente em coincidência com os padrões

estabelecidos pelos ortodontistas.

RICKETTS (1968), tecendo considerações sobre a avaliação

cefalométrica da estética, meio ambiente e a lei da relação labial, discutiu

alguns dos muitos fatores a serem considerados na avaliação dos estados de

equilíbrio ou desequilíbrio entre os lábios e a língua, como uma base para a

inter-relação entre as considerações estéticas funcionais. A análise realizada

pelo autor foi composta de: a) a correlação da morfologia e da função que está

implícita na maioria das relações labiais; b) a língua interage com os lábios em

todas as funções, como a mastigação, a fala, a deglutição e, até mesmo, em

tonicidade no descanso fisiológico; c) a função da língua e do lábio pode ser

verificada por meio da radiografia cefalométrica; d) é reconhecido que os lábios

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não são influenciados pelos dentes, que ao contrário, os dentes são

influenciados pelos lábios; e) os lábios são vistos em perspectiva ou

considerado em múltiplas dimensões; f) é feito uma distinção entre

desarmonias da boca e desequilíbrios labiais; g) as combinações das

condições são reconhecidas nos contextos de padrões, uma vez que as

condições são isoladas e classificadas, e depois correlacionadas dentro dos

padrões para uma compreensão inteligente; h) as condições do lábio e da boca

são consideradas longitudinalmente porque, quando o paciente cresce, pode-

se desenvolver mais proeminência labial ou características de uma boca mais

recessiva. Portanto, o propósito do diagnóstico clínico é agrupar condições

específicas e estudar o padrão integrado que as combinações formam e,

ajustá-los ao quadro global da análise, para compreensão das condições do

indivíduo. O autor comentou também que, para a organização, esclarecimento

e classificação das condições labiais com fins analíticos, deve-se ter como

base o crescimento, as características de comportamento, gênero, tipo étnico,

fatores essenciais para a etiologia dentro do quadro da hereditariedade e do

meio ambiente no sentido biológico. Relatou ainda que, incluindo as

considerações estéticas e funcionais, os lábios dos indivíduos adultos brancos

devem ficar contidos dentro de uma linha do nariz e o mento, o lábio inferior

fica mais perto da linha, do que o superior, os lábios possuem um contorno

suave e a boca é fechada sem grandes esforços. Explicou que o equilíbrio

funcional ou posição homeostática da arcada dentária é produzido por meio de

combinações das condições dos lábios e da boca, que devem ser considerados

numa base longitudinal.

MOYERS et al. (1979) definiu Padrão como sendo um conjunto de

regras limitantes, quantitativas ou geométricas, atuando para preservar a

integração de partes sob condições variadas ou em épocas diferentes.

HOLDAWAY (1983) apresentou uma análise do tecido mole e

demonstrou a inadequação do uso exclusivo de medidas esqueléticas no

planejamento ortodôntico. A aplicação da análise proposta na telerradiografia

em norma lateral de três misses mostrou que, apesar de não apresentarem

uma oclusão ideal, essas mulheres, consagradas pela beleza, tinham as

medidas do tecido mole bastante próximas dos valores normativos. Para a

análise cefalométrica de tecido mole e sua utilização no plano de tratamento

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ortodôntico, o autor relatou que, em geral, para adolescentes, a espessura

normal ou usual do ponto A no tecido mole seria de 14mm a 26mm.

Considerando que o ponto A é alterado pela movimentação dentária, aparelho

extrabucal dentre outros, o tecido mole acompanha esse ponto e permanece

com a mesma espessura. Quando existe uma diminuição no lábio superior,

imediatamente anterior ao incisivo, como em arcadas protrusivas, o tecido se

espessa quando os incisivos são movidos lingualmente até que se aproxime do

ponto A. Quando eliminada a diminuição labial, o movimento lingual do incisivo

faz com que o lábio siga os incisivos numa proporção de 1:1. Esses conceitos

são previsíveis em adolescentes quando a espessura labial no ponto A

encontra-se dentro da variação normal. Comentou também que, embora o perfil

de tecido mole possa variar de muitas formas, ainda pode estar em equilíbrio e

harmonia; existindo uma grande variação de aceitabilidade com relação à

posição do mento de tecido mole no perfil. Tanto os lábios quanto o mento,

devem estar numa linha próxima à linha H, mas recomendou examinar o lábio

superior por uma perspectiva diferente ou em sua relação com uma linha

perpendicular ao plano de Frankfurt e tangente à borda do vermelhão do lábio

superior, para certificação de que o planejamento é o melhor possível em

suporte labial. Explicou que o ângulo H permite alguns graus de variabilidade

de espessura de tecido mole e deve aumentar quando houver incremento na

convexidade esquelética básica e, quando a convexidade aumenta, os incisivos

inferiores têm que ser deixados numa posição mais anterior do que num perfil

esquelético côncavo ou reto. Uma espessa cobertura intertegumentar na área

do mento, pode também alinhar efetivamente o perfil facial inferior, onde os

incisivos inferiores estão bem mais para frente do que estamos acostumados a

ver. Este princípio pode também ser aplicado por meio do movimento cirúrgico

do mento ósseo para frente até que os três pontos chaves de tecido mole

estejam alinhados. Por existirem grandes variações em convexidade

esquelética, a padronização da posição do incisivo inferior à sua base apical e

de suporte, de acordo com a medida do ângulo de incisivo inferior em relação

ao Plano de Frankfurt, não reconhece que os incisivos superiores possam estar

muito retraídos, deixando o lábio superior não estético. A localização do

incisivo inferior em relação à linha que vai do ponto A ao Pogônio é um pouco

melhor, mas também não considera a grande variação na espessura dos lábios

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e do mento de tecido mole. Concluindo, o autor comentou que é de vital

importância que em um procedimento de elaboração de um plano de

tratamento, considere-se as mudanças ortodônticas sob uma perspectiva da

análise de tecido mole, realizando alterações não apenas no ponto em que é

estabelecido o melhor perfil de tecido mole, mas, computando-se também as

alterações ocasionadas após o movimento dentário necessário.

HOLDAWAY (1984) comentou que é bastante prático, no plano de

tratamento, abordar alterações ortodônticas a partir da perspectiva de tecido

mole, sendo que o tratamento proposto ou VTO é o meio que o autor utiliza

para atingir esse objetivo.

BISHARA et al. (1985) avaliaram dois ângulos da convexidade facial: o

total, que inclui o nariz e, o parcial, que não inclui o nariz; o ângulo do tecido

mole de HOLDAWAY, o ângulo Z de MERRIFIELD e a linha estética de

RICKETTS. Participaram do estudo vinte indivíduos do gênero masculino e

quinze do feminino, leucodermas, não submetidos a tratamento ortodôntico,

avaliados cefalometricamente no sentido transversal dos cinco aos vinte e

cinco anos de idade. Os resultados revelaram que as curvas de crescimento do

perfil nos homens e nas mulheres foram significantemente diferentes, exceto

para o ângulo de convexidade facial (excluindo o nariz) e o ângulo Z de

MERRIFIELD. Uma das conclusões desse estudo é que os ângulos de

convexidade facial, o ângulo dos tecidos moles de HOLDAWAY e o ângulo Z

não permitem essa adequada avaliação do perfil facial tegumentar caso sejam

utilizados isoladamente, daí a necessidade do clínico usar um número razoável

de análises dos tecidos moles para melhor avaliá-los.

PARK; BURSTONE (1986) estudaram a eficácia do uso de um padrão

cefalométrico isolado como recurso clínico para alcançar uma estética facial

previsível e desejável, ao final do tratamento ortodôntico. Selecionaram trinta

pacientes que apresentavam os incisivos posicionados aproximadamente

1,5mm à frente do plano AP, no final do tratamento. Como grupo controle,

empregou uma amostra de pacientes com oclusão normal e com perfis faciais

considerados excelentes. Os autores ressaltaram que apesar de existir uma

correlação entre o movimento ântero-posterior dos incisivos e a posição dos

lábios, esta não determina a posição final dos lábios. Concluíram que, se o

clínico desejar obter um perfil facial específico, a utilização isolada de um

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padrão cefalométrico baseado somente nos tecidos duros não produzirá os

resultados desejados.

TALASS et al. (1987) realizaram um estudo com o propósito de

identificar e quantificar as mudanças do perfil mole causadas pela retração dos

incisivos superiores. O estudo constou de oitenta cefalogramas laterais de

pacientes do gênero feminino com idade entre dez e dezoito anos, submetidas

ao tratamento para correção da má oclusão de Classe ΙΙ, divisão 1, que foram

comparadas com um grupo controle composto pelos cefalogramas de

cinqüenta e três pacientes do gênero feminino não tratadas. Concluíram que,

geralmente, o crescimento está associado somente às mudanças mínimas do

perfil mole, num período inferior a trinta e seis meses. Verificaram ainda que as

mudanças dos tecidos moles que ocorreram em resposta à retração dos

incisivos superiores foram a retração do lábio superior, o aumento do

comprimento do lábio inferior e o aumento do ângulo nasolabial. Outras

mudanças ocorreram nos tecidos moles, mas foram de pequeno significado

clínico, como a redução da abertura interlabial, o aumento na espessura de

ambos os lábios e o aumento na altura facial inferior. O comprimento do lábio

superior não aumentou com o crescimento ou com o tratamento ortodôntico.

Em geral, as mudanças na resposta do lábio inferior ao movimento ortodôntico

dos dentes foram mais previsíveis que as do lábio superior. O baixo grau de

previsão, associada com a resposta do lábio superior ao movimento ortodôntico

dos dentes, pode ser causada pela complexa anatomia e dinâmica do lábio

superior, que não poderia ser avaliada pelas técnicas cefalométricas

disponíveis.

FISMANN; VIGORITO (1987) desenvolveram um estudo comparativo da

estética facial em adolescentes brasileiros, leucodermas, com oclusão dentária

normal empregando a análise de BURSTONE. A amostra englobou cinqüenta e

quatro telerradiografias em norma lateral, de indivíduos não submetidos ao

tratamento ortodôntico, dos doze aos dezoito anos de idade. Os resultados

demonstraram maior convexidade do perfil facial no grupo masculino, em

relação ao feminino. Além disto, os padrões normais determinados neste

estudo diferiram dos padrões propostos por BURSTONE, na maioria das

variáveis estudadas, sendo que o perfil dos tecidos moles, em brasileiros,

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caracterizou-se por uma maior convexidade do que os padrões propostos por

BURSTONE.

ALMEIDA; VIGORITO (1988) estudaram pela cefalometria de STEINER,

uma amostra de cinqüenta e sete jovens brasileiros leucodermas, com oclusão

normal e sem tratamento ortodôntico prévio, sendo vinte e quatro do gênero

masculino e trinta e três do gênero feminino. Os resultados revelaram que não

foi observado dimorfismo sexual para as variáveis estudadas, no que diz

respeito aos padrões médios de normalidade das grandezas cefalométricas

das análises de STEINER. Os padrões brasileiros evidenciaram-se diferentes

dos padrões preconizados por STEINER, verificando-se que o padrão

esquelético facial dos brasileiros (as bases ósseas apicais superior e inferior)

apresentou-se ligeiramente mais protruído em relação à base do crânio. O

ângulo ANB apresentou-se aumentado (2,5°) devido ao posicionamento mais

anterior da base apical superior em relação à inferior. Por outro lado, a

eminência mentoniana (P-NB) apresentou-se diminuída. No padrão dentário,

verificou-se que os arcos superior e inferior encontraram-se posicionados mais

anteriormente em relação às linhas NA e NB, demonstrando um aspecto mais

protruído do perfil facial. Além disto, o ângulo H.NB em ambos os gêneros,

denotou maior convexidade facial, com um valor médio de 11°.

Segundo MAMANDRAS (1988), os lábios são componentes faciais de

tecido mole suportados diretamente pelos dentes anteriores e, qualquer

mudança ocorrida durante o tratamento ortodôntico, tem um impacto direto

sobre o seu posicionamento. O autor realizou uma pesquisa para avaliar

quantitativamente o efeito do crescimento sobre a espessura e o comprimento

dos lábios superior e inferior em indivíduos de ambos os gêneros. Utilizou

telerradiografias de trinta e dois indivíduos entre as idades de oito a dezoito

anos, não tratados ortodonticamente, com padrão dentário e esquelético de

Classe Ι e os lábios em posição habitual. Para cada indivíduo foram realizadas

seis séries de traçados cefalométricos de dois em dois anos. Os resultados

mostraram que os lábios superior e inferior, sob a influência do crescimento,

aumentaram em ambas as direções com o avanço da idade, e que durante o

estudo, o comprimento e a espessura dos lábios apresentaram maior aumento

proporcional e absoluto no gênero masculino. A diferença no aumento da

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espessura do lábio inferior entre os gêneros foi de menor significância. Nos

homens a espessura labial apresentou aumento constante dos oito aos

dezesseis anos, e nas mulheres dos dez aos quatorze anos, sem alteração

após esses períodos. Esta diferença de crescimento na espessura dos lábios

entre os gêneros tem importância clínica ao se optar pela extração na terapia

ortodôntica, podendo causar efeito mais notável no perfil facial feminino que no

masculino. Dessa forma, o plano de tratamento deve ser efetuado com cuidado

em pacientes do gênero feminino que necessitam de extrações dentárias

durante a puberdade, principalmente em pacientes com perfil reto ou côncavo,

uma vez que há diferenças de crescimento nas dimensões lineares dos lábios

superior e inferior, da infância à fase adulta.

COOKE; WEI (1988) investigaram o efeito do uso das olivas do

cefalostato, do espelho como referência, do sexo e do tempo na

reprodutibilidade da Posição Natural da Cabeça. A amostra foi constituída por

duzentos e dezessete chineses, de ambos os gêneros, com idade de doze

anos. A presença do espelho favoreceu a repetição da Posição Natural da

Cabeça (diferença de 1,9º com espelho e de 2,7º sem espelho). Nenhuma

diferença significativa foi encontrada com ou sem a utilização das olivas. Os

meninos apresentaram uma tendência de olharem mais para cima na presença

do espelho (média de 2º), o que não foi observado nas meninas. As

radiografias foram repetidas em três intervalos de tempo, de acordo com os

grupos. Os grupos cujas radiografias foram repetidas no mesmo dia da tomada

inicial (após quatro a dez minutos ou uma a duas horas) tiveram uma

reprodutibilidade semelhante com diferença média de 1,9º. A Posição Natural

da Cabeça foi menos reproduzível três a seis meses depois, quando a

diferença média foi 2,4º.

SALDANÃ et al. (1989) resumiram as principais medidas realizadas

sobre traçados cefalométricos, utilizadas para avaliar a estética facial e as

modificações produzidas durante o tratamento ortodôntico. O plano estético de

RICKETTS é uma linha para mensurar a relação entre os lábios. Nos adultos

leucodermas, os lábios devem estar contidos entre a linha que vai do mento

mole até a ponta do nariz. Com a boca fechada naturalmente, o lábio inferior

deve posicionar-se à frente do superior, situando-se respectivamente 2mm e a

4mm, à frente do plano estético. A linha H de HOLDAWAY é uma linha traçada

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do mento mole até a porção mais anterior do lábio superior. Esta linha forma

um ângulo com a linha NB denominado de ângulo H.NB. Para um ângulo ANB

de 1° a 3°, o ângulo H.NB deverá ser de 7° a 9°, para se ter um perfil

agradável. A Linha S de STEINER tangencia o mento mole e passa pelo ponto

“S” do nariz (formado pela borda inferior do nariz e o lábio superior). Os lábios

devem tocar esta linha. Se posicionados além da linha conduzirão a um

aspecto de perfil convexo e, se ficarem aquém apresentarão um perfil reto,

considerando-se o tamanho do nariz e do mento e o relacionamento com as

outras partes que formam o perfil mole. O ângulo Z de MERRIFIELD é formado

pela intersecção de uma linha traçada tangenciando o mento mole e o lábio

mais protruído, estendendo-se até o plano de FRANKFURT. Esta linha é

denominada “Linha do Perfil”, e é uma modificação da linha H de HOLDAWAY.

Os valores normais para o ângulo Z são 80° para os adultos e 78° para jovens.

A linha de BURSTONE é traçado do mento mole ao Ponto Subnasal, localizado

no ponto de encontro do lábio superior com a borda inferior do nariz. Em

condições normais os lábios apresentam-se à frente dessa linha, 3,5mm para o

lábio superior e 2,2mm para o inferior. Finalmente, os autores esclareceram

que não é possível aplicar uma única análise cefalométrica como padrão, para

os diferentes tipos raciais ou populações com diferentes graus de

miscigenação.

CURRO; SEIDITA (1989) realizaram um estudo que demonstrou a

necessidade da valorização de um índice cefalométrico do tecido mole a fim de

promover uma melhora na estética facial, com o tratamento ortodôntico.

Enfatizaram que o ponto inicial de um tratamento ortodôntico consiste em um

completo e correto diagnóstico. No sentido vertical, deve-se observar se há

necessidade de uma mecânica extrusiva ou intrusiva. No sentido horizontal,

consistindo no elemento fundamental do plano de tratamento, deve-se analisar

a posição ântero-posterior dos lábios, e a sua espessura e o seu equilíbrio com

o nariz e com o mento. Os tecidos moles devem ser sempre valorizados na

fase de diagnóstico, para que no final do tratamento seja observada uma

melhora na estética facial do paciente.

KERR; O’DONNELL (1990) avaliaram a influência das más-oclusões

Classe l, Classe ll, divisão 1 e Classe lII sobre a aparência estética da face.

Fotografias do perfil de sessenta indivíduos (trinta homens e trinta mulheres)

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foram avaliados por quatorze avaliadores (ortodontistas, estudantes de

Odontologia, estudantes de Artes e leigos). As faces dos indivíduos com más

oclusões Classe ll e lll foram consideradas esteticamente menos agradáveis

que as dos portadores de má-oclusão Classe l.

NANDA et al. (1990) estudaram longitudinalmente as mudanças do perfil

mole de quarenta jovens entre os sete e os dezoito anos de idade. A amostra

consistiu de dezessete homens e vinte e três mulheres com má oclusão de

Classe Ι e faces equilibradas, sem tratamento ortodôntico. No período de

estudo, as espessuras dos tecidos moles medidas no nariz, no lábio superior e

no lábio inferior aumentaram em quantidades variáveis. Os maiores aumentos

foram notados nas medidas do nariz. No homem, o nariz não tinha atingido o

tamanho adulto mesmo aos dezoito anos. O comprimento do lábio superior

cresceu e estavam completos aos quinze anos, em ambos os gêneros. O

dimorfismo sexual do crescimento em comprimento do lábio foi clinicamente

significante. A média do aumento incorporado nos lábios superior e inferior nos

homens foi de 6,9mm, comparado a 2,65mm nas mulheres. O ganho total na

espessura do lábio superior foi quatro vezes maior nos homens que nas

mulheres e continuou aumentado nos homens mesmo após os dezoito anos de

idade. A mudança na espessura do tecido mole do mento não foi grande, a

média foi de 2,7mm nos homens e de 2mm nas mulheres.

GENECOV et al. (1990) avaliaram radiografias cefalométricas de uma

amostra de sessenta e quatro pacientes não tratados ortodonticamente, onde

trinta e dois apresentavam má oclusão de Classe Ι, com ângulo ANB de 2° a 4°

e trinta e dois pacientes com Classe ΙΙ e ANB maior que 5°, sendo dezesseis

homens e dezesseis mulheres em cada grupo. Esta amostra foi avaliada para

determinar a quantidade, a direção e o período do desenvolvimento facial dos

tecidos moles. Os parâmetros foram avaliados na dentição permanente jovem

(onze aos treze anos) e na dentição adulta jovem (dezesseis a dezoito anos).

