prev 3 segurados e dependentes - manutenÇÃo e perda

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1 DOS SEGURADOS RPS ART. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS; ART. 10 EXCLUÍDOS; ART. 11 FACULTATIVO. Para a Previdência Social, dependentes são aqueles que, embora não contribuam para a seguridade social, fazem jus ao recebimento dos benefícios: pensão por morte, auxílio reclusão e aos serviços de reabilitação profissional e serviço social. Portanto não confundir: Beneficiários é gênero, são os segurados e os seus dependentes. Prestações da Previdência Social também é gênero, do qual benefícios (prestações pecuniárias – obrigação de pagar) e serviços (prestações não pecuniárias – obrigação de fazer, bens imateriais postos a disposição dos beneficiários) são espécies. RPS Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: I - como empregado: EMPREGADO I a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; Este conceito é semelhante ao da legislação trabalhista que exige para a caracterização do vínculo empregatício a não eventualidade e a pessoalidade da prestação do serviço, assim como a subordinação e o recebimento de remuneração. Considera-se não eventuais as atividades de periodicidade certa, mesmo que não sejam exercidas diariamente. Um professor que ministra uma aula por semana, em uma escola particular, pode ser considerado empregado, pois o trabalho, nesta situação, não é reputado eventual tendo periodicidade certa. (livro 88, ver diarista e doméstico). § 2º Considera-se diretor empregado aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja contratado ou promovido para cargo de

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DOS SEGURADOS RPS ART. 9° SEGURADOS OBRIGATÓRIOS; ART. 10 – EXCLUÍDOS; ART. 11 – FACULTATIVO.

Para a Previdência Social, dependentes são aqueles que, embora não contribuam para a seguridade social, fazem jus ao recebimento dos benefícios: pensão por morte, auxílio reclusão e aos serviços de reabilitação profissional e serviço social. Portanto não confundir: Beneficiários é gênero, são os segurados e os seus dependentes. Prestações da Previdência Social também é gênero, do qual benefícios (prestações pecuniárias – obrigação de pagar) e serviços (prestações não pecuniárias – obrigação de fazer, bens imateriais postos a disposição dos beneficiários) são espécies. RPS Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: I - como empregado:

EMPREGADO I

a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;

Este conceito é semelhante ao da legislação trabalhista que exige para a caracterização do vínculo empregatício a não eventualidade e a pessoalidade da prestação do serviço, assim como a subordinação e o recebimento de remuneração. Considera-se não eventuais as atividades de periodicidade certa, mesmo que não sejam exercidas diariamente. Um professor que ministra uma aula por semana, em uma escola particular, pode ser considerado empregado, pois o trabalho, nesta situação, não é reputado eventual tendo periodicidade certa. (livro 88, ver diarista e doméstico).

§ 2º Considera-se diretor empregado aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja contratado ou promovido para cargo de

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direção das sociedades anônimas, mantendo as características inerentes à relação de emprego.

§ 3º Considera-se diretor não empregado aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja eleito, por assembléia geral dos acionistas, para cargo de direção das sociedades anônimas, não mantendo as características inerentes à relação de emprego. Entende-se por serviço prestado em caráter não eventual aquele relacionado direta ou indiretamente com as atividades normais da empresa.

Os diretores contratados ou empregados promovidos para cargo de direção de sociedade anônima, desde que mantenham a relação de emprego são considerados empregados. Veremos ao estudar os Contribuintes Individuais, que os diretores de S.A, eleitos para cargo de direção em assembléia, não serão considerados empregados se tiverem os seus contratos de trabalho suspensos. (interrupção da atividade sem remuneração). Trabalhador eleito para função de direção de empresa de economia mista não é enquadrado como segurado contribuinte individual. Livro Ivan Kertzman p. 101

Com efeito, entendo que as peculiaridade inerentes às sociedades de economia mista levam à conclusão de que os dirigentes atuavam mediante subordinação, eis que não tem ampla liberdade na sua atuação, restando cabível o seu enquadramento como empregados pra fins de recolhimento de contribuição social. TRF5 - Apelação

Civel AC 369323 CE 2004.81.00.003067-4 (TRF5) - Data de Publicação: 24/08/2007- mais detalhes página 14.

Trabalhador Temporário b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a três meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da legislação própria; O prazo máximo da contratação é de 3 meses, permitindo-se a prorrogação com a autorização de órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego. Tratando-se de trabalhador rural temporário o prazo máximo será de dois meses e não prorrogável. IN 45 Art. 3° VIII - o contratado no exterior para trabalhar no Brasil em empresa constituída e funcionando no território nacional, segundo as leis brasileiras, ainda que com salário estipulado em moeda estrangeira, salvo se amparado pela Previdência

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Social do país de origem, observado o disposto nos acordos internacionais porventura existentes; O trabalhador contratado no exterior que exerça suas atividades no Brasil é considerado empregado, se não for coberto pela previdência social do seu país. O estrangeiro, gerente de uma empresa Multinacional que é transferido da unidade da França para a filial brasileira, será considerado empregado, caso não mantenha filiação com a previdência francesa. Sendo este, no entanto, filiado ao regime de origem, será excluído do RGPS. c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País;

d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito público interno;

e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; Os funcionários contratados para trabalhar nos consulados e embaixadas de outros países em funcionamento no Brasil são segurados empregados excetuando-se os estrangeiros não residentes e o brasileiro coberto pela previdência do país representado. No que se refere a estrangeiros, para serem segurados do RGPS é imprescindível que estes sejam domiciliados no Brasil.

f) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se amparado por regime próprio de previdência social; O trabalhador aqui deve ser contratado para representar os interesses da União no organismo oficial internacional, caso seja contratado pelo próprio organismo internacional, no exterior, será segurado obrigatório do RGPS na qualidade de Contribuinte Individual.

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g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local; (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). O auxiliar local é o brasileiro ou o estrangeiro admitido para prestar serviços ou desempenhar atividades de apoio que exijam familiaridade com as condições de vida, os usos e os costumes do país onde esteja sediado o posto. Lei 11.440, art. 57 § 1o Serão segurados da previdência social brasileira os Auxiliares Locais de nacionalidade brasileira que, em razão de proibição legal, não possam filiar-se ao sistema previdenciário do país de domicílio. IN 45 Art. 3° XVIII - o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local previsto no art. 105, ainda que a título precário e que, em razão de proibição da legislação local, não possa ser filiado ao sistema previdenciário do país em domicílio; O fato de o segurado não ser filiado ao sistema previdenciário do país em que trabalha deve aqui, ser em razão de proibição imposta pela legislação do país em que exerça suas atividades. Empregado - RPS - Art. 9° I, Alínea q) o empregado de organismo oficial internacional em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; Contribuinte Individual – RPS - Art. 9° V, Alínea d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; IN 45 Art. 6° ,§ 2º Conforme contido no inciso V do art. 11 da Lei nº 8.213, de 25 de julho de 1991, o correspondente internacional autônomo, assim entendido o trabalhador de qualquer nacionalidade que presta serviços no exterior, sem relação de emprego, a diversas empresas, não poderá ser considerado segurado obrigatório da Previdência Social brasileira, ainda que uma das tomadoras do serviço seja sediada no Brasil, considerando que a mencionada Previdência Social aplica-se aos trabalhadores que prestam serviços autônomos dentro dos limites do território nacional.

h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008; (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

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Em acordo com a referida lei, facultativo. Bolsista da Fundação do Exército é Contribuinte Individual. i) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; Os Servidores de cargo em comissão de livre nomeação ou exoneração, como, por exemplo, Assessor Parlamentar, Ministro de Estado, Secretário Estadual ou Municipal são considerados empregados para o Direito Previdenciário, valendo-se de todos os direitos e obrigações pertinentes a esta categoria. Porém caso o ocupante de cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal esteja amparado por regime próprio de previdência social, em razão do exercício do cargo efetivo do qual tenha se afastado para assumir essa função, continuará vinculado ao RPPS de origem, não sendo enquadrado como empregado do RGPS.

§ 16. Aplica-se o disposto na alínea "i" do inciso I do caput ao ocupante de cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sem vínculo efetivo com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, ainda que em regime especial, e fundações. (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)

j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social; Muitos municípios do país ainda não instituíram seus regimes próprios sendo seus servidores de cargo efetivo vinculados ao RGPS.

l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal; Os trabalhadores por tempo determinado dos entes federativos são considerados empregados, já que não podem ser vinculados aos respectivos RPPSs, este inciso trata do chamado REDA – Regime Especial de Direito Administrativo, utilizado cada vez mais com freqüência pela administração pública em geral. m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de emprego público;

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Saliente-se que os servidores que exercem atividade típica de Estado não podem ser contratados como empregados públicos, devendo ser vinculados ao RPPS do ente federativo, se existir. n) (Revogada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, em conformidade com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994;

O titular de Serviços Notariais é Contribuinte individual: § 15. Enquadram-se nas situações previstas nas alíneas "j" e "l" do inciso V do caput, entre outros: (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)VII - o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21 de novembro de 1994;

IN 45 Art. 6° VII Contribuinte individual - o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21 de novembro de 1994, data da publicação da Lei nº 8.935, de 1994; De acordo com o art. 236 da CF, os serviços notarias e de registro devem ser exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. Este dispositivo, todavia, dependia de lei para regulamentá-lo. Desta forma, antes da Lei 8.935/94, os serviços cartorários eram eminentemente públicos. Para estruturar a prestação dos serviços notariais, o titular (que é contribuinte individual) deve contratar escreventes e auxiliares, sendo estes considerados empregados para a legislação previdenciária. O notário, o tabelião e o oficial de registro que detêm a delegação do cartório (ou seja, titulares de serviços notariais) são considerados Contribuintes Individuais. Como também é empregado – IN 45, Art. 3°, X - o contratado por titular de serventia da justiça, sob o regime da legislação trabalhista, e qualquer pessoa que, habitualmente, presta-lhe serviços remunerados sob sua dependência, sem relação de emprego com o Estado, a partir de 1º de janeiro de 1967; p) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Redação dada pelo Decreto nº 5.545, de 2005). Os servidores de cargo efetivo cobertos por regime próprio, quando eleitos, continuarão vinculados ao respectivo regime próprio. Na hipótese de servidor público, vinculado ao regime próprio de previdência social, exercer,

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concomitantemente, mandato eletivo no cargo de vereador, será obrigatoriamente filiado ao RGPS, em razão do cargo eletivo, neste caso, como exerce as duas atividades, será filiado aos dois regimes. Prova: CESPE - 2008 - SEMAD-ARACAJU - Procurador Municipal Disciplina: Direito Previdenciário Julgue os itens a seguir, relativos à previdência social e a seus beneficiários. Considere a seguinte situação hipotética. Por ser professor concursado da rede estadual de ensino, José Dantas, deputado estadual de Sergipe, é vinculado ao egime próprio de previdência do estado. Tendo em vista a compatibilidade de horário entre o mandato eleitoral e o exercício do magistério, José Dantas continuou a lecionar. Nessa situação, José Dantas deve vincular-se também ao egime geral de previdência social (RGPS), em decorrência do exercício do mandato eletivo. GABARITO - ERRADO

q) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano (ou seja não prorrogável); (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). (trabalhador temporário não rural o prazo máximo é de três meses podendo ser prorrogado, autorização do MTE).

