pragasdosorgo -...

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Sorgo Pragas do sorgo José M, waquil l] /van Cruz 1/ Paulo A. Viana 1/ A cultura do sorgo granifero no Brasil ainda se encontra em fase de in- trodução. O estebelecimento e a di- "tsão de métodos apropriados para o <cultivo deste cereal são fatores decisi- vos para o sucesso desta cultura. Htbri- dos comerciais de sorgo, adaptados para as condições brasileiras, estão sendo lan- çados no mercado. O manejo adequado do ambiente em favor da cultura de sor- go. através do uso de práticas culturais tecnicamente recomendadas, completa o sistema de produção requerido para o estabelecimento de uma tradição na pro- dução deste cereal. Um dos aspectos do cultivo do sor- go a que o produtor deve estar atento é o da ocorrência de pragas. Desde o plan- tio até a colheita, um grande número de espécies de insetos pode estar associa- do à cultura do sorgo. Entretanto, ape- nas algumas espécies são fitófagas e so- mente poucas causam dano econômico ./ i cultura. Portanto, é importante visi- tar periodicamente a lavoura para iden- tificar as espécies que são nocivas à cul- tura e adotar medidas de controle quan- do necessário, pois o número de insetos nem sempre está relacionado com os danos da .planta. Fatores como vigor da planta, estádio de desenvolvimento, umidade do solo, periodo do ano, abundância de predadores e parasitas são igualmente importantes. PRAGASSUBTERRÃNEAS Os insetos-pragas que atacam a par- te subterrânea das plantas são normal- mente mais difíceis de ser obser- dos. Entretanto, os danos causados por estas pragas contribuem para a redução da produtividade de várias maneiras. Devido à destruição de sementes e "plântula ", os danos provocam redução do "stand" da cultura. O ataque destes insetos ao sistema radicular provoca re- dução do vigor da planta, contribuindo inclusive para o maior acamamento. As principais pragas subterrâneas são: Larva-arame - Conoderus scalaris ~ A larva-arame é a forma imatura de besouros da família Elateridae. Os besouros apresentam o corpo alonga- do, movimentam-se agilmente e, qua)1- do colocados na posição dorsal, saltam à semelhança dos vaga-lumes. As lar- vas possuem o corpo rígido, brilhante, delgado e cilíndrico. A coloração da larva varia de amarelo-leitoso a marrom. Os danos causados ao sorgo pela larva-arame são principalmente devidos à destruição das sementes e em menor escala devido ao ataque no sistema radi- cular na fase de plântula. O estabeleci- mento da população e o vigor das plan- tas são reduzidos. Recomenda-se um le- vantamento para verificar a presença de larva-arame antes do plantio. Amostras de 30 em x 30 em por 10 em de profundi- dade de solo devem ser examinadas. Medidas de controle devem ser adotadas se duas ou mais larvas-arame forem de- tectadas por amostra. Para a simples observação da pre- sença de larva no campo, pode-se pro- ceder da seguinte maneira: a) tomar, cerca de 200 g de semen- tes sem tratamento e enterrar em locais, com identificação, dentro da área a ser cultivada; b) dois ou três dias depois, desenter- rar o material e procurar por larvas. O controle dessa praga pode ser fei- to através do tratamento das sementes com inseticidas, ou através da aplicação de inseticidas granulados, aplicados no sulco de plantio. Métodos culturais, co- mo rotação de culturas, são eficientes para diminuir a população (~.elarvas no soio. 46 Y Engq AgrÇ, Ph.D. - Pesq./CNPMS/EMBRAPA - Caixa Postal 151 - 35.700 Sete Lagoas-Mfi. Inf', Agropec .• Belo Horizonte. g (144) dezembro de 198ó Bicho-bolo-ou Pão-de-qalinha .; ------ Eutheola humilis, Dyscinetus spp., Stenocrates spp. O bicho-bolo ou pão-de-galinha é a forma imatura de besouros de várias espécies. Os adultos atingem de 2 a 3 em de comprimento e, de acordo com a espécie, a coloração varia desde mar- rom-brilhante até pardo-escura. Estes besouros são bastante abundantes nos meses de outubro e novembro. São facilmente percebidos à noite, próximo aos postes de luz. As fêmeas fazem pos- tura no solo. Depois de uma semana eclodem as larvas que se alimentam do sistema radicular de plantas. Estes in- setos causam danos às culturas de verão e inverno. As larvas apresentam o for- mato de um C e podem atingir até 5 em de comprimento. São pouco ati- vas e têm coloração branco-leitosa com as extremidades escuras. Dependendo da espécie! o ciclo de vida pode durar um, dois ou mais anos para ser comple- tado. Os danos causados pelo bicho-bo- lo são resultados da alimentação das lar- vas no sistema radicular typelos adultos que se alimentam dos colmos das plan- tas, embora este dano seja de pouca importância. O ataque das larvas pode provocar a morte de pequenas plantas causando redução na população. Em plantas maiores os danos no sistema ra- dicular reduzem o vigor, aumentam a susceptibilidade ao tombamento e à seca bem como abrem entrada para micro- organismos patogênicos. O procedimen- to para se detectar a.presença do bicho- bolo é semelhante ao usado para larva- arame e pode ser feito simultaneamente. Amostras de 30 x 30 em de solo devem ser analisadas. A média de uma larva por amostra é suficiente para causar da- no significativo. Neste caso o tratamen- to do solo com inseticidas é necessário. Medidas culturais de controle tam- bém funcionam, como, por exemplo, o preparo antecipado da área, eliminan- do os hospedeiros voluntários e a destruição dos restos de cultura após a colheita. , j i I i