Os resultados mostraram que o crescimento ântero-posterior e o subseqüente

aumento da projeção anterior do nariz continuaram em ambos os gêneros

depois que o crescimento esquelético já havia diminuído. As mulheres

concluíram uma ampla proporção do seu desenvolvimento dos tecidos moles

em torno dos doze anos de idade, enquanto que nos homens esse

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desenvolvimento continuou até os dezessete anos, resultando em dimensões

maiores dos tecidos moles no gênero masculino.

SINGH (1990) estudou um grupo de sessenta pessoas, sendo trinta e

um do gênero masculino e vinte e nove do gênero feminino, para verificar as

mudanças no contorno dos tecidos moles do mento, imediatamente e após

cinco anos de tratamento. O grupo foi classificado de acordo com o tipo facial e

se o tratamento envolveu extração dos quatro primeiros pré-molares. A idade

média antes do tratamento era de dez anos e sete meses, imediatamente após

o tratamento de quatorze anos e seis meses, cinco anos após o tratamento

vinte e um anos e seis meses. Os resultados mostraram que a espessura dos

tecidos moles do mento total aumentou depois do tratamento ortodôntico. As

mulheres apresentaram menor aumento em todos os níveis do que os homens.

O grupo dolicofacial mostrou um aumento muito maior da espessura do tecido

mole do mento depois do tratamento. Os grupos femininos mesofacial e

braquifacial não mostraram aumentos estaticamente significantes. Testes de

regressão indicaram que a idade, o gênero e o tipo facial são as únicas

variáveis que influenciaram a espessura dos tecidos moles do mento.

SILVA FILHO et al. (1990a) indicaram que 88,5% da população

apresentaram algum grau de desarmonia oclusal: das más oclusões, a Classe I

foi a mais prevalente (55%), seguida pela Classe II (42%) e pela Classe III

(3%). SILVA FILHO et al. (1990b) relacionaram em um segundo trabalho a

prevalência das más-oclusões e oclusão normal com a influência da

estratificação sócio-econômica e concluíram que as más oclusões com

envolvimento esquelético guardaram forte relação com hereditariedade, não

sendo vulneráveis aos fatores ambientais para sua instalação.

De acordo com BITTNER; PANCHERZ (1990), não há correlação

obrigatória entre a maioria das medidas cefalométricas e a aparência facial do

paciente. Há uma variação considerável no diagnóstico emitido por

profissionais com diferentes tipos de treinamento, dependendo da experiência

dos mesmos e do nível de sua crença na análise facial. Os autores, após

avaliarem a relação maxilar e dentária em crianças entre doze e quatorze anos

de idade não tratadas ortodonticamente por meio de exame visual em

fotografias faciais de frente e de perfil e comparadas com medidas

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cefalométricas, concluíram que as más oclusões de Classe II, divisão 2,

refletem-se mais freqüentemente na face que as más oclusões de Classe III.

VIAZIS (1991a) considerou de grande importância a influência do nariz

e do mento na composição do perfil, pois as diferenças nas formas e nos

tamanhos dos narizes podem alterar significativamente a convexidade total da

face. No entanto, as modificações nas posições básicas tegumentares desta

estrutura ocorrem em função do crescimento e existe pouca coisa que o

ortodontista possa fazer.

Conforme VIAZIS (1991b), a posição natural da cabeça é aquela na qual

o indivíduo encontra-se no dia-a-dia e está relacionada com a posição correta

natural do corpo e o alinhamento da coluna cervical, baseia-se na linha de

visão e é determinada pelo equilíbrio geral da cabeça e do corpo enquanto o

indivíduo olha reto para frente. Nesta posição as pupilas ficam centradas no

meio dos olhos, definindo a linha de visão ou a horizontal verdadeira, devendo

esta ficar paralela ao solo. Segundo o autor, o tempo para que o indivíduo

posicione sua cabeça em posição natural não deverá ser maior do que três

minutos, e é o profissional quem determina a posição final da cabeça,

corrigindo-a de forma a evitar que o indivíduo incline ou estenda sua cabeça

em posição “não natural”.

CHIU E CLARK (1991) testaram a reprodutibilidade da Posição Natural

da Cabeça, em relação à vertical verdadeira, em fotografias de perfil de

sessenta e oito indivíduos (vinte e sete do gênero masculino e trinta e um do

gênero feminino). Foram realizadas duas fotografias. Na primeira, a posição da

cabeça do paciente era definida pela sua própria sensação de equilíbrio. Na

segunda, o paciente era solicitado a olhar diretamente para os seus olhos

refletidos em um espelho. Estes procedimentos foram repetidos após quatro a

seis horas no mesmo dia. Nenhuma diferença estatística foi observada entre os

dois diferentes métodos, ou na avaliação intragrupos em diferentes momentos,

justificando a utilização da Posição Natural da Cabeça e da vertical verdadeira

como referência de estudos futuros.

SCAVONE JR. (1992), estudando jovens do gênero masculino, no

período posterior ao tratamento ortodôntico, demonstrou que o nariz e o

pogônio mole apresentaram um potencial de crescimento significantemente

maior que a região subnasal e dos lábios superior e inferior, no período dos

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quinze anos aos vinte anos de idade. Entretanto, o crescimento do pogônio

mole e do nariz não manifestaram diferenças estatisticamente significantes.

Dos quinze anos aos dezoito anos de idade, o pogônio mole deslocou-se

3,28mm para frente, em média, e o nariz cresceu 4,09mm. Além disto, o autor

também demonstrou uma redução gradativa na convexidade do perfil facial

tegumentar, no intervalo de um a cinco anos após o tratamento ortodôntico,

quando avaliado pelos ângulos H.NB e Gl’SnP’. Porém, foram observadas

alterações mínimas na convexidade do perfil tegumentar quando avaliado pelo

ângulo Gl’PrnP’, que leva em consideração o componente nasal.

ARNETT; BERGMAN (1993a) apresentaram as chaves faciais no

diagnóstico e plano de tratamento ortodôntico. O propósito do estudo foi

apresentar uma análise clínica facial organizada, de fácil compreensão e,

discutir as mudanças de tecido mole associadas com tratamento ortodôntico

cirúrgico de má oclusão. Recomendaram que, primeiramente, os pacientes

devem ser examinados na posição natural da cabeça, relação cêntrica e

posição labial relaxada. Segundo os autores, com esse tipo de exame pode-se

obter traços faciais esqueléticos confiáveis que reforçam todos os aspectos do

tratamento, inclusive o cefalométrico. Informaram que, geralmente, o

tratamento ortodôntico cirúrgico usado para correção da mordida, altera os

traços faciais e, portanto, o entendimento completo da face antes do tratamento

permite reverter os traços negativos e manter os positivos. O movimento

dentário usado para corrigir a mordida, pode agir negativamente à estética

facial, principalmente se não houver uma clara definição dessa estética antes

do tratamento.

ABRÃO; VIGORITO (1993) realizaram um estudo cefalométrico em

sessenta e quatro pacientes brasileiros, leucodermas de ambos os gêneros,

entre os doze e os dezessete anos de idade, submetidos a tratamento

ortodôntico, com extrações de quatro pré-molares. Os pacientes apresentavam

má oclusão de Classe Ι e Classe ΙΙ, divisão 1. Para cada paciente utilizaram

três telerradiografias, uma no início, outra no meio e a terceira na fase de pós-

contenção. Analisando os resultados, os autores observaram as modificações

faciais que ocorreram durante e após o tratamento ortodôntico. Verificaram

diferenças significativas entre os gêneros, entre as más oclusões e entre os

diversos estágios de tratamento. O perfil facial dos tecidos moles sofreu

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maiores modificações em seu terço médio. As regiões da fronte e do mento

praticamente não se alteraram durante as fases de tratamento consideradas. O

nariz apresentou um aumento significativo em seu comprimento ântero-

posterior durante os períodos de observação, decorrente do crescimento facial.

Enfatizaram que este crescimento pode comprometer a estética facial. As

maiores alterações faciais dos tecidos moles ocorreram em torno das regiões

dentoalveolares, como decorrência do tratamento ortodôntico e do crescimento.

Os lábios superior e inferior sofreram um movimento para posterior durante o

tratamento, com resultado da retração dos dentes inferiores. Estas estruturas

também aumentaram significantemente de espessura. Finalmente, notaram

uma relação evidente entre a movimentação dos tecidos moles e duros

subjacentes, mostrando a necessidade do conhecimento das possíveis

modificações faciais decorrentes do tratamento ortodôntico para decidir por um

plano de tratamento com ou sem extrações dentárias.

PERKINS; STANLEY (1993) afirmaram que a extensão da altura vertical

do vermelhão dos lábios diminui durante o tratamento pode determinar os

resultados estéticos finais para um paciente em particular. Em pacientes que

apresentam um excesso de vermelhão, é esteticamente desejável uma certa

diminuição na altura vertical do vermelhão do lábio durante o tratamento

ortodôntico, o que não é verdadeiro para o paciente com pequena altura

vertical do vermelhão. Neste estudo, os autores utilizaram os traçados

cefalométricos de quarenta pacientes do gênero feminino, adultas, onde vinte

apresentavam Classe Ι e vinte Classe ΙΙ, divisão 1. Os resultados

demonstraram uma diminuição significativa na média das alturas do vermelhão

dos lábios superior e inferior durante o tratamento. Nas pacientes com Classe Ι

houve uma diminuição de 0,75mm no superior e de 0,95mm no inferior e nas

pacientes Classe ΙΙ, o vermelhão diminuiu 0,75mm no superior e 0,6mm no

inferior. A retração do incisivo superior não foi significantemente correlacionada

com o lábio superior ou com a redução na altura do vermelhão do lábio inferior.

Por outro lado, a retração do incisivo inferior foi significantemente

correlacionada com a redução na altura do vermelhão do lábio inferior.

CZARNECKI et al. (1993) avaliaram as preferências estético-faciais pela

variação da relação entre queixo, lábio, nariz e grau de convexidade simulados

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em silhuetas. Observaram que os homens preferem perfis mais retos e as

mulheres perfis levemente convexos, e que as piores combinações mostraram

queixos extremamente retruídos e faces excessivamente convexas. A

protrusão labial excessiva foi considerada aceitável quando narizes e queixos

proeminentes estavam presentes.

ARNETT; BERGMAN (1993 b) constataram que as chaves dentárias e

faciais utilizadas por grande parte dos ortodontistas incluem o trespasse

horizontal, oclusão do canino e oclusão do molar. A proposta dos autores para

o exame inicial facial e de perfil incluiu:

1) Visão frontal: forma do contorno, posição da linha média, terços faciais e

avaliação do terço inferior (comprimentos do lábio superior e inferior,

distância do incisivo para o lábio superior relaxado, espaço interlabial,

posição labial fechada, nível labial ao sorrir);

2) Visão do Perfil: ângulo do perfil, ângulo nasolabial, contorno do sulco

maxilar, contorno do sulco mandibular, borda orbital, contorno do osso

da face, contorno nasal base-lábio, projeção nasal, comprimento da

linha queixo pescoço e linha subnasal-pogônio.

De acordo com os autores, a informação do exame facial do paciente

determina qual procedimento poderá resultar em uma estética excelente e

funcional.

De acordo com ENLOW (1993), para a análise do perfil facial é

importante o conhecimento dos tipos faciais. O autor esclareceu que existem

dois tipos para a forma da cabeça: a longa e estreita (dolicocefálica), e a larga,

curta e globular (braquicefálica). A forma dolicocefálica determina, portanto,

uma face que é correspondentemente estreita longa e protrusiva. Este tipo

facial é chamado leptoprosopo. A forma de cabeça braquicefálica estabelece

uma face que é larga, contudo, menos protrusiva e isso se chama tipo facial

euriprosopo. O nariz dolicocéfalo é verticalmente mais longo e muito mais

protrusivo. O nariz braquicefálico é mais curto e com uma ponta mais

arredondada (arrebitado). Embora bem diferentes em configuração, as formas

dilococefálica e branquicefálica possuem estruturas que permitem capacidades

respiratórias semelhantes, visto que as câmaras nasais e a nasofaringe,

proporcionalmente mais larga no tipo braquicefálico, tendem a ser

verticalmente mais curtas. Isso determina o aspecto médio-facial verticalmente

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mais curto do tipo facial largo, determinando um número de outras

características faciais que o distinguem da face média mais longa e mais

estreita do leptoprosopo (incluindo diferentes tendências à má oclusão). No

gênero masculino, o nariz é maior, mais protrusivo, mais longo, com mais

tecido tegumentar. Devido ao caráter mais largo no gênero masculino, a parte

da testa contínua é mais protrusiva, mais inclinada. As regiões da glabela a

supra-orbitária da testa são mais protrusivas, os olhos mais profundos. No

gênero feminino braquicefálo, cujas características são de face mais larga e

mais chata, nariz menor, bochechas quadradas e região frontal vertical tendem

a aumentar e enfatizar as características dismórficas que também estão

relacionadas com o gênero. No gênero feminino dolicocefálo as características

da face mais estreita e protrusiva associadas a esse tipo de crânio tendem a

conferir à face um aspecto mais do gênero masculino. Assim, o gênero

feminino pode ter uma face mais estreita uma região frontal mais inclinada,

maior protrusão supra-orbitária ponte nasal mais alta, nariz mais longo, um

contorno nasal aquilino ou mais verticalmente alinhado e nariz mais pontudo e

voltado para baixo. Nas crianças, tanto a braquicefálica quanto dolicocefálica, a

forma da cabeça e da face assemelham-se mais com a forma braquicefálica,

porque na dolicocefálica as formas são relativamente larga e curta no sentido

vertical e porque ainda não houve um crescimento completo. Entre a maioria

dos diferentes grupos populacionais existentes no mundo, tende a predominar

o tipo braquicefálico ou dolicocefálico. Contudo, a partir dos dois extremos

básicos na forma dolicocefálico e braquicefálico, um terceiro tipo, o

mesocefálico, encontra-se entre os dois. O ângulo total da cabeça é para o

dolicocefálico, mais de 75,9º; o mesocéfalo, de 76º a 80,9º e, o braquicefálico

acima de 81º; sendo que os tipos faciais estão relacionados com essas formas

de crânio.

FORMBY et al. (1994) pesquisaram as mudanças longitudinais no perfil

facial tegumentar de adultos. Com este objetivo, utilizaram as telerradiografias

laterais de quarenta e sete indivíduos, sendo vinte e quatro do gênero

masculino e vinte e três do gênero feminino, entre dezoito e quarenta e dois

anos de idade. Utilizaram trinta e sete pontos de referência, sendo vinte e um

nos tecidos duros e dezesseis nos tecidos moles. No gênero masculino

observaram que: 1. Com a idade, o perfil tornou-se mais reto e ambos os lábios

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mais retrusivos; 2. As dimensões do nariz e a espessura do tecido mole do

pogônio aumentaram; 3. As espessuras dos lábios superior e inferior

diminuíram; 4. A maioria das mudanças nos tecidos duros ocorreu até os vinte

e cinco anos de idade, enquanto as mudanças nos tecidos moles tanto

ocorreram dos dezoito aos vinte e cinco anos, como após essa idade. Nas

pacientes do gênero feminino observaram que: o perfil tornou-se mais reto e os

lábios mostraram retrusão; as dimensões do nariz também aumentaram, mas a

espessura dos tecidos moles no pogônio, no lábio superior e no lábio inferior

diminuiu.

SKINAZI et al. (1994) avaliaram os perfis de indivíduos Classe I, com

idades variando entre dezoito e vinte e seis anos, não tratados

ortodonticamente. Observaram diferenças estatisticamente significantes

maiores para o grupo masculino do que para o grupo feminino, tais como o

lábio inferior e queixo. O nariz das mulheres e o queixo dos homens

contribuíram relativamente para o perfil total do tecido mole, ao invés dos lábios

superior e inferior. O perfil masculino foi em média mais reto e o perfil feminino

mais convexo.

BISHARA et al. (1995) compararam as mudanças no perfil mole

utilizando fotografias padronizadas, obtidas de jovens com má oclusão de

Classe ΙΙ, divisão 1, tratada com e sem extrações. A amostra de noventa e um

pacientes de ambos os gêneros, quarenta e quatro tratados com extrações dos

quatro primeiros pré-molares e quarenta e sete sem extrações. A idade média

dos pacientes no início do tratamento era de onze anos e meio e o período total

de tratamento ativo e da contenção foi de aproximadamente cinco anos. Os

registros ortodônticos incluíram fotografias faciais, modelos dentários e

traçados cefalométricos tomados antes e após o tratamento. Um outro conjunto

de registros foi obtido aproximadamente dois anos após o término do

tratamento ortodôntico ativo. Os resultados deste estudo indicaram que: as

mensurações das mudanças no perfil, a partir das fotografias faciais,

pareceram confiáveis, mas também apresentaram algumas limitações

significantes; alguns pontos de referência tenderam a ser menos confiáveis do

que outros, tais como, o subnasal e o gnátio. Em geral, as mensurações

realizadas nas fotografias frontais apresentaram maior confiabilidade do que as

obtidas nas fotografias laterais e as medidas lineares foram mais confiáveis do

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que as angulares; as estruturas faciais que permaneceram mais próximas da

câmara pareceram ser relativamente maiores do que as mais afastadas; o

processo global de avaliação das mudanças faciais, por meio de fotografias,

depende da técnica e da sensibilidade do operador.

GIDDON (1995) observou um paradoxo entre os objetivos dos pacientes

ortodônticos e dos ortodontistas. Ele relatou que 80% dos adultos que

procuram o tratamento para si ou para seus filhos são motivados pelo desejo

de melhorar a aparência, independente das condições estruturais ou

funcionais. O ortodontista, entretanto, baseia-se principalmente nos desvios

das relações físicas normativas entre dentição, esqueleto e tecido mole. Seu

foco central é a saúde física e não a mental. Definiu estética como a

apreciação ou o desfrute da beleza, ou ainda, como a qualidade ou

combinação de qualidades que proporcionam intenso prazer para os sentidos,

ou que encantam as faculdades intelectuais ou morais. Ele observou,

entretanto, que a correlação precisa entre morfologia e estética não estava

definida, pois os indivíduos respondem à percepção e não às características

físicas reais, e essa percepção pode ser influenciada pelos valores da

sociedade com relação aos dotes de cada indivíduo. Sugeriu duas medidas

para favorecer a comunicação entre pacientes e ortodontistas. Inicialmente, os

ortodontistas deveriam buscar, constantemente, informações sobre a

preferência do consumidor. Em segundo lugar, a utilização da palavra correta

para fazer julgamento sobre aparência pode auxiliar o paciente e o clínico a se

comunicarem com maior precisão sobre as mudanças propostas para as várias

características. O termo aceitável foi selecionado como descrição genérica que

abrange todos os outros superlativos. De acordo com esse autor os indivíduos

deveriam ser classificados em esteticamente aceitáveis ou inaceitáveis.

PRAHL-ANDERSEN et al. (1995) avaliaram o desenvolvimento do nariz,

dos lábios e do mento, em uma amostra de oitenta e dois jovens de ambos os

gêneros, não tratados ortodonticamente, na faixa etária dos nove aos vinte e

dois anos de idade. O ângulo nasolabial diminuiu com a idade e o dimorfismo

sexual tornou-se menor a partir dos nove anos; o gênero masculino apresentou

o lábio superior mais espesso que o gênero feminino e a sua velocidade de

crescimento aumentou por volta dos onze anos de idade; no desenvolvimento

vertical do lábio inferior, o gênero masculino mostrou desenvolvimento

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significantemente maior do que o feminino; o crescimento do mento diminui no

gênero feminino após os nove anos, enquanto que no masculino foi observado

um surto de crescimento aos quartoze anos. Os resultados indicaram que: o

crescimento vertical do nariz foi maior no gênero masculino. O crescimento dos

tecidos moles e esqueléticos pareceu seguir um mesmo padrão de

desenvolvimento, ocorrendo maiores mudanças no gênero masculino em

ambos os tecidos.