Este tipo de empregado pode ser contratado inclusive pelo Segurado

Especial: Dec. 3048 Art. 9° § 21. O grupo familiar poderá utilizar-se de empregado, inclusive daquele referido na alínea “r” do inciso I do caput deste artigo (empregado temporário 2 meses dentro do período de um ano - improrrogável) , ou de trabalhador de que trata a alínea “j” do inciso V (contribuinte individual), em épocas de safra, à razão de no máximo cento e vinte pessoas/dia dentro do ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, à razão de oito horas/dia e quarenta e quatro horas/semana. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). IN 45 Art. 3° II - o aprendiz, com idade de quatorze a vinte e quatro anos, sujeito à formação profissional metódica do ofício em que exerça o seu trabalho, observado que a contratação como aprendiz, atendidos os requisitos da Lei nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000 e da Lei nº 11.180, de 23 de setembro de 2005, poderá ser efetivada pela empresa onde se realizará a aprendizagem ou pelas entidades sem fins lucrativos, que têm por objetivo a assistência ao adolescente e a educação profissional; O aprendiz pode ter idade entre 14 e 24 anos, salvo se portador de deficiência, que não tem idade limite. O limite te idade foi alterado pela Medida Provisória 251,

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convertida na Lei 11.180/05, que alterou a redação dos artigos 428 e 433 da CLT. Antes desta lei, o limite máximo de idade para o aprendiz era de 18 anos. O aprendiz é considerado empregado para fins previdenciários. Constitui a única classe de segurado que pode inscrever-se antes de completar 16 anos de idade. (livro 90). Importante – Trabalhador Volante. IN 45 Art. 3° IV - o trabalhador volante (bóia fria), que presta serviço a agenciador de mão-de-obra constituído como pessoa jurídica, observado que, na hipótese do agenciador não ser pessoa jurídica constituída, este também será considerado empregado do tomador de serviços; O trabalhador volante, é o trabalhador que viaja pela empresa pra realizar algum tipo de serviço em outra localidade onde a empresa atende, no âmbito rural, mais conhecido como bóia-fria, aquele que presta serviço a várias propriedades rurais durante toda a sua vida de trabalho, ou seja, trabalha em diversas lavouras, pois não possui suas próprias terras. Como trabalhadores rurais, fazem jus à aposentadoria por idade com critério reduzido em 5 anos, 60 anos homem, 55 anos mulher. João Batista Lazzari leciona que não são requisitos essenciais para a caracterização da relação de emprego: a exclusividade; o trabalho em estabelecimento do empregador; o trabalho diário; o trabalho mediante salário fixo. Mais adiante o doutrinador esclarece que - Bóias-frias: [são] trabalhadores "volantes" que são contratados por um "agenciador" de mão de obra rural para fazer serviços típicos da relação de emprego rural; se o trabalho for de natureza não eventual e o agenciador não estiver constituído como pessoa jurídica, entender-se-á formado o vínculo de emprego com o tomador dos serviços, para fins de aplicação das normas de arrecadação e benefícios, inclusive na condição de safrista (contratado por prazo determinado). (op. cit. p. 154). Ver na íntegra, Julgado, pasta 01 ponto, INSS, jurisprudência 01. CARACTERIZAÇÃO DO TRABALHADOR RURAL IN 45 Art. 3° V - o assalariado rural safrista, de acordo com os arts. 14, 19 e 20 da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973, observado que para aqueles segurados que prestam serviço a empresas agro-industriais e agropecuárias, a caracterização, se urbana ou rural, dar-se-á pela natureza da atividade exercida, conforme definido no Parecer CJ nº 2.522, de 9 de agosto de 2001, caracterizando, desta forma, a sua condição em relação aos benefícios previdenciários, observado o disposto no art. 31; Parecer CJ nº 2.522, de 9 de agosto de 2001

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EMENTA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO. ENQUADRAMENTO DE SEGURADOS COMO TRABALHADORES RURAIS TENDO EM VISTA A NATUREZA DA ATIVIDADE DO EMPREGADO E NÃO DAS EMPRESAS. Os empregados que exercem atividades tipicamente rurais em agroindústrias, especificamente em usinas de cana-de-açúcar, são tidos, para fins de concessão de aposentadoria por idade, como trabalhadores rurais e não urbanos. Necessidade de adequação das normas regulamentares e da rotina do Instituto Nacional do Seguro Social a este entendimento. Art. 201, § 7º, inciso II da Constituição Federal e dispositivos da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991. (...) não nos parece lógico que contadores, escriturários, cozinheiros, motoristas etc., sejam tidos como trabalhadores rurais pelo tão só motivo da natureza da atividade rural do seu empregador. Efetivamente, estes segurados não são trabalhadores rurais, mas sim urbanos. A distinção constitucional entre trabalhadores rurais e urbanos, para fins previdenciários, não nos parece acobertar esta situação. Há motivos históricos e sociais a fundamentar esta distinção, considerando-se a natureza da atividade desempenhada por estes segurados e não pela natureza econômica da atividade de seu empregador, o que se confirma pela legislação infraconstitucional especifica, qual seja, a Lei 8.213, de 1991. Assim, temos que os trabalhadores que comprovadamente desempenham atividades rurais, independentemente da natureza da atividade do empregador, têm direito ao prazo reduzido, previsto no art. 201, § 7º, inciso II da Constituição Federal, para fins de concessão de aposentadoria por idade. CJ – Consultoria Jurídica - Portaria MPS 296 - Art. 37. À Procuradoria Federal Especializada, órgão de execução da Procuradoria-Geral Federal, compete: VIII - expedir pareceres normativos e vinculantes, observadas as competências da Consultoria Jurídica do Ministério da Previdência Social e do Advogado-Geral da União. RI do CRPS Art. 69º Os pareceres da Consultoria Jurídica do MPS, quando aprovados pelo Ministro deEstado, nos termos da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993, vinculam os órgãos julgadores do CRPS, à tese jurídica que fixarem, sob pena de responsabilidade administrativa quando da sua não observância. Ler na íntegra: PREV 09 TRABALHADOR RURAL SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

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Em um primeiro momento parecem significar a mesma coisa, mas para o Direito do Trabalho são institutos diferentes, se não, vejamos: SUSPENSÃO: Cessão provisória e total dos efeitos do Contrato de Trabalho. Efeitos: Na suspensão o contrato continua em pleno vigor mas não conta o tempo de serviço e não há remuneração. INTERRUPÇÃO: Cessão parcial e provisória do Contrato de Trabalho. Efeitos: Como a cessão é parcial, continua a contar o tempo de serviço e percebendo a remuneração. EXEMPLOS DE HIPÓTESES DE SUSPENSÃO: Auxílio doença após 15 dias. O INSS é quem paga, Aposentadoria provisória por Invalidez, Aborto Criminoso, Greve legal/legítima, Art°. 7° da Lei n° 7.783/89, Cargo Eletivo - Súmula 269 TST, Licença não remunerada, Exercício de cargo público, Mandato Sindical. EXEMPLOS DE HIPÓTESES DE INTERRUPÇÃO: Férias, Aviso prévio não trabalhado,Licença-Maternidade, Auxílio doença - Primeiros 15 dias. O Empregador é quem paga, Repouso Remunerado, Faltas ao serviço - Art°. 473 da CLT, Feriados, Casamento, Licença-paternidade, Falecimento do Cônjuge,Doação de sangue,Alistamento Militar, Jurado, Comparecimento a juízo, Alistamento Eleitoral, Vestibular, Acidente do trabalho (Não percebe salário, mas o período é computado no tempo de serviço, logo é interrupção). NA ESTEIRA DOS ENSINOS DA DOUTRINA: Sergio Pinto Martins: "Haverá interrupção quando o empregado deva ser remunerado normalmente, embora não preste serviços, contando-se também o seu tempo de serviço, mostrando a existência de uma cessação temporária e parcial dos efeitos do contrato de trabalho. Na suspensão, o empregado fica afastado, não recebendo salário, nem é contado o seu tempo de serviço, havendo a cessação temporária e total dos efeitos do contrato de trabalho". Amauri Mascaro Nascimento: " Nossa lei se utiliza de dupla terminologia, suspensão e interrupção, a nosso ver sem caráter substancial porque diz respeito unicamente aos efeitos e não ao conceito. A figura tem um pressuposto comum, paralisação do

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trabalho, sendo diferentes os efeitos que a paralisação produzirá, especialmente quanto aos salários; haverá interrupção quando devidos os salários, e suspensão quando não devidos. Essa é a linguagem do nosso direito, mas outra poderia ser sem alteração básica, chamando-se de suspensão remunerada ou não remunerada as duas hipóteses, ou suspensão parcial ou total, como fazem alguns doutrinadores". Amador Paes de Almeida: "...A suspensão, como o próprio nome indica, apenas suspende os efeitos do pacto laboral, subsistindo, todavia, o vínculo jurídico. Não há prestação de serviços, tampouco pagamento salarial. O período da suspensão, outrossim, não é computado no tempo de serviço. ...Caracteriza-se a interrupção pela simples paralisação dos serviços; o empregado não presta serviços, mas o empregador paga seus salários; e o período de interrupção é computado no tempo de serviço"

DOMÉSTICO II II - como empregado doméstico - aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos; III e IV - (Revogados pelo Decreto nº 3.265, de 1999) Diarista é Contribuinte Individual. Empregado doméstico é o trabalhador que presta serviços de natureza contínua, mediante remuneração, à pessoa, à família ou à entidade familiar, no âmbito residencial desta em atividade sem fins lucrativos. Doméstico requisitos para o enquadramento: Serviço contínuo (mais de 2 vezes por semana); Mediante remuneração; À pessoa, família ou entidade familiar, no âmbito residencial; Sem fins lucrativos. Além dos tradicionais empregados domésticos, que todos nós conhecemos como o caseiro e a cozinheira, existem outros que, apesar de ao trabalharem dentro da casa do patrão são assim considerados: o motorista, o marinheiro de barco de família e, até mesmo, em tese, o piloto de jatinho ou de helicóptero particular. Observe que o doméstico deve trabalhar na residência do contratante, em atividades sem fins lucrativos. Pode-se afirmar, desta forma, que a cozinheira ajudante da patroa na preparação de docinhos para festas de aniversários infantis, será considera empregada e não empregada doméstica. O mesmo ocorre com o caseiro de fazenda que ordenar as vacas com a finalidade de vender o leite à vizinhança para pagar os

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custos de manutenção da fazenda ou com o motorista particular que passar a exercer serviços de entrega de notas fiscais e cobrança de cheques do escritório de seu patrão. CONTINUIDADE O requisito da continuidade também é indispensável à caracterização do trabalho doméstico. Registre-se que em relação aos empregados apenas se exige a não eventualidade, não sendo necessário que o trabalho se realiza de forma ininterrupta. Assim, faxineira semanal que labores até duas vezes por semana segundo a jurisprudência majoritária, não é considerada empregada doméstica más prestadora de serviços. (diarista – contribuinte individual). Tanto para o Doméstico como para o diarista a atividade deve ser sem fins lucrativos. Portanto mesmo se a atividade for prestada em âmbito familiar à pessoa ou entidade familiar até duas vezes por semana mas com fins lucrativos o segurado será enquadrado como empregado. A mudança da classificação é muito importante, pois cada classe de segurado contribui de maneira diferenciada para a previdência e possui critérios distintos para obtenção de benefícios. A partir de 12/06/98 com a publicação do Decreto 6.481, que incluiu o trabalho doméstico na listas das piores formas do trabalho infantil, foi proibida a contratação de empregados domésticos menores de 18 anos. Antes do mencionado Decreto, era lícita a contratação de empregados domésticos, a partir dos 16 anos de idade. Portanto o aprendiz não é a única exceção em relação a idade limite para ingressar ao RGPS (14 anos) Na categoria de empregado doméstico a idade mínima é 18 anos?

