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Universidade Federal de São João del-Rei Coordenadoria do Curso de Química
Preparo de amostra empregando a polianilina como material adsorvente
WESLEY DANTAS FARIA
São João del-Rei –2016
Preparo de amostra empregando a polianilina como material adsorvente
Monografia de Trabalho de Conclusão de Curso,
apresentado no primeiro semestre do ano de 2016 ao Curso
de Química, Grau Acadêmico Bacharelado, da Universidade
Federal de São João del-Rei, como requisito parcial para
obtenção do título Bacharel em Química
Autor: Wesley Dantas Faria
Docente Orientador: Prof. Dr. Keyller Bastos Borges
Modalidade do Trabalho: Revisão Bibliográfica
São João del-Rei – 2016
ABREVIATURAS LLE Extração líquido-liquido
SPE Extração em fase sólida
SPME Microextração em fase sólida
PAni Polianilina
PPy Polipirol
PTh Politiofeno
1D-Panls Polianilina Unidimensionais
HPLC Cromatografia líquida de alta resolução
HPLC-FLD Cromatografia líquida de alta eficiência com detecção por fluorescência
HPLC-UV Cromatografia líquida de alta eficiência com detecção por ultra-violeta
HS-SPME Microextração em fase sólida por headspace
GC-FID Cromatografia gasosa com detecção por ionização por chama gasosa com detecção de chama GC-MS Cromatografia gasosa com detecção por espectrometria de massa
MEPS Microextração em seringa empacotada
DI-SPME Microextração em fase sólida por imersão direta
IT-SPME Microextração em fase sólida on-Line in-tube
PDMS Polidimetilsiloxano
PA Poliacrilato
Cwx Carbowax
Carboxen Carvão ativo microparticulado
LEB Base leucoesmeraldina
PEB Base protoesmeraldina
EB Base esmeraldina
NB Base nigranilina
PNB Base pernigranilina
RESUMO
Ao longo da evolução os polímeros estão presentes de várias formas e em diferentes materiais
empregados diariamente em diversas atividades. Estes fatos fazem com que os materiais
poliméricos façam parte da história humana. Neste contexto, estudos envolvendo polímeros e
principalmente os polímeros condutores são cada vez mais intensificados entre comunidade
cientifica em todo mundo. A polianilina (PAni), por se tratar de um polímero condutor obtido
através da polimerização da anilina está ganhando destaque, pois sua síntese é fácil e
economicamente viável. Portanto, o presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo
estudar a rota de síntese e a utilização da polianilina como material adsorvente no preparo de
amostras. O estudo envolve uma revisão bibliográfica sobre o uso da polianilina como material
adsorvente e a sua compatibilidade com os métodos de extração em fase sólida (do inglês,
solidphaseextractio – SPE) e microextração em fase sólida (do inglês, solidphasemicroextraction –
SPME). A qualidade e eficiência dos métodos analíticos se encontram diretamente ligadas ao
tratamento da amostra, sendo que várias técnicas instrumentais de análise, como por exemplo, a
cromatografia e a eletroforese capilar, não são compatíveis com amostras que apresentam uma
matriz complexa, sendo necessário o preparo da amostra para evitar algum efeito matriz e danos aos
equipamentos. Várias fibras disponíveis comercialmente para SPME são utilizadas no preparo de
amostra, no entanto, muitas destas fibras possuem baixa resistência térmica, estabilidade química e
mecânica devido aos seus materiais de revestimento. A PAni na forma pura, associada a outro
polímero como, por exemplo, o polipirrolou até mesmo com alguns materiais não poliméricos
formam um material adsorvente de alto desempenho o que supera as limitações encontradas nas
fibras comerciais. Na SPE não é diferente, os materiais de empacotamento dos cartuchos
apresentam os mesmos problemas que as fibras comerciais, justificando o seu destaque entre os
polímeros condutores e sua compatibilidade com as técnicas SPE e SPME no preparo da amostra.
Palavras-Chave: Polianilina, extração em fase sólida, microextração em fase sólida, preparo de
amostra.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1
1.1. Polianilina (Pani) .......................................................................................................... 4
1.1.1 Síntese de Polianilina (PAni) .................................................................................... 7
1.1.2 Dopagem de Polianilina (PAni) ................................................................................ 7
1.2. Preparo de amostras .................................................................................................. 10
1.2.1 Extração em Fase Sölida (SPE) .............................................................................. 10
2. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 11
3. ATIVIDADES/METODOLOGIA ................................................................................... 11
4. RESULTADO E DISCUSSÃO ........................................................................................ 11
4.1 SPE e a compatibilidade com as técnicas de análises mais usuais .......................... 11
4.1.1 Fibras disponíveis comercialmente para o uso na SPME ........................................ 12
4.1.2 Estudo e desenvolvimento de novas fibras a base de polianilina (PAni) ................ 13
4.1.2.1 Estudos desenvolvidos utilizando a PAni para revestimento em técnicas
miniaturizadas de preparo de amostras ............................................................... 14
4.1.2.2 Estudos desenvolvidos utilizando a polianilina associada ao polipirrol e
politiofenopara revestimento em SPME ................................................................ 16
4.1.2.3 Estudos desenvolvidos utilizando a PAni como material de preenchimento
em SPE ................................................................................................................. 22
5. CONCLUSÕES ................................................................................................................. 24
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 26
Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2016
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1. INTRODUÇÃO
Materiais poliméricos têm sido utilizados desde a época pré-histórica, na forma de
madeira, ossos, peles e fibras. Embora a química orgânica tenha sugerido que os materiais
poliméricos surgiram por volta de 1700 como ciência, sabe-se que como base molecular a
ciência dos polímeros desenvolveu-se a partir do século XX. Em 1920, Herman Staudinger
formulou o conceito de macromoléculas como princípio estrutural para plásticos, borrachas,
fibras, tintas e adesivos (RÅNBY, SALANECK e LUNDSTRÖM, 1993)
Os materiais poliméricos passaram a ser estudados como uma ciência com
características próprias, sendo que a formulação do conceito de macromoléculas proporcionou
um rápido desenvolvimento desta área. Os primeiros polímeros sintéticos, como o poliestireno
(PS), o cloreto de polivinila (PVC), poliacrilatos, polietileno de baixa densidade, borracha
estireno-butadieno (SBR) e as fibras de poliamidas alifáticas (Nylon), foram sintetizados e
comercializados nas décadas de 30 e 40 (RÅNBY, SALANECK e LUNDSTRÖM, 1993);
(CAMPBELL, 1994).
