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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ARTIGO CIENTÍFICO 1 Precarização do trabalho terceirizado: formação política para luta Maikeane Moreira da Silva Nova Iguaçu [email protected] UFF/ICHS Resumo O trabalho visa refletir sobre o processo de terceirização dos serviços nas Instituições de Ensino Superior. Tendo em vista levantar e discutir a situação dos serviços terceirizados e perdas de direitos dos trabalhadores, será analisado o processo de trabalho e sociedade de classes. O artigo visa demonstrar a necessidade de organização dos trabalhadores em classes para requerirem direitos. Foi realizada uma pesquisa na Instituição em pauta e foram constatadas as mazelas referentes à qualificação, remuneração e direitos em forma de benefícios. Palavras-chave: Trabalho. Terceirizado. Direitos. 1 Introdução No Brasil é vigente o sistema político democrático, e para isso é adotado a eleição de governantes que são os representantes da população e de seus respectivos interesses. A liderança política cria e gera Instituições Públicas para atenderem demandas sociais previstas na Constituição de 1988, como saúde, moradia, educação, entre outros. Este artigo faz a relação entre o direito à educação assegurado na Constituição e a necessidade do trabalho para a instituição familiar, ambos se beneficiando com o bom funcionamento da Instituição de Ensino Superior pesquisada. Nesta Instituição pública é possível notar o uso de serviços terceirizados em limpeza, ascensorista e segurança. O trabalho aborda especificamente a área educacional, pontuando a situação precária da Instituição de Ensino Superior, em que seu funcionamento é impactado devido a repasses de verbas públicas, precarizando o direito à educação conforme previsto na Constituição e impactando diversas famílias com recorte em 2015. As relações trabalhistas são intermediadas por contratos de trabalho, seja ele escrito ou verbal, alinhando entre as partes o valor para prestação do mesmo de forma que ambas concordem e selem o acordado. É notório que todos os seres vivos possuem necessidades básicas que devem ser supridas conforme previsto pela teoria de Mawslow (1962) segundo Robbins (2002) e a pirâmide das necessidades em que os fatores de satisfação se dividem em cinco, sendo o primeiro a satisfação fisiológica e o segundo a satisfação por segurança, ou seja, a base da pirâmide não está sendo atendida; os demais níveis são sociais, estima e autorrealização. Na sociedade mercantilista e consumista vigente, o que é preciso é o dinheiro para satisfação de qualquer necessidade; desta forma, é necessário negociar o valor do trabalho pela quantidade de dinheiro para a sobrevivência de sua unidade familiar e assim conseguir subsistir com condições mínimas de vida e satisfação de necessidades. Outro destaque é que em segundo lugar na pirâmide consta a segurança e se tratando desta Instituição não há segurança literalmente, devido à greve dos funcionários terceirizados da área de segurança; como a segurança é sinônimo de estabilidade para funcionários e alunos, isso compromete automaticamente outros fatores de satisfação, como sociais, estima e

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

1

Precarização do trabalho terceirizado: formação política para luta

Maikeane Moreira da Silva – Nova Iguaçu – [email protected] – UFF/ICHS

Resumo

O trabalho visa refletir sobre o processo de terceirização dos serviços nas Instituições de

Ensino Superior. Tendo em vista levantar e discutir a situação dos serviços terceirizados e

perdas de direitos dos trabalhadores, será analisado o processo de trabalho e sociedade de

classes. O artigo visa demonstrar a necessidade de organização dos trabalhadores em classes

para requerirem direitos. Foi realizada uma pesquisa na Instituição em pauta e foram

constatadas as mazelas referentes à qualificação, remuneração e direitos em forma de

benefícios.

Palavras-chave: Trabalho. Terceirizado. Direitos.

1 Introdução

No Brasil é vigente o sistema político democrático, e para isso é adotado a eleição de

governantes que são os representantes da população e de seus respectivos interesses. A

liderança política cria e gera Instituições Públicas para atenderem demandas sociais previstas

na Constituição de 1988, como saúde, moradia, educação, entre outros. Este artigo faz a

relação entre o direito à educação assegurado na Constituição e a necessidade do trabalho para

a instituição familiar, ambos se beneficiando com o bom funcionamento da Instituição de

Ensino Superior pesquisada. Nesta Instituição pública é possível notar o uso de serviços

terceirizados em limpeza, ascensorista e segurança. O trabalho aborda especificamente a área

educacional, pontuando a situação precária da Instituição de Ensino Superior, em que seu

funcionamento é impactado devido a repasses de verbas públicas, precarizando o direito à

educação conforme previsto na Constituição e impactando diversas famílias com recorte em

2015.