CONTRIBUINTE INDIVIDUAL V A categoria dos contribuintes individuais foi criada pela Lei 9.876/99, a partir da fusão de três categorias existentes na legislação anterior: autônomos, empresários e equiparados a autônomos. V - como contribuinte individual: (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)) a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área, contínua ou descontínua, superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 8o e 23 deste artigo; (situações que provocam a perda da qualidade de segurado especial) (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

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Ou seja, o Segurado especial descaracterizado por estas hipóteses é contribuinte individual. § 24. Aplica-se o disposto na alínea “a” do inciso V do caput deste artigo (é contribuinte individual) ao cônjuge ou companheiro do produtor que participe da atividade rural por este explorada. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)

Caso o Contribuinte Individual Garimpeiro, exerça comprovadamente sua atividade em regime de economia familiar, terá reduzida em 5 anos sua aposentadoria por idade, 60 anos homem 55 anos mulher, mantendo ainda assim o enquadramento original como contribuinte individual. CF art. 201 § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Pelo entendimento literal, o garimpeiro, o produtor rural e o pescador artesanal só terão suas aposentadorias por idade reduzidas se exercerem suas funções em regime de economia familiar, há notadamente uma diferenciação entre trabalhador rural e produtor rural. § 8º Os requisitos a que se refere o inciso I (Apo. Por Tempo de Contribuição) do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; (Redação dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002).

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Padres, pastores, rabinos e demais líderes religiosos. d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) Muito semelhante ao enquadramento de Empregado, note que a diferença está em para quem o brasileiro civil presta serviço, se for para União é empregado, se for para o próprio organismo internacional – no Brasil é empregado, no exterior é contribuinte individual. Técnica de memorização dos segurados expatriados.

1. Toda vez que o segurado for contratado por empresa privada para trabalhar fora do país será este empregado, seja ele brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil. Quando se tratar de contratação unicamente de brasileiros civis para organismos internacionais, se o segurado representar a União, será empregado, se trabalhar para o próprio organismo será empregado se trabalhar no Brasil e contribuinte individual se trabalhar no exterior:

ATENÇÃO – Questões de Simulado:

1. Beatriz trabalha, em Brasília, na sucursal da ONU e não tem vinculação com regime de previdência estrangeiro. Nessa situação, Beatriz é segurada da previdência social na condição de contribuinte individual. ERRADO.

Beatriz no caso é empregada! RPS Art. 9°, I, q) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999).

Professor Hugo Goes - Beatriz enquadra-se no art. 11, I, “i”. (L - 8213): i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Incluída pela Lei nº 9.876, de 26.11.99). Veja que Beatriz trabalha no Brasil. Assim, não poderia enquadrar-se na alínea “e” do inciso V: - como contribuinte individual: e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99).

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2. Pablo é peruano, mas tem residência permanente na Bolívia e lá trabalha como empregado de uma agência de um banco constituído sob as leis brasileiras que tem sede e administração no Brasil. Nessa situação:

RESPOSTA – Pablo não é Segurado Obrigatório do RGPS! Lei 8.213/91 Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: I - como empregado: [...] c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior; Regulamento da Previdência Social Art. 9. São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: I - como empregado: [...] c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País; Na questão em tela, temos o caso de um estrangeiro que trabalha no exterior como empregado de uma agência de uma empresa constituída sob as leis brasileiras que tem sede e administração no Brasil. Nesse caso, para que o trabalhador estrangeiro seja segurado do RGPS é imprescindível que ele seja domiciliado no Brasil e que tenha sido contratado no Brasil. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo (Código Civil, art. 70). O enunciado da questão informa que Pablo é peruano, tem residência permanente na Bolívia e trabalha na Bolívia. Assim, ainda que tenha sido contratado no Brasil, Pablo não é amparado pelo RGPS, pois não tem domicílio no Brasil. Hugo Goes – Exercícios Propostos. EQUIPARADOS À EMPRESA RPS Art. 12 Parágrafo único. Equiparam-se a empresa, para os efeitos deste Regulamento: (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) II - a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras;

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e) o titular de firma individual urbana ou rural; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) f) o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na sociedade anônima; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) Caso Atípico Trabalhador eleito para função de direção de empresa de economia mista não é enquadrado como segurado contribuinte individual. Livro Ivan Kertzman p. 101 (rs... por eliminação só pode ser empregado...) Em uma sociedade de economia mista, cujos diretores são escolhidos pela Assembléia Geral de acionistas, em que a maioria do capital social é representado pelo Poder Público. Portanto, ainda que exista certa liberdade técnica na atuação de tais diretores, não se pode olvidar que a natureza daquela sociedade empresarial impõe aos dirigentes uma subordinação jurídica às orientações da Administração Direta a que está vinculada, em face do controle finalístico e da tutela administrativa sobre ela exercida.

Com efeito, entendo que as peculiaridade inerentes às sociedades de economia mista levam à conclusão de que os dirigentes atuavam mediante subordinação, eis que não tem ampla liberdade na sua atuação, restando cabível o seu enquadramento como empregados pra fins de recolhimento de contribuição social. TRF5 - Apelação

Civel AC 369323 CE 2004.81.00.003067-4 (TRF5) - Data de Publicação: 24/08/2007

g) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) O Código Civil criou a figura do administrador não empregado da sociedade limitada, o qual deve ser enquadrado como contribuinte individual. h) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho e o administrador não empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana ou rural; (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003) i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) No caso de sociedade civil de prestação de serviços relativos ao exercício de profissões regulamentadas, como escritórios contábeis ou de advocacia, a legislação previdenciária exige a segregação dos valores pagos a título de pró-labore e os provenientes do capital social (distribuição de lucros). Se tal discriminação não for

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efetuada, haverá presunção de que todos os valores pagos foram decorrentes do trabalho dos sócios. IN 45 – Art. 6 – CONTRIBUINTE INDIVIDUAL XVI - desde que receba remuneração decorrente de trabalho na empresa: a) o titular de firma individual urbana ou rural; b) todos os sócios nas sociedades em nome coletivo, de capital e indústria c) o sócio administrador, o sócio cotista e o administrador não empregado na sociedade limitada, urbana ou rural, conforme definido na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil); d) o membro de conselho de administração na sociedade anônima ou o diretor não empregado; e e) o membro de conselho fiscal de sociedade por ações; XVII - o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, em associação ou em entidade de qualquer natureza ou finalidade, desde que receba remuneração pelo exercício do cargo; - Remuneração decorrente do Trabalho. XXI - quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual a uma ou mais empresas, fazendas, sítios, chácaras ou a um contribuinte individual, em um mesmo período ou em períodos diferentes, sem relação de emprego; atenção para o trabalhador volante, “bóia-fria” – empregado, pg. 7.

Síndico não remunerado mas isento da taxa de condomínio é contribuinte individual. j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) São os autônomos que prestam serviços a pessoas jurídicas. A principal característica desta prestação de serviços é a eventualidade. Como visto, caso atendidos todos os pressupostos do vínculo empregatício, o Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil deve enquadrá-lo como segurado empregado, cobrando as diferenças de contribuições sociais porventura existentes. l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) Autônomos que prestam serviços a pessoas físicas e jurídicas, como dentistas e psicanalistas com consultórios próprios, taxistas, vendedores de picolés, camelôs etc. m) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado classista temporário da Justiça do Trabalho, na forma dos incisos II do § 1º do art. 111 ou III do art. 115 ou do parágrafo único do art. 116 da Constituição Federal, ou nomeado

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magistrado da Justiça Eleitoral, na forma dos incisos II do art. 119 ou III do § 1º do art. 120 da Constituição Federal; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) A EC 24/99 extinguiu a categoria de magistrado classista temporário da Justiça do Trabalho, assegurando, entretanto, o cumprimento dos mandatos em exercício. Saliente-se que, atualmente, como todos os mandatos de classistas já se expiraram, não mais existe a representação vogal na Justiça do Trabalho. n) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; e (Incluída pelo Decreto nº 4.032, de 2001) o) (Revogado pelo Decreto nº 7.054, de 2009) p) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). Sistema especial de inclusão previdenciária, LC 123, não faz jus à aposentadoria por TC.

• Livro Ivan Kertzman p. 104 – O Micro Empreendedor Individual – MEI – foi criado com a publicação da LC 128, de 18.12.2008, que alterou a LC 123 (Super Simples). De acordo com o art. 18 A, da LC 123, o MEI, poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidas pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês. Mais detalhes – Previdenciário Resumos – Tópicos Importantes e Prev 10 - Custeio – Simples Nacional.

A opção pelo enquadramento como MEI importa em opção pelo recolhimento da contribuição previdenciária na forma simplificada. Continuando – Contribuinte individual Inciso VII

§ 15. Enquadram-se nas situações previstas nas alíneas "j" e "l" do inciso V do caput, entre outros: (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) I - o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado aquele que exerce atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, co-proprietário ou promitente comprador de um só veículo;

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II - aquele que exerce atividade de auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de colaboração, nos termos da Lei nº 6.094, de 30 de agosto de 1974; III - aquele que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco, exerce pequena atividade comercial em via pública ou de porta em porta, como comerciante ambulante, nos termos da Lei nº 6.586, de 6 de novembro de 1978; IV - o trabalhador associado à cooperativa que, nessa qualidade, presta serviços a terceiros; V - o membro de conselho fiscal de sociedade por ações; VI - aquele que presta serviço de natureza não contínua, por conta própria, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, sem fins lucrativos; (diarista). VII - o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21 de novembro de 1994; VIII - aquele que, na condição de pequeno feirante, compra para revenda produtos hortifrutigranjeiros ou assemelhados; IX - a pessoa física que edifica obra de construção civil; X - o médico residente de que trata a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003) Em desacordo com a lei – Empregado. XI - o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em embarcação com mais de seis toneladas de arqueação bruta, ressalvado o disposto no inciso III do § 14; (Outorgado, em embarcação até 10 toneladas de arqueação bruta). (Redação dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001) XII - o incorporador de que trata o art. 29 da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964. A lei 4 591 dispõe em seu artigo 28 parágrafo único que incorporação imobiliária é a atividade exercida com intuito de promover e realizar a construção, para alienação total ou parcial, de edificações ou conjunto de edificações compostas de unidades autônomas, considerando, no artigo 29, o incorporador como a pessoa física ou jurídica, comerciante ou não, que embora não efetuando a construção, compromisse ou efetive a venda de frações ideiais de terreno objetivando a vinculação de tais frações a unidades autônomas, em edificações a serem construídas ou em construção sob regime condominal, ou que meramente aceite propostas para efetivação de tais

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transações coordenando e levando a têrmo a incorporação e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega, a certo prazo, preço e determinadas condiçoes, das obras concluídas. O dono do terreno, geralmente recebe como pagamento unidades do prédio construído. A empresa que promoveu, isto é, que administrou a feitura da obra em parceria com o dono do terreno e que efetua a venda das unidades é chamada de incorporadora, há, ainda, a figura da construtora, que é a responsável pela execução da obra. XIII - o bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado em conformidade com a Lei nº 6.855, de 18 de novembro de 1980; e (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999) XIV - o árbitro e seus auxiliares que atuam em conformidade com a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998.(Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999) XV - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, quando remunerado; (Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001) XVI - o interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de instituição financeira de que trata o § 6º do art. 201. (Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001)

