presidÊncia da repÚblica controladoria …da unidade sobre a questão, nos termos do parágrafo...

55
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO Unidade Auditada: SUPERINTENDENCIA DO IPHAN EM GOIAS, IPHAN- GO Município - UF: Goiânia - GO Relatório nº: 201505379 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DE GOIÁS RELATÓRIO DE AUDITORIA Chefe, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201505379, apresentamos os resultados dos exames realizados sob atos e consequentes fatos de gestão, ocorridos na supra-referida, no período de 01/01/2015 a 29/02/2016. I ESCOPO DO TRABALHO Os trabalhos foram realizados na Sede da Superintendência do IPHAN/GO em Goiânia/GO, no período de 23/03 a 31/03/2016, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao serviço público federal, objetivando o acompanhamento preventivo dos atos e fatos de gestão ocorridos no período de abrangência do trabalho, qual seja, 01/01/2015 a 29/02/2016. Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames, realizados por amostragem, sobre a documentação relativa à licitação, contratação e execução dos serviços terceirizados de limpeza e conservação das Unidades do IPHAN/GO. II RESULTADO DOS EXAMES 1 GESTÃO OPERACIONAL

Upload: others

Post on 03-Aug-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 1

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO

SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

Unidade Auditada: SUPERINTENDENCIA DO IPHAN EM GOIAS, IPHAN-

GO

Município - UF: Goiânia - GO

Relatório nº: 201505379

UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO

ESTADO DE GOIÁS

RELATÓRIO DE AUDITORIA

Chefe,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201505379,

apresentamos os resultados dos exames realizados sob atos e consequentes fatos de

gestão, ocorridos na supra-referida, no período de 01/01/2015 a 29/02/2016.

I – ESCOPO DO TRABALHO

Os trabalhos foram realizados na Sede da Superintendência do IPHAN/GO em

Goiânia/GO, no período de 23/03 a 31/03/2016, em estrita observância às normas de

auditoria aplicáveis ao serviço público federal, objetivando o acompanhamento

preventivo dos atos e fatos de gestão ocorridos no período de abrangência do trabalho,

qual seja, 01/01/2015 a 29/02/2016. Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames,

realizados por amostragem, sobre a documentação relativa à licitação, contratação e

execução dos serviços terceirizados de limpeza e conservação das Unidades do

IPHAN/GO.

II – RESULTADO DOS EXAMES

1 GESTÃO OPERACIONAL

Page 2: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 2

1.1 Avaliação dos Resultados da Gestão

1.1.1 Avaliação dos Resultados da Gestão

1.1.1.1 INFORMAÇÃO

Respostas às questões de auditoria.

Fato

O trabalho teve como foco a realização de uma avaliação conclusiva sobre a execução e

fiscalização do contrato de serviço de limpeza e conservação no âmbito da

Superintendência do IPHAN em Goiás, com vigência a partir de 26/01/2016, por meio de

respostas às seguintes questões de auditoria:

1) Como se deu o registro da licitação/contrato no Comprasnet/SIASG? A unidade de

competição foi “R$/m2”?

RESPOSTA:

O registro da licitação/contrato no Comprasnet/SIASG não teve como unidade de

competição o custo por m² e sim o valor global do serviço para o conjunto dos três

estabelecimentos do IPHAN/GO: a Sede da Superintendência em Goiânia e os Escritórios

Técnicos nas Cidades de Goiás e Pirenópolis. Assim, embora a Unidade não tenha

utilizado o “posto de serviço” como unidade de medida, nem fixado o quantitativo para

contratação, não a estabeleceu em conformidade com a métrica prevista na IN

SLTI/MPOG nº 02/2008.

2) Em que situação (abaixo, dentro ou acima) encontra-se o valor de

contratação/renovação em relação aos limites mínimos e máximos definidos pela SLTI

para o estado?

o Caso contratado acima, analisar as justificativas apresentadas pelo gestor.

o Caso tenha ocorrido prorrogação contratual no período analisado, atentar para o fato

de que a mesma não pode ser realizada em valor acima do máximo definido pela SLTI,

pois contraria o disposto no art. 30 §5º inciso I da IN SLTI nº 02/2008, caracterizando

ilegalidade.

RESPOSTA:

Verificou-se a existência de divergência entre o total dos custos efetivos, demonstrados

na planilha orçamentária, e o valor ofertado, pelo licitante vencedor, e contratado. Assim,

embora o percentual de variação do valor contratado em relação ao total dos custos

efetivos seja superior em 9,43%, relativamente ao total dos custos mínimos referenciais,

apurado com base na Portaria SLTI/MPOG n° 7, de 13/04/2015, é superior apenas em

4,43%. Enquanto que o percentual de variação do total dos custos efetivos em relação ao

total dos custos mínimos referenciais chega a ser inferior em 5%. Com isso, expõe-se uma

situação de risco, considerando que se inclui, no objeto contratual, o fornecimento de

materiais e equipamentos para a execução dos serviços, que envolvem custos variáveis e

Page 3: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 3

quantitativos cujas estimativas são de responsabilidade da contratada. Tendo, ainda, como

agravante o fornecimento de materiais de higiene pessoal, cuja inclusão é considerada

indevida, por não serem atinentes ao serviço de limpeza e conservação, e pelo fato do

consumo ser inerente a usuários e extrapolar o controle da contratada; levando-se em

conta, ainda, que os custos correspondentes não são computados nos valores referenciais

que balizam os preços para a contratação do serviço.

Cabe salientar, ainda, que o objeto licitado possui unidades físicas autônomas, em

edificações distintas, localizadas em 3 diferentes cidades, e que, embora a Unidade

auditada tenha optado por definir o critério de julgamento pelo valor “global”, existe

diferença nos encargos à contratada, o que impôs a oferta, pelo licitante vencedor, de

valores diferenciados em relação ao Preço Homem Mês para cada localidade. Sendo que

em relação a duas delas, as diferenças dos preços ofertados para o mínimo referencial

correspondem aos percentuais de apenas 1,06% e 1,84%.

Dessa forma, verificou-se a ocorrência de falhas na fase de julgamento da proposta, ao

aceitá-la com as divergências apresentadas, passíveis de correção, uma vez que envolvem

custos, os quais podem ocasionar distorções e vir a ser objeto de solicitação de alteração

previsível, à época, e indevida dos termos acordados. E, ainda, por não terem sido

tomadas as providências previstas na legislação pertinente, visando à comprovação da

exequibilidade da proposta vencedora, uma vez que as divergências dos custos

contratados em relação aos custos efetivos e a diferença pequena em relação aos custos

mínimos referenciais expõem uma situação de risco em relação ao cumprimento das

obrigações assumidas pela contratada.

3) Há indícios de cartelização nas licitações, ao analisar o comportamento dos licitantes

no conjunto das licitações do escopo?

RESPOSTA:

Em relação ao contrato examinado, não foram encontrados indícios de cartelização.

4) O contrato prevê necessariamente as produtividades mínimas estabelecidas no art.

44 da IN SLTI n.º 02/2008?

o As produtividades foram definidas considerando os subtipos listados na IN nº 3/2009 e

no Caderno de Logística de Limpeza (espaços livres, almoxarifados, garagens, áreas

verdes)?

o As frequências de limpeza efetivamente realizadas são compatíveis com aquelas

contratadas?

o As áreas contratadas estão corretas?

RESPOSTA:

A Unidade Auditada informou, no Termo de Referência e no Contrato, as áreas físicas

internas, externas e de esquadrias e as respectivas produtividades que deveriam ser

Page 4: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 4

adotadas, em relação aos três estabelecimentos que integram a Unidade, as quais

coincidem com as referenciais mínimas previstas na IN SLTI/MPOG nº 02/2008.

Tendo em vista que os serviços seriam executados em três estabelecimentos, em

Municípios distintos, verificou-se que a Unidade foi omissa ao não prever, no Termo de

Referência, que a produtividade adotada poderia ser inferior à mínima referencial, em

consonância com o Art. 45 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, de forma a possibilitar a

contratação de um servente para a localidade cuja soma das áreas físicas fosse menor que

a soma das produtividades mínimas referenciais, uma vez que a carga horária

correspondente deve ser de 8 horas diárias.

Assim, na proposta vencedora da licitação e contratada, para o Escritório Técnico de

Pirenópolis, o índice relativo ao número de serventes foi arredondado para mais, de 0,65

para 1, reduzindo, com isso, o percentual de variação da produtividade efetiva contratada,

em relação à produtividade mínima referencial, em 35%. Acompanhando a mesma

proporção dos preços ofertados e contratados em relação ao total dos custos efetivos,

demonstrados na planilha orçamentária, tendo em vista a referida omissão, por parte da

Unidade. E, em sentido inverso, para a sede da Superintendência do IPHAN/GO em

Goiânia, o índice relativo ao número de serventes foi arredondado para menos, de 2,67

para 2, elevando, com isso, o percentual de variação da produtividade efetiva contratada,

em relação à produtividade referencial, em 36%. Acompanhando, também, a mesma

proporção dos preços ofertados e contratados em relação ao total dos custos efetivos,

demonstrados na planilha orçamentária.

Dessa forma, a produtividade efetiva contratada não é a que foi demonstrada na proposta

vencedora, nem a que consta do termo contratual firmado. E que, embora a IN

SLTI/MPOG nº 02/2008, no Art. 45, possibilite a redução da produtividade em relação

ao limite mínimo referencial, como foi no caso do Escritório Técnico de Pirenópolis,

caberia à licitante vencedora comprovar a exequibilidade da produtividade efetiva

ofertada em relação à sede da Superintendência em Goiânia, superior em 36% à

produtividade referencial, uma vez que não houve previsão, nem manifestação posterior

da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG

nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo adotado, com base em experiências e

parâmetros aferidos e resultantes de seus contratos anteriores para definir as

produtividades da mão-de-obra. Salientando-se, ainda, que, em relação a essa localidade,

houve uma redução de três para dois serventes, no tocante à contratação anterior, sem

constar nenhuma análise ou justificativa que embasasse a alteração da correspondente

produtividade.

Verificou-se, também, em relação aos três estabelecimentos do IPHAN/GO, que não

houve diferenciação, levando-se em conta todos os tipos de ambiente existentes, no

tocante aos limites mínimos referenciais de produtividade estabelecidos pela IN

SLTI/MPOG nº 02/2008. Demonstrando que a Instituição ao descumprir a legislação,

induziu os licitantes a ofertarem uma produtividade menor e definirem o número de

serventes acima do limite referencial, ou seja, acima das necessidades para a execução do

serviço, implicando numa maior oneração dos custos. Salientando-se que tal falha pode

resultar, ainda, em favorecimento ao licitante que tenha acesso aos projetos ou que já

conheça ou inspecione as dependências dos locais relativos ao objeto licitado, quando da

elaboração da sua proposta.

Page 5: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 5

Quanto às áreas contratadas, não foram detectadas divergências em relação às áreas

constantes dos projetos apresentados e dos ambientes inspecionados. Da mesma forma,

não foram encontradas incompatibilidades entre as frequências de limpeza contratadas e

executadas.

Assim, embora haja a possibilidade de certa compensação em relação às distorções

decorrentes das falhas indicadas, a Unidade deverá estar atenta no intuito de não permitir

o descumprimento das obrigações e de não promover a alteração indevida do contrato.

5) O acompanhamento e a fiscalização da execução dos serviços de limpeza é atuante,

de forma a assegurar o perfeito cumprimento do contrato, inclusive quanto às

frequências previstas para as atividades definidas ou metodologia de referência?

o Existem relatórios de acompanhamento periódicos com o registro de avaliação dos

serviços prestados e, se for o caso, estão acompanhados dos registros das providências

adotadas pela Empresa?

o Existem mecanismos de comunicação das demandas dos usuários das instalações da

unidade contratante; e há registro de que as demandas estão sendo avaliadas?

o A reposição de profissional ausente efetivamente está sendo feita? E/ou, a sistemática

de controle de frequência se mostra suficiente?

RESPOSTA:

Embora a inspeção física da equipe de auditoria tenha se restringido à sede da

Superintendência em Goiânia, verificou-se que as reduzidas dimensões das áreas físicas

das três localidades do IPHAN/GO, em face do porte das edificações, facilitam a

fiscalização e o acompanhamento da execução contratual, bem como a comunicação

direta entre os servidores responsáveis e os usuários das instalações.

Em análise da documentação disponibilizada pela Unidade, no tocante à contratação do

serviço de limpeza e conservação, com vigência a partir de 26/01/2016, foi verificado

que, nos dois primeiros meses de execução contratual, é mantido controle em relação ao

pessoal terceirizado, contendo documentos relativos à admissão, exames médicos,

entrega de uniformes e EPIs, controle de frequência, pagamento de salários e benefícios.

Em relação à contratação anterior, a Unidade apresentou vários ofícios com notificações

e uma ata de reunião realizada com a contratada, de 11/08/2015, acerca das seguintes

ocorrências e providências relativas a descumprimentos contratuais: “atrasos recorrentes

no pagamento de salário em conformidade com a CLT, inefetivo controle de materiais,

necessitando a constante interveniência da fiscalização ostensiva; comunicação esparsa

com os Escritórios Técnicos (apenas quando os ETECS entram em contato); fiscalização

ineficiente dos postos, horários e seus desempenhos e não implementação dos serviços

com parametrização de controles de qualidade.”

Verificou-se, também, que constam dos processos de pagamento relatório, emitido pela

fiscal do contrato, contendo a relação de documentos examinados a cada pagamento, com

avaliação da execução dos serviços prestados, das ocorrências e providências adotadas.

Page 6: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 6

Em inspeção aos depósitos de materiais da sede da Superintendência em Goiânia, foi

realizada conferência dos materiais de consumo e equipamentos, com os respectivos

quantitativos, constantes da relação apresentada pela contratada na sua proposta e pode-

se verificar a existência de estoque suficiente para a realização do serviço no mês.

Dessa forma, verificou-se que o acompanhamento e a fiscalização da execução do serviço

de limpeza e conservação, no âmbito da Unidade, vêm sendo executado de forma

satisfatória.

6) Caso a mesma empresa preste serviço em vários órgãos, avaliar a possibilidade de

cruzar os dados relativos aos serventes, de modo a detectar se a mesma pessoa está

alocada em mais de um órgão.

RESPOSTA:

Avaliação na consolidação das informações geradas na execução das Ordens de Serviços

pontuais.

7) O serviço é executado por meio de Acordo de Nível de Serviço – ANS, nos termos dos

parágrafos terceiro e quarto do art. 11 da IN SLTI n.º 02/2008?

o O enfoque do ANS é efetivamente sobre resultados, ou meramente sobre faltas, atrasos

e problemas de reposição de material e/ou pessoal?

RESPOSTA:

A Unidade não previu nem firmou Acordo de Nível de Serviço – ANS, nos termos dos

parágrafos terceiro e quarto do art. 11 da IN SLTI n.º 02/2008.

8) O Edital permitiu a oferta de produtividades superiores ou travou a quantidade de

postos e/ou a produtividade? Houve desclassificação de licitante por ofertar

produtividade acima do mínimo estabelecido, motivada por exigência de comprovação

técnica desarrazoada?

RESPOSTA:

Conforme mencionado, anteriormente, a Unidade Auditada informou, no Termo de

Referência, anexo ao Edital, e no Termo Contratual, as áreas físicas internas, externas e

de esquadrias e as respectivas produtividades que deveriam ser adotadas, em relação às

três localidades, as quais coincidem com as referenciais mínimas previstas na IN

SLTI/MPOG nº 02/2008.

Ressalte-se, também, que constou do Termo de referência o seguinte item:

“12.2.1.4. Os índices de produtividade mínima de mão de obra são definidos em

conformidade com as disposições constantes dos arts. 43 e 44 da IN SLTI/MP n° 02, de

30 de abril de 2008 atualizada pela IN 06/2013, e buscando fatores econômicos

favoráveis à Administração Pública.”

Page 7: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 7

Assim, houve uma falha por parte da Unidade ao estabelecer que a proposta vencedora, e

contratada, deveria adotar a própria produtividade referencial mínima na execução dos

serviços, ou seja, travando a possibilidade de oferta de execução de uma produtividade

maior que a mínima referencial, em desacordo com a IN SLTI/MP nº 02/2008 e em

contradição ao próprio item 12.2.1.4 do Termo de Referência.

No entanto, não obstante a proposta contratada tenha informado a produtividade

referencial no cálculo do Preço Mensal Unitário por m², com base nos custos efetivos

demonstrados na planilha orçamentária, cabe salientar que a produtividade efetiva

contratada dificilmente é coincidente com a referencial, devido à diferenciação entre o

tamanho da área física existente e a área que serve de parâmetro, bem como dado aos

arredondamentos nos cálculos para definir o número de postos de trabalho.