As relações trabalhistas são intermediadas por contratos de trabalho, seja ele escrito

ou verbal, alinhando entre as partes o valor para prestação do mesmo de forma que ambas

concordem e selem o acordado. É notório que todos os seres vivos possuem necessidades

básicas que devem ser supridas conforme previsto pela teoria de Mawslow (1962) segundo

Robbins (2002) e a pirâmide das necessidades em que os fatores de satisfação se dividem em

cinco, sendo o primeiro a satisfação fisiológica e o segundo a satisfação por segurança, ou

seja, a base da pirâmide não está sendo atendida; os demais níveis são sociais, estima e

autorrealização. Na sociedade mercantilista e consumista vigente, o que é preciso é o dinheiro

para satisfação de qualquer necessidade; desta forma, é necessário negociar o valor do

trabalho pela quantidade de dinheiro para a sobrevivência de sua unidade familiar e assim

conseguir subsistir com condições mínimas de vida e satisfação de necessidades. Outro

destaque é que em segundo lugar na pirâmide consta a segurança e se tratando desta

Instituição não há segurança literalmente, devido à greve dos funcionários terceirizados da

área de segurança; como a segurança é sinônimo de estabilidade para funcionários e alunos,

isso compromete automaticamente outros fatores de satisfação, como sociais, estima e

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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autorrealização. A Instituição educacional estudada destina-se a gerar conhecimento aos

alunos que prestaram vestibular, bem como os educadores que geram conhecimento com o

refinamento de informações para serem passados em forma de aula, e com a troca de

conhecimento em sala através de experiências dos próprios alunos. Para que o processo de

geração de conhecimento ocorra, é necessário que muitas outras atividades sejam realizadas

concomitantemente, como atividades administrativas, jurídicas, limpeza, segurança,

alimentação, entre outros. Tudo deve funcionar como um corpo, de forma sistemática para

que se tenha saúde, caso contrário é nomeado de doença em que todas as partes padecem da

doença. Não é diferente quando se pensa nesta instituição quando os terceirizados da

limpeza, segurança e ascensoristas não trabalham por falta de pagamentos, e retomando ao

raciocínio do corpo de forma figurativa é necessário que todos os membros e órgãos

trabalhem juntos para retornar ao funcionamento adequado. A instituição também precisa que

todos identifiquem que este é problema generalizado, ao invés de focalizado.

Na conjuntura atual os recursos para custeio do contrato não são repassados no tempo

previsto, ou repassados os valores insuficientes, ocasionando custeio apenas parcial de valores

de salários ou benefícios pelas empresas empregadoras. A partir da situação apresentada da

universidade pública, é preciso pensar sobre o papel que desempenha e efeitos que geram na

sociedade, tendo em vista que a mão de obra precarizada é a utilizada para funcionamento da

Instituição de ensino; se esta não está sendo custeada, é necessário pensar o funcionamento da

faculdade que imediatamente fica também prejudicado.

Esta pesquisa surge da reflexão das divulgações da mídia em que apresentam

condições de funcionamento, remete a condições de uso dos usuários do hospital

universitário, bem com impacto na formação dos estudantes, e no futuro impacto do estado.

Outro agravante que o governo já tem apontado é redução do orçamento no ano de 2016,

sendo que a Instituição de Ensino Superior ainda possui valores em aberto com os

funcionários terceirizados. Na mídia aparece uma previsão de corte de orçamento em 20161

em relação a 2015.

A precarização do trabalho terceirizado é abordada abrangendo a obra de Marx que

discute a ideia de trabalho e com temática mais atual sob perspectiva de Luiz Guilherme

Ribeiro da Cruz (2009). Partindo deste ponto questiona-se quanto às demandas crescentes por

serviços terceirizados e o porquê desta forma de contratação. Assim, neste artigo será

abordada a concepção do trabalho e o processo de terceirização da mão de obra. Ademais,

abordar-se-á também a respeito da concepção do que é um descanso e direitos do trabalhador

pensando em uma sociedade de classes.

2 Referencial Teórico

Ao abordar a temática da terceirização do trabalho é necessário traçar historicamente o

processo de trabalho assalariado existente e como foi sua configuração histórica. Também

será necessário analisar o processo da terceirização que consiste em entender o que

compreende esta forma de emprego no âmbito público até os dias atuais, e por último será

abordada a organização dos trabalhadores frente às demandas do trabalho e a exploração do

1 Disponível em: < https://oglobo.globo.com/rio/universidades-do-estado-terao-verba-46-menor-em-2016-

17877286>. Acesso em 5 set. 2016.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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mesmo, e a reação que o grupo “dominante” traz como solução para manter a organização

social vigente.