IN 45 Art. 6° II - cada um dos condôminos de propriedade rural que explora a terra com cooperação de empregados ou não, havendo delimitação formal da área definida superior a quatro módulos fiscais, sendo que, não havendo delimitação de áreas, todos os condôminos assumirão a condição de contribuinte individual, salvo prova em contrário. IN 45 Art. 6° III - o marisqueiro que, sem utilizar embarcação pesqueira, exerce atividade de captura ou de extração de elementos animais ou vegetais que tenham na água seu meio normal ou mais frequente de vida, na beira do mar, no rio ou na lagoa, com auxílio de empregado em número que exceda à razão de cento e vinte pessoas/dia dentro do ano civil; IN 45 Art. 6° VI - o síndico ou o administrador eleito, com percepção de remuneração ou que esteja isento da taxa de condomínio, a partir de 6 de março de 1997, data da publicação do Decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997, sendo que até então era considerado segurado facultativo, independentemente de contraprestação remuneratória; IN 45 Art. 6° XV - a pessoa física contratada para prestação de serviço em campanhas eleitorais por partido político ou por candidato a cargo eletivo,

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diretamente ou por meio de comitê financeiro, em razão do disposto no art. 100 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997; IN 45 Art. 6° XVIII - o síndico da massa falida, o administrador judicial, definido pela Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, e o comissário de concordata, quando remunerados; IN 45 Art. 6° XXXI - o Micro Empreendedor Individual – MEI, de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, observado: a) que é considerado MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), (possibilidade de alteração da legislação, PLC. 591/10 propõe aumento do limite para 60 mil.) optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática de recolhimento mencionada neste inciso; e b) o disposto no art. 18-A, e seus parágrafos, da Lei Complementar nº 123, de 2006, poderá se enquadrar como MEI o empresário individual que possua um único empregado que receba exclusivamente um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional. § 1º Para os fins previstos na alínea “b” do inciso I e no inciso IV deste artigo, entende-se que a pessoa física, proprietária ou não, explora atividade por intermédio de prepostos quando, na condição de parceiro outorgante, desenvolve atividade agropecuária, pesqueira ou de extração de minerais por intermédio de parceiros ou meeiros. IMPORTANTE IN 45 Art. 6° ,§ 2º Conforme contido no inciso V do art. 11 da Lei nº 8.213, de 25 de julho de 1991, o correspondente internacional autônomo, assim entendido o trabalhador de qualquer nacionalidade que presta serviços no exterior, sem relação de emprego, a diversas empresas, não poderá ser considerado segurado obrigatório da Previdência Social brasileira, ainda que uma das tomadoras do serviço seja sediada no Brasil, considerando que a mencionada Previdência Social aplica-se aos trabalhadores que prestam serviços autônomos dentro dos limites do território nacional.

TRABALHADOR AVULSO - VI

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VI – como trabalhador avulso - aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra (OGMO), nos termos da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria, assim considerados: a) o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco; b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; c) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios); d) o amarrador de embarcação; e) o ensacador de café, cacau, sal e similares; f) o trabalhador na indústria de extração de sal; g) o carregador de bagagem em porto; h) o prático de barra em porto; i) o guindasteiro; e j) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos; e§ 7º Para efeito do disposto na alínea "a" do inciso VI do caput, entende-se por: I - capatazia - a atividade de movimentação de mercadorias nas instalações de uso público, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário; II - estiva - a atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações principais ou auxiliares, incluindo transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como o carregamento e a descarga das mesmas, quando realizados com equipamentos de bordo; III - conferência de carga - a contagem de volumes, anotação de suas características, procedência ou destino, verificação do estado das mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto e demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e descarga de embarcações; (manifesto - Rol ou

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inventário, completo e minudente, da carga que um navio mercante traz a bordo). IV - conserto de carga - o reparo e a restauração das embalagens de mercadoria, nas operações de carregamento e descarga de embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, carimbagem, etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior recomposição; V - vigilância de embarcações - a atividade de fiscalização da entrada e saída de pessoas a bordo das embarcações atracadas ou fundeadas ao largo, bem como da movimentação de mercadorias nos portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e em outros locais da embarcação; e VI - bloco - a atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus tanques, incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparo de pequena monta e serviços correlatos. VII – prático de barra em porto - Profissional especializado que possuindo grande experiência e conhecimentos técnicos de navegação e de condução e manobra de navios, bem como das particularidades locais, correntes e variações de marés, ventos reinantes e limitações dos pontos de acostagem e os perigos submersos ou não, assessora o Comandante na condução segura do navio em áreas de navegação restrita ou sensíveis para o meio ambiente. VIII – amarrador de embarcação - O Amarrador, é o trabalhador portuário que faz a amarração do navio no cais. Ele aguarda o tripulante jogar as cordas que serão amarradas nos cabeços. O interessante, é que a ponta da corda possui uma outra corda mais fina chamada retiniria, que facilita ao tripulante o arremesso e ao trabalhador portuário puxar a corda toda, uma vez que a amarra mais grossa é pesada. Não precisa ser sindicalizado, presta serviços a diversas empresas sem vínculo empregatício com a intermediação obrigatória do OGMO no caso de portuários ou do sindicato. Lembrando que a CF de 1988 equiparou o trabalhador avulso ao empregado conferindo-lhe todos os direitos trabalhistas. CF, Art. 7° - XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

SEGURADO ESPECIAL VII Único segurado definido no texto constitucional:

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CF Art. 195 § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998). O enquadramento previdenciário dos trabalhadores rurais foi significativamente alterado pela lei 11.718 de 20/06/2006. Lei 8.213 At. 11 VII - como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). a) produtor, seja ele proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 1. agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos fiscais; ou (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). Módulo fiscal é uma unidade de medida expressa em hectares, fixada para cada município, que indica o tamanho mínimo de uma propriedade rural capaz de garantir o sustento de uma família que exerce atividade rural naquele município. Para dimensionamento dos módulos fiscais são considerados os seguintes fatores: Tipo de exploração predominante no município, renda obtida com a exploração predominante, outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam significativas em função da renda ou da área utilizada. O módulo fiscal serve como parâmetro para classificação do imóvel rural quanto ao tamanho, na forma da Lei 8.629/93, que considera pequena propriedade o imóvel rural de área compreendida entre 1 e 4 módulos fiscais.

3. de seringueiro ou extrativista vegetal (e não garimpeiro) na coleta e extração, de modo sustentável, de recursos naturais renováveis, e faça dessas atividades o principal meio de vida; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

O uso sustentável relaciona-se à exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável, ou seja, o extrativismo leva em consideração à conservação do meio ambiente. Saliente-se que nas atividades de seringueiro ou extrativista vegetal, não há limitação ao tamanho da propriedade e que o garimpeiro não é segurado

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especial e sim Contribuinte individual que terá o critério de sua aposentadoria por idade reduzido em 5 anos, 60 55 homem e mulher respectivamente desde que exerça sua atividade em regime de economia familiar.

b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

São equiparados a pescador artesanal o mariscador, o caranguejeiro, o eviscerador (limpador de pescado), o observador de cardumes, o pescador de tartarugas e o catador de algas, conforme dispõe o art. 10, parágrafo 6° da IN MPS/SRP n° 03/2005. c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas “a” e “b” (produtor rural e pescadores) deste inciso, que, comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). § 1º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social que voltar a exercer atividade abrangida por este regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata este Regulamento. § 4º Entende-se por serviço prestado em caráter não eventual aquele relacionado direta ou indiretamente com as atividades normais da empresa. § 5o Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes. (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). § 6º Entende-se como auxílio eventual de terceiros o que é exercido ocasionalmente, em condições de mútua colaboração, não existindo subordinação nem remuneração. Este auxílio eventual de terceiros, sem subordinação e sem remuneração não é limitado à 120 pessoas/dias no ano civil, esta limitação refere-se a trabalhadores remunerados. § 8o Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de: (Redação dada pelo Decretonº 6.722, de 2008). IN 45 XII § 5º Não é segurado especial o membro de grupo familiar (somente ele) que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de:

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I - benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da previdência social; (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). Limitação Salário Mínimo. II - benefício previdenciário pela participação em plano de previdência complementar instituído nos termos do inciso III do § 18 deste artigo; (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). III - exercício de atividade remunerada em período de entressafra ou do defeso, não superior a cento e vinte dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 22 deste artigo; (o exercício da atividade não dispensa o recolhimento de sua respectiva contribuição). (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). IV - exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). V - exercício de mandato de vereador do município onde desenvolve a atividade rural, ou de dirigente de cooperativa rural constituída exclusivamente por segurados especiais, observado o disposto no § 22 deste artigo; ; (o exercício da atividade não dispensa o recolhimento de sua respectiva contribuição). (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). VI - parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 18 deste artigo; (I - a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até cinqüenta por cento de imóvel rural cuja área total, contínua ou descontínua, não seja superior a quatro módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar).(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). VII - atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que, nesse caso, a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da previdência social; e (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). VIII - atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da previdência social. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). § 6º O disposto nos incisos III (e V do § 5º deste artigo não dispensa o recolhimento da contribuição devida em relação ao exercício das atividades de que tratam os referidos incisos. III - atividade remunerada em período de entressafra ou do defeso.

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V - exercício de mandato de vereador do município onde desenvolve a atividade rural, ou de dirigente de cooperativa rural constituída exclusivamente por segurados especiais. IN 45 XII § 5° IX- rendimentos provenientes de aplicações financeiras. § 9º Para os fins previstos nas alíneas "a" e "b" do inciso V do caput, entende-se que a pessoa física, proprietária ou não, explora atividade através de prepostos quando, na condição de parceiro outorgante, desenvolve atividade agropecuária, pesqueira ou de extração de minerais por intermédio de parceiros ou meeiros. § 10. O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato, o mesmo enquadramento no Regime Geral de Previdência Social de antes da investidura no cargo. § 11. O magistrado da Justiça Eleitoral, nomeado na forma do inciso II do art. 119 ou III do § 1º do art. 120 da Constituição Federal, mantém o mesmo enquadramento no Regime Geral de Previdência Social de antes da investidura no cargo. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003) § 12. O exercício de atividade remunerada sujeita a filiação obrigatória ao Regime Geral de Previdência Social. § 13. Aquele que exerce, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma dessas atividades, observada, para os segurados inscritos até 29 de novembro de 1999 e sujeitos a salário-base, a tabela de transitoriedade de que trata o § 2º do art. 278-A e, para os segurados inscritos a partir daquela data, o disposto no inciso III do caput do art. Ver Salário Base – Aula Hugo Goes. Dispositivo revogado – 36 contribuições – Classes para mudança do salário de contribuição. 214. (Redação dada pelo Decreto nº 3.452, de 2000) § 14. Considera-se pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que: (Redação dada pelo Decreto nº 3.668, de 2000) São equiparados a pescador artesanal o mariscador, o caranguejeiro, o eviscerador (limpador de pescado), o observador de cardumes, o pescador de tartarugas e o catador de algas, conforme dispõe o art. 10, parágrafo 6° da IN MPS/SRP n° 03/2005. I - não utilize embarcação; (Incluído pelo Decreto nº 3.668, de 2000)

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II - utilize embarcação de até seis toneladas de arqueação bruta, ainda que com auxílio de parceiro; (Incluído pelo Decreto nº 3.668, de 2000) III - na condição, exclusivamente, de parceiro outorgado, utilize embarcação de até dez toneladas de arqueação bruta. (Incluído pelo Decreto nº 3.668, de 2000) § 17. Para os fins do § 14, entende-se por tonelagem de arqueação bruta a expressão da capacidade total da embarcação constante da respectiva certificação fornecida pelo órgão competente. (Incluído pelo Decreto nº 3.668, de 2000) IN 45 Art. 7 IX a) entende-se por arqueação bruta a expressão da capacidade total da embarcação constante da respectiva certificação fornecida pelo órgão competente; e b) os órgãos competentes para certificar a capacidade total da embarcação são: a capitania dos portos, a delegacia ou a agência fluvial ou marítima, sendo que, na impossibilidade de obtenção da informação por parte desses órgãos, será solicitada ao segurado a apresentação da documentação da embarcação fornecida pelo estaleiro naval ou construtor da respectiva embarcação; Dec. 3048 Art. 9° § 18. Não descaracteriza a condição de segurado especial: (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). I - a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até cinqüenta por cento de imóvel rural cuja área total, contínua ou descontínua, não seja superior a quatro módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). II - a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com hospedagem, por não mais de cento e vinte dias ao ano; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). III - a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja associado, em razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia familiar; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). IV - a participação como beneficiário ou integrante de grupo familiar que tem algum componente que seja beneficiário de programa assistencial oficial de governo; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). V - a utilização pelo próprio grupo familiar de processo de beneficiamento ou industrialização artesanal, na exploração da atividade, de acordo com o disposto no § 25; e (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

