pressıes nªo intimidam implantaçªo da cbhpm · liminar determinando que sul amØrica, bradesco...

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Pressıes nªo intimidam implantaçªo da CBHPM A mobilizaçªo da classe mØdica pela implantaçªo da CBHPM, que jÆ alcança resultados favorÆveis em 15 estados brasileiros, tambØm vem enfrentando vÆrios tipos de pressªo com o objetivo de evitar o avanço e o sucesso do movimento desenca- deado pela categoria em todo o país. AlØm dos mØdicos se defron- tarem com constantes situaçıes de constrangimento, provocadas por açıes antiØticas e informaçıes distorcidas, numa clara tentativa de enfraquecer o movimento, na Bahia um grupo de anestesiologistas sofre atualmente os efeitos de uma liminar obtida pelo Hospital Salvador, que os impede de trabalhar. O litígio entre os mØdicos e o hospital teve início no mŒs de maio, quando o grupo formado por nove anestesiologistas foi procurado pela direçªo do hospital para uma reduçªo nos honorÆrios, o que foi rejeitado. Dois dias após o comunicado oficial de recusa à proposta, o grupo foi notificado que a partir do dia 28 de junho seria impedido de desenvolver suas funçıes no Hospital Salvador. No entanto, como cirurgias jÆ tinham sido agendadas após a data, o mØdico JosØ Abelardo Garcia de Meneses continuou a desenvolver seu trabalho, atØ que, no dia 29 de junho, foi informado, durante uma cirurgia da alto risco, da presença de um oficial de justiça no local, ordenando a sua retirada do hospital. Sob forte pressªo, começou a sentir-se mal tendo sido submetido a um cateterismo, sem constataçªo de alguma anormalidade. Soube, depois, que enquanto era atendido, funcionÆrios do hospital, respaldados por decisªo judicial, retiraram os nomes dos mØdicos da sala da anestesia, recorda Abelardo. Em seguida ao episódio, outro grupo, composto por 11 mØdicos, assumiu o serviço de anestesiologia do Hospital Salvador. Os mØdicos da Bahia e de todo o País reagiram energicamente à atitude do Hospital Salvador. As entidades mØdicas locais, Associaçªo Bahiana de Medicina, Conselho Regional de Medicina, Sociedade de Anestesiologia da Bahia e diversas sociedades de especialidades mØdicas afins, bem como a AMB e Sociedade Brasileira de Anestesiologia, solidarizam-se com os colegas afastados e manifestam sua indignaçªo face aos fatos apresentados, reafirmando sua firme intençªo de nªo poupar esforços para reverter esta situaçªo. Entidades mØdicas tambØm sªo pressionadas Nªo bastassem as pressıes na vida cotidiana dos mØdicos, suas entidades representativas e seus respectivos dirigentes sªo os novos alvos de empresas de seguro-saœde: em 1994, o Bradesco Seguros ingressou com representaçªo perante o MinistØrio Pœblico Estadual contra a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Sªo JosØ do Rio Preto (SMCSJRP), a fim de que fosse investigada a atitude da entidade, que exigia dos planos de saœde a adoçªo da tabela honorÆrios mØdicos, editada pela AMB em 1992, sob pena de descredenciamento coletivo dos profissionais mØdicos. Estranhamente, passados mais de 10 anos, e após os jÆ conhecidos processos sofridos pela respectiva tabela, inclusive no CADE, que culminou com a sua revogaçªo, agora o MinistØrio Pœblico Federal reabriu o processo, promovendo Açªo Civil Pœblica, estendendo-a contra a AMB, CFM, CREMESP e, ainda, contra as pessoas físicas de seus presidentes, conseguindo com isso atingir diretamente o atual presidente da AMB, Eleuses Paiva, presidente da SMCSJRP naquela ocasiªo. A AMB jÆ conseguiu cassar parcialmente a liminar, sendo que as demais entidades aguardam o julgamento dos recursos impetrados. Em Maceió, no dia 2 de julho, os mØdicos alagoanos enviaram carta à Sul AmØrica comunicando o descredenciamento de todos os laboratórios das clínicas e dos hospitais de Alagoas, que representam a grande maioria no Estado. A decisªo foi aprovada em assemblØia em solidariedade aos laboratórios Sabin, Medcor, Dilab e Centro de Diagnóstico de Saœde da Mulher, que haviam sido comunicados pela Sul AmØrica, 15 dias antes, de que seriam descredenciados em conseqüŒncia de um redimensionamento na rede da seguradora. Diante disso, os profissionais dos laboratórios procuraram a Comissªo Estadual de HonorÆrios MØdicos (CEHM) e fizeram a denœncia de que estavam sendo punidos por aderir ao movimento da categoria. O coordenador da CEHM, ClØber Costa de Oliveira, entrou em contato com a superintendŒncia regional da Sul AmØrica e com a matriz, em Sªo Paulo, solicitando que a seguradora reveja o ato de descredenciamento dos laboratórios, jÆ que soava como retaliaçªo. AtØ o momento, a empresa nªo se pronunciou a respeito e os mØdicos optaram pelo descredenciamento em massa para fortalecer o movimento. Mob.CBHPM.pmd 15/07/04, 18:47 1

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Pressões não intimidam implantação da CBHPMA mobilização da classe médica

pela implantação da CBHPM, que jáalcança resultados favoráveis em 15estados brasileiros, também vemenfrentando vários tipos de pressãocom o objetivo de evitar o avanço eo sucesso do movimento desenca-deado pela categoria em todo o país.