Na década de 50 e 60, a polimerização via radicais livres surgiu como grande novidade
na obtenção de polímeros vinílicos. Materiais com melhores propriedades também surgiram
nesta época, tais como: polietileno de alta densidade, polibicarbonato, poliuretanos, resinas
epóxi, fibras acrílicas de poliacrilonitrila, novas borrachas sintéticas em forma de látex
(CAMPBELL, 1994). Polímeros como as poliimidas, poliésteres aromáticos, poliamidas
aromáticas (KEULAR®), fluorpolímeros (TEFLON®) e termoplásticos elastoméricos
(KRATON®), foram desenvolvidos entres estas décadas para atender as exigências do mercado.
Estes possuem uma estrutura mais complexa, possuindo uma elevada resistência mecânica e
química e alta temperatura de amolecimento (acima de 300 ºC).
Até então, os polímeros eram considerados como materiais isolantes, apresentando
condutividade elétrica da ordem de 10-15 a 10-5 S.cm-1. A descoberta dos chamados “metais
sintéticos”, isto é, polímeros orgânicos, em meados de 1970 foi um marco do desenvolvimento
dos materiais poliméricos. Estes polímeros apresentam propriedades elétricas, magnéticas e
ópticas semelhantes às de um metal, mantendo a leveza, processabilidade e propriedades
mecânicas de um polímero convencional (CHIANG, FINCHER JR, et al., 1977)
O primeiro polímero condutor foi obtido em 1977, pela exposição do poliacetileno na
forma isolante (condutividade 10-5 S.cm-1) a agentes dopantes, oxidantes e redutores,
tornando-o condutor elétrico intrínseco (condutividade 103 S.cm-1). O polímero neutro
isolante é convertido num complexo iônico, que consiste de um cátion (ou ânion) polimérico e
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um contra-íon, que é a forma reduzida do agente oxidante (ou a forma oxidada do agente
redutor) (MATTOSO, 1996).
A Tabela 1 mostra a estrutura química de vários polímeros condutores, que se
tornam eletricamente condutores quando dopados com agente oxidante ou redutores. Todos
têm duplas ligações conjugadas ao longo da cadeia principal, por isso são conhecidos como
polímeros conjugados (RODRIGUES, 2004); (FELIX, 2009).
TABELA 1. Estrutura química de alguns polímeros condutores. Adaptado de (FELIX, 2009).
POLÍMERO CONDUTOR CONDUTIVIDADE (S.cm-1)
Poliacetileno
103 a 106
Polianilina
10 a 103
Polipirrol
600
Politiofeno
200
Poli(ρ-fenileno)
500
Poli(ρ-fenilenovinileno)
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Pequenas quantidades dos polímeros condutores (cerca de 5%) são suficientes para
alcançar valores de condutividade elétrica satisfatória devido à formação de redes condutoras
dentro da matriz isolante (Figura 1) (RODRIGUES, 2004).
Figura 1. Exemplo de formação de uma rede condutora numa mistura composta por um
polímero condutor e um isolante. Adaptado de (RODRIGUES, 2004).
Um requisito para que um polímero seja condutor de eletricidade, consiste no fato
que a cadeia polimérica deve possuir um sistema π conjugado de longo alcance e que os
elétrons π possam ser facilmente adicionados e/ou removidos do sistema para formar o íon
polimérico, sem a destruição das ligações σ, necessárias para a estabilidade da macromolécula
(MATTOSO, 1993).
As aplicações e propriedades dos polímeros condutores podem ser representadas
esquematicamente (Figura 2) (HEEGER, 2001).
Os polímeros conjugados de segunda geração, os quais possuem propriedades
eletro-ópticas, tendo particular interesse os polímeros eletroluminescentes, surgiram
associados aos polímeros condutores. Esta nova área surgiu em 1990, com a descoberta da
possibilidade de emissão de luz do poli(p-fenilenovinileno) (PPV) (AKCELRUD, 2003).
Matriz isolante
Rede condutora
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Figura 2. Esquema representativo das propriedades e aplicações dos polímeros condutores;
Adaptado de (HEEGER, 2001).
1.1. Polianilina (PAni)
A polianilina (PAni) é o produto da polimerização oxidativa da anilina em meio
ácido,sendo primeiramente relatada em 1862como negro de anilina. A partir desta data
iniciaram estudos para caracterizar este produto e seus intermediários, sendo que os primeiros
estudos sobre a polimerização da anilina foram realizados em 1910 por Green e Woodhead
(GREEN e WOODHEAD, 1910).
A PAni engloba uma família de compostos onde anéis de caráter aromático ou
quinona (anéis de seis átomos de carbono C6H4) são conectados entre si por átomos de
nitrogênio. O fato do nitrogênio se apresentar com grau de oxidação diferente quando forma
ligações químicas com o carbono permite a formação de compostos estruturalmente
semelhantes, mas com o comportamento óptico e eletrônico bastante diversificado. A PAni é
um polímero linear formado de anilina, os seus anéis podem existir nas formas benzenóides,
assim como quinóides. A forma base da PAni (Figura 3) consiste de cadeias unitárias
repetidas reduzidas e oxidadas alternantes.
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Oxidada Reduzida
Figura 3. Estrutura geral da polianilina (PAni), mostrando as unidades oxidadas e reduzias.
A PAni pode existir em números de estados de oxidação bem definidos, cada um
dos quais tem um nome que foi atribuído originalmente por Green e Woodhead (NORDÉN e
KRUTMEIJER, 2000). Esses estados vão desde a forma completamente reduzida (x=1) ou
leucoesmeraldina (LEB), passando pelas formas parcialmente oxidada (x=0,75) ou
protoesmeraldina (PEB), semi oxidada (x=0,50) ou esmeraldina (EB), parcialmente reduzida
(x=0,25) ou nigranilina (NB) até a forma completamente oxidada (x=0) ou pernigranilina
(PNB), os estados de oxidação da PAnia partir de octâmeros são apresentados na Figura 4.