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VI - a associação a cooperativa agropecuária. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). § 19. Os segurados de que trata o art. 199-A terão identificação específica nos registros da Previdência Social. (facultativo e Contribuinte individual, sistema especial de inclusão previdenciária alíquota 11% sem aposentadoria por TC e base salário mínimo). (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007). § 20. Para os fins deste artigo, considera-se que o segurado especial reside em aglomerado urbano ou rural próximo ao imóvel rural onde desenvolve a atividade quando resida no mesmo município de situação do imóvel onde desenvolve a atividade rural, ou em município contíguo ao em que desenvolve a atividade rural. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). § 21. O grupo familiar poderá utilizar-se de empregado, inclusive daquele referido na alínea “r” do inciso I do caput deste artigo (empregado temporário 2 meses dentro do período de um ano - improrrogável) , ou de trabalhador de que trata a alínea “j” do inciso V (contribuinte individual – retenção?), em épocas de safra, à razão de no máximo cento e vinte pessoas/dia dentro do ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, à razão de oito horas/dia e quarenta e quatro horas/semana. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 120 pessoas/dia durante o ano civil – assim o segurado especial poderá contratar no ano civil um empregado por até 120 dias, ou 2 empregados por 60 dias, 4 empregados por até 30 dias ou até mesmo 120 empregados por apenas um único dia durante o ano civil, ou seja, o resultado da multiplicação entre N° de empregados X dias não poderá ser superior a 120. Também não poderá ultrapassar ao equivalente à 8 horas/dia e 44 horas/semana. Se por exemplo o trabalhador contratou 3 empregados durante 10 dias. Ele poderá contratar mais 3 empregados durante 30 dias. (pois o prazo original era 3 empregados por 40 dias). Note que a razão agora é 90 dias – 3 empregados por 30 dias. Se a razão agora é 90 dias – ele poderá contratar 1/90, 2/45, 3/30... Não descaracteriza o Segurado Especial - Limitados ao Salário Mínimo Pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima diversa da produzida pelo respectivo grupo familiar, atividade artística. Não descaracteriza o Segurado Especial - Não Limitados ao Salário Mínimo

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Previdência complementar, aplicações financeiras, exercício de atividade remunerada em período de entressafra ou do defeso 120 dias/ano, dirigente sindical, mandato de vereador, dirigente de cooperativa rural, atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, rendimentos provenientes de aplicações financeiras, a exploração da atividade turística da propriedade rural – hospedagem, industrialização artesanal isenta de IPI. IN 45 Art. 7° XII §2° entendendo-se por época de safra o período compreendido entre o preparo do solo e a colheita. Empregado - r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). (empregado temporário prazo diferente – três meses prorrogável). Contribuinte individual - j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) § 22. O disposto nos incisos III e V do § 8o deste artigo não dispensa o recolhimento da contribuição devida em relação ao exercício das atividades de que tratam os referidos incisos. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). RPS Art. 9° § 23. O segurado especial fica excluído dessa categoria: (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). I - a contar do primeiro dia do mês em que: (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). a) deixar de satisfazer as condições estabelecidas no inciso VII do caput deste artigo, sem prejuízo do disposto no art. 13, ou exceder qualquer dos limites estabelecidos no inciso I do § 18 deste artigo; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). b) se enquadrar em qualquer outra categoria de segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social, ressalvado o disposto nos incisos III, V, VII e VIII do § 8o deste artigo, sem prejuízo do disposto no art. 13; e (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). III – Atividade remunerada, entre safra ou defeso, 120 dias ano civil; V – Exercício de mandato de Vereador – Empregado? VII – Atividade artesanal – Sal. Mínimo – Matéria prima não produzida pelo grupo. VIII – Atividade artística – Sal. Mínimo. c) se tornar segurado obrigatório de outro regime previdenciário; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

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II - a contar do primeiro dia do mês subseqüente ao da ocorrência, quando o grupo familiar a que pertence exceder o limite de: (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). a) utilização de trabalhadores nos termos do § 21 deste artigo; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 120 pessoas/dia, durante o ano civil.

b) dias em atividade remunerada estabelecidos no inciso III do § 8o deste artigo; e (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 120 dias durante o ano. c) dias de hospedagem a que se refere o inciso II do § 18 deste artigo. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 120 dias ao ano. IMPORTANTE - IN 45 Art. 7° §8° III - a partir da data do pagamento do benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, quando o valor deste for superior ao do menor benefício de prestação continuada da Previdência Social. IN 45 Art. 7° § 9º A situação de estar o cônjuge ou o companheiro em lugar incerto e não sabido, decorrente do abandono do lar, não prejudica a condição de segurado especial do cônjuge ou do companheiro que permaneceu exercendo a atividade, individualmente ou em regime de economia familiar. IN 45 Art. 7° § 10 O falecimento de um ou ambos os cônjuges não retira a condição de segurado especial do filho maior de dezesseis anos, desde que permaneça exercendo atividade, individualmente ou em regime de economia familiar. IN 45 Art. 7° § 11 Não integram o grupo familiar do segurado especial os filhos e as filhas casados, os genros e as noras, os sogros e as sogras, os tios e as tias, os sobrinhos e as sobrinhas, os primos e as primas, os netos e as netas e os afins. IN 45 Art. 7° § 12 A nomenclatura dada ao segurado especial nas diferentes regiões do país é irrelevante para a concessão de benefícios rurais, cabendo a efetiva comprovação da atividade rural exercida, seja individualmente ou em regime de economia familiar. IN 45 Art. 7° § 13 Considera-se segurada especial a mulher que, além das tarefas domésticas, exerce atividades rurais com o grupo familiar respectivo ou individualmente. RPS – Art. 9°, § 25. Considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal aquele realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, observado o disposto no § 5o do art. 200, desde que não esteja sujeito à incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI.

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RPS - Art. 200, § 5o Integram a produção, para os efeitos dos incisos I e II do caput (contribuição do segurado especial, abaixo), observado o disposto no § 25 do art. 9o, os produtos de origem animal ou vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, socagem, fermentação, embalagem, cristalização, fundição, carvoejamento, cozimento, destilação, moagem e torrefação, bem como os subprodutos e os resíduos obtidos por meio desses processos. (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). Art. 200. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição de que tratam o inciso I do art. 201 e o art.202, e a do segurado especial, incidente sobre a receita bruta da comercialização da produção rural, é de: (Redação dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001) I - dois por cento para a seguridade social; e II - zero vírgula um por cento para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho. RPS Art. 9°, § 26. É considerado MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática de recolhimento mencionada na alínea “p” do inciso V do caput. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). IN 45 Artigo 7° § 7º Não se considera segurado especial: I - os filhos menores de vinte e um anos, cujo pai e mãe perderam a condição de segurados especiais, por motivo do exercício de outra atividade remunerada, salvo se comprovarem o exercício da atividade rural individualmente; e II - o arrendador de imóvel rural. (quem “aluga” imóvel rural, descrito no próximo IV) IN 45 Art. 7° § 1º Para efeito da caracterização do segurado especial, entende-se por: I - produtor: aquele que, proprietário ou não, desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, por conta própria, individualmente ou em regime de economia familiar; II - parceiro: aquele que tem contrato escrito de parceria com o proprietário da terra ou detentor da posse e desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando lucros ou prejuízos;

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III - meeiro: aquele que tem contrato escrito com o proprietário da terra ou detentor da posse e da mesma forma exerce atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando rendimentos ou custos; IV - arrendatário: aquele que, comprovadamente, utiliza a terra, mediante pagamento de aluguel (ao arrendador), em espécie ou in natura, ao proprietário do imóvel rural, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, individualmente ou em regime de economia familiar, sem utilização de mão-de-obra assalariada de qualquer espécie; V - comodatário: aquele que, por meio de contrato escrito, explora a terra pertencente a outra pessoa, por empréstimo gratuito, por tempo determinado ou não, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira; VI - condômino: aquele que explora imóvel rural, com delimitação de área ou não, sendo a propriedade um bem comum, pertencente a várias pessoas; VII - usufrutuário: aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural, tem direito à posse, ao uso, à administração ou à percepção dos frutos, podendo usufruir o bem em pessoa ou mediante contrato de arrendamento, comodato, parceria ou meação; VIII - possuidor: aquele que exerce sobre o imóvel rural algum dos poderes inerentes à propriedade, utilizando e usufruindo da terra como se proprietário fosse; IN 45 XII § 3º Enquadra-se como segurado especial o índio reconhecido pela Fundação Nacional do Índio – FUNAI, inclusive o artesão que utilize matéria-prima proveniente de extrativismo vegetal, desde que atendidos os demais requisitos constantes no inciso V do § 4º deste artigo, independentemente do local onde resida ou exerça suas atividades, sendo irrelevante a definição de indígena aldeado, indígena não-aldeado, índio em vias de integração, índio isolado ou índio integrado, desde que exerça a atividade rural em regime de economia familiar e faça dessas atividades o principal meio de vida e de sustento. Art. 10. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado neste Regulamento, desde que amparados por regime próprio de previdência social. (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) § 1º Caso o servidor ou o militar, amparados por regime próprio de previdência social, sejam requisitados para outro órgão ou entidade cujo regime previdenciário não permita a filiação nessa condição, permanecerão vinculados ao regime de origem, obedecidas às regras que cada ente estabeleça acerca de sua contribuição. (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)

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§ 2º Caso o servidor ou o militar venham a exercer, concomitantemente, uma ou mais atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdência Social, tornar-se-ão segurados obrigatórios em relação a essas atividades. (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) § 3º Entende-se por regime próprio de previdência social o que assegura pelo menos as aposentadorias e pensão por morte previstas no art. 40 da Constituição Federal. (Redação dada pelo Decreto nº 3.452, de 2000))

FACULTATIVO ART. 11 RPS - Art. 11. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social. Art. 199. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo é de vinte por cento aplicada sobre o respectivo salário-de-contribuição, observado os limites a que se referem os §§ 3º e 5º do art. 214.(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) § 1º Podem filiar-se facultativamente, entre outros: I - a dona-de-casa; II - o síndico de condomínio, quando não remunerado; (que não recebe remuneração e não é isento da taxa de condomínio). Síndico não remunerado mas isento da taxa de condomínio é contribuinte individual. III - o estudante; IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social; VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; (quando remunerado é contribuinte individual - Art. 9°, §15, XV, RPS). VII - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei nº 6.494, de 1977; (em descordo com a lei são empregados, Bolsista da Fundação do Exército é Contribuinte Individual).

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VIII - o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; (Redação dada pelo Decreto nº 7.054, de 2009) X - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; e (Redação dada pelo Decreto nº 7.054, de 2009) XI - o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria. (Incluído pelo Decreto nº 7.054, de 2009) § 2º É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio. Dispositivo na 8.112 abaixo. § 3º A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo, gerando efeito somente a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não permitindo o pagamento de contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição, ressalvado o § 3º do art. 28. (recolhimento trimestral) § 4º Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado, conforme o disposto no inciso VI do art. 13. (6 meses de período de graça). ATENÇÃO – ALTERAÇÃO RECENTE – LEI 12 470 DE 31/08/2011 MP 529

a. Segurado Facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, pertencente à família de baixa renda.