Dessa forma, a produtividade efetiva contratada não é a que foi demonstrada na proposta

vencedora, nem a que consta do termo contratual firmado. E que, embora a IN

SLTI/MPOG nº 02/2008, no Art. 45, possibilite a redução da produtividade em relação

limite mínimo referencial, como foi no caso do Escritório Técnico de Pirenópolis, caberia

à licitante vencedora comprovar a exequibilidade da produtividade efetiva ofertada em

relação à Superintendência em Goiânia, superior em 36% à produtividade referencial,

uma vez que não houve previsão, nem manifestação posterior da Unidade sobre a questão.

Enfim, não foi constatada desclassificação de licitante por ofertar produtividade acima do

mínimo estabelecido, porém, não foi comprovada a sua exequibilidade na fase de

julgamento da proposta.

9) Houve esforço de realização de licitação consolidando demandas de mais de um

órgão, quando estes se localizam em um mesmo edifício, para efeito de ganho de escala

e de redução dos custos de operação do contrato?

RESPOSTA:

Não se aplica à Unidade auditada.

10) Os editais de licitação e os contratos possuem item/cláusula estabelecendo a vedação

de que familiar de agente público preste serviços no órgão ou entidade em que este exerça

cargo em comissão ou função de confiança?

RESPOSTA:

Sim, no subitem 23.76 do item “Das Obrigações da Contratada”, do Termo de Referência,

anexo ao edital, para o qual o contrato faz remissão.

11) Os controles internos relativos à utilização da conta vinculada pela Unidade são

suficientes para garantir o cumprimento das obrigações trabalhistas na contratação dos

serviços de limpeza?

RESPOSTA:

Page 8: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 8

A Unidade firmou com o Banco de Brasil o Termo de Cooperação Técnica n° 02/2014 e,

desde a contratação anterior, vem providenciando as retenções em depósitos nas contas

vinculadas das contratadas, constando nos processos de licitação/contratação e de

pagamentos, além dos comprovantes bancários e as correspondências mantidas com a

contratada e com a agência bancária, os quadros demonstrativos dos valores

provisionados e retidos em relação a cada terceirizado.

Constam, também, nos processos, relatórios de conferência e atesto com as respectivas

cópias dos documentos fiscais e comprobatórios dos pagamentos de salários, de

concessão de benefícios e dos recolhimentos tributários.

Portanto, verificou-se que os controles internos são satisfatórios e que a Unidade vem

cumprindo a IN SLTI/MPOG nº 06/2013, bem como os termos acordados, em relação à

utilização da Conta Vinculada.

12) O percentual de lucro da empresa vencedora é exequível? Caso não se mostre muito

baixo, atentar para a possibilidade de ocorrência de ganhos da empresa sobre a

reposição de pessoal, de materiais etc..

RESPOSTA:

Conforme mencionado, anteriormente, verificou-se a existência de divergência entre o

total dos custos efetivos, demonstrados na planilha orçamentária, e o valor ofertado, pelo

licitante vencedor, e contratado. Para o Escritório Técnico de Goiás, o total dos custos

efetivos (R$ 2.343,81), em relação ao valor contratado (R$ 2.327,56), corresponde a uma

variação negativa de 0,69%. Para o Escritório Técnico de Pirenópolis, o total dos custos

efetivos (R$ 2.324,24), em relação ao valor contratado (R$ 1. 509,01), corresponde a uma

variação negativa de 35,07%. E para a sede da Superintendência em Goiânia, o total dos

custos efetivos (R$ 4.883,78), em relação ao valor contratado (R$ 6.663,50), corresponde

a uma variação positiva de 36,44%.

Assim, embora haja uma parte de custos compensada entre as três localidades, mantem-

se, ainda, uma diferença superior de 9,93% do total do valor ofertado e contratado em

relação ao total dos custos efetivos. Com isso, as mesmas proporções, relativas às

referidas variações, são aplicadas em relação ao lucro demonstrado na planilha

orçamentária, pois embora conste um percentual adotado de 4% para cada

estabelecimento, tal percentual ofertado e contratado, em relação aos três

estabelecimentos, corresponde a um percentual de 4,40%. O que ainda é considerado

baixo, levando-se em conta que o Caderno de Logística da SLTI/MPOG apresentou como

referência, para o item lucro, um percentual médio de 6,79%.

Ressalte-se, ainda, que a variação dos totais dos valores ofertados em relação ao total dos

valores mínimos referenciais correspondem a um percentual de apenas 4,43%, chegando

essa diferença, em relação à localidade de Pirenópolis, a 1,06%, à localidade de

Pirenópolis, a 1,84%, e à localidade de Goiânia, a 6,18%. O que requereria, ao licitante,

a comprovação da exequibilidade da sua proposta, conforme mencionado, anteriormente,

considerando que se inclui, no objeto contratual, o fornecimento de materiais e

equipamentos para a execução dos serviços, que envolvem custos variáveis e

quantitativos cujas estimativas são de responsabilidade da contratada. Tendo, ainda, como

agravante o fornecimento de materiais de higiene pessoal, cuja inclusão é considerada

Page 9: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 9

indevida, por não serem atinentes ao serviço de limpeza e conservação, e pelo fato do

consumo ser inerente a usuários e extrapolar o controle da contratada; levando-se em

conta, ainda, que os custos correspondentes não são computados nos valores referenciais

que balizam os preços para a contratação do serviço.

Deve ser considerado, também, que o percentual de variação dos totais dos custos

efetivos, demonstrados na planilha orçamentária, em relação ao total dos valores mínimos

referenciais, chega a ser inferior em 5%. Dessa forma, verificou-se a ocorrência de falhas

na fase de julgamento da proposta do licitante, ao não terem sido tomadas as providências

previstas, na legislação pertinente, visando à comprovação da exequibilidade da proposta

vencedora, uma vez que as divergências dos custos contratados em relação aos custos

efetivos e a diferença pequena em relação aos custos mínimos referenciais expõem uma

situação de risco em relação ao cumprimento das obrigações assumidas pela contratada.

13) Os quantitativos de materiais de limpeza exigidos no edital foram

superdimensionados (atentar para a frequência de reposição exigida para itens

semiduráveis, como baldes, rodos etc)?

Em caso positivo, atentar para a possibilidade de a empresa vencedora estar praticando

um “jogo de planilha” (ganhado a licitação apresentando preço inferior para materiais

que não estão sendo fornecidos, porque foram superdimensionados, e a fiscalização

contratual é deficiente). É preciso salientar que o valor referencial estabelecido para

insumos pela SLTI nos cadernos técnicos de limpeza não se presta como referencial

absoluto, pelos motivos apresentados no Relatório, devendo ser considerado o

quantitativo de materiais previstos no edital.

RESPOSTA:

Verificou-se nas relações de materiais e equipamentos, estimada pela Unidade e ofertada

pela contratada, a existência de materiais relativos ao serviço de copeiragem e materiais

utilizados na execução de serviços de manutenção especializada da edificação, ou seja,

para serviços distintos do que foi licitado e contratado, uma vez que as atividades

inerentes não se enquadram no serviço limpeza e manutenção. Sendo, portanto, indevido

incluir na licitação e contratação o fornecimento desses materiais, sobretudo em

quantitativos mensais e superdimensionados, como foi o caso, e a execução do serviço

correspondente pela contratada.

Constatou-se, também, a inclusão de materiais relativos à higiene pessoal dos usuários,

cujos parâmetros e critérios de quantificação do consumo são incompatíveis e

impertinentes aos estabelecidos para quantificação do serviço de limpeza e conservação,

na IN SLTI/MPOG nº 02/2008, que é com base na área física a ser limpa. Incorrendo,

ainda, a sua inclusão, em distorções na composição dos custos por empregado, ao inflar

o valor total do item “Insumos Diversos” com o custo de materiais não aplicados

diretamente nas atividades de limpeza e conservação.

Dessa forma, embora conste da descrição do serviço pela IN, o abastecimento dos

materiais de higiene pessoal nos sanitários, pelos empregados terceirizados, o

fornecimento de tais materiais pela própria contratada só poderia ter ocorrido, se tivesse

sido devidamente especificado e justificado, no Plano de Trabalho e Termo de Referência,

mediante a comprovação da sua economicidade e demais vantagens em relação à

Page 10: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 10

aquisição pela própria Administração; bem como da viabilidade e confiabilidade dos

parâmetros utilizados para as suas quantificações, que não poderiam estar no âmbito das

obrigações e responsabilidades da contratada, uma vez que o consumo de tais materiais

não está adstrito às atividades desempenhadas pelos empregados terceirizados.

Verificou-se, ainda, em relação aos materiais semiduráveis, que houve um

superdimensionamento dos quantitativos para fornecimento mensal. Salientando-se que,

em inspeção aos depósitos de materiais e em entrevista realizada com as empregadas

terceirizadas, na sede da Superintendência em Goiânia, foram confirmados que os

quantitativos previstos não são fornecidos mensalmente pela contratada e sim de acordo

com a necessidade de reposição.

Dessa forma, ficou evidenciado que a Unidade incluiu, na licitação e contratação dos

serviços de limpeza e conservação, o fornecimento de materiais inerentes a outros

serviços, sem uma justificativa plausível, e a funções incompatíveis ou impertinentes ao

objeto previsto. Assim como, ficou evidenciada a falta de rigor na apuração e na

disponibilidade de informações fornecidas pela Unidade em relação aos quantitativos

estimados de material de consumo, que deveriam ser as mais fidedignas possíveis, de

forma a propiciar a elaboração de propostas mais consistentes e menos onerosas por parte

dos licitantes.

14) O edital previu irregularmente como custo adicional o preposto? Atentar para a

diferenciação do encarregado e preposto. O primeiro tem seu custo individualizado na

planilha de custos; o custo do segundo deve estar suportado pelo BDI.

15) O preposto efetivamente está presente no órgão?

16) Os encarregados previstos estão efetivamente presentes no órgão?

RESPOSTA AOS ITENS:

A Unidade não previu a contratação de encarregado, uma vez que os serviços seriam

prestados em três estabelecimentos do IPHAN/GO, sendo que o máximo de serventes

alocados em uma localidade foram dois.

Quanto ao Preposto, esse não teve o custo individualizado na planilha e, segundo

informações prestadas por uma fiscal do contrato e pelas empregadas entrevistadas, na

sede da Superintendência em Goiânia, ele visita esse estabelecimento semanalmente. Em

relação aos outros dois estabelecimentos, situados nas cidades de Goiás e Pirenópolis, a

fiscal informou que a visita do Preposto é mensal.

17) Para a redução de 20% sobre o valor total dos contratos e instrumentos congêneres,

disposta no Decreto nº 8540, de 09 de outubro de 2015, quais as alterações a Unidade

pretende realizar no contrato de limpeza?

RESPOSTA:

Page 11: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 11

Instada a se manifestar, quando da ciência do Relatório Preliminar, sobre as providências

previstas e implementadas, em cumprimento ao Decreto nº 8540/2015, a Unidade não se

pronunciou.

18) No normativo que define o fiscal do contrato são detalhadas as atividades que

deverão ser desempenhadas pelo servidor designado?

19) A Unidade tem se utilizado da designação de fiscal técnico de contrato e fiscal

administrativo do contrato? Se sim, essa forma de designação de fiscal está sendo

considerada vantajosa pelo gestor?

RESPOSTA AOS ITENS:

Consta no Processo Licitatório e de Contratação a Portaria de designação de quatro

servidores, “para acompanhar e fiscalizar os serviços de limpeza, asseio e conservação

predial”, “constante do objeto do contrato 01/2016”, sem a diferenciação e definição das

atribuições de cada servidor em relação aos aspectos administrativos e técnicos. Assim, a

gestão do contrato permanece sob a responsabilidade da Superintendente do IPHAN/GO,

embora, informalmente, essa atribuição e a fiscalização administrativa do contrato seja

desempenhada pela Coordenadora Administrativa da Unidade, um dos quatro servidores

designados na Portaria.

##/Fato##

1.1.1.2 INFORMAÇÃO

Informações preliminares.

Fato

Através da Solicitação de Auditoria n° 201505379-001, de 16/12/2015, solicitou-se, à

Superintendência do IPHAN em Goiás, que disponibilizasse para exame, em relação aos

serviços contratados de limpeza e conservação, com a empresa NET PROJETOS

EIRELLI - EPP, CNPJ nº 06.308.467/0001-80, dentre outros documentos, o Processo

licitatório e de contratação, com os termos aditivos e demais documentos relativos a

alterações contratuais, se fosse o caso.

A Unidade Jurisdicionada disponibilizou o Processo n° 01516.002215/2014-21, aberto

em 09/10/2014, contendo os documentos relativos à licitação, do tipo “menor preço”,

realizada mediante o Pregão Eletrônico n° 06/2014, cuja sessão pública ocorreu em

19/12/2014. Consta, também, a documentação relativa à contratação, cujo Termo

Contratual nº 01/2015, datado de 26/01/2015, estabeleceu o pagamento do valor mensal

e anual de R$ 12.187,96 e R$ 146.255,52, respectivamente, à contratada, bem como o

prazo de vigência de 12 meses a partir da sua assinatura.

Tendo em vista que o início dos trabalhos de auditoria coincidiu com o término do prazo

de vigência do contrato firmado com a empresa NET PROJETOS EIRELLI – EPP, e uma

vez que a contratada não demonstrou interesse na sua prorrogação, obrigando a Unidade

a realizar nova licitação e contratação, houve necessidade de ampliação do escopo inicial

da presente auditoria, visando realizar todas as avaliações previstas em relação à aquisição

e execução do serviço de limpeza e conservação predial no âmbito da Unidade.

Page 12: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 12

Assim, mediante a Solicitação de Auditoria nº 201505379-002, de 23/03/2016, solicitou-

se, à Unidade, que disponibilizasse para exame o processo licitatório e da decorrente

contratação firmada com a empresa CLYAN TERCEIRIZAÇÕES – EPP, CNPJ nº

13.590.061/0001-06.

Foi disponibilizado o Processo n° 01516.001833/2015-35, aberto em 22/09/2015,

contendo os documentos relativos à licitação, do tipo “menor preço”, realizada mediante

o Pregão Eletrônico n° 05/2015, cuja sessão pública ocorreu em 10/11/2015; bem como

relativos à contratação, cujo Termo Contratual nº 01/2016, datado de 18/01/2016, prevê

o seguinte objeto:

“1.1. O objeto do presente instrumento é a contratação de serviços continuados de

Limpeza, Asseio e Conservação com fornecimento de mão de obra, materiais e

equipamentos para atuação na sede da Superintendência do IPHAN em Goiás/Goiânia,

Escritório Técnico I/Goiás-GO e Escritório Técnico II/Pirenópolis-GO, que serão

prestados nas condições estabelecidas no Termo de Referência, anexo do Edital.”

Cabe informar, ainda, que foi estabelecido, no Termo Contratual nº 01/2016, o pagamento

do valor mensal e anual de R$ 10.500,07 e R$ 126.000,89, respectivamente, à contratada,

bem como o prazo de vigência no período de 26/01/2016 a 27/01/2017.

##/Fato##

1.1.1.3 CONSTATAÇÃO

Falhas na elaboração da pesquisa de preços e na apuração dos custos estimativos

para licitação dos serviços de limpeza e conservação.

Fato

Inicialmente, cabem transcrever os seguintes dispositivos, da Instrução Normativa nº 5,

de 27/06/2014, em relação à realização de pesquisa de preços:

Art. 2º A pesquisa de preços será realizada mediante a utilização de um dos seguintes

parâmetros: (Alterado pela Instrução Normativa nº 7, de 29 de agosto de 2014)

I - Portal de Compras Governamentais - www.comprasgovernamentais.gov.br;

II - pesquisa publicada em mídia especializada, sítios eletrônicos especializados ou de

domínio amplo, desde que contenha a data e hora de acesso;

III - contratações similares de outros entes públicos, em execução ou concluídos nos 180

(cento e oitenta) dias anteriores à data da pesquisa de preços; ou

IV - pesquisa com os fornecedores.

§ 1º No caso do inciso I será admitida a pesquisa de um único preço. (Alterado pela

Instrução Normativa nº 7, de 29 de agosto de 2014)

§ 2º No âmbito de cada parâmetro, o resultado da pesquisa de preços será a média ou o

menor dos preços obtidos. (Alterado pela Instrução Normativa nº 7, de 29 de agosto de

2014)

Page 13: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 13

§ 3º A utilização de outro método para a obtenção do resultado da pesquisa de preços,

que não o disposto no § 2º, deverá ser devidamente justificada pela autoridade

competente.