Macdiarmid (2001) mostrou que os estados intermediários diferentes dos estados
mencionados acima (x=0; 0,25; 0,50; 0,75 e 1) consistem, a nível molecular, em misturas de
isômeros de dois estados que definem o início e o fim de cada faixa de valores, por exemplo,
um composto cujo estado de oxidação é x=0,3, na verdade, é uma mistura dos estados x=0,25
e x=0,50. (MACDIARMID, 2001)
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Figura 4. Estados de oxidação da polianilina, ilustrados a partir de um octâmero deste polímero. Adaptado de (MEDEIROS, OLIVEIRA FILHO e MATTOSO, 2012).
Embora as propriedades da PAni fossem conhecidas há anos, as propriedades
condutoras só foram descobertas quando se aplicou o conceito de dopagem estabelecido para
semicondutores inorgânicos aos polímeros. O poliacetileno foi o primeiro polímero a ser
dopado, seguido por outras estruturas conjugadas como polipirrol, o politiofeno e a PAni
(FEAST, TSIBOUKLIS, et al., 1996) &(SCOTT, 1997).
Dentre os vários polímeros condutores, a PAni tem se destacado por apresentar
diversas propriedades físicas semelhantes às dos semicondutores convencionais combinados a
um custo relativamente baixo. A facilidade de polimerização,boa estabilidade térmica e a
possibilidade de ser facilmente transformada na forma condutora a partir da protonação com
ácidos fortes, faz da PAni um polímero condutor bastante exploradoe com grande potencial
para aplicações tecnológicas (AMARAL, BARRA, et al., 2001).
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1.1.1. Síntese da polianilina (PAni)
A PAni pode ser sintetizada pelos métodos químicos e eletroquímicos. A síntese
química tem como vantagens a produção de um polímero de alta massa molar e que pode ser
obtido diretamente no estado dopado. Entretanto, demanda etapas adicionais de isolamento e
purificação, bem como o uso de quantidades de solventes e outros reagentes. Por outro lado, a
síntese eletroquímica pode ser conduzida numa única etapa e um consumo muito menor de
reagentes. Além disso, produz filmes finos diretamente sobre um eletrodo ou outras
superfícies metálicas. Entretanto, a síntese eletroquímica geralmente conduz a formação de
um polímero de massa molar baixa (MEDEIROS, OLIVEIRA FILHO e MATTOSO, 2012).
A polimerização eletroquímica da PAni ocorre por oxidação anódica da anilina num
eletrodo de metal inerte como platina ou ouro, vidro condutor, metais de transição como ferro,
ou sobre outros tipos de materiais.Os métodos de eletropolimerização mais utilizados são os
de correntes e potenciais controlados,e a oxidação da anilina é a rota de síntese mais utilizada
para obtenção da polianilina, seja por polimerização química ou eletroquímica. A
polimerização eletroquímica requer um meio de ácido forte e o potencial para a polimerização
é próximo do potencial de super oxidação, o que faz com que a PAni produzida via
eletroquímica tenha propriedades elétricas e mecânicas inferiores (MEDEIROS, OLIVEIRA
FILHO e MATTOSO, 2012). A Figura 5 ilustra os mecanismos de síntese eletroquímica da
PAni.
1.1.2. Dopagem da polianilina (PAni)
Até recentemente, a dopagem de polímeros condutores envolvia a oxidação ou
redução das ligações π da cadeia polimérica, respectivamente decrescendo ou aumentando o
número de elétrons associados ao polímero durante o processo de dopagem. A forma base
esmeraldina (EB), x=0,5 é o primeiro exemplo bem-sucedido de dopagem de um polímero
orgânico até atingir um regime altamente condutor por meio de protonação, sob o qual o
número de elétrons permanece inalterado. Este processo está diretamente relacionado ao seu
comportamento ácido-base. No estado não dopado, os pares de elétrons antiligantes do átomo
de nitrogênio, associados à hibridização sp3, classificam a PAni como base de Brönsted-
Lewis, sendo então denominada de base esmeraldina (EB) quando x=0,5. Desse modo,
quando a PAni (EB) encontra-se na presença de um ácido de Brönsted (espécie doadora de
prótons), passa a ser encontrada na forma de um sal de esmeraldina (ES) possuindo
condutividade de várias ordens de grandeza maior do que encontrada na forma EB.
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Figura 5. Etapas de polimerização e dopagem da polianilina. Adaptado de (MEDEIROS,
OLIVEIRA FILHO e MATTOSO, 2012).
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O ácido clorídrico, por ser um ácido forte, é comumente usado pois possui um alto
grau de dissociação em meio aquoso (MEDEIROS, OLIVEIRA FILHO e MATTOSO, 2012).
A Figura 6 mostra o mecanismo de dopagem da PAni na forma base esmeraldina (EB).
Figura 6. Mecanismo de dopagem da polianilina (EB). Adaptado (MEDEIROS, OLIVEIRA
FILHO e MATTOSO, 2012).
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1.2. Preparo da amostra
As tendências atuais em química analítica são altamente focadas na melhoria da
qualidade dos resultados analíticos. A introdução de novos desenvolvimentos tecnológicos,
como a miniaturização, a simplificação e a automação de todo o procedimento de análise vem
sendo muito estudado. Para atingir esse objetivo, importantes avanços vêm ocorrendo na
miniaturização e simplificação do procedimento de pré-tratamento das amostras, que consiste
da extração de componentes de interesse a partir de uma amostra. Esses avanços estão focados
em técnicas que respeitam o meio ambiente e diminuem o consumo de amostra e de solvente
e, portanto, reduz o custo de análise, mantendo alta seletividade e também alto poder de
recuperação, além de acelerar o processo de tratamento da amostra (RAVELO-PÉREZ,
HERNÁNDEZ-BORGES, et al., 2009).
1.2.1 Extração em fase sólida (SPE)
O tratamento prévio de amostras é extremamente importante, sendo pela eliminação
dos interferentes, extração e concentração dos analitos para injeção no sistema de análise.
Umas das técnicas mais empregadas para o preparo de amostras é a extração em fase sólida
(SPE). A SPE emprega sorventes (C8, C18; carvão ativo, alumina, sílica gel, silicato de
magnésio, entre outros) recheados em cartuchos ou adsorvidos em discos. A SPE ocorre com
a adsorção não seletiva do analito em materiais sólidos e posterior dessorção com solventes.