Baixa Renda: a Família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 Salários Mínimos. (renda familiar). IMPORTANTE - Informação no Parecer do PLV 19 (MP 529) – para ser considerado de baixa renda a família do segurado deverá estar inscrita no Cadastro

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Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico, com renda mensal de até dois salário mínimos. Podendo repor a diferença entre o percentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3o do art. 5o da Lei no 9.430posteriormente caso queira se aposentar por tempo de contribuição ou usar a contagem recíproca. Assim, a alíquota de complementação será de 9% para as contribuições recolhidas até abril de 2011, antes da vigência da MP 529 e de 15% para os meses posteriores. Art. 21, §2° e 3°, Lei 8.212.

IN 45 Art. 35. A partir de 16 de dezembro de 1998, data da publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, é vedada a filiação ao RGPS, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de RPPS, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio. Lei 8.112 Art. 183, § 3o Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais. (Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003) Esta permissão para que o servidor civil da União licenciado ou afastado sem remuneração contribua para seu RPPS expressa na Lei 8.112, veda sua participação no RGPS como segurado facultativo. TOMADORES DE SERVIÇOS – Empresas, equiparadas a empresa e empregadores domésticos. Art. 12. Consideram-se: I - empresa - a firma individual ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da administração pública direta, indireta e fundacional; e II - empregador doméstico - aquele que admite a seu serviço, mediante remuneração, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico. EQUIPARADOS À EMPRESA Parágrafo único. Equiparam-se a empresa, para os efeitos deste Regulamento: (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)

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I - o contribuinte individual, em relação a segurado que lhe presta serviço; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) II - a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras; III - o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra de que trata a Lei nº 8.630, de 1993; e IV - o proprietário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação a segurado que lhe presta serviço.

MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO PERÍODO DE GRAÇA – lapso de tempo em que o segurado mantém esta condição, mesmo após a interrupção da atividade e/ou das contribuições, não valendo como tempo de contribuição. Durante o período de graça o segurado conserva todos os seus direitos (com exceção do salário família pela lógica de concessão do benefício) perante a previdência social. IN 45 Art. 10. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuição:

SITUAÇÃO PERÍODO DE GRAÇA

DESEMPREGADO 12 MESES (até 36 meses)

INCAPACIDADE 12 MESES

DOENÇA SEGREGAÇÃO COMPULSÓRIA

12 MESES

LIVRAMENTO DE PRISÃO 12 MESES

FACULTATIVO 06 MESES

INCORPORADO AS FORÇAS ARMADAS 03 MESES

EM GOZO DE BENEFÍCIO SEM LIMITE DE PRAZO

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ATENÇÃO IN 45 Art. 15. Para os requerimentos protocolados a partir de 13 de dezembro de 2002, data da publicação da MP nº 83, de 12 de dezembro de 2002, convalidada pela Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, a perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das aposentadorias por tempo de contribuição, inclusive de professor, especial e por idade.

Durante o período de graça o segurado faz jus a todos os benefícios, exceto ao salário família, não por disposição legal, más pela lógica de concessão do benefício.

O período de graça do segurado empregado que perder o emprego poderá chegar a 36 meses:

12 meses, caso tenha mais de 120 contribuições sem perda da qualidade de segurado + 12 meses, caso comprove a situação de desemprego + 12 meses.

Em caso de interpretação dúbia, prevalece a mais vantajosa, exemplo:

O segurado Empregado com mais de 120 contribuições, ao sair do emprego começa a contribuir como facultativo após 4 meses, e depois de algum tempo cessa as contribuições, o seu período de carência será de 24 meses subtraídos os 4 meses que ele não contribuiu como facultativo, isto é 20 meses.

Caso o Contribuinte Individual preste serviços apenas para empresas, este sofrerá o desconto por ocasião do recebimento pelo serviço prestado, ficando a Empresa obrigada a repassar o devido desconto ao INSS obedecendo a Lei 10 666 de 2003, portanto neste caso o Contribuinte Individual não será o responsável pelo recolhimento da sua contribuição a ser aplicada sobre os serviços prestados às pessoas jurídicas será reduzida de 20 para 11% a ser aplicada sobre o efetivamente recebido observando o teto do salário de contribuição, R$ 3.689.66.

Após a inscrição o segurado facultativo poderá recolher as contribuições em atraso, desde que não tenha ocorrido a perda da qualidade de segurado.

Segurados obrigatórios, (contribuinte individual no caso) que deixa de contribuir está em débito com a previdência e deverá recolher as parcelas em atraso, observada a regra do 1/3 (carência) caso tenha havido a perda da qualidade de segurado.

Regra do 1/3:

RPS - Art. 27-A. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa perda somente serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao Regime Geral de Previdência Social, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida no art. 29. (Incluído pelo Decreto nº 5.545, de 2005)

IN 45 Art. 10. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuição:

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I - sem limite de prazo, para aquele em gozo de benefício, inclusive durante o período de recebimento de auxílio-acidente ou de auxílio suplementar;

II - até doze meses após a cessação de benefícios por incapacidade ou após a cessação das contribuições, para o segurado que deixar de exercer atividade remunerada2 (segurados obrigatórios) abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;

III - até doze meses após cessar a segregação, para o segurado acometido de doença de segregação compulsória;

IV - até doze meses após o livramento, para o segurado detido ou recluso;

V - até três meses após o licenciamento, para o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; e

VI - até seis meses após a cessação das contribuições, para o segurado facultativo.

§ 1º O prazo previsto no inciso II do caput será prorrogado para até vinte e quatro meses, se o segurado (não propriamente o empregado) (segurado obrigatório2) já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. (Exceto o Segurado Especial - §11).

§ 2º Aplica-se o disposto no inciso II do caput e no § 1º deste artigo ao segurado que se desvincular de RPPS. (de 12 até 24 meses de período de graça).

§ 3º O segurado desempregado do RGPS terá o prazo do inciso II do caput ou do § 1º deste artigo acrescido de doze meses, (36 meses) desde que comprovada esta situação por registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, podendo comprovar tal condição, dentre outras formas: (este prazo prorroga tanto o prazo relativo ao segurado desempregado que tiver mais de 120 contribuições para 36 meses, como o prazo original dos desempregados que tiverem menos de 120 contribuições).

I - mediante declaração expedida pelas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego ou outro órgão do MTE;

II - comprovação do recebimento do seguro-desemprego; ou

III - inscrição cadastral no Sistema Nacional de Emprego - SINE, órgão responsável pela política de emprego nos Estados da federação.

§ 4º O registro no órgão próprio do MTE ou as anotações relativas ao seguro-desemprego deverão estar dentro do período de manutenção da qualidade de segurado de doze ou vinte e quatro meses que o segurado possuir.

§ 5º A manutenção da qualidade de segurado em razão da situação de desemprego dependerá da inexistência de outras informações do segurado que venham a descaracterizar tal condição.

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§ 6º O período de manutenção da qualidade de segurado é contado a partir do mês seguinte ao do afastamento da atividade ou da cessação de benefício por incapacidade.

§ 7º O prazo de doze meses estabelecido no inciso IV do caput será contado a partir da soltura, ou seja, a data da efetiva colocação em liberdade.

§ 8º O segurado facultativo, após a cessação de benefício por incapacidade, manterá a qualidade de segurado pelo prazo de doze meses.

§ 9º O segurado obrigatório que, durante o prazo de manutenção da sua qualidade de segurado (doze, vinte e quatro ou trinta e seis meses, conforme o caso), se filiar ao RGPS como facultativo, ao deixar de contribuir nesta última, terá o direito de usufruir o período de graça de sua condição anterior.

§ 10 O segurado que se filiar no RGPS na categoria de facultativo durante o período de manutenção da qualidade de segurado decorrente de benefício por incapacidade ou auxílio-reclusão, ao deixar de contribuir, terá o direito de usufruir o prazo estabelecido no § 8º deste artigo, se mais vantajoso.

§ 11 Para o segurado especial que esteja contribuindo facultativamente ou não, observam-se as condições de perda e manutenção de qualidade de segurado a que se referem os incisos I a V do caput do art. 10. (não há prorrogação do período de graça para o segurado especial ainda que este contribua como Contribuinte Individual)

Art. 11. Durante os prazos previstos no art. 10, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.

§ 1º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados no art. 10, devendo ser observada a tabela constante no Anexo XXIV.

IN 45, Art. 10 § 6º acima - O período de manutenção da qualidade de segurado é contado a partir do mês seguinte ao do afastamento da atividade ou da cessação de benefício por incapacidade.

Decreto 3038 Art. 14. O reconhecimento da perda da qualidade de segurado no termo final dos prazos fixados no art. 13 ocorrerá no dia seguinte ao do vencimento da contribuição do contribuinte individual relativa ao mês imediatamente posterior ao término daqueles prazos. (Redação dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001)

Exemplo – Se o prazo acabou 1° de Janeiro, o mês seguinte é fevereiro o prazo para recolhimento do contribuinte individual relativo a competência de fevereiro é 15 de março, o dia seguinte é 16 de março.

Ou seja – a data do reconhecimento da perda da qualidade de segurado sempre cairá no dia 16 do segundo mês após o término do prazo.

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Lembrando que o prazo para a manutenção da qualidade já se encerra no dia 15.

Período de Graça de 12 meses – perda da qualidade - dia 16 do 14° mês; Período de Graça de 6 meses – perda da qualidade - dia 16 do 8° mês; Período de Graça de 3 meses – perda da qualidade - dia 16 do 5° mês. Fonte IN 45, anexo XXIV

§ 2º O prazo fixado para manutenção da qualidade de segurado se encerra no dia imediatamente anterior ao do reconhecimento da perda desta qualidade nos termos do § 1º deste artigo.

De acordo com o exemplo acima:

15 de Março – prazo encerrado para manutenção da qualidade de segurado. 16 de Março – reconhecimento da perda da qualidade de segurado.

O Prazo termina no último mês do período de graça, exemplo:

David, contribuinte individual, após dois anos de contribuição, interrompeu os pagamentos à previdência social em 31/12/2002. Recolheu, então, a última GPS em 15//01/2003, referente ao mês de dezembro de 2002, quando ele perderá a qualidade de segurado? Em janeiro paga-se a competência de dezembro. Logo a competência de janeiro não foi paga, conta-se a partir de janeiro.

O 12° Mês de período de graça é em dezembro de 2003, o mês imediatamente posterior é janeiro de 2004, o vencimento da contribuição do contribuinte individual referente a janeiro de 2004 é em 15 de fevereiro de 2004, a perda ocorrerá em 16 de fevereiro de 2004. (livro Ivan Kertzman, pg, 326).

Recolheu a competência de Dezembro de 2003.

Não recolheu as competências de:

1 Janeiro, 2 fevereiro, 3 março, 4 abril, 5 maio, 6 junho, 7 julho, 8 agosto, 9 setembro, 10 outubro, 11 novembro, 12 dezembro. 12 meses, final do prazo. O mês imediatamente posterior é janeiro, o vencimento da contribuição do CI referente à janeiro de 2004 é em 15 de fevereiro de 2004, a perda ocorrerá em 16 de fevereiro de 2004.

ATENÇÃO IN 45 Art. 10 - § 6º O período de manutenção da qualidade de segurado é contado a partir do mês seguinte ao do afastamento da atividade ou da cessação de benefício por incapacidade.