BERTHOLD et al. (1995) compararam perfis esteticamente agradáveis,

selecionados entre os acadêmicos de Odontologia na Pontifícia Universidade

Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com os padrões preconizados por

Burstone, Steiner, Holdaway, Ricketts, Merrifield, Subtelny e Riedel. O ângulo

ANB da amostra não diferiu significativamente dos 2º. A medida de Holdaway

foi a única das linhas faciais estudadas que não apresentou diferença

estatística entre os valores médios obtidos e a média padrão. Os autores

concluíram, portanto, que a medida de Holdaway seria a mais confiável para a

avaliação dessa amostra.

SCAVONE JR. (1996) avaliou as alterações no perfil facial tegumentar e

o dimorfismo sexual de vinte e um indivíduos do gênero masculino e vinte e

dois do feminino, leucodermas, brasileiros, num período compreendido entre os

treze e dezoito anos de idade, todos com oclusão normal e jamais tratados

ortodonticamente, num total de cento e vinte e nove telerradiografias que

abrangeu medidas lineares, horizontais e verticais, ângulos de convexidade e

proporções verticais. Três telerradiografias foram tomadas de cada jovem, com

intervalos médios bienais. Denominou-se de primeiro período de crescimento

ao intervalo compreendido entre as duas primeiras telerradiografias, enquanto

que o intervalo entre as duas últimas correspondeu ao segundo. Avaliou-se

também o período total englobado entre as primeiras e as terceiras

telerradiografias. Nos jovens do gênero masculino, observou-se que: a

espessura dos tecidos moles aumentou na maioria das regiões do perfil facial,

nos dois períodos de crescimento, embora de modo mais intenso, na região

subnasal no primeiro período, e nos lábios no segundo período; o

deslocamento anterior do nariz superou o de todas as demais regiões faciais,

no primeiro período e no período total, enquanto que no segundo não diferiu

em relação ao do lábio inferior e do pogônio mole; a protrusão dos lábios, em

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relação ao “plano estético” de RICKETTS, diminuiu nos dois períodos de

crescimento. Entretanto, em relação à “linha de BURSTONE” apenas o lábio

inferior evidenciou uma suave redução em sua protrusão, no período total; a

proeminência do pogônio mole aumentou em relação ao lábio inferior, somente

no período total, bem como em relação ao sulco mentolabial nos dois períodos;

a convexidade total do perfil facial tegumentar (ângulos Gl’PrnP’ e N’PmP’)

aumentou no primeiro período de crescimento, enquanto que a convexidade

parcial do perfil (ângulos Gl’SnP’ e H.NB) reduziu-se no segundo período; a

altura dos componentes do perfil tegumentar aumentou nos dois períodos de

crescimento, e de modo semelhante em ambos. Porém, os maiores

incrementos concentram-se na região do lábio inferior e do mento, enquanto

menores incrementos ocorrem no lábio superior; a participação proporcional da

altura facial ântero-inferior e da altura conjunta do lábio inferior e do mento, em

relação à altura facial total, aumentou em todos os períodos de crescimento,

enquanto que a altura nasal revelou um comportamento oposto. No gênero

feminino, os resultados mostraram que: a espessura dos tecidos moles, no

período total de crescimento, aumentou apenas na região subnasal, enquanto

que nos lábios ocorreram discretas reduções; o deslocamento anterior do nariz

superou o da maioria dos componentes faciais, porém não diferiu em relação

ao do sulco mentolabial e do pogônio mole, nos períodos avaliados; a

protrusão do lábio superior, em relação ao “plano estético” de RICKETTS,

diminuiu em todos os períodos, enquanto que para o lábio inferior, bem como

para ambos os lábios em relação à “linha de BURSTONE”, isto ocorreu apenas

no primeiro período e no período total; a proeminência mentoniana aumentou

em relação ao lábio inferior, no primeiro período e no período total, bem como

em relação ao sulco mentolabial somente no período total; a convexidade

parcial do perfil (ângulos Gl’SnP’e N’SnP’) exibiu reduções suaves apenas no

segundo período e no período total. O ângulo H.NB reduziu-se nos dois

períodos, embora mais intensamente no primeiro; a altura dos componentes

faciais, no primeiro período, aumentou suavemente em todas as regiões, com

exceção do lábio superior, enquanto que no segundo apenas as alturas nasal e

facial total revelaram incrementos; as proporções entre a altura dos

componentes faciais não se modificaram. Quanto ao dimorfismo sexual, os

jovens do gênero masculino apresentaram os tecidos moles mais espessos, na

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maioria das regiões faciais, principalmente após a segunda faixa etária; maior

projeção nasal, em relação à glabela e ao násio, após a segunda faixa etária;

lábio superior mais protruído, em relação ao “plano estético” de RICKETTS,

somente na segunda faixa etária, bem como em relação à “linha de

BURSTONE”, nas duas últimas; maior profundidade do sulco mentolabial, em

relação ao lábio inferior, acentuando-se progressivamente com a idade; perfil

mais convexo (ângulos Gl’SnP’, Gl’PrnP’e H.Nb), somente na segunda faixa

etária; maior altura dos componentes do perfil em todos os períodos, com

exceção do nariz, nas três faixas etárias, e do lábio inferior e do mento, apenas

na primeira; maior participação proporcional da altura facial ântero-inferior e da

altura conjunta do lábio inferior e do mento, em relação à altura facial total,

verificando-se o oposto para a altura nasal, durante todo o período; maior

crescimento ântero-posterior e vertical em todas as regiões faciais,

excetuando-se apenas os incrementos na altura do lábio superior, no primeiro

período, e na altura nasal, no segundo.

STARCK; EPKER (1996) aplicaram um método para avaliação da

estética do perfil nasal em cefalogramas laterais, para um grupo de sessenta

indivíduos leucodermas, sendo trinta do gênero feminino e trinta do masculino,

com idade média de vinte anos, com desenvolvimento nasal completo, todos

apresentando um relacionamento esquelético de Classe Ι e somente má

oclusão dentária. Os resultados dos dois grupos foram comparados para

determinar se houve diferenças morfológicas significativas entre os dois

gêneros. Os resultados mostraram que o nariz feminino e o masculino têm,

essencialmente, características de perfil similares. A variação para ambos os

gêneros estendeu-se do tipo nasal aquilino, mais comum nos homens, a um

tipo arrebitado, mais freqüente nas mulheres.

De acordo com SUGUINO et al. (1996), o exame facial constitui-se na

chave do diagnóstico para uma análise formal da estética facial. Entre as várias

linhas e ângulos utilizados para avaliar a estética facial do tecido mole temos a

Linha H de HOLDAWAY, o plano estético de RICKETTS e a análise dos

tecidos moles de BURSTONE. Contudo, advertiram que a confiança excessiva

na análise cefalométrica para o plano de tratamento, algumas vezes resulta em

problemas estéticos. Os tecidos moles recobrem os dentes e o osso pode

variar tanto que, o padrão dentoesqueletal pode ser inadequado para a

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avaliação da desarmonia facial. Os modelos de estudo, a cefalometria e a

análise facial, devem fornecer juntos os fundamentos de um diagnóstico bem

sucedido. A análise facial deve ser usada para identificar os traços faciais

positivos e negativos para a sua correção. Portanto, é essencial uma avaliação

global do tecido mole de frente e de perfil. Na visão frontal, deve-se avaliar a

simetria bilateral e a proporcionalidade vertical. O equilíbrio geral da face é

determinado com base no equilíbrio dos terços superior, médio e inferior, que

devem ser aproximadamente iguais em altura. O terço superior da face

apresenta menor importância, pois é afetado pela linha do cabelo e é altamente

variável. O terço inferior, do subnasal ao mento, apresenta o seu comprimento

vertical igual ao terço médio, quando existe uma boa estética. Quanto à forma

do contorno, as faces podem ser largas ou estreitas, curtas ou longas,

redondas ou ovais, quadradas ou retangulares. O lábio superior, do subnasal

ao ponto mais inferior do lábio superior (Sn-Ls) mede de 19 a 22mm, e essa

medida é maior no gênero masculino do que no feminino. O lábio inferior, do

ponto mais superior do lábio inferior até o tecido mole do mento (Li-Pg), mede

de 38 a 44mm. Em repouso, a exposição do vermelhão do lábio inferior deve

ser 25% maior do que a do lábio superior. Quando existe uma boa estética o

espaço interlabial é de 1 a 5mm na posição de repouso. As mulheres

apresentaram um espaço maior dentro da variação normal. A exposição do

incisivo superior, em relação ao lábio, corresponde à distância do ponto mais

inferior do lábio superior até a borda incisal dos incisivos superiores. Ocorre

uma variação normal de 1 a 5mm e, geralmente, há uma menor exposição no

gênero masculino. Durante o sorriso, a simetria é o fator mais importante na

produção de uma boa estética. Ao sorrir expõe-se normalmente ¾ de altura da

coroa para 2mm de gengiva, sendo um pouco mais no gênero feminino. Na

visão do perfil, o ângulo do contorno facial é formado unindo-se a glabela do

tecido mole, o subnasal e o pogônio mole. Avalia-se a harmonia geral da fronte,

face média e a face inferior com este ângulo. A oclusão de Classe Ι apresenta

um ângulo facial total entre 165° e 175°. Os ângulos de Classe ΙΙ são menores

que 165° e os de Classe ΙΙΙ maiores que 175°. A convexidade do perfil é

determinada pelo ângulo “V”, que é formado por uma paralela à vertical

verdadeira de Na e a linha PoPg’ com média de 13°. A espessura do lábio

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superior pode ser medida de duas maneiras: junto ao subnasal e no ponto mais

anterior do lábio superior. A espessura do lábio inferior é determinada entre o

lábio inferior e o incisivo inferior. A espessura do tecido mole do lábio superior,

lábio inferior, e do mento devem ter a proporção de 1:1:1. O ângulo nasolabial

forma-se pela intersecção da linha do lábio superior e a linha da columela ao

subnasal. Este ângulo deve ter de 85° a 105°. No gênero feminino este ângulo

tenderá a ser mais obtuso. A projeção nasal (Pn), medida horizontal do

subnasal à ponta do nariz, normalmente mede de 16 a 20mm. A linha do

mento-pescoço deve ter aproximadamente 40mm. O lábio superior fica à frente

da linha subnasal-pogônio (Sn-Pg’) 3,5mm e o lábio inferior fica à frente da

linha 2,2mm.

OKUYAMA; MARTINS (1997) reuniram três categorias de

examinadores; ortodontistas, leigos e artistas plásticos, para determinar o grau

de concordância na classificação dos perfis de cada raça para estabelecer o

perfil facial preferido, de acordo com os grupos raciais leucodermas,

melanodermas e xantodermas. Para tanto, utilizaram cento e oitenta fotografias

dos perfis de sessenta indivíduos de cada raça, trinta de cada gênero, entre os

dezessete e trinta e cinco anos de idade. Os perfis foram classificados pelos

examinadores em bom, regular ou deficiente. Concluíram que a preferência dos

examinadores quanto aos perfis dos leucodermas, xantodermas e

melanodermas da amostra, não denotou concordância significante,

demonstrando que os critérios estéticos dos examinadores são de caráter

subjetivo e personalíssimos. Os perfis preferidos apresentaram as seguintes

características: suave convexidade facial, maior para os melanodermas,

seguida pelos leucodermas e, por último, os xantodermas; uma proeminência

do mento, em relação às estruturas craniofaciais (ângulo facial) maior para os

melanodermas, e também uma maior retrusão do mento, considerando a linha

LsLi, enquanto os leucodermas apresentaram a maior protrusão do mento em

relação a essa mesma linha; maior protrusão labial para os melanodermas,

menor para os leucodermas e intermediária para os xantodermas; protrusão

nasal maior para o gênero masculino do que para o feminino; a maioria dos

perfis apresentou um ângulo nasolabial menor que o mentolabial e o

frontonasal; a convexidade labial apresentou-se menor para os melanodermas

femininos e maior para os leucodermas femininos; verificou-se uma relação

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entre a altura facial superior e a inferior e entre o comprimento do lábio superior

e do inferior, por volta de 1 e de 0,5mm respectivamente.

NANDA; GHOSH (1997) afirmaram que os conceitos ideais de beleza

diferem não só nas diferentes raças e entre os gêneros, como também de um

indivíduo para o outro. Eles consideraram que a aparência é o resultado das

formas somadas aos traços de personalidade. Segundo esses autores, a

avaliação da estética facial feita pelo leigo é subjetiva e inclui fatores como o

equilíbrio e a harmonia das partes constituintes, simetria e proporções, cor e

estilo do cabelo. A avaliação do clínico, entretanto, nunca pode ser baseada

em dogmas pré-estabelecidos ou em valores médios, pois estes, quando muito,

indicam apenas uma tendência.

KLOTZ (1998) discutiu o equilíbrio, harmonia facial e oclusão ideal, que

são fatores importantes no tratamento ortodôntico. De acordo com o autor, se o

equilíbrio facial não existir, este deve ser o objetivo a ser alcançado com o

tratamento ortodôntico. Após analisar três casos clínicos de pacientes com

ângulo mandibular de médio para alto, recomendou para se chegar ao

equilíbrio facial, os seguintes parâmetros: 1) os incisivos inferiores devem ser

verticalizados sobre sua base óssea e incisivos superiores devem ser

controlados; 2) a altura facial anterior e posterior deve ser controlada, assim

como, os planos palatinos, oclusal e mandibular. Se esses parâmetros forem

seguidos durante a mecanoterapia ativa, nesses casos, o equilíbrio e a

harmonia da face inferior serão alcançados.

RODRIGUES; CARVALHO (1998) por meio de um estudo cefalométrico

compararam a estética facial em adolescentes brasileiros, leucodermas, com

oclusão normal, utilizando a análise de EPKER; FISH. Foram utilizadas

sessenta telerradiografias em norma lateral de jovens brasileiros de ambos os

gêneros, separados em igual número, entre os doze e dezoito anos de idade,

sem tratamento ortodôntico prévio. Os autores concluíram que os padrões

médios verificados para a amostra brasileira diferiram dos padrões propostos

por EPKER; FISH, para todas as variáveis horizontais, com exceção da

distância interlabial e das variáveis verticais.

BISHARA et al. (1998) avaliaram cinco parâmetros de mudanças de

tecido mole usados no diagnóstico e plano de tratamento. Para o estudo,

selecionaram trinta e cinco pacientes, sendo vinte do gênero masculino e

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quinze do gênero feminino, com idades variando entre cinco e quarenta e cinco

anos, quanto às mudanças ocorridas no perfil facial que ocorrem com o

crescimento e tratamento ortodôntico. Os parâmetros avaliados foram: dois

ângulos de convexidade facial, o ângulo de tecido mole de HOLDAWAY e o

relacionamento do lábio superior e inferior em relação a linha estética de

RICKETTS. Os resultados indicaram que: 1) em geral, as mudanças em

homens e mulheres foram similares em magnitude e direção. A época de

maiores mudanças no perfil de tecido mole ocorreu mais precocemente nas

mulheres, entre dez e quinze anos, do que nos homens, entre quinze e vinte e

cinco anos; 2) o ângulo de convexidade do tecido mole que o nariz expressou,

foram pequenas mudanças entre cinco e quarenta e cinco anos; 3) os lábios

superior e inferior tornaram-se significantemente mais retruídos em relação a

linha estética entre quinze e vinte e cinco anos, tanto para os homens quanto

para as mulheres e, a mesma tendência continuou entre vinte e cinco e

quarenta e cinco anos de idade; 4) o ângulo do tecido mole de HOLDAWAY

diminuiu progressivamente entre cinco e quarenta e cinco anos de idade. É

importante para o clínico conhecer essas mudanças quando do planejamento

do tratamento ortodôntico, uma vez que as mesmas podem influenciar na

decisão de extração e não extração.

BERTHOLD et al. (1998), com o objetivo de verificarem quais medidas

cefalométricas usadas na avaliação do perfil mole apresentariam valores-

padrão compatíveis com os de uma amostra de perfis faciais agradáveis, além

de avaliarem a existência ou não de diferenças estatísticas significativas entre

os valores obtidos para os gêneros masculino e feminino, selecionaram uma

amostra de quarenta e dois indivíduos (vinte e um do gênero masculino e vinte

e um do gênero feminino), leucodermas, na faixa etária de dezoito a vinte e

seis anos, os quais foram selecionados como sendo os que possuíam os perfis

faciais mais agradáveis dentre os alunos da Faculdade de Odontologia da

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Para atingir os objetivos

propostos, foram realizadas quarenta e dois telerradiografias em norma lateral

e adotadas vinte e dois medidas de avaliação do perfil mole. Os resultados

indicaram que as medidas, cujos valores-padrão mais se aproximaram aos da

amostra, para ambos os gêneros, foram: ângulo de convexidade facial de

Burstone, linha de Burstone, linha H.NB, ângulo Z e Sn.Stms. Pôde-se

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constatar, também, que houve diferenças estatísticas significativas na amostra,

quando os valores encontrados para o gênero masculino foram comparados

aos do gênero feminino, em doze medidas.

AUGER; TURLEY (1999) selecionaram vinte e cinco fotografias de perfis

faciais femininos em revistas de moda importantes nos seguintes intervalos de

tempo:

1- De 1900 a 1929

2- De 1930 a 1949

3- De 1950 a 1969

4- De 1970 a 1979

5- De 1980 a 1992

As fotografias foram corrigidas para apresentarem o mesmo tamanho e

a mesma orientação, e quatorze variáveis do perfil foram analisadas.

Comparando os grupos, os autores não observaram diferenças no perfil de

tecido mole superior ao ponto subnasal, ou na relação entre o mento e a face

superior (ângulo de convexidade facial). No entanto, todas as medidas que

envolviam os lábios foram significativamente diferentes. As fotografias mais

recentes apresentaram lábios mais cheios e anteriormente posicionados. Os

resultados permitiram concluir que o padrão de estética para o perfil facial de

mulheres brancas não é estático, e mostrou uma tendência, nesse século, de

preferir lábios mais volumosos e protrusos.

ABDO et al. (2000) realizaram um estudo cefalométrico comparativo do

ângulo nasolabial e ângulo nasofacial antes e após o tratamento ortodôntico,

em pacientes Classes II, divisão I de Angle. Foram selecionados quatorze

pacientes, de ambos os gêneros, sendo oito do gênero feminino e seis do

masculino, com faixa etária de dez anos e seis meses a trinta e nove anos. A

média de idade no início do tratamento foi de vinte e um anos e seis meses,

Foram utilizadas duas telerradiografias cefalométricas de cada paciente

referentes às fases inicial e final de tratamento. Todas as telerradiografias

foram realizadas com os lábios em repouso e os dentes em oclusão cêntrica.

Os autores concluíram que os pacientes Classe II, divisão 1, tratados com

extrações de pré-molares, apresentaram um aumento considerável e

estatisticamente significante do ângulo nasolabial, confirmando afirmativas

anteriores que as mudanças do ângulo nasolabial traduzem alterações do lábio

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superior e não da base nasal, provavelmente em resposta à retração dentária.

Após a constatação de que o crescimento nasal pode minimizar o efeito

deletério da retração labial, pode-se deduzir que a indicação de rinoplastia

deve ser feita após a finalização dos tratamentos.