Além dos médicos se defron-tarem com constantes situações

de constrangimento, provocadas por ações antiéticas einformações distorcidas, numa clara tentativa de enfraquecer omovimento, na Bahia um grupo de anestesiologistas sofreatualmente os efeitos de uma liminar obtida pelo HospitalSalvador, que os impede de trabalhar. O litígio entre os médicose o hospital teve início no mês de maio, quando o grupo formadopor nove anestesiologistas foi procurado pela direção do hospitalpara uma redução nos honorários, o que foi rejeitado. Dois diasapós o comunicado oficial de recusa à proposta, o grupo foinotificado que a partir do dia 28 de junho seria impedido dedesenvolver suas funções no Hospital Salvador. No entanto,como cirurgias já tinham sido agendadas após a data, o médicoJosé Abelardo Garcia de Meneses continuou a desenvolverseu trabalho, até que, no dia 29 de junho, foi informado, duranteuma cirurgia da alto risco, da presença de um oficial de justiçano local, ordenando a sua retirada do hospital. Sob fortepressão, começou a sentir-se mal tendo sido submetido a umcateterismo, sem constatação de alguma anormalidade.

�Soube, depois, que enquanto era atendido, funcionáriosdo hospital, respaldados por decisão judicial, retiraram osnomes dos médicos da sala da anestesia�, recorda Abelardo.Em seguida ao episódio, outro grupo, composto por 11médicos, assumiu o serviço de anestesiologia do HospitalSalvador. Os médicos da Bahia e de todo o País reagiramenergicamente à atitude do Hospital Salvador. As entidadesmédicas locais, Associação Bahiana de Medicina, ConselhoRegional de Medicina, Sociedade de Anestesiologia da Bahia ediversas sociedades de especialidades médicas afins, bem comoa AMB e Sociedade Brasileira de Anestesiologia, solidarizam-secom os colegas afastados e manifestam sua indignação faceaos fatos apresentados, reafirmando sua firme intenção de nãopoupar esforços para reverter esta situação.

Entidades médicas tambémsão pressionadas

Não bastassem as pressões na vida cotidiana dosmédicos, suas entidades representativas e seus respectivosdirigentes são os novos alvos de empresas de seguro-saúde:em 1994, o Bradesco Seguros ingressou com representaçãoperante o Ministério Público Estadual contra a Sociedade deMedicina e Cirurgia de São José do Rio Preto (SMCSJRP), afim de que fosse investigada a atitude da entidade, que exigiados planos de saúde a adoção da tabela honorários médicos,editada pela AMB em 1992, sob pena de descredenciamentocoletivo dos profissionais médicos.

Estranhamente, passados mais de 10 anos, e após os jáconhecidos processos sofridos pela respectiva tabela, inclusiveno CADE, que culminou com a sua revogação, agora oMinistério Público Federal reabriu o processo, promovendoAção Civil Pública, estendendo-a contra a AMB, CFM,CREMESP e, ainda, contra as pessoas físicas de seuspresidentes, conseguindo com isso atingir diretamente o atualpresidente da AMB, Eleuses Paiva, presidente da SMCSJRPnaquela ocasião. A AMB já conseguiu cassar parcialmente aliminar, sendo que as demais entidades aguardam o julgamentodos recursos impetrados.

Em Maceió, no dia 2 de julho, os médicos alagoanos enviaramcarta à Sul América comunicando o descredenciamento de todosos laboratórios das clínicas e dos hospitais de Alagoas, querepresentam a grande maioria no Estado. A decisão foi aprovada emassembléia em solidariedade aos laboratórios Sabin, Medcor, Dilabe Centro de Diagnóstico de Saúde da Mulher, que haviam sidocomunicados pela Sul América, 15 dias antes, de que seriamdescredenciados em conseqüência de um �redimensionamento narede� da seguradora. Diante disso, os profissionais dos laboratóriosprocuraram a Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM)e fizeram a denúncia de que estavam sendo punidos por aderir aomovimento da categoria.

O coordenador da CEHM, Cléber Costa de Oliveira, entrouem contato com a superintendência regional da Sul América ecom a matriz, em São Paulo, solicitando que a seguradora revejao ato de descredenciamento dos laboratórios, já que soava comoretaliação. Até o momento, a empresa não se pronunciou arespeito e os médicos optaram pelo descredenciamento emmassa para fortalecer o movimento.

