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PRECEDENTE JUDICIAL Luiz Henrique Volpe Camargo

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PRECEDENTE JUDICIALLuiz Henrique Volpe Camargo

ESTÁCIO-CERS

1. Qual é o problema que temos hoje que tem conexão com os precedentes judicias?

2. A distinção entre acórdão, jurisprudência, enunciado de súmula e precedente

3. Argumentos favoráveis à valorização e o respeito aos precedentes no Brasil

Favoráveis• Tratamento igualitário• Previsibilidade e segurança jurídica• Agilidade na entrega da prestação jurisdicional• Desestímulo à litigância judicial e à utilização de recursos• Mais qualidade na prestação jurisdicional• Garantia da confiança no trabalho dos juízes e da unidade no direito

4. Argumentos contrários à valorização e o respeito aos precedentes no Brasil

Contrários• Engessamento• Comprometimento da autonomia ou da independência funcional do juiz• Ferimento à regra da separação dos poderes

5. A identificação do padrão decisório a ser seguido

• Onde consultar em primeiro lugar?• Observância da estrutura piramidal que advém da Constituição Federal• Organização dos julgados em cada tribunal• O grau de vinculação (forte ou fraca) (efetiva ou virtual) (vinculação oupersuasão)• Necessidade de ler, entender, interpretar e aplicar

6. A necessidade de mudança de postura de advogados e julgadores

• Crítica à prática da indiscriminada reprodução de ementas;• A substituição da quantidade pela qualidade (influência a partir da origem dopadrão decisório);• Necessidade do bom exemplo por parte de quem tem o dever de criar o padrãodecisório;• Necessidade de observar e dar continuidade à sequência de decisões no mesmosentido (integridade, coerência e estabilidade);• Aplicar o padrão decisório já em 1º grau;• Aceitar a aplicação do padrão decisório já em 1º grau;• Punir quem recorre sem alegação legítima de distinção ou superação.

7. As técnicas para legitimamente aplicar a tese firmada em precedente judicial

• O que possui eficácia vinculante em um precedente (ratio decidendi ouholding)

• O que não possui eficácia vinculante em um precedente (obiter dicta ougratis dicta)

8. As técnicas para legitimamente não aplicar a tese firmada em precedente

• Distinção (distinguishing)

• Superação ou revogação do precedente (overruling)

9. A revogação de precedente e a necessidade de modulação de efeitos

• Efeitos retrospectivos (ex tunc)

• Efeitos prospectivos (ex nunc)

• Efeitos para o futuro (pro futuro)

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-laestável, íntegra e coerente.

§ 1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados noregimento interno, os tribunais editarão enunciados de súmulacorrespondentes a sua jurisprudência dominante.

§ 2o Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se àscircunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação.

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:

I – as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de

constitucionalidade;

II – os enunciados de súmula vinculante;

III – os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas

repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos;

IV – os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e

do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional;

V – a orientação do plenário ou do órgão especial a os quais estiverem vinculados.

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

§ 1o Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e no art. 489, § 1o, quando decidirem comfundamento neste artigo.

§ 2o A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de súmula ou em julgamento de casos repetitivospoderá ser precedida de audiências públicas e da participação de pessoas, órgãos ou entidades quepossam contribuir para a rediscussão da tese.

§ 3o Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e dos tribunaissuperiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação dos efeitos daalteração no interesse social e no da segurança jurídica.

§ 4o A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou de tese adotada em julgamentode casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada e específica, considerando osprincípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.

§ 5o Os tribunais darão publicidade a seus precedentes, organizando-os por questão jurídica decidida edivulgando-os, preferencialmente, na rede mundial de computadores.

Art. 489.

§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja elainterlocutória, sentença ou acórdão, que:

V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificarseus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sobjulgamento se ajusta àqueles fundamentos;

VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedenteinvocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso emjulgamento ou a superação do entendimento.

CAPÍTULO III DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO

Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação

do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:

I – enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de

Justiça;

II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça

em julgamento de recursos repetitivos;

III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de

assunção de competência;

IV – enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.

TÍTULO III DA TUTELA DA EVIDÊNCIA

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da

demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

...

II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e

houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

...

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

CAPÍTULO II DA APELAÇÃO

Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.

§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos

imediatamente após a sua publicação a sentença que:

...

V – confirma, concede ou revoga tutela provisória;

...

§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento

provisório depois de publicada a sentença.

Seção III Da Remessa Necessária

Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada

pelo tribunal, a sentença: ...

§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:

I – súmula de tribunal superior;

II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em

julgamento de recursos repetitivos;

III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de

competência;

IV – entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio

ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.

DOS PODERES DO RELATOR

Art. 932. Incumbe ao relator: ...

IV – negar provimento a recurso que for contrário a:

a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;

b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento

de recursos repetitivos;

c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de

competência;

V – depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida

for contrária a:

a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;

b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento

de recursos repetitivos;

c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de

assunção de competência;

Seção II

Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual

Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:...VII – interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, quedeverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valorcorrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar comos honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.§ 1º Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um naproporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligarampara lesar a parte contrária.§ 2º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.§ 3º O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo,liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.

CAPÍTULO IV DO AGRAVO INTERNO

Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para orespectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras doregimento interno do tribunal.§ 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente osfundamentos da decisão agravada....§ 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ouimprocedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada,condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco porcento do valor atualizado da causa.§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósitoprévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e dobeneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.

Subseção II Do Julgamento dos Recursos Extraordinário e Especial Repetitivos

Art. 1.040. Publicado o acórdão paradigma:I – o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursosespeciais ou extraordinários sobrestados na origem, se o acórdão recorrido coincidir com aorientação do tribunal superior;II – o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo decompetência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se oacórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior;III – os processos suspensos em primeiro e segundo graus de jurisdição retomarão o cursopara julgamento e aplicação da tese firmada pelo tribunal superior;IV – se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço público objeto deconcessão, permissão ou autorização, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão,ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por partedos entes sujeitos a regulação, da tese adotada.

CAPÍTULO VIII DO INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS

Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada: ...§ 2º Se o incidente tiver por objeto questão relativa a prestação de serviço concedido,permitido ou autorizado, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, aoente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, porparte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada.

Subseção II Do Julgamento dos Recursos Extraordinário e Especial Repetitivos

Art. 1.040. Publicado o acórdão paradigma: ...IV – se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço públicoobjeto de concessão, permissão ou autorização, o resultado do julgamento serácomunicado ao órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos aregulação, da tese adotada.

Art. 12. Os juízes e os tribunais deverão obedecer à ordem cronológica de conclusãopara proferir sentença ou acórdão.

§ 1º A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente àdisposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores.

§ 2º Estão excluídos da regra do caput:

I – as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou deimprocedência liminar do pedido;

II – o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada emjulgamento de casos repetitivos;

Dispensa de caução

Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensadanos casos em que:

....

IV – a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonânciacom súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do SuperiorTribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido nojulgamento de casos repetitivos.