Se no caso acima David tivesse em 15/01/2003 se afastado de empresa, o prazo seria contado a partir da competência de fevereiro, pois a empresa estaria obrigada a

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recolher a competência de janeiro, seria também contado desta forma caso David em 15-01-2003 tivesse cessado benefício por incapacidade.

§ 3º Se o fato gerador ocorrer durante os prazos fixados para a manutenção da qualidade de segurado e o requerimento do benefício for posterior aos prazos referidos no caput, este será concedido sem prejuízo do direito, observados os demais requisitos exigidos.

Art. 12. No caso de fuga do recolhido à prisão, será descontado do prazo de manutenção da qualidade de segurado a partir da data da fuga, o período de graça já usufruído anteriormente ao recolhimento.

Art. 13. Para benefícios requeridos a partir de 25 de julho de 1991, data da publicação da Lei nº 8.213, de 1991, o exercício de atividade rural ocorrido entre atividade urbana, ou vice-versa, assegura a manutenção da qualidade de segurado, quando, entre uma atividade e outra, não ocorreu interrupção que acarretasse a perda dessa qualidade.

DEPENDENTES Para a Previdência Social, dependentes são aqueles que, embora não contribuam para a seguridade social, fazem jus às seguintes prestações: aos benefícios pensão por morte e auxílio reclusão e aos serviços de reabilitação profissional e serviço social. Portanto não confundir: Beneficiários é gênero, são os segurados e os seus dependentes. Prestações também da qual benefícios que são prestações pecuniárias, obrigação de pagar e serviços que são prestações não pecuniárias, obrigações de fazer, são espécies. Por circunstâncias óbvias, além de o dependente ter vínculo jurídico com o segurado (denominada dependência jurídica), deverá também, viver às custas deste (dependência econômica). No campo da comprovação da dependência econômica, esta poderá ocorrer na forma presumida, para a classe 1, ou comprovada para as classes subseqüentes. Benefícios devidos aos dependentes: Pensão por morte e Auxílio Reclusão. Segurados e dependentes fazem jus aos serviços de reabilitação profissional e serviço social. Quanto aos benefícios, os que são devidos a segurados não são

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devidos a dependentes e os que são devidos a dependentes não são devidos a segurados. CLASSE DEPENDENTES

I

Cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de qualquer condição (havidos fora do casamento ou adotados), menor de 21 anos ou inválido (invalidez reconhecido pela perícia do INSS) 12.470 - ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (invalidez reconhecida Judicialmente)

Dependência econômica Presumida

II Os pais

A dependência econômica precisa ser comprovada.

III

O irmão não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido inválido (invalidez reconhecida pela perícia do INSS) 12.470 - ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (invalidez reconhecida Judicialmente)

.A dependência econômica precisa ser comprovada.

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IN 45 Artigo 17 § 1º Os dependentes de uma mesma classe concorrem entre si em igualdade de condições, sendo que a existência de dependentes, respeitada a sequência das classes, exclui do direito às prestações os das classes seguintes. O beneficio não circula entre as classes de dependentes. Se o benefício for concedido a uma determinada classe, cessará nela. Decreto 3048 Artigo 16 § 2º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. Havendo dependentes de uma mesma classe, o benefício será rateado entre estes em quotas iguais, o valor do benefício não muda. Lei 8213 Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte iguais. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995). IN 45 Art. 17 - § 2º A dependência econômica das pessoas de que trata o inciso I do caput (classe I) é presumida e a das demais deve ser comprovada. § 3º A dependência econômica pode ser parcial ou total, devendo, no entanto, ser permanente. EQUIPARADOS A FILHOS Enteado e menor sob tutela, precisam comprovar a dependência econômica, ou seja, que não possuem bens suficientes para o próprio sustento e educação. Menor sob tutela, é necessária a apresentação do respectivo termo de tutela. IN 45 Art. 19. Filhos de qualquer condição são aqueles havidos ou não da relação de casamento, ou adotados, que possuem os mesmos direitos e qualificações dos demais, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação, nos termos do § 6º do art. 227 da Constituição Federal. IN 45 Art. 20. Os nascidos dentro dos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal por morte são considerados filhos concebidos na constância do casamento, conforme inciso II do art. 1.597 do Código Civil. IN 45 Art. 21. Equiparam-se aos filhos, mediante comprovação da dependência econômica, o enteado e o menor que esteja sob a tutela do segurado, desde que este tutelado não possua bens aptos a garantir-lhe o sustento e a educação. Parágrafo único. Para caracterizar o vínculo deverá ser apresentada a certidão judicial de tutela do menor e, em se tratando de enteado, a certidão de nascimento do dependente e a certidão de casamento do segurado ou provas da união estável entre o(a) segurado(a) e o(a) genitor(a) do enteado.

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Decreto 3048 Artigo 16 § 4º O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado mediante apresentação de termo de tutela. IN 45 Art. 22. O filho ou o irmão inválido maior de vinte e um anos somente figurará como dependente do segurado se restar comprovado em exame médico-pericial, cumulativamente, que: I - a incapacidade para o trabalho é total e permanente, ou seja, diagnóstico de invalidez; II - a invalidez é anterior a eventual ocorrência de uma das hipóteses do inciso III do art. 26 ou à data em que completou vinte e um anos; e (Antes de 21 anos ou das hipóteses de antecipação da emancipação, exceto colação de grau). III - para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se inválidos, desde que a invalidez tenha ocorrido antes: a) de completarem vinte e um anos de idade; b) do casamento; c) do início do exercício de emprego público efetivo; d) da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; ou e) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; III - a invalidez manteve-se de forma ininterrupta até o preenchimento de todos os requisitos de elegibilidade ao benefício. Se o filho ou o irmão não forem inválidos, qualquer uma das causas de emancipação acima provoca a perda da qualidade de dependente. Quando se trata de filho ou irmão inválido, as causas de emancipação acima também provocam a perda da qualidade de dependente, exceto a colação de grau em ensino de curso superior.considerar para a prova o artigo do Hugo Goes, e o material sobre manutenção da qualidade de dependente na pasta “materiais do edital”. Exemplos: Filho com 19 anos, fica inválido e depois da invalidez emancipa-se – perde a qualidade de dependente. (exceto colação de grau).

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Filho com 19 anos, cola grau (ou qualquer forma de emancipação) e fica invalido – perde a qualidade de dependente. Filho ou irmão completam 21 ou se emancipam e ficam inválidos, perdem a qualidade. Ver também aula do ítalo, avançado. Não foi cobrado orientação dos tribunais superiores PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. EXTINÇÃO DO BENEFÍCIO. MAIOR DE 21 ANOS. ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO. PRORROGAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. ART. 77, PARÁGRAFO 2º, II, DA LEI Nº 8.213/91. APLICABILIDADE. 1. A Lei nº 8.213/91, estabelece em seu parágrafo 2º, II, do art. 77 que a parte individual da pensão extingue-se para o dependente quando este se emancipar, atingir a idade de 21 (vinte e um) anos, ou, se inválido, quando cessar a invalidez. Parágrafo único. A união estável do filho ou do irmão entre os dezesseis e antes dos dezoito anos de idade não constitui causa de emancipação. IN 45 Art. 26. A perda da qualidade de dependente ocorrerá: III - para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se inválidos, desde que a invalidez tenha ocorrido antes: a) de completarem vinte e um anos de idade; b) do casamento; c) do início do exercício de emprego público efetivo; d) da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; ou e) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; IV - pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos, observando que a adoção produz efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença que a concede, conforme inciso IV do art. 114 do RPS; e V - para os dependentes em geral: a) pela cessação da invalidez; ou b) pelo falecimento.

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§ 1º Não se aplica o disposto no inciso IV do caput, quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do outro. § 2º É assegurada a qualidade de dependente perante a Previdência Social do filho e irmão inválido maior de vinte e um anos, que se emanciparem em decorrência, unicamente, de colação de grau científico em curso de ensino superior, assim como para o menor de vinte e um anos, durante o período de serviço militar, obrigatório ou não. Este parágrafo pressupõe que mesmo inválido o dependente perderá a qualidade em caso de emancipação, exceto colação de grau. § 3º Aplica-se o disposto no caput aos dependentes maiores de dezoito e menores de vinte e um anos, que incorrerem em uma das situações previstas nas alíneas “b”, “c” e “d” do inciso III deste artigo. A perda da qualidade de dependente por idade não retorna, filho com 22 se ficar inválido não recuperará a qualidade de dependente. Já no caso de cônjuges separados em situação que não se estabeleceu prestação alimentos, não são mais dependente entre si, no entanto a partir do momento que a justiça determinar pagamento de pensão, aquele que receber será dependente do outro. Inválido não perderá pela colação de grau em curso superior. Decreto 3048 Art. 17. A perda da qualidade de dependente ocorre: I - para o cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado; II - para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos; III - para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se inválidos, desde que a invalidez tenha ocorrido antes: (Redação dada pelo Decreto nº 6.939, de 2009) a) de completarem vinte e um anos de idade; (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de 2009) b) do casamento; c) do início do exercício de emprego público efetivo; (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de 2009)

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d) da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; ou (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de 2009) e) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; e (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de 2009) IV - para os dependentes em geral: a) pela cessação da invalidez; ou b) pelo falecimento. Redação conflitante no decreto: Art. 114. O pagamento da cota individual da pensão por morte cessa: I - pela morte do pensionista; II - para o pensionista menor de idade, ao completar vinte e um anos, salvo se for inválido, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso de ensino superior. Lei 8.213, Art. 77, § 2º A parte individual da pensão extingue-se: II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; Redação dada pela lei 12.470/2011. Face o aparente conflito entre as normas, entendo que a emancipação não provoca a perda da qualidade do maior inválido, é o que diz a norma mais específica e hierarquicamente superior ao RPS, ademais é de ser adotada a observância do princípio in dubio pro misero, em face do caráter social do direito previdenciário. MENOR SOB GUARDA IN 45 Art. 27. A partir de 14 de outubro de 1996, data da publicação da MP nº 1.523, de 11 de outubro de 1996, reeditada e convertida na Lei nº 9.528, de 1997, o menor sob guarda deixa de integrar a relação de dependentes para os fins previstos no RGPS, inclusive aquele já inscrito, salvo se o óbito do segurado ocorreu em data anterior.