Segue os mecanismos da cromatografia em coluna clássica. A SPE possui como vantagens a
fácil automação, grande disponibilidade de sorventes (DA SILVA, 2007), porém é uma
extração que consome um grande volume de solventes. A tendência é sempre procurar
técnicas que sejam baratas, rápidas e principalmente que utilizem pouco ou nenhum solvente.
A partir disso, a tendência atual direciona para as técnicas miniaturizadas, visando à
diminuição dos custos de análise, dentre elas destacam-se a microextração em fase sólida
(SPME) (ORLANDO, CORDEIRO, et al., 2015).
A SPME é uma técnica recente, que consiste no estabelecimento do equilíbrio entre a
matriz e fase extratora. O dispositivo da SPME consiste de um bastão de sílica fundida
recoberto com um fino filme de um polímero ou de um sólido adsorvente. A técnica pode ser
empregada de duas maneiras: no modo direto, no qual a fibra entra em contato com a matriz
ou no modo “headspace”, na qual a fibra entra em contato com os vapores de compostos
voláteis (ORLANDO, CORDEIRO, et al., 2015).
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2. OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho consiste em fornecer uma revisão bibliográfica da
utilização da polianilina (PAni) como material adsorvente para o preparo de amostras.
3. ATIVIDADES/METODOLOGIA
As atividades e metodologia utilizadas neste trabalho consistiram em um breve
estudo histórico sobre os polímeros condutores em especial a PAni. Além disso, foi realizada
uma revisão bibliográfica do seu emprego pelas técnicas de preparo de amostras SPE e
SPME. Para isso, realizou-se uma pesquisa entre os anos de 1995 a 2015 com o objetivo de
entender a evolução no emprego deste material por técnicas e suas perspectivas futuras.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 SPE e a compatibilidade com as técnicas de análises mais usuais.
A qualidade de um método analítico é determinada por suas etapas, com seus erros
experimentais. Por um lado, esta qualidade depende da técnica de amostragem, com a qual se
seleciona uma fração presumivelmente representativa da amostra primária. Nesta fração deve-
se identificar e quantificar analitos, os quais são os componentes químicos que, também
presumivelmente, a definem. É comum não se analisar quimicamente matrizes na forma bruta,
pois elas costumam ter e gerar interferências e incompatibilidades com equipamentos
analíticos. Para contornar tais problemas são empregados procedimentos de preparo da
amostra como SPE e SPME, com os quais procura-se isolar e concentrar os analitos a níveis
adequados e obter um nível de limpeza da amostra que não comprometa a sua análise
química. Portanto, o preparo da amostra também inclui a sua compatibilização com a técnica
que fornecerá os dados químicos. A SPME é uma opção relativamente recente, que tem sido
empregada para essas operações que criam o elo entre a matriz química e o instrumental
analítico, já a SPE tem perdido espaço por utilizar maiores volumes de solventes orgânicos e
maiores quantidades de amostra (VALENTE e AUGUSTO, 2000).
O intensivo uso da Cromatografia e Eletroforese Capilar, e os consequentes
desenvolvimentos tecnológicos, resultaram numa poderosa técnica de separação que
possibilita a detecção de analitos. Em outros termos, tanto a cromatografia como a
eletroforese capilar podem ser empregadas de forma admirável para identificação e
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quantificação dos analitos. Como técnicas analíticas, elas dependem da qualidade da etapa de
preparo da amostra, pois quase nenhuma matriz pode ser diretamente injetada nestes
equipamentos. As análises de matrizes complexas, que via de regra contém, além de
particulados não voláteis, termo degradáveis, água em quantidades incompatíveis com as
colunas cromatográficas, capilares e detectores. Portanto, a viabilização da análise por
cromatografia ou eletroforese capilar depende de um método adequado de preparo da amostra.
Um destes métodos é a SPME, porque não utiliza solvente em grandes quantidades, tem alto
poder de concentração e é aplicável a muitos tipos de analitos, facilitando o transporte do
material extraído (VALENTE e AUGUSTO, 2000).
4.1.1 Fibras disponíveis comercialmente para uso na SPME
Apesar da enorme redução no consumo de solventes orgânicos, as desvantagens
desta técnica (SPME) são a fragilidade e o elevado custo das fibras (DA SILVA, 2007). Os
processos de extração e pré-concentração de analitos ocorrem numa escala dimensional que
não é das mais usuais. O dispositivo básico de SPME consiste de um bastão de fibra ótica de
sílica fundida (FS), com 100 mm de diâmetro e 10 mm de uma extremidade, recoberto com
um filme fino de um polímero polidimetilsiloxano (PDMS), poliacrilato (PA) ou Carbowax
(Cwx) ou de um sólido adsorvente, carvão ativo microparticulado (Carboxen). O detalhe da
Figura 7B representa uma fibra comercial em que o recobrimento, ou filme extrator, tem
espessura de 100 mm.
Figura 7. Dispositivo da fibra de SPME: (A) Posição com a fibra retraída na agulha (tubo
hipodérmico de diâmetro externo 0,56 mm), (B) posição com a fibra exposta. No detalhe são
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mostradas as dimensões típicas da seção com recobrimento de 100 mm de espessura.
Adaptado de (ORLANDO, CORDEIRO, et al., 2015).
As espessuras dos recobrimentos (Lf), de fibras comerciais variam de 7 µm a 100 µm
e seus volumes de 0,03 mL a 0,7 mL, algumas destas fibras estão representadas na Tabela 2.
Tabela 2. Fibras de SPME disponível comercialmente. Adaptado (ORLANDO, CORDEIRO,
et al., 2015).
Tipo Composição Química Lf/µm ∆TºC Aplicação sugerida
Não-polares Polidimetilasiloxano
(PDMS)
100 -30
7
200-270ºC
220-320 ºC
Basicamente para compostos
apolares.
É possível usar com compostos
polares
Polares Poliacrilato (PA)
Carbowax/divinilbenzeno
(CW-DVB)
85
65
220-310 ºC
200-260 ºC
Medianamentes a altamente
polares, como fenóis, pesticidas
orgafosforos. Cetonas, alcoóis.