§ 4º No caso do inciso IV, somente serão admitidos os preços cujas datas não se

diferenciem em mais de 180 (cento e oitenta) dias.

§ 5º Excepcionalmente, mediante justificativa da autoridade competente, será admitida

a pesquisa com menos de três preços ou fornecedores.

§ 6º Para a obtenção do resultado da pesquisa de preços, não poderão ser considerados

os preços inexequíveis ou os excessivamente elevados, conforme critérios fundamentados

e descritos no processo administrativo.

A IN SLTI/MPOG nº 02/2008 estabelece, também, em relação à apuração do custo

estimativo e aos limites referenciais que devem observados, o seguinte:

“Art. 15 O Projeto Básico ou Termo de Referência deverá conter:

(...)

XII - o custo estimado da contratação, o valor máximo global e mensal estabelecido em

decorrência da identificação dos elementos que compõem o preço dos serviços, definido

da seguinte forma:

a) por meio do preenchimento da planilha de custos e formação de preços, observados

os custos dos itens referentes ao serviço, podendo ser motivadamente dispensada

naquelas contratações em que a natureza do seu objeto torne inviável ou desnecessário

o detalhamento dos custos para aferição da exeqüibilidade dos preços praticados; e

b) por meio de fundamentada pesquisa dos preços praticados no mercado em

contratações similares; ou ainda por meio da adoção de valores constantes de

indicadores setoriais, tabelas de fabricantes, valores oficiais de referência, tarifas

públicas ou outros equivalentes, se for o caso.”

Art. 30. (...)

§ 2º Toda prorrogação de contratos será precedida da realização de pesquisas de preços

de mercado ou de preços contratados por outros órgãos e entidades da Administração

Pública, visando a assegurar a manutenção da contratação mais vantajosa para a

Administração.

Art. 30-A (...)

§ 2º (...)

III - no caso de serviços continuados de limpeza, conservação, higienização e de

vigilância, os valores de contratação ao longo do tempo e a cada prorrogação serão

iguais ou inferiores aos limites estabelecidos em ato normativo da Secretaria de Logística

e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão –

SLTI/MP.(Incluído pela Instrução Normativa nº 6, de 23 de dezembro de 2013)

Em análise do Processo n° 01516.001833/2015-35, relativo à licitação e contratação,

vigente, dos serviços de Limpeza e Conservação da Superintendência do IPHAN em

Goiás, verificou-se, às fls. 54, que a Unidade realizou a pesquisa de preços e definiu o

custo estimativo do serviço conforme consta do teor da “Justificativa de Preços”,

transcrita no recorte da figura a seguir:

Page 14: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 14

Apurando-se o valor mensal máximo que poderia ser pago pelo serviço, com base nos

limites referenciais estabelecidos na Portaria SLTI/MPOG n° 7, de 13/04/2015, obtém-se

os dados demonstrados a seguir:

QUADRO 01- APURAÇÃO DO VALOR MENSAL, COM BASE NO LIMITE MÁXIMO

REFERENCIAL.

Local

Área Interna Área Externa Área -Esquadrias

Valor

Total por

Local -

AxB -

(R$)

Área –

A1 (m²)

Preço

Mensal

Unitário

– B1

(R$/m²)

Área –A2

(m²)

Preço

Mensal

Unitário

– B2

(R$/m²)

Área

– A3

(m²)

Preço

Mensal

Unitário

– B3

(R$/m²)

Escritório Técnico em

Goiás 244,60 4,64 686,00 2,32 36,15 1,06 2.764,78

Escritório Técnico em

Pirenópolis 249,20 4,64 265,53 2,32 33,27 1,06 1.807,58

Superintendência do

IPHAN/GO em

Goiânia

979,66 4,64 1.180,34 2,32 295,92 1,06 7.597,69

Total 1.473,46 4,64 2.131,87 2,32 365,34 1,06 12.170,05

Fonte: Elaborado pela Equipe de Auditoria, com base em dados extraídos do quadro de áreas do Termo de

Referencia e da Portaria SLTI/MPOG n° 7, de 13/04/2015.

Diante do exposto, cabem tecer as seguintes considerações:

1 – Em relação à pesquisa de preços, consta do processo cópias de mensagens enviadas a

seis empresas, nas quais é solicitado: “(...) o fornecimento de orçamento com vistas a

formação de estimativa de custos para contratação de serviços de limpeza e conservação

Page 15: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 15

conforme Termo de Referência constante em anexo”. Embora a ausência de qualquer

menção em relação ao modelo e à necessidade de preenchimento de planilha orçamentária

dos custos, constam dois orçamentos, detalhados em planilhas, utilizados pela Unidade

na definição dos valores mensal e anual estimativos na licitação.

2 – Em se tratando de aquisição de serviço, com o fornecimento de materiais e

equipamentos para a sua execução, bem como de uniforme para a mão de obra, verificou-

se que a Unidade não promoveu uma pesquisa específica de preços desses itens, de forma

a balizar os preços dos componentes do item “Insumos” na planilha orçamentária de

custos do objeto licitado.

3 – A Unidade descumpriu a legislação ao não preencher e constar do processo a planilha

orçamentária dos custos apurados na definição do valor estimativo do serviço, com base

em adequada pesquisa de preços, acordos e convenções coletivas, e legislação relativa a

encargos e tributos, optando por pesquisar e considerar somente o custo global do serviço,

para a definição do valor estimativo que balizaria a sua licitação/contratação.

4 – A legislação pertinente não excepciona a utilização do valor do contrato de serviço

contínuo, em execução na própria Unidade, no cálculo do valor estimativo da nova

licitação. Até porque, conforme constam dos art. 30 e 30-A da IN SLTI/MPOG nº

02/2008, se tal valor estiver acima do preço médio pesquisado e do limite máximo

referencial estabelecido para a Administração, na ocasião, o contrato não poderá ser

prorrogado.

5 – Conforme demonstrado no Quadro 01, o valor mensal máximo estimativo e de

contratação do serviço não poderia ser superior a R$ 12.170,05. Dessa forma, a Unidade

desconsiderou que os valores utilizados no cálculo do valor médio estimativo, assim

como esse, não poderiam estar fora dos limites referenciais estabelecidos na Portaria -

SLTI/MPOG n° 7, de 13/04/2015.

6 – Os valores obtidos na pesquisa direta com fornecedores corroboram o motivo das

restrições existentes em relação à utilização desse parâmetro, tanto que a legislação o trata

como última opção de pesquisa. E ainda, com o agravante da Unidade se basear somente

em valores globais de dois orçamentos fornecidos e da contratação vigente para

estabelecer o valor médio estimativo da nova licitação, os quais deveriam ser descartados

por serem excessivamente elevados.

Portanto, verificou-se que a Unidade descumpriu os requisitos previstos na legislação

pertinente quando da realização da pesquisa de preços, por não se fundamentar em

informações detalhadas, consistentes e homogeneizadas, de objetos similares ao que foi

licitado, extraídas das diversas fontes previstas; por não preencher e constar do processo

a planilha orçamentária dos custos apurados na definição do valor estimativo do

serviço; por se basear somente nos valores globais dos dois orçamentos fornecidos e da

contratação vigente para estabelecer o valor médio estimativo da nova licitação; e por não

descartá-los, uma vez que eram superiores ao limite máximo referencial estabelecido para

o serviço.

##/Fato##

Causa

Page 16: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 16

Inadequação dos procedimentos utilizados nas pesquisas de preços e na apuração dos

preços estimativos da licitação.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201505379-Final-CGU, de 04/05/2016, a

Unidade, por intermédio do Ofício nº 176/2016/GAB/IPHAN-GO, de 17/05/2016,

manifestou o seguinte:

“Sobre a questão em tela cumpre informar que foram solicitados orçamentos a 06 (seis)

empresas distintas prestadora de serviços de limpeza e conservação, das quais tivemos o

retorno de apenas 02 (duas), cujos orçamentos se encontram anexados ao processo,

contudo, considerando a necessidade de prosseguir com a instrução processual, haja

vista o desinteresse da Empresa ora contratada, na continuidade da execução dos

serviços, foi utilizado na composição dos custos para estabelecer valor de referência o

preço praticado no contrato vigente, que havia sido objeto de análise pelo Setor

competente no âmbito do IPHAN, e tendo sido atendido os requisitos legais foi promovida

a repactuação devida, Portanto, se tratou de uma planilha analisada pela Administração,

encontrando-se atualizada e de acordo com a legislação vigente.

Neste contexto, e tendo em vista os valores de mercado obtidos, inadvertidamente

optamos por utilizar o valor do contrato em vigência, inclusive, esse fato serviu para

equalizar o valor de referência para pretensa contratação.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Considera-se que a manifestação da Unidade não abarca o fato constatado em sua

plenitude. Quanto ao argumento relativo ao número de orçamentos obtidos, reafirma-se

que a legislação pertinente não restringe as fontes de preços às pesquisas diretas com

fornecedores e que, com adequado planejamento na fase preparatória da licitação, poderia

ter sido ampliado o rol de pesquisa em relação às outras fontes previstas.

Dessa forma, reafirma-se que a Unidade descumpriu os requisitos previstos na legislação

pertinente quando da realização da pesquisa de preços, por não se fundamentar em

informações detalhadas, consistentes e homogeneizadas, de objetos similares ao que foi

licitado, extraídas das diversas fontes previstas; por não preencher e constar do processo

a planilha orçamentária dos custos apurados na definição do valor estimativo do serviço,

para aferição detalhada da exequibilidade dos preços praticados; por se basear somente

nos valores globais dos dois orçamentos fornecidos e da contratação vigente para

estabelecer o valor médio estimativo da nova licitação; e por não descartá-los, uma vez

que eram superiores ao limite máximo referencial estabelecido para o serviço.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Quando da realização da pesquisa de preços para definição do valor

estimativo para a licitação do serviço de limpeza e conservação, realizar levantamento e

utilizar dados consistentes e homogeneizados de objetos similares, extraídos das diversas

fontes previstas na legislação, abstendo-se de incluir, na apuração, os custos e o preço

global da contratação vigente, por falta de amparo legal e pela incompatibilidade de

Page 17: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 17

estarem, de forma simultânea, sendo aferidos para a prorrogação ou nova contratação e

servirem de parâmetros em relação aos valores praticados no mercado.

Recomendação 2: Preencher e constar do processo licitatório a planilha orçamentária dos

custos apurados na definição do valor estimativo do serviço de limpeza e conservação,

com base nos acordos e convenções coletivas, na legislação relativa aos encargos e

tributos previstos e em adequada pesquisa de preços, sobretudo, em relação aos insumos

estimados, como materiais e equipamentos, de forma a obter parâmetros objetivos,

detalhados e consistentes para análise e julgamento da proposta do licitante.

1.1.1.4 CONSTATAÇÃO

Falhas na fase preparatória da licitação, ao divulgar versão do edital e anexos

diferente da versão autorizada constante do processo, sem a devida retificação,

bem como nos procedimentos da fase de julgamento, ao permitir a existência de

dados divergentes na proposta vencedora.

Fato

A IN SLTI/MPOG nº 02/2008 estabelece os requisitos e os parâmetros gerais e

específicos, em relação à licitação do serviço de limpeza e conservação, a serem

observados na elaboração da proposta pelo licitante, bem como na sua análise por parte

da Comissão de Licitação. Dentre os dispositivos que tratam do assunto, cabem-se

destacar os seguintes:

“Art. 21. As propostas deverão ser apresentadas de forma clara e objetiva, em

conformidade com o instrumento convocatório, devendo conter todos os elementos que

influenciam no valor final da contratação, detalhando, quando for o caso:

I - os preços unitários, o valor mensal e o valor global da proposta, conforme o disposto

no instrumento convocatório;

II - os custos decorrentes da execução contratual, mediante o preenchimento do modelo

de planilha de custos e formação de preços estabelecido no instrumento convocatório;

Art. 29-A. A análise da exeqüibilidade de preços nos serviços continuados com dedicação

exclusiva da mão de obra do prestador deverá ser realizada com o auxílio da planilha

de custos e formação de preços, a ser preenchida pelo licitante em relação à sua proposta

final de preço. (Incluído pela Instrução Normativa nº 3, de 16 de outubro de 2009)

§ 1º O modelo de Planilha de custos e formação de preços previsto no anexo III desta

Instrução Normativa deverá ser adaptado às especificidades do serviço e às necessidades

do órgão ou entidade contratante, de modo a permitir a identificação de todos os custos

envolvidos na execução do serviço. (Incluído pela Instrução Normativa nº 3, de 16 de

outubro de 2009)

§ 2º Erros no preenchimento da Planilha não são motivo suficiente para a

desclassificação da proposta, quando a Planilha puder ser ajustada sem a necessidade

de majoração do preço ofertado, e desde que se comprove que este é suficiente para arcar

com todos os custos da contratação. (Incluído pela Instrução Normativa nº 3, de 16 de

outubro de 2009)

Art. 42. Deverão constar do Projeto Básico na contratação de serviços de limpeza e

conservação, além dos demais requisitos dispostos nesta IN:

Page 18: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 18

I - áreas internas, áreas externas, esquadrias externas e fachadas envidraçadas,

classificadas segundo as características dos serviços a serem executados, periodicidade,

turnos e jornada de trabalho necessários etc;

II - produtividade mínima a ser considerada para cada categoria profissional envolvida,

expressa em termos de área física por jornada de trabalho ou relação serventes por

encarregado; e

Parágrafo único. Os órgãos deverão utilizar as experiências e parâmetros aferidos e

resultantes de seus contratos anteriores para definir as produtividades da mão-de-obra,

em face das características das áreas a serem limpas, buscando sempre fatores

econômicos favoráveis à administração pública.

Art. 45. Nos casos em que a Área Física a ser contratada for menor que a estabelecida

para a produtividade mínima de referência estabelecida nesta IN, esta poderá ser

considerada para efeito da contratação.

Art. 48. Para cada tipo de Área Física deverá ser apresentado pelas proponentes o

respectivo Preço Mensal Unitário por Metro Quadrado, calculado com base na Planilha

de Custos e Formação de Preços, contida no Anexo III desta IN.

Parágrafo único. O preço do Homem-Mês deverá ser calculado para cada categoria

profissional, cada jornada de trabalho e nível de remuneração decorrente de adicionais

legais.

Assim, em exame do Processo nº 01516.001833/2015-35, relativo à licitação e

contratação, vigente, dos serviços de Limpeza e Conservação da Superintendência do

IPHAN em Goiás, no intuito de verificar a regularidade da proposta vencedora e da sua

análise pela Comissão Licitante, cabem transcrever os seguintes quadros que a compõem:

Page 19: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 19

A partir dos dados extraídos da proposta vencedora, pode-se estabelecer uma comparação

entre os custos ofertados pelo licitante vencedor e contratados e os custos efetivos que

constam da planilha orçamentária, conforme demonstrado nos quadros a seguir:

QUADRO 02– COMPARATIVO DOS CUSTOS CONTRATADOS E EFETIVOS.

Local

Custo

Compa

rado

Área Interna Área Externa Área - Esquadrias

Valor

Total por

Local -

AxB -

(R$) Área –

A1 (m²)

Preço

Mensal

Unitário

– B1

(R$/m²)

Área –

A2 (m²)

Preço

Mensal

Unitário

– B2

(R$/m²)

Área

– A3

(m²)

Preço

Mensal

Unitário –

B3 (R$/m²)

Escritório

Técnico em

Goiás

Custo

Efetivo

na

Planilha

244,60 3,94 686,00 1,96 36,15 0,90 2.343,81

Custo

Contrata

do

244,60 3,91 686,00 1,95 36,15 0,89 2.327,56

Escritório

Técnico em

Pirenópolis

Custo

Efetivo

na

Planilha

249,20 5,96 265,53 2,99 33,27 1,35 2.324,24

Custo

Contrata

do

249,20 3,87 265,53 1,94 33,27 0,88 1.509,01

Custo

Efetivo 979,66 2,98 1.180,34 1,49 295,92 0,68 4.883,78

Page 20: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 20

Superint. do

IPHAN/GO

em Goiânia

na

Planilha

Custo

Contrata

do

979,66 4,07 1.180,34 2,03 295,92 0,93 6.663,50

Total

Custo

Efetivo

na

Planilha

9.551,83

Custo

Contrata

do

10.500,07

Fonte: Elaborado pela Equipe de Auditoria, com base em dados extraídos da proposta vencedora.

QUADRO 03- VARIAÇÃO ENTRE OS CUSTOS CONTRATADOS E OS EFETIVOS.