2.1 Sociedade de classes

Marx e Engels (1998), em sua obra Manifesto do Partido Comunista, dividem a

sociedade em duas classes, sendo uma a proletária e outra a burguesa, também conhecida

como a classe detentora dos meios de produção. Como aponta a obra dos autores, com a

Revolução Industrial e com o período da Mercantilização chegaram as indústrias e mudanças

na forma de produção e consumo, passando a produção familiar a não bastar para demandas

comerciais, necessitando de máquinas e produção em larga escala, o que antes era uma

produção familiar. Para sobreviver, as famílias precisavam se render ao trabalho nas

indústrias.

Segundo Marx e Engels (1998) temos uma mudança do sistema feudal para o

mercantil em que surgem novas configurações, como exemplo a família que produzia seu

sustento e vendia/trocava o que não consumia, ou a família que produzia para revender, não

conseguem competir com as indústrias, tendo que se submeter à venda da força de trabalho de

seus integrantes aos burgueses para poderem sobreviver. A sociedade é pautada no sistema

econômico de exploração, em que um trabalhador vende sua força de trabalho para

possibilitar a sua subsistência e de sua família. Em contrapartida temos a classe dona dos

meios de produção que condiciona a classe oposta a apenas trabalhar para receber pequena

parte da produção, ficando todo o restante do valor para o capitalista.

Tendo em vista “preço médio do trabalho assalariado é o mínimo de salário

necessário, ou seja, a soma dos meios de subsistência que são necessários para manter vivo o

operário como operário” (MARX E ENGELS, 1998, p. 18) Mediante a citação podemos ver

que a venda da força de trabalho era o meio de troca desta sociedade que se difere da

sociedade imediatamente anterior, que era a feudal. A sociedade burguesa “rompeu

impiedosamente os variegados laços feudais que atavam o homem ao seu superior natural,

não deixando nenhum outro laço entre os seres humanos senão o interesse nu e cru, senão o

insensível ‘pagamento à vista’(grifo do autor)” (MARX E ENGELS, 1998, p. 23). Sendo que

o dinheiro era sua forma de pagamento pelo trabalho desempenhado nas máquinas.

Com base na premissa do preço médio do trabalho assalariado que provinha o lucro

dos donos dos meios de produção, retiravam os custos, o valor do investimento da maquinaria

e lucro era retirado do trabalho, conforme posto por Marx em que o trabalho assalariado só

pode aumentar sob condição de criar novo trabalho, para novamente explorar, ou seja, é um

círculo vicioso, e quem ganha é o burguês.

Com o processo de industrialização “a burguesia submeteu o campo ao domínio da

cidade” (MARX E ENGELS, 1998, p. 12), o que se refere ao processo migratório em que os

trabalhadores para conseguirem emprego para sua subsistência precisavam deixar suas casas

no campo e se submeterem a casas na cidade. Com esta mudança da sociedade e a

configuração da sociedade de classes, é necessário relatar que com as indústrias os

trabalhadores necessitavam se organizar mais, tendo em vista a tentativa dos burgueses de

sempre diminuir o valor da remuneração do trabalho para aumentar o lucro. Mediante ao fato,

“os operários começam a constituir coalizões contra os burgueses; congregam-se em defesa

do seu salário. Chegam a fundar associações permanentes com a finalidade de criar provisões

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de mantimentos para eventuais revoltas.” (MARX E ENGELS, 1998, p. 116-17). Baseado que

o capital não é um bem que deva ser privado a poucos, mas é uma produção coletiva, e nesta

linha de pensamento que Marx coloca que “O capital é um produto coletivo e somente pode

ser posto em movimento pela atividade comum de muitos membros da sociedade, em ultima

instância apenas pela atividade comum de todos os membros da sociedade.” (MARX E

ENGELS, 1998 , p.22).

A sociedade de classes perdura até os dias atuais, observando ainda as discrepâncias

econômicas no país atualmente. Entretanto, ela se reinventou, exigindo, para que uma classe

se torne e permaneça dominante, que a outra classe incorpore e naturalize esta relação de

poder que é a chamada Ideologia, apontada por Gramsci:

Este processo de criação de um novo Estado implica na criação de uma nova

ideologia, de uma nova filosofia e de uma reforma intelectual e moral. O que se

coloca para Gramsci é a reforma que empreenda ao mesmo tempo a luta contra a

ideologia burguesa e a crítica ao senso comum que compõe a consciência das classes

subalternas e as mantêm na condição de subordinadas à ideologia dominante.