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UNIÃO ESTÁVEL IN 45 Art. 18. Considera-se por companheira ou companheiro a pessoa que mantém união estável com o segurado ou a segurada, sendo esta configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de família... Decreto 3048 Artigo 16 § 5º - Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável com o segurado ou segurada. Decreto 3048 Artigo 16 § 6o - Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de família, observado o § 1o do art. 1.723 do Código Civil, instituído pela Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. (Redação dada pelo Decreto nº 6.384, de 2008). Para configurar a união estável não é necessário o divórcio ou prole em comum, a separação de fato é suficiente (e necessária). IN 45 Artigo 18 - ...não constituirá união estável a relação entre: VI - as pessoas casadas; Parágrafo único. Não se aplica a incidência do inciso VI do caput no caso de a pessoa casada se achar separada de fato, judicial ou extrajudicialmente. Questão Sobre - INSS 2008 Técnico Caderno Azul - 95 Fernanda foi casada com Lucas, ambos segurados da previdência social. Há muito tempo separados, resolveram formalizar o divórcio e, pelo fato de ambos trabalharem, não foi necessária a prestação de alimentos entre eles. Nessa situação, Fernanda e Lucas, após o divórcio, deixarão de ser dependentes um do outro junto à previdência social. GABARITO CERTO IN 45 Art. 26. A perda da qualidade de dependente ocorrerá: I - para o cônjuge pela separação judicial ou o divórcio, desde que não receba pensão alimentícia, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado; II - para a companheira ou o companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, desde que não receba pensão alimentícia; (ou similar). Na relação previdenciária, o cônjuge divorciado ou separado judicialmente somente tem direito à pensão por morte se comprovar o recebimento de alimentos. Situação delicada, em razão de sua natureza híbrida, é a do cônjuge separado de fato, se, por

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um lado, não houve a dissolução da sociedade conjugal, por outro, inexiste a comunhão de vida entre os cônjuges. A situação legal de cônjuge é suficiente para garantir a presunção de dependência econômica? Ou há necessidade de comprovar o recebimento de alimentos para fazer jus à pensão previdenciária? (...) Parece ter ocorrido efetiva omissão do texto legal, que deve ser integrado a fim de se fixar a seguinte orientação: a pensão por morte é devida ao cônjuge separado de fato, desde que comprove que dependia economicamente do segurado. Caso tenha ocorrido o pagamento de pensão alimentícia pelo segurado até o momento do óbito, está comprovada a dependência. Porém, mesmo sem o pagamento dos alimentos, é possível comprovar por outros meios a dependência econômica existente ao tempo da morte. Essa parece ter sido a orientação firmada pela 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça no julgamento do Recurso Especial 411194/PR[5]: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. CÔNJUGE SUPÉRSTITE. SEPARAÇÃO DE FATO. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. REEXAME DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO. 1. O cônjuge supérstite goza de dependência presumida, contudo, estando separado de fato e não percebendo pensão alimentícia, essa dependência deverá ser comprovada. 2. O Tribunal a quo, ao reconhecer a inexistência de comprovação da dependência, o fez com base na análise dos elementos probatórios carreados aos autos. Incidência, à espécie, da Súmula 7/STJ. 3. Recurso especial a que se nega provimento. Cônjuge ausente, separado de fato ou divorciado, dependência comprovada: Lei 8213 - Art. 76. A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação § 1º O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a companheira, que somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação e mediante prova de dependência econômica. § 2º O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes referidos no inciso I do art. 16 desta Lei.

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IN 45 Art. 323. O cônjuge separado de fato, divorciado ou separado judicialmente, terá direito à pensão por morte, mesmo que este benefício já tenha sido requerido e concedido à companheira ou ao companheiro, desde que beneficiário de pensão alimentícia, conforme disposto no § 2º do art. 76 da Lei nº 8.213, de 1991. §1° Equipara-se à percepção de pensão alimentícia o recebimento de ajuda econômica ou financeira sob qualquer forma, observando-se, no que couber, o rol exemplificativo do art. 46. A saber: certidão de nascimento de filho havido em comum; certidão de casamento religioso; III - declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; disposições testamentárias; declaração especial feita perante tabelião; prova de mesmo domicílio; prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil; procuração ou fiança reciprocamente outorgada; conta bancária conjunta; registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado; anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados; apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária; ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como responsável; escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente; declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar. § 1º Os três documentos a serem apresentados na forma do caput, podem ser do mesmo tipo ou diferentes, desde que demonstrem a existência de vínculo ou dependência econômica, conforme o caso, entre o segurado e o dependente, na data do evento. § 2º A partir da publicação do Decreto nº 3.668, de 22 de novembro de 2000, o parecer sócio-econômico deixou de ser admitido para fins de comprovação de dependência econômica. IN 45 Art. 321. Para óbitos ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, é devida a pensão por morte ao companheiro e ao cônjuge do sexo masculino, desde que atendidos os requisitos legais. Parágrafo único. Para cônjuge do sexo masculino, será devida a pensão por morte para óbitos anteriormente a essa data, desde que comprovada a invalidez, conforme o art. 12 do Decreto nº 83.080, de 1979. IN 45 Art. 26. A perda da qualidade de dependente ocorrerá: I - para o cônjuge pela separação judicial ou o divórcio, desde que não receba pensão alimentícia, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado;

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A prestação de alimentos impede a exclusão da qualidade de dependente mesmo após a separação ou mesmo do divórcio. IN 45 Art. 18. Considera-se por companheira ou companheiro a pessoa que mantém união estável com o segurado ou a segurada, sendo esta configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de família, observando que não constituirá união estável a relação entre: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; e VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. Parágrafo único. Não se aplica a incidência do inciso VI do caput no caso de a pessoa casada se achar separada de fato, judicial ou extrajudicialmente. IN 45 Art. 26. A perda da qualidade de dependente ocorrerá: II - para a companheira ou o companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, desde que não receba pensão alimentícia. UNIÃO HOMOSSEXUAL – 1° Classe, dependência econômica presumida. IN 45 Art. 24. O cônjuge ou o companheiro do sexo masculino passou a integrar o rol de dependentes para óbitos ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, conforme o disposto no art. 145 da Lei nº 8.213, de 1991, revogado pela MP nº 2.187-13, de 24 de agosto de 2001. IN 45 Art. 25. Por força da decisão judicial proferida na Ação Civil Pública nº 2000.71.00.009347-0, o companheiro ou a companheira do mesmo sexo de segurado inscrito no RGPS integra o rol dos dependentes e, desde que comprovada a vida em comum, concorre, para fins de pensão por morte e de auxílio-reclusão, com os dependentes preferenciais de que trata o inciso I do art. 16 da Lei nº 8.213, de 1991, para óbito ou reclusão ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, conforme o disposto no art. 145 do mesmo diploma legal, revogado pela MP nº 2.187-13, de 2001.

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NOVIDADE NA LEGISLAÇÃO PROMOVIDA PELA LEI 12. 470 – Art. 77, § 4º, L. 8.213 - A parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, que exerça atividade remunerada, será reduzida em 30% (trinta por cento), devendo ser integralmente restabelecida em face da extinção da relação de trabalho ou da atividade empreendedora.

Artigo do Hugo Goes

FILHOS E IRMÃOS: PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE EM DECORRÊNCIA

DA EMANCIPAÇÃO 17/09/2011

Caríssimos Amigos e Amigas,

Tenho percebido que este tema tem gerado muitas dúvidas entre os concurseiros que estão se preparando para o concurso do INSS. Por isso, decidi escrever o presente artigo, onde transmito o entendimento que o INSS dá a esta matéria, por meio da IN INSS nº 45/2010.

A emancipação ocorrerá na forma do parágrafo único do art. 5º do Código Civil Brasileiro:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independente de homologação judicial ou por sentença de juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em ensino de curso superior; e

V - pelo estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

Se o filho ou o irmão não forem inválidos, qualquer uma das causas de emancipação acima provoca a perda da qualidade de dependente. Quando se trata de filho ou irmão inválido, as causas de emancipação acima também provocam a perda da qualidade de dependente, exceto a colação de grau em ensino de curso superior.

Os filhos e irmãos maiores de 18 e menores de 21 anos, também perdem a qualidade de dependente se incorrerem em uma das seguintes situações: (a) casamento: (b) exercício de emprego público efetivo; e (c) constituição de

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estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria (IN INSS 45/2010, art. 26, § 3º).

O filho ou o irmão inválido maior de 21 anos somente figurará como dependente do segurado se restar comprovado em exame médico-pericial, cumulativamente, que:

I - a incapacidade para o trabalho é total e permanente, ou seja, diagnóstico de invalidez;

II - a invalidez é anterior à data em que completou 21 anos ou à eventual ocorrência de uma das seguintes hipóteses de emancipação:

a) do casamento;

c) do início do exercício de emprego público efetivo;

d) da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; ou

e) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

III - a invalidez manteve-se de forma ininterrupta até o preenchimento de todos os requisitos de elegibilidade ao benefício (de pensão por morte ou auxílio-reclusão).

No entanto, vale frisar que é assegurada a qualidade de dependente perante a Previdência Social do filho e irmão inválido maior de 21 anos, que se emanciparem em decorrência, unicamente, de colação de grau científico em curso de ensino superior.

Se, por exemplo, o filho colar grau em curso superior com 19 anos de idade e ficar inválido com 20 anos, manterá a qualidade dependente mesmo após completar 21 anos.

Vale também frisar que no caso de filho que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, mesmo que seja maior de 21 anos, continua sendo dependente do segurado. Caso já tenha sido reconhecida judicialmente tal situação, para considerar este filho como beneficiário na qualidade dependente não será necessária a realização de perícia médica. Para tal fim, a declaração judicial já é suficiente. Esse caso ainda não consta na IN INSS nº 45/2010, pois foi decorrente de recente mudança promovida pela Lei nº 12.470, de 31/08/2011.

Para efeito de inscrição na condição de dependente, o filho ou o irmão menor de 21 anos de idade deverá apresentar declaração de não emancipação e, se maior de 18 anos, de não ter incorrido em nenhuma das seguintes situações: (a) casamento: (b) exercício de emprego público efetivo; e (c) constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria (IN INSS 45/2010, art. 45, § 5º).

A pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha ocorrido antes:

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a) de completarem vinte e um anos de idade;

b) do casamento;

c) do início do exercício de emprego público efetivo;

d) da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; ou

e) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

E desde que a invalidez supramencionada seja reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS, e que haja a continuidade da invalidez até a data do óbito do segurado.

A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos, em partes iguais, sendo revertido em favor dos demais dependentes a parte daquele cujo direito à pensão cessar, atentando-se que o pagamento da cota individual da pensão por morte cessará quando da perda da qualidade de dependente.

Assim, para o filho ou para o irmão do segurado falecido, o pagamento da cota individual da pensão por morte cessa ao completar 21 anos, salvo se for inválido, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso de ensino superior (RPS, art. 114, II).

O dependente que recebe pensão por morte na condição de menor (filho ou irmão) que se invalidar antes de completar 21 anos ou de eventual causa de emancipação deverá ser submetido a exame médico-pericial, não se extinguindo a respectiva cota se confirmada a invalidez, independentemente da invalidez ter ocorrido antes ou após o óbito do segurado. Se a emancipação for decorrente, exclusivamente, de colação de grau em curso superior, mesmo que a invalidez inicie depois da emancipação, não será extinta a pensão por morte.

Por exemplo: Madalena, segurada do RGPS, faleceu, deixando um filho de 15 anos de idade chamado Pedro. A partir da data do óbito de Madalena, Pedro passou a receber pensão por morte. Aos 19 anos, Pedro tornou-se inválido. Quando Pedro tornou-se inválido, ele ainda não era emancipado. Nessa situação, Pedro receberá a pensão por morte enquanto durar a invalidez, mesmo depois de completar 21 anos de idade. Todavia, se aos 18 anos Pedro tivesse casado, cessaria a pensão na data do casamento, em razão da emancipação. Obviamente, tornando-se inválido depois da emancipação, não terá direito ao restabelecimento da pensão por morte.

Observação importante: A união estável do filho ou do irmão menor de idade não constitui causa de emancipação.

Sugiro a leitura dos seguintes artigos da IN INSS nº 45/2010: 22, 23, 26, 44, 45, 320 e 325. Sugiro também a leitura do nosso Manual de Direito Previdenciário.

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Fiquem com Deus! Que Ele continue nos abençoando!

Hugo Goes

hugogoes.blogspot.com

PS.: no artigo acima, eu transmiti o entendimento do INSS, tendo em vista que a maioria dos nossos atuais alunos estão estudando para o concurso daquela autarquia. Todavia, em minha opinião, entendo que a interpretação do INSS contraria a Lei 8.213/91. Na minha interpretação da Lei 8.213/91 (art. 77, § 2º), a cota individual do pensionista inválido (filho ou irmão) só deve ser extinta pela cessação da invalidez. Nenhuma hipótese de emancipação poderia extinguir a cota individual do pensionista inválido. E para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, somente será extinta pelo levantamento da interdição.