Local Custo Comparado Preço Homem

Mês (R$)

Valor Total por

Local (R$)

Variação

(%)

Escritório Técnico em

Goiás

Custo Efetivo na Planilha 2.343,81 2.343,81 0,00

Custo Contratado 2.327,56 2.327,56 -0,69

Escritório Técnico em

Pirenópolis

Custo Efetivo na Planilha 2.324,24 2.324,24 0,00

Custo Contratado 1.509,01 1.509,01 -35,07

Superintendência do

IPHAN em Goiás

Custo Efetivo na Planilha 2.441,89 4.883,78 0,00

Custo Contratado 3.331,75 6.663,50 36,44

Total Custo Efetivo na Planilha - 9.551,83 0,00

Custo Contratado - 10.500,07 9,93

Fonte: Elaborado pela Equipe de Auditoria, com base em dados extraídos da proposta vencedora.

Diante do exposto, cabem tecer as seguintes considerações:

1 - Conforme consta do Art. 48 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, para cada tipo de área

física deverá ser apresentado pelo proponente, na licitação, o respectivo Preço Mensal

Unitário por m², calculado com base na Planilha de Custos e Formação de Preços, contida

no Anexo III da referida Instrução. Estando previsto, ainda, no Anexo III-F, conforme

redação dada pela Instrução Normativa nº 6, de 23/12/2013, como complemento da

planilha para os serviços de limpeza e conservação, os quadros demonstrativos de

apuração do Preço Mensal Unitário por m² e do Valor Mensal dos Serviços a serem

preenchidos.

2 – No entanto, a Unidade não inseriu o Anexo III-F no modelo da planilha constante do

Edital autorizado, que foi juntado ao processo licitatório, desconsiderando a necessidade

de informação e a correlação dos índices de produtividade, periodicidade, frequência e do

preço homem-mês, no cálculo do Preço Mensal Unitário por m², e desse preço e da área

física, no cálculo do Valor Mensal do Serviço.

Page 21: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 21

3 – Conforme consta do quadro transcrito da proposta vencedora, relativo às instalações

prediais da Superintendência do IPHAN/GO em Goiânia, o licitante apresentou, também,

as informações concernentes ao Anexo III-F para as outras duas localidades do

IPHAN/GO, embora desobrigado em decorrência do modelo de planilha estabelecido

pela Unidade, anexo ao Edital de Licitação autorizado, juntado ao processo.

4 – Porém, pode-se verificar a existência de divergência entre os custos da proposta

contratada e os custos efetivos demonstrados na planilha orçamentária, sobretudo em

relação ao Escritório Técnico de Pirenópolis, cujos custos contratados são inferiores em

35,07%, e à Superintendência do IPHAN/GO em Goiânia, cujos custos contratados são

superiores em 36,44% aos custos efetivos. Embora haja uma parte de custos compensada

entre as duas localidades, ainda se mantem uma diferença superior de 9,93% nos custos

totais contratados, conforme demonstrado nos quadros 02 e 03.

5 – Assim, caberia, à Comissão Licitante, solicitar as correções na proposta vencedora, a

partir do valor mensal ofertado, mediante a realização de uma sequência inversa dos

cálculos apresentados, de forma que o Preço do Homem Mês contratado coincidisse com

o constante da planilha orçamentária ajustada, de modo a permitir a identificação de todos

os custos envolvidos na execução do serviço, até a apuração da produtividade efetiva

ofertada.

Dessa forma, verificou-se a ocorrência de falhas na fase preparatória da licitação, ao

desconsiderar as informações que devem constar do conteúdo da proposta do licitante,

bem como na fase de julgamento da proposta, ao aceitá-la com as divergências

apresentadas, passíveis de correção, uma vez que envolvem custos, os quais podem

ocasionar distorções e vir a ser objeto de solicitação de alteração previsível, à época, e

indevida dos termos acordados.

##/Fato##

Causa

Desconsiderar a obrigatoriedade de promover a devida retificação dos atos que foram

autorizados pela autoridade competente e constam no processo licitatório, antes da

divulgação da versão alterada; bem como a observância dos requisitos e procedimentos

previstos na legislação pertinente para a análise e o julgamento da proposta pela Comissão

Licitante.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201505379-Final-CGU, de 04/05/2016, a

Unidade, por intermédio do Ofício nº 176/2016/GAB/IPHAN-GO, de 17/05/2016,

manifestou o seguinte:

“Relativo à questão apontada referente à ausência do anexo III –F esclareço que consta

o modelo que foi preenchido pelo licitante no anexo II, do Edital referente ao pregão

eletrônico 05/2015, conforme divulgado no site: www.comprasnet.gov.br.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Inicialmente, cabe informar que, no Processo 01516.001833/2015-35, às fls. 156, consta,

Page 22: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 22

anexo ao edital, o modelo de planilha orçamentária de custos que é finalizado pelo quadro

demonstrativo do valor global da proposta, sem os dados constantes do Anexo III-F,

conforme demonstrado no recorte da figura a seguir:

Assim, verifica-se a ocorrência de procedimento indevido, por parte da Unidade, em

divulgar uma versão do edital e anexos diferente da versão que foi autorizada pela

autoridade competente e juntada ao processo licitatório, sem constar justificativa e

autorização em relação às retificações realizadas.

Quanto à existência de divergência entre os custos da proposta contratada e os custos

efetivos demonstrados na planilha orçamentária, a Unidade não se pronunciou.

Dessa forma, considera-se a ocorrência de falhas na fase preparatória da licitação, ao

divulgar versão diferente do modelo de planilha orçamentária de custos, anexo ao edital,

que foi autorizado pela autoridade competente e consta no processo licitatório, sem a

promoção da devida retificação; bem como na fase de julgamento da proposta, ao aceitá-

la com as divergências de dados apresentadas, passíveis de correção, uma vez que

envolvem custos, os quais podem ocasionar distorções e vir a ser objeto de solicitação de

alteração previsível, à época, e indevida das condições acordadas.

. ##/AnaliseControleInterno##

Page 23: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 23

Recomendações:

Recomendação 1: Abster de divulgar, sem a devida retificação autorizada, versão do

edital e anexos diferente da versão que foi autorizada pela autoridade competente e consta

no processo licitatório.

Recomendação 2: Rever os procedimentos utilizados na análise da proposta do licitante,

na fase de julgamento relativa à licitação dos serviços de limpeza e conservação, de forma

a não permitir a existência de dados divergentes em relação aos custos efetivos,

demonstrados na planilha orçamentária, e os custos ofertados e contratados.

1.1.1.5 CONSTATAÇÃO

Falhas na fase de julgamento da proposta do licitante, ao não terem sido tomadas

as providências previstas na legislação pertinente, visando à comprovação da

exequibilidade dos preços da proposta vencedora.

Fato

A IN SLTI/MPOG nº 02/2008 estabelece os procedimentos para verificação da

exequibilidade da proposta do licitante, por parte da Comissão de Licitação. Dentre os

dispositivos que tratam do assunto, cabem-se destacar os seguintes:

Art. 29. Serão desclassificadas as propostas que:

(...)

IV - apresentarem preços que sejam manifestamente inexeqüíveis; e

V - não vierem a comprovar sua exeqüibilidade, em especial em relação ao preço e a

produtividade apresentada.

§ 1º Consideram-se preços manifestamente inexeqüíveis aqueles que, comprovadamente,

forem insuficientes para a cobertura dos custos decorrentes da contratação pretendida.

§ 2º A inexeqüibilidade dos valores referentes a itens isolados da planilha de custos,

desde que não contrariem instrumentos legais, não caracteriza motivo suficiente para a

desclassificação da proposta.

§ 3º Se houver indícios de inexeqüibilidade da proposta de preço, ou em caso da

necessidade de esclarecimentos complementares, poderá ser efetuada diligência, na

forma do § 3º do art. 43 da Lei nº 8.666/93, para efeito de comprovação de sua

exeqüibilidade, podendo adotar, dentre outros, os seguintes procedimentos:

I - questionamentos junto à proponente para a apresentação de justificativas e

comprovações em relação aos custos com indícios de inexeqüibilidade;

(...)

XIII - demais verificações que porventura se fizerem necessárias.

Cabe destacar, ainda, da Portaria SLTI/MP N° 7, de 13/04/2015, que dispõe sobre os

valores limites para contratação de serviços de limpeza e conservação, o seguinte

dispositivo:

Art. 6º Os valores mínimos visam garantir a exequibilidade da contratação, de modo que

as propostas com preços próximos ou inferiores ao mínimo deverão comprovar sua

Page 24: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 24

exequibilidade, de forma inequívoca, sob pena de desclassificação, sem prejuízo do

disposto nos § § 1o ao 5o do art. 29, da Instrução Normativa n° 2, de 30 de abril de 2008.

A partir dos dados extraídos do conteúdo da proposta vencedora, referente ao Processo nº

01516.001833/2015-35, podem-se apurar, em relação aos custos mínimos referenciais, os

percentuais de variação dos custos ofertados pelo licitante vencedor e contratados, dos

custos efetivos que constam da planilha orçamentária e dos custos máximos referenciais,

conforme demonstrado no quadro a seguir:

QUADRO 04- VARIAÇÃO ENTRE OS CUSTOS CONTRATADOS, EFETIVOS E REFERENCIAIS.

Local Custo Comparado

Preço

Homem Mês

(R$)

Valor Total por

Local - AxB (R$)

Variação

(%)

Escritório Técnico em

Goiás

Custo Mínimo Referencial 2.285,39 2.285,39 0,00%

Custo Contratado 2.327,56 2.327,56 1,84%

Custo Efetivo na Planilha 2.343,81 2.343,81 2,56%

Custo Máximo Referencial 2.764,78 2.764,78 20,98%

Escritório Técnico em

Pirenópolis

Custo Mínimo Referencial 1.493,20 1.493,20 0,00%

Custo Contratado 1.509,01 1.509,01 1,06%

Custo Máximo Referencial 1.807,58 1.807,58 21,05%

Custo Efetivo na Planilha 2.324,24 2.324,24 55,65%

Superintendência do

IPHAN em Goiás

Custo Efetivo na Planilha 2.441,89 4.883,78 -22,18%

Custo Mínimo Referencial 3.137,90 6.275,80 0,00%

Custo Contratado 3.331,75 6.663,50 6,18%

Custo Máximo Referencial 3.798,84 7.597,69 21,06%

Total

Custo Efetivo na Planilha - 9.551,83 -5,00%

Custo Mínimo Referencial - 10.054,39 0,00%

Custo Contratado - 10.500,07 4,43%

Custo Máximo Referencial - 12.170,05 21,04%

Fonte: Elaborado pela Equipe de Auditoria, com base em dados extraídos da proposta vencedora e da

Portaria SLTI/MPOG n° 7, de 13/04/2015.

Diante do exposto, cabem tecer as seguintes considerações:

1 – Verifica-se, no quadro demonstrativo, que a diferença dos percentuais de variação do

custo contratado e do custo mínimo referencial é muito pequena em relação a cada uma

das três localidades e ao seu conjunto. Assim, conforme previsto no Art. 6º da Portaria

SLTI/MP N° 7, de 13/04/2015, a Comissão Licitante deveria ter tomado as providências

Page 25: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 25

previstas no Art. 29 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008 visando à comprovação da

exequibilidade da proposta.

2 – Conforme tratado em item específico do presente relatório, a Unidade permitiu a

existência de divergência entre os custos da proposta contratada e os custos efetivos

demonstrados na planilha orçamentária, não solicitando a correção desta por parte do

proponente, uma vez que se tratava de erro sanável. Tal divergência depõe contra

exequibilidade da proposta, uma vez que, em relação ao Escritório Técnico de

Pirenópolis, os custos contratados são inferiores aos custos efetivos em 35%, embora essa

diferença possa ser compensada em relação à Superintendência do IPHAN/GO em

Goiânia, cujos custos contratados são superiores aos custos efetivos em 36,44%.

Impondo, assim, um difícil controle em relação à compensação de receitas e despesas por

parte da contratada, entre as duas localidades, na execução contratual, tendo em vista que

o total dos custos contratados em relação ao total dos custos efetivos corresponde a uma

margem excedente de apenas 9,43%.

3 – Assim, embora o percentual de variação do total dos custos contratados em relação

ao total dos custos efetivos seja superior em 9,43%, relativamente ao total dos custos

mínimos referenciais, é superior apenas em 4,43%. Ressaltando-se que o percentual de

variação do total dos custos efetivos, em relação ao total dos custos mínimos referenciais,

chega a ser inferior em 5%. Com isso, expõe-se uma situação de risco, levando-se em

conta que se inclui, no objeto contratual, o fornecimento de materiais e equipamentos para

a execução dos serviços, que envolvem custos variáveis e quantitativos cujas estimativas

são de responsabilidade da contratada. Além do fornecimento de materiais de higiene

pessoal, cuja inclusão é considerada indevida, uma vez que o consumo é inerente a

usuários e extrapola o controle da contratada, conforme tratado em item específico do

presente relatório.

Dessa forma, verificou-se a ocorrência de falhas na fase de julgamento da proposta do

licitante, ao não terem sido tomadas as providências previstas na legislação pertinente,

visando à comprovação da exequibilidade da proposta vencedora, uma vez que as

divergências dos custos contratados em relação aos custos efetivos e a diferença pequena

em relação aos custos mínimos referenciais expõem uma situação de risco em relação ao

cumprimento das obrigações assumidas pela contratada.

##/Fato##

Causa

Desconsiderar os requisitos e parâmetros que devem ser observados pelo licitante na

elaboração da sua proposta para execução do serviço de limpeza e conservação, bem

como os procedimentos que devem ser empregados visando à comprovação da sua

exequibilidade.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201505379-Final-CGU, de 04/05/2016, a

Unidade, por intermédio do Ofício nº 176/2016/GAB/IPHAN-GO, de 17/05/2016,

manifestou o seguinte:

"”Foi realizada a análise da proposta de preços apresentada no Pregão Eletrônico nº.

Page 26: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 26

05/2015, para contratação dos serviços de limpeza e conservação para o IPHAN-GO,

tendo como base as normas estabelecidas pela IN nº.02/2008 e atualizações para os

serviços, a Convenção Coletiva e de Trabalho –CCT e o julgamento em conformidade

com o estabelecido no Edital de Pregão.

A metodologia de julgamento da proposta foi realizado nos exatos termos estabelecido

pelo Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão.

Art. 46. O Anexo V desta IN traz uma metodologia de referência para a contratação

de serviços de limpeza e conservação, compatíveis com a produtividade de

referência estabelecida nesta IN, podendo ser adaptadas às especificidades da

demanda de cada órgão ou entidade contratante.

Art. 47. O órgão contratante poderá adotar Produtividades diferenciadas das

estabelecidas nesta Instrução Normativa, desde que devidamente justificadas,

representem alteração da metodologia de referência prevista no anexo V e sejam

aprovadas pela autoridade competente.

Art. 48. Para cada tipo de Área Física deverá ser apresentado pelas proponentes o

respectivo Preço Mensal Unitário por Metro Quadrado, calculado com base na

Planilha de Custos e Formação de Preços, contida no Anexo III desta IN.

Parágrafo único. O preço do Homem-Mês deverá ser calculado para cada

categoria profissional, cada jornada de trabalho e nível de remuneração decorrente

de adicionais legais.

Determina a IN nº 02/2008 e atualizações, que se realize a contratação dos serviços com

base na área a ser limpa.

Art. 43. Os serviços serão contratados com base na Área Física a ser limpa,

estabelecendo-se uma estimativa do custo por metro quadrado, observadas a

peculiaridade, a produtividade, a periodicidade e a freqüência de cada tipo de

serviço e das condições do local objeto da contratação.

Parágrafo único. Os órgãos deverão utilizar as experiências e parâmetros aferidos

e resultantes de seus contratos anteriores para definir as produtividades da mão-

de-obra, em face das características das áreas a serem limpas, buscando sempre

fatores econômicos favoráveis à administração pública.

No caso em questão tratava-se de licitação com critério de julgamento de menor preço

global para o item, conforme item 13.2 do Edital.

13.2 O critério julgamento adotado será o MENOR PREÇO GLOBAL da

proposta, observadas as exigências contidas neste Edital e seus Anexos quanto às

especificações do objeto.

Não houve na proposta apresentada, qualquer indício de inexequibilidade que

motivassem a realização de diligência. A proposta estava de acordo com a metodologia

de referência para os serviços, a planilha de custo e formação de preços que serviu como

base para aferição do valor do m², não apresentava preços unitários considerados

Page 27: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 27

irrisórios ou de valor zero, apresentava todas as condições estabelecidas no Edital. Neste

mesmo sentido, os valores aferidos no cálculo de produtividade estavam nos limites

estabelecidos para o Estado de Goiás, para os serviços de limpeza e conservação. Além

de a proposta não apresentar indícios de inexequibilidade, mostrou-se compatíveis com

as demais propostas registradas no pregão, conforme pode ser observado na fase de

lances e pela ordem de classificação.