REIS (2001), tendo entre os objetivos, avaliar o grau de aceitabilidade

facial de cem indivíduos, jovens, leucodermas, de ambos os gêneros, tendo

como critério mínimo de qualidade facial a ausência de assimetria e a

possibilidade de fazerem selamento labial passivo, analisados por meio de

documentação fotográfica padronizada, avaliada por ortodontistas, leigos e

artistas plásticos; concluiu que, na análise do perfil facial, as variações entre os

diferentes grupos de examinadores não mostraram diferença estatística

significante, com os ortodontistas sendo os grupos mais condescendentes,

provavelmente devido ao fato de reconhecerem que determinados problemas

específicos de sua área, esses profissionais estabeleceram uma relação custo

benefício entre problema e tratamento e, passou-se a considerar o “defeito”

aceitável. Em outras palavras, descartar a correção cirúrgica e aceitar o

“defeito” que se tratado seria compensatoriamente. Por analogia, os leigos, que

foram entre os examinadores os mais exigentes, estariam mais livres para

identificar e apontar problemas, fazendo uma análise, diga-se, mais pura.

Quando os resultados das avaliações de frente e perfil foram comparados,

encontrou-se o principal achado que, para todos os grupos de avaliadores, as

notas de frente foram maiores que as de perfil. Isso indicou que um mesmo

indivíduo permitiu avaliações diferentes quando submetido a uma análise facial

subjetiva em norma frontal e lateral. A autora considerou essa possibilidade

muito lógica, já que há determinadas estruturas faciais que são mais visíveis no

perfil, como por exemplo, nariz e queixo. Como são elas, as mais consideradas

para definir desagradabilidade facial nessa norma, é óbvio que, quando

afetadas por um problema qualquer, concorrerão para que a nota para o perfil

seja inferior à nota para o frontal.

BRANDÃO et al. (2001) recomendaram a integração de métodos para o

diagnóstico da má oclusão de Classe II, divisão 1, uma vez que ao realizar uma

avaliação comparativa entre a cefalometria e a análise facial subjetiva,

concluíram que o melhor exame para diagnóstico em Ortodontia seja a análise

facial subjetiva, uma vez que a avaliação subjetiva testada em termos de

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concordância com os achados cefalométricos para a posição da maxila e

mandíbula demonstrou ausência de significância estatística, apesar da

razoável coerência entre os exames. Contudo, advertiram que para realizar a

análise subjetiva é necessário de prática e tempo. As análises cefalométrica e

facial, usadas em conjunto e com conhecimento de suas correlações com os

diferentes tipos de má oclusão vão proporcionar um melhor diagnóstico e plano

de tratamento na correção ortodôntica.

CARDOSO et al. (2002), tiveram como objetivo de estudo, avaliar as

características sagitais, verticais e transversais da oclusão de uma amostra de

trinta e oito brasileiros, de ambos os gêneros, entre quinze e trinta e oito anos

de idade, portadores de Padrão Face Longa com indicação de tratamento

ortodôntico-cirúrgico. A avaliação da relação sagital dos pré-molares nos

modelos de gesso em oclusão permitiu observar a ausência de oclusão normal

na amostra. A prevalência observada das más oclusões foi: Classe I (13,2%),

Classe II, divisão 1 (71%) e Classe III (15,8%). No gênero feminino a

prevalência obtida foi: Classe I (0%), Classe II, divisão 1 (87%) e Classe III

(13%). Na amostra masculina encontrou-se 33,3% Classe I, 46,7% Classe II,

divisão 1 e 20% Classe III. A média do trespasse horizontal verificado foi

5,22mm +/- 3,81mm, variando entre -4mm e 17mm. O trespasse horizontal foi

estatisticamente maior no gênero feminino. A média e o desvio padrão obtidos

para o trespasse vertical foi 0,29mm +/- 3,15mm, variando entre -9mm e 7mm.

Não houve diferença estatística para esta variável entre os gêneros. A mordida

cruzada posterior foi observada em 34% da amostra, estando presente em

todos os pacientes Classe III, em nenhum paciente Classe I e em 26% dos

pacientes Classe II, divisão 1. A variabilidade foi a regra na relação oclusal dos

indivíduos avaliados, portadores de padrões esqueléticos semelhantes e que

exigem procedimentos cirúrgicos com protocolos similares para sua correção.

Isto comprova a inadequação da classificação destes pacientes pela relação

molar e o acerto em nominá-los pelo erro esquelético.

JANSON (2002), estudando a influência do Padrão Facial na decisão de

extrações no tratamento ortodôntico, concluiu que o plano de tratamento

ortodôntico requer a integração de fatores objetivos de diagnóstico (história,

morfologia e características funcionais do paciente) e fatores subjetivos

(estética e psicossocial) e que a decisão da realização ou não de extrações de

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casos ortodônticos com discrepâncias intra-arcos limítrofes, como parte de

seus tratamentos, deve ser baseada nas características dos padrões faciais de

cada paciente, com o objetivo de obter uma estática facial harmoniosa.

BRANDÃO et al. (2002) avaliaram a correlação entre as características

dentárias, esqueléticas e tegumentares da má oclusão Classe II, div. 1ª,

obtidas por meio da cefalometria e do exame facial numérico, em um grupo de

trinta indivíduos de ambos os gêneros, leucodermas, com idade entre doze e

dezesseis anos. Foram encontradas correlações estatisticamente significantes

para as seguintes grandezas: mandíbula e grau de convexidade tegumentar;

convexidade esquelética e convexidade tegumentar; convexidade esquelética e

ângulo da linha mento-pescoço; protrusão dos incisivos inferiores e ângulo

labiomental; comprimento mandibular e ângulo da linha queixo pescoço; altura

facial do terço médio esquelético e tegumentar; altura facial do terço inferior

esquelético e tegumentar, concluíram que o razoável nível de concordância

observado nas correlações, entre os exames sugere que as características

esqueléticas e dentárias impressionam o tecido tegumentar e são lidas em um

processo de análise facial, sendo a grande vantagem do uso combinado destes

exames é descobrir na face do indivíduo com má oclusão o que é aceitável.

VEDOVELLO FILHO et al. (2002), em uma revisão de literatura sobre

análise facial e sua importância no diagnóstico ortodôntico, observaram que a

análise do tecido mole deve ser o elemento fundamental para o diagnóstico

ortodôntico, visando à melhora no Padrão Facial. Concluíram que para a

avaliação personalizada da face, deve-se levar em consideração as diferenças

raciais existentes, assim como as diferenças quanto ao gênero e ao grau de

maturação em que o indivíduo se encontra e que a análise facial é

indispensável para o diagnóstico ortodôntico, pois identifica as características

positivas e negativas do perfil mole do indivíduo, sendo adequado associá-la à

cefalometria convencional, assim como aos outros exames complementares

existentes.

REIS; CAPELOZZA FILHO; MANDETTA (2002), investigando a

prevalência de oclusão normal e das más oclusões de Classe I, Classe II

(divisões 1 e 2) e Classe III em uma amostra constituída de cem indivíduos

(cinqüenta de cada gênero) com o objetivo de representar a população de

brasileiros, adultos, leucodermas, não tratados ortodonticamente e

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caracterizados pela normalidade de perfil facial, tendo como critério mínimo de

inclusão o selamento labial passivo, concluíram que a classificação da

relação oclusal sagital revelou que 7% da amostra apresentou oclusão normal

e 93% más oclusões, sendo 48% Classe I, 36% Classe II divisão 1ª , 6%

Classe II divisão 2ª e 3% Classe III. O caráter de normalidade da amostra foi

acentuado com a exclusão de oito indivíduos considerados esteticamente

desagradáveis por uma banca heterogênea de examinadores. A amostra

resultante era então caracterizada pela normalidade funcional e estética do

perfil facial. Este grupo apresentou 7,6% de oclusão normal, 48,91% má

oclusão Classe I, 34,78% Classe II, divisão 1ª, 5,44% Classe II divisão 2ª e 3%

Classe III. Finalmente, foram excluídos sete indivíduos portadores de oclusão

normal, que não teriam indicação de tratamento ortodôntico. A prevalência de

más oclusões foi então determinada para os adultos com indicação de

tratamento ortodôntico, portadores de normalidade funcional e estética do

perfil, representada pelo selamento labial passivo e pela aparência estética

aceitável ou agradável, que, portanto teriam bom prognóstico para a correção

ortodôntica. Os resultados obtidos foram de 52,94% Classe I, 37,64% Classe II

divisão 1ª, 5,9% Classe II divisão 2ª e 3,52% Classe III, sendo que para esses

pacientes é possível estabelecer objetivos ortodônticos ideais ou

compensatórios, com bom prognóstico.

ALMEIDA; MAZIERO (2003), revisando a literatura sobre a importância

da estética facial no diagnóstico e planejamento ortodôntico, concluíram que

embora existam diversos trabalhos sugerindo medidas cefalométricas ideais

para a face e, especificamente a posição dos lábios, devemos sempre lembrar

que a beleza mostra-se altamente subjetiva e densamente influenciada pelos

aspectos sociais, raciais, étnicos e psicológicos. Essa influência pode refletir

negativamente, pois o que a sociedade considera belo nos dias atuais pode

sofrer alterações durante os anos, modificando as exigências em relação à

estética. Além disso, sabe-se que na face encontram-se estruturas de tecidos

moles que sofrem alterações marcadas pelo processo de crescimento e

envelhecimento. O nariz e as orelhas crescem durante toda a vida do indivíduo,

modificando suas proporções em relação às outras estruturas faciais. O

equilíbrio estético deve sempre considerar, nesse aspecto, a idade do paciente

e o ortodontista deve ter a capacidade de visualizar seus pacientes nas fases

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mais avançadas da vida. Desta forma, torna-se fundamental uma análise

criteriosa de todos os fatores envolvidos na concepção da estética facial, para

que o planejamento ortodôntico seja direcionado para conciliar ao máximo os

objetivos funcionais e estéticos do tratamento.

DIOGO; BERNARDES (2003), comparando a preferência estética do

perfil facial tegumentar em fotografias de perfil com padrões cefalométricos

através da análise de noventa telerradiografias laterais de pacientes tratados

ortodonticamente avaliados por ortodontistas e leigos, concluíram que os

ortodontistas foram mais criteriosos e severos na avaliação do perfil facial em

relação aos leigos, sendo que a preferência estética apresentou-se com uma

suave tendência a uma maior convexidade facial e a uma leve protrusão dos

lábios superior e inferior estatisticamente significantes, visto que os resultados

foram bastantes similares com os padrões cefalométricos existentes, porém

com uma convexidade do perfil facial e leve protrusão labial.

BOECK et al. (2003), após realizarem um levantamento da prevalência

de más oclusões esqueléticas (Classe I, II e III) apresentada pelos pacientes do

Centro de Pesquisa e Tratamento das Deformidades Buco-Faciais

(CEDEFACE), considerando o dimorfismo sexual e o tipo de cirurgia realizada

para cada caso, assim como a análise das estruturas anatômicas afetadas,

concluíram que a prevalência de más-oclusões em pacientes portadores de

deformidades dentofaciais é inversa à observada na população em geral,

sendo a Classe III a mais prevalente, acometendo 53,59% da amostra

analisada, a má oclusão de Classe I foi observada em apenas 1,65% dos

pacientes avaliados e a Classe II representou 39,22% da amostra. A grande

prevalência da Classe III esquelética neste caso, dá-se provavelmente devido

ao fato que a percepção estética é muito mais desagradável que a da Classe II,

o que pode impulsionar o paciente a buscar um tratamento que tenha um

resultado mais agressivo em todo sistema estomatognático e principalmente

em sua face, aceitando com mais facilidade e convicção, as propostas de um

tratamento ortodôntico-cirúrgico.

COLOMBO et al. (2004), objetivando realizar uma análise facial frontal

em repouso e durante o sorriso em fotografias padronizadas em uma amostra

de quarenta mulheres, com idade média de vinte e dois anos, leucodermas,

com faces agradáveis, Classe I de Angle, sem história prévia de tratamento

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ortodôntico ou cirurgia plástica de face, obtiveram duas fotografias de cada

participante da amostra, sendo uma no sorriso máximo e outra em repouso.

Sobre as fotografias, foram realizadas medidas lineares, angulares e

proporcionais. As medidas foram avaliadas por meio do teste de normalidade,

estatística descritiva e desvio padrão do erro. Os resultados mostraram que

algumas medidas utilizadas assemelhavam-se às encontradas na literatura e

outras diferiam muito. A partir dos resultados, os autores concluíram que a

análise facial frontal deveria ser utilizada rotineiramente nos diagnósticos e

planejamentos ortodônticos.

CAPELOZZA FILHO (2004) recomendou que na observância dos

critérios cefalométricos deve-se considerar que a beleza depende

primeiramente da percepção do observador, sendo, portanto, variável e, as

oclusões normais podem apresentar os perfis com: tendência retrusiva de

senilidade precoce e tendência protrusiva do tipo juvenil. Entre as muitas

proposições da estética facial, encontram-se: a estética do perfil cutâneo; a

estética do sorriso; a classificação do perfil labial; as mudanças do perfil com o

crescimento e, as mudanças do perfil com o tratamento. Ocorrem três

alterações no tecido mole, em decorrência do tratamento ortodôntico. São elas:

a retração do lábio superior; o aumento no comprimento do lábio inferior e

aumento do ângulo nasolabial. O comprimento do lábio superior não aumenta

nem com o crescimento nem com o tratamento ortodôntico. Em geral, as

alterações do lábio inferior em relação ao movimento dental ortodôntico são

mais previsíveis do que as do lábio superior. A espessura, postura e tonicidade

da musculatura bucal têm considerável influência sobre a forma e posição

labial, podendo mascarar as grandes mudanças dentárias e diminuindo

consideravelmente as mudanças faciais, dificultando a predizibilidade dos

resultados finais. As mudanças no complexo maxilar são mais difíceis de

predizer devido à natureza intricada dos tecidos tegumentais e detalhes como a

tensão e tônus muscular que são perdidos pela conversão de estruturas

tridimensionais em radiografias cefalométricas. A complexa interação entre o

movimento dental, rotação mandibular e os tecidos moles peribucais indicam

que o plano de tratamento não pode ser considerado somente a partir de

padrões cefalométricos e dos tecidos moles. O simples uso de proporções

entre os lábios e os incisivos são de pouco valia para se obter os objetivos

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finais quando aplicados individualmente. O ângulo naso-labial não muda

significante com o crescimento e o seu aumento está significantemente

relacionado com a retração do incisivo superior, sendo influenciado também

pelo aumento da altura facial inferior e do plano mandibular durante o

tratamento. Cerca de 90% deste aumento é atribuído a mudanças no ponto Ls,

enquanto que 10% à inclinação da columela do nariz. No período pós-

contenção ainda ocorre alterações, como uma tendência progressiva de

retrusão da região subnasal e labial, levando a uma redução gradativa na

convexidade facial. A extração ou não de elementos dentários, se baseados

em diagnóstico preciso, parece não ter efeitos deletérios sobre o perfil facial.

De acordo com o autor, a base do diagnóstico em Ortodontia deve ser

morfológica, devendo ficar claro que o paciente para ser classificado como

Padrão I deverá preencher requisitos exigentes. Dentro dessa perspectiva, é

importante que certos parâmetros sejam observados. O primeiro deles é que,

embora a beleza exija a presença de equilíbrio quase como via de regra, a

presença de equilíbrio não significa necessariamente que a beleza está

presente. Portanto, exige-se do indivíduo Padrão I equilíbrio, não beleza. Outro

aspecto importante a ser considerado é inerente à variabilidade da face

humana expressa pela clássica ordenação dos tipos faciais. Portanto,

características de equilíbrio em indivíduos com diferentes tipos faciais,

morfologicamente diferentes estão presentes no Padrão I. Embora possa haver

predileção subjetiva para agradabilidade, ou mesmo a sensação de que no

mesofacial o equilíbrio atinja sua expressão máxima, isso não deve ser

tecnicamente suportado na abordagem ortodôntica, uma vez que indivíduos

Padrão I podem ser meso, dólico ou braquifaciais. Assim sendo, a melhor

definição de Padrão I é a de um indivíduo normal com má oclusão, o que quer

dizer que o erro dentário é primário, ou seja, a essência da doença, podendo

apresentar qualquer erro no posicionamento dentário, seja transversal, ântero-

posterior ou vertical, sem envolvimento esquelético. Os indivíduos Padrão I

apresentam na análise morfológica frontal, simetria aparente, distância

intercanto medial dos olhos similar à largura do nariz, distância interpupilar

similar à largura da comissura bucal, proporção entre os terços faciais, altura

do lábio superior equivalente à metade da altura do lábio inferior, colume

proporcional de vermelhão dos lábios e selamento labial passivo, o qual pode

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estar comprometido nos paciente acometidos por protrusão da arcada dentária

superior. Na análise de perfil, a normalidade é caracterizada por um grau

moderado de convexidade. A expressão da maxila na face é identificada pela

presença da projeção zigomática e depressão infra-orbitária, que podem ser

verificadas também na visão frontal. A linha de implantação do nariz,

normalmente paralela a uma vertical verdadeira, denota adequada posição

maxilar. O sulco naso-geniano com leve inclinação posterior completa a

avaliação do equilíbrio maxilar. O ângulo naso-labial avalia a relação da base

nasal em relação ao lábio superior, cuja posição é fortemente determinada pela

inclinação dos incisivos superiores. Portanto, esse ângulo pode estar

adequado, aberto ou fechado nos pacientes Padrão I, como conseqüência da

posição dos dentes anteriores superiores, independente do bom

posicionamento maxilar, sempre observado nestes pacientes. O equilíbrio

mandibular, tamanho, forma e posição, podem ser verificados na avaliação do

perfil por meio da linha queixo-pescoço. Ela deve ter um tamanho normal e

tende ao paralelismo com o plano de Camper. Esse paralelismo contribui para

um ângulo adequado entre as linhas do queixo e pescoço. Além disso, espera-

se um ângulo mentolabial agradável esteticamente e construído com igual

participação do lábio e do mento. As más oclusões do Padrão II podem ser

provocadas por uma maxila protrusiva ou mais freqüentemente por uma

mandíbula retrusiva, ou ainda combinação de ambas as situações. Já as más

oclusões de Padrão III, são caracterizadas por um degrau sagital

maxilomandibular diminuído, por retrusão maxilar e ou prognatismo mandibular.

Portanto, são de caráter eminentemente esquelético e nem sempre

apresentam uma relação molar de Classe III, havendo situações que poderá

ser de Classe I e, mais raramente de Classe II, sendo essas situações

provocadas por atipias no posicionamento dentário, facilmente identificáveis e

com certeza, constituem exceção.

REIS et al. (2005) relataram que as faces equilibradas, denominadas

Padrão I, podem apresentar qualquer tipo de má oclusão, a oclusão normal

pode ser observada em faces Padrões II, III, Face Longa ou face Curta com

discrepâncias moderadas, passíveis de compensações dentárias naturais ou

ortodônticas. Portanto, a característica oclusal não deve ser a referência para a

seleção de faces equilibradas, selecionadas, então, a partir da avaliação

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morfológica da face nas visões frontal e lateral. Dessa forma, o estudo

cefalométrico das faces Padrão I fornece os padrões de normalidade para

comparação com grupos discrepantes dessa mesma população, permitindo

quantificações mais realistas dos erros apresentados e oferecendo referências

para correções na direção do normal do grupo ao qual o paciente pertence.

REIS et al. (2006), objetivando avaliar as características numéricas do

perfil facial em uma amostra de cinqüenta indivíduos, leucodermas, portadores

de selamento labial passivo, classificados pela avaliação morfológica do perfil

em Padrão I, II e III, por meio de avaliação fotográfica, concluíram que não

foram observadas diferenças estatísticas entre os grupos Padrão I, II e III nas

medidas obtidas para os ângulos nasolabial e do sulco mentolabial e a alturas

faciais médias e inferiores. O ângulo interlabial foi mais obtuso no Padrão III,

sendo que esse Padrão também apresentou menor convexidade facial e menor

proporção entre o terço inferior da face.