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Sorgo

Pragas do sorgoJosé M, waquil l]

/van Cruz 1/Paulo A. Viana 1/

A cultura do sorgo granifero noBrasil ainda se encontra em fase de in-trodução. O estebelecimento e a di-"tsão de métodos apropriados para o

<cultivo deste cereal são fatores decisi-vos para o sucesso desta cultura. Htbri-dos comerciais de sorgo, adaptados paraas condições brasileiras, estão sendo lan-çados no mercado. O manejo adequadodo ambiente em favor da cultura de sor-go. através do uso de práticas culturaistecnicamente recomendadas, completao sistema de produção requerido para oestabelecimento de uma tradição na pro-dução deste cereal.

Um dos aspectos do cultivo do sor-go a que o produtor deve estar atentoé o da ocorrência de pragas. Desde o plan-tio até a colheita, um grande número deespécies de insetos pode estar associa-do à cultura do sorgo. Entretanto, ape-nas algumas espécies são fitófagas e so-mente poucas causam dano econômico

./ i cultura. Portanto, é importante visi-tar periodicamente a lavoura para iden-tificar as espécies que são nocivas à cul-tura e adotar medidas de controle quan-do necessário, pois o número de insetosnem sempre está relacionado com osdanos da .planta. Fatores como vigorda planta, estádio de desenvolvimento,umidade do solo, periodo do ano,abundância de predadores e parasitassão igualmente importantes.

PRAGASSUBTERRÃNEASOs insetos-pragas que atacam a par-

te subterrânea das plantas são normal-mente mais difíceis de ser obser-dos. Entretanto, os danos causados porestas pragas contribuem para a reduçãoda produtividade de várias maneiras.Devido à destruição de sementes e"plântula ", os danos provocam redução

do "stand" da cultura. O ataque destesinsetos ao sistema radicular provoca re-dução do vigor da planta, contribuindoinclusive para o maior acamamento. Asprincipais pragas subterrâneas são:

Larva-arame - Conoderus scalaris~

A larva-arame é a forma imaturade besouros da família Elateridae. Osbesouros apresentam o corpo alonga-do, movimentam-se agilmente e, qua)1-do colocados na posição dorsal, saltamà semelhança dos vaga-lumes. As lar-vas possuem o corpo rígido, brilhante,delgado e cilíndrico. A coloração dalarva varia de amarelo-leitoso a marrom.

Os danos causados ao sorgo pelalarva-arame são principalmente devidosà destruição das sementes e em menorescala devido ao ataque no sistema radi-cular na fase de plântula. O estabeleci-mento da população e o vigor das plan-tas são reduzidos. Recomenda-se um le-vantamento para verificar a presença delarva-arame antes do plantio. Amostrasde 30 em x 30 em por 10 em de profundi-dade de solo devem ser examinadas.Medidas de controle devem ser adotadasse duas ou mais larvas-arame forem de-tectadas por amostra.

Para a simples observação da pre-sença de larva no campo, pode-se pro-ceder da seguinte maneira:

a) tomar, cerca de 200 g de semen-tes sem tratamento e enterrar em locais,com identificação, dentro da área a sercultivada;

b) dois ou três dias depois, desenter-rar o material e procurar por larvas.

