pratica processual penal - exercicio 04 (parecer)

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Departamento de Ciências Jurídicas Curso de Direito - 1 - PRÁTICA PROCESSUAL PENAL EXERCÍCIO PRÁTICO N. 04 PARECER O Ministério Público ofereceu denúncia contra TÍCIO VANGUARDINO pela suposta prática do delito previsto no art. 155, caput, do Código Penal (furto simples). Narrou a conduta praticada da seguinte maneira: Dessume-se dos autos do inquérito policial em anexo que, em 15 de abril de 1998, nas proximidades do Parque Solon de Lucena, João Pessoa/PB, o réu TÍCIO MINERVINO, já com 18 anos de idade e, portanto, maior e penalmente capaz, subtraiu a bolsa da vítima MÉVIA LEOPOLDINA, fugindo do local. O fato foi presenciado por várias testemunhas, inclusive comerciantes locais que conheciam o acusado e disseram que ele praticava furtos com grande freqüência naqueles arredores. Diligências policiais posteriores encontraram o acusado em sua residência acima apresentada. A bolsa da vítima com seus documentos pessoais foi recupada. O dinheiro jamais foi encontrado. Em vista disso, pode-se concluir que o acusado TÍCIO VANGUARDINO praticou o crime de furto, descrito no art. 155, caput, do Código Penal brasileiro. A denúncia foi oferecida pelo MP em 10/03/2002 e recebida pelo juiz de direito da 1ª vara criminal da comarca de João Pessoa/PB em 14/04/2002. O processo passou a tramitar regularmente. Mediante provocação da defesa, e por entender que o acusado preenchia os requisitos objetivos e subjetivos para a medida, o MP propôs a suspensão condicional do processo (Lei n. 9.099/95, art. 89) pelo prazo de dois anos, que foi aceita pelo acusado, passando a ter vigência em 14/05/2002.

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Caso prático como exercício para a elaboração de um parecer jurídico em matéria criminal.

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Page 1: Pratica processual penal - exercicio 04 (parecer)

Departamento de Ciências Jurídicas Curso de Direito

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PRÁTICA PROCESSUAL PENAL

EXERCÍCIO PRÁTICO N. 04

PARECER

O Ministério Público ofereceu denúncia contra TÍCIO VANGUARDINO pela

suposta prática do delito previsto no art. 155, caput, do Código Penal (furto simples).

Narrou a conduta praticada da seguinte maneira:

Dessume-se dos autos do inquérito policial em anexo que, em 15 de

abril de 1998, nas proximidades do Parque Solon de Lucena, João

Pessoa/PB, o réu TÍCIO MINERVINO, já com 18 anos de idade e,

portanto, maior e penalmente capaz, subtraiu a bolsa da vítima

MÉVIA LEOPOLDINA, fugindo do local. O fato foi presenciado por

várias testemunhas, inclusive comerciantes locais que conheciam o

acusado e disseram que ele praticava furtos com grande freqüência

naqueles arredores.

Diligências policiais posteriores encontraram o acusado em sua

residência acima apresentada. A bolsa da vítima com seus

documentos pessoais foi recupada. O dinheiro jamais foi

encontrado.

Em vista disso, pode-se concluir que o acusado TÍCIO VANGUARDINO

praticou o crime de furto, descrito no art. 155, caput, do Código

Penal brasileiro.

A denúncia foi oferecida pelo MP em 10/03/2002 e recebida pelo juiz de direito

da 1ª vara criminal da comarca de João Pessoa/PB em 14/04/2002. O processo

passou a tramitar regularmente.

Mediante provocação da defesa, e por entender que o acusado preenchia os

requisitos objetivos e subjetivos para a medida, o MP propôs a suspensão condicional

do processo (Lei n. 9.099/95, art. 89) pelo prazo de dois anos, que foi aceita pelo

acusado, passando a ter vigência em 14/05/2002.

Page 2: Pratica processual penal - exercicio 04 (parecer)

Departamento de Ciências Jurídicas Curso de Direito

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Uma vez que foram descumpridas algumas das condições impostas, o juiz,

mediante provocação do MP, revogou a suspensão condicional do processo em

14/11/2002, voltando o feito a seu curso normal.

Após uma turbulenta instrução processual, o MP pediu, em alegações finais, a

condenação do réu. A defesa, de sua parte, pleiteou a absolvição. Recebendo os

autos, o juiz determinou nova vista ao MP para se manifestar expressamente, em

parecer fundamentado, sobre a ocorrência de prescrição.

Como promotor de justiça do caso, faça um parecer sobre a ocorrência

ou não da prescrição da pretensão punitiva, levando em conta que a data de

apresentação do parecer é 13 de novembro de 2006.