TREVISAN; GIL (2006), buscando avaliar subjetivamente o perfil facial

de indivíduos com oclusão normal por meio de cinqüenta e oito fotografias de

perfil padronizadas, verificaram que a oclusão normal natural não foi indicativa

de beleza do perfil facial, visto que 28% dos perfis avaliados foram

classificados como desagradáveis.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Materiais

A amostra inicial constou de todos os alunos matriculados nos 6º, 7º e 8º

períodos do Curso de Odontologia do Centro Universitário do Triângulo

(UNITRI)-Campus Uberlândia-MG, independente do gênero, os quais já

cursaram ou estavam cursando a disciplina de Ortodontia, em virtude da maior

aceitabilidade de participação da pesquisa, por tratar-se de um assunto familiar

às suas atividades acadêmicas, perfazendo uma amostra inicial de cento e

dezoito alunos.

Os dados foram coletados por meio da aplicação de questionários e

fotografias de frente e perfil de cada indivíduo selecionado.

Foram utilizados no trabalho três tipos de questionários, visando

respectivamente: avaliar os critérios de inclusão, avaliar a percepção pré-

existente ao exame fotográfico e avaliar a percepção após avaliação das fotos.

Critérios de inclusão:

� Concordância em participar da pesquisa;

� Ser brasileiro;

� Indivíduos leucodermas brasileiros;

� Ambos os gêneros;

� Faixa etária entre dezoito e trinta e cinco anos de idade;

� Ausência de tratamento ortodôntico/ortopédico prévio e cirurgia

plástica;

� Ausência de deformidades craniofaciais, síndromes com

repercussões faciais ou fissuras lábio-palatinas;

� Ausência de cirurgia plástica facial;

� Presença de todos os dentes permanentes (com exceção dos

terceiros molares).

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Método

• Método de Seleção da amostra

Este estudo foi conduzido de acordo com os preceitos determinados

pela resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde e pelo Código de Ética

Profissional Odontológico, segundo a resolução CFO 179/93 e submetido e

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Leopoldo

Mandic, sob o protocolo no 05/166, (Anexo I).

Como a pesquisa foi realizada no âmbito de uma instituição privada de

ensino, necessitou-se de autorização prévia, portanto foram enviadas cartas

solicitando consentimento para a realização da mesma, ao coordenador do

curso e ao reitor respectivamente (Anexos II e III).

Mediante autorização por parte dos dirigentes (Anexos IV e V), foram

enviados aos cento e dezoito alunos, questionários para avaliação dos critérios

de inclusão (Anexo VI).

• Avaliação dos critérios de inclusão e seleção da

amostra

Depois de retornados os questionários os critérios foram avaliados e a

amostra selecionada, sendo que o primeiro critério de inclusão adotado foi a

concordância em participar da pesquisa. Assim sendo, dos cento e dezoito

indivíduos da amostra inicial, treze não concordaram em participar. Para o total

da amostra que concordou em participar, cento e cinco indivíduos, foram

verificados os demais critérios de inclusão, sendo que dois indivíduos

apresentavam mais que trinta e cinco anos de idade, seis eram melanodermas

e um era xantoderma, totalizando noventa e seis indivíduos aptos a

participarem da amostra. Considerando a presença de tratamento ortodôntico

e/ou ortopédico prévio como critério de exclusão, restaram finalmente apenas

vinte e nove integrantes da amostra, considerando que sessenta e sete já

foram submetidos a tratamento ortodôntico e/ou ortopédico.

A todos os selecionados foi apresentado o termo de consentimento livre

e esclarecido (Anexo VII), no qual esteve explícita a garantia de recusar ou

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retirar o consentimento, sem penalidade, bem como garantia de sigilo e

privacidade e análise de riscos e benefícios, além da autorização da divulgação

de suas fotografias faciais para fins de ensino e pesquisa, considerando que

todos foram favoráveis ao termo, a amostra definiu-se em vinte e nove

indivíduos.

• Aplicação do questionário de percepção pré-existent e

Após o aceite dos participantes, foi aplicado o questionário de

percepção estética pré-existente, o qual foi identificado numericamente (Anexo

VIII), com o objetivo de avaliar o grau de repercussão estética que cada Padrão

Facial representa, bem como questionamentos relativos à oclusão.

• Obtenção das fotografias

Considerando que os participantes da pesquisa eram acadêmicos do

curso de Odontologia e dispuseram-se a realizar as fotografias apenas nos

intervalos das atividades acadêmicas, não foi possível exigir qualquer tipo de

preparação prévia à realização das fotos, tais como: prender os cabelos,

barbear-se, etc. Somente foi solicitado aos usuários de óculos, que os

retirassem no momento da tomada fotográfica.

Foram realizadas duas tomadas fotográficas em posição de repouso,

sendo uma frontal e uma de perfil, a uma distância de 1 metro da face do

indivíduo, estando este, sentado em um mocho odontológico com regulagem

de altura. Adotou-se essa distância por considerar-se próxima daquela

normalmente utilizada nos relacionamos com as pessoas durante as

conversações e, por conseguinte, nas avaliações dos detalhes faciais.

As fotos foram realizadas tendo como fundo um painel fotográfico azul, e

utilizada máquina fotográfica digital, marca Sony, modelo Cybershot 717,

resolução 5.0 megapixels, apoiada em um tripé Zenit TZ-40. As fotos foram

reveladas em único laboratório, sendo impressas em papel brilhante no

tamanho 10x15, as quais também foram identificadas numericamente.

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� Método fotográfico frontal:

Para as tomadas fotográficas em norma frontal os indivíduos foram

posicionados adotando-se a Posição Natural da Cabeça, segundo VIAZIS

(1991 b), baseando-se na linha de visão e determinada pelo equilíbrio geral da

cabeça e do corpo enquanto o indivíduo olhava reto para frente, estando o

plano infraorbitário paralelo ao solo, a mandíbula em repouso e os lábios numa

posição de relaxamento.

� Método fotográfico lateral:

Para as fotografias de perfil os posicionamentos da mandíbula e dos

lábios estiveram semelhantes aos da norma frontal, porém observando-se se o

plano de Camper estava paralelo ao solo. A fim de favorecer o correto

posicionamento da cabeça, o indivíduo fotografado contou com o auxílio de um

espelho de parede com dimensões 1m de altura x 0,5m de largura, o qual foi

colocado à sua frente, sendo instruído a olhar diretamente para seus olhos

refletidos no espelho, segundo o preconizado por COOKE; WEI (1988).

Figura 1 - Fotografias em norma frontal dos indivíduos da amostra. A) Padrão I B) Padrão II e C) Padrão III

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� Avaliação fotográfica:

As fotos foram avaliadas por um único examinador calibrado, buscando

estabelecer qual a prevalência de cada Padrão Facial segundo a Classificação

de CAPELOZZA FILHO (2004), e também enviadas aos indivíduos

fotografados juntamente com um questionário de percepção estética pós-

existente, para que cada participante pudesse avaliar sua própria foto e

responder ao questionário após avaliação realizada (Anexo IX).

� Avaliação estatística:

Os dados foram coletados, tabulados, e enviados para a análise

estatística, sendo utilizado o software GMC-2002 para a realização do teste

não paramétrico de comparações múltiplas de Kruskal-Wallis, bem como suas

variações, sendo que os resultados obtidos foram exemplificados por meio de

gráficos e tabelas.

D E F

Figura 2 - Fotografias em norma lateral dos indivíduos da amostra. D) Padrão I E) Padrão II e F) Padrão III

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RESULTADOS

Os resultados apresentados a seguir foram obtidos a partir da análise

facial subjetiva da face dos indivíduos da amostra, em norma frontal e lateral,

além da avaliação da prevalência da relação sagital entre as bases ósseas

maxila e mandíbula, denominada Padrão Facial, segundo a Classificação de

CAPELOZZA FILHO (2004). O grau de repercussão estética que cada Padrão

Facial apresentou, bem como as considerações sobre a oclusão, foram obtidas

a partir da análise dos questionários de percepção pré e pós-existentes.

Com o objetivo de facilitar a compreensão deste capítulo, optou-se por

dividi-lo em tópicos.

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57

Análise de Prevalência dos Padrões Faciais

No quadro a seguir (Quadro I), estão representados os tipos de Padrões

Faciais atribuídos a cada indivíduo, numa avaliação das fotografias em norma

frontal.

Indivíduo PADRÃO I PADRÃO II PADRÃO III

01 X

02 X

03 X

04 X

05 X

06 X

07 X

08 X

09 X

10 X

11 X

12 X

13 X

14 X

15 X

16 X

17 X

18 X

19 X

20 X

21 X

22 X

23 X

24 X

25 X

26 X

27 X

28 X 29 X

QUADRO I - Distribuição dos tipos de Padrões Faciais em uma avaliação em norma frontal.

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58

A prevalência dos Padrões Faciais em uma avaliação na norma frontal

estão demonstrados no gráfico 1.

80%

10%10%

Padrão I

Padrão II

Padrão III

Gráfico 1 - Distribuição dos diferentes Padrões Faciais avaliados em

norma frontal.

Inicialmente os dados referentes ao quadro com a avaliação frontal

(Quadro I), foram transformados em escores, ou seja, Padrão I escore 1,

Padrão II escore 2 e Padrão III escore 3. Como os dados foram transformados

em escores permitiu a adoção de teste não paramétrico de comparações

múltiplas de Kruskal-Wallis, com resultados nas tabelas 1 e 2.

Tabela 1 - Resultado do teste de Kruskal-Wallis

____________________________________________________________

Valor <H> de Kruskal-Wallis calculado: 32.7807 Valor do X2 para 2 graus de liberdade: 32.78 Probabilidade de Ho para esse valor: 0.00% Significante ao nível de 1% (alfa = 0,01) _______________________________________________________________

Tabela 2 – Comparação entre as médias dos postos das amostras ____________________________________________________________________________________

Amostras comparadas diferenças Valores críticos <o> Signifi- (comparadas duas a duas) entre médias 0,05 0,01 0,001 cância _____________________ _____________________________________________________________ PADRÃO I X PADRÃO II : 26.9310 8.9488 11.8724 15.3873 0,1% PADRÃO I X PADRÃO III : 26.6207 8.9488 11.8724 15.3873 0.1% PADRÃO II X PADRÃO III : 0.3103 8.9488 11.8724 15.3873 NS ____________________________________________________________________________________

Pela análise dos resultados verificou-se prevalência significante do

Padrão I em relação ao II e III no aspecto frontal.

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59

No quadro a seguir (Quadro II), estão representados os tipos de Padrões

Faciais atribuídos a cada indivíduo, numa avaliação das fotografias em norma

lateral.

QUADRO II - Distribuição dos tipos de Padrões Faciais em uma avaliação em

norma lateral.

Indivíduo PADRÃO I PADRÃO II PADRÃO III 01 X 02 X 03 X 04 X 05 X 06 X 07 X 08 X 09 X 10 X 11 X 12 X 13 X 14 X 15 X 16 X 17 X 18 X 19 X 20 X 21 X 22 X 23 X 24 X 25 X 26 X 27 X 28 X 29 X

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60

A prevalência dos Padrões Faciais em uma avaliação na norma lateral

estão demonstrados no gráfico 2.

59%

38%

3%

Padrão I

Padrão II

Padrão III

Gráfico 2 - Distribuição dos diferentes Padrões Faciais avaliados em norma lateral.

Inicialmente os dados referentes ao quadro com a avaliação de perfil

(Quadro II), foram transformados em escores, ou seja, Padrão I escore 1,

Padrão II escore 2 e Padrão III escore 3. Como os dados foram transformados

em escores permitiu a adoção de teste não paramétrico de comparações

múltiplas de Kruskal-Wallis, com resultados nas tabelas 3 e 4.

Tabela 3 - Resultado do teste de Kruskal-Wallis

_______________________________________________________________

Valor <H> de Kruskal-Wallis calculado: 17.8303 Valor do X2 para 2 graus de liberdade: 17.83 Probabilidade de Ho para esse valor: 0.01% Significante ao nível de 1% (alfa = 0,01)

_______________________________________________________________

Tabela 4 – Comparação entre as médias dos postos das amostras ____________________________________________________________________________________

Amostras comparadas diferenças Valores críticos <o> Signifi- (comparadas duas a duas) entre médias 0,05 0,01 0,001 cância ____________________________________________________________________________________ PADRÃO I X PADRÃO II : 2.5517 10.1803 13.5063 17.5048 NS PADRÃO I X PADRÃO III : 20.2931 10.1803 13.5063 17.5048 0.1% PADRÃO II X PADRÃO III : 17.7414 10.1803 13.5063 17.5048 0.1% ____________________________________________________________________________________

Pela análise destes resultados verificou-se que embora os valores

percentuais apontem a prevalência do Padrão I sobre os demais na análise do

perfil, estatisticamente não houve diferença significante entre os Padrões

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61

Faciais I e II, mas ambos mostram prevalência significante em relação ao

Padrão III no aspecto perfil.

Realizou-se também a comparação fundindo-se os resultados da

avaliação frontal com a do perfil e comparando as médias duas a duas, com os

mesmos dados dos quadros I e II, demonstrados na tabela 5.

Tabela 5 – Comparação entre as médias dos postos das amostras dos dois grupos.

____________________________________________________________________________

Amostras comparadas diferenças Valores críticos <o> Signifi- (comparadas duas a duas) entre médias 0,05 0,01 0,001 cância ____________________________________________________________________________ PADRÃO I FR X PADRÃO II FR : 6.0000 19.0382 25.1230 32.3002 NS PADRÃO I FR X PADRÃO III FR : 42.0690 19.0382 25.1230 32.3002 0.1% PADRÃO I FR X PADRÃO I PE : 16.2414 19.0382 25.1230 32.3002 NS PADRÃO I FR X PADRÃO II PE : 35.1034 19.0382 25.1230 32.3002 0.1% PADRÃO I FR X PADRÃO III PE : 34.1724 19.0382 25.1230 32.3002 0.1% PADRÃO II FR X PADRÃO III FR : 36.0690 19.0382 25.1230 32.3002 0,1% PADRÃO II FR X PADRÃO I PE : 22.2414 19.0382 25.1230 32.3002 5% PADRÃO II FR X PADRÃO II PE : 29.1034 19.0382 25.1230 32.3002 1% PADRÃO III FR X PADRÃO I PE : 58.3103 19.0382 25.1230 32.3002 0.1% PADRÃO III FR X PADRÃO II PE : 6.9655 19.0382 25.1230 32.3002 NS PADRÃO III FR X PADRÃO III PE : 7.8965 19.0382 25.1230 32.3002 NS PADRÃO I PE X PADRÃO II PE : 51.3448 19.0382 25.1230 32.3002 0.1% PADRÃO I PE X PADRÃO III PE : 50.4138 19.0382 25.1230 32.3002 0.1% PADRÃO II PE X PADRÃO III PE : 0.9310 19.0382 25.1230 32.3002 NS ____________________________________________________________________________________

A avaliação dos resultados da comparação entre as tabelas 2 e 4 veio

reforçar a idéia de que as mudanças aconteceram em relação à avaliação de

perfil, onde tanto o Padrão I quanto o II foram os que ocorreram em maior

número, enquanto no aspecto frontal apenas o Padrão I sobressaiu sobre os

Padrões II e III.

Deve-se considerar indivíduos Padrão I, somente aqueles cuja

classificação se repetir para o frontal e perfil, pois nos demais Padrões as

displasias ântero-posteriores dificilmente são marcadas na análise frontal da

face, sendo expressas de forma mais evidente na análise de perfil. Assim

sendo, os dados referentes às avaliações frontal (Quadro I) e lateral (Quadro II)

foram cruzados, buscando avaliar quem recebeu a classificação de Padrão I

em ambas as análises, conforme representado no quadro III. Observou-se uma

prevalência na amostra estudada de 14 indivíduos Padrão I (48,27%), 11

indivíduos Padrão II (37,93%) e 4 indivíduos Padrão III (13,79%), conforme

expresso no gráfico 3.

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62

QUADRO III - Distribuição dos tipos de Padrões Faciais nas análises

frontais e perfil.

Indivíduo PADRÃO I PADRÃO II PADRÃO III

01 X

02 X

03 X

04 X

05 X

06 X

07 X

08 X

09 X

10 X

11 X

12 X

13 X

14 X

15 X

16 X

17 X

18 X

19 X

20 X

21 X

22 X

23 X

24 X

25 X

26 X

27 X

28 X

29 X

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63

Gráfico 3 - Distribuição geral dos diferentes Padrões Faciais cruzando-se

os dados das avaliações frontal e lateral.

48%

38%

14%

Padrão I

Padrão II

Padrão III

A tabela 6 mostra o resultado do teste Kruskall-Wallis após a

transformação dos padrões em escores.

Tabela 6 – Resultado do teste de Kruskall-Wallis

________________________________________________

Valor <H> de Kruskal-Wallis calculado : 7.1259 Valor de X2 para 2 graus de liberdade : 7.13

Probabilidade de Ho para esse valor : 2.84% ________________________________________________

Significante ao nível de 5% <alfa = 0,05> _______________________________________________

Verifica-se significância de 5%.

As médias foram comparadas duas a duas na tabela 7.

Tabela 7 – Comparação duas a duas das amostras. ____________________________________________________________________________________

Amostras comparadas diferenças Valores críticos <o> Signifi- (comparadas duas a duas) entre médias 0,05 0,01 0,001 cância ____________________________________________________________________________________ PADRÃO I X PADRÃO II : 0.9655 10.9862 14.5755 18.8906 NS PADRÃO I X PADRÃO III : 9.8276 10.9862 14.5755 18.8906 NS PADRÃO II X PADRÃO III : 10.7931 10.9862 14.5755 18.8906 NS ____________________________________________________________________________________

As amostras quando comparadas não forneceram diferenças

significativas, pois as diferenças entre as médias não foram maiores que o

valor tabulado, ou seja, 10.9862 para a significância em 5%. Apesar dos

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64

Padrões I e II estarem em maior quantidade houve apenas uma tendência

significativa em relação a menor escolha que foi o Padrão III.

Análise das Repercussões Estéticas

Inicialmente foi confeccionado o quadro IV com as respostas dos

indivíduos para a questão: Você é satisfeito com seu aspecto facial frontal?

QUADRO IV - Grau de satisfação em relação ao aspecto facial frontal.

Indivíduo Pré-existente Pós-existente

01 Muito satisfeito Muito satisfeito

02 Muito satisfeito Pouco satisfeito

03 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

04 Muito satisfeito Pouco satisfeito

05 Muito satisfeito Pouco satisfeito

06 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

07 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

08 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

09 Muito satisfeito Pouco satisfeito

10 Muito satisfeito Muito satisfeito

11 Muito satisfeito Muito satisfeito

12 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

13 Muito satisfeito Pouco satisfeito

14 Muito satisfeito Muito satisfeito

15 Muito satisfeito Pouco satisfeito

16 Muito satisfeito Muito satisfeito

17 Muito satisfeito Muito satisfeito

18 Muito satisfeito Muito satisfeito

19 Muito satisfeito Muito satisfeito

20 Muito satisfeito Muito satisfeito

21 Muito satisfeito Pouco satisfeito

22 Muito satisfeito Pouco satisfeito

23 Muito satisfeito Muito satisfeito

24 Muito satisfeito Muito satisfeito

25 Muito satisfeito Muito satisfeito

26 Muito satisfeito Muito satisfeito

27 Pouco satisfeito Insatisfeito

28 Muito satisfeito Pouco satisfeito

29 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

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65

O gráfico 4 expressa a distribuição das freqüências das respostas

presentes no quadro IV.

