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PRECIPITAÇÃO DE PROTEÍNAS

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PRECIPITAÇÃO DE PROTEÍNAS

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INTRODUÇÃO

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Constituição e estrutura das PROTEÍNAS Constituição Aminoácidos (aa) com elevada massa molar

(> 6000Da); dos quase 200 aa conhecidos, apenas 20 constituem as proteínas.

Os 20 aa das proteínas se diferenciam pela cadeia lateral R, que determina o caráter ácido ou básico do aa em solução.

Estrutura (quatro níveis) : Estrutura primária: refere-se à sequência dos

aminoácidos na cadeia linear peptídica. Estrutura secundária: refere-se ao grau de

ordenação espacial da cadeia polipeptídica. São estruturas helicoidais ou folhas pregueadas.

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Estrutura terciária: refere-se ao arranjo espacial obtido pelas dobraduras e enrolamentos da estrutura secundária. Envolve a otimização de várias interações (hidrofóbicas, eletrostáticas e de van der Waals) e pontes de hidrogênio entre vários grupos na estrutura da proteína.

As estruturas secundária e terciária conferem à proteína a sua estrutura tridimensional.

Estrutura quaternária: envolve a associação de subunidades terciárias de proteínas. Para sua estabilização concorrem ligações iônicas, pontes de hidrogênio, forças de van der Waals, pontes bissulfeto e interações hidrofóbicas.

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Representação esquemática das estruturas das proteínas

Estrutura terciária

Estrutura primária

Estrutura secundária

Estrutura quaternária

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Princípios de Solubilidade Solubilidade: resultado global das interações

atrativas e repulsivas entre moléculas do solvente e do soluto;

É favorecida quando há interações repulsivas entre moléculas de soluto e atrativas entre moléculas do soluto e do solvente;

Interações entre soluto e solvente são não covalentes => interações eletrostáticas e forças de Van der Waals;

Interações eletrostáticas: base da solubilidade de moléculas polares neutras e com cargas em solventes polares;

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Solubilidade de Proteínas

Regiões Hidrofóbicas

(Apolares)Regiões Hidrofílicas(Polares)

Determinam a solubilidade

Além dos aa, íons ferro e cobre, oligossacarídeos e lipídeos conferem diferentes solubilidades às proteínas.

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pH: grande influência => altera o grau de dissociação dos grupamentos;

O ponto de solubilidade mínima é igual ou próximo ao ponto isoelétrico (pI), que corresponde ao valor de pH no qual a proteína possui carga global igual a zero.

Carga total zero leva a um aumento da agregação devido à menor repulsão.

perfis de solubilidade em diferentes valores de pH

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pH e distribuição de cargas:

pI

- - + +

De modo geral, o solvente é aquoso, e, alterando-se as propriedades do meio por mudanças na força iônica e no pH, por adição de solventes orgânicos miscíveis e polímeros orgânicos, altera-se a solubilidade das proteínas.

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Desnaturação X Precipitação

A desnaturação compreende a destruição da estrutura terciária de uma molécula de proteína e a formação de cadeias polipeptídicas ao acaso.- as variáveis pH, temperatura e solventes orgânicos, dependendo dos valores, causam desnaturação das proteínas.

A precipitação compreende a modificação da estrutura tridimensional da molécula de proteína.- as mesmas variáveis, dependendo dos valores, causam precipitação das proteínas.

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Uso: purificação de proteínas de diferentes fontes Precipitados: agregados protéicos de moléculas de

diferentes tamanhos; Precipitação: operação na qual uma perturbação,

química ou física, em uma solução, promove a formação de partículas insolúveis;

Remoção do precipitado: separação sólido-líquido; Tradicionalmente usado também como etapa de

concentração; Etapa preliminar em diversos procedimentos de

purificação; Pode se empregada como etapa única;

PRECIPITAÇÃO

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Vantagens:

Facilidade de operação

Equipamentos relativamente simples

Facilidade de ampliação de escala

Grande número de agentes precipitantes(sendo muitos de baixo custo ou usados em concentrações pequenas)

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As técnicas de precipitação se dividem basicamente em dois grupos:

Redução da solubilidade da molécula alvo pela modificação da solução: Adição de sais (sulfato de amônio) em altas

concentrações, de solventes orgânicos (etanol, éter e acetona) e de polímeros não-iônicos (polietilenoglicol).