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CBHPM tem Projeto de LeiEncontra-se na Câmara dos deputados para votação em regime de urgência o Projetode Lei 3466/04, de autoria do deputado Inocêncio Oliveira (PFL-PE), que referenciaa CBHPM no âmbito da saúde suplementar. O avanço no processo de apreciaçãodo PL foi devido à mobilização realizada no dia 15 de junho, em Brasília, quandolideranças médicas lotaram o auditório Nereu Ramos para reunião com a FrenteParlamentar de Saúde e líderes dos partidos políticos, os quais deram apoio, atravésde suas assinaturas, ao PL. A expectativa é que seja apreciado pelo plenário daCâmara ainda neste mês de julho.

Unidas: acordos em 11 estadosA Unidas é o sistema que mais tem avançado na implantação da CBHPM. Até o momento, já somam11 os estados com acordos finalizados � a maioria já assinados, através das Comissões Estaduais deHonorários, e que contemplam a CBHPM: Acre, Alagoas, Ceará, Goiás, Maranhão, Pará, Pernambuco,

Piauí, Rondônia, Sergipe, sendo que na Paraíba o acordo envolve apenas os anestesistas. Esses acordos não são uniformes,apresentando variações por região, porém, de forma geral, prevêem escalonamentos até o final do ano e a implantação definitivada CBHPM a partir de janeiro de 2005.

Unimed: aprovação da CBHPM no ConaiO Comitê Nacional de Integração (Conai), realizado em Natal (RN), de 10 a 12 de junho, com a participaçãodas diretorias de 80 Unimeds, sinalizou favoravelmente à implantação da CBHPM no sistema de intercâmbioentre todas as cooperativas nacionais. A decisão será oficializada pelo Conselho Confederativo da UnimedBrasil em reunião marcada para o dia 29 de julho, em Uberlândia. Já foi composta uma Comissão, que tem

como tarefa principal elaborar um cronograma para a implantação da CBHPM no sistema de intercâmbio. A decisão de implantar a CBHPMno sistema de intercâmbio também foi endossada pela Confesp - Confederações das Unimeds do Estado de São Paulo, em reuniãorealizada nos dias 26 e 27 de junho, em Atibaia. Além disso, singulares de outros nove estados já se decidiram, firmando acordos pelaimplantação da CBHPM: Acre, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Sergipe e Unimed de Santos e de Paranaguá.

Contratualização requer cuidadosA Comissão Nacional de Implantação da CBHPM recomenda que os médicos não assinem nenhum tipo decontrato proposto pelas empresas de saúde sem antes observar as orientações fornecidas pela assessoriajurídica, que prepara também um contrato padrão, tendo como base a CBHPM. Documentos contendopontos importantes que devem ser levados em consideração nos contratos foram encaminhados àsComissões Estaduais de Honorários, Federadas da AMB, Sindicatos Médicos, Conselhos Regionais eencontram-se à disposição dos médicos. Também estão disponíveis no site da AMB ( www.amb.org.br).

Movimento conta com 0800 para denúnciasO movimento pela implantação da CBHPM disponibiliza, desde o dia 25 de junho, o telefone0800 887 7700 para atendimento de denúncias de usuários e médicos em relação aos planos eseguro-saúde de todo o País. As denúncias serão cadastradas e avaliadas semanalmente paraposterior encaminhamento às autoridades responsáveis. No relatório da primeira semana defuncionamento do 0800, que recebeu cerca de 1.200 ligações, as seguradoras Sul América e

Bradesco lideram o ranking de queixas. Unimed, Amil e Itauseg vêm em seguida. A maioria das chamadas registradas foram deusuários protestando contra aumentos de até 80%.O serviço 0800 887 7700 recebe ligações de todo o Brasil e estádisponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

CBHPM tem nova codificaçãoAtendendo a solicitações, a Comissão Nacional de Honorários Médicos reduziu de nove para oito onúmero dos dígitos constantes na CBHPM, mantendo o chamado �digito verificador�. A edição 2004 daCBHPM com a nova codificação já foi impressa e encontra-se à disposição dos interessados pelo tel.: (11)3178-6800 ou pelo site www.amb.org.br

0800 887 7700

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A CBHPM nos EstadosAcre - Unidas, MED Saúde, Polícia Militar e Corpo de Bombeirosadotaram a CBHPM com redutor de 20%. No entanto, Cassi eGeap, que integram o Grupo Unidas, não cumpriram o acordo

e os médicos estão se descredenciando. A Unimed Rio Branco aceitou aCBHPM, mas ainda não definiu o prazo de implantação.

Alagoas - A Comissão Estadual de Honorários Médicos fechouacordo com a Unidas, no dia 25 de junho, para implantação daCBHPM. O Ministério Público Estadual conseguiu na Justiça uma

liminar determinando que Sul América, Bradesco e Golden Cross normalizemo atendimento aos usuários e que paguem em dobro qualquer quantiacomprovadamente paga pelo consumidor no sistema de reembolso. Osmédicos atendem aos usuários de Sul América e Bradesco somente pelosistema de reembolso, cobrando os valores da CBHPM, desde 30 demarço. O atendimento está suspenso também à Golden Cross desde 19 deabril.

Amapá - A Comissão Estadual de Honorários Médicos estánegociando a implantação da CBHPM com a Unimed (25 milusuários), sendo que o valor da consulta já está na banda mínima.