Alertamos que a contratação foi única, com uma única proposta de preços, para um único

item, o julgamento foi realizado considerando o serviço de limpeza e conservação, para

uma determinada área física a ser limpa.

Em leitura a solicitação de auditoria, conclui-se que à análise foi realizada considerando

áreas físicas separadas e fazendo um conta reversa com valor de posto de serviços, o que

não se aplica a presente contratação, por não ser este o método de referência utilizado

para determinação de proposta dessa natureza, nos termos da IN nº. 02/2008.

Diante do exposto, concluímos que a proposta de preços apresentada atendeu as

condições estabelecidas no Edital, não havendo qualquer erro no seu julgamento, que foi

realizado de acordo com as condições estabelecidas no Edital em observância a

legislação e orientações que regem a matéria.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Inicialmente, cabe transcrever do Termo de Referência, anexo ao Edital, os seguintes

dispositivos:

“2.4. A Licitação foi dividida em itens, visto que há diferença nos encargos à contratada,

dependendo do local de execução do serviço (Goiânia, Goiás e Pirenópolis), mas

reunidos em um único grupo, já que a descrição dos serviços é idêntica e os itens

correspondem a um mesmo ramo de atividade comercial dos possíveis licitantes.

5.1. Em conformidade com o Art. 44 da IN n° 02, de 30 de abril de 2008 SLTI - MPOG,

a produtividade a ser considerada, será: Produtividade por m2, conforme tabela

constante abaixo.”

Page 28: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 28

Cabe, também, destacar os seguintes itens do Edital:

“6.4.1.1. No preço cotado deverão estar incluídos todos os custos decorrentes da

execução contratual, tais como, despesas com impostos, taxas, frete, seguros e quaisquer

outros que incidam na contratação do objeto, apurados mediante o preenchimento do

modelo de Planilha de Custos e Formação de Preços, conforme anexo deste Edital;

(...)

6.4.2. A proposta será elaborada conforme o modelo fornecido, Anexo II, podendo ser

alterado para melhor atender às especificidades de cada empresa.

(...)

13.10. Será desclassificada a proposta final que:

(...)

13.10.4. Apresentar preços manifestamente inexequíveis, assim considerados aqueles

que, comprovadamente, forem insuficientes para a cobertura dos custos decorrentes da

contratação pretendida;

(...)

13.10.5. Não vierem a comprovar sua exequibüidade, em especial em relação ao preço e

à produtividade apresentada.”

Em análise da manifestação da Unidade, cabem tecer as seguintes considerações:

1 – Conforme demonstrado nos dispositivos do Termo de Referência, está explícito que

o objeto licitado é divisível, possui unidades físicas autônomas, em edificações distintas,

Page 29: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 29

localizadas em 3 diferentes cidades, e que, embora a Unidade auditada tenha optado por

definir o tipo de licitação por “Menor Preço” e o critério de julgamento pelo valor

“Global”, “há diferença nos encargos à contratada”, conforme mencionado pela

Unidade. O que impôs a oferta, pelo licitante vencedor, de valores diferenciados em

relação ao Preço Homem Mês para cada localidade, ou seja, apurados conforme as três

planilhas orçamentárias de custo apresentadas.

2 – Portanto, há equívoco, por parte da Unidade, ao afirmar que: “...a contratação foi

única, com uma única proposta de preços, para um único item, o julgamento foi realizado

considerando o serviço de limpeza e conservação, para uma determinada área física a

ser limpa”. Assim como houve falha ao não prever e estabelecer, no edital, que o licitante

deveria apresentar uma planilha orçamentária de custo para cada localidade, em face de

peculiaridades como custos indiretos, de tributos municipais e transportes de materiais e

empregados. Uma vez que o detalhamento dos custos visa, certamente, aferir se a

proposta é exequível, o que seria impraticável se o orçamento fosse consolidado em uma

única planilha, para um objeto que abrange três localidades no Estado, com mão de obra

distintas.

3 – Dessa forma, se o licitante, em relação à localidade de Pirenópolis, demonstra na

planilha orçamentária de custos que o Preço Homem Mês será de R$ 2.324,24, mas oferta

um preço final de R$ 1.509,01, enquanto que o preço mínimo referencial é de R$

1.493,20, caberia, à Comissão Julgadora, solicitar ao licitante o ajuste da planilha

orçamentária em relação ao preço ofertado de R$ 1.509,01, assim como a comprovação

da exequibilidade da proposta em relação a essa localidade, em consonância com Art. 6º

da Portaria SLTI/MP N° 7, de 13/04/2015, tendo em vista que a diferença do preço

ofertado para o mínimo referencial é de apenas 1,06%. Da mesma forma, em relação à

localidade de Goiás, uma vez que essa diferença é de apenas 1,84%.

4 – Assim, como também, o licitante deveria comprovar a exequibilidade do valor global

ofertado, uma vez que a diferença para o valor total mínimo referencial é de apenas

4,43%, considerando que se inclui, no objeto contratual, o fornecimento de materiais e

equipamentos para a execução dos serviços, que envolvem custos variáveis e

quantitativos cujas estimativas são de responsabilidade da contratada. Tendo, ainda, como

agravante o fornecimento de materiais de higiene pessoal, cuja inclusão é considerada

indevida, por não serem atinentes ao serviço de limpeza e conservação, e pelo fato do

consumo ser inerente a usuários e extrapolar o controle da contratada; levando-se em

conta, ainda, que os custos correspondentes não são computados nos valores referenciais

que balizam os preços para a contratação do serviço.

Portanto, reafirma-se a ocorrência de falhas na fase de julgamento da proposta do

licitante, ao não terem sido tomadas as providências previstas na legislação pertinente,

visando à comprovação da exequibilidade da proposta vencedora, uma vez que as

divergências dos custos contratados em relação aos custos efetivos e a diferença pequena

em relação aos custos mínimos referenciais expõem uma situação de risco em relação ao

cumprimento das obrigações assumidas pela contratada.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Prever a apresentação da planilha orçamentária de custos para cada

unidade autônoma, com mão de obra distinta, situada em cidade diversa, no edital de

licitação do serviço de limpeza e conservação, embora com critério de julgamento da

proposta pelo valor "Global".

Page 30: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 30

Recomendação 2: Rever os procedimentos de análise da proposta do licitante, para

execução do serviço de limpeza e conservação, de forma a verificar o atendimento aos

requisitos e parâmetros previstos, na legislação pertinente, bem como à comprovação da

exequibilidade da proposta, sobretudo, quando o valor ofertado estiver próximo do limite

mínimo referencial e houver divergência com o total dos custos efetivos, demonstrados

na planilha orçamentária.

1.1.1.6 CONSTATAÇÃO

Oferta de produtividades diferenciadas em relação às referenciais, as quais foram

aceitas com divergências na proposta vencedora e no termo contratual, bem como

sem as devidas comprovações das suas exequibilidades.

Fato

A IN SLTI/MPOG nº 02/2008 estabelece os requisitos e os parâmetros gerais e

específicos, em relação à contratação e execução dos serviços de limpeza e conservação,

que devem ser observados no tocante aos índices de produtividade. Dos dispositivos que

tratam do assunto, cabem destacar os seguintes:

Art. 21. As propostas deverão ser apresentadas de forma clara e objetiva, em

conformidade com o instrumento convocatório, devendo conter todos os elementos que

influenciam no valor final da contratação, detalhando, quando for o caso:

(...)

IV - produtividade adotada, e se esta for diferente daquela utilizada pela Administração

como referência, mas admitida pelo instrumento convocatório, a respectiva

comprovação de exeqüibilidade;

Art. 22. Quando permitido no edital, e de acordo com as regras previstas nesta Instrução

Normativa, os licitantes poderão apresentar produtividades diferenciadas daquela

estabelecida no ato convocatório como referência, desde que não alterem o objeto da

contratação, não contrariem dispositivos legais vigentes e apresentem justificativa,

devendo comprová-las por meio de provas objetivas, tais como:

I - relatórios técnicos elaborados por profissional devidamente registrado nas entidades

profissionais competentes compatíveis com o objeto da contratação;

II - manual de fabricante que evidencie, de forma inequívoca, capacidade operacional e

produtividade dos equipamentos utilizados;

III - atestado do fabricante ou de qualquer órgão técnico que evidencie o rendimento e a

produtividade de produtos ou serviços; e

IV - atestados detalhados fornecidos por pessoa jurídica de direito público ou privado

que venham a comprovar e exeqüibilidade da produtividade apresentada.

(...)

Art. 29. Serão desclassificadas as propostas que:

(...)

IV - apresentarem preços que sejam manifestamente inexeqüíveis; e

V - não vierem a comprovar sua exeqüibilidade, em especial em relação ao preço e a

produtividade apresentada.

(...)

Art. 42. Deverão constar do Projeto Básico na contratação de serviços de limpeza e

conservação, além dos demais requisitos dispostos nesta IN:

Page 31: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 31

I - áreas internas, áreas externas, esquadrias externas e fachadas envidraçadas,

classificadas segundo as características dos serviços a serem executados, periodicidade,

turnos e jornada de trabalho necessários etc;

II - produtividade mínima a ser considerada para cada categoria profissional envolvida,

expressa em termos de área física por jornada de trabalho ou relação serventes por

encarregado; e

Parágrafo único. Os órgãos deverão utilizar as experiências e parâmetros aferidos e

resultantes de seus contratos anteriores para definir as produtividades da mão-de-obra,

em face das características das áreas a serem limpas, buscando sempre fatores

econômicos favoráveis à administração pública.

(...)

“Art. 44. Nas condições usuais serão adotados índices de produtividade por servente em

jornada de oito horas diárias, não inferiores a:

I - áreas internas: (Redação dada pela Instrução Normativa nº 3, de 16 de outubro de

2009)

(...)

b) Pisos frios: 600 m²; (Incluído pela Instrução Normativa nº 3, de 16 de outubro de

2009)

(...)

II - áreas externas: (Redação dada pela Instrução Normativa nº 3, de 16 de outubro de

2009)

a) Pisos pavimentados adjacentes/contíguos às edificações: 1200 m²; (Incluído pela

Instrução Normativa nº 3, de 16 de outubro de 2009)

(...)

III - esquadrias externas: (Redação dada pela Instrução Normativa nº 3, de 16 de outubro

de 2009)

(...)

b) face externa sem exposição a situação de risco: 220 m²; e (Incluído pela Instrução

Normativa nº 3, de 16 de outubro de 2009)”

(...)

Art. 45. Nos casos em que a Área Física a ser contratada for menor que a estabelecida

para a produtividade mínima de referência estabelecida nesta IN, esta poderá ser

considerada para efeito da contratação.

Art. 46. O Anexo V desta IN traz uma metodologia de referência para a contratação de

serviços de limpeza e conservação, compatíveis com a produtividade de referência

estabelecida nesta IN, podendo ser adaptadas às especificidades da demanda de cada

órgão ou entidade contratante.

Art. 47. O órgão contratante poderá adotar Produtividades diferenciadas das

estabelecidas nesta Instrução Normativa, desde que devidamente justificadas,

representem alteração da metodologia de referência prevista no anexo V e sejam

aprovadas pela autoridade competente.

Assim, em análise da proposta vencedora, referente ao Processo nº 01516.001833/2015-

35, no intuito de verificar a produtividade adotada e os cálculos correspondentes, cabe

transcrever os seguintes quadros demonstrativos que a compõem:

Page 32: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 32

A partir dos dados extraídos do conteúdo da proposta vencedora, em relação à

Superintendência do IPHAN/GO em Goiânia e aos Escritórios Técnicos de Goiás e

Pirenópolis, pode-se estabelecer uma comparação entre a produtividade mínima

estabelecida pela IN SLTI/MPOG nº 02/2008, utilizada nos cálculos para a obtenção do

Preço Unitário Mensal por m², com base nos custos efetivos que constam da planilha

orçamentária, e a produtividade derivada dos custos contratados, calculada de forma

inversa, conforme demonstrado nos quadros a seguir:

QUADRO 05 - COMPARATIVO DOS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE RELATIVOS AOS CUSTOS

EFETIVOS E AOS CUSTOS CONTRATADOS - ESCRITÓRIO TÉCNICO DE GOIÁS.

ÁREA INTERNA

Custo

Comparado

(axb) Preço

mensal unitário

por m² (R$/m²)

(b) Preço

homem-mês

(R$)

(a)

Produtividade

(1/m²)

Índice de

Produtividade

(m²)

Variação

(%)

Custo Efetivo 3,91 2.343,81 0,001666667 600 0,00

Custo Contratado 3,91 2.327,56 0,001679871 595 -0,83

ÁREA EXTERNA

Custo

Comparado

(axb) Preço

mensal unitário

por m² (R$/m²)

(b) Preço

homem-mês

(R$)

(a)

Produtividade

(1/m²)

Índice de

Produtividade

(m²)

Variação

(%)

Custo Efetivo 1,95 2.343,81 0,000833333 1200 0,00

Custo Contratado 1,95 2.327,56 0,000837787 1194 -0,50

Page 33: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 33

ESQUADRIAS

Custo

(f=dxe)

Preço

mensal

unitário

por m²

(R$/m²)

(e)

Preço

homem-

mês

(R$)

(d=axbxc)

K

(c) Jornada

de trabalho

no mês

(horas)

(b)

Freq.

no

mês

(h)

(a)

Produt.

(1/m²)

Índice

de

Prod.

(m²)

Variação

(%)

Custo

Efetivo 0,89 2.343,81 0,0003799 0,00522466 16 0,0045454 220 0,00

Custo

Contratado 0,89 2.327,56 0,0003823 0,00522466 16 0,0045741 219 -0,45

Fonte: Elaborado pela Equipe de Auditoria, com base em dados da proposta vencedora.

QUADRO 06 - COMPARATIVO DOS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE RELATIVOS AOS CUSTOS

EFETIVOS E AOS CUSTOS CONTRATADOS - ESCRITÓRIO TÉCNICO DE PIRENÓPOLIS.

ÁREA INTERNA

Custo

Comparado

(axb) Preço

mensal unitário

por m² (R$/m²)

(b) Preço

homem-mês

(R$)

(a)

Produtividade

(1/m²)

Índice de

Produtividade

(m²)

Variação

(%)

Custo Efetivo 3,87 2.324,24 0,001666667 600 0,00

Custo Contratado 3,87 1.509,01 0,002564595 390 -35,00

ÁREA EXTERNA

Custo

Comparado

(axb) Preço

mensal unitário

por m² (R$/m²)

(b) Preço

homem-mês

(R$)

(a)

Produtividade

(1/m²)

Índice de

Produtividade

(m²)

Variação

(%)

Custo Efetivo 1,94 2.324,24 0,000833333 1200 0,00

Custo Contratado 1,94 1.509,01 0,001285611 778 -35,00

ESQUADRIAS

Custo

(f=dxe)

Preço

mensal

unitário

por m²

(R$/m²)

(e)

Preço

homem-

mês

(R$)

(d=axbxc)

K

(c) Jornada

de trabalho

no mês

(horas)

(b)

Freq.

no

mês

(h)

(a)

Produt.

(1/m²)

Índice

de

Prod.

(m²)

Variação

(%)

Custo

Efetivo 0,88 2.324,24 0,0003799 0,00522466 16 0,0045454 220 0,00

Custo

Contratado 0,88 1.509,01 0,0005831 0,00522466 16 0,0069760 143 -35,00

Fonte: Elaborado pela Equipe de Auditoria, com base em dados da proposta vencedora.

QUADRO 07 - COMPARATIVO DOS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE RELATIVOS AOS CUSTOS

EFETIVOS E AOS CUSTOS CONTRATADOS - SUPERINTENDÊNCIA DO IPHAN/GO EM

GOIÂNIA.

ÁREA INTERNA

Custo

Comparado

(axb) Preço

mensal unitário

por m² (R$/m²)

(b) Preço

homem-mês

(R$)

(a)

Produtividade

(1/m²)

Índice de

Produtividade

(m²)

Variação

(%)

Custo Efetivo 4,07 2.441,89 0,001666667 600 0,00

Page 34: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 34

Custo Contratado 4,07 3.331,75 0,001221580 819 36,50

ÁREA EXTERNA

Custo

Comparado

(axb) Preço

mensal unitário

por m² (R$/m²)

(b) Preço

homem-mês

(R$)

(a)

Produtividade

(1/m²)

Índice de

Produtividade

(m²)

Variação

(%)

Custo Efetivo 2,03 2.441,89 0,000833333 1200 0,00

Custo Contratado 2,03 3.331,75 0,000609289 1641 36,75

ESQUADRIAS

Custo

(f=dxe)

Preço

mensal

unitário

por m²

(R$/m²)

(e)

Preço

homem-

mês

(R$)

(d=axbxc)

K

(c) Jornada

de trabalho

no mês

(horas)

(b)

Freq.

no

mês

(h)

(a)

Produt.