O controle dessa praga pode ser fei-to através do tratamento das sementescom inseticidas, ou através da aplicaçãode inseticidas granulados, aplicados nosulco de plantio. Métodos culturais, co-mo rotação de culturas, são eficientespara diminuir a população (~.elarvas nosoio.

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Y Engq AgrÇ, Ph.D. - Pesq./CNPMS/EMBRAPA - Caixa Postal 151 - 35.700 Sete Lagoas-Mfi.

Inf', Agropec .• Belo Horizonte. g (144) dezembro de 198ó

Bicho-bolo-ou Pão-de-qalinha .;------Eutheola humilis, Dyscinetus spp.,Stenocrates spp.

O bicho-bolo ou pão-de-galinhaé a forma imatura de besouros de váriasespécies. Os adultos atingem de 2 a3 em de comprimento e, de acordo coma espécie, a coloração varia desde mar-rom-brilhante até pardo-escura. Estesbesouros são bastante abundantes nosmeses de outubro e novembro. Sãofacilmente percebidos à noite, próximoaos postes de luz. As fêmeas fazem pos-tura no solo. Depois de uma semanaeclodem as larvas que se alimentam dosistema radicular de plantas. Estes in-setos causam danos às culturas de verãoe inverno. As larvas apresentam o for-mato de um C e podem atingir até5 em de comprimento. São pouco ati-vas e têm coloração branco-leitosa comas extremidades escuras. Dependendoda espécie! o ciclo de vida pode durarum, dois ou mais anos para ser comple-tado.

Os danos causados pelo bicho-bo-lo são resultados da alimentação das lar-vas no sistema radicular typelos adultosque se alimentam dos colmos das plan-tas, embora este dano seja de poucaimportância. O ataque das larvas podeprovocar a morte de pequenas plantascausando redução na população. Emplantas maiores os danos no sistema ra-dicular reduzem o vigor, aumentam asusceptibilidade ao tombamento e à secabem como abrem entrada para micro-organismos patogênicos. O procedimen-to para se detectar a.presença do bicho-bolo é semelhante ao usado para larva-arame e pode ser feito simultaneamente.Amostras de 30 x 30 em de solo devemser analisadas. A média de uma larvapor amostra é suficiente para causar da-no significativo. Neste caso o tratamen-to do solo com inseticidas é necessário.

Medidas culturais de controle tam-bém funcionam, como, por exemplo, opreparo antecipado da área, eliminan-do os hospedeiros voluntários e adestruição dos restos de cultura após acolheita.

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Sorgo

Percevejc-Castanho - 'Sceptorisceitenee-r-c-r--:-,

o percevejo adulto atinge até 9 mmde comprimento. As patas anterioressão modificadas e adaptadas para esca-vação e as posteriores possuem fortescerdas e espinhos. As formas jovenssão de coloração marrom-clara. Tantoadultos como ninfas têm hábitos sub-terrâneos e sugam seiva das raízes.Durante a noite, adultos podem mi-grar de um campo para outro através

'vôo. Áreas muito infestadas po-~m ser identificadas pelo odor carac-terístico de percevejo que exala durantea aração. Nos períodos mais secos,os percevejos aprofundarn-se no solo àprocura de umidade mais favorável.

Os danos causados pelo percevejo-castanho resultam da sucção de seivacausando perda de vigor, murcha eamarelecimento das folhas,podendocausar até a morte da planta. O contro-le pode ser feito com inseticida aplica-do no solo, rotação com culturas não-hospedeiras e destruição dos restos decultura.

BROCAS DO COLMO------_ ..--...._-------~----........----_.

- ..agarta-elasmo - Elasmopalpus'-tignosellus

Esta praga pode atacar as plantaslogo após <I. emergência. O sintoma dainfestação caracteriza-se pela presençadas folhas centrais, inicialmente mur-chas e posteriormente mortas. Arran-cando-se uma planta de sorgo com estesintoma, observa-se no colmo uma ga-leria aberta pela lagarta a partir do ní-vel do solo onde está o orifício de en-trada. Ligado a esse orifício há um ca-sulo, tecido pela lagarta com fios edetritos onde ela se protege. Rompen-do-se o casulo, pode-se observar umalagartinha verde-azulada -de até 15 mmde comprimento. A ocorrência da lagar-ta-elasmo se dá, geralmente, em perío-dos de estiagem, e o prejuízo é causadopelo grande número de falhas no cam-po. O controle pode ser feito atravésde tratamento de sementes, inseticidasgranulados, aplicados no solo antes oudurante o plantio ou através de pulve-rização dirigida para o colo da planta.