Os médicos aguardam propostas de Bradesco, Sul América, PAS, Geap eCassi, que somam 10 mil usuários.

Amazonas - A proposta da Comissão Estadual de HonoráriosMédicos para todas as operadoras é de implantação da CBHPMcom a banda mínima de 20% e nova negociação depois de seis

meses. A Unimed está fazendo um estudo de impacto para avaliar aspossibilidades de adoção dos novos valores. O Grupo Unidas encaminharáuma proposta à Comissão até o dia 7 de julho.

Bahia - A juíza Lícia Pinto Fragoso Modesto, da 2ª VaraEspecializada de Defesa do Consumidor, concedeu liminarobrigando as seguradoras Sul América e Bradesco a pagar

diretamente aos médicos conforme os valores da CBHPM. Segundo aliminar, as seguradoras têm de garantir atendimento normal a seus clientes,sem a necessidade de pagamento antecipado pelas consultas e procedimentosmédicos para reembolso posterior. A decisão liminar foi mantida por duasvezes, em 29 de junho e em 5 de julho, pelo desembargador Justino Telles,da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia. A suspensão da liminarhavia sido solicitada pelo Bradesco, primeiramente, e depois pela Sul América.No dia 5 de julho, além de manter o atendimento apenas pelo sistema dereembolso aos usuários de AGF, Unibanco e Porto Seguro, os médicosdecidiram suspender o atendimento à Medial Saúde em um prazo de 15dias. A proposta do Grupo Unidas foi rejeitada na mesma assembléia, masprosseguem as negociações. A Golden Cross tem até o dia 12 de julho paraapresentar uma proposta de implantação, quando haverá uma novaassembléia. Cardiologistas e hemodinamicistas intervencionistas sedescredenciaram das duas seguradoras no dia 12 de abril.

Ceará - Reunidos em assembléia no dia 21 de junho, os médicoscearenses rejeitaram a proposta da Amil de reajustar a consultapara R$ 34,00 por não contemplar a implantação da CBHPM.

A Unimed Fortaleza se comprometeu a apresentar uma proposta até o dia12 de julho. O atendimento à Sul América e Bradesco está suspenso desde1º de maio. Na assembléia de 14 de junho foi aprovada a proposta da Geape em 31 de maio os médicos já tinham aprovado o acordo com a Unidasde implantação da CBHPM.

Distrito Federal - Reunidos em assembléia no dia 22 dejunho, os médicos aprovaram uma moção de repúdio ao contratoassinado pela Unimed Brasília e pela Sul América e também uma

ação cível pública contra a Sul América. O Movimento Alerta Médico decidiu,em 31 de maio, suspender o atendimento às operadoras Bradesco, BlueLife, Slam, Smile, Medial e Assefaz, o que já acontece em relação à SulAmérica desde fevereiro. A Comissão de Honorários irá propor negociaçãoa planos que ainda não foram denunciados.

Espírito Santo � Cumprindo decisão da assembléia de 15 dejunho, os médicos cobram de todos os planos R$ 42,00 pelaconsulta desde 1º de julho. Se as operadoras não efetuarem o

Balanço atualizado em 06/07/2004

pagamento até 1º de agosto, terá início o descredenciamento em massa. AUnimed Vitória, a Polícia Militar e a São Bernardo Saúde elevaram o valorda consulta para R$ 34,00 desde 1º de julho. Está em andamento negociaçãocom a Secretaria Estadual de Saúde, que trabalha com oito cooperativas,para a implantação da CBHPM.

Goiás � Os médicos goianos decidiram manter o atendimentosomente pelo sistema de reembolso, iniciado em 1º de julho,aos usuários das seguradoras. A Golden Cross, que havia

recebido cartas dos médicos informando o descredenciamento coletivo emum prazo de 30 dias, procurou a Comissão Estadual para negociar e ficouagendada uma reunião para o dia 15 de julho. Outras operadoras menoresestão encaminhando propostas aos médicos. A Unidas e a Samedh secomprometeram a implantar a CBHPM em janeiro de 2005. Uma novaassembléia está prevista para o dia 2 de agosto.

Maranhão � O juiz José Vaz concedeu liminar obrigando asoperadoras Golden Cross, Sul América, Bradesco e Hapvida agarantir, no prazo de 24 horas, o atendimento médico a todos

os seus usuários. As empresas são as únicas operadoras que não fizeramacordos para implantação da CBHPM e, por isso, não contam com redecredenciada de profissionais, já que o descredenciamento de 100% dosmédicos que atuam no Estado foi concluído em 30 de abril. As Unimeds deSão Luís e de Imperatriz, Unidas, Blue Life, Fundo de Saúde do Exército,Amil, Multiclínicas, Long Life e Medplan assinaram compromisso de adoçãoda CBHPM. Em Imperatriz, médicos de várias especialidades estãoassumindo o termo de descredenciamento dos planos - exceção à Unimede Fusex - já que as propostas não contemplam a implantação da CBHPM.