(1/m²)

Índice

de

Prod.

(m²)

Variação

(%)

Custo

Efetivo 0,93 2.441,89 0,0003799 0,00522466 16 0,0045454 220 0,00

Custo

Contratado 0,93 3.331,75 0,0002791 0,00522466 16 0,0033391 299 35,90

Fonte: Elaborado pela Equipe de Auditoria, com base em dados da proposta vencedora.

Salienta-se, ainda, em relação à produtividade, que constou do termo contratual firmado,

em seu item 1.3, o quadro demonstrado no recorte da figura a seguir:

Diante do exposto, cabem tecer as seguintes considerações:

Page 35: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 35

1 – Conforme disposto no Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, os

órgãos deverão utilizar as experiências e parâmetros aferidos e resultantes de seus

contratos anteriores para definir as produtividades da mão-de-obra, em face das

características das áreas a serem limpas, buscando sempre fatores econômicos favoráveis

à administração pública. Assim como dispõe o Art. 45, que nos casos em que a Área

Física a ser contratada for menor que a estabelecida para a produtividade mínima de

referência estabelecida na Instrução, esta poderá ser considerada para efeito da

contratação.

2 – Dessa forma, embora a legislação restrinja a utilização de postos de trabalho como

unidade de medida para contratação de serviços contínuos, a Unidade foi omissa ao não

prever, no Termo de Referência, que a produtividade adotada poderia ser inferior à

mínima referencial, em consonância com o citado Art. 45, de forma a possibilitar a

contratação de um servente para a localidade cuja soma das áreas físicas fosse menor que

a soma das produtividades referenciais, uma vez que a carga horária correspondente deve

ser de 8 horas diárias.

3 – Saliente-se, ainda, que não obstante a proposta contratada tenha informado a

produtividade referencial no cálculo do Preço Mensal Unitário por m², com base nos

custos efetivos demonstrados na planilha orçamentária, a produtividade efetiva contratada

dificilmente é coincidente com a referencial, devido à diferenciação entre o tamanho da

área física existente e a área que serve de parâmetro, bem como dado aos

arredondamentos nos cálculos para definir o número de postos de trabalho.

4 - Assim, enquanto que, para o Escritório Técnico de Pirenópolis, o índice relativo ao

número de serventes foi arredondado para mais, de 0,65 para 1, o percentual de variação

da produtividade efetiva contratada, em relação à produtividade referencial, e do preço

homem mês contratado, em relação ao preço homem mês do custo efetivo demonstrado

na planilha, manteve-se inferior em 35%. E, em sentido inverso, enquanto que, para a

Superintendência do IPHAN/GO em Goiânia, o índice relativo ao número de serventes

foi arredondado para menos, de 2,67 para 2, o percentual de variação da produtividade

efetiva contratada, em relação à produtividade referencial, e do preço homem mês

contratado, em relação ao preço homem mês do custo efetivo demonstrado na planilha,

manteve-se superior em 36%.

5 – Portanto, verifica-se, em relação ao Escritório Técnico de Pirenópolis, que as

incongruências indicadas na proposta foram ocasionadas pela omissão, no Termo de

Referência, no tocante ao tratamento que deveria ser dado à localidade cuja soma das

áreas físicas fosse menor que a soma das produtividades referenciais. E, em relação à

Superintendência do IPHAN/GO em Goiânia, as incongruências indicadas foram

ocasionadas pela necessidade de compensação da parte dos custos efetivos não

computados no tocante ao Escritório Técnico de Pirenópolis.

6 – Assim, a produtividade efetiva contratada não é a que foi demonstrada na proposta

vencedora, nem a que consta do termo contratual firmado. E que, embora a IN

SLTI/MPOG nº 02/2008, no Art. 45, possibilite a redução da produtividade em relação

limite mínimo referencial, como foi no caso do Escritório Técnico de Pirenópolis, caberia

à licitante vencedora comprovar a exequibilidade da produtividade efetiva ofertada em

relação à Superintendência em Goiânia, superior em 36% à produtividade referencial,

uma vez que não houve previsão, nem manifestação posterior da Unidade sobre a questão,

Page 36: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 36

nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008. Salientando-

se, ainda, que, em relação a essa localidade, houve uma redução de três para dois

serventes, no tocante à contratação anterior.

Dessa forma, verificou-se a ocorrência de falha na fase preparatória da licitação, ao não

prever, no Termo de Referência, o tratamento que deveria ser dado à localidade cuja soma

das áreas físicas fosse menor que a soma das produtividades referenciais, bem como na

fase de julgamento da licitação, ao não solicitar as correções na proposta vencedora, a

partir do valor mensal ofertado, mediante a realização de uma sequência inversa dos

cálculos apresentados, de forma que o Preço do Homem Mês contratado coincidisse com

o constante da planilha orçamentária ajustada, de modo a permitir a identificação de todos

os custos envolvidos na execução do serviço, até a apuração da produtividade efetiva

ofertada. E, ainda, de não requerer, à licitante, a comprovação da exequibilidade da

produtividade efetiva ofertada em relação à Superintendência em Goiânia, superior em

36% à produtividade referencial.

##/Fato##

Causa

Desconsiderar a necessidade de prever e disciplinar a oferta de produtividade diferenciada

pelo licitante.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201505379-Final-CGU, de 04/05/2016, a

Unidade, por intermédio do Ofício nº 176/2016/GAB/IPHAN-GO, de 17/05/2016,

manifestou o seguinte:

“Informo que realizamos a análise da planilha de custo para a contratação dos serviços

de limpeza para o IPHAN-GO, mediante os seguintes parâmetros:

Nos moldes estabelecidos na IN nº 02/2008 e atualizações, foi elaborada planilha de

custo e formação de preços para o posto de servente. A análise da planilha apresentada

pela Empresa pautou-se, na legislação pertinente e na Convenção Coletiva de Trabalho

2015/2017 do SINDICATO DOS EMPREGADOS DE EMPRESAS DE ASSEIO

Page 37: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 37

CONSERV LIMP PUB E AMBIENT E COL LIXO SIM EST GOIAS e SINDICATO DAS

EMPRESAS DE ASSEIO , CONSERVAÇÃO, LIMPEZA URBANA E TERCEIRIZAÇÃO

DE MAO DE OBRA DO ESTADO DE GOIAS SEACGO – NÚMERO DE RESGISTRO

NO MTE: GO000146/2015.

A planilha de custo e formação de preços dos serventes é utilizada para aferição do preço

mensal por metro quadrado, conforme estabelecido o art. 48 da IN nº 02/2008.

Art. 48. Para cada tipo de Área Física deverá ser apresentado pelas proponentes o

respectivo Preço Mensal Unitário por Metro Quadrado, calculado com base na Planilha

de Custos e Formação de Preços, contida no Anexo III desta IN.

A planilha de custo apresentada pela Empresa e aceito pelo Pregoeiro, constava todos

os custos necessário à realização dos serviços.

Na proposta apresentada pela Empresa, os seguintes valores mensais foram aferidos por

meio a planilha de custo e formação de preço para os serviços.

Ocorre que os serviços objeto do pregão, são contratados com base na Área Física a ser

limpa, estabelecendo-se uma estimativa de custo por metro quadrado, observadas a

peculiaridade, a produtividade, a periodicidade e a frequência de cada tipo de serviço e

das condições do local, objeto da contratação. Não se tratando de uma contratação por

posto de serviços.

Desta forma, em conformidade com o entendimento de que os valores mensais do

contrato consideram a área física a ser limpa, apurou-se o seguinte custo mensal para a

contratação, com base na fórmula de produtividade estabelecido no Anexo III-F, da IN

nº. 02/2008 e atualizações.

Page 38: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 38

Page 39: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 39

Page 40: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 40

Informamos que os valores aferidos na análise realizada pelo cálculo de produtividade,

como preço mensal unitário (R$/M²), para os tipos de áreas, estavam dentro dos limites

pelo MPOG, por meio da Portaria nº. 07/2015, não havendo qualquer indício de

inexequibilidade da proposta.

Page 41: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 41

Conclui-se que os valores da proposta de preço, devem ser apresentados pela relação da

área física a ser limpa e do valor R$/M², não podendo ser utilizado o valor do posto de

serviços como valor efetivo para a contratação, este é utilizado como base para a

aferição do R$/M².

O valor mensal dos serviços para a Superintendência do IPHAN em Goiânia, não se

apresentam qualquer erro de cálculo ou majoração de preço. O valor do metro quadrado

esta dentro dos limites estabelecidos pelo MPOG, conforme já demonstrado neste

relatório.

Por fim, informo que toda a análise da planilha considerou as limites e formulas

estabelecida na IN nº 02/2008 e orientações do Caderno de Logística – Guia de

Orientação sobre os aspectos gerais na contratação de serviços de limpeza, asseio e

conservação no âmbito da Administração Pública Federal Direta, Autárquica e

Fundacional, nos termos da Instrução Normativa nº 02, de 30 de abril de 2008, e

alterações posteriores.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Em análise da manifestação da Unidade, cabem tecer as seguintes considerações:

1 – Inicialmente, vale esclarecer que a Unidade, em sua manifestação, não apresentou

nenhum fato novo e que apenas repetiu o cálculo de apuração do Preço Mensal Unitário

por m² com base no Preço Homem Mês demonstrado na Planilha de Orçamentária de

Custos, utilizando-se a produtividade referencial para um servente. Assim, da mesma

forma, baseando-se nos custos reais demonstrados na planilha, foi apurada a

produtividade relativa ao denominado “Custo Efetivo” nos quadros demonstrados pela

Equipe de Auditoria.

2 – Por outro lado, reafirma-se que partindo do Preço Mensal Unitário por m², em cálculo

inverso da fórmula que apura a produtividade no Anexo III-F da IN SLTI/MPOG nº

02/2008, com base no Preço Homem Mês ofertado e contratado, chega-se à produtividade

real, que é diferente da referencial para um Servente. Dessa forma, baseando-se no Preço

Homem Mês ofertado e contratado, foi apurada a produtividade relativa ao denominado

“Custo Contratado” nos quadros demonstrados pela Equipe de Auditoria.

3 – Assim, verifica-se uma certa confusão, na manifestação da Unidade, ao entender que

os dados apresentados, pela equipe de auditoria, baseiam-se, primeiramente, em número

de Postos de Serviço e não em Produtividade por Servente, embora a correlação existente

entre ambos e entre a Produtividade e o Preço Homem Mês para a apuração do Preço

Mensal Unitário por m².

4 – Portanto, é lógico que se a produtividade referencial para um Servente limpar a Área

Interna do Escritório Técnico de Pirenópolis é de 600,00 m², como exemplo, e a Área

Interna existente só possui 249,20 m², a produtividade para um Servente, certamente, será

reduzida, tendo em vista que a carga horária diária é de 8 horas. Assim, em relação à Área

Interna seria necessário, conforme demonstrado nos próprios cálculos da proposta

vencedora, a proporção de 0,42 de um Servente, que somada à proporção de 0,22, relativa

Page 42: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 42

à Área Externa e 0,0053, referente à Área de Esquadrias, perfaz à proporção de 0,64 de

um Servente. Como não é possível fracionar o número de servente, não resta outra opção

ao licitante do que a de propor a contratação de um servente. Dessa forma, tendo em vista

a inviabilidade de se ofertar e contratar uma produtividade de 249,20 m², para a Área

Interna, em face da necessidade de se contratar pelo menos um Servente, tal número foi

elevado para 390,00 m², acompanhando a mesma proporção em relação ao referido

arredondamento.

5 - Assim, se o licitante ofertou para cada m² o preço mensal unitário de R$ 3,87, o Preço

Homem Mês correspondente aos 600,00 m² é de R$ 2.324,24, que é o valor apresentado

na Planilha Orçamentária de Custos, conforme foi demonstrado anteriormente e repetido

a seguir:

ÁREA INTERNA

Custo

Comparado

(axb) Preço

mensal unitário

por m² (R$/m²)

(b) Preço

homem-mês

(R$)

(a)

Produtividade

(1/m²)

Índice de

Produtividade

(m²)

Variação

(%)

Custo Efetivo 3,87 2.324,24 0,001666667 600 0,00

Custo Contratado 3,87 1.509,01 0,002564595 390 -35,00

6 - Porém, tendo em vista que a referida área interna possui somente 249,20 m², ou seja,

abaixo do limite referencial de produtividade de 600,00 m², a Unidade não dispôs sobre

o tratamento que seria dado à questão, conforme previsto no Art. 45 da IN SLTI/MPOG

nº 02/2008, o qual estabelece que nos casos em que a Área Física a ser contratada for

menor que a fixada para a produtividade mínima de referência estabelecida na Instrução,

esta poderá ser considerada para efeito da contratação.

7 – Com isso, o licitante, ao invés de ofertar o Valor Mensal correspondente ao Preço

Homem Mês apurado na Planilha Orçamentária, que seria o custo efetivo para a

realização do serviço, foi induzido, em decorrência da referida omissão, a ofertar o custo

proporcional à 249,20 m² de Área Interna (R$ 965,19), que somado aos custos

proporcionais da Área Externa (R$ 514,30) e da Área de Esquadrias (R$ 29,38), perfaz

ao custo ou Preço Homem Mês ofertado e contratado de R$ 1.509,01, o qual seria

coincidente com o Preço Homem Mês demonstrado na Planilha Orçamentária de Custos

(R$ 2.324,24), se a Produtividade ofertada e contratada fosse de 600,00 m².

8 – Dessa forma, repisa-se que partindo do Preço Mensal Unitário por m², em cálculo

inverso da fórmula que apura a produtividade no Anexo III-F da IN SLTI/MPOG nº

02/2008, com base no Preço Homem Mês ofertado e contratado, chega-se à produtividade

real, que, no caso da Área Interna do Escritório Técnico de Pirenópolis, corresponde à

390,00 m², ou seja, inferior em 35% ao limite mínimo referencial, porém, respaldada no

Art. 45 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, apesar da omissão da Unidade em relação à

questão.

9 – De modo contrário, se a produtividade referencial para um servente limpar a Área

Interna da sede da Superintendência do IPHAN/GO em Goiânia é de 600,00 m², como

exemplo, e a Área Interna existente possui 979,66 m², seria necessário a proporção de

1,63 servente para a execução do serviço, conforme demonstrado nos próprios cálculos

da proposta vencedora, transcritos na figura no campo “Fato”. Tal número somado à

Page 43: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 43

proporção de 0,98, relativa à Área Externa, e 0,06, referente à Área de Esquadrias, perfaz

à proporção de 2,67 Servente. Como não é possível fracionar o número de servente, o

licitante optou por arredondar para menos, propondo a contratação de 2 Serventes, e com

isso, a produtividade foi elevada de 600,00 m² para 819,00 m², acompanhando a mesma

proporção em relação ao referido arredondamento.

10 - Assim, se o licitante ofertou para cada m² o preço mensal unitário de R$ 4,07, o Preço

Homem Mês correspondente aos 600,00 m² é de R$ 2.441,89, que é o valor apresentado

na Planilha Orçamentária de Custos, conforme foi demonstrado anteriormente e repetido

a seguir:

ÁREA INTERNA

Custo

Comparado

(axb) Preço

mensal unitário

por m² (R$/m²)

(b) Preço

homem-mês

(R$)

(a)

Produtividade

(1/m²)

Índice de

Produtividade

(m²)

Variação

(%)

Custo Efetivo 4,07 2.441,89 0,001666667 600 0,00

Custo Contratado 4,07 3.331,75 0,001221580 819 36,50

11 - Porém, tendo em vista que a referida Área Interna possui 979,66 m², ou seja, acima

do limite referencial de produtividade de 600,00 m², o montante do custo correspondente

também será maior. Assim, o custo proporcional a 979,66 m² de Área Interna (R$

3.987,04), somado aos custos proporcionais da Área Externa (R$ 2.401,89) e da Área de

Esquadrias (R$ 274,07), perfaz ao custo ofertado e contratado de R$ 6.663,50,

correspondente ao Preço Homem Mês de R$ 3.331,75, o qual seria coincidente com o

Preço Homem Mês demonstrado na Planilha Orçamentária de Custos (R$ 2.441,89), se a

Produtividade ofertada e contratada, no exemplo analisado, fosse de 600,00 m². Com isso,

a diferença entre o Preço Homem Mês contratado e o efetivo demonstrado planilha, trata-

se de um custo não apropriado a qualquer item nela discriminado.