22

7 00

10

20

30

MuitoSatisfeito

PoucoSatisfeito

Insatisfeito

Pré-existente

Pós- Existente

Gráfico 4 - Distribuição das freqüências das respostas presentes no quadro IV, em relação ao grau de satisfação com o aspecto facial frontal.

Para a análise das respostas do quadro IV, a qualidade das escolhas foi

transformada em sinais, muito satisfeito (+), pouco satisfeito (-) e insatisfeito

(- -), sendo confeccionado o quadro V com as amostras pré e pós-existentes.

13 15

1

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66

Quadro V – Resultado da escolha dos indivíduos e suas respectivas escolhas transformadas em sinais.

Indivíduo PRÉ-EXISTENTE PÓS-EXISTENTE 01 + + 02 + - 03 - - 04 + - 05 + - 06 - - 07 - - 08 - - 09 + - 10 + + 11 + + 12 - - 13 + - 14 + + 15 + - 16 + + 17 + + 18 + + 19 + + 20 + + 21 + - 22 + - 23 + + 24 + + 25 + + 26 + + 27 - - - 28 + - 29 - -

Observou-se que a combinação mais prevalente foi pré-existente (+) e

pós-existente (+) com treze ocorrências (44,82%), seguida da combinação (+) e

(-) com nove vezes (31,03%) com ocorrência (-) e (-) com seis (20,68%) e

apenas um indivíduo com a combinação (-) e (- -) (3,44%). Dessa forma, pôde-

se adotar o teste estatístico de McNemar para confrontar as quantidades de

ocorrências em sinais positivo e negativo, verificando-se a contingência dos

dados amostrais, representados na tabela 8.

Tabela 8 - Contingência dos dados amostrais:

_____________________________ 13 9 ¦ 22 6 1 ¦ 7

------------------------- 19 10 ¦ 29

_____________________________

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67

Os dados obtidos no teste de McNemar estão representados na tabela 9.

Tabela 9 – Resultado do teste de McNemar __________________________________________

Valores parciais calculados

4.3214 0.0000

0.0000 4.3214

Valor total para 1 grau de liberdade: 8.6429

Probabilidade de Ho para esse valor : 0.3283 %

Significante ao nível de 1 % (Ó = 0.01)

_____________________________________________

Pela análise desses resultados verificou-se que existiu uma significância

maior de respostas (+) e (+) e (+) e (-), do que (-) e (-) e (-) e (- -). Portanto,

houve uma tendência dos indivíduos analisados de mudarem sua opinião

inicial, quando analisaram cuidadosamente sua foto frontal, evidenciando o

grau de importância do aspecto frontal na percepção estética.

Foi confeccionado o quadro VI com as respostas dos indivíduos para a

questão: Você já se viu de perfil?

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68

QUADRO VI – Indivíduos que já se viram de perfil.

Indivíduo Sim Não

01 X

02 X

03 X

04 X

05 X

06 X

07 X

08 X

09 X

10 X

11 X

12 X

13 X

14 X

15 X

16 X

17 X

18 X

19 X

20 X

21 X

22 X

23 X

24 X

25 X

26 X

27 X

28 X

29 X

Verificou-se a partir dos dados do quadro VI que apenas dois indivíduos

não se viram de perfil, ou seja, 6,89%, sendo que a grande maioria, vinte e sete

(93,10%) já se viram de perfil.

O quadro VII foi criado a fim de representar o grau de satisfação estética

dos indivíduos que já se viram de perfil em relação ao aspecto lateral em

resposta à pergunta: Se você já se viu de perfil, qual sua satisfação com o

mesmo?

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69

QUADRO VII - Grau de satisfação em relação ao aspecto facial lateral.

Indivíduo Pré-existente Pós-existente

01 Muito satisfeito Pouco satisfeito

02 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

03 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

04 Muito satisfeito Pouco satisfeito

05 Muito satisfeito Pouco satisfeito

06 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

07 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

08 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

09 Insatisfeito Insatisfeito

10 Muito satisfeito Pouco satisfeito

11 Muito satisfeito Muito satisfeito

12 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

13 Muito satisfeito Muito satisfeito

14 Muito satisfeito Muito satisfeito

15 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

16 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

17 Muito satisfeito Muito satisfeito

18 Muito satisfeito Muito satisfeito

19 Muito satisfeito Muito satisfeito

20 Muito satisfeito Muito satisfeito

21 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

22 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

23 Muito satisfeito Muito satisfeito

24 Muito satisfeito Muito satisfeito

25 Muito satisfeito Muito satisfeito

26 Muito satisfeito Muito satisfeito

27 Muito satisfeito Pouco satisfeito

28 Muito satisfeito Pouco satisfeito

29 Pouco satisfeito Pouco satisfeito

O gráfico 5 expressa a distribuição das freqüências das respostas

presentes no quadro VII.

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70

1711

1

0

5

10

15

20

MuitoSatisfeito

PoucoSatisfeito

Insatisfeito

Pré-existente

Pós- Existente

Gráfico 5 - Distribuição das freqüências das respostas presentes no quadro VII,

em relação ao grau de satisfação com o aspecto facial lateral.

Para a análise das respostas do quadro VII, a qualidade das escolhas foi

transformada em sinais, muito satisfeito (+), pouco satisfeito (-) e insatisfeito

(- -), sendo confeccionado o quadro VIII com as amostras pré e pós-existentes.

Quadro VIII – Resultado da escolha dos indivíduos e suas respectivas escolhas transformadas em sinais.

Indivíduo PRÉ-EXISTENTE PÓS-EXISTENTE 01 + - 02 - - 03 - - 04 + - 05 + - 06 - - 07 - - 08 - - 09 - - -- 10 + - 11 + + 12 - - 13 + + 14 + + 15 - - 16 - - 17 + + 18 + + 19 + + 20 + + 21 - - 22 - - 23 + + 24 + + 25 + + 26 + + 27 + - 28 + - 29 - -

1

17

11

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71

Obteve-se onze respostas (+) e (+) (37,93%), onze respostas (-) e (-)

(37,93%), seis respostas (+) e (-) (20,68%) e uma resposta (- -) e (- -) (3,44%).

Dessa forma, pôde-se adotar o teste estatístico de McNemar para confrontar as

quantidades de ocorrências em sinais positivo e negativo, verificando-se a

contingência dos dados amostrais, representados na tabela 10.

Tabela 10 - Contingência dos dados amostrais:

_____________________________

11 11 ¦ 22

6 1 ¦ 7

-------------------------

17 12 ¦ 29

______________________________

Os dados obtidos no teste de McNemar estão representados na tabela

11.

Tabela 11 – Resultado do teste de McNemar _____________________________________________

Valores parciais calculados

3.3750 0.0000

0.0000 3.3750

Valor total para 1 grau de liberdade: 6.7500

Probabilidade de Ho para esse valor : 0.9375 %

Significante ao nível de 1 % (Ó = 0.01)

_____________________________________________

Pela análise desta tabela observa-se que as respostas (+) e (+), (-) e (-)

foram mais escolhidas que (+) e (-), (- -) e (- -), ou seja, a manutenção da

primeira resposta se manter é muito forte, tanto para muito satisfeito como

pouco satisfeito, na primeira resposta.

A fim de distribuirmos o padrão das respostas em relação ao grau de

comprometimento das estruturas anatômicas faciais na estética facial individual

(questão 04 do anexo VII), foi confeccionado o quadro IX.

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72

As respostas foram transformadas em escores: 1 (compromete muito), 2

(compromete razoavelmente), 3 (compromete pouco) e 4 (não compromete).

Para tamanho do queixo obteve-se treze respostas (44,82%) escore 1,

dez respostas do escore 2 (34,48%) e quatro do escore 3 (13,79%) e escore 4

apenas duas oportunidades (6,89%). Para o tamanho do nariz observou-se

doze respostas escores 1 (41,37%), onze escores 2 (37,93%), três escores 3

(10,34%) e três para o escore 4 (10,34%). Para selamento labial passivo

observou-se quatorze para o escore 3 (48,27%), dez para o escore 4 (38,48%),

Indivíduo Tamanho do Queixo Tamanho do Nariz Selamento labial passivo Maçãs do rosto evidentes

01 Compromete pouco Não compromete Compromete razoavelmente Comprometem muito

02 Compromete muito Compromete razoavelmente Compromete pouco Não compromete

03 Compromete muito Compromete razoavelmente Compromete pouco Não compromete

04 Compromete razoavelmente Compromete muito Não compromete Compromete pouco

05 Não compromete Compromete razoavelmente Compromete pouco Compromete muito

06 Compromete muito Compromete razoavelmente Compromete pouco Não compromete

07 Compromete pouco Compromete muito Não compromete Compromete razoavelmente

08 Compromete muito Compromete razoavelmente Compromete pouco Não compromete

09 Compromete razoavelmente Compromete muito Não compromete Compromete pouco

10 Compromete muito Compromete pouco Não compromete Compromete razoavelmente

11 Compromete razoavelmente Compromete muito Não compromete Compromete pouco

12 Compromete muito Compromete razoavelmente Compromete pouco Não compromete

13 Compromete razoavelmente Compromete muito Não compromete Compromete pouco

14 Compromete muito Compromete pouco Compromete razoavelmente Não compromete

15 Compromete pouco Não compromete Compromete razoavelmente Compromete muito

16 Compromete razoavelmente Compromete muito Compromete pouco Não compromete

17 Compromete razoavelmente Compromete muito Compromete pouco Não compromete

18 Compromete muito Não compromete Compromete pouco Compromete razoavelmente

19 Compromete razoavelmente Compromete muito Não compromete Compromete pouco

20 Compromete muito Compromete razoavelmente Compromete pouco Não compromete

21 Compromete pouco Compromete razoavelmente Compromete muito Não compromete

22 Compromete razoavelmente Compromete muito Compromete pouco Não compromete

23 Compromete razoavelmente Compromete muito Compromete pouco Não compromete

24 Compromete muito Compromete pouco Não compromete Compromete razoavelmente

25 Compromete muito Compromete razoavelmente Não compromete Compromete pouco

26 Compromete razoavelmente Compromete muito Compromete pouco Não compromete

27 Não compromete Compromete muito Compromete razoavelmente Compromete pouco

28 Compromete muito Compromete razoavelmente Compromete pouco Não compromete

29 Compromete muito Compromete razoavelmente Não compromete Compromete pouco

QUADRO IX - Grau de comprometimento das estruturas anatômicas faciais na estética facial.

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73

quatro para o escore 2 (13,79%) e uma para o escore 1 (3,44%). Para maçãs

do rosto evidentes verificou-se quatorze respostas para o escore 4 (48,27%),

oito para o escore 3 (27,58%), quatro para o escore 2 (13,79%) e três para o

escore 1 (10,34%). Os dados podem ser melhor comparados analisando-se o

gráfico 6.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

TamanhoQueixo

TamanhoNariz

Selamentolabial

Maçãs dorosto

evidentes

Compromete muito Compromete razoavelmente Compromete pouco Não compromete

Gráfico 6 – Comparação entre o grau de comprometimento das estruturas

anatômicas faciais na estética facial.

Observou-se que as estruturas consideradas de maior influência, ou

seja, as que obtiveram o maior número de respostas para os escores 1 e 2

respectivamente foram, o tamanho do queixo com treze respostas (44,82%) e

dez respostas (27,58%) e tamanho do nariz com 12 respostas (41,37%) e 11

respostas (37,93%).

Como as respostas foram transformadas em escores permitiu-se a

adoção do teste não paramétrico de comparações múltiplas de Kruskall-Wallis

como observado na tabela 12.

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74

Tabela 12 - Resultado do teste de Kruskall-Wallis. _____________________________________________

Valor (H) de Kruskal-Wallis calculado : 48.3368

Valor do X² para 3 graus de liberdade: 48.34

Probabilidade de Ho para esse valor : 0.00 %

Significante ao nível de 1 % (Ó = 0,01)

_____________________________________________

Através da tabela 12 compararam-se as amostras duas a duas,

demonstrado na tabela 13.

Tabela 13 - Comparação entre as médias. _______________________________________________________________

Amostras comparadas Diferenças Valores críticos (Ó) Significância (comparaçöes duas a duas) entre médias 0,05 0,01 0.001 ____________________________________________________________________________ tamanho nariz X tam. queixo : 6.1369 13.0712 17.2910 22.3138 ns

tamanho nariz X maçã rosto : 36.6207 13.0712 17.2910 22.3138 0,1 %

tamanho nariz X sel. labial: 40.6207 13.0712 17.2910 22.3138 0,1 %

tamanho quei. X maçã rosto : 42.7586 13.0712 17.1910 22.3138 0,1 %

tamanho quei. X sel .labial: 46.7586 13.0712 17.1910 22.3138 0,1 %

selam labial X maçã do rosto : 4.000 13.0712 17.1910 22.3138 ns

____________________________________________________________________________

Pela análise desta tabela confirmou-se que as maiores preocupações

são o tamanho do queixo e do nariz significantes ao nível de 1% em relação ao

selamento dos lábios e maçãs do rosto, que foram os quesitos que menos

tiveram influência estética para mudança neste estudo.

A fim de avaliarmos o padrão das respostas em relação ao grau de

aceitabilidade da oclusão dos vinte e nove indivíduos entrevistados (questão 06

do questionário de percepção pré-existe), foi confeccionado o quadro X.

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Considerou-se escore 1 para oclusão perfeita, escore 2 para aceitável e

escore 3 para ruim. Obtendo-se seis resultados de escore 1 (20,68%), vinte e

um escores 2 (72,41%) e dois escores 3 (6,89%), como representado no

gráfico 7.

Indivíduo PERFEITA ACEITÁVEL RUIM

01 X

02 X

03 X

04 X 05 X

06 X

07 X

08 X

09 X

10 X

11 X

12 X

13 X

14 X

15 X

16 X

17 X

18 X

19 X

20 X

21 X

22 X

23 X

24 X

25 X

26 X

27 X

28 X

29 X

QUADRO X - Respostas dos pacientes com relação a sua oclusão.

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621%

2172%

27% Perfeita

Aceitável

Ruim

Gráfico 7 - Grau de aceitabilidade da oclusão dos indivíduos da amostra.

Como os dados foram transformados em escores permitiu-se a adoção

do teste não paramétrico de comparação múltipla de Kruskal-Wallis,

representado na tabela 14.

Tabela 14 - Resultado do teste de Kruskal-Wallis.

___________________________________

Valor (H) de Kruskal-Wallis calculado : 38.7463

Valor do X² para 2 graus de liberdade: 38.75

Probabilidade de Ho para esse valor : 0.00 %

Significante ao nível de 1 % (p = 0,01)

__________________________________________

As respostas foram transformadas em postos como visto na tabela 15.

Tabela 15 - Transformação em postos _____________________________

Amostra Média

Oclusão perfeita 35.6

Oclusão aceitável 63.9

Oclusão ruim 33.0

_____________________________

Como houve diferença significativa foram comparadas as médias duas a

duas, conforme demonstrado na tabela 16.

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Tabela 16 – Comparação entre as médias __________________________________________________________________

Comparaçäo entre médias dos postos das amostras

Amostras comparadas Diferenças Valores críticos (Ó) Signifi-

(comparações duas a duas) entre médias 0,05 0,01 0.001 cância

oclus perf X oclus aceit : 28.2759 8.5375 11.3268 14.6801 0,1 %

oclus perf X oclus ruim : 2.6207 8.5375 11.3268 14.6801 ns

oclus aceit X oclus ruim : 30.8966 8.5375 11.3268 14.6801 0,1 %

___________________________________________________________________

Observou-se que o resultado desta tabela, evidenciou quantidade

significativa, ao nível de 1%, de resposta para oclusão aceitável em relação à

oclusão perfeita e ruim.

A fim de representar o padrão das respostas em relação à pergunta 7 do

questionário de percepção pré-existente, confeccionou-se o quadro XI.

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QUADRO XI - Opinião dos indivíduos sobre necessidade de tratamento

ortodôntico

.

Indivíduo SIM NÃO

01 X

02 X

03 X

04 X

05 X

06 X

07 X

08 X

09 X

10 X

11 X

12 X

13 X

14 X

15 X

16 X

17 X

18 X

19 X

20 X

21 X

22 X

23 X

24 X

25 X

26 X

27 X

28 X

29 X

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Observou-se que treze indivíduos acreditam necessitar de tratamento

ortodôntico, (44,82%) e dezesseis acham que não precisam (55,17%).

As respostas positivas foram transformadas no símbolo (+) e as

respostas negativas em (-). Como as amostras foram transformadas em

símbolos permitiu-se a adoção do teste não paramétrico para comparação

entre duas amostras de Mann-Whytney, como demonstrado na tabela 17.

Tabela 17 - Resultado do teste de Mann-Whytney

__________________________________________ Valores de U:

U(1) = 104

U(2) = 104

Valor calculado de z: 0.0000

Probabilidade de igualdade: 50.00 %

Näo-significante, amostras iguais (Ó > 0.05).

__________________________________________

Observou-se valores sem diferença significante entre as respostas para

os dois grupos.

A fim de representar o padrão das respostas em relação à pergunta 8 do

questionário de percepção pré-existente, confeccionou-se o quadro XII.

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QUADRO XII – Padrão das respostas a questão 8: O que você

consideraria como um bom resultado de um tratamento ortodôntico?

Observou-se que vinte e sete indivíduos (93,10%) consideram como

bom resultado de um tratamento ortodôntico uma oclusão perfeita e um

aspecto facial agradável e que apenas dois indivíduos (6,89%) consideram

apenas oclusão perfeita, independente do aspecto facial.

Como as respostas foram transformadas em escores permitiu-se a

adoção do teste não paramétrico de comparações múltiplas de Kruskall-Wallis

como observado na tabela 18.

Indivíduo Oclusão perfeita independente do aspecto facial

Oclusão perfeita e aspecto facial agradável

Apenas oclusão perfeita Apenas aspecto facial agradável

01 X 02 X 03 X 04 X 05 X 06 X 07 X 08 X 09 X 10 X 11 X 12 X 13 X 14 X 15 X 16 X 17 X 18 X 19 X 20 X 21 X 22 X 23 X 24 X 25 X 26 X 27 X 28 X 29 X

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Tabela 18 - Resultado do teste de Kruskall-Wallis _____________________________________________

Valor (H) de Kruskal-Wallis calculado : 95.7484

Valor do X² para 3 graus de liberdade: 95.75

Probabilidade de Ho para esse valor : 0.00 %

Significante ao nível de 1 % (Ó = 0,01)

_____________________________________________

Através da tabela 19, compararam-se as amostras duas a duas.

Tabela 19 - Comparação entre as médias ____________________________________________________________________________

Amostras comparadas Diferenças Valores críticos (Ó) Signifi- (comparaçöes duas a duas) entre médias 0,05 0,01 0.001 cância ____________________________________________________________________________ Oc. Perf ind x oc. Perf agrad : 50.4310 5.5543 7.3443 9.4816 0,1%

Oc. Perf ind x ap. Oc. Perf. : 4.0345 5.5543 7.3443 9.4816 ns

Oc. Perf ind x ap. Fac. agrad : 4.0345 5.5543 7.3443 9.4816 ns

Oc. Perf agr x ap. Oc. Perf. : 54.4655 5.5543 7.3443 9.4816 0,1%

Oc. Perf agr x ap. Fac. agrad : 54.4655 5.5543 7.3443 9.4816 0,1%

Ap. oc. Perf x ap. Fac. Agrad : 0.0000 5.5543 7.3443 9.4816 ns

____________________________________________________________________________

Observou-se que oclusão perfeita e aspecto facial agradável foi

significante ao nível de 1% sobre as demais opções, sendo o item mais

observado.