Voláteis de média a alta
polaridade.
Bi-polares PDMS-DVB
Carboxen-PDMS
65
75
200-270 ºC
---
Voláteis e não voláteis de baixa a
alta polaridade.
Voláteis.
No entanto, as fibras disponíveis comercialmente para SPME sofrem com a baixa
resistência térmica, estabilidade química e mecânica devido aos seus materiais de
revestimento (ORLANDO, CORDEIRO, et al., 2015). Para superar estas desvantagens, a
utilização de polímeros condutores como revestimentos em SPME tem sido feito para
melhorar a eficiência e durabilidade das fibras As fibras revestidas com PAni têm sido
utilizadas por apresentar um bom desempenho térmico, químico e uma durabilidade
considerável em comparação aos polímeros convencionais existentes no mercado.
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4.1.2 Estudo e desenvolvimento de novas fibras a base de polianilina (PAni)
Com as limitações encontradas nas fibras para SPME disponíveis comercialmente, as
pesquisas em torno deste problema foram intensificadas, vários estudos para o
desenvolvimento de novos materiais que permitem a análise em condições não suportada
pelas fibras convencionais foram feitos. A PAni, por apresentar características diferentes dos
materiais convencionais e por apresentar uma rota de síntese relativamente fácil,é o polímero
mais estudado para o revestimento de novas fibras. É comum a associação da PAni com
outros dois polímeros que possuem características semelhantes no preparo dos revestimentos
para fibra, o polipirrol (PPy) e Politiofeno (PTh).
4.1.2.1. Estudos desenvolvidos utilizando a PAni para revestimento em técnicas
miniaturizadas de preparo de amostras
Gao e Feng (2012) propuseram um método simples de co-mistura para fabricar PAni
magnética unidimensional (denotado como 1D-PAnis/MNPs). Polianilinas unidimensionais
(1D-PAnis) e nanopartículas magnéticas (MNPs) foram preparados por métodos químicos de
oxidação e solvotérmico, respectivamente. Quando MNPs e 1D-PAnis (com razão em massa
de 4:1) foram misturadas e agitadas uniformemente em um solvente (etanol, água,
acetonitrila,) para se obter a 1D-PAnis/MNPs espontaneamente. Para comprovar a eficiência
da 1D-PAnis/MNPs no preparo de amostras, foi aplicado como o adsorvente para extração
magnética em fase sólida (MSPE) das fluoroquinolonas (FQS) em amostras de mel. Sob
condições otimizadas: tempo de extração 2 min, tempo de dessorção 4 min, pH 6 e uma
concentração da a mostra de 20 mg, um método rápido, conveniente e eficiente para a
determinação de quatro FQS em amostras de mel foi estabelecido. O acoplamento da SPME
com 1D-PANIs/MNPs interligado com a cromatografia líquida de alta eficiência com
detecção por fluorescência (HPLC-FLD) foi desenvolvido (GAO, ZHENG, et al., 2012).
O primeiro estudo sobre a eficiência da extração e da estabilidade térmica da
nanoestrutura da PAni auto-dopada (SPAN) como um revestimento para fibras na
microextração em fase sólida (SPME) foi realizado por (MEHDINIA, ROOHI, et al., 2011).
A eficiência de extração da fibra foi avaliada utilizando o método headspace, microextração
em fase sólida (HS-SPME) acoplada a (GC-FID). As condições otimizadas foram: pH 6,5,
tempo de extração 3 min, tempo de dissorção 2 min, agitação 200 rpm, temperatura 40 oC.
Verificou-se também que a extração apresenta um melhor desempenho quando adicionado sal
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a 15% (m/v). Os resultados revelaram uma estabilidade térmica mais elevada da fibra em
comparação com a fibra de PANI comum. O revestimento SPAN foi provado ser muito
estável a temperaturas relativamente elevadas (350 ºC) com alta capacidade de extração e
longa vida útil (mais de 50 vezes). Portanto, ele pode ser um bom substituto de polianilina
(PANI) como um revestimento SPME.
He e Sun (2014) prepararam com êxito um revestimento à base de PAni poroso e
altamente eficiente para SPME pelo método de deposição eletroquímica. Um método baseado
na microextração por headspace (HS-SPME) seguido por HPLC foi desenvolvido para
análise de traços declorofenóis em amostras de água. Os parâmetros que influenciam a HS-
SPME foram otimizados: volume da amostra 10 mL, pH 2,5, agitação 1100 rpm, temperatura
60 oC, tempo de extração 40 min e tempo de dissorção 4 min. Em comparação com as fibras
comerciais de 85 µm poliacrilato e 60 µm polidimetilsiloxano/divinilbenzeno, a fibra de PAni
produzida no laboratório mostrou uma maior eficiência de extração. O método proposto tem
sido aplicado com sucesso para a determinação de clorofenóis em amostras de água com
recuperações satisfatórias (HE, ZHUANG, et al., 2014).
Uma nova abordagem para a preparação rápida de revestimento poroso de PAni em
arame de aço inox (SS) foi recentemente apresentada em (LIU, LIU, et al., 2014). O fio de SS
foi empreguinado primeiro com ácido fluorídrico e, em seguida, utilizado como um eletrodo
de trabalho para a eletrodeposição de revestimento PAni. O procedimento de empreguinação
em um fio SS fornece a porosidade necessária para maior capacidade de extração do
revestimento PAni e para a fase de extração segurar firmemente a fibra SS. A estrutura porosa
do revestimento PAni preparado em ácido nítrico (PAni-NO3) era mais uniforme do que o
preparado em ácido sulfúrico (PAni-SO4). Estes revestimentos foram aplicados a
microextração em fase sólida (SPME) de bisfenol (BPA). As condições otimizadas do método
são as seguintes: volume da amostra 15 mL, pH 6,0, temperaruta 40 oC, agitação 1000 rpm,
tempo de extração 30 min, tempo de dissorção 7 min e o efeito do sal na extração melhora
quando utilizado na concentração 0,3 g/mL. A reprodutibilidade de 6,41% foi alcançada por
três fibras revestidas PANI-NO3, elaborados sob as mesmas condições. O revestimento PAni-
NO3 poroso foi utilizado para a pré-concentração de BPA dissolvido em água e bebidas
potável. As fibras revestidas com PAni-NO3 têm alta resistência mecânica e estabilidade
química, vida longa, alta eficiência de extração e boa seletividade para a extração de BPA em
matrizes complexas.