(GRAMSCI apud BRANDÃO E DIAS, 2007, p. 87)

Pensando com viés marxista é necessário analisar a atual conjuntura das universidades

públicas, mesmo que o foco desta pesquisa seja em determinada Instituição educacional, é de

conhecimento público que as faculdades sofrem por faltas de recursos para suas despesas

correntes.

2.2 Terceirização

Segundo Luiz Carlos Amorim (apud DA CRUZ, 2009, p. 324) “a palavra

‘terceirização’(grifo do autor) incrustou-se definitivamente ao processo econômico, indicando

a existência de um terceiro que, com competência, especialidade e qualidade, em condição de

parceria, presta serviços ou produz bens para a empresa contratante”. Já de acordo com

Delgado, a terceirização consiste:

[...] fenômeno pelo qual se dissocia a relação econômica de trabalho da relação

justrabalhista que lhe seria correspondente. Por tal fenômeno insere-se o trabalhador

no processo produtivo do tomador de serviços sem que se estendam a este os laços

justrabalhistas, que preservam fixados com uma atividade interveniente.

(DELGADO, 2007, p. 430)

Desta forma, o processo de terceirização é repasse de atividades da empresa que são

transferidos a um terceiro para realização, acreditando maior especialização. Quando

identificam a possibilidade “de contratar terceiro para a realização de atividades que não

constituem o objeto principal da empresa” (MARTINS, 1997, p. 22) . Ou seja, a Instituição de

Ensino Superior, seu objetivo principal pode-se considerar que é a formação de profissionais

de nível superior, desenvolvendo o conhecimento com o ensino, pesquisa e extensão, desta

forma, a limpeza, segurança não constituem objeto principal de suas atividades, mesmo que

importantes ao seu funcionamento.

Na Europa Ocidental em meio à crise de 70, as alterações nas relações trabalhistas,

segundo Delgado (2007) , geraram entre as mudanças um novo modelo de produção segundo

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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o Estado Neoliberal, que é o Toyotismo, em que o modelo propõe concentrar em apenas

atividades principais da organização e delegar “tarefas instrumentais” (grifo nosso), o que a

definia como empresa enxuta; sendo desta forma concentrava-se em atividades específicas da

organização.

Neto (1997), em pesquisa realizada quanto à terceirização no Brasil, associa o

processo a fatores benéficos e incentivadores para os empresários e investidores, entre os

fatores mencionados temos a diminuição de custos; propõe com o processo, aumento

exponencial do número de pequenas ou microempresas que ofertam a mão de obra, bem como

otimizam estruturas organizacionais que terceirizam o serviço e passam a responsabilidade de

operações a serviços de terceiros, enquanto que para o trabalhador Neto (1997) menciona que

ao contrário, que este processo representa demissões, salários menores, perda de benefícios e

vantagens salariais, além de mencionar que a relação trabalhista é mais sensível porque que

acarreta aumento no número de trabalho temporário, bem como precarizou as condições de

trabalho e segurança. Depois dos pontos apresentados é possível mencionar que os

empresários se beneficiam deste modo de contratação crescente no Brasil e para os

trabalhadores, resta apenas se submeter por motivos já discutidos anteriormente neste artigo.

Para o cost-free labor o empregador não tem custos com auxílio-doença, seguro-

saúde, férias e benefícios, e os salários são usualmente 50% a 30% menores do que

os salários dos core workers. O custo de pessoal não é mais custo fixo. Os

trabalhadores temporários e também a subcontratação/terceirização têm-se tornado

parte integrante do ajuste das empresas às mudanças cíclicas (KOLKO apud NETO,

1997, p. 5)

Encontramos também explicações segundo Savas (apud NETO, 1997, p. 5) que com a

focalização de tarefas das empresas “[...] alcança-se maior agilidade e flexibilidade

administrativa; maior possibilidade de controle de gestão da produção (e, no caso do setor

público, menor ingerência política)”. Porém é necessário apontarmos que a Lei segundo

indicado por Gemignanni (2012) em relação à súmula 331 prevê que em caso de

descumprimento de deveres trabalhistas pela empresa contratada acarreta obrigações para o

contratante de forma secundária.

O serviço terceirizado traz beneficio, porém obrigações com os trabalhadores

contratados. Caso a empresa contratada por licitação não cumpra suas obrigações é necessário

que o Estado intervenha e cumpra com obrigações assumidas em contrato com a empresa

terceirizada diretamente com os trabalhadores. No caso da Instituição de Ensino, o próprio

Estado não cumpre com suas obrigações com as empresas, carecendo de maior união da

população para requerer do próprio Estado a resposta.