A fim de representar o padrão das respostas em relação à pergunta 9 do

questionário de percepção pré-existente, confeccionou-se o quadro XIII.

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QUADRO XIII - Questão 9: Você acredita que o tratamento ortodôntico pode

ter implicações em mudanças faciais?

Observou-se que 100% dos indivíduos da amostra acham que o

tratamento ortodôntico pode ter implicações na mudança facial.

Representando as respostas à questão 4 do questionário de percepção

pós-existente, confeccionou-se o quadro XIV.

Indivíduo SIM NÃO

01 X

02 X

03 X

04 X

05 X

06 X

07 X

08 X

09 X

10 X

11 X

12 X

13 X

14 X

15 X

16 X

17 X

18 X

19 X

20 X

21 X

22 X

23 X

24 X

25 X

26 X

27 X

28 X

29 X

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QUADRO XIV - Questão: Considerando suas fotos, você procuraria tratamento

ortodôntico a fim de alterar algum aspecto facial?

Observou-se que apenas sete indivíduos (24,13%) responderam

positivamente e vinte e dois indivíduos (75,86%) negativamente.

As respostas positivas foram transformadas no escore 1 e as respostas

negativas no escore 2, permitindo a adoção do teste não paramétrico de Mann-

Whitney para comparação entre dois grupos, conforme tabela 20.

Indivíduo SIM NÃO 01 X 02 X 03 X 04 X 05 X 06 X 07 X 08 X 09 X 10 X 11 X 12 X 13 X 14 X 15 X 16 X 17 X 18 X 19 X 20 X 21 X 22 X 23 X 24 X 25 X 26 X 27 X 28 X

29 X

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Tabela 20 - Resultado do teste de Mann-Whitney ___________________________________________

Valores de U: U(1) = 126 U(2) = 715 Valor calculado de z: -4.5799 Probabilidade de igualdade: 0.00 % Significante ao nível de 1 % (Ó = 0.01).

____________________________________________

Verificou-se pelo resultado da tabela 20, que os indivíduos não

procurariam o tratamento ortodôntico para alteração estética contrariando os

resultados do quadro XVII, pois mesmo sabendo da sua importância, o número

de respostas “sim” foi significativamente inferior às respostas “não” no quadro

XIV.

Foi criado o quadro XV, a fim de representar os resultados encontrados,

comparando o padrão das respostas para a questão 3 do questionário de

percepção pré-existente, com as respostas para a mesma questão no pós-

existente.

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Quadro XV - Considerando sua condição facial atual, você gostaria que

fossem modificadas algumas das estruturas anatômicas faciais abaixo

relacionadas?

Percepção pré-existente Percepção pós-existente

Indivíduo Tamanho do Queixo

Tamanho do Nariz

Selamento labial Maçãs do rosto Tamanho do Queixo

Tamanho do Nariz

Selamento labial

Maçãs do rosto

01 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Aumentaria Não alteraria Não alteraria Não alteraria

02 Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria

03 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria

04 Diminuiria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Diminuiria Não alteraria Não alteraria

05 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Diminuiria

06 Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria

07 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Diminuiria Diminuiria Não alteraria Diminuiria

08 Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria

09 Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria

10 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Aumentaria Não alteraria Não alteraria Não alteraria

11 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria

12 Aumentaria Diminuiria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria

13 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria

14 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria

15 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Aumentaria Não alteraria Não alteraria Diminuiria

16 Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria

17 Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria

18 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria

19 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria

20 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Aumentaria Não alteraria Não alteraria Não alteraria

21 Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Em contato Não alteraria

22 Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria

23 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria

24 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria

25 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria

26 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria

27 Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria

28 Não alteraria Não alteraria Não alteraria Não alteraria Aumentaria Não alteraria Não alteraria Não alteraria

29 Não alteraria Diminuiria Não alteraria Não alteraria Aumentaria Diminuiria Não alteraria Não alteraria

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As respostas foram transformadas em escores alteração: para aumento

ou diminuição foi creditado o escore 1 e a não alteração o escore 0. Permitiu-se

a adoção do teste de Cochran para comparações múltiplas, resultando na

tabela 21.

Tabela 21 – Resultado do teste de Cochran ___________________________________________

X² total para 7 grau/s de liberdade: 42.0264

Probabilidade de Ho para esse valor : 0.0000 %

Significante ao nível de 1 % (p = 0.01)

___________________________________________

Constatou-se que o tamanho do nariz foi o item mais escolhido,

significativamente em relação aos outros itens. Onze indivíduos diminuiriam no

pré-existente (37,93%) e quinze indivíduos (51,72%), também diminuiriam o

tamanho do nariz no pós-existente. Com relação ao Padrão Facial I, observou-

se que oito indivíduos diminuiriam o tamanho do nariz para o pré-existente

(23,52%) e onze indivíduos para o pós-existente (21,15%). Para o Padrão

Facial II apenas dois indivíduos para o pré-existente (5,88%) e quatro para o

pós-existente (7,69%).

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DISCUSSÃO

Segundo CAPELOZZA FILHO (2004), a importância de se conceituar o

Padrão Facial baseia-se numa analogia com a medicina, quando alguém é

classificado como portador de uma doença, pressupõe-se que o profissional da

área, que fez o diagnóstico, analisou uma série de sinais e sintomas e o

enquadrou no rótulo que dá nome à doença. Isso é muito importante porque,

embora com variações inerentes à formação e experiência profissional, esse

diagnóstico terá como conseqüência normas para tratamento e prognóstico.

Dependendo da doença, o tratamento poderá ser medicamentoso ou cirúrgico

ou ainda combinado, o paciente poderá apenas melhorar e ser controlado ou

ter cura total da doença. Esse é o trunfo do diagnóstico. Uma vez identificada a

doença e sua magnitude e estágio, estabelece-se uma interação com as

características do indivíduo portador do problema, como idade e estado físico,

definindo um protocolo de tratamento e um prognóstico de evolução. Portanto,

o ponto de partida do diagnóstico é não dar nomes iguais a coisas tão

diferentes, como por exemplo, classificar más oclusões de Classe II como

dentária e esquelética.

De acordo com CAPELOZZA FILHO (2004), o Padrão craniofacial na

espécie humana, que pode ser descrito e quantificado, é resultado do

crescimento, um processo dinâmico e variado. Variado porque, embora o

Padrão seja constante, detalhes da manutenção do mesmo devem variar nas

diferentes doenças, sujeito às influências ambientais, mas obedecendo ao

comando genético que, em essência, define o Padrão Facial; uma vez que as

limitações ao tratamento ortodôntico são expressas pelo padrão genético do

paciente, cuja expressão morfológica pode ser melhor avaliada e entendida

pela análise do tecido mole da face. Para o autor, as más oclusões deveriam

ser tratadas como doenças, pois indivíduos com discrepâncias esqueléticas

não se enquadram como normais para o aspecto crescimento, em outras

palavras, são doentes. Essa doença não é primariamente a má oclusão. A

doença é o distúrbio de crescimento e as alterações dentárias são sinais,

reflexos que a caracterizam.

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A análise morfológica da face é o principal recurso diagnóstico para

determinação do Padrão Facial que por sua vez, remete a protocolos de

tratamento e prognósticos específicos em diferentes faixas etárias. Uma vez

definida a morfologia facial, permite-se o diagnóstico do indivíduo para o

Padrão e um efeito cascata de tendências se precipita, permitindo a

compreensão da má oclusão e as possibilidades de tratamento, ou seja, seu

prognóstico (CAPELOZZA FILHO, 2004).

Buscando avaliar a prevalência das diferentes morfologias faciais,

observou-se, nessa amostra, que a distribuição observada no aspecto frontal é

potencialmente positiva do ponto de vista estético, já que o indivíduo Padrão I

foi predominante em nível de 79,31%, enquanto que os Padrões II e III

representaram igualmente 10,34% da amostra, corroborando com os dados de

REIS (2001).

Concordando com os dados obtidos por REIS (2001), quando o perfil foi

considerado, obteve-se o Padrão I representando a maioria da amostra

(58,62%), o Padrão II 37,93% e o Padrão III 3,44%. Essa mudança na

classificação é claramente expressa pela migração de indivíduos classificados

como Padrão I na avaliação frontal para os Padrões III, e principalmente II, pois

é nesta norma, o perfil, que as más oclusões do Padrão II e III, displasias

ântero-posteriores são expressas na essência. Desse modo, obedecendo à

maior prevalência das más oclusões do Padrão II, muitos indivíduos que a

apresentaram com magnitude menos significativa, não foram marcados na

análise frontal da face, sendo classificados como Padrão I. O mesmo ocorreu

em menor escala com o Padrão III, revelando que a discrepância não foi grave

o suficiente para ser percebida na visão frontal.

Pela análise dos resultados, verificou-se que embora os valores

percentuais apontaram a prevalência do Padrão I sobre os demais na análise

de perfil, estatisticamente não houve diferença significante entre os Padrões

Faciais I e II, mas ambos mostraram prevalência significante em relação ao

Padrão III no aspecto perfil. Tal dado foi confirmado fundindo-se os resultados

das avaliações frontais e perfil, aonde os resultados vieram reforçar a idéia de

que as mudanças aconteceram em relação à avaliação do perfil, sendo que

tanto o Padrão I quanto o II foram os que ocorreram em maior número,

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89

enquanto no aspecto frontal apenas o Padrão I sobressaiu sobre os Padrões II

e III.

Buscando definir a prevalência dos indivíduos Padrão I, obtive-se na

amostra estudada uma maior tendência ao Padrão I, representando 48,27%,

sendo considerados os indivíduos classificados como I no aspecto frontal e

perfil. Tal resultado foi semelhante ao encontrado por REIS (2001) que relatou

uma prevalência do Padrão I para 50% da amostra total.

As faces equilibradas, denominadas Padrão I, podem apresentar

qualquer tipo de má oclusão, sendo que a oclusão normal pode ser observada

em faces Padrões II, III, Face Longa ou face Curta com discrepâncias

moderadas, passíveis de compensações dentárias naturais ou ortodônticas

(REIS et al. 2005).

Os conceitos sobre beleza e harmonia facial, estão em constante

mudança, variando conforme os padrões instituídos em cada época, bem como

os métodos e tecnologias disponíveis para suas modificações. Sendo assim, a

análise do perfil facial em ortodontia, contribui para avaliar o grau de

aperfeiçoamento estético que é conseguido com o tratamento ortodôntico, bem

como as disparidades não coerentes com a harmonia requerida. Assim,

tratando-se das modificações que ocorrem no perfil de tecido mole devido ao

tratamento ortodôntico, sabe-se que estas, estão intimamente relacionadas

com as mudanças causadas pelo tratamento na estrutura dento-esquelética

subjacente.

A confiança demasiada na análise cefalométrica para elaboração do

plano de tratamento conduz a problemas estéticos, pois a afirmativa de que a

correção da má oclusão baseada em padrões cefalométricos estipulados por

valores médios leva à correção da estética facial nem sempre é verdadeira e

pode, em alguns casos, levar à resultados estéticos faciais aquém dos

desejáveis (ARNETT; BERGMAN, 1993 (a); BRANDÃO et al. 2001). A

interação entre os métodos cefalometria e análise facial, propicia definições

mais precisas do que é ou não aceitável para aquele paciente individualmente

analisado. O confronto entre as análises favorece a localização do componente

alterado e o grau de participação das estruturas esqueléticas e dentárias

relacionadas entre si, conduzindo a elaboração de tratamentos mais

adequados (BRANDÃO et al. 2002).

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Muitos autores, tais como RICKETTS (1968); HOLDAWAY (1983);

PARK; BURSTONE (1986); ALMEIDA; VIGORITO (1988); MAMANDRAS

(1988); SALDANÃ et al. (1989); NANDA et al. (1990); SCAVONE (1992 e

1996); BISHARA et al. (1995 e 1998); ROGRIGUES; CARVALHO (1998) fazem

uso de análises cefalométricas para verificar as formas obtidas no tratamento,

embora para BITTNER; PANCHERZ (1990), não exista correlação obrigatória

entre a maioria das medidas cefalométricas e a aparência facial do paciente.

No entanto, para obtenção de resultados estéticos, deve-se reunir o maior

número possível de dados do paciente que são obtidos por meio do exame

clínico facial, que deve ser realizado com o paciente com a posição natural da

cabeça, relação de máxima intercuspidação e postura labial relaxada, pois

somente assim obtêm-se dados faciais-esqueléticos confiáveis que

complementarão o diagnóstico, o plano de tratamento e a qualidade dos

resultados. Os modelos, a análise cefalométrica e a análise da face devem

fornecer conjuntamente os fundamentos de um diagnóstico bem sucedido

(VEDOVELLO et al., 2002; BRANDÃO et al. 2001).

Autores como BERTHOLD et al. (1998); COLOMBO et al. (2004)

acreditam que é a necessidade estética que motiva o paciente a procurar

tratamento ortodôntico. Sendo assim, deve-se tratar a dentição, sob o ponto de

vista estético, isto é, em função da face do paciente e não modificar a face em

função de uma má-oclusão.

Partindo do princípio de que o esqueleto da face de uma pessoa não é

visto durante o exame clínico, parece razoável e lógico que um tempo maior

seja despendido na avaliação e planejamento do tratamento, a partir daquilo

que podemos ver, pois é o tecido mole da face que nós vemos no dia-a-dia,

durante o diálogo com as pessoas, sendo que, é de uma visão frontal que as

pessoas fazem a auto-avaliação da sua estética facial.

Apesar da concordância quanto à importância da análise de tecidos

moles da face para a clínica ortodôntica, os fatores envolvidos na percepção da

estética facial, assim como aqueles relacionados à análise propriamente dita,

podem passar despercebidos pelos profissionais. Uma avaliação criteriosa das

proporções e do equilíbrio entre as diversas estruturas tegumentares faciais,

auxilia o clínico no diagnóstico e no planejamento ortodôntico (ALMEIDA;

MAZIERO, 2003).

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A importância do uso de fotografias para análise do perfil facial deve-se

ao fato de oferecerem uma visão muito clara do contorno da face e das suas

estruturas. Entre as vantagens desse meio de análise encontram-se a

praticidade operacional, baixo custo, maior visualização pelo paciente das

mudanças ocorridas na aparência facial, por meio da comparação de

fotografias de antes e pós-tratamento (BISHARA et al. 1995).

Beleza pode ser definida como um estado de harmonia e equilíbrio das

proporções faciais, estabelecidas pelas estruturas esqueléticas, pelos dentes e

tecidos moles (GONZÁLES-ULLOA, apud COLOMBO et al., 2004).

O conceito de beleza facial depende de vários fatores, como a opinião

pessoal, a sensibilidade, os padrões culturais, os meios de comunicação, os

fatores étnicos e a faixa etária envolvida; assim, as medidas encontradas

tornam-se válidas para uma determinada população, em um determinado

tempo. De acordo com esse conceito, pode-se afirmar que a beleza está nos

olhos de quem olha (NANDA; GHOSH, 1997; OKUYAMA; MARTINS, 1997;

GONZÁLES-ULLOA, apud COLOMBO et al., 2004).

É de conhecimento público que a cultura ocidental é grandemente

influenciada pelos meios massivos de comunicação e constantemente

bombardeada por representantes de uma beleza produzida pela mídia, criando

uma sofisticada concepção de beleza. Desta forma, o julgamento da beleza e

da atratividade física de uma pessoa comum apresenta-se subjetivo e

tendencioso. Assim sendo, inserido neste contexto, o ortodontista sofre

influências na determinação de certos padrões de beleza como ideais.

O ortodontista, sendo um especialista na área que envolve a beleza e

harmonia facial, torna-se um crítico em maior potencial do que qualquer outro

indivíduo. Deve estar ciente que o julgamento clínico nunca pode ser

substituído por qualquer dogma estabelecido com base em valores médios,

porque eles indicam apenas uma tendência. Assim sendo, o conhecimento da

população a qual se submeterá ao tratamento ortodôntico facilita o

desenvolvimento de abordagens coerentes, que sejam adequadas para a

maioria dos pacientes (NANDA; GHOSH, 1997; REIS; CAPELOZZA FILHO;

MANDETTA, 2002).

Dentre os trabalhos que avaliaram a preferência popular, o estudo de

RIEDEL (1957) demonstrou que o conceito do leigo sobre a estética facial

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aceitável, aparentemente encontra-se em consonância com os padrões

estabelecidos pelos ortodontistas e que o perfil mole apresenta uma íntima

relação com o esqueleto facial.

Muitos pesquisadores observaram que faces aclamadas pela sua

beleza, não necessariamente possuem uma oclusão normal (RIEDEL, 1950;

HOLDAWAY, 1983). Por outro lado, verificaram que existe um consenso

quanto à escolha dos rostos mais atrativos, mas uma discordância na seleção

dos menos atrativos e que os leigos apresentam-se menos críticos em suas

avaliações (KERR; O’DONNELL, 1990).

O conceito de beleza facial dos últimos cem anos vem passando por

alterações de concordância estética, especialmente nessa última década,

assim afirmam os resultados das pesquisas de AUGER; TURLEY (1999) que

ao estudarem os perfis faciais de mulheres brancas exibidos pelas modelos

mais atrativas do período entre 1900 e 1992, verificaram por meio de análise

fotográfica diferenças expressivas quanto à posição ântero-posterior dos lábios,

principalmente na porção de tecido labial e ângulo nasolabial com o grupo atual

manifestando lábios mais expostos anteriormente e abundantes, contrastando

com os perfis do início do século XX, que ostentava lábios delgados e menos

volumosos.

De acordo com REIS (2001), a beleza, essa coisa indefinível que todo

mundo reconhece quando encontra, exige como regra o equilíbrio para estar

presente, embora possa estar ausente mesmo em situações de equilíbrio. Isso

porque na sua interdependência fatorial extensa, muitos componentes além do

equilíbrio esquelético e de tecido mole, como cor e textura da pele, dos olhos e

do cabelo, absolutamente subjetivos, vão definir aos olhos e sentidos de quem

observam a sensação de beleza.

Para CAPELOZZA FILHO (2004), é importante admitir que a presença

de selamento labial passivo deva ser considerada como um critério importante

de aceitabilidade da face, pois parece absolutamente importante saber prever,

o potencial de aceitabilidade, que será fator primordial para a indicação dos

tratamentos compensatórios; uma vez que faces agradáveis são exceções e,

como regra, não dependem do ortodontista para atingir ou permanecer nesse

estágio e faces desagradáveis devem ser tratadas corretivamente com auxílio

de cirurgia, os pacientes aceitáveis são o alvo mais freqüente da Ortodontia e

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aqueles que mais podem ser beneficiados por sua ação nos tratamentos

compensatórios.

Em nossos resultados verificou-se o grau de importância do aspecto

frontal na percepção estética, uma vez que existiu uma tendência dos

indivíduos mudarem de opinião sobre o grau de aceitabilidade de suas faces

quando observaram cuidadosamente suas fotografias frontais. Já na avaliação

das fotografias de perfil, houve uma tendência na manutenção das respostas.

Portanto, não foi significante a mudança de opinião quando o perfil foi

analisado, como se era esperado de acordo com os dados da literatura,

evidenciando que para os indivíduos avaliados a estética facial frontal é

preponderante em detrimento do aspecto facial lateral; discordando dos

resultados encontrados por REIS (2001) que estudando a aceitabilidade dos

perfis obteve para a norma lateral notas inferiores às das avaliações frontais.