Redução da solubilidade por alterações da molécula alvo: Mudança da carga das proteínas (adição de

ácidos e bases), uso de precipitantes aniônicos ou catiônicos.

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A precipitação deve permitir que a

conformação adequada da proteína seja

recuperada, para que esta possa

“exercer” sua função bioquímica após o

processo.

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PRECIPITAÇÃO POR SAIS

Neutralização das cargas superficiais com redução da camada de hidratação

=> agregação dos resíduos hidrofóbicos

Salting-out: adição de sais que promovem o aprisionamento de moléculas de água, que tornam-se escassas, e o consequente consumo das moléculas de água nas regiões hidrofóbicas. Estas, expostas, se interagem e se agregam.

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Região Hidrofóbica

(Apolar)Regiões Hidrofílicas(Polares)

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Sais mais adequados são aqueles que apresentam elevada solubilidade.

Os mais usados são:

citrato de sódiosulfato de sódiosulfato de amônio

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Salting-in: em baixa concentração de sais ocorre a indução de interações iônicas e agregação das moléculas de proteína.

Método mais comumente usado para separação de proteínas é o da adição de sais neutros (salting out)

Globulinas se precipitam sob força iônica baixa

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Esquema explicativo da precipitação por salting-in.

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Primeira descrição quantitativa do salting out foi feita por Cohn, em 1925:

log S = - KS ( I )

Onde:

S = solubilidade da proteína (mol/L)

I = força iônica do meio (mol/L)

= constante que representa a solubilidade da proteína quando I = 0 (mol/L)

KS = constante de salting out

Misturas de proteínas não obedecem à equação!

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PRECIPITAÇÃO POR SOLVENTES

A solubilidade das proteínas varia com a

distribuição dos resíduos hidrofílicos e

hidrofóbicos na superfície da molécula;

Álcoois de cadeia inferior, acetona, éteres e

outros são usados como precipitantes desde

início do século XIX;

Aplicação clássica: fracionamento das proteínas

do plasma sanguíneo por etanol frio (Método de

Cohn)

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MECANISMO

Principal efeito: da constante dielétrica do meio

-

R egiãoH id ro f ó b ica

--

-

-

-

-+

+

++

+-

--

-

+ +

-

-

+ ++ + +

+

-

- -- -

So lv en teO rgân ico

Agregação de proteínas por

interações eletrostáticas entre

superfícies com cargas de sinal oposto em meio

aquoso contendo solvente orgânico.

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SOLVENTES

Devem ser miscíveis em água, não reagir diretamente com as moléculas e ser bons precipitantes;

Mais usados: metanol, etanol e acetona; Outros: n-propanol, i-propanol, 2-metoxietanol, e

outros álcoois, éteres e cetonas;

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VARIÁVEIS QUE AFETAM O PROCESSO

Temperatura: 20 – 30 ºC estimulam a xxxxxxxxxxxxxxxxxdesnaturação

< 0º C pode garantir que xxxxxxxxxxxnão haja desnaturação

Adição do solvente temperatura => deve ser lenta e sob refrigeração

Concentração de sais: concentrações dificultam interações eletrostáticas => dificuldade de precipitação => % solvente

pH: próximo ao pI favorece a precipitação

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PRECIPITAÇÃO FRACIONADA

Meios a serem purificados, em geral, constituem misturas Precipitação fracionada corresponde à precipitação em

duas ou mais etapas Na primeira removem-se proteínas indesejáveis menos

solúveis e, nas seguintes, precipitam-se uma ou mais moléculas-alvo

Em um estágio: útil como técnica de concentração Fracionada: aplicação industrial para purificação; Na precipitação fracionada em geral varia-se a

concentração do agente precipitante, mas também pode-se variar outros fatores;

Os estágios são chamados de “cortes” (em geral, dois);

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Representação teórica dos perfis de solubilidade de uma molécula de interesse e outras presentes no meio, em concentrações crescentes de precipitante.

30% v/v

50% v/v

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pH 4,6

0

20

40

60

80

100

0 20 40 60 80 100

% etanol (v/v)

% R

ecu

pe

raçã

o

xilanase

beta-xilosidase

proteínas totais

Recuperação (%) das enzimas: xilanase (), -xilosidase () e proteínas totais ().