Mato Grosso - Na assembléia do dia 21 de junho, foi rejeitadaa proposta da Geap por não contemplar a implantação daCBHPM, e encaminhada uma contraproposta. A mesma decisão

já havia sido tomada, em 9 de junho, em relação à Unidas. Se não houveracordos, os médicos pretendem suspender o atendimento às operadoras apartir de 1º de setembro. A Unimed Cuiabá se comprometeu a adotar osvalores dos honorários médicos previstos na CBHPM, com redutor de20%, a partir de 1º de agosto.

Mato Grosso do Sul - O Ministério Público Federal solicitouao CRM-MS a assinatura de um termo de ajuste de condutapara que os médicos que desrespeitarem a Resolução 1673/03

do Conselho Federal de Medicina não sejam punidos. Cerca de 150 médicos,reunidos em assembléia no dia 3 de junho, rejeitaram o pedido. As entidadescontinuarão incentivando o descredenciamento das operadoras que nãonegociam a CBHPM. Ortopedistas, cirurgiões vasculares e endovasculares,otorrinolaringologistas, urologistas e angiologistas já suspenderam oatendimento.

Minas Gerais - Em 12 de julho, data da próxima assembléia,vence o prazo legal mínimo para os médicos darem inícioao descredenciamento coletivo dos 47 planos de saúde

ligados à Abramge no Estado. A Unimed também tem prazo até 12 dejulho para apresentar o cronograma de implantação da CBHPM. Desde24 de maio, os médicos atendem aos usuários das seguradoras ligadasà Fenaseg somente pelo sistema de reembolso. A proposta da Unidasde adotar parte da CBHPM somente em janeiro de 2005 foi rejeitadana assembléia de 21 de junho.

Pará - Os médicos paraenses aprovaram a proposta do GrupoUnidas, que abrange 22 operadoras de autogestão no Estado.Também decidiram continuar o processo de descredenciamento

coletivo de 13 operadoras. Ainda na mesma assembléia, foi fechado acordocom os planos ADA, Ipamb, Hospital do Exército e Hospital Naval. Emrelação à Unimed, a Comissão Estadual recomendou que os cooperadosconvoquem uma assembléia para deliberar sobre a implantação da CBHPM.Os endocrinologistas já suspenderam o atendimento a um dos planos daUnimed. As operadoras Cooperativa Mista dos Rodoviários Federais doPará e do Amapá, Vida Plena, Top Saúde, Supermercados Líder, Pró-Saúde,Amil, PAS CEFET, TRE-PAS, Hospital Amazônia, Hospital Belém, Blue Life,

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MED Saúde, Luck Saúde e Saúde São Braz já adotaram a CBHPM. O CRMeditou a Resolução nº 100/2004 proibindo os médicos de prestarem serviçosàs operadoras sem inscrição no Conselho e sem diretores técnicosrelacionados. De acordo com a Resolução, passa a ser obrigatória aassinatura desses diretores técnicos nos contratos de prestação de serviçosmédicos. Outras informações no site www.cbhpmpara.com.br.

Paraíba - Desde 21 de junho o atendimento está suspenso àsseguradoras Sul América e Bradesco. Os médicos anestesistasfecharam acordo com a Unidas de implantação da CBHPM com

redutor de 20% a partir de outubro. Em relação às demais especialidades,a Comissão de Honorários propôs implantação da CBHPM com redutorde 25% em agosto e de 20% a partir de dezembro, sendo o valor daconsulta R$ 33,60 de imediato. Os anestesistas já haviam se descredenciadodas seguradoras e das empresas de medicina de grupo e prometem tambémpartir para a suspensão do atendimento se as propostas não foremsatisfatórias. A Comissão de Honorários encaminhou cartas às empresas demedicina de grupo estabelecendo prazo de 30 dias para início das negociações,caso contrário será iniciado o processo de descredenciamento em massa.

Paraná � Foram rejeitadas as propostas de Bradesco e SulAmérica por não contemplarem a implantação da CBHPM. Osmédicos atendem às operadoras ligadas à Fenaseg somente

pelo sistema de reembolso desde 1º de maio. Também foi rejeitada aproposta do Grupo Assepas/Unidas-PR, que previa adoção da CBHPMplena apenas em julho de 2006. Em relação à Unimed Curitiba, foi constituída,no dia 21 de maio, uma comissão paritária, formada por representantesdas entidades e da cooperativa, para estudar a implantação da CBHPM acurto prazo. A Unimed Paranaguá (litoral) adotou o valor da consulta de R$36,50 (CBHPM com redutor de 13%) desde 1º de julho.

Pernambuco � Os médicos decidiram aceitar as propostas daUnimed e da Unidas. Profissionais de várias especialidadesatendem aos usuários das seguradoras somente pelo sistema de

reembolso: Angiologia e Dermatologia (Sul América); Ginecologia, CirurgiaGeral e Pediatria (Unibanco); Clínica Geral (AGF e Unibanco); Cardiologia(Sul América e Unibanco); Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Anatomia Patológica,Cirurgia Pediátrica e Urologia (Sul América e Bradesco); Anestesiologia eOrtopedia (Sul América, AGF, Unibanco e Bradesco). As clínicas radiológicase os prestadores de serviços de diagnóstico por imagem também aderiramao movimento em 1º de julho. No Estado, foi aprovado o decreto nº26.640, do governador Jarbas Vasconcelos, regulamentando a Lei 12.526,que estabelece critérios para a edição de lista de honorários médicos nosistema suplementar de saúde.