A convexidade facial, a relação entre o nariz, os lábios e o mento, e a

proporção vertical da face são alguns dos principais contribuintes para a

configuração tegumentar clínico e cefalométrico (ALMEIDA; MAZIERO, 2003).

OKUYAMA; MARTINS (1997) afirmaram que a preferência do perfil

facial tegumentar nos planejamentos ortodônticos deve contemplar uma maior

convexidade labial para os melanodermas, intermediária para os xantodermas

e menor para os leucodermas.

Para BERTHOLD et al. (1998), a harmonia facial em Ortodontia é

determinada pelas relações e proporções morfológicas do nariz, lábio e

pogônio.

VIAZIS (1991) considerou de grande importância a influência do nariz e

do mento na composição do perfil, pois as diferenças nas formas e nos

tamanhos dos narizes podem alterar significativamente a convexidade total da

face. No entanto, as modificações nas posições básicas tegumentares desta

estrutura ocorrem em função do crescimento e existe pouca coisa que o

ortodontista possa fazer, corroborando com nossos resultados, pois buscando

avaliar o grau de comprometimento de estruturas anatômicas tais como:

tamanho do nariz, tamanho do queixo, presença de selamento labial passivo e

“maçãs do rosto evidentes” na estética facial, constatamos que foi dada maior

importância ao tamanho do queixo (44,82%) e tamanho do nariz (41,37%),

sendo significantes em nível de 1% em relação ao selamento dos lábios e

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maçãs do rosto. Considerando possíveis modificações nas estruturas faciais

supra citadas, a fim de melhorar o aspecto facial, encontramos o tamanho do

nariz como o mais relevante no aspecto facial, sendo que, após a avaliação

das fotos 51,72% dos indivíduos da amostra diminuiriam-no de tamanho, fato

que denota a grande importância desta estrutura anatômica no aspecto facial,

indo de encontro com os achados de TREVISAN; GIL (2006) que obtiveram em

seus resultados que os perfis femininos considerados mais agradáveis, foram

aqueles cujos narizes encontravam-se menos proeminentes.

Os resultados demonstram que a maioria dos indivíduos da amostra

achou sua oclusão aceitável (72,41%), sendo significante em nível de 1%.

Observamos também que 55,17% acreditaram não necessitar de tratamento

ortodôntico, porém não houve diferença estatística entre os que acreditaram

necessitar ou não. Um dado interessante é que vinte e sete indivíduos

(93,10%) consideram como bom resultado de um tratamento ortodôntico uma

oclusão perfeita e um aspecto facial agradável; sendo que 100% da amostra

acreditaram que o tratamento ortodôntico possa ter implicações estéticas,

porém apenas 24,13% procurariam tratamento ortodôntico a fim de alterar seu

aspecto facial. Tal resultado pode ser explicado, considerando característica

sócio-econômica da amostra estudada, alunos do Curso de Odontologia em

uma instituição particular de ensino. A partir deste dado, podemos presumir

que a maioria desses indivíduos poderia ter sido submetida a um tratamento

ortodôntico se a má oclusão os molestasse estética e funcionalmente.

Provavelmente, a necessidade de tratamento passou despercebida até a idade

adulta devido às compensações dento-esqueléticas, que mascararam a má

oclusão presente, indo de acordo com os resultados de REIS; CAPELOZZA

FILHO; MANDETTA (2002).

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CONCLUSÕES

A partir dos resultados pode-se concluir que:

1) Numa análise facial frontal, o Padrão I representou 79,31% da amostra

estudada, denotando uma prevalência significante deste Padrão em

relação aos Padrões II e III (10,34%) respectivamente.

2) Na norma frontal os resultados mostraram-se positivos do ponto de vista

estético, pois 44,82% da amostra disseram-se muito satisfeitos com seu

aspecto facial frontal e apenas 24,13% procurariam tratamento

ortodôntico a fim de alterá-lo.

3) Na norma lateral o Padrão I representou a maioria da amostra (58,62%),

o Padrão II (37,93%) e o Padrão III (3,44%).

4) Na união das análises frontal e perfil foram considerados Padrão I

apenas os indivíduos classificados como tal em ambas as avaliações,

assim sendo, houve uma maior prevalência desse Padrão em relação

aos Padrões II e III, porém não mostrou-se estatisticamente significante,

representando apenas uma maior tendência em relação aos demais.

5) Do ponto de vista estético, os indivíduos mostraram-se menos satisfeitos

com seu perfil em relação ao seu aspecto frontal, uma vez que 17

indivíduos (58,62%) consideraram-se muito satisfeitos com seu perfil

antes da avaliação fotográfica e após a análise fotográfica esse número

decaiu para 11 indivíduos (37,93%).

6) Na observância dos critérios subjetivos de quais estruturas mais

comprometem a estética facial, os resultados demonstraram que o

tamanho do queixo foi considerado a estrutura que mais compromete

(44,82%), seguido pelo tamanho do nariz (41,37%), sendo que as

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mudanças desejáveis apontadas pelos indivíduos após avaliação das

fotos incorreriam no “aumento do queixo” e “diminuição do nariz”.

7) A maioria da amostra considerou sua oclusão aceitável, sendo

significante em nível de 1%, sendo que 55, 17% dos indivíduos

acreditaram não necessitar de tratamento ortodôntico.

8) Todos os indivíduos da amostra consideraram que o tratamento

ortodôntico possa ter implicações estéticas faciais.

9) Grande parte dos indivíduos avaliados (93,10%) considerou como um

bom resultado de um tratamento ortodôntico uma oclusão perfeita e um

aspecto facial agradável.

10) Concluiu-se que a avaliação dos critérios estéticos depende

primeiramente da percepção do observador, sendo, portanto, variável e

de caráter eminentemente subjetivo.

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CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS

A análise morfológica da face é o principal recurso diagnóstico para a

determinação do Padrão Facial que por sua vez, remete a protocolos de

tratamento e prognósticos específicos em diferentes faixas etárias.

O ortodontista deve ter como objetivo de seus tratamentos resultados

satisfatórios do ponto de vista estético e funcional. Assim, o conhecimento das

características morfológicas, bem como o conhecimento de quão importante é

a estética para esses pacientes, direcionará o profissional a buscar abordagens

terapêuticas mais adequadas para cada Padrão Facial.

Sem dúvida alguma, o estudo das repercussões estéticas está sendo

cada vez mais ressaltado pelos profissionais da área de Ortodontia, pois é de

grande valia para a clínica ortodôntica, uma vez que se trata de um assunto

muito importante dentro das linhas de pesquisa.

Visto que neste trabalho, o dimorfismo sexual não foi considerado nas

avaliações das percepções estéticas a que se remetiam as características

morfológicas distintas de cada Padrão, sugere-se que mais pesquisas sejam

desenvolvidas relacionando o grau de aceitabilidade estética de cada Padrão

com o dimorfismo sexual, pois a percepção estética masculina pode diferir da

feminina.

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102

SALDANÃ, J. E. I; PINZAN, A., ALMEIDA, R. R. Alterações no perfil mole decorrentes do tratamento ortodôntico- Uma revisão. Ortodontia , São Paulo, v. 22, n. 23, 44-51, 1989. SCAVONE JR., H. Estudo cefalométrico longitudinal das alterações no perfil facial tegumentar, posterior ao tratamento o rtodôntico, em jovens leucodermas do sexo masculino. Bauru, 1992. 188p. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. SCAVONE JR., H. O perfil facial tegumentar dos 13 aos 18 anos de id ade. Estudo cefalométrico longitudinal em jovens brasile iros leucodermas, com oclusão normal. Bauru, 1996. 219p. Dissertação (Doutorado). Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. SILVA FILHO, O. G.; FREITAS, S. F.; CAVASSAN, A. O. Prevalência de oclusão normal e má oclusão em escolares da cidade de Bauru (São Paulo). Parte I: Relação Sagital. Rev Odontol Univ São Paulo, São Paulo, v. 4, n. 2, 130-137, abr./jun., 1990a. SILVA FILHO, O. G.; FREITAS, S. F.; CAVASSAN, A. O. Prevalência de oclusão normal e má oclusão em escolares da cidade de Bauru (São Paulo). Parte II: Influência da estratificação sócio-econômica. Rev Odontol Univ São Paulo, São Paulo, v. 4, n. 3, 189-196, jul./set., 1990b. SINGH, R. N. Changes in soft chin after orthodontic treatment. Am J Orthod Dentofacial Orthop , Saint Louis, v. 98, n. 1, 41-6, July 1990. SKINAZI, G. L. S. et al., Chin, nose and lips, normal ratios in young men and women. Am J Orthod Dentofacial Orthop , Saint Louis, v. 106, n. 5, 518-523, Nov., 1994. STARCK, W. J.; EPKER, B. N. Cephalometric analysis of profile nasal esthetics. Part I method and normative data. Int J Adult Orthodont Orthognath Surg , Carol Stream, v. 11, n. 2, 91-103, 1996. SUGUINO, R. et al. Análise facial. Dent Press Ortodon Ortop Maxilar , v. 1, n.1, 86-107, set./out., 1996. TALASS, M. F.; TALASS, L.; BACCKER, R. C. Soft-tissue profile changes resulting from retraction of maxillary incisors. Am J Orthod Dentofacial Orthop, Saint Louis, v. 91, n. 5, 385-94, May 1987. TOMITA, N. E. et al., Prevalência da má oclusão em pré-escolares de Bauru-SP-Brasil. Rev Fac Odontol Bauru, Bauru, v.6, n.3, 35-44, jul./set., 1998. TREVISAN, F.; GIL, C. T. L. A., Análise fotogramétrica e subjetiva do perfil facial em indivíduos com oclusão normal. Rev Dent Press Ortodon Ortop Facial , Maringá, v.11, n.4, 24-35, jul./ago.2006.

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VEDOVELLO FILHO, M. et al. Análise facial e sua importância no diagnóstico ortodôntico. J Bras Ortodon Ortop Facial , Curitiba, v.7, n.39, 218-255, maio/jun., 2002. VIAZIS, A. D. A new measurement of profile esthetics. J Clin Orthod , Boulder, v. 5, 15-20, jan., 1991a. VIAZIS, A. D. A cephalometric analysis based on natural head position. J Clin Orthod , Boulder, v. 25, n.3, 172-181, mar., 1991b.

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ANEXOS

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ANEXO I

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ANEXO II

Ao coordenador do curso de Odontologia do Centro Universitário do

Triângulo-UNITRI

Prof. Caio Lúcio Marinho

Venho por meio desta, solicitar sua permissão para que seja

realizada uma pesquisa em nível de dissertação de Mestrado na área de

Ortodontia, objetivando avaliar qual a prevalência dos diferentes tipos de

padrões faciais e suas repercussões estéticas em alunos do curso de

Odontologia.

Serão obtidas duas fotografias faciais, uma em norma frontal e outra

em norma lateral, nas quais serão analisadas os tipos de face, sua prevalência

e suas repercussões estéticas.

Os recursos humanos, físicos e materiais para a elaboração do

presente trabalho são de responsabilidade do pesquisador, não acarretando

nenhum ônus à Instituição.

Atenciosamente,

Profa Karina Silva Nunes

Disciplina de Ortodontia

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ANEXO III

Ao reitor do Centro Universitário do Triângulo-UNITRI

Sr. José Luiz Rodrigues

Venho por meio desta, solicitar sua permissão para que seja

realizada uma pesquisa em nível de dissertação de Mestrado na área de

Ortodontia, objetivando avaliar qual a prevalência dos diferentes tipos de

padrões faciais e suas repercussões estéticas em alunos do curso de

Odontologia.

Serão obtidas duas fotografias faciais, uma em norma frontal e outra

em norma lateral, nas quais serão analisadas os tipos de face, sua prevalência

e suas repercussões estéticas.

Os recursos humanos, físicos e materiais para a elaboração do

presente trabalho são de responsabilidade do pesquisador, não acarretando

nenhum ônus à Instituição.

Atenciosamente,

Profa Karina Silva Nunes

Disciplina de Ortodontia

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ANEXO IV

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ANEXO V

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ANEXO VI

Questionário de Inclusão:

O presente questionário visa coletar dados que servirão como

critérios de inclusão para uma pesquisa em nível de dissertação de Mestrado

na área de Ortodontia; objetivando avaliar qual a prevalência dos diferentes

tipos de padrões faciais e suas repercussões estéticas em alunos do curso

de Odontologia.

Serão obtidas duas fotografias faciais, uma em norma frontal e outra

em norma lateral, nas quais serão analisados os tipos de face, sua prevalência

e suas repercussões estéticas.

Você concorda em participar da pesquisa? ( )Sim ( )Não

Caso concorde favor preencher os campos abaixo, se não concordar

favor devolver o questionário em branco.

Nome:______________________________________________Período:_____

Endereço em Uberlândia:___________________________________________

Telefone de contato:_______________________________________________

Data de nascimento: ____/_____/_____ Idade:______anos e ______meses

Etnia: ( )Branco ( )Mulato ou Negro ( )Oriental

Gênero: ( )Masculino ( )Feminino

Já foi submetido a tratamento ortodôntico/ortopédico? ( )Sim ( )Não

Já foi submetido a algum tipo de cirurgia plástica facial? ( )Sim ( )Não

Excluindo os terceiros molares, você tem todos os dentes permanentes

irrompidos na boca? ( ) Sim ( )Não

Você apresenta algum tipo de deformidade crânio-facial, fissuras de lábio e

palato ou síndromes com manifestações faciais? ( ) Sim ( )Não

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ANEXO VII

Termo de consentimento informado livre e esclarecido ao participante

NOME DA PESQUISA:

“PREVALÊNCIA DOS DIFERENTES TIPOS DE PADRÕES FACIAI S E SUAS

REPERCUSSÕES ESTÉTICAS”

Responsável: Karina Silva Nunes

DESCRIÇÃO E OBJETIVO DO ESTUDO

Existem diferentes tipos de face e cada uma delas exibe um conjunto de

características similares para cada padrão, as quais causam resultados

estéticos diferentes.

Como trabalho de conclusão de curso em nível de Mestrado em

Ortodontia, será realizado um estudo no Centro Universitário do Triângulo -

UNITRI, com o objetivo de verificar a prevalência dos diferentes tipos de

padrões faciais e suas repercussões estéticas em alunos do curso de

Odontologia entre 18 e 35 anos de idade.

Para sua participação não será cobrada nem paga nenhuma taxa de

adesão, bem como, não acarretará nenhum dano para sua saúde ou bem

estar. Sua participação será importante, pois dados referentes a esse assunto

são escassos na literatura, por se tratar de pesquisas recentes.

A sua participação na pesquisa não é obrigatória, você tem todo direito

de não querer participar. Entretanto, se quiser participar e desistir depois, pode

fazê-lo a qualquer momento, pois mesmo assim receberá o mesmo tratamento

dos que permanecerão na pesquisa.

Caso concorde em participar, serão tiradas duas fotografias faciais (1 de

frente e 1 de perfil), nas quais serão avaliados o tipo de face e as repercussões

estéticas, também serão enviados dois questionários para coleta de dados.

Os resultados da pesquisa serão mostrados a pesquisadores da área

odontológica nacional e internacional, por meio de publicações científicas tais

como: artigos em revistas e jornais especializados, apresentação em

congressos, conferências e simpósios, porém seu nome jamais será revelado.

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Você terá como garantia uma cópia deste documento que será assinado duas

vezes, para que uma cópia também fique com o pesquisador.

Terminada a pesquisa, os resultados que são de minha inteira

responsabilidade, estarão à sua disposição.

Caso tenha qualquer dúvida sobre a pesquisa, estarei a disposição para

maiores esclarecimentos pelo fone (34)3242-8292 em horário comercial.

Desde já, agradeço a atenção.

Atenciosamente,

Karina Silva Nunes

CROMG-23312

CONSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO: Eu,_____________________________________________________________

recebi esclarecimentos sobre a referida pesquisa, e por estar devidamente

informado e esclarecido sobre o assunto deste termo, livremente, sem qualquer

pressão por parte do pesquisador, expresso meu consentimento para minha

inclusão nesta pesquisa.

.................................................................. ............./........../............. Assinatura Data _______________________________________________________________ Karina Silva Nunes Data:......../........./..............

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ANEXO VIII

Questionário de percepção pré-existente:

Nome :________________________________________________Turma: ___ Fone de contato:_____________________No de identificação: _____________ 1)Você é satisfeito com seu aspecto facial frontal? ( ) Muito satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( )Insatisfeito 2)Você já se viu de perfil? ( ) Sim ( )Não 3) Se você já se viu de perfil, qual sua satisfação com o mesmo? ( ) Muito satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( )Insatisfeito 4)Dentre as estruturas anatômicas faciais relacionadas abaixo, enumere em ordem de preferência aquelas que você acha que mais comprometem a estética facial. 1-Comprometem muito ( ) Tamanho do queixo 2- Comprometem razoavelmente ( ) Tamanho do nariz 3-Comprometem pouco ( ) Selamento labial passivo 4-Não comprometem ( ) “Maças do rosto” evidentes 5) Considerando sua condição facial atual, você gostaria que fossem modificadas algumas das estruturas anatômicas faciais abaixo relacionadas? [ ]Queixo ( ) Aumentaria ( )Diminuiria ( ) Não alteraria [ ]Nariz ( ) Aumentaria ( )Diminuiria ( ) Não alteraria [ ]Lábios ( ) Em contato ( ) Entreabertos ( ) Não alteraria [ ]Maçã do rosto ( ) Aumentaria ( )Diminuiria ( ) Não alteraria 6)Você considera sua oclusão? ( ) Perfeita ( )Aceitável ( ) Ruim 7)Você acha que necessita de tratamento ortodôntico? ( )Sim ( )Não 8)O que você consideraria como um bom resultado de um tratamento ortodôntico? ( ) Oclusão perfeita independentemente do aspecto facial ( ) Oclusão perfeita e aspecto facial agradável ( ) Apenas oclusão perfeita ( ) Apenas aspecto facial agradável

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9) Você acredita que o tratamento ortodôntico pode ter implicações em mudanças faciais? ( )Sim ( )Não

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ANEXO IX

Questionário de percepção pós avaliação das fotos:

Nome :_____________________________________________Turma: _____

Fone de contato:____________________No de identificação: _____________

Considerando a análise estética de suas fotos de frente e perfil, responda

novamente o questionário abaixo.

1)Você é satisfeito com seu aspecto facial frontal?

( ) Muito satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( )Insatisfeito

2) Analisando seu perfil, qual sua satisfação com o mesmo?

( ) Muito satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( )Insatisfeito

3) Considerando sua condição facial atual, você gostaria que fossem

modificadas algumas das estruturas anatômicas faciais abaixo relacionadas?

[ ]Queixo ( ) Aumentaria ( )Diminuiria ( ) Não

alteraria

[ ]Nariz ( ) Aumentaria ( )Diminuiria ( ) Não

alteraria

[ ]Lábios ( ) Em contato ( ) Entreabertos ( ) Não

alteraria

[ ]Maçã do rosto ( ) Aumentaria ( )Diminuiria ( ) Não

alteraria

4) Considerando suas fotos, você procuraria tratamento ortodôntico a fim de

alterar algum aspecto facial?

( ) Sim ( )Não

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Declaração de divulgação de pesquisa

Eu, Karina Silva Nunes, aluna regularmente matriculada no Curso de

Mestrado em Odontologia, área de Ortodontia no Centro Universitário Hermínio

Ometto-Centro de Pós-Graduação, declaro que tornarei público, pelos meios

científicos, os resultados da minha dissertação de Mestrado, intitulada de

“Prevalência dos Padrões Faciais I, II e III, segundo Capelozza Filho e suas

repercussões estéticas”.

________________________________________________ Karina Silva Nunes

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