preconceitos e estereÓtipos - reflexÕes acerca da condiÇÃo indÍgenas na mÍdia brasileira
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XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE SOCIOLOGIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
PRECONCEITOS E ESTEREÓTIPOS: REFLEXÕES ACERCA DA
CONDIÇÃO INDÍGENAS NA MÍDIA BRASILEIRA1
Anderson Martel Torres da Costa
2
Arthur Anthunes Leite de Andrade3
Grege Nascimento da Silva4
REFERÊNCIA
BARBOSA, Renata Guerreiro; LANDA, Beatriz dos Santos. Povos indígenas e a mídia no sul mato-grossense. ANAIS DO ENIC, v. 1,
n. 1 (2), 2010. Disponível em: http://periodicos.uems.br/index.php/enic/article/view/1385/277. Acesso em: 17.02.13
BOURDIEU, Pierre. Sobre a televisão. Rio de janeiro: Jorge Zahar Editora, 1997,pp. 09-117.
GRUPIONE, Luís Donizete Benzi. Índios: passado, presente e futuro. In. Índios do Brasil. Brasília, MEC, SEED, SEF, 2001.
LIMA, M. E. O; ALMEIDA, A. M. M. Representações sociais sobre os índios em Sergipe: ausência e invisibilidade.Paideia, Vol. 20, N°.
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1 O presente trabalho é fruto de atividades acadêmicas desenvolvidas no âmbito da graduação de Ciências Sociais, na disciplina de Antropologia Brasileira.
O mesmo foi orientado pela professora da disciplina, Thaylana Soraya da Silva Jucá. 2 Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Amapá – UNIFAP. 3 Graduando e Bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) 4 Graduando e bolsista voluntário do grupo PET de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP. Tecnólogo em Design pela
Universidade do Estado do Amapá- UEAP.
INTRODUÇÃO
Índio, termo gramatical utilizado erroneamente para
descrever os conjuntos de povos, encontrados aqui com hábitos
culturais e comportamentais diferentes.
Com o “descobrimento” desse novo continente e
tomando por base a civilização européia começaram as
primeiras formas de se referir ao ‘outro’ como seres selvagens,
atrasados, sem alma, entre outras denominações, materializando
neles o discurso do atavismo, sob dois aspectos principais como
podemos inferir: quando é vitima ou praticante da violência,
concebendo como não humanos. Esse tratamento demonstra as
primeiras formas de representações sociais do índio, ou seja,
“sistemas de valores, noções e práticas que proporcionam aos
indivíduos os meios para orientar-se no contexto social e
material, tornando-os inteligíveis na realidade físicas e sociais
que se integram nos diversos grupos ou em suas relações
cotidiana intercambiáveis” (MOSCOVICI, 1978).
Ideia que acompanhará os povos ameríndios até a
atualidade, um discurso preconceituoso e pontual que vai tratá-
los de acordo com os interesses dos proprietários do capital.
OBJETIVOS
O presente artigo tem como objetivo investigar as
representações sociais e seus discursos apresentados pela mídia
brasileira sobre os índios.
METODOLOGIA
Como recurso metodológico utilizamos a revisão de
literatura em textos que citam tanto o índio quanto a mídia como
objeto de estudo.
RESULTADOS
Constatou-se que os índios são representados
socialmente pelos olhares dos detentores do poder. Nesse viés,
os discursos midiáticos se inserem como extensão da vontade do
capital. Isso se deve a crescente adesão das minorias indígenas
pela organização social e política contemporânea. Nesse sentido
ora são representados como praticantes de violência ou vitimas
dessas, ou ainda como detentores de direitos, postos pela mídia
como questionáveis e polêmicos, isso (direciona) desloca o
debate a casos particulares nos quais predominam as relações de
poder (a mídia e a classe dominante) entre índios e a classe
dominante.
CONCLUSÃO
No texto enfatiza-se a construção simbólica dos índios de
acordo com os interesses dessas classes dominantes, mas o que
eles ainda não perceberam é que apesar de todos os direitos e
organização sócio-político das minorias indígenas, os esses
continuam nas mesmas condições de quinhentos anos atrás, mas
agora sob á égide do discurso midiático que conforma e
deforma o campo social no qual eles estão inseridos.
Aprisionando-os dentro de uma “jaula” que possui inúmeros
cadeados, denominados como preconceito, subalternidade,
invisibilidade, seu não reconhecimento como índio quando esse
faz uso de produtos historicamente dirigido aos não indígenas,
atrasados, selvagens, entre tantos outros “adjetivos” que
denigrem e dilaceram sua cultura e todo seu legado na formação
do que hoje chamamos de Brasil.
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