Piauí - Na assembléia do dia 28 de junho, foi aprovada aproposta do Grupo Unidas, que reúne 17 planos de saúde noEstado. O acordo deve ser assinado nos próximos dias, durante

audiência no Ministério Público. Na ocasião, serão oficializados, ainda, osacordos com Unimed, Medplan e Amil, que aceitaram a implantação daCBHPM com redutor de 20% a partir de outubro. Outra decisão daassembléia foi enviar cartas de descredenciamento às demais operadoras,que não negociam a implantação da CBHPM, até 10 de julho. A AssembléiaLegislativa do Piauí aprovou por unanimidade, no dia 8 de junho, o projetode lei de autoria dos deputados Kléber Eulálio (PMDB) e Wilson Martins(PSDB) que referencia a CBHPM como parâmetro para honorários médicos.

Rio de Janeiro - O juiz da 2ª Vara Empresarial do Rio deJaneiro, Luís Felipe Salomão, determinou que os planos de saúdepaguem R$ 35,00 por consulta aos médicos. O não-

cumprimento da decisão será punido com multa diária de 20 salários mínimos.Reunidos em assembléia no dia 21 de junho, os médicos do Estado do Riode Janeiro rejeitaram as propostas das operadoras ligadas à Unidas, alémde Amil e Golden Cross, por não contemplarem a implantação da CBHPM.Sul América e Bradesco não apresentaram novas propostas. Com adesãode 90% dos médicos, foi suspenso por 24 horas o atendimento às operadorasde planos de saúde no dia 17 de junho, sendo mantidos os atendimentos deurgência e emergência.

Rio Grande do Norte � Reunidos em assembléia em 21 dejunho, os médicos aprovaram o acordo com a Amil deimplantação da CBHPM com redutor de 20% a partir de 1º de

novembro. Na mesma assembléia, foram rejeitadas as propostas de Unidas,Norclínicas, Saúde Excelsior, OAB e Caurn. O processo de descredenciamentoem relação aos planos Hapvida, Smile, Saúde Excelsior e agora Blue Life eMulti Life continua. Em relação aos outros planos, prosseguem as negociações.Serão apresentadas contrapropostas até 22 de julho, quando haverá umanova assembléia do movimento.

Rio Grande do Sul - Cerca de 180 médicos gaúchosparticiparam da assembléia em 3 de junho e decidiram intensificaro movimento no interior do Estado. No dia 8 de junho, foi

realizado Fórum sobre Honorários Médicos em Pelotas. Em BentoGonçalves, os médicos deram prazo de 60 dias para que a operadoraTacchimed, que abrange 90% da população, adote a CBHPM. As negociaçõescom as Unimeds continuam.

Rondônia - No dia 14 de abril, a Unimed assinou acordo comas entidades médicas se comprometendo a adotar a CBHPM,incluindo suas instruções gerais e valores, como padrão mínimo

e ético de remuneração dos procedimentos médicos. No dia 13 de maio, foifechado acordo com a Unidas e com o plano Ipam.

Roraima - A Unimed é a única operadora que atua no Estado e asnegociações estão adiantadas. As lideranças médicas têm se reunidopara estudar formas de reduzir custos para implantar a CBHPM.Santa Catarina - Enquanto a Federação das Unimeds de SantaCatarina, que domina 90% do mercado no Estado, não deliberasobre a implantação da CBHPM, estão sendo priorizadas as

negociações com cada singular, de acordo com suas peculiaridades. AComissão Estadual de Honorários Médicos está enviando um documentoàs singulares solicitando implantação da CBHPM a partir de 1º de agosto,apresentação em 60 dias de proposta de bandas diferenciadas, se necessárias,e realização de assembléias com os cooperados para aprovação dos acordos.As negociações com os representantes da Unidas continuam.

São Paulo - Mais de 800 médicos reuniram-se em assembléiano dia 1º de julho, na capital, e decidiram favoravelmente àadesão do Estado ao movimento de luta pela implantação da

CBHPM. A categoria está em estado de assembléia permanente e iráintensificar as negociações com as operadoras, que têm prazo até 15 dejulho para se posicionarem sobre a CBHPM e, no dia 20 de julho, haveráuma nova assembléia para avaliar as ações do movimento e definir estratégias,que podem envolver suspensão do atendimento e processo dedescredenciamento em massa. O movimento alastra-se pelo interior paulista,com destaque nas regiões da baixada santista, ABC, Guarulhos, Ubatuba,Araçatuba, Indaiatuba, Araraquara, Marília e Franca.

