prática em saúde do adulto e do idoso iii metabolismo cirÚrgico e cicatrizaÇÃo

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Prática em Saúde do Adulto e do Idoso III METABOLISMO CIRÚRGICO E CICATRIZAÇÃO

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Page 1: Prática em Saúde do Adulto e do Idoso III METABOLISMO CIRÚRGICO E CICATRIZAÇÃO

Prática em Saúde do Adulto e do Idoso III

METABOLISMO CIRÚRGICO E CICATRIZAÇÃO

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As Quatro Fases da Convalescença

• 1. Fase de lesão Aguda

• 2. Fase de Crise (Turning Point)

• 3. Fase Anabólica

• 4. Fase de Aumento de Gordura

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Padrões de Estímulo e Resposta

• 1. Lesão Tecidual• 2. Redução de Volume• 3. Estado de baixo Fluxo e Anaerobiose

Tecidual• 4. Infecção Invasiva• 5. Inanição• 6. Componentes Relacionados com o

Tratamento: Cirurgênise

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Caso Clínico

• IDENTIFICAÇÃO: Paciente masculino, branco, 45 anos, casado, natural e procedente de Porto Alegre

• QUEIXA PRINCIPAL: Dor no hipocôndrio direito

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Caso Clínico

• HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente procurou atendimento de urgência por dor no HD que iniciou há aproximadamente 8 dias atrás e que não aliviou significativamente com o uso de antiespasmódico endovenoso. Relata também febre de baixo grau e náuseas.

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REVISÃO DOS SISTEMAS

• Gastrointestinal: sintomas de longa data de dor no hipocôndrio direito com irradiação para a região subescapular direita. O primeiro episódio foi há aproximadamente seis anos atrás e nos últimos 12 meses as crises foram se tornando mais freqüentes, com duração de horas e aliviando com o uso de antiespasmódicos endovenosos. A crise atual não cedeu mesmo com a medicação e foi considerada “a pior de todas”.

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HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA

• Hábitos alimentares: refere medo de comer alimentos gordurosos pois podem desencadear dor no HD. Nega inapetência

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EXAME FÍSICO• Paciente lúcido, coerente e orientado . Mucosas

úmidas,coradas, anictéricas. Obeso, em bom estado geral.• Tax: 37 Cº Pulso:85 bpm Respiração: 20 mpm Peso: 98 kg

Altura 1,79 m TA: 140/90 mmHg

Abdômen: flácido, com dor e defesa no HD onde se palpa massa que pode corresponder à plastrão inflamatório ou à vesícula biliar. Murphy +. Dor à descompressão súbita no HD

• Ausculta pulmonar: pulmões limpos

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EXAMES COMPLEMENTARES

• Hematócrito: 37 % Hemoglobina: 14 g % Leucometria total: 13000 com 10% de bastões Creatinina: 1,1 mg% Glicose: 95 mg%

• Ultrasonografia abdominal: vesícula repleta de cálculos, com paredes espessadas e vias biliares de calibre normal.

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DIAGNÓSTICO

• Colecistite aguda

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TRATAMENTO

• Cirurgia- colecistectomia

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CIRURGIA

• O cirurgião iniciou a cirurgia com a instalação dos quatro portais e, após descolamento de plastrão inflamatório, puncionou a vesícula com a retirada de 40 ml de pus do seu interior. Em seguida o cirurgião verificou que teria que converter o procedimento para céu aberto devido ao grau de aderência e indefinição anatômica da região.

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CIRURGIA

• A dissecção a céu aberto foi difícil e trabalhosa, mas o pedículo biliar foi identificado e isolado e a ressecção da vesícula do leito hepático transcorreu sem incidentes. O sangramento durante o procedimento não foi significativo.