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Broca-da-Cana-de-açúcar - Dia-traeaspp.

Os adultos desta praga são maripo-sas que ovipositam no sorgo e em outrasgramíneas. Após a eclosão, as lagarti-nhas penetram no colmo e, ao se alimen-tarem, cavam galerias. Estas galeriasnormalmente são contaminadas porfungos que provocam uma reação ver-melha no interior no- colmo, contri-buindo para- aumentar os danos, prin-cipalmente no sorgo sacarino. No sor-go granífero, os danos tornam-se maio-res quando a infestação é no pedúnculo,pois, neste caso, há morte de toda apaníeula. Normalmente a infestaçãoé baixa e não requer controle químico.

PRAGAS DAS FOLHAS

Pulgão-verde - 3chizaphisgraminum

O pulgão-verde é uma das duas pra-gas chaves para a cultura do sorgo. Estapraga infesta o sorgo desde plântulasaté a maturação dos grãos. Tanto osadultos como as ninfas sugam seiva dasfolhas e introduzem toxinas que provo-cam bronzeamento e- morte da áreaafetada. São também vetares de viro-ses. A ocorrência do pulgão-verde temsido bastante freqüente em todas asãreas.cultivadas com o sorgo.

O pulgão-verde distingue-se de ou-tros pulgões por várias características.O corpo de aproximadamente 1,8 mm éde cor verde-pálida com uma estria ver-de-escura bem distin ta no dorso do ab-dômen. As antenas e patas apresentampontos negros. O sifúnculo e patas têmextremidades pretas. O pulgão-verdenormalmente infesta a face inferior dasfolhas baixeiras das plantas. Entretantoo sintoma de dano pode ser observadona face superior. A presença de excre-ções e exúvias nas folhas e solo estáassociada à infestação pelo pulgão.

A extensão dos danos causados pelopulgão-verde às plantas depende da po-pulação de insetos, tamanho da planta,estádio de desenvolvimento, vigor, con-dições de umidade do solo, eficiênciados inimigos naturais e predadores. Osdanos na fase de p!ântulas podem cau-sar a morte da planta e, conseqüente,mente, reduzir a população final da cul-

tura. Medidas de controle devem sertomadas nas seguintes condições:

Estádio de Desenvolvimento

1) Emergência até 15 em altura2) Plantas com 15 em até emborra-

chamento .3) Emergência das panículas até

maturação

Nível de Danos

1) Plantas infestadas com folhasamareladas - -

2) Uma folha da planta quase mor-ta pelos pulgões

3) Duas folhas da planta quase morota pelos pulgões

A infestação de plântulas de sorgopelo pulgão-verde pode ser evitada atra-vés do tratamento de sementes com in-seticidas sistêmicos ou utilizando-seinseticida sistémico granulado no sulcode plantio. Entretanto, essa medidadeve ser adotada somente em áreascom alto risco de infestação. Deve-sepreferir o controle após a constataçãoda praga em níveis econômicos paraevitar o uso desnecessário de defensi-vos agrícolas. Neste caso, o controledo pulgão-verde deve ser feito através-le pulverização com inseticidas carba-matos, clorofosforados e fosforados decontato ou sistêmico.

Pulgão-do-Milho - Rhopalosi-phum maidis

O pulgão-da-milho é de coloraçãoverde-azulada com patas, antenas e cor-nículos pretos. Esta espécie infesta ocartucho e panícula do sorgo. Alimen-tam-se sugando seiva da face superiorda folha. O dano é causado pela sucçãode seiva ou pela transmissão de viroses.Não introduzern toxina nas folhas,Plantas com pouco vigor ou sob condi-ção de "stress" de água sofrem maiscom as altas infestações. Normalmente,estapraga não requer controle.