Sergipe - No dia 31 de maio, os cooperados da Unimeddecidiram, por unanimidade, implantar a CBHPM, com previsãopara início em 1º de outubro. Em 7 de maio, a Comissão

Estadual de Honorários Médicos fechou acordo com a Unidas: a consultaserá reajustada em 34,4%, passando para R$ 33,60 em 1º de maio e em1º de janeiro de 2005 a CBHPM será adotada integralmente com a bandamínima. Plamed, Fusex, G. Barbosa Saúde e Cohidro também já fecharamacordos. Os médicos decidiram suspender o atendimento e iniciar odescredenciamento das operadoras Sul América, Bradesco, Unibanco, AGF,Golden Cross, Norclínicas, Blue Life, Amil, Previna, Smile, Gama, Integral,Medservice, ABP, Medial, Hapvida, Polimed e Life Star. Uma nova assembléiaestá prevista para o dia 7 de julho.

Tocantins - As negociações com a Unimed estão adiantadas.Oplano de saúde dos funcionários do governo estadual estávinculado à Unimed e acompanha os reajustes. A Geap

encaminhou uma carta de intenções à Comissão Estadual afirmando que, apartir de junho, o valor da consulta deve seria de R$ 31,00 e, a partir dedezembro, R$ 42,00. Nesse período, devem ser adotados os valores dosprocedimentos previstos pela CBHPM.

A CBHPM nos EstadosBalanço atualizado em 06/07/2004

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BahiaEm Salvador, a juíza Lícia Pinto Fragoso Modesto, da

2a Vara Especializada de Defesa do Consumidor, concedeuliminar obrigando as seguradoras Sul América eBradesco a pagar diretamente aos médicos conforme osvalores da CBHPM. Segundo a liminar, publicada noDiário Oficial do Poder Judiciário em 4 de junho, asseguradoras têm de garantir atendimento normal a seusclientes, sem a necessidade de pagamento antecipadopelas consultas e procedimentos médicos para reembolsoposterior. A liminar é resultado da ação coletivaimpetrada pelo Sindicato dos Bancários da Bahia, Institutode Estudos e Ação pela Paz e Justiça Social e Comissãodos Direitos do Cidadão da Câmara Municipal de Salvador.

A decisão liminar foi mantida por duas vezes, em 29de junho e em 5 de julho, pelo desembargador JustinoTelles, da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia.A suspensão da liminar havia sido solicitada pelo Bradesco,primeiramente, e depois pela Sul América. Segundo oadvogado Cândido Sá, que assessora o movimento, adecisão do desembargador será levada ao plenário da 4ªCâmara para votação dos outros dois desembargadores(revisores). Se a decisão for confirmada, a CBHPM estaráfinalmente implantada na Bahia.

MaranhãoO juiz José Vaz concedeu liminar obrigando as operadoras Golden

Cross, Sul América, Bradesco e Hapvida a garantir, no prazo de 24horas, o atendimento médico a todos os seus usuários, mesmoque seja necessário deslocá-los até outros Estados. A multa emcaso de descumprimento da decisão é de R$ 1 mil a cada usuárionão atendido.Golden Cross, Sul América, Bradesco e Hapvida sãoas únicas operadoras que não fizeram acordos com os médicosmaranhenses para implantação da CBHPM e, por isso, não contamcom rede credenciada de profissionais, já que o descredenciamentode 100% dos médicos que atuam no Estado foi concluído em 30 deabril. A liminar, concedida no dia 2 de julho, é resultado de uma açãocivil pública do Ministério Público Estadual, assinada pelo promotorde Defesa do Consumidor, Carlos Augusto Oliveira, que pediatambém a devolução das mensalidades pagas pelos usuários desde18 de março, quando o Conselho Regional de Medicina (CRM-MA)proibiu, com base na Resolução 1.673/03 do CFM, o atendimentoaos usuários das quatro operadoras. No início do movimento, osusuários foram atendimentos pelo sistema de reembolso e cobrançados valores da CBHPM. No entanto, diante da intransigência dasoperadoras, passou a ser praticada a tabela de atendimento particular,inclusive nos casos de urgência e emergência.

Liminares favorecem a CBHPM

Há cerca de dez anos os médicos não têmquaisquer reajustes por parte dos planos desaúde. Paradoxalmente, dados do Departa-mento Intersindical de Estudos e Estatísticas(Dieese), de maio último, registram que osplanos de saúde reajustaram suas mensali-dades em 248,77%, entre janeiro de 1997 eabril de 2004, enquanto o ICV (Índice de Custode Vida) atingiu, no mesmo período, 72,63%.No entanto, a AMB vem recebendo cartas deusuários das seguradoras Sul América eBradesco denunciando aumentos abusivos emsuas mensalidades. Como exemplo, a SulAmérica enviou correspondência a usuáriosreajustando em 47,1% o valor da mensalidadepara o período de julho/04 a julho/05, enquantoque o jornal Folha de São Paulo, de 02/7/04,denunciou que usuários da Bradesco estãorecebendo cobrança com aumentos de até81,6%, ao mesmo tempo que nenhum tipo deaumento é repassado à classe médica.Paralelamente aos aumentos abusivos, osmédicos estão sendo pressionados quanto àcontratualização, exigida pela RDC nº 71, daANS: além de enviar aos médicos contratospadronizados, de forma unilateral, contendocláusulas abusivas tais como curto prazo deduração, ausência de reajustes adequados,possibilidade de rescisão sem justa causa, aindaimpõe – contrariamente ao prazo deter-minado pela ANS para a sua efetivação(mês de setembro) – curto período paraassinatura e devolução do contrato, nãopermitindo ao médico tempo suficiente parauma análise mais aprofundada. Esses são osprincipais motivos que levaram o movimentomédico nacional a eleger as seguradoras comoalvo principal da mobilização. Atualmente,médicos de 15 estados trabalham apenasatravés do sistema de reembolso com asempresas seguradoras: Amazonas, Alagoas,Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás,Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Sergipee algumas regiões do estado de São Paulo. AComissão Nacional de Implantação entendecomo fundamental que as Assembléiascoloquem em discussão a paralisação àsseguradoras nos demais estados.