Outro ponto que foi mencionado neste item foi a relação sensível que existe do

trabalhador terceirizado com o contratante, o que reforça a necessidade de mobilização

generalizada do corpo estudantil para que a instituição funcione com qualidade.

Até a mídia faz publicidade negativa dos trabalhadores da Universidade pública, que

ao invés de questionar o pagamento, tratam dos serviços não executados pelos trabalhadores a

fim de criminalizar suas atitudes, como aponta na reportagem no G1 em manchete: “Sem

pagamento de terceirizados, IES sofre com acúmulo de lixo2”.

2 Disponível em: <http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/04/sem-pagamento-de-terceirizados-uerj-

sofre-com-acumulo-de-lixo.html>.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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2.3 Descanso x direitos

Muitas são as tensões sociais existentes na sociedade, o sistema capitalista produz

conflitos de interesses, pois cada grupo social tem suas próprias demandas e objetivos,

verifica-se que o Estado atende a demandas que melhor lhe satisfaz, ele não é neutro em sua

direção devido ao governo. De acordo com Gramsci (apud BRANDÃO E DIAS, 2007, p. 74):

“[...] a apresentar seus interesses como sendo o interesse comum de todos os membros da

sociedade, isto é, para expressar isso mesmo em termos ideais: é obrigada a emprestar as suas

ideias a forma de universalidade [...]”

A classe dominante se utiliza da ideologia para controlar a classe subalterna através da

aderência e necessariamente subordinação/aceitabilidade do preceito da classe dominante.Dos

mecanismos de controle da classe proletária existe a televisão, os jornais e meios de

comunicações, todos eles aparecem como formas de entretenimento, informação, e todos com

um viés. Se retornar o item 2.1 em que foi apontado grande movimento dos trabalhadores e

comparar a atualidade vigente, há um retrocesso quanto aos movimentos. E o que marca é o

jornalismo se prestar a um serviço na atualidade que é o de corroborar com divulgação desta

ideologia. Conforme Chauí: “gradualmente, desaparece uma figura essencial do jornalismo: o

jornalismo investigativo, que cede lugar ao jornalismo assertivo ou opinativo.” (CHAUÍ,

2006, p. 12-13).

A realidade é que os trabalhadores trabalham cada vez mais distantes de suas

residências, sua qualificação para o trabalho é unicamente de sua responsabilidade e demanda

somente investimento pessoal, as tarefas que se concentram é em ir trabalhar e estar com a

família.No momento com a família, possivelmente é para assistir um programa de

entretenimento. E conforme Chauí (2006, p. 28) “Em outras palavras além do controle sobre o

trabalho, a classe dominante passou a controlar também o descanso, pois ambos são

mercadorias –‘ o amusement é o prolongamento do trabalho sob o capitalismo avançado”.

Não há problema em se divertir, é saudável e indicado para todos, o que é necessário é

que os trabalhadores sejam atentos aos seus direitos, que as informações sejam acessadas de

forma crítica e não receptiva e replicada sem qualquer forma de análise. Como aparece em

Chauí (2006, p. 21): “Seja, como mostrou Marx, para que a força de trabalho aumente sua

produtividade, graças ao descanso, seja, como mostram estudiosos marxistas, para que o

controle social e a dominação se perpetuem por meio da alienação, [...]”.

Outro ponto necessário a ser abordado é globalização que se iniciou com a

mercantilização, a burguesia que iniciou o processo viagens para comercializar. Atualmente

com a globalização há instrumentos de comunicação e comercialização de forma eficiente.

Em contrapartida os trabalhadores podem vir de qualquer lugar, o acesso aos meios de

comunicação é instantâneo, o que aumenta a exploração do trabalho, pois no descanso o

trabalhador pode ser acessado. A globalização tem ocasionado desemprego, que com o uso

das tecnologias, muitos postos, mesmo que com pouca qualificação foram extintos e trocados

por máquinas, fazendo das empresas mais competitivas. Estes são alguns pontos que merecem

destaque, mas não para por aqui estas pontuações. Não identificam que o uso da tecnologia

pode ser um retrocesso para o trabalhador, o estado acompanha os efeitos destrutivos do

sistema capitalista neoliberal, pelo contrário incorpora e propaga seu discurso.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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[...] novo quadro de acirrada competição internacional, que levou à reestruturação

produtiva da economia,com a tendência à redução dos tempos de projeto e

fabricação de produtos, à substituição da mão de obra pela crescente automação e à

racionalização organizacional, que traz o enxugamento das estruturas empresariais,

com políticas de abertura de mercados e de privatização, eis o que levou os Estados

Concorrenciais a disputas para atrair investimentos, ao incentivo da

desregulamentação de direitos trabalhistas, à flexibilização do contrato de trabalho e

à aceleração de variadas práticas de subcontratação, como formas de diminuir os

custos do trabalho. (NETO, 1997, p.4).

