prÁtica centrifugação
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Direcionamento para a realização de pratica sobre centrifugaçãoTRANSCRIPT
PRÁTICA 4 – CENTRIFUGAÇÃO INTRODUÇÃO:
Diversos são os métodos de separação de fases, sendo que a centrifugação a que
produz maior eficácia. Nas separações de líquidos e sólidos emprega-se a forca
centrifuga tanto nas operações de sedimentação como nas de filtração. Em ambos os
casos, ela substitui a fraca forca gravitacional, o que provoca sedimentação e filtração
mais rápida e torta solidas com menos liquido.
A centrifugação e definida como um processo de solucionar sistemas de variados
componentes, com no mínimo uma fase liquida, pela aplicação de forca centrifuga. As
centrifugas podem ser divididas em dois tipos, como centrifugas sedimentadoras e
filtros centrífugos, sendo que estes podem ser subdivididos de acordo com o tipo de
separação liquidas e solidas. Qualquer maquina rotativa na qual a força e aplicada a
um fim pratico (separação de fases, por exemplo) e chamado um centrifugador ou uma
centrifuga.
Um centrifugador geralmente consiste em um rotor ou vaso, ou cesta, no qual a forca
centrifuga e aplicada ao conteúdo do vaso; um eixo motor; mancais do eixo; selos
(quando se deseja uma certa pressão no sistema); um mecanismo motor (usualmente
motor elétrico ou turbina) para fazer girar o eixo e o rotor; e uma carcaça para
segregar os produtos separados.
Os centrifugadores são usados para outros fins alem de separação de sólidos e
líquidos. Entre estes fins estão, as separações de líquidos imiscíveis de diferentes
densidades; a separação de macromoléculas como os vírus; e a concentração de
gases de diferentes massas moleculares.
Se uma suspensão for deixada em repouso, as partículas dispersas irão se assentar
por meio do fenômeno de decantação ou sedimentação, por ação da gravidade (g =
9,8 cm/s2). Primeiro serão sedimentadas as partículas maiores e depois as menores
em valores de tempo variáveis, o que dificulta determinar o término da operação.
Através da centrifugação este tempo é acelerado, pois pequenas partículas podem ser
separadas com a aplicação da força centrífuga. Se compararmos com a filtração, a
centrifugação é mais cara, porém a principal desvantagem da filtração é a
possibilidade rápida de entupimento dos filtros, dependendo do tipo de material
utilizado.
Figura 1. Centrífuga de bancada para laboratórios
Quando uma suspensão de partículas é centrifugada a sedimentação das partículas é
proporcional à força aplicada. As propriedades da solução também irão interferir na
taxa de sedimentação.
Qualquer corpo ou partícula que apresente um movimento circular uniforme está
submetido a uma força centrífuga, que tem como referência, o centro da trajetória
circular que a partícula descreve, e pode ser representada pela relação:
onde: m = massa do corpo; ω = velocidade angular do movimento de rotação e, r =
raio de rotação
Quanto maior for o número de rotações por segundo, maior será a força centrífuga
aplicada na partícula e, quanto maior o raio da circunferência, maior a força centrífuga.
A força centrífuga relativa (FCR) pode ser calculada por:
FCR = 1,118. 10-5 * R * N2
Onde:
R = raio de centrifugação, em m ou cm,
N = velocidade de centrifugação em rotações por minuto (rpm).
Quando uma suspensão é submetida a uma velocidade ou a um número de
revoluções por minuto (RPM), a força centrífuga faz com que as partículas se afastem
radialmente do eixo. A rotação de uma centrífuga pode ser especificada em termos de
Força Centrífuga Relativa (RCF) expressa em unidades de gravidade (g). Muitas
centrífugas expressam a velocidade em termos de revoluções por minuto (rpm).
A conversão entre g (a força centrífuga) e rpm é dada pela relação:
FC = (1.118*10-5)M R S2 ou FCR = (1.118*10-5) R S2,
onde: Fc = força centrífuga; FCR = força centrífuga relativa; R = diâmetro do rotor (cm)
; S = velocidade da centrífuga (rpm); M = massa da amostra
No caso do cálculo da Força centrífuga relativa, esta não considera a massa da
amostra, ou a sua densidade. Quando se troca a centrífuga, deve-se recalcular o g.
Nesta Pratica vamos determinar o teor de gordura presente em amostras de leite.
A Determinação do Teor de Gordura:
Sua importância decorre do fato de que o pagamento do leite ainda é feito em diversos
países pelo seu conteúdo em gordura. Por outro lado, muitos produtos têm limites
mínimo e/ou máximos legais para seu teor de gordura. Atualmente são empregados
métodos clássicos (Gerber, Babcock, Rose-Gottlieb) e métodos instrumentais
(baseados em turbidimetria, como o Milko-Tester e o Autoanalyser; na absorção
infravermelha, como o IRMA e o NIRS; na velocidade de ondas sonoras, como o
Darisonômetro) para a determinação da gordura.