SEGURADORAS: alvoprincipal domovimento

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Informativo da Comissão Nacional de Implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos

Carta de Minas aprovarecomendações para omovimento médico nacional

Representantes de instituições médicas brasileirasparticiparam em Belo Horizonte, entre os dias 23 e 26 dejunho, do XVI Encontro dos Conselhos Regionais de Medicinada Região Sul e Sudeste. O evento colocou em discussãotemas como a implantação da Classificação BrasileiraHierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Abaixoas recomendações para o movimento médico nacional pelasua implantação:� Não transigir em datas, prazos e valores. Implantação integral;� Maior rigor dos CRMs junto a colegas, incluídos os diretores

técnicos de hospitais e organizações médicas, que semostrem resistentes à implantação da CBHPM;

� Fenaseg: implementar o atendimento pelo sistema dereembolso, de acordo com os valores determinados pelaCBHPM, nos Estados que ainda não o fizeram;

� Abramge: estabelecer o processo de descredenciamentocoletivo, caso mantenha sua intransigência nas negociaçõespela implantação da CBHPM;

� Unimed: definir cronograma de negociação e implantaçãoaté final de julho de 2004;

� Unidas: intensificar negociação e exigir cronograma deimplantação;

� Contratos: não assinar propostas enviadas pelas operadorasde saúde até que se defina um contrato padrão (ANS/CFM/AMB/FENAM). Roga-se urgência em sua elaboração.Comunicação efetiva e direta aos médicos dos riscos de suaassinatura neste momento;

� Incentivar as ações políticas junto aos representantesregionais (Frente Parlamentar da Saúde e CongressoNacional) para garantir resultados imediatos na votação doPL nº 3466/04, do deputado Inocêncio de Oliveira;

� Aproximação das entidades médicas da nova direção doCADE a fim de dar os esclarecimentos sobre o movimentomédico de implantação da CBHPM. Estabelecimento,pelas assessorias jurídicas do CFM/AMB, de orientaçãoaos CRMs em defesa contra as ações civis públicas.Desenvolver a blindagem jurídica como medida deproteção contra o descredenciamento unilateral pelasoperadoras de saúde.

Membros: Lincoln Freire (Coordenador), Eduardo S. Vaz, Lúcio Antonio P. Dias, José Luiz G. doAmaral (AMB); Abdon José M. Neto, Antonio G. Pinheiro (CFM); José Erivalder Guimarães,Mário Antonio Ferrarri (CMB); Héder M. Borba, Márcio C. Bichara (Fenam).Rua São Carlos do Pinhal, 324 – Tel.: (11) 3266-6800 – e-mail: [email protected]: 280.000 exemplares – Produção Gráfica: Sollo Comunicação e DesignEdição: César Teixeira (MTB-12315) – Colaboração: Camila Kaseker

EXPEDIENTEExpediente

Comunicado da ANSA Agência Nacional de SaúdeSuplementar publicou, no dia 6 dejulho, nos principais jornais brasileiros,comunicado abordando o conflito entrea classe médica e as operadoras desaúde. Abaixo, na íntegra.

Regulação da ANS pune a negativa deatendimento médico

Frente ao movimento dos médicos quevem incentivando a cobrança antecipada deconsultas para atendimento de uma parcelados consumidores de planos privados deassistência à saúde, a ANS presta os seguintesesclarecimentos:

1 � As operadoras são obrigadas a garantir oacesso à rede de prestadores de serviçoaos seus consumidores, com planos desaúde contratados a qualquer tempo.

2 � É penalizada a não-garantia da assistênciacontratada nas coberturas obrigatóriasprevistas no art. 12 da Lei 9.656/98 e nasua regulamentação (RDC 24, art. 7º IV),assim como a não-garantia das coberturasestabelecidas nos contratos de planosadquiridos até 31 de dezembro de 1998(Lei 9.656/98, art. 25 e RDC, art 3º III).

3 � A ANS, baseada na legislação supracitada,punirá as operadoras que porventuradescumprirem os preceitos legais.

4 � O consumidor que se sentir prejudicadodeverá entrar em contato com a ANSatravés de ligação gratuita ao DisqueANS: 0800-701-9656.

Base legal: Lei 9.656/98 � art. 12 e art. 25;Resolução da Diretoria Colegiada da ANS, RDC24 � art. 3º III (redação da RDC 55) e art. 7º IV.

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