12 – Dessa forma, repisa-se que partindo do Preço Mensal Unitário por m², em cálculo

inverso da fórmula que apura a produtividade no Anexo III-F da IN SLTI/MPOG nº

02/2008, com base no Preço Homem Mês ofertado e contratado, chega-se à produtividade

real, que, no caso da Área Interna da sede da Superintendência do IPHAN/GO em

Goiânia, corresponde a 819,00 m², ou seja, superior em 36,00% ao limite referencial. O

que imporia à licitante vencedora comprovar a exequibilidade da produtividade efetiva

ofertada em relação à Superintendência em Goiânia, uma vez que não houve previsão,

nem manifestação posterior da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único

do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008. Salientando-se, que, em relação a essa

localidade, houve uma redução de três para dois serventes, no tocante à contratação

anterior, sem constar nenhuma análise ou justificativa que embasasse a alteração da

correspondente produtividade.

13 – Assim, embora a IN SLTI/MPOG nº 02/2008 vede a fixação, nos instrumentos

convocatórios, do quantitativo de mão-de-obra a ser utilizado na prestação do serviço e

estabeleça que os serviços de limpeza e conservação devem ser contratados com base na

área física a ser limpa, visando proporcionar maior flexibilidade ao licitante na definição

do custo ofertado por metro quadrado da área, com base na sua capacidade e eficiência

operacional, ou seja, incentivando a competição por produtividade e, consequentemente,

a obtenção de proposta mais vantajosa para a Administração, o licitante deverá comprovar

Page 44: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 44

a exequibilidade da produtividade ofertada se esta for diferenciada em relação

produtividade referencial prevista, que na licitação em questão é coincidente com o limite

mínimo referencial estabelecido na legislação pertinente. Ressaltando-se que a Unidade

não fixou produtividade, devidamente demonstrada e justificada, com base em

experiências e parâmetros aferidos e resultantes de seus contratos anteriores, em face das

características das áreas a serem limpas, buscando sempre fatores econômicos favoráveis

à administração pública.

Por fim, reafirma-se a ocorrência de falha na fase preparatória da licitação, ao não prever,

no Termo de Referência, o tratamento que deveria ser dado à localidade cuja soma das

áreas físicas fosse menor que a soma das produtividades mínimas referenciais, bem como

na fase de julgamento da licitação, ao não solicitar as correções na proposta vencedora, a

partir do valor mensal ofertado, mediante a realização de uma sequência inversa dos

cálculos apresentados, de forma que o Preço do Homem Mês contratado coincidisse com

o constante da planilha orçamentária ajustada, de modo a permitir a identificação de todos

os custos envolvidos na execução do serviço, até a apuração da produtividade efetiva

ofertada. E, ainda, de não requerer, à licitante, a comprovação da exequibilidade da

produtividade efetiva ofertada em relação à sede da Superintendência em Goiânia,

superior em 36% à produtividade referencial. /Fato##

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Prever e disciplinar a oferta de produtividade diferenciada pelo

licitante, em relação aos parâmetros referenciais utilizados na licitação do serviço de

limpeza e conservação, inclusive quanto à comprovação da sua exequibilidade, bem como

no tocante à sua correta demonstração no teor da proposta.

1.1.1.7 CONSTATAÇÃO

Inclusão do fornecimento de materiais, na licitação e contratação do serviço de

limpeza e conservação, inerentes a outros serviços e a funções incompatíveis ou

impertinentes ao objeto previsto, bem como com estimativas superdimensionadas

em relação ao consumo.

Fato

A IN SLTI/MPOG nº 02/2008 restringe a realização de licitação e contratação de serviços

distintos, conjuntamente, assim como veda a previsão de funções que sejam

incompatíveis ou impertinentes às atividades passíveis de execução indireta, dentre elas

as de conservação e limpeza, conforme os dispositivos transcritos a seguir:

“Art. 3º Serviços distintos podem ser licitados e contratados conjuntamente, desde que

formalmente comprovado que:(Redação dada pela Instrução Normativa nº 6, de 23 de

dezembro de 2013).

I - o parcelamento torna o contrato técnica, econômica e administrativamente inviável

ou provoca a perda de economia de escala; e (Incluído pela Instrução Normativa nº 6,

de 23 de dezembro de 2013).

II - os serviços podem ser prestados por empresa registrada e sob fiscalização de um

único conselho regional de classe profissional, quando couber. (Incluído pela Instrução

Normativa nº 6, de 23 de dezembro de 2013).

Page 45: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 45

(...)

Art.7º As atividades de conservação, limpeza, segurança, vigilância, transportes,

informática, copeiragem, recepção, reprografia, telecomunicações e manutenção de

prédios, equipamentos e instalações serão, de preferência, objeto de execução indireta.

§ 1º Na contratação das atividades descritas no caput, não se admite a previsão de

funções que lhes sejam incompatíveis ou impertinentes.”

Ressalte-se, ainda, que a IN SLTI/MPOG nº 02/2008, regulamenta, de forma específica

e conjunta, a terceirização dos serviços relativos às atividades de Limpeza e Conservação,

inclusive em relação às áreas de intervenção, à produtividade, aos custos, às metodologias

referenciais e à descrição dos serviços, cabendo destacar da IN os seguintes dispositivos:

“DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO

Art. 42. Deverão constar do Projeto Básico na contratação de serviços de limpeza e

conservação, além dos demais requisitos dispostos nesta IN:

I - áreas internas, áreas externas, esquadrias externas e fachadas envidraçadas,

classificadas segundo as características dos serviços a serem executados, periodicidade,

turnos e jornada de trabalho necessários etc;

II - produtividade mínima a ser considerada para cada categoria profissional envolvida,

expressa em termos de área física por jornada de trabalho ou relação serventes por

encarregado; e

(...)

Art. 43. Os serviços serão contratados com base na Área Física a ser limpa,

estabelecendo-se uma estimativa do custo por metro quadrado, observadas a

peculiaridade, a produtividade, a periodicidade e a frequência de cada tipo de serviço e

das condições do local objeto da contratação.

Parágrafo único. Os órgãos deverão utilizar as experiências e parâmetros aferidos e

resultantes de seus contratos anteriores para definir as produtividades da mão-de-obra,

em face das características das áreas a serem limpas, buscando sempre fatores

econômicos favoráveis à administração pública.

(...)

5. OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES DA CONTRATADA

A contratada, além do fornecimento da mão-de-obra, dos saneantes domissanitários,

dos materiais e dos equipamentos, ferramentas e utensílios necessários para a perfeita

execução dos serviços de limpeza dos prédios e demais atividades correlatas, obriga-se

a:

(...)

5.16. prestar os serviços dentro dos parâmetros e rotinas estabelecidos, fornecendo todos

os materiais, inclusive sacos plásticos para acondicionamento de detritos, equipamentos,

Page 46: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 46

ferramentas e utensílios em quantidade, em qualidade e com tecnologia adequadas, com

a observância das recomendações aceitas pela boa técnica, normas e legislação;

No entanto, verificou-se que a Unidade incluiu, na licitação e contratação do serviço de

limpeza e conservação, referente ao Processo nº 01516.001833/2015-35, o fornecimento

de materiais inerentes a outros serviços, sem a devida justificativa, e a funções

incompatíveis ou impertinentes ao objeto previsto, conforme dados extraídos do Anexo

I–A ao Edital – Relação de Materiais, Utensílios e Equipamentos para Realização dos

Serviços de Limpeza, Conservação e Higienização, demonstrados a seguir:

QUADRO 08 – ITENS COM INCLUSÃO INDEVIDA NA RELAÇÃO DE MATERIAIS, UTENSÍLIOS

E EQUIPAMENTOS.

Item Descrição

Unidade

de

Medida

Superintendência

do IPHAN/GO em

Goiânia

Escritório

Técnico -

Goiás

Escritório

Técnico -

Pirenópolis

3 Impermeabilizante para piso de

madeira Litro 20 10 5

09 Detergente líquido para lavar

louças Frasco 15 8 8

12 Esponja de aço Pct 10 8 5

17 Papel higiênico folha dupla. Rolos 80 40 40

19 Removedor de ceras e resíduos

dos pisos

Galão

5lts. 02 1 1

23 Sabonete líquido perolado Litros 05 02 02

29

Spray lubrificante e

desengripante para dobradiças

e esquadrias

Frasco

/500 ml 2 1 1

36

Papel toalha branco, folhas

com alta absorção, macio, sem

resíduos tóxicos, com duas

dobras, 100% fibras

celulósicas, gramatura mínima

exigida 40 g/m²

Pcts 05 02 02

Fonte: Elaborado pela Equipe de Auditoria, com base em dados extraídos do Anexo I-A ao Edital – Relação

de Materiais, Utensílios e Equipamentos para Realização dos Serviços de Limpeza, Conservação e

Higienização.

Pode-se verificar, também, que a Unidade ao estimar os materiais e equipamentos a serem

utilizados na execução dos serviços, excedeu no dimensionamento dos quantitativos de

materiais semiduráveis, para fornecimento mensal, conforme demonstrado a seguir:

QUADRO 09 – ITENS COM QUANTITATIVOS SUPERDIMENSIONADOS NA RELAÇÃO DE

MATERIAIS, UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS.

Item Descrição

Unidade

de

Medida

Superintendência

do IPHAN/GO em

Goiânia

Escritório

Técnico -

Goiás

Escritório

Técnico -

Pirenópolis

11 Flanela 30 x 40cm o Unidade 10 5 5

30 Rodo de 40 cm Unidade 3 1 1

Page 47: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 47

31 Rodo de 60 cm Unidade 3 1 1

32 Escova de mão Unidade 02 01 01

34 Vassoura com extensor para

limpeza de teto Unidade 01 01 01

38

Máscara descartável para boca

com elástico, atóxica,

hipoalergênica, 100%

polipropileno, não estéril, não

inflamável, isenta de fibra de

vidro, sem látex, uso único,

caixa com 50 unidades

Caixa 01 01 01

39 Vassoura de Pêlo 40 cm com

cabo de madeira Unidade 02 01 01

40 Vassoura de Pêlo 60 cm com

cabo de madeira Unidade 02 01 01

41 Vassoura de piaçava Unidade 02 01 01

42 Vassoura para Sanitário Unidade 08 02 02

43 Sinalizadores (“Piso Molhado") Unidade 02 01 01

45 Desentupidor de vaso sanitário Unidade 01 01 01

47 Espanador de pó Unidade 02 01 01

49 Discos de enceradeira para

lavagem Unidade 02 01 01

50 Discos de enceradeira para

brilho Unidade 02 01 01

51 Mangueiras de 50m de 3/4 Unidade 01 01 01

52 Mangueiras de 50m de 1/2 Unidade 01 01 01

53 Pá para coletar lixo Unidade 02 01 01

59 Capa de chuva Unidade 03 01 01

Fonte: Elaborado pela Equipe de Auditoria, com base em dados extraídos do Anexo I-A ao Edital – Relação

de Materiais, Utensílios e Equipamentos para Realização dos Serviços de Limpeza, Conservação e

Higienização.

Destacam-se, ainda, as observações contidas no Anexo I–A ao Edital - Relação de

Materiais, Utensílios e Equipamentos para Realização dos Serviços de Limpeza,

Conservação e Higienização, transcritas a seguir:

“Obs. 1: As quantidades relacionadas no ANEXO I são estimativas;

Obs. 2: Os equipamentos a serem fornecidos pela CONTRATADA, caso não sejam de 1º

deverão apresentar excelentes condições de conservação e deverão ser substituídos

sempre que apresentarem defeito e necessitarem de manutenção corretiva.

Obs. 3: Os materiais de limpeza deverão ser fornecidos mensalmente até o quinto dia

útil, sendo que o primeiro fornecimento deverá ser efetivado com antecedência de 05

(cinco) dias corridos, anteriores a data de início da execução dos serviços.”

Diante dos dispositivos e dos quadros demonstrados, podem-se tecer as seguintes

considerações:

1 – Em relação aos itens 09 e 12, do Quadro 08, da relação de materiais, utensílios e

equipamentos, trata-se de materiais relativos ao serviço de copeiragem, serviço distinto

do que foi licitado e contratado, uma vez que as atividades inerentes não se enquadram

no serviço de limpeza e conservação. Sendo, portanto, indevido incluir na licitação e

Page 48: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 48

contratação o fornecimento desses materiais e a execução do serviço correspondente pela

contratada.

2 – Relativamente aos itens 17, 23 e 36, contidos no Quadro 08, tratam-se de materiais

relativos à higiene pessoal dos usuários, cujos parâmetros e critérios de quantificação do

consumo são incompatíveis e impertinentes aos estabelecidos para quantificação do

serviço de limpeza e conservação, na IN SLTI/MPOG nº 02/2008, que é com base na área

física a ser limpa. Incorrendo, ainda, a sua inclusão, em distorções na composição dos

custos por empregado, ao inflar o valor total do item “insumos diversos” com o custo de

materiais não aplicados diretamente nas atividades de limpeza e conservação.

3 - Dessa forma, embora conste da descrição do serviço pela IN, o abastecimento dos

materiais de higiene pessoal nos sanitários, pelos empregados terceirizados, o

fornecimento de tais materiais pela própria contratada só poderia ter ocorrido, se tivesse

sido devidamente especificado e justificado, no Plano de Trabalho e Termo de Referência,

mediante a comprovação da sua economicidade e demais vantagens em relação à

aquisição pela própria Administração; bem como da viabilidade e confiabilidade dos

parâmetros utilizados para as suas quantificações, que não poderiam estar no âmbito das

obrigações e responsabilidades da contratada, uma vez que o consumo de tais materiais

não está adstrito às atividades desempenhadas pelos empregados terceirizados.

4 – Em relação aos itens 3, 19 e 29 do Quadro 08, consideram-se materiais utilizados na

execução de serviços de manutenção da edificação, os quais requerem mão de obra

especializada, e cujas atividades inerentes não se enquadram como serviço de limpeza e

conservação. Sendo, portanto, indevido incluir na licitação e contratação o fornecimento

desses materiais, sobretudo em quantitativos mensais e superdimensionados, como foi o

caso, e a execução do serviço correspondente pela contratada.

5 – No tocante aos itens relacionados no Quadro 09, em se tratando de materiais

semiduráveis, verifica-se que houve um superdimensionamento dos quantitativos para

fornecimento mensal. Salientando-se que, em inspeção aos depósitos de materiais e em

entrevista realizada com as empregadas terceirizadas, foram confirmados que os

quantitativos previstos não são fornecidos mensalmente pela contratada e sim de acordo

com a necessidade de reposição.

6 – Saliente-se que todos os itens constantes da relação de materiais, utensílios e

equipamentos, anexa ao Edital, com os respectivos quantitativos estimados, foram aceitos

na proposta vencedora, na íntegra, conforme relação orçada anexa a essa.

Dessa forma, ficou evidenciado que a Unidade incluiu, na licitação e contratação dos

serviços de limpeza e conservação, o fornecimento de materiais inerentes a outros

serviços, sem uma justificativa plausível, e a funções incompatíveis ou impertinentes ao

objeto previsto. Assim como, ficou evidenciada a falta de rigor na apuração e na

disponibilidade de informações fornecidas pela Unidade em relação aos quantitativos

estimados de material de consumo, que deveriam ser as mais fidedignas possíveis, de

forma a propiciar a elaboração de propostas mais consistentes e menos onerosas por parte

dos licitantes.

##/Fato##

Causa

Page 49: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 49

Previsão de aquisição e fornecimento de materiais que não guardam correlação com o

objeto licitado e inadequação dos controles de materiais utilizados na execução dos

serviços no âmbito da Unidade.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201505379-Final-CGU, de 04/05/2016, a

Unidade, por intermédio do Ofício nº 176/2016/GAB/IPHAN-GO, de 17/05/2016,

manifestou o seguinte:

“Em relação aos itens de nº 09 e 12 do quadro 08, embora sejam produtos que também

sejam utilizados em copas, o seu uso, conforme informação constante no rótulo e também

ao uso no âmbito da Superintendência poderão ser utilizados para limpeza de superfícies.

Considerando, a existência de várias esquadrias, maçanetas e torneiras ambas em

alumínio, esclarecemos que tais produtos são de uso na limpeza dessas superfícies.