Uma leve ínfcstação de pulgões,especialmente o pulgão-da-milho (Rha-

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palosiphum maidis), pode atrair e au-mentar a população de inimigos naturais(parasitóides e predadores), contribyin-do para o equilíbrio da população ue

pulgões em níveis inferiores ao de danoeconômico.

lagarta-do-cartucho - Spodpterafrugiperda

Os adultos da lagarta-do-cartuchosão mariposas de hábitos noturnos emigratório. As fêmeas, depois do aca-salamento, depositam massas de ovos(± 150) na face inferior ou superior dasfolhas. Após a emergência, as lagartasde primeiro instar raspam as folhas emigram infestando também as plantasadjacentes àquela ovipositada. As la-gartas alimentam-se das folhas novasdentro do cartucho da planta. Asfolhas são danificadas dentro do car-tucho e, quando se abrem, apresentamlesões geralmente simétricas nos doislados da nervura central.

Na cultura do milho recomenda-seo controle químico da lagarta-do-car-tucho quando os levantamentos indi-carem 5% de plantas com folhas raspa-das ou 16,7% de plantas infestadas. Épossível que, para a cultura do sorgo, onível de dano da lagarta-da-cartuchoesteja próximo dos estabelecidos para acultura do milho. Para o controle efi-ciente desta praga, é importante que oproduto atinja o interior do cartuchoda planta. Portanto, recomenda-se apulverização com' inseticidas em altovolume ou aplicados através do siste-ma de irrigação. A aplicação de inse-ticidas granulados no cartucho da plan-ta também tem dado bons resultados.

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PRAGAS DAPANfcUlA DO SORGO

Mosca-do-sorgo - Contarinia sor--------~ ---ghicola ------ .

Esta é uma das pragas-chave~ dacultura do sorgo. A mosca do sorgocausa o dano diretamente no cariopseem formação. Aespigueta infestada nãoproduzirá grão. A população pode che-gar a níveis muito altos e a perda podeser total

A mosca do sorgo é um pequenodíptero de coloração alaranjado-escura,

medindo cerca de 2 mm de cornprimen-.to. Os adultos emergem de panículas in-festadas ou do solo (provenientes delarvas em diapausa) ao clarear do dia.Depois da cópula o macho morre e a fê-mea migra para áreas onde existemsorgo cultivado ou selvagem em floresci-mente. Através de seu longo ovipositor,a fêmea' introduz o ovo dentro da flor(na fase de antese). A fêmea vive só porum dia. Dois a três dias após a postura,eclodem as larvas que passam a alimen-tar-se na base do cariopse provocando ochochamento da espigueta. Dentro damesma espigueta, a pupa desenvolve-sedando origem ao adulto. O ciclo com-pleto varia de 11 a 30 dias.

Os danos são causados pelas larvasao se alimentarem do caríopse em for-mação. Entretanto, o controle dessapraga na fase de larva é praticamente im-possível. A larva fica protegida dentroda espigueta do sorgo. Portanto, o con-trole efetivo da mosca depende da inte-gração de várias estratégias nara reduzira população e assim reduzir os da!10Snosorgo cultivado:

- plantio 'CI!UO ~er"lite o floresci-mento do campo antes da ocorrência dopico populacional da mosca e, conse-qüentemente, evita maiores perdas;

- bom preparo do solo, plantionum curto período de tempo, uso deum só híbrido permitem a floração maisuniforme, evitam a multiplicação da-uosca dentro do próprio campo e redu-zem os danos causados por esta praga;

- a eliminação do sorgo selvagemnas áreas próximas ao plantio comercial,pelo cultivo intenso ou com o uso deherbicidas, ajudará no controle damosca;

- o uso do controle químico damosca do sorgo depende de um acompa-nhamento freqüente da lavoura duranteo período de florescímento. Este tipode controle visa eliminar os adultos queestão ovipositando. O levantamentopara determinar a necessidade de con-trole deve ser iniciado quando 25 a 30%das panículas iniciarem o florescimento.Para determinar a presença da mosca,amostras de panículas devem ser obser-vadas diretamente ou através do uso deum saco plástico transparente. Nestecaso, deve-se ensacar a panícula rapida-mente para aprisionar os insetos queestão pousados diretamente na mesma e

InC. Agropec., BeloHorizonte,.li (144) dezembro de 1986

fechar a boca do saco.' plástico nopedúnculo com um cordão ou um peda-ço de arame; cortar a panícula e levarpara local adequado para se fazer a con-tagem do número de adultos. Este mé-todo do saco plástico é mais preciso masé também mais trabalhoso. Em qual-quer dos métodos de levantamento, o.resultado. de uma fêmea por panícula.em média, indica o nível de controle.Os inseticidas devem ser aplicados empulverização, Os levantamentos e pos-síveis pulverizações devem continuarcom três dias de intervalo durante todoo período de florescimento do campode sorgo.