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Bagheri e Banihashemi (2014) desenvolveram um método rápido e consistente para
analise do diurético furosemida (FUR) na urina. Um nanocompósito baseado em
nanopartículas de prata / polianilina (Ag-PN / PAni) foi sintetizado e usado como MEPS
(microextração em seringa empacotada) material de empacotamento, este nanocompósito foi
preparado convenientemente usando polimerização interfacial, sem a necessidade de
quaisquer modelos ou dopantes funcionais. A viabilidade dos nanocompósitos sintetizados foi
examinado por isolamento de amostras de FUR diluídas na urina. As condições otimizadas
foram: uma seringa 1 mL, 2 mg de sorvente, volume da amostra 5 mL e pH 2, após a
extração, o analito foi dessorvido por 200 µL de metanol, o metanol apresentou melhor
extração, secou-se o resíduo com N2 e o ressupendeu em 30 µL de metanol e uma alíquota de
25 µL foi, finalmente, injetada no sistema de HPLC (BAGHERI e BANIHASHEMI, 2014).
Ghiasvand e Yazdankhah (2015) preparam uma fibra porosa, com grande área de
superfície, mais forte em descolamento. Esta fibra foi desenvolvida sobre um fio de aço
inoxidável platinizado, em seguida revestida com multicamadas de nanotubos de
carbono/PAni (MWCNT/PAni), usando método de deposição eletroforética (EPD) e aplicado
para a extração de timol e carvacrol com imersão direta microextração em fase sólida (DI-
SPME) seguida por detecção HPLC-UV. Diferentes parâmetros experimentais foram
estudados e a condição ótima foi obtida com: o pH 2, tempo de extração 60 min, teor de sal
na amostra 1% m/v de NaNO3, tempo de dessorção 60 min e um volume de 100 µL
acetonitrila. A fibra proposta foi aplicada com sucesso para a recuperação e determinação de
timol e carvacrol em amostras de tomilho, salgados e mel (GHIASVAND, DOWLATSHAH,
et al., 2015).
4.1.2.2 Estudos desenvolvidos utilizando a polinianilina associada ao polipirrol e politiofeno
para revestimento em SPME
Ghassempour e Nakhshab (2005) elaboraram um método simples e sensível para a
determinação da anatoxina-a em amostras aquosas, usando microextração em fase sólida
(SPME) como preparo da amostra e cromatografia gasosa com detecção por espectrometria de
massa (GC-MS). Três formas de filmes de PAni e uma forma única de filme de polipirrol
(PPy) foram preparadas e aplicadas por SPME. As propriedades de extração da anatoxina-a
por estes filmes foram examinadas e verificou-se que a forma leucoesmeraldina da PAni
apresenta uma seletividade melhor a este composto. As condições para SPME foram
otimizadas, selecionando parâmetros apropriados de extração, incluindo o tipo de
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revestimento (leucoesmeraldina 32 µm de espessura), a concentração de sal 10%, m/v, tempo
de extração 30 min, agitação 1000 rpm e um pH 2. Este método foi aplicado com sucesso para
a análise de anatoxina-a no meio de cultura de duas espécies de cianobactérias
(GHASSEMPOUR, NAJAFI, et al., 2005).
Khajeamiri (2011) prepararou um revestimento de polianilina (PAni) para ser
utilizado na microextração em fase sólida (SPME). O filme de PAni foi diretamente
eletrodepositado na superfície do fio de platina usando a técnica de voltametria cíclica (CV).
O mesmo método foi aplicado para a preparação de fibras de SPME revestidas por
multicamadas do compósito PAni e nanotubos de carbono (PAni/MWCNTs). A
aplicabilidade destes revestimentos foi avaliada utilizando a SPME para extração de ácido
palmítico e ácido oléico e a detecção foi realizada com auxílio de CG-MS. O método
desenvolvido provou ser simples e fácil, oferecendo elevada reprodutibilidade. Ambos os fios
revestidos com PAni e PAni/MWCNTs tiveram a capacidade de concentração de ácido
palmítico e ácido oléico em seu revestimento. As condição otimizadas foram: temperatura 25 oC , tempo de extração 1 hora e a secagem durante 30 min em N2. Entretanto, fios revestidos
com PAni/CNT produziram sinais mais fortes no cromatograma do que os produzidos pelos
fios revestidos com PAni. A quantidade de ácido palmítico e ácido oléico extraída pelo
revestimento PAni/MWCNTs foi cerca de 6 a 12 vezes maior do que a quantidade extraída
por fibras revestidas somente com PAni (KHAJEAMIRI, 2011).
Asadollahzadeh e Maghsoudi (2010) propuseram um estudo sobre a microextração
em fase sólida com imersão direta (DI-SPME), um fio de aço inoxidável foi
eletroquimicamente revestido com multicamadas de carbono oxidado e polipirrol (MWCNTs-
PPy), para determinação dos ésteres ftalato. O revestimento estudado são altamente estável e
muito aderente sobre a superfície da fibra de aço, os efeitos dos vários parâmetros sobre a
eficácia do processo de SPME foram otimizados: temperatura de dissorção 250 oC, tempo de
dissorção 25 min, tempo de extração 60 min, temperatura de extração 30 a 70 oC e o efeito da
extração melhora na presença de NaCl 0,2% µg/mL. O método foi aplicado com sucesso para
a análise de amostras de água mineral com as recuperações de 90 a 113%
(ASADOLLAHZADEH, NOROOZIAN e MAGHSOUDI, 2010).
Bagheri e Ayazi (2011) desenvolveram uma técnica de microextração em fase
sólida utilizando filmes finos de polipirrol-poliamida, os filmes foram fabricados pelo método
de electrospinning, a aplicabilidade da nova folha de nanofibras foi examinada na extração de
malathion em amostras aquosas de pesticidas. A dessorção foi realizada em um microtubo e
uma alíquota injetada do CG-MS. Os parâmetros otimizados foram os seguinte: tempo de
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extração 40 min, tempo de dessorção 15 min, temperatura de extração 25 oC, solvente de
extração clorofórmio e o efeito do sal na extração apresentou melhor rendimento quando
utilizado NaCl a 30% m/v. O método desenvolvido foi aplicado com sucesso para amostras de
água do rio Zayanderood, todo procedimento mostrou-se convenientemente aplicável e
bastante fácil de ser manipulado (BAGHERI, AGHAKHANI, et al., 2011).