Os métodos de Gerber e de Babcock, apesar de largamente usados, não são exatos,
necessitando sofrer padronização por um método gravimétrico tal como o de Rose-
Gottlieb, que, inclusive, é recomendado pela Federação Internacional de Laticínios
como método de referência (IDF, 1A: 1969).
É útil observar que, no método de Gerber, a manutenção do butirômetro por tempo
prolongado no banho de água a 65°C pode levar a uma esterificação do álcool
isolamílico, com conseqüente aumento no volume da camada de gordura. Isso,
obviamente, causará uma superestimação do teor de gordura da amostra sob análise.
Uma maneira de evitar tal erro é usar o B.M. a 40°C, centrifugar várias vezes até
leitura constante e multiplicar o valor da leitura por 1,02.
Deve-se efetuar cuidadoso controle das rolhas dos butirômetros. As rolhas de
borracha natural absorvem gordura em alguma extensão. Já as borrachas butílicas e
nitrílicas são satisfatórias.
Tem-se como fundamento que o ácido sulfúrico irá carbonizar todos os compostos do
leite com excessão da gordura. A reação é fortemente isotérmica. A utilização do
álcool amílico tem como objetivo facilitar a separação da interface gordura e fase não
gordurosa ( componentes que reagiram com o ácido) pela presença de densidade.
Tabela 1- Classificação do leite quanto ao teor de gordura
Classificação Teor de gordura (% ou g/100g)
Integral Teor original
Padronizado 3,0 (ou outro especificado)
Semi-desnatado de 0,6 a 2,9
Desnatado Máx. 0,5
OBJETIVOS:
Demonstrar a operação unitária de centrifugação (separação de misturas),
utilizando certa quantidade de leite integral e desnatado e avaliando o teor de
gordura de ambas as amostras.
MATERIAIS: Butirômetro de Gerber para leite; Pipeta volumétrica de 11 mL; Pipeta
graduada de 1 mL; Ácido sulfúrico d=1,820 a 1,825 g/cm3 em dosador de 10 mL;
Álcool isoamílico d= 0,815 g/cm3 ; Centrífuga de Gerber; Banho-maria a 65ºC;
Amostras de leite.
PROCEDIMENTO:
ATENÇÃO!!! Os reagentes utilizados nesta análise exigem cuidados especiais. Siga as normas de segurança e utilize os EPIs necessários (jaleco de
algodão de manga comprida, óculos e luvas).
1 - Colocar no butirômetro 10 mL de ácido sulfúrico;
2 - Adicionar lentamente e escorrendo nas paredes da vidraria 11 mL de leite, com
cuidado para não misturar com o ácido;
3 - Adicionar 1 mL de álcool isoamílico
4 - Limpar com lenço de papel as bordas internas do gargalo do butirômetro e fechar
com rolha apropriada; Obs: molhar a rolha com álcool isoamílico para escorregá-la
com facilidade pelo butirômetro;
5 - Envolver o butirômetro em pano e agitar, invertendo várias vezes, de modo que os
3 líquidos se misturem e, ao final, agite vigorosamente eliminando qualquer resíduo de
leite. Durante a agitação apontar a parte com a rolha em uma direção onde não haja
pessoas, como piso e paredes, por exemplo. Tomar cuidado, pois há aquecimento (a
reação é extremamente exotérmica);
6 - Centrifugar durante 5 minutos a 1000 -1200 rpm em centrífuga de Gerber;
Atenção: equilibre os pesos na centrífuga colocando os butirômetros em pares e
localizando-os em posição diametralmente oposta. Após a centrifugação mantenha o
rolha posicionada na parte inferior até proceder a leitura;
7 - Levar em banho-maria a 65ºC durante 5 min. (com rolha para baixo);
8 - Retirar o butirômeto do banho, mantendo a rolha para baixo; - Se for necessário,
coloque a camada de gordura dentro da escala do butirômetro manejando a rolha;
9 - A leitura deverá ser feita na parte inferior do menisco e dará diretamente a
porcentagem de gordura.
RESULTADOS A APRESENTAR:
Os resultados do teor de gordura presente nas amostras de leite desnatado
e integral;
O Cálculo de FC e FCR
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FOUST, A. S. et al. Princípios das Operações Unitárias. Ed. Guanabara, 1982.
KERN, D. Q. Processos de Transmissão de Calor. Ed. Guanabara Koogan S.A., Rio
de Janeiro, 1987.
PERRY, R.H. & CHILTON, C.H. Manual de Engenharia Química, 5ª edição. Ed.
Guanabara Dois S.A., Rio de Janeiro, 1980.