Lagarta-da-espiga do Milho - He-liothis zea - Lagarta-do-cartuchodo Milho - Spodoptere frugiperda

A lagarta-da-espiga e a lagarta-do-cartucho do milho podem tambématacar a panícula do sorgo. A postura éfeita durante o florescimento e as lagar-tas. alimentando-se dos grãos em forma-ção, causam prejuízo direto na produ-ção.

O controle químico, através da pul-verização, deve ser feito quando os le-vantamentos indicarem uma média deduas largartas PQr panícula. Estas pra-gas têm inimigos naturais. Normalmen-te suas populações se mantêm em equi-l íbrio relativamente baixo nas panículasdo sorgo em nossas condições.

Percevejos da PanículaVárias espécies de percevejos fitófa-

gos infestam a panícula de sorgo duran-te o desenvolvimento dos grãos. Elesalimentam-se principalmente dos grãose. menos freqüentemente, das partes dapanícula, Dependendo da população,os percevejos podem causar danos eco-nômicos. Os danos são maiores quandoa infestação ocorre logo depois do flo-rescimento, durante a fase de enchimen-to de grãos. Os percevejos da panículapodem ser maior problema nos camposde produção de semente, pois, nestecaso, a qualidade do grão é muito im-portante.• Percevejo. Chupador do. Arroz -

Oebalus SPP

Os adultos medem de 8 a 10 mm decomprimento e têm coloração marrom-

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Sorgo ."

clara. A cabeça é castanha e, na partecentral, há duas áreas amarelas e lisas. Oescutelo é ponteado de castanho-escurocom duas manchas amarelas reniformes.A espécie o. grisescens não apresenta asmanchas amarelas no escu telo nem noshemiélitros,

• Percevejo Verde - Nezara viridula

Os adultos São de coloração verde emedem cerca de 15 mm de comprimen-to por 10 mm de largura. As formas jo-

1S têm coloração escura com manchas""rmelhas. Eles têm hábitos de aglome-ração. Ambos, adultos e ninfas, causamdanos às plantas.

Os níveis de controle na fase demaior susceptibilidade do sorgo são os12 percevejos chupadores do arrozjpaní-cula ou quatro nezarasjpanícula. O con-trole dos percevejos da panícula podeser feito através de pulverizações cominseticidas fosforados, clorofosforados ecarbamatos..

PRAGAS DOSORGO ARMAZENADO

Na panícula do sorgo, os grãosficam relativamente desprotegidos dosagentes ambientais quando comparados-om o milho e arroz que possuem as

palhas e as glumas cobrindo totalmenteos grãos. Portanto, o sorgo é bem maissusceptível às pragas dos grãos que omilho e o arroz em casca. No CNPMSfoi observado que a população de inse-t05 (traças e gorgulhos) é de 10 a 40vezes maior no sorgo que no milho naépoca de colheita. Portanto, o manejoadequado do sorgo após a colheita, parareduzir a infestação das pragas que infes-tam os armazéns e silos, é fator impor-tante para evitar perdas durante o arma-zenamento dos grãos.

Gorgulhos - Sitophilus zeamais,SitopfJilus oryzae

Os gorgu!h~ são besouros que naforma adulta medem cerca de 3 mm decomprimento e apresentam coloraçãocastanh~laf3 logo a~6s a emergência,passando-se com J hl:!dc para um cas-tanho-escuro. quase ntltfO. Neste está-dio, tomam-se bssrante evidentesquatro manchas d.uu. nos élitros.

so

Como todo curculionídeo, apresentamo aparelho bucal do tipo mastigador si-tuado na ex tremidade anterior da cabe-ça que se prolonga em forma de um bico(rostro ).

As fêmeas, que vivem em média140 dias, depositam seus ovos em orifí-cios profundos cavados nos grãos. Apósa postura, as fêmeas selam a entrada doorifício com uma camada de cera. Apóstrês a seis dias de incubação, eclodemas larvas que se alimentam cavando umacâmara dentro do grão. Como o grão desorgo é relativamente pequeno, ele ficatotalmente destruído após o completodesenvolvimento da larva. O ciclo com-pleto de ovo a adulto leva 30 dias apro-ximadamente.