Li e Xu (2015) apresentam neste trabalho um novo revestimento grafeno/Pani
(G/PAni), um revestimento para microextração em fase sólida in-tube on-Line (IT-SPME)
pela primeira vez. O revestimento G/PAni foi preparado em uma superfície interna de um
tubo de aço inoxidável por um método de eletrodeposição in situ. Alguns parâmetros
experimentais importantes foram padronizados: volume da amostra 2 mL, fluxo da amostra
7,2 ml/min e a espessura do filme 70 µm. O desempenho da extração do IT-SPME foi
avaliado sistematicamente, o revestimento apresentou maior estabilidade mecânica, longa
vida útil e boa biocompatibilidade comparado com revestimento de polianilina, método IT-
SPME on-line apresentou maior eficiência de enriquecimento comparado a métodos
tradicionais. O método IT-SPME on-line mostra uma abordagem promissora para a
determinação de aldeídos em traço com sensibilidade aprovada (LI e XU, 2015).
Asiabi e Rezaei (2015) propuseram um novo e eficiente método de IT-SPME on-
line para determinação de pequenas quantidades de parabenos. Um composto nanoestruturado
de polianilina-polipirrol eletroquimicamente depositado na superfície interna de um tubo de
aço inoxidável e usado como a fase de extração. Vários fatores importantes que influenciam
na eficiência da extração foram otimizados: pH 6, tempo de extração 30 min, tempo de
dissorção 10 min, taxa de fluxo da extração 7 mL/min, taxa de fluxo dessorção 3 mL/min o
efeito do sal apresentou eficiência utilizado NaCl a 30% m/v. O método foi aplicado com
sucesso para a análise de parabenos de propila em amostras água, leite e sucos (ASIABI,
YAMINI, et al., 2015).
A Tabela 3 apresenta os parâmetros otimizados nos trabalhados que empregam a
PAni como material adsorvente.
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Tabela 3: Principais parâmetros obtidos nos métodos que empregam a PAni como material adsorvente.
Revestimento
Método de Preparo
Técnica de análise
Técnica de extração
Recuperação
Faixa-linear
LOD
Ref.
1D-PANSs/MNPs
Métodos químicos de oxidação e solvotérmico
HPLC-FLD MESP 86,3 - 121,3% - 0,4 - 1,4 ng.g-1 (GAO, ZHENG, et al., 2012)
SPAN Deposição eletroquimica GC-FLD HS-SPME 98 - 120% 1-100 ng.mL-1 - (MEHDINIA, ROOHI, et al., 2011)
PANI Deposição eletroquimica HPLC HS-SPME - 0.5-200 µg.L-1 0,10-0,50 µg.L-1 (HE, ZHUANG, et al., 2014)
PANI-NO3 Deposição eletroquimica HPLC-UV SPME 90,56% - 108,2% 0,01-100 ng.mL-1 - (LIU, LIU, et al., 2014)
Ag-PN / PANI Polimerização interfacial HPLC MEPS - 15-750 µg.L-1 7 - 15 µg.L-1 (BAGHERI e BANIHASHEMI,
2014)
MWCNT/PANI Deposição eletroforética HPLC-UV DI-SPME - - 0,6 - 0,8 µg.mL-1 (GHIASVAND, DOWLATSHAH,
et al., 2015)
PANI-PPy Deposição eletroquimica GC-MS SPME - 50 -10 000 ng.mL-1 - (GHASSEMPOUR, NAJAFI, et al.,
2005)
PANI/MWCNT Deposição eletroquimica GC-MS SPME - - - (KHAJEAMIRI, 2011)
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MWCNTs-PPy Deposição eletroquimica GC-MS DI-SPME
90 – 113%
0,5 - 300 ng.mL-1 - (ASADOLLAHZADEH,
NOROOZIAN e MAGHSOUDI, 2010)
PANI-PPy Método de electrospinning GC-MS SPME 98 - 96% 0,1-1 ng.mL-1 - (BAGHERI, AGHAKHANI, et al.,
2011)
G/PANI Método de eletrodeposição in situ
HPLC IT-SPME 70 -120% - - (LI e XU, 2015)
PANI-PPy Deposição eletroquimica HPLC SPME 80 - 90,2%. 0,07-50 µg.L-1 - (ASIABI, YAMINI, et al., 2015)
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4.1.2.3 Estudos desenvolvidos utilizando a PAni como material de preenchimento em SPE
Rezvani e Shekari (2014) descreveram um novo nanocomposto a base de
polianiline-magnetita e sua aplicação na pré-concentração de Cr (VI). O material foi obtido
por polimerização oxidativa da anilina na presença de nanopartículas de magnetita. Os
parâmetros que afetam à pré-concentração foram otimizados: volume de eluição 225 µL,
tempo de eluição 2.5 min, volume da amostra 100 mL, pH 7,6 e o tempo de extração 4 min. A
capacidade de adsorção do adsorvente para o Cr (VI) é 54 mg/g, o volume e concentração do
eluentes, e o tempo de eluição foram selecionados como principais fatores no estudo de
otimização no momento da eluição. Após adsorção e eluição, os íons de Cr (VI) reagiram com
difenilcarbazida, e o corante resultante foi quantificado por HPLC (REZVANI,
ASGHARINEZHAD, et al., 2014).
Bagheri e Barcelo (2004) sintetizaram a PAni e avaliaram seu uso como sorvente
em SPE-HPLC para uma variedade de pesticidas polares e alguns de seus produtos da
degradação a partir de amostras de água. Várias classes de pesticidas foram selecionadas para
este estudo. Os resultados de recuperação utilizando PAni foram comparados com os obtidos
pelo C18 e os parâmetros da SPE foram otimizados: o pH 2,5, volume da amostra 350 mL e
200 mg do polímero adsorvente. O desempenho do método foi avaliado pela análise água de
torneira e rio. O %RSD do método foi entre 6 e 14% (n = 3) e limites de detecção foram na
faixa de 0,01-0,5µg/L. O método oferece alta eficiência, baixo custo e facilidade de operação
(BAGHERI, SARAJI e BARCELO, 2004).