Não é possível analisar a globalização de forma apenas negativa, tendo em vista no

tempo das grandes navegações em que a mobilidade era péssima em relação aos dias atuais,

sem falar de mídia e meios eletrônicos de comunicação que não existiam neste tempo, os

trabalhadores viam e se utilizavam da globalização para se organizarem conforme aponta

Marx (apud NETTO 2012, p. 194): “Esta união é facilitada pelo crescimento dos meios de

comunicação criados pela grande indústria, que põe os operários de diferentes localidades em

relação uns com os outros.”

O que impede de retirar a classe trabalhadora da inércia e requerer direitos mesmo

com os pontos negativos que a globalização traz?

3 Metodologia

A pesquisa realizada é exploratória uma vez que na instituição de ensino houve

aproximação da rotina e verificação de um problema quanto à remuneração e ao repasse de

benefícios por parte do Estado à empresa contratada para realizar serviços terceirizados. A

pesquisa realizada é uma pesquisa exploratória, porque “tem por objetivo proporcionar maior

familiaridade com o problema” (GIL, 2000, p. 41). O próprio campo foi explorado e

averiguado o problema passando por uma pesquisa documental e bibliográfica para embasar a

discussão. Utilizou-se autores renomados na discussão a respeito do trabalho bem como a

temática da terceirização do trabalho para fundamentar e explorar essa relação entre o estado

e empresas fornecedoras de serviço.

Em campo realizou-se uma pesquisa com questionário fechado em que os dados são

informações primárias, ou seja, realizados diretamente em campo com os entrevistados da

instituição. O questionário pré-definido em que para definir a resposta entre sim ou não,

porém não limitava o entrevistado de manifestar a situação vivenciada, porém essa conversa

não aparece transcrita, mas atua no embasamento da discussão realizada nesse trabalho como

conhecimento de campo. A pesquisa foi realizada na Instituição em período de greve devido

exatamente a problemas de repasse de verbas para funcionamento desta forma os funcionários

estavam sem recebimento bem como os terceirizados, outro agravante foi que com a mudança

de ano trocaram a empresa e funcionários que estavam com os débitos o que dificultou

bastante a realização da entrevista, vale ressaltar que foi o final da gestação da pesquisadora

contou para dificultar a coleta de dados tendo em vista que não conseguiu retornar algumas

vezes para colher mais dados. Foram realizadas 9 entrevistas.

A partir do questionário foram realizados gráficos através do Excel com a tabela dinâmica

para visualizar a porcentagem e proporção de respostas entre os entrevistados partindo desta

proporção que foi gerado o bloco resultados e discussões.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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4 Resultados e discussões

Em relação aos resultados do questionário, os resultados são:

A questão 1 questiona quanto ao acompanhamento de funcionários da Instituição com

o trabalho realizado pelos servidores terceirizados, visando verificar se existia algum tipo de

cobrança, porém a resposta foi negativa.

Fonte: Elaborado pela autora.

A questão visa analisar o acompanhamento dos funcionários da instituição quanto ao

trabalho terceirizado ou se o mesmo é feito somente pela empresa terceirizada contratada pela

instituição. Conforme visto o acompanhamento é basicamente pela empresa terceirizada. Ou

seja, não há como dimensionar a qualidade do serviço, porque não foi parametrizado, o que

ocorreu foi o repasse de um serviço para a contratada assim como tratado no tópico 2.2 por

Da Cruz (2009) segundo Luiz Carlos Amorim que define terceirização. A questão 2 possuía a

intenção que os funcionários avaliassem mesmo que subjetivamente seu trabalho quanto à

qualidade do serviço terceirizado para a Instituição pública, e a maioria dos respondentes

avaliam positivamente, e o restante preferiu não opinar.

Gráfico 1 - Questão 1:

acompanhamento instituição

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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Fonte: Elaborado pela autora.

Conforme avaliação dos próprios funcionários terceirizados os serviços prestados são

de qualidade. Uma das propostas desta forma de contratação, propõe uma especialização do

serviço, e qualidade. O que chama atenção é o fato que quase metade dos respondentes não se

manifestaram quanto a qualidade prestada. Um dos motivos para a gestão optar por esta

modalidade de contratação podemos considerar as aponta Neto (1997) segundo Kolko que foi

destacado no item 2.2 deste artigo, quanto ao custo e a volatilidade da contratação. Um ponto

em destaque é que Neto (1997) segundo Savas é a ingerencia política, o que faz que a

qualidade não seja um ponto focal, porém sim a questão política.