Estas duas espécies de gorgulhos sãomuito semelhantes. O S. oryzae é me-nor que o S. zeamais, mas a distinçãodas duas espécies só é possível observan-do-se a morfologia da genitália dosadultos. Embora ambos ataquem o sor-go, o S. oryzae prefere o sorgo e o trigoao passo que o S. zeamais prefere omilho. Também, o S. oryzae é mais co-mum em regiões de clima ameno e emarmazéns. Por outro lado, os. zeamaisé comum em regiões tropicais, em arma-zéns e campo. Os adultos que infestamos grãos no campo têm um potencialreprodutivo maior por se terem alimen-tado também de néctar de flores. Por-tanto, a desinfestação inicial dos grãosé muito importante para evitar perdasdurante o armazenamento.

Traça dos.Cereais - Sitotroga ce-realella \----

Os adultos são mariposas com apro-ximadamente 7 mm de comprimento.As asas são franjadas, as anteriores decor palha e posteriores mais claras. Asfêmeas, que vivem até dez dias, podemdepositar na superfície dos grãos maisde 2000 ovos. As lagartas, após a eclo-são, penetram nos grãos e consomem oconteúdo completando o 'desenvolvi-mento em duas semanas. O ciclo secompleta em 30 a 40 dias. Esta praga secaracteriza por atacar principalmente asuperfície da massa de grãos. O sorgoarmazenado em panícula se toma alta-mente sensível à infestação por estapraga.

Outras espécies de traças como aPlodia interpinctela, Corcyra cephaloni-ca e Pyralis farinalis também podem in-festar o sorgo. Porém, a espécie maiscomum é a S. cerealella. Também,outras espécies de coleópteros podeminfestar o sorgo armazenado como, porexemplo, o Tribolium spp. e Cryptoles-tes sp.

Controle das Pragas que Atacam oSorgo Armazenado

Todo organismo vivo requer deter-minadas condições para sobreviver. Oxi-'gênio, alimento, água, temperatura ade-quada, proteção contra as intempériesdo ambiente e condições de reproduçãosão essenciais para qualquer espécie.Qualquer medida de controle deveafetar criticamente um ou mais dessesrequisitos;

Em estruturas adequadas de arma-zenamento, há várias opções para se fa-zer o controle das pragas de grãos arma-ozenados. A simples aeração para abaixara temperatura e umidade dos grãos sãoeficientes para reduzir os prejuízoscausados pelos insetos.

Tradicionalmente, várias estratégiastêm sido usadas pelos pequenos produ-tores, no controle de pragas dos grãos,durante o armazenamento. O milho ar-mazenado em espiga-com palha é menossusceptível às pragas que o milho despa-.lhado ou debulhado. A limpeza do ma-terial bem como a mistura dos grãoscom areia, terra solta e seca são tambémusadas no controle dessas pragas. O ar-mazenainento dos grãos em estruturasherméticas proporciona o controle dosinsetos que atacam os grãos,

O controle das pragas de armazém,através de inseticidas, pode ser feitode duas maneiras diferentes que podemser usadas complementarmente. Osgrãos, depois de colhidos, devem ser ex-purgados para eliminar os insetos já pre-sentes na massa de grãos. Porém, .oefeito residual desses produtos destina-dos à fumigação, como o Brometo deMetila e a Fosfma, é muito curto e amassa de grãos expurgada fica sujeita àreinfestação. Portan to, o tratamento(pulverização ou polvilhamento) dosgrãos ou das sacarias (se estiver ensaca-dos) com inseticidas recomendados paraeste fim evita a reinfestação dos grãos,

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Inf. Agropec., Belo HOrizonte,.!1 (144) dezembro de 1986

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Sorgo

INIMIGOS NATURAIS

A população de insetos de umamaneira geral está sujeita a uma série defatores ambientais. Muitos destes fato-res são desfavoráveis à espécie praga econtribuem para o seu controle natural.Muitos organismos como vírus, bacté-rias, fungos, nematóides, artrópodesetc., também contribuem para o balançoda população de determinadas pragas.A preservação e proteção desses agentesde controle biológico são muito impor-tantes para manter a população de inse-tos e ácaros fitófagos em equilíbrio e emníveis que não causem prejuízo econô-mico.

Na cul tura do sorgo, predadorescomo as joaninhas, crisopa, percevejos(Orius e Geocorisi, aranhas e alguns pa-rasitóides são importantes no balanço dapopulação de pulgões e lagartas. Embo-ra muitos predadores e parasitasataquem a mosca do sorgo, o impactodesses inimigos naturais na população demosca está ainda para ser estudado.

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