Sowa e Kocjan (2013) avaliaram a ocorrência de nitrato (III) e nitrato (V) em
amostras ambientais. Contudo, as concentrações elevadas de outros íons, especialmente o
cloreto, dificultam a correta integração dos picos. O sorvente obtido recentemente, baseado
em sílica gel modificada com PAni, foi utilizado com sucesso como sorvente para SPE, sendo
capaz de remover o efeito de matriz. Amostras de água engarrafadas comercialmente
contendo diversos componentes minerais foram purificadas na coluna SPE. Os parâmetros
otimizados foram: 1g no material adsorvente, 2 mL de volume da amostra, vazão 1 mL/min
em uma coluna de (55 x 5) mm, sendo que os analitos foram determinados utilizando a
cromatografia líquida de alta eficiência. O eluente empregado nas condições para a SPE foi
composto de uma solução aquosa contendo 3,5 mM (0,37 g/L) de Na2CO3 e 1 mM (0,084
g/L) de NaHCO3. As quantidades de ânions em todas as amostras investigadas de água
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variaram entre 1,71-22,33 mg/L de nitrato (V) e
0,04-0,10 mg/L para o nitrato (III). Estes valores estavam dentro de padrões especificados 2
mL (SOWA, WÓJCIAK-KOSIOR e KOCJAN, 2013).
Asgharinezhad e Shekari (2014) desenvolveram diversos tipos de nanocompósitos de
Fe3O4 com PAni e polipirrol por meio de processo de polimerização para uso em µ-extração
dispesiva em fase sólida (D-µ-SPE) na presença de vários agentes dopantes. Os resultados
mostraram que o nanocompósito modificado com PAni pelo ácido p-toluenossulfónico como
um agente dopante demonstrou maior eficiência de extração de lorazepam (LRZ) e
nitrazepam (NRZ), os sorventes magnéticos sintetizados também foram caracterizados. O
nanocompósito juntamente com HPLC foi utilizado para determinação de lorazepam e
nitrazepam em amostras de urina e plasma. Diferentes parâmetros que influenciam na
eficiência da extração foram otimizados, as condições ótimas obtidas foram: pH 6, quantidade
de sorvente 5 mg, tempo de sorção 5 min, solvente de eluição brometo de cetiltrimetilamónio
em acetonitrila e o seu volume de 150 µL, tempo de eluição 2 min e sem adição de NaCl. Em
uma última análise, a aplicabilidade do método foi confirmada com sucesso pela extração e
determinação do NRZ e LRZ em amostras de urina e plasma humanos (ASGHARINEZHAD,
EBRAHIMZADEH, et al., 2014).
Sowa e Szymczak (2014) propuseram um novo material adsorvente à base de sílica
gel revestido por película de PAni (Si-PANI), o processo inédito obtido a partir da
polimeração direta, podendo assim ser utilizado como material adsorvente na extração em
fase sólida (SPE) para determinação de ácidos triterpénicos. Os parâmetros foram
investigados, tais como: solvente de eluição que apresentou melhor desempenho foi o metanol
com um volume de 3 mL, volume da amostra 7 mL e a concentração 0,5 mg/mL. Estes
parâmetros foram otimizados e comparados com os parâmetros obtidos para RP-18 e
cartuchos de sílica aminopropil. Os valores elevados de recuperação acima de 97%, após o
procedimento de SPE com o uso de cartuchos de Si-PANI prova a sua utilidade. A eficiência
da purificação da amostra foi avaliada pelo monitoramento de cromatogramas na região entre
190 nm e 400 nm durante a eluição. Foram observados os componentes de menor número e as
suas concentrações mais baixas para todas as amostras investigadas após os procedimentos
SPE (SOWA, WÓJCIAK-KOSIOR, et al., 2014).
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5. CONCLUSÕES
Desde a introdução da técnica de SPE, pôde-se perceber que vários materiais
adsorventes foram introduzidos, além disso, novas variações e associações estão surgindo,
com os objetivos principais de melhorar a eficiência na adsorção, tempo de análise, redução
na quantidade de solventes utilizados e maior durabilidade no caso das fibras. A PAni
mostrou ser capaz de atender aos requisitos necessários, uma vez que seu tempo de uso é
maior do que os materiais adsorventes convencionais encontrados no mercado.
A PAni, por apresentar uma síntese relativamente simples e baixo consumo de
solventes orgânicos, vem sendo estudada com mais frequência para o revestimento de fibras
utilizadas na SPME e preenchimentos de cartuchos na SPE. Polímeros como PPy e PTh são
associados a PAni por apresentar uma semelhança estrutural e assim melhorar o desempenho
do material adsorvente. Outros materiais como nanotubos de carbono e sílicas também estão
sendo estudados e associado a PAni. A Figura 8 apresenta a relação entre o número de
trabalhos publicados e os materiais desenvolvidos para o revestimento das fibras e
preenchimentos de cartuchos.
Figura 8: Número de artigos publicados referente ao material adsorvente.
Dentre as técnicas instrumentais mais utilizadas destacam a cromatografia gasosa
acoplada à espectrometria de massas e a cromatografia líquida de alta eficiência acoplada ao
um detector por arranjos de diodos, o uso destes detectores é importante para melhorar a
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sensibilidade e seletividade dos métodos. A Figura 9 apresenta as principais técnicas
instrumentais empregadas.
Figura 9: Número de artigos publicados referente à técnica instrumental.
No preparo das amostras foram utilizadas várias técnicas de microextração, em
destaque a SPME. Estas técnicas foram eficazes para extraírem os analitos de diferentes
matrizes complexas e são as mais usuais e compatíveis quando o material adsorvente é a base
PAni. A Figura 10 apresenta as principais técnicas de extração empregadas.
Figura 10: Número de artigos publicados referente a técnica de extração.
Como a Pani é um polímero bastante versátil, a tendência é o surgimento de novas
variações e modificações envolvendo esse polímero e a técnica de preparo de amostras, para
determinação de uma vasta gama de compostos orgânicos.
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