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PÓS-OPERATÓRIO• Nos dois primeiros dias de PO o paciente referiu muita

dor na ferida operatória, solicitando o analgésico conforme prescrito, e permaneceu no leito apesar da insistência da equipe para que deambulasse. No terceiro dia sentia-se bem melhor, a dor diminuíra, saiu do leito e solicitou comida. Relatou eliminação de flatos. No 5º dia de pós-operatório solicitou alta hospitalar que foi autorizada no sexto dia. Paciente estava recebendo ciprofloxacin e metronidazol desde o dia da cirurgia (regime iniciado 2 horas antes do procedimento)

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CONTEÚDO PROPOSTO

• 1. Relacione a cirurgia acima com os seis padrões de estímulo-resposta

• 2. Relacione o procedimento acima com as quatro fases da convalescença.

• 3. Porque o procedimento vídeo-laparoscópico determina menor ônus metabólico?

• 4. O que é “infecção ressecável”?

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Relação da cirurgia com os seis padrões de estímulo-resposta

1. Lesão Tecidual: entrada dos portais, laparotomia, dissecção dos tecidos e remoção da vesícula biliar

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Relação da cirurgia com os seis padrões de estímulo-resposta

• 2. Redução de Volume: todas as perdas durante a cirurgia. Não significativa. Reposição de líquidos EV

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Relação da cirurgia com os seis padrões de estímulo-resposta

3. Estado de baixo Fluxo e Anaerobiose Tecidual:Insignificante, cirurgia sem intercorrências, sem

perdas volumétricas significativas, sem hipotensão.

Anaerobiose Tecidual apenas nos bordos da ferida se muito tensionados; eventualmente em afastamento feito de maneira grosseira

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Relação da cirurgia com os seis padrões de estímulo-resposta

4. Infecção Invasiva:Não. Contaminação inevitável a todo

procedimento cirúrgico.Contaminação de baixo grau , bacteriologia

pouco expressiva na vesícula biliar apesar de cirurgia limpa-contaminada. Ausência de empiema

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Relação da cirurgia com os seis padrões de estímulo-resposta

5. InaniçãoInexpressiva. Seis a oito horas de NPO pré-

operatório; perspectiva de VO em 24 horas

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Relação da cirurgia com os seis padrões de estímulo-resposta

6. CirurgênisePunções venosas, lesões por cautério,

administração de drogas erradas ou em doses contra-indicadas, flebites, embolia venosa por pressão nos MIs durante a cirurgia, infecção da FO, queda do leito..etc...

Page 22: Prática em Saúde do Adulto e do Idoso III METABOLISMO CIRÚRGICO E CICATRIZAÇÃO

Relação do procedimento com as quatro fases da convalescença

1. Fase de lesão Aguda ( Fase de Stress)

Dor, inapetência, recusa na vida de relação, irritabilidade, diminuição da diurese, íleo, tendência a permanecer no leito

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Relação do procedimento com as quatro fases da convalescença

2. Fase de Crise (Turning Point)Diminuição da dor, volta dos RHA, retorno da

vida de relação: sinal do jornal no homem, sinal do batom na mulher. Retorno do apetite

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Relação do procedimento com as quatro fases da convalescença

3. Fase Anabólica• Balanço nitrogenado positivo, vida de relação

plena. Apetência. Alta hospitalar

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Relação do procedimento com as quatro fases da convalescença

4. Fase de Aumento de GorduraPosterior a alta. Tendência ao sobrepeso

devido a “erro metabólico”

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Porque o procedimento vídeo-laparoscópico determina menor ônus metabólico?

Porque o trauma é menor; a via de acesso ao órgão doente é feita por pequenas punções.

Page 27: Prática em Saúde do Adulto e do Idoso III METABOLISMO CIRÚRGICO E CICATRIZAÇÃO

O que é “infecção ressecável”?

• São infecções localizadas em órgãos “terminais” como o apêndice cecal, vesícula biliar, trompas, passíveis de remoção in totum.

• A infecção ressecável não inclui peritonite generalizada