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Parâmetros de Avaliação Recuperação de proteínas totais: Rp = teor de proteínas após precipitação x 100

teor de proteínas inicial

Recuperação de atividade: Ra = atividade após precipitação x 100

atividade inicial

Aumento de pureza: AP = atividade específica após precipitação

atividade específica inicial

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Resultados obtidos após precipitação fracionada com etanol das enzimas xilanase, -xilosidase e proteínas totais.

-xilosidase

Amostra RP1

(%)RA2

(%) AP3

Inicial - - 1,0

20% etanol 71 8 0,1

60% etanol 12 74 5,9

80% etanol 18 6 0,4

Xilanase

Amostra RP(%)

RA(%)

AP(AEf/AEini)

Inicial - - 1,0

20% etanol 71 6 0,1

60% etanol 12 7 0,6

80% etanol 18 81 4,4

1Recuperação de proteínas totais; 2Recuperação de Atividade; 3Aumento de pureza.

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PRECIPITAÇÃO POR POLÍMEROS

PEG (polietilenoglicol), polímero de alta massa molar, neutro e miscível em água, disponível em diversos graus de polimerização;

Em geral, proporções de polímero (15 a 30%); 4000 g/mol ou mais são os mais eficientes Mecanismo: exclusão da proteína do meio aquoso; Concentração depende do tamanho da molécula a

ser precipitada e da massa molar do polímero, sendo inversamente proporcional à concentração da proteína;

Remoção do polímero: ultrafiltração, diálise, adição de etanol.

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Polieletrólitos: polímeros iônicos solúveis em água; usados devido ao baixo custo e pouca concentração residual; Policátion polietilenoimina e poliânion ácido

poliacrílico Mecanismo: agregação à proteína (floculação)

ou eletrostático (neutralização de cargas);

PRECIPITAÇÃO PELA TEMPERATURA Mecanismo:1) diminuição: redução na solubilidade; 2) aumento: desnaturação => exposição de grupos hidrofóbicos que interagem e formam complexos insolúveis;

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PRECIPITAÇÃO ISOELÉTRICA Resulta da atração eletrostática das proteínas

quando estas estão próximas a seu pI; Método bastante simples: ajuste do pH

Próximo ao pI a repulsão eletrostática é mínima => precipitação isoelétrica, por interação entre as zonas hidrofóbicas;

Vantagem: baixo custo Desvantagem: possibilidade desnaturação

Obs: Método útil para precipitar proteínas indesejáveis e otimizar outros tipos de precipitação;

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Outros tipos de precipitação

Por afinidade: uso de interações específicas e seletivas da molécula-alvo com algum ligante; Ex.:Cibracon blue em metilmetacrilato para

purificar lactato desidrogenase.

Por íons metálicos: íons metálicos polivalentes podem ser usados eficientemente na precipitação: manganês, ferro, cobalto, níquel, cobre, zinco e cádmio.

Mecanismo: mudanças do pI e formação de ligações cruzadas com outras proteínas.

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Principais métodos de precipitação de proteínas

Precipitante Princípio Vantagens Desvantagens

Sais neutros(salting-out)

Interações hidrofóbicas pela redução da camada de hidratação da proteína

- Uso universal- Baixo custo

- Corrosivo- Liberação de amônia em pH alcalino

Polímeros não-iônicos

Exclusão da proteína da fase aquosa reduzindo a quantidade de água disponível para a solvatação da proteína

- Uso de pequenas quantidades de precipitante

- Aumento da viscosidade

Calor interações hidrofóbicas e interferência das moléculas de água nas ligações de hidrogênio,

- Baixo custo- Simples

- Risco de desnaturação

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Polieletró-litos

Ligação com a molécula de proteína atuando como agente floculante

- Uso de pequenas quantidades de precipitante

- Risco de desnaturação

Precipitação isoelétrica

Neutralização da carga global da proteína pela alteração do pH do meio

- Uso de pequenas quantidades de precipitante

- Risco de desnaturação

Sais metálicos

Formação de complexos - Uso de pequenas quantidades de precipitante

- Risco de desnaturação

Solventes orgânicos

Redução da constante dielétrica do meio aumentando as interações eletrostáticas intermoleculares

- Facilidade de reciclagem- Facilidade na remoção do precipitado

- Risco de desnaturação de proteínas- Inflamável e explosivo