A questão 3 objetivamente busca informações quanto à relação dos contratados e

funcionários concursados, questionando quanto ao problema de relacionamento com algum

funcionário público da Instituição, porém em sua totalidade respondem não.

Fonte: Elaborado pela autora.

Gráfico 2 - Questão 2: qualidade dos

serviços

Gráfico 3 - Questão 3: relação

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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A relação entre contratados e funcionários da casa da instituição pública pode ser

considerada boa.

Esta questão tem por objetivo investigar o conhecimento de grupo, que não existe

funcionários próprios e terceirizados, mas existe “o todo”(grifo nosso), que a Instituição

funciona com todos departamentos em sintonia. E o serviço prestado é para o público. A soma

de cada um faz com que o todo seja forte, assim como é descrito em Marx e Engels (1998) no

item 2.1 quanto a formação de coalizões para defesa de interesses de um grupo, assim deve

ocorrer com os trabalhadores da Instituição.

A questão 4 questiona a quantidade de treinamento para avaliar a qualificação da mão

de obra que são enviadas pelas empresas a prestar serviço, o nível de acompanhamento,

porém conforme resultado não há treinamento fornecidos, pelo menos para os funcionários

presentes.

Fonte: Elaborado pela autora.

Essa questão visa analisar a qualificação dos funcionários que prestam serviços

públicos e os mesmos não possuem qualificação recorrentes para atuar em suas posições.

O debate desta questão vai de encontro com a questão 2, da proposta do serviço

terceirizado e o que é ofertado.

Concorrenciais a disputas para atrair investimentos, ao incentivo da

desregulamentação de direitos trabalhistas, à flexibilização do contrato de trabalho e

à aceleração de variadas práticas de subcontratação, como formas de diminuir os

custos do trabalho. (NETO, 1997, p.4).

A questão 5 questiona quanto ao pagamento dos salários em dia, porém conforme

resultado, os salários não são pagos em dia.

Gráfico 4 - Questão 4: treinamentos

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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Fonte: Elaborado pela autora.

Quanto ao salário já está em debate que não são quitados.

A questão 6 questiona quanto ao pagamento dos beneficios previstos em lei, se são

quitados em dia, e como aparece na pesquisa em seu universo de entrevistados respondem que

não.

Fonte: Elaborado pela autora.

Os benefícios bem como vale-transporte e alimentação não são fornecidos.

As questões 5 e 6 tratam da remuneração para o trabalho desenvolvido. Pode-se

observar no item 2.1 em Marx e Engels (1998) ao tratarem quanto do trabalho desenvolvido

para subsistência e consiste em apenas a porção para manter o funcionário e nesta situação

atual exatamente o salário não estão sendo quitados.

A quinta e sexta foram às questões que motivaram esta pesquisa, os pagamentos que

devem ser quitados a todo trabalhador porque o trabalho surge de uma necessidade de

subsistência, mas que foi negligenciado devido as questões de repasse de verba

Como prevê Neto:

Gráfico 5 - Questão 5: salários

Gráfico 6 - Questão 6: Benefícios

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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[...] a terceirização no Brasil acompanha a tendência internacional, estando, via de

regra, associada a: diminuição de custos; aumento do número de micro/pequenas

empresas; enxugamento de estruturas organizacionais, ocasionando demissões;

menores salários; perdas de benefícios e vantagens salariais constantes dos acordos

coletivos sindicais; precarização dos vínculos empregatícios, das condições de

trabalho e de segurança; crescimento do trabalho temporário. (NETO, 1997, p. 6).

Esse questionário serviu para constatar a situação na instituição de falta de pagamento

e benefícios devido à ausência de repasse a empresa contratada. Outras perguntas foram

feitas como o acompanhamento de funcionário próprio da Instituição, para constatar a questão

do trabalho especializado cobrando da empresa a proposta do serviço terceirizado, bem como

o treinamento anual, conforme apontado segundo Neto (1997) que pontua fatores benéficos

para ser bem difundido esta forma de contratação atualmente no Brasil. Quando foi

questionado da relação entre o trabalhador terceirizado e o funcionário da instituição o

propósito era averiguar a identidade de grupo dentro da instituição uma vez que sendo a

relação boa o problema é generalizado e não de um grupo de trabalhadores terceirizados que

estão sem repasse de verbas públicas mas é problema da instituição pública em que a

princípio os trabalhadores terceirizados estão sem verba e compromete toda a instituição que

fica sem os serviços para o bom funcionamento. Esses resultados auxiliam a responder que

sim é uma problemática da instituição que atrapalha o processo educacional de uma

instituição de nível superior que terceirizou uma parte de sua mão de obra analisando o que

seria mais barato a utilização desta mas o que temos no fim é uma mão de obra desqualificada

e subtraído de um corpo de funcionários da instituição e como processo na terceirização já

abordado nesse trabalho empobrece o movimento de requerer direitos trabalhistas como Neto