Quanto aos itens do quadro 03, 29 e 36 do quadro 08, entendemos que eles se adequam

perfeitamente ao tipo de contratação, por se tratar de produtos acessórios para os

serviços de limpeza. Haja visto, que os serviços de conservação e manutenção de pisos

são atribuições da Empresa de Limpeza e Conservação.

Relativamente aos itens constantes no quadro 09, que se tratam de materiais semi

duráveis, onde considerou-se superdimensionamento dos quantitativos para

fornecimento mensal, informamos que a Administração ao prever os quantitativos

pautou-se pela segurança de que não haveria descontinuidade dos serviços em

decorrência de falta de utensílio ou equipamento.

No que refere aos itens 17, 23 e 26 esclarecemos em decorrência dos procedimentos de

formalização do processo de aquisição, fiscalização e o fornecimento em escala reduzida,

não representariam nenhuma economia a Administração. Observa-se ainda a inclusão

desse tipo de material nas contratações de serviços de limpeza e conservação é

costumeira, não só no âmbito do IPHAN, mas em vários outros órgãos da

Administração.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Em análise da manifestação da Unidade, cabem tecer as seguintes considerações:

1 – Quanto aos itens 09 e 12 do Quadro 08, cabe retificar e esclarecer que o licitante

vencedor excluiu, da sua proposta, o item 09 – Detergente líquido para lavar louças - da

Relação de Materiais e equipamentos estimados pela Unidade, certamente por entender

que tal item, em frasco de 500 ml, é específico para atividades atinentes ao serviço de

copeiragem e pelo fato de que o item 08 - Detergente neutro, em galão de 5 litros, de uso

geral, trata-se do produto em qualidade, economicidade e embalagem adequadas e

condizentes às especificações e à descrição do serviço de limpeza e conservação previstas

no Caderno de Logística da SLTI/MPOG. No entanto, verificou-se, em inspeção, ao

depósito de material da sede da Superintendência em Goiânia, e em mensagem eletrônica,

Page 50: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 50

juntada ao processo de licitação/contratação, que apesar de não constar da relação

proposta pela contratada, o item 09 vem sendo requisitado pela contratante e fornecido

pela contratada, assim como o item 08.

2 – Relativamente ao item 12, considera-se, também, impertinente o argumento

apresentado, tendo em vista a inadequação do uso de esponja de aço nas superfícies de

alumínio polido ou aço inox dos locais e materiais informados pela Unidade, até porque

não são submetidas ao fogo e se em contato com material abrasivo, podem ser

danificadas, ou seja, pelo contrário, são materiais que devem ser limpos e polidos,

conforme consta da descrição do serviço, no Caderno de Logística da SLTI/MPOG:

“1.2.6 Limpar e polir todos os metais, como válvulas, registros, sifões, fechaduras ,etc.”.

Saliente-se, ainda, que, de forma contraditória, consta das relações estimada pela Unidade

e da contratada, o fornecimento de “produto para limpeza de superfície em inox”, de uso

específico, e em estoque confirmado na sede da Superintendência em Goiânia, quando da

inspeção.

3 – No tocante aos itens 3, 19 e 29 do Quadro 08, deve ser reconsiderada a restrição

apontada ao item 29, tendo em vista estar relacionado ao serviço de limpeza e

conservação, conforme consta, no Caderno de Logística da SLTI/MPOG, a seguinte

descrição: “8.1.5.6. Limpar, engraxar e lubrificar portas, grades, basculantes, caixilhos,

janelas de ferro (de malha, enrolar, pantográfica, correr, etc.)”. No entanto, em relação

aos itens 3 e 19, os quais não foram encontrados em estoque na inspeção física realizada,

está explícita, no Caderno, a seguinte descrição: “1.1.6 Varrer, remover manchas e

lustrar os pisos encerados de madeira; ...”. Portanto, o serviço limita-se ao uso de cera e

polimento, e não à aplicação especializada de impermeabilizante, que além de requerer

conhecimentos técnicos por parte do servente, é inerente ao serviço de manutenção da

edificação.

4 – Relativamente aos itens 17, 23 e 36, contidos no Quadro 08, os quais são materiais de

higiene pessoal dos usuários, consideram-se impertinentes os argumentos apresentados,

tendo em vista que a responsabilidade da contratada, em relação a esses materiais, deve

se restringir ao abastecimento dos sanitários; ou seja, a Unidade busca se eximir de um

encargo que é da sua responsabilidade, assim como é em relação a diversos outros

materiais necessários ao funcionamento de uma Unidade Administrativa. Portanto, se

outras Unidades vêm utilizando-se desse mesmo procedimento, vêm incorrendo na

mesma falha.

5 - Dessa forma, reafirma-se que a responsabilidade pelo dimensionamento e

fornecimento do quantitativo de material e equipamentos a serem empregados na

execução do serviço de limpeza e conservação predial deve ser, incontestavelmente, da

contratada. No entanto, essa responsabilidade não pode ser atribuída em relação aos

materiais de higiene pessoal, tendo em vista que os parâmetros utilizados para o

dimensionamento do quantitativo de tais materiais estão relacionados ao quantitativo e

consumo dos usuários e não à área física, produtividade, periodicidade e frequência do

serviço de limpeza e conservação a ser executado pelos empregados terceirizados.

6 - Portanto, tal incongruência prevista em um contrato de limpeza e conservação predial

além de ocasionar distorções em relação aos custos dos insumos que devem compor o

preço global do serviço, propicia o descumprimento, pela contratada, das suas obrigações

em relação ao fornecimento dos materiais que devem ser aplicados diretamente na

execução do serviço de limpeza e conservação, devido à prioridade e imprevisibilidade

Page 51: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 51

inerentes ao fornecimento dos materiais de higiene pessoal. Assim como, propicia a

alegação da necessidade premente de acréscimo contratual, sem amparo na legislação

pertinente, por não estar o consumo de materiais de higiene pessoal restrito ao controle

da contratada.

7 - Dando, assim, tal incongruência, margem para manipulação de planilha de custos e

ofertas inferiores na licitação, visando à vitória no certame, na intenção de elevar,

posteriormente, o ganho mediante acréscimos contratuais, pleiteados com base na

vulnerabilidade ocasionada pela assunção de encargo que deveria ser de responsabilidade

da contratante.

8 - Ressalte-se, ainda, que a inclusão do custo de materiais de higiene pessoal,

relacionados ao quantitativo e ao consumo dos usuários, no cômputo dos insumos na

planilha de custos contratada, contrapõe à metodologia aplicada pela Administração

Pública na definição dos parâmetros referenciais de contratação, com base na área física,

produtividade, periodicidade e frequência do serviço de limpeza e conservação a ser

executado pelos empregados terceirizados, ocasionando distorções em relação à métrica

estabelecida para a contratação do serviço.

9 – Quanto aos itens relacionados no Quadro 09, os quais são materiais semiduráveis,

com superdimensionamento dos quantitativos para fornecimento mensal, consideram-se,

também, não pertinentes os argumentos apresentados, tendo em vista que o licitante

vencedor aceitou todos os itens e os respectivos quantitativos estimados pela Unidade, na

formulação da sua proposta, porque, certamente, atendia aos seus interesses com a

oneração dos custos, por um lado, e, por outro, pelo fato de não ser necessária a reposição

mensal do quantitativo estimado para a execução do serviço.

Dessa forma, reafirma-se que a Unidade incluiu, na licitação e contratação dos serviços

de limpeza e conservação, o fornecimento de materiais inerentes a outros serviços, sem

uma justificativa plausível, e a funções incompatíveis ou impertinentes ao objeto previsto.

Assim como, ficou evidenciada a falta de rigor na apuração e na disponibilidade de

informações fornecidas pela Unidade em relação aos quantitativos estimados de material

de consumo, que deveriam ser as mais fidedignas possíveis, de forma a propiciar a

elaboração de propostas mais consistentes e menos onerosas por parte dos licitantes.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Abster de incluir, na licitação e contratação dos serviços de limpeza e

conservação, o fornecimento de materiais inerentes a outros serviços, sem uma

justificativa plausível, e a funções incompatíveis ou impertinentes ao objeto previsto.

Recomendação 2: Aprimorar os controles de fornecimento e consumo de materiais

utilizados na execução dos serviços de limpeza e conservação predial, bem como as ações

previstas no planejamento, e na fase preparatória da nova licitação, visando o

levantamento tempestivo e a correta utilização de dados estimativos de materiais de

consumo na elaboração do plano de trabalho e do termo de referência.

1.1.1.8 CONSTATAÇÃO

Page 52: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 52

Ausência de diferenciação das áreas físicas, por tipo de ambiente, em relação aos

limites mínimos referenciais de produtividade, na licitação dos serviços de limpeza

e conservação.

Fato

Em análise do Processo n° 01516.001833-2015-35, verificou-se que consta do Anexo I

ao Edital – Termo de Referência, um quadro demonstrativo das áreas físicas das três

localidades nas quais são executados os serviços de limpeza e conservação, conforme

transcrito no recorte da figura a seguir:

No entanto, mediante inspeções realizadas e exame das plantas de arquitetura da

Superintendência do IPHAN/GO em Goiânia, disponibilizados pela Unidade, verificou-

se que foi utilizado para toda área interna a produtividade referencial de 600 m², relativa

ao tipo “Piso Frio”, desconsiderando as demais diferenciações de ambientes, como

almoxarifados, arquivos, depósitos, halls e espaços livres, cujas produtividades por

servente são maiores, conforme demonstrado no quadro a seguir:

QUADRO10 –ÁREA INTERNA – ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE, COM BASE NOS DADOS DOS

PROJETOS E NA DIFERENCIAÇÃO DOS AMBIENTES.

Local Área

(m²)

Tipo de

Áreas

Físicas

Área

(m²)

Prod.

Mín.

Ref.

(m²)

Índice de Produtividade

Correto -

por

ambiente

Correto

- por

local

Adotado

- por

local

Varia

ção

(%)

Page 53: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 53

Escritório

Técnico

em Goiás

244,60

Arquivo 23,63 1.350 0,01750

0,3339 0,4076 22,07

Biblioteca 21,44 1.350 0,01588

Hall 18,12 800 0,02265

Arquivo 11,88 1.350 0,00880

Depósito 7,78 1.350 0,00576

Área

Coberta 11,57 800 0,01446

Área de

Serviço 3,38 800 0,00422

Piso Frio 146,80 600 0,24466

Escritório

Técnico

em

Pirenópolis

249,20

Depósito 7,27 1.350 0,00538

0,3785 0,4153 9,71

Sala de

Exposição 55,77 800 0,06971

Varanda 16,29 800 0,02036

Piso Frio 169,87 600 0,28311

Superinten

dência em

Goiânia

979,66

Arquivo -

Div.

Administrati

va

17,01 1.350 0,01260

1,4534 1,6327 12,34

Sala Técnica

de

Informática

9,26 1.350 0,00685

Arquivo

Técnico 41,20 1.350 0,03051

Garagem 71,75 800 0,08968

Varanda/

Mesa de

Reunião

51,80 800 0,06475

Casa de

Máquinas 14,79 1.350 0,01095

Arquivo/

Administraç

ão

15,79 1.350 0,01169

Antigo

Depósito 15,79 1.350 0,01169

Hall/

Recepção 19,33 800 0,02416

Hall/Mesa

de Reunião 34,53 800 0,04316

Piso Frio 688,41 600 1,14735

TOTAL 2,1659 2,4557 13,38

Fonte: Elaborado pela Equipe de Auditoria, com base em dados extraídos das Plantas de Arquitetura.

Conforme verificado, os percentuais de variação dos índices de produtividade adotados

pela Unidade em relação aos índices corretos, no tocante aos Escritórios Técnicos de

Goiás, Pirenópolis e à Superintendência em Goiânia são superiores em 22,07%, 9,71% e

12,34%, respectivamente, perfazendo, em relação ao conjunto de localidades, um

percentual superior de 13,38%.

Dessa forma, verificou-se, em relação às três localidades do IPHAN/GO, que não houve

diferenciação, levando-se em conta todos os tipos de ambiente existentes, em relação aos

Page 54: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 54

limites mínimos referenciais de produtividade estabelecidos pela IN SLTI/MPOG nº

02/2008. Demonstrando que a Instituição ao descumprir a legislação, induziu os licitantes

a ofertarem uma produtividade menor e definirem o número de serventes acima do limite

referencial, ou seja, acima das necessidades para a execução do serviço, implicando numa

maior oneração dos custos. Salientando-se que tal falha pode resultar, ainda, em

favorecimento ao licitante que tenha acesso aos projetos ou que já conheça ou inspecione

as dependências dos locais relativos ao objeto licitado, quando da elaboração da sua

proposta.

##/Fato##

Causa

Inadequação dos procedimentos utilizados no planejamento e na preparação da licitação,

de forma a obter e disponibilizar, tempestivamente, dados fidedignos relativos ao objeto

licitado.

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201505379-Final-CGU, de 04/05/2016, a

Unidade, por intermédio do Ofício nº 176/2016/GAB/IPHAN-GO, de 17/05/2016,

manifestou o seguinte:

“Em relação às áreas físicas foram consideradas áreas internas e externas, em

decorrência dos seguintes fatores: A Sede da Superintendência trata-se de imóvel locado

de terceiro, e seus espaços adaptados para abrigar a Instituição. Portanto, poderá ser

alterado conforme a necessidade. A limpeza realizada em todos os ambientes ocorre na

frequência diária, assim como o mobiliário existente. Relativo aos Escritórios Técnicos

são imóveis próprios, entretanto, os seus espaços são adequados para atender a demanda

administrativa, sendo imóveis tombados, e que estão preservados quanto a sua

originalidade arquitetônica. No Escritório Técnico de Pirenópolis não existe sala de

exposição, as salas existentes são todas ocupadas por servidores. Em Goiás, embora

tenham descrito Biblioteca e Arquivo, são também espaços compartilhados com

Servidores. Portanto, não há áreas específicas, Deste modo, é que justificamos a

utilização dos termos área interna e externa, para os quais foram utilizados os

parâmetros de cálculo estabelecido na IN 02/2008 e Portaria vigente, ambos do

Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão – MPOG.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Em análise da manifestação da Unidade, consideram-se não pertinentes os argumentos

apresentados, tendo em vista que, em inspeção à sede da Superintendência do IPHAN em

Goiânia, todos os ambientes foram visitados e as diferenciações previstas na legislação

pertinente, por subtipo de produtividade, foram confirmadas, não se justificando uma

produtividade maior para os ambientes apontados. Salientando-se que as normas não

diferenciam imóveis próprios de alugados e que as readequações de ambientes, realizadas

no interesse público e por economicidade, podem motivar a alteração, rescisão ou não

prorrogação contratual, nos termos da lei. Quanto aos dois Escritórios Técnicos, caberia

à Unidade a comprovação de que as identificações dos ambientes apontados, nas plantas

de arquitetura, estão incorretas, bem como a presença de mobília e equipamentos para

Page 55: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA …da Unidade sobre a questão, nos termos do Parágrafo Único do Art. 42 da IN SLTI/MPOG nº 02/2008, em relação a outro limite mínimo

Dinheiro público é da sua conta

www.portaldatransparencia.gov.br 55

uso de servidores e visitantes, que justificasse o enquadramento de todos os ambientes

com uma produtividade maior.

Dessa forma, reafirma-se que, em relação às três localidades do IPHAN/GO, não houve

diferenciação, levando-se em conta todos os tipos de ambiente existentes, em relação aos

limites mínimos referenciais de produtividade estabelecidos pela IN SLTI/MPOG nº

02/2008. Demonstrando que a Instituição ao descumprir a legislação, induziu os licitantes

a ofertarem uma produtividade menor e definirem o número de serventes acima do limite

referencial, ou seja, acima das necessidades para a execução do serviço, implicando numa

maior oneração dos custos. Salientando-se que tal falha pode resultar, ainda, em

favorecimento ao licitante que tenha acesso aos projetos ou que já conheça ou inspecione

as dependências dos locais relativos ao objeto licitado, quando da elaboração da sua

proposta.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Aprimorar os procedimentos utilizados no planejamento e na

preparação da licitação dos serviços de limpeza e conservação, de forma a obter e

disponibilizar, tempestivamente, dados fidedignos relativos às identificações das áreas

físicas das Unidades do IPHAN/GO, bem como a observar os limites referenciais, por

subtipo de produtividade, em relação a cada ambiente.

III – CONCLUSÃO

Em face dos exames realizados, somos de opinião que a Unidade Gestora deve adotar

medidas corretivas com vistas a elidirem os pontos ressalvados nos itens: 1.1.1.3, 1.1.1.4,

1.1.1.5, 1.1.1.6, 1.1.1.7 e 1.1.1.8.

Goiânia/GO, 26 de julho de 2016.