(1997) também aborda. É necessário que todo o corpo de funcionários terceirizados ou

próprios da instituição busquem fortalecer direitos como o previsto na própria constituição

que é o direito à educação.

Vale ressaltar que o processo que ocorreu com Marx e Engels não é diferente na

atualidade, os trabalhadores passam por mudanças intensas na forma de trabalho, exigindo

deles a submissão a modalidade de contratação, mas assim como ocorreu a seu tempo deve

ocorrer na atualidade, mobilização e união. Estudar Marx, Engels, Gramsci e entre outros

autores mais atuais, não só nos dar base para questionar o processo, mas vislumbrar a

reinvenção do sistema para que resista ao tempo, o que reforça a necessidade que os

trabalhadores precisam de muita união.

5 Conclusão

O artigo aborda a respeito do trabalho terceirizado e precarizado em uma instituição,

em que esses trabalhadores ao prestarem serviços em instituição pública de ensino ficam sem

pagamento de seus salários e benefícios devido à falta de repasse dos órgãos públicos a sua

respectiva empresa. Mediante ao problema apresentado é necessário a união da classe de

trabalhadores buscando requerer direitos cada vez mais diminuídos. Como todos os direitos se

materializaram com lutas e resistência, a proposta é lutar por direitos da população, mas lutar

de forma consciente, militar por direitos. Conforme é apontado no marco teórico, é necessário

analisar as informações que são recebidas e reagirmos conforme nosso interesse de classe. É

realidade que não há consenso do grupo dos trabalhadores, não há consciência de direitos,

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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mas isto deve ser alterado, é necessário sair da inércia que o sistema impõe, os trabalhadores

são a maioria que é controlada por uma minoria. Desta forma, é necessário recuperar o que é o

direito, manifestar publicamente que a população não ficará absolutamente refém de

interesses de uma classe que defende interesses minoritários, pelo contrário, deve-se buscar o

bem-estar social, em que a maioria seja favorecida e isso só ocorre com a consciência de

classe, para entender que a maioria tem possibilidade de requerer seus direitos.

O objetivo é promover ações de classe, como passeatas, manifestos, a fim de lutarem

por seus direitos, que os indivíduos se vejam como classe de massa de manobra, que hoje é

controlada e replica ideologias da classe dominante, para que possamos retomar os direitos da

classe.

Propõe-se ações baseadas na propagação de mazelas de direitos sociais,

questionamento à liderança política do rumo que direitos estão se tornando benefícios, ou

sendo flexibilizados. E como tema central o trabalho tão necessário na vida dos trabalhadores

e que não dependem apenas deles, que cada vez mais são dizimados, minimizados em

irrisórias ofertas. A ação será de panfletar, usar as redes sociais para propagar dúvidas deste

sistema de produção, e como bem já estão realizando, compartilhar informações e buscar

ajuda para os trabalhadores que não recebem há meses, como cesta básica, e com esta

solicitação repassamos as dificuldades pertinentes da faculdade pública. Manifestar

publicamente até que sejam atendidas as solicitações de custeio de salários. Construir rodas de

conversas, para gerar conhecimento do grupo e força para mudanças necessárias.

Para que estes ganhos sejam concretizados, é importante gestão da mão de obra

eficiente e conhecimento dos direitos que cercam a todos os profissionais, levando a inúmeros

ganhos para as partes, é importante batalhar contra o sucateamento e perda dos direitos

trabalhistas.

Partindo da pesquisa é necessário discutir o processo de terceirização na instituição

pública e os trabalhadores entenderem a requererem seus direitos (todos os trabalhadores). O

reconhecimento de classes e necessidades.

Quanto aos débitos do Estado é necessário que sejam quitados para que a empresa

pague aos funcionários os valores também devidos, caso contrário é necessário requerer os

direitos mediante a justiça, processando o próprio Estado, que conforme Gemignanni (2012)

ele é o responsável secundário nesta relação de serviço terceirizado para